Projeto de Pesquisa - Os problemas enfrentados pelos missionários Cristãos

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FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TEOLOGIA DO NORTE DO BRASIL - FACETEN RAFAEL MARCOS DE SOUZA FERNANDES Projeto de Pesquisa de Monografia A ATUAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS CRISTÃOS NO SÉCULO XXI

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FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TEOLOGIA DO NORTE DO BRASIL - FACETEN

RAFAEL MARCOS DE SOUZA FERNANDES

Projeto de Pesquisa de Monografia

A ATUAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS CRISTÃOS NO SÉCULO XXI

BLUMENAU - SC

JULHO/2012

RAFAEL MARCOS DE SOUZA FERNANDES

A ATUAÇÃO DOS MISSIONÁRIOS CRISTÃOS NO SÉCULO XXI

Trabalho Projeto de Pesquisa, desenvolvido durante à disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica, como parte da avaliação referente ao curso de Teologia

Professor: Leopoldo Selenko

BLUMENAU - SC

JULHO/2012

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Sumário

1. TEMA .......................................................................................Pag. 042. DELIMITAÇÃO DO TEMA..........................................................Pag. 043. PROBLEMA .............................................................................Pag. 044. HIPÓTESES DE ESTUDO............................................................Pág. 045. JUSTIFICATIVA..........................................................................Pág. 056. OBJETIVOS DA PESQUISA.........................................................Pág. 05

6.1 Objetivos Gerais............................................................Pág. 056.2 Objetivos Específicos....................................................Pág. 05

7. METODOLOGIA....................................................................... Pág. 068. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................Pág. 069. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................Pág. 08

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1. TEMA

Os missionários cristãos – Bacharelado em Teologia

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

A atuação dos missionários cristãos em pleno século XXI.

3. PROBLEMA

Quais as dificuldades enfrentadas pelos missionários cristãos transculturais ao pregar o Evangelho de Cristo na atual sociedade em que vivemos?

4. HIPÓTESES DE ESTUDO

Levando em consideração o longo período de tempo transcorrido, acredita-se que os atuais missionários vivam de forma bem distinta daqueles que atuavam logo após a morte e ressurreição de Cristo. Os missionários daquela época viveram com Jesus Cristo e estiveram lado a lado com Ele. Eles foram ensinados e discipulados pelo próprio Jesus, viram com seus próprios olhos os mais diversos milagres descritos da Bíblia Sagrada. Tal fator levou a muitas pessoas na época a se converterem ao Cristianismo e a entregarem suas vidas para levar aquilo que aprenderam às demais pessoas. Acredita-se que os atuais missionários enfrentem diversos tipos de barreiras ao decidirem viver a vida missionária. Tais pessoas enfrentam problemas como: Dificuldades financeiras, perseguições, problemas com a adaptação à cultura local e etc. Alguns desses problemas assemelham-se aos vividos pelos missionários da igreja primitiva e outros não.

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5. JUSTIFICATIVA

A relevância desta pesquisa está em demonstrar a importância do trabalho missionário e os problemas e dificuldades enfrentados por aqueles que assumem a responsabilidade de pregar o Evangelho. Nesse sentido, este projeto de pesquisa que ora apresento procura contextualizar o trabalho missionário cristão contemporâneo em face do trabalho missionário que era realizado na igreja primitiva, buscando contrapor os problemas enfrentados em cada época pelos missionários e apresentando possíveis soluções para tais problemas. Ressalta-se a importância deste trabalho, tendo em vista a notória atuação desses missionários em diversos países, não só no campo religioso, mas atuando também no combate à pobreza extrema, à fome, às doenças e etc. Sendo assim, com a conclusão do trabalho proposto, serão apresentadas possíveis soluções para as dificuldades e barreiras enfrentadas pelos missionários cristãos que atuam em diversas partes do mundo.

6. OBJETIVOS DA PESQUISA6.1. Objetivos Gerais

Demonstrar quais as dificuldades encontradas pelos missionários cristãos transculturais ao buscar evangelizar os povos ainda não-alcançados pela palavra de Cristo e de que forma estes problemas podem ser solucionados.

