Projeto de Pesquisa -...

48
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS. MARIA LAURICE MAGALHAES DE FREITAS FORTALEZA - CE 2013

Transcript of Projeto de Pesquisa -...

Page 1: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO

CONTROLE INTERNO DE UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS.

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS.

MARIA LAURICE MAGALHAES DE FREITAS

FORTALEZA - CE

2013

Page 2: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

MARIA LAURICE MAGALHAES DE FREITAS

A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO

CONTROLE INTERNO DE UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS.

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS.

Monografia apresentada à Faculdade Cearense, requisito obrigatório para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Prof.Orientadora: Francileite Cavalcante Furtado Remígio

FORTALEZA_CE 2013

Page 3: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

MARIA LAURICE MAGALHÃES DE FREITAS

A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO

CONTROLE INTERNO DE UMA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS.

IGREJA EVANGELICA ASSEMBLEIA DE DEUS.

Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Ciências

Contábeis, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis, outorgado pela Faculdade Cearense - FAC e

encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca da referida

Universidade.

A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que

feita de acordo com as normas de ética científica.

Aprovado em ____/____/____

Prof. Esp. Francileite Cavalcante Furtado Remígio (Orientadora)

_Prof.Esp. Mercídio Gonçalves Filho Membro da banca examinadora

Prof. Ms. Elenito Elias da Costa Membro da banca examinadora

Page 4: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

Dedico este trabalho a uma Grande Mulher Guerreira, que com sua integridade, coragem e determinação me serviu como exemplo de vida: Francisca Gomes de Oliveira. Minha Mãe.

Page 5: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ser a razão da minha existência e está comigo em toda

minha caminhada, me dando graça e sabedoria para poder vencer mais um

desafio.

A minha mãe, Francisca Gomes de Oliveira, que com muito esforço fez

com que chegasse até aqui, sempre me dando força em todas as minhas

conquistas.

A Minha orientadora Francileite Cavalcante Furtado Remígio, que

abraçou este trabalho com muita determinação, seriedade e profissionalismo,

me fez ver que qualquer pessoa é capaz de desenvolver um trabalho

monográfico e até mais que isso.

Aos professores que farão parte da banca examinadora, que Deus

possa iluminar a todos na hora da avaliação, não só da avaliação do meu

trabalho mais sim de todos que passarem pela banca.

E por fim a todos que contribuíram de forma direta ou indiretamente para

a realização deste trabalho.

Page 6: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.

Confúcio

Page 7: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

RESUMO

As instituições sem fins lucrativos estão sendo uma área de destaque e merecendo cuidados, demonstram sua importância nos cenários das pessoas jurídicas de direito privado. Este trabalho tem como objetivo evidenciar a importância na gestão contábil e dos controles internos financeiros da entidade sob o olhar dos controles de caixa, controle bancário, contas a pagar. Estudo que tem muita relevância para uma instituição, buscando a organização dos controles interno, contribuindo para uma melhor tomada de decisões dentro dos parâmetros legais da entidade, evidenciado na analise descritiva da entidade, Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Conclui- se que a entidade não utiliza as informações aqui estabelecidas, por não estar adequada a sua realidade, sugerindo acréscimos as suas ferramentas de controles internos para cumprimento de suas atividades. Palavras- chave: Gestão Contábil, Controle Interno, Fluxo de caixa, Controle bancário, contas a pagar.

Page 8: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

ABSTRACT

The nonprofit, is a prominent area deserving care and demonstrate its importance in scenarios of legal entities of private law. This paper aims to highlight the importance of management accounting and financial internal controls of the entity under the gaze of the box controls, control banking, accounts payable. Study that has much relevance to an institution, seeking the organization of internal controls, contributing to better decision-making within the legal parameters of the entity, as evidenced in the case study organization Evangelical Church Assembly of God. We conclude that the entity does not use the information set forth herein because they are not appropriate to their reality, suggesting increases their tools internal controls for compliance of their activities.

Keywords: Management Accounting, Internal Control, Cash Flow, Control banking accounts payable.

Page 9: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

LISTA DE SIGLAS

ONGS- Organizações Sociais

OSCIP- Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público

Page 10: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Representação do Fluxo de caixa ..................................................... 25

Figura 2- Organograma da Igreja Evangélica................................................... 35

Quadro 1- Setores Sociopolíticos ..................................................................... 17

Quadro 2- Modelo de fluxo de caixa ................................................................. 27

Quadro 3- Modelo de Conciliação bancaria ..................................................... 29

Quadro 4- Modelo de Controle de Contas a receber ........................................ 31

Quadro 5- Modelo de Controle de Contas a pagar ........................................... 32

Page 11: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

Sumário

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12 1.1 Tema e Problema .............................................................................................. 12

1.2 Objetivos ........................................................................................................... 13

1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 13

1.3 Justificativa ........................................................................................................ 13

1.4 Metodologia ....................................................................................................... 14

1.5 Delimitação e limitação da pesquisa .................................................................. 15

1.6 Organização do trabalho .................................................................................... 16

2 MISSÃO E OBJETIVO DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS ............... 16

2.1 Terceiro Setor .................................................................................................... 17

2.2 Origem dos Recursos do Terceiro Setor ............................................................ 19

2.3 Imunidade Tributária e Isenção .......................................................................... 20

3 CONTROLE INTERNO ...................................................................................... 21

3.1 Conceito Controle Interno .................................................................................. 21

3.2 Principais métodos e relatórios de controle interno ............................................ 22

3.2.1 Método Fluxo de Caixa ...................................................................................... 24

3.2.2 Controle bancário .............................................................................................. 28

3.2.3 Contas a receber ............................................................................................... 31

3.2.4 Contas a pagar .................................................................................................. 32

4 ANALISE DESCRITIVA DA ENTIDADE ........................................................... 34

4.1 Caracterização da Entidade em Estudo ............................................................. 34

4.1.1 Organização e Funcionamento .......................................................................... 35

4.2 Funcionamento .................................................................................................. 36

4.2.3 Finalidade da comissão de contas ..................................................................... 38

4.2.4 Papel do Vice- presidente .................................................................................. 38

4.2.5 Papel dos Tesoureiros ....................................................................................... 39

4.2.6 Papel do comitê fiscal ........................................................................................ 40

4.3 Assembléia Geral .............................................................................................. 41

4.4 Descrições dos controles internos financeiros ................................................... 41

4.4.1 Fluxo de Caixa ................................................................................................... 42

4.4.2 Controle bancário .............................................................................................. 42

4.4.3 Contas a receber ............................................................................................... 43

4.4.4 Contas a pagar .................................................................................................. 43

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃOES ......................................................... 44

6 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 47

Page 12: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

12

1. INTRODUÇÃO

Pode ser evidenciado na sociedade hoje, a atuação das entidades sem

fins lucrativos, buscando está inseridas no mercado competitivo de maneira

sólida, o terceiro setor em geral tais; como as ONGs - Organizações Não

Governamentais, as OSCIP’s - Organizações da Sociedade Civil de Interesse

Público, Organizações Sociais, associações Civis, e as Organizações

Religiosas. Assumindo papéis que deveriam ser a cargo do governo, onde

muitas dessas instituições estão para ajudar ao Estado, como em recuperação

de vidas, buscando melhorias dignas das pessoas, em educação, saúde, entre

outros. Muitas dessas organizações surgem de pessoas que se organizam em

um fim comum, ou seja, ajudar, sem o interesse de retorno financeiro. É

importante que as organizações tenham um eficiente controle financeiro

independente a que fins se destinem.

Dentro da entidade, existe o setor financeiro no qual é a peça de

grande importância para firmeza da entidade no mercado, é onde existem

todos os registros de operações e de informações que irão ser necessárias

para as devidas tomadas de decisões.

A entidade não funciona sem o seu bem, que é o capital, para

criação e desenvolvimento dos projetos da instituição. Assim, é necessário que

haja os devidos controles, para garantir a aplicação correta.

1.1. Tema e Problema

O setor financeiro como em qualquer outra organização é o

responsável por controlar e registrar a movimentação de entrada e saída de

recursos. Sem um controle eficiente a organização pode incorrer em diversos

prejuízos. As entidades precisam adotar sistemas que evidenciem toda a

organização de movimentos a ela disponível, tais como os recebimentos, os

pagamentos, as projeções de recebimentos e de despesas, e mostrar ao gestor

Page 13: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

13

a situação real da entidade para uma boa tomada de decisões a ele

competente.

Uma organização sem um controle financeiro eficiente não consegue

tomar decisões com segurança, também, não tem uma visão geral da sua

situação, não sabe se está operando com folga ou falta de recursos e se os

seus custos estão elevados, ou seja, se está obtendo déficit ou superávit.

Diante do apresentado, temos a seguinte indagação: Nas entidades

sem fins lucrativos, a contabilidade com foco na gestão, haveria

necessidade dos controles internos?

1.2. Objetivos . 1.2.1. Objetivos Gerais

O objetivo principal nesta pesquisa é verificar a utilização da

informação contábil, através dos controles internos, como ferramenta no auxilio

a gestão das instituições sem fins lucrativos, para a tomada de decisão.

1.2.2. Objetivos específicos

- Conceituar uma entidade sem fins lucrativos e a sua vinculação ao

Terceiro Setor.

- Apresentar os conceitos de controle interno e gestão contábil.

- Descrever os métodos e controle financeiros.

- Analisar os controles internos da literatura estudada, com a

pesquisada.

1.3. Justificativa

O Desenvolvimento do presente trabalho busca mostrar a

movimentação contábil e financeira de uma entidade sem fins lucrativos,

mesmo sendo uma entidade que não vise lucro, mas sendo importantes seus

controles e demonstração de funcionamento. Uma vez que sua gestão deve

Page 14: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

14

primar pela transparência, podendo identificar as melhorias encontradas e

planejamento futuro.

Com grande importância no cenário das pessoas jurídicas essas

instituições estão com papel de destaques, existem muitos seminários,

debates, congressos que evidenciam no terceiro setor, dentro do mesmo as

instituições sem fins lucrativos. As entidades influenciam no contexto social e

político do estado. Diante desta grande responsabilidade das instituições,

requerem mais transparência no momento de empregar seus recursos, suas

finalidades para atingir seus objetivos, que é ajuda social para um bem estar

comum, sem haver desperdícios ou desvios. Nem todas as entidades estão

adequadas a sua real situação possui controle interno, mas nem todos estão

atentos a adequação da mesma.

Este estudo resume-se em observar a importância dos devidos

controles internos dentro das organizações, procurando identificar quais

controles internos são adequados para uma entidade sem fins lucrativos,

contribuindo para uma melhor organização contábil e financeira.

Observa-se que, há uma grande necessidade que as entidades

precisam de um controle interno eficiente evitando futuros problemas na qual

podendo haver sua descontinuidade, é necessário que haja um bom controle

interno dentro das organizações para uma boa empregabilidade dos recursos e

gastos feitos pela as devidas entidades.

1.4. Metodologia

“O tipo de pesquisa que se classifica como "descritiva", tem por

premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da

observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos

para a padronização de técnicas e validação de conteúdo (THOMAS; NELSON;

SILVERMAN, 2007.

O trabalho no qual está sendo desenvolvido é integrante da pesquisa

descritiva, onde suas características nos indicam sua finalidade que é

descrever os controles internos da instituição, na qual está sendo estudada a

Page 15: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

15

fim de se conhecer como são utilizadas e conferir se estão sendo adequadas

as necessidades da organização.

Segundo Gil (1994), as pesquisas deste tipo têm como objetivo

primordial a descrição de determinada população ou fenômeno ou o

estabelecimento de relações entre as variáveis, utilizando técnicas

padronizadas de coletas de dados.