6.2. Objetivos Específicos

Abordar o contexto de missões no século XXI em face das missões realizadas na igreja primitiva;

Verificar quais os problemas enfrentados pelos missionários em nossa atual sociedade;

Apresentar possíveis soluções para tais problemas.

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7. METODOLOGIA

A pesquisa bibliográfica será a base para o desenvolvimento da fundamentação teórica, constituído principalmente de livros e artigos científicos. De acordo com os ensinamentos de Marconi e Lakatos:

“A pesquisa bibliográfica é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos e dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento. De acordo com essa temática a pesquisa bibliográfica trata-se de um levantamento da bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas científicas, canais de congressos e imprensa escrita. Os autores corroboram afirmando que a referida técnica de pesquisa coloca o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi publicado

acerca da temática em questão” (LAKATOS, Eva; MARCONI, Maria, Metodologia Científica, Editora Atlas, 2006. P. 28).

O tipo de Pesquisa utilizado quanto aos objetivos é o de Pesquisa Exploratória, no qual, segundo Antônio Joaquim Severino:

“A Pesquisa Exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso” (SEVERINO, Antônio Joaquim, Metodologia do trabalho científico. 20.ed. São Paulo: Cortez, 1996. p. 272).

Já em relação à forma de abordagem, será utilizada a pesquisa qualitativa.

8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Evangelho vem do termo grego euangélion, que significa “boas novas” ou “boas notícias”. Já as palavras evangelismo e evangelização, traduzem igualmente o termo grego euangelízo e significam o ato de evangelizar. Evangelizar refere-se ao anúncio, do grande acontecimento do nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, obra esta que possibilitou aos seres humanos a salvação e a redenção da criação.

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De acordo com Timóteo Carriker, o ato de Evangelizar possui as seguintes características:

“ NARRATIVO – desde o período bíblico o evangelho foi anunciado de modo narrativo, ou seja, contado por pessoas, porque tem a ver com a vida de Jesus Cristo e a vida dos seres humanos no mundo. PROMISSÓRIO – porque tanto se refere às promessas do Antigo Testamento realizadas em Jesus Cristo, como às novas promessas que nos foram anunciadas por Jesus Cristo. Tanto aquelas que já se realizam no Reino presente como aquelas futuras. HISTÓRICO - as notícias a que se refere o evangelho não são fictícias, são fatos que realmente ocorreram. Quem melhor expressa isso é Lucas em seu evangelho. Da mesma forma, o efeito dessa mensagem é real na história humana e na história de cada um” (CARIIKER, Timóteo, Proclamando as Boas Novas, 2008, P. 17).

Desde que o Brasil é um país democrático e com liberdade, o Evangelho se expandiu de forma muito mais rápida por todo o país. Entretanto, o avanço do Evangelho está limitado a outros tipos de barreiras como a cultura de cada região, tradições religiosas, concepções sócio-filosóficas e etc. O autor Neal Pirolo nos demonstra os problemas enfrentados pelos missionários, não só no Brasil mas em todo o mundo:

“Os missionários, por sua vez, terão enfrentado seus próprios desafios – o aprendizado de uma nova língua, a adaptação cultural, a carga por um novo ministério, o relacionamento com nacionais e colegas missionários, doenças, violência, perseguições, falta de sustento muitas vezes, falta de comunicação e por aí vai” (PIROLO, Neal, Editora Descoberta, Missão de Enviar, p. 19).

Devido a tais barreiras, existem em todo o mundo os povos não-alcançados, povos nos quais o Evangelho de Cristo ainda não foi anunciado ou o foi com pouca intensidade. O Pastor e Escritor João Marcos Barreto Soares nos dá uma dimensão acerca de tais povos:

“Povos Não-Alcançados” é um termo que começou a ser usado com mais intensidade na Missiologia moderna na última parte do século 20. É uma referência para designar povos, nações ou áreas geográficas do mundo com pouca densidade ou influência cristã e evangélica.Em outras palavras, são áreas do mundo que compreendem povos, idiomas, culturas e tradições, onde o Evangelho ainda não chegou e a Igreja não existe.