A principal finalidade deste trabalho é de descrever os controles

internos financeiros da entidade estudada, esta tem caráter qualitativo, no qual

se estudam os fluxos e sistemas utilizados no setor financeiro de uma entidade

sem fins lucrativos, sem a aplicação de métodos estatísticos.

Quanto ao procedimento, é utilizado neste trabalho o estudo descritivo

de uma Igreja Evangélica, localizada na cidade de Fortaleza-Ce. O critério para

escolha deste caso se deu pelo acesso e a intenção de uma melhoria na

utilização dos dados.

Para a coleta de dados foi utilizada a analise documental. A

pesquisadora faz um trabalho de assessoria na referida entidade, por esse

motivo utilizou a entidade para esse estudo. É utilizado nesta pesquisa um

estudo descritivo.

1.5. Delimitação e limitação da pesquisa

Ficando restrita a referida Pesquisa ao setor financeiro e gestão contábil

da Entidade, considerando os controles internos de fluxo de caixa, contas a

receber, contas a pagar e bancos. Não estão sendo abordados outros tipos de

análise, tais como custos e demonstrativos contábeis, no qual se tornaria o

estudo muito abrangente e de difícil conclusão do trabalho.

Page 16: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

16

1.6. Organização do trabalho

Esta monografia está dividida em cinco capítulos, observa-se

que no primeiro capítulo menciona a introdução, as considerações acerca do

tema e problema, objetivos gerais e específicos, justificativa, metodologia,

delimitação e limitação da pesquisa, e organização do trabalho.

No segundo capítulo os assuntos em pauta são os conceitos de

“Terceiro Setor”, controle interno e os principais métodos e relatórios de

controle financeiro.

O terceiro capítulo apresenta o estudo descritivo, com descrição

das características da entidade em estudo e as formas de controle e relatórios

no setor financeiro.

O Quarto capítulo Descrição da entidade estudada e sua

funcionalidade e organização.

Por fim, no quinto capítulo, tem-se uma conclusão e

recomendações para futuros trabalhos.

2. MISSÃO E OBJETIVO DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

As entidades sem fins lucrativos são organizações que não se agrega

fins econômicos, essas entidades tem superávit ou déficit, diferentemente das

empresas comerciais na qual visam lucro. Este capítulo conceitua-se com o

Terceiro setor e sucessivamente os conceitos de controles e métodos de

relatórios serão abordados: fluxo de caixa, controle bancário, contas a receber

e contas a pagar. O crescimento do terceiro Setor está em evidencia com

intenção de prestar serviços à comunidade.

Para Andrade (1991:310) entidades sem fins lucrativos são aquelas instituições formadas com propósitos sociais, educacionais, religiosos, de saúde ou filantrópicos e aquelas em que, normalmente, não existe interesse na transferência da propriedade e seus membros ou contribuintes não recebem qualquer ganho econômico ou financeiro.

Page 17: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

17

A finalidade da existência das entidades religiosas é acarretar

mudanças no indivíduo e, conseqüentemente, na sociedade. Os resultados são

visto nos comportamentos, condições de vida, esperança, saúde. A filosofia da

entidade é definir clara e objetivamente porque (missão) e para que (objetivos

fundamentais) a entidade existe. A missão é a razão de ser de uma entidade, é

o motivo de sua existência. (OLAK, 2010, pag.7).

Seus objetivos estão contidos em seus atos constitutivos.

2.1.Terceiro Setor

É bem visível o crescimento das entidades sem fins lucrativos, terceiro

setor, com intuito de prestar serviços sociais ao público. Conforme Hudson

(2004, p.XI):

Terceiro Setor consiste em organizações cujos objetivos principais são sociais, em vez de econômicos. A essência do setor engloba instituições de caridade, organizações e religiosas, entidades voltadas para as artes, organizações comunitárias, sindicatos, associações profissionais e outras organizações voluntárias.

Considera-se entidade sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito

privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros,

diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos

ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu

patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica

integralmente na consecução do respectivo objetivo.

De acordo com Peyon (2004,p.12), os grupos se dividem em setores

sociopolíticos e assim se caracterizam.

1º Setor-caracterizado pela União, estados distrito Federal, territórios. Municípios,

autarquias e demais entidades de caráter público criadas por lei. Também se incluem

Page 18: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

18

neste setor pessoas jurídicas de direito privado que sejam controladas pela maquina

estatal,

2º setor, empresas- empresários e sociedade empresariais com finalidade de lucro;

3º setor, entidades sem fins lucrativos- não são estatais e nem empresariais.

Abaixo quadro descritivo dos setores que envolvem a sociedade

empresarial:

Quadro 1: Setores Sociopolíticos

1º SETOR 2º SETOR 3º SETOR

Estado/Governamental Mercado/Empresas ONGs

Entidades públicas Entidades privadas Entidades privadas

Sem fins lucrativos Com fins lucrativos Sem fins lucrativos

Órgãos públicos Empresários/Sociedade Associação/Fundação

Organização de

economia mista da

administração publica

indireta.

a)Empresários,

b)Sociedade

personificadas ou não-

personificadas,

c)Sociedade simples ou

empresárias.

a)Fins privados com

interesse coletivo de

grupos sociais restritos,

b)Fins públicos com

interesse geral de toda a

população.

Fonte: PEYON (2004,P.12)

Observa-se que a diferença de uma entidade de outra está

exatamente para que fim ela se destine, as de interesse coletivo representa

seus direitos, as de fins não lucrativos atendem as necessidades dos

indivíduos.

Podemos ainda ser mencionados como entidades do terceiro setor:

- ONGs (organizações não governamentais);

- OSCIP’s (organizações da sociedade civil de interesse público);

- Fundações;

- Institutos;

- Entidades Beneficentes;

- Associação de classe;

- Cooperativas.

Page 19: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

19

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade – (CFC, 2004,

p.31), o Terceiro Setor apresenta as seguintes características básicas:

a) promoção de ações voltadas para o bem-estar comum da coletividade;

b) manutenção de finalidades não-lucrativas;

c) adoção de personalidade jurídica adequada aos fins sociais (associação ou fundação);

d) atividades financiadas por subvenções do Primeiro Setor

(governamental) e doações do Segundo Setor (empresarial, de fins econômicos) e de particulares;

e) aplicação do resultado das atividades econômicas que porventura exerça nos fins sociais a que se destina;

f) desde que cumpra requisitos específicos, é fomentado por renúncia fiscal do Estado.

Para mantimento dessas entidades, inclusive as de fins não

lucrativos são recebidos doações, contribuições e muitas vezes subvenção do

estado.

2.2. Origem dos recursos do terceiro setor

As instituições do terceiro Setor se desdobram para captação de

recursos e terem assim condições para atender a seus objetivos sociais.

Origem dos recursos é próprio ou privado. Na entidade considerada de

Utilidade pública portadora do certificado de entidade de fins filantrópicos,

cedido pelo Conselho nacional de Assistência Social, podem receber

subvenção periódicas ou extraordinárias governamentais. São exemplos de

entidade que recebem subvenções governamentais as de caráter beneficente,

filantrópicos e caritativo; de assistência à saúde e educação, dentre outras.

(Olak .2010, p.11)

Na instituição religiosa a captação de recursos se dá através de

dízimos (décima parte de seus ganhos) e ofertas (doações voluntárias). O setor

Page 20: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

20

financeiro da instituição tem um tesoureiro no qual é o responsável por todos

os recebimentos e pagamentos da entidade, no qual se destina dez por cento

de suas rendas, que segue não para Deus, mas para manutenção da

instituição.

2.3. Imunidade tributaria e a isenção

Conforme a legislação vigente especifica para as entidades sem fins

lucrativos Lei 10.406 CF/1988 art. 150 VI b. Existe a chamada imunidade para

as instituições sem fins lucrativos sobre os impostos, tais como PIS sobre

faturamento, COFINS, IRPJ e CSLL, impostos federais, ISS- Imposto sobre

serviços de qualquer natureza, sendo obrigatório somente o pagamento de PIS

sobre Folha de pagamentos de funcionários, as organizações religiosas

também conhecidas como templos religiosos.

Para o gozo da imunidade as instituições precisam atender alguns

requisitos, caso contrário, estará sujeitas aos devidos impostos comerciais.

Conforme lei 9.532/1997.

Art. 12. Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea c, da

Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de assistência

social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque

à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades

do Estado, sem fins lucrativos.

§ 1º. Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de

capital auferido em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável.

§ 2º. Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este artigo,

estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos:

a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços

prestados;

b) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos

seus objetivos sociais;

Page 21: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

21

c) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros

revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;

d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da

emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a

efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos

ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

e) apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade

com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;

f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou

creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos

empregados, bem assim cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes;

g) assegurar à destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às

condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou

de encerramento de suas atividades, ou a órgão público.

h) outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o

funcionamento das entidades a que se refere este artigo.

3. Controle Interno

O controle interno baseia-se em controlar, averiguar os procedimentos

conforme estejam adotados no âmbito interno da entidade é representado em

uma organização por conjunto de métodos e rotinas, buscando resultados de

informações confiáveis.

3.1. Conceito

Para existir um bom Controle interno é necessário que tenha dentro

das organizações pessoas que trabalhem comprometidas com sua missão.

Toda organização almeja está dentro do ambiente na qual atua de maneira

sólida e com seus recursos controlados. Controle interno baseia-se em verificar

e controlar os procedimentos na qual foram adotados para as devidas

Page 22: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

22

execuções, buscando um melhor aproveitamento e empregabilidade dos

recursos.

Segundo o NBCT, (16.8,) O controle interno é o conjunto de recursos,

métodos e processos adotados pela entidade governamental, com a finalidade

de:

(a) assegurar a proteção dos ativos e a veracidade dos componentes

Patrimoniais;

(b) garantir a observância da validade, legalidade e regularidade das transações;

(c) promover e manter a confiabilidade do sistema de informações contábeis;

(d) comprovar atos e fatos que afetem ou possam afetar o patrimônio;

(e) garantir a integralidade e exatidão dos registros contábeis;

(f) prevenir práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes, malversação,

Abusos, desvios e outras inadequações;

(g) possibilitar a eficácia da gestão e garantir a qualidade da informação;

(h) garantir a execução dos planos e políticas definidas pela administração;

(i) garantir aderência das demonstrações contábeis aos princípios fundamentais

E normas brasileiras de contabilidade.

Para obter resultados na organização ao que se refere aos seus

controles internos, é necessário além de um bom sistema ter pessoas

capacitadas para exercer a função.

3.2. Principais métodos e relatórios de controle interno

Através do controle interno observa- se que se obtêm informações

sobre como estão sendo utilizada a maneira, de constatar, detectar e corrigir

possíveis falhas nos métodos de trabalho.

Assim, Silva (1977, p. 80), diz que:

Controle é o processo administrativo que consiste em verificar se tudo está sendo feito de acordo com o que foi planejado e as ordens dadas, bem como assinalar as faltas e erros, a fim de repará-los e evitar sua repetição

Page 23: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

23

A prática de se utilizar controles bem organizados favorece ao tomador

de decisões mais confiança e tranqüilidade na administração dos negócios e

uma visão detalhada da real situação da organização.

Conforme Trabalho Magnus,Oliveira Cristina. 2007 Dissertações (Graduação em Ciências Contábeis)- Faculdade de ciências contábeis. Universidade Federal de Santa Catarina, santa Catarina, 2007. Disponível em: <tcc.bu.ufsc.br/contabeis293891>Acesso em:31demaio2013, no qual foi citado o autor Crepaldi (1998), os controles internos podem ser classificados segundo suas finalidades em:

- Controles organizacionais – inclusive segregação de funções – consistem em designar responsabilidade e delegar autoridade por meio da definição de linhas e instruções de operação documentada em manuais de organização, organogramas e descrições de cargos. A correta segregação de funções é considerada o elemento mais importante de um sistema eficaz de controle interno. Consiste em não atribuir o controle de todas as etapas de uma transação a uma só pessoa, evitando assim atos fraudulentos e permitindo a outras pessoas efetuarem uma verificação cruzada das informações; - Controle de sistemas de informação – controle obtido mediante a prestação de informação aos níveis adequados da administração. Refere-se à qualidade e relevância da informação que chega aos responsáveis pela tomada de decisões e a capacidade dos mesmos em compreender seu significado e adotar medidas corretivas, se necessário; - Controle de procedimentos – controle obtido mediante observação de políticas e procedimentos dentro da organização. São implementados para que se alcance eficiência operacional e se atinjam os objetivos empresariais. Devem ser adequados à estrutura organizacional,bem definidos e documentados, fáceis de interpretar e aplicar.

A contabilidade também se utiliza dessa ferramenta de controle

contábil, guardando suas informações contidas nos livros e documentos.

Dentro desses controles é bem evidenciado o controle pelo financeiro, que é

uma parte primordial dentro de qualquer instituição.

Dentre destes controles estão os fluxos de caixa, o controle bancário,

contas a pagar e contas a receber.

Segundo Benicio (2000, p. 45), nos controles deve ser registradas

todas as opções financeiras da organização de tal forma que, quando

necessário, possa ter uma visão clara, detalhada e simplificada de como a

organização manuseia seus recursos diariamente. Dentre os principais

métodos utilizados para o controle financeiro destacamos o fluxo de caixa, o

controle bancário, contas a receber e contas a pagar.

Page 24: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

24

3.2.1. Método Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa serve para análise das empresas em geral, é um

instrumento no qual as entidades necessitam para ter uma visão geral de suas

obrigações e seus recursos disponíveis para sua futura necessidade.

O fluxo de caixa é conceituado pelos autores Assaf Neto e Silva (2002,

p. 39) como “[...] um instrumento que relaciona os ingressos e saídas

(desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em

determinado intervalo de tempo.”

Sendo o fluxo de caixa um instrumento essencial para que a empresa

possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeira, a mesma

deverá preservar sua liquidez imediata essencial à sua manutenção no

mercado. Um fluxo de caixa bem elaborado evita muitas situações

desagradáveis á organização. Como por exemplo, a falta de recursos

disponíveis para cumprir com suas obrigações na data prevista. Esta mesma

forma tem como planejar o saldo de caixa, pois dinheiro deveria estar investido

na entidade e não parado em caixa.

De acordo com Campos Filho (1999, p.25) a estrutura da

Demonstração de fluxo de caixa é de fácil entendimento e serve para todos os

tipos de empresas, sendo que: A estrutura da Demonstração dos Fluxos de

Caixa (DFC) compõe-se de quatro grandes grupos, que são:

• Disponibilidades;

• Atividades Operacionais;

• Atividades de Investimentos;

• Atividades de Financiamentos.

Sendo um importante demonstrativo onde evidencia a situação

financeira deve demonstrar as necessidades da organização e apresentar de

forma a ser facilmente interpretado por qualquer usuário e trazer informações

que contribuam para melhorar o processo de tomada de decisão. O importante,

segundo Frezatti (2000), é que ele atenda aos seguintes aspectos:

Page 25: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

25

_ Funcionalidade - um modelo que seja entendido e utilizado de

maneira simples e fácil;

_ Exeqüibilidade - possibilidade de realização;

_ Clareza quanto aos objetivos - deve-se ter em mente para qual

objetivo o fluxo de caixa está sendo elaborado;

_ Custo de obtenção, custo-benefício gerado - não se deve gastar mais

que o Benefício gerado pelo relatório.

Cada empresa deverá elaborar e manter seu fluxo de caixa para as

necessidades existentes e acompanhar seus controles das atividades

operacionais da empresa.

Figura 1- Representação do Fluxo de caixa

Fonte: ZDANOWICZ (1995)

Um fluxo de caixa bem construído evita muitas situações em que

qualquer organização não desejaria ter tais como; falta de recursos para

cumprir suas obrigações em dia, também servindo para planejar o saldo de

caixa, não deixando dinheiro parado e procurando investir na organização.

Segundo, Matarazzo (2010, p.234) através da demonstração do Fluxo

de Caixa a pode-se saber se a empresa foi auto-suficiente no financiamento de

seu giro, e qual sua capacidade de expressão com recursos próprios gerados

pelas operações, ou seja, a independência financeira da empresa é posta em

cheque. “Os principais objetivos da Demonstração do Fluxo de caixa são:”

a) Avaliar alternativas de investimentos.

1 2 3 4 5 6 ....... N 1 2 3 4 5 6 ..... N

CAIXA

INGRESSOS DE

RECURSOS

DESEMBOLSOS DE

RECURSOS

Page 26: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

26

b) Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que são tomadas na empresa, com reflexos monetários. c) Avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-a para que não chegue a situações de liquidez. d)Certificar que os processos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados. Determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado período, e aplicá-los de forma mais rentável possível, bem como analisar os recursos de terceiros que satisfaçam as necessidades da empresa;

A entidade que apresenta um demonstrativo de caixa com eficiência

diferencia-se das demais, terá um excelente demonstrativo, que servirá como

auxiliar nas decisões.

Através do fluxo de caixa, podem-se determinar antecipadamente os

objetivos e metas a serem alcançadas pela empresa e o que se tem a receber

e a pagar, conforme quadro abaixo:

Quadro 2 : Modelo de Fluxo de Caixa

Meses

Receita/gastos

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Total

1-Receitas

Saldo disponível 0 300,00 2580,00 350,00 200.00

A Receber 10000,00 2000,00 0 3000,00 2000,00

Subtotal 10.000,00 2.300.00 2580,00 3350.00 2200.00

2-Gastos

Pessoal

Encargos

sociais

Subtotal

3.Saldo

Disponível ao

Final do Mês (1-

2)

Fonte: Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social.

Por meio deste modelo é possível planejar antecipadamente todo o

fluxo monetário da organização. É feita uma estimativa das receitas e gastos

para os meses subseqüentes, a fim de se ter uma programação de quanto,

aproximadamente, estará disponível para a realização de novos projetos ou se

haverá necessidade de captação de novos recursos.

Page 27: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

27

Segundo Frezatti (2000):

a projeção de fluxo de caixa deve ser revista periodicamente a fim de

apresentar confiabilidade, pois quanto maior o nível de acurácia das

informações, melhor o aproveitamento do fluxo de caixa

Por meio do caixa são recebidos valores provenientes de várias fontes.

Para Tung (1993, p. 294), são quatro as fontes de recebimentos de caixa:

1. Recebimentos à vista;

2. Recebimentos através de cobradores;

3. Depósitos bancários de clientes contra duplicatas;

4. Cheques nominais recebidos pelo correio.

Os valores recebidos no caixa da organização, devem ser depositados

em conta corrente ou aplicados conforme necessidade da organização.

Segundo Benício (2000), a organização poderá manter um fundo de

caixa para pagamento de pequenas despesas. O valor deste fundo será

determinado de acordo com o volume diário de despesas, sendo importante

manter um montante razoável que se mantenha pelo menos por uma semana,

para evitar constantes reposições ou falta de recursos para cobrir eventuais

despesas. Este fundo fixo poderá ser controlado à parte conforme Quadro 3:

Quadro 3: Modelo de Movimento de Caixa

MOVIMENTO DE CAIXA

Data Movimentação Doc. N.º Entradas Saídas Saldo

De transporte X-X-X-X

X-X-X-X

X-X-X-X

X-X-X-X

X-X-X-X

DETALHE DO SALDO

Dinheiro

Cheques

Vales

Outros Valores

Saldo anterior

Saldo atual

Fundo fixo%

Fonte: BENICIO (2000)

Page 28: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

28

Neste modelo de movimentação de caixa são lançadas todas as

movimentações ocorridas diariamente, tanto de entrada como de saída de

recursos. O saldo é apurado tomando-se o valor do saldo anterior mais as

entradas e subtraindo-se as saídas de recursos.

Pode acontecer também de serem retirados vales ou adiantamentos

para despesas. Estas retiradas também devem ser devidamente registradas no

movimento de caixa.

Benício (2000) assevera que, para se efetuar qualquer despesa, é ideal

que seja encaminhada uma autorização por meio de um documento assinado

por pessoa autorizada que instrua o gestor acerca da fonte de recursos a ser

utilizada, pois facilitará a elaboração de relatórios futuros e servirá de amparo

auto-explicativo em caso de dúvidas posteriores.

O fluxo de caixa é um meio de manter a empresa constantemente

informada sobre seus recursos financeiros, e possibilita um acompanhamento

diário, a fim de garantir a correta aplicação de seus recursos e intervenções

quando necessário.

Os valores transitados pelo fluxo de caixa podem ser mantidos nos

cofres da própria organização ou depositados em bancos. Um dos meios

utilizados no controle dos recursos financeiros é o controle bancário, que será

relatado a seguir.

3.2.2. Controle bancário

O importante e essencial, é que a instituição possua um controle

eficiente dos valores movimentados através dos bancos, em que a organização

possua contas. Através dessa movimentação, identificam-se os valores

recebidos por meio de próprios depósitos, ou através de doações ou

recebimentos diversos e saques.

Geralmente o controle de banco é um movimento diário, recebendo

deposito, sacando cheques, recebendo avisos bancários, cobrança de

duplicatas.

Page 29: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

29

A organização tem a liberdade de abrir quantas contas bancárias achar

necessário, pois em determinadas situações, poderá necessitar de contas

correntes individualizadas para receber certo tipo de recurso financeiro, como

por exemplo, convênios, subvenções, etc. Conforme a Almeida (2007):

o controle bancário é o conjunto de operações de Registro, que tem por objetivos controlar o movimento financeiro da empresa, analisar e conferir, individualmente, as operações efetuadas junto aos estabelecimentos bancários. Também salienta a importância do controle de caixa e bancos no sentido de: - determinar o movimento de dinheiro na conta em um determinado período; - facilitar a avaliação bancária; - determinar o valor disponível em uma conta para investimento na empresa.

A organização poderá adotar um modelo para registrar sua

movimentação bancária, evidenciando os cheques emitidos por conta bancária,

a destinação, a data e valor. Para maior controle, os extratos bancários

deverão ser conciliados diariamente a fim de poder evidenciar, ao final do dia, a

posição correta dos valores nos registros internos da entidade. Por meio da

conciliação bancária, que é o confronto dos valores registrados no extrato

bancário com os lançamentos efetuados na organização, podem-se apontar

possíveis divergências nos registros e corrigi-las em tempo hábil.

A seguir modelo de conciliação bancaria conforme quadro 4:

Page 30: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

30

Quadro 4: Modelo de Conciliação Bancária

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

Nome da Entidade: Igreja Evangélica assembléia de Deus em Fortaleza

Banco: Caixa Econômica Federal

Conta-corrente: 234.1145-1 Conta do razão: 1.1.1.021

Saldo em conta corrente em 31/12/X1 500,00

2. Mais ( + )

2.1. Débitos contabilizados e não constantes no extrato 60,00

3. Menos ( - )

3.1. Cheques emitidos e não compensados 20,00

4. Saldo bancário ajustado (1+2-3) 540,00

5. Saldo Contábil 540,00

Cheques Emitidos e Não Compensados

Cheque Emitido em Compensado em Histórico Valor

12001 23.12x1 03.01.x2 Material de

Expediente

30,00

12003 28.12.x1 05.01.x2 Serviço de

manutenção

30,00

TOTAL 60,00

Observações:

Local e data:

Brasília, 10.01.x2

Responsável Visto

Fonte: Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social.

Para uma maior clareza, e com a finalidade de evitar desconfianças, os

cheques serão nominais ao credor, emitidos com uma cópia e, muitas vezes,

assinados por duas pessoas. Quando for feita a reposição do fundo fixo de

caixa, que são valores destinados a pagamento de despesas de pequeno valor,

o cheque será emitido ao portador para que seja recomposto o saldo de caixa.

Em muitos casos, os depósitos só podem ser efetuados com a

autorização dos gestores, conforme normas da instituição, a pessoal

responsável pelo movimento financeiro encaminha os valores para os devidos

Page 31: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

31

bancos com seus comprovantes de depósitos, as movimentações bancárias do

tipo, transferências bancárias e débitos em conta corrente, deverão ser

autorizados previamente por meio de documento assinado por pessoa que

responda pela entidade.

Através do controle bancário são evidentes os valores nele contido,

evidenciando os recursos que estão na conta corrente, afim de programação

de investimento e aplicação buscando retorno para a mesma.

Utiliza-se o controle de contas a receber com o propósito de programar

e cumprir suas obrigações.

3.2.3 Contas a receber

Os valores recebidos se originam principalmente da atividade em que

a organização exerce, e podem ser resultantes de vendas de produtos,

serviços prestados, ou também de outras fontes de recursos, como

contribuições, subvenções, doações, etc.

É necessário ter um controle eficiente para que se tenha um sistema

organizado, e minimizem o Maximo possível de atrasos.

É essencial que a entidade tenha pessoas responsáveis pelo controle e

organização das contas a receber, com intuito de definir estratégias e

programar atuais e futuros desembolsos.

Precisam ser evidenciadas as contas a receber por clientes, com data

de vencimento.

Os valores referentes a direitos que a empresa tem sobre terceiros, e

que não forem recebidos à vista, deverão constar em planilhas que evidenciem

com clareza a natureza da operação, a data de recebimento e toda informação

necessária, para o devido controle e registro dessas transações, conforme

modelo evidenciado no Quadro 5:

Page 32: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

32

Quadro 5: Modelo de Controle de Contas a Receber

EMPRESA:

FORMULÁRIO DE CONTAS A RECEBER

CONTAS A RECEBER MÊS:

DATA CLIENTE N.ºDOC VALOR

DATA

DE

VENC

DATA

DE

REC

VALOR

RECEBIDO

OBS:

Fonte: ALMEIDA(2007)

A organização dos controles de contas a receber, é importante para o

conhecimento dos devidos clientes que pagam em dia, observar o montante

recebido, o perfil de cada um dos clientes, ajuda na cobrança dos

inadimplentes e fornece informação para ajuda do fluxo de caixa.

Para evitar atraso nos recebimentos e manter controle dos valores a

receber é necessário a entidade possuir um controle com eficiência.

3.2.4 Contas a pagar

As contas a pagar são importantes na organização, porque têm o

objetivo de controlar, verificar e processar os pagamentos, quando houver a

necessidade de desembolso, a fim de ter um gerenciamento dos gastos e

controle de contas pagas. Dentro destas obrigações estão os impostos,

federais e trabalhistas.

É de fundamental importância o controle de contas a pagar, para que

se possua em mãos uma previsão dos desembolsos por vencimento, para uma

melhor administração das disponibilidades de recursos necessários, para que

os seus compromissos sejam cumpridos, de forma mais vantajosa para a

organização.

Page 33: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

33

Segundo Almeida (2007), o controle de contas a pagar serve para:

- que a empresa conheça quais são os seus principais fornecedores e quais respondem pela maior parte de seus abastecimentos; - conhecer o montante a pagar para um determinado período, possibilitando prever o volume de receita necessária para cumprir os compromissos financeiros da empresa junto aos fornecedores; - ajudar a programar os pagamentos diversos; lembrar e controlar os compromissos a saldar; - ajudar a fornecer informações que ajudarão a priorizar os pagamentos da empresa; - fornecer informações para a elaboração do fluxo de caixa da empresa.

Deverão estar bem claros todos os compromissos que a entidade

assumiu com suas contas a pagar, evitando transtornos.

Quadro 6: Modelo de Controle de contas a pagar

MÊS/ANO JUNHO/2013 CREDOR TIPO NUM.DOC BANCO DATA

EMISSAO DATA VENC

DATA PAGAMENTO

VALOR PAGO

OBSERVAÇÃO

Fonte: Adaptado de Gestão de Finanças – SEBRAE-SC (2005)

Como se pode perceber este demonstrativo é muito importante e serve

como um guia na hora da previsão dos gastos. Com ele visualiza-se com

clareza quanto se tem a desembolsar e quando pode se dispor de recursos

para cumprir as obrigações firmadas com terceiros.

Conforme o SEBRAE (2005):

uma forma bastante utilizada para controlar os pagamentos da empresa é lançar os documentos que se tem a pagar e arquivá-los em uma pasta sanfonada, com divisórias relativas aos dias do mês, separando os documentos por dia, de acordo com a data de vencimento. Quando forem pagos, faz-se o lançamento de baixa no sistema.

Cada empresa montará o seu método de controle de contas a pagar,

como melhor lhe convier. O essencial é que permita evidenciar claramente

todos os compromissos a serem pagos, evitando assim atrasos nos

pagamentos e permitindo uma previsão dos recursos a serem desembolsados.

Page 34: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

34

Concluída a fundamentação teórica passa-se a apresentar a análise descritiva da entidade.

No próximo capítulo a entidade em estudo, buscando evidenciar seu

funcionamento e controle financeiro. Serão descrito as formas de controle

interno e comparando com os controles estudados.

4. ANÁLISE DESCRITIVA DA ENTIDADE

4.1 Caracterização da entidade em estudo

A empresa cujos dados foram utilizados para esta análise descritiva é a

Igreja Evangélica, situada em Fortaleza. É uma entidade de direito privado,

sem fins lucrativos, foi fundada em 1998 caracterizada como Templo Religioso.

Ao longo dos anos essa religião se expandiu com uma igreja em cada

município do estado. Tendo um presidente, um tesoureiro e uma comissão

fiscal (Estatuto de fundação) a manutenção da entidade se dá pelas rendas de

dízimos e ofertas e doações de seus membros. Conforme seu Estatuto; Art.15

São direitos comuns a todos:

I- Participar de reuniões de caráter religioso nos templos, para

fins de adoração, comunhão, evangelização, discipulado, vigilância e

oração.

II- Receber assistência espiritual através da oração, ensino bíblico

e aconselhamento;

III- Participar de atividades administrativas na IEADTC de acordo

com o seu dom e talento, por designação da Diretoria.

IV- Solicitar transferência para outra igreja de mesma Fe e ordem

ou desligamento do Rol de Membros.

Art.16 São direitos dos membros;

I- Votar nos cargos ou funções previstos neste estatuto, bem

como fazer uso da palavra em reuniões de Assembléia Geral;

II- Ser ordenados, consagrados ou separados para o serviço do

Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, respeitando as condições

previstas nos artigos 8º a 10 e 33 a 46 do estatuto.

Page 35: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

35

Para um melhor atendimento aos membros congregados a instituição

possui um presidente mais dez colaboradores diretos.

Em seguida será apresentado um organograma da entidade.

4.1.1 Organização

A Administração da instituição é feita pelo presidente, conforme

está escrito no Estatuto da Entidade e em suas atas, juntamente com a

comissão de ética, elegido pelos membros congregados. Organização da

entidade conforme organograma abaixo:

Organização Administrativa- A Organização administrativa da Igreja

compreenderá a Administração Eclesiástica e Civil.

Administração Eclesiástica é o conjunto de atos e cerimônias de cunho

essencialmente espiritual, que será exercida pelo Pastor presidente,

coadjuvado pelos demais ministros e presbíteros.

Page 36: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

36

Figura 2- Organograma da Igreja Evangélica

Figura 2- Organograma da Igreja Evangélica

Fonte: Estatuto da Entidade Igreja Evangélica

4.1.2 Funcionamento

A responsabilidade do presidente que é o pastor, em relação às finanças da

sua igreja, é a de incentivar a criação do comitê administrativo, ou outro nome

que prefira e dedicar-se ao seu ministério. Segundo o estatuto, dentre eles são:

Administração

Eclesiástica

Presbítero Diácono Auxiliares Comissões

Organização Civil

Diretoria Presbitério Comissão de Contas Comitê Fiscal Assembléia

Geral

Presidente

Primeiro Vice-

Presidente

Primeiro Tesoureiro

Segundo Secretário

Primeiro Secretário

Segundo Vice-

Presidente

Segundo Tesoureiro

Page 37: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

37

I-presidir a Assembléia Geral

II-presidir as reuniões do Ministério Local;

III-presideir as reuniões da diretoria;

IV-coordenar e supervisionar toadas as atividades;

V-escolher e apresentar os Membros da Diretoria;

VI-escolher os seus auxiliares, de conformidade com o Estatuto;

VII-designar os dirigentes de Congregação

VIII-partcipar de qualquer reunião independente de qualquer

convocação;

IX-Indicar o Co-pastor que exercerá a função de auxiliar o pastor

Presidente nas realizações das cerimônias.

O papel do Diácono, separado para o ofício eclesiástico de servo,

devotar-se-á no cumprimento das atribuições eclesiásticas prevista no estatuto,

exercendo suas atividades que foram delegadas Segundo o estatuto, dentre

eles são:

I- auxiliar os supervisores de congregação, nas atividades que

lhes forem delegadas

II- atender as necessidades sociais da Igreja;

III- visita aos enfermos e carentes da Igreja;

IV- cooperar na distribuição dos elementos da santa ceia ;

V- colaborar para a manutenção da ordem nos cultos;

VI-realizar a coleta das contribuições da igreja.

O presbítero é o membro que é consagrado para auxiliar o Pastor

presidente, no ensino da palavra de Deus, dar assistência as congregações,

exercendo atividade e atribuições, Segundo o estatuto, dentre eles são:

I- dirigir congregações e outros órgãos da entidade;

II- ministrar a palavra de pregação e ensino ou aconselhamento

III- ministrar a unção aos enfermos;

IV - celebrar outras cerimônias por designação do pastor presidente;

Page 38: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

38

4.2.3 Finalidade da comissão de contas

A Comissão de contas tem a finalidade, Segundo o estatuto:

I- verificar os documentos referentes ao movimento financeiro da

igreja;

II- analisar as contas que compõem as demonstrações contábeis e

financeiras da igreja, podendo solicitar informações sobre qualquer

ponto que necessite de esclarecimento;

III- proceder à analise da movimentação pecuniária quando

eventualmente solicitada pela diretoria

IV- comunicar imediatamente, ao pastor presidente as incorreções

ou falhas que por ventura forem encontradas;

V- elaborar relatórios da Diretoria, para aprovação do resultado a

analise das contas aludidas no estatuto.

4.2.4. O papel do vice-presidente

Como papel principal dentro da comissão de contas e segundo estatuto, têm:

I - instituir, interinamente o presidente, nas suas faltas ou

impedimentos ocasionais;

II - auxiliar o presidente no que for necessário;

III- exercer outras atividades que lhe forem designadas pelo

presidente;

IV- assinarem documentos e fazerem movimentação bancária

inclusive assinar cheques juntamente coma tesouraria na ausência

do pasto presidente.

Atribuições dos secretario;

I- secretariar as assembléias, lavrar as atas e as ler para aprovação,

providenciando, quando necessário, o seu registro em cartório;

II- manter sob sua guarda e responsabilidade os registros de Atas,

de casamentos, batismo em águas, cadastro de rol de membros.

III- assessorar o presidente no desenvolvimento das assembléias;

IV- manter atualizado o rol de membros e cadastro de congregações

V- expedir e receber correspondências relacionadas a movimentação

de membros;

Page 39: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

39

VI-elaborar, expedir ou receber outros documentos ou

correspondências;

VII- manter em boa ordem os arquivos e documentos a cargo da

secretaria

VIII- nas reuniões da Diretoria, assessorar o presidente, elaborando

as respectivas atas, e anotando as propostas