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Em média, entre os povos não alcançados há menos de dois missionários para cada um milhão de pessoas. A ordem de Jesus, para que roguemos ao Senhor da seara por mais obreiros, continua atual” (SOARES, João Marcos Barreto, Jornal de Missões Mundiais, Ed. fevereiro/2011).

Por sua vez, a professora Jaciara da Silva nos explica o seguinte:

“Assim sendo, desde o início os cristãos atravessaram intencionalmente barreiras nacionais, étnicas e culturais. A extraordinária mobilidade geográfica dos primeiros cristãos foi um dos principais fatores que contribuíram para a rápida difusão da fé nos primeiros séculos. Como aconteceu no passado, também nos dias de hoje o cristianismo continua a atravessar barreiras geográficas e culturais. Um exemplo bem atual é o dos brasileiros que têm ido morar nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, e nesses lugares têm plantado igrejas e evangelizado tanto os seus patrícios como os naturais da terra” (DA SILVA, Jaciara, Portal Escola Dominical).

Além das barreiras externas que devem ser enfrentadas por aqueles que pretendem Evangelizar, existem as barreiras internas, que são aquelas existentes dentro das próprias igrejas e também na vida de cada Cristão. O autor René Padilla nos dá uma boa dimensão de tais dificuldades:

“Nossa maior necessidade é um evangelho mais bíblico e uma igreja mais fiel. Poderemos nos despedir deste congresso com um belo conjunto de papéis e declarações que serão arquivadas e esquecidas, e com lembrança de um grande e impressionante encontro de âmbito mundial. Ou poderemos sair daqui com a convicção de que temos fórmulas mágicas para a conversão das pessoas. Eu pessoalmente espero em Deus que possamos sair daqui com uma atitude de arrependimento no que diz respeito à nossa escravidão ao mundo e ao nosso arrogante triunfalismo, com o senso de nossa incapacidade de sermos libertos dos grilhões a que estamos atados e, apesar disso, com grande confiança em Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre" (PADILLA, René. A Evangelização e o Mundo, São Paulo e Belo Horizonte: ABU Editora e Visão Mundial, 1982, p. 171).

O autor Samuel Escobar proporciona uma ideia de como deve ser um Evangelho eficaz, segundo a palavra de Deus:

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“O evangelho não é um programa social e político. Não se trata,entenda-se bem, de que as igrejas evangélicas tenham que propor umprograma político na América Latina. Essa não é sua missão. Amensagem de salvação deve chegar a cada um em sua circunstância,mostrando como o pecado afeta todas as esferas da vida e as relaçõesentre os homens. A mensagem também deve demonstrar como aentrega pessoal a Jesus Cristo transforma a vida de cada um, de modoque os efeitos da conversão sejam visíveis na sociedade em que ocrente vive” (ESCOBAR, Samuel, A responsabilidade social da Igreja, Missão Editora, 1992. p. 34).

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LAKATOS, Eva; MARCONI, Maria, Metodologia Científica, Editora Atlas, 2006. P. 28;

JOAQUIM, Severino Antônio, Metodologia do trabalho científico, 20.ed. São Paulo: Cortez, 1996. p. 272;

CARIIKER, Timóteo, Proclamando as Boas Novas, 2008, P. 17;

PIROLO, Neal, Editora Descoberta, Missão de Enviar, p. 19;

SOARES, João Marcos Barreto, Jornal de Missões Mundiais, Ed. fevereiro/2011;

DA SILVA, Jaciara, Portal Escola Dominical;

PADILLA, René. A Evangelização e o Mundo, São Paulo e Belo Horizonte: ABU Editora e Visão Mundial, 1982, p. 171;

ESCOBAR, Samuel, A responsabilidade social da Igreja, Missão Editora, 1992, p. 34;

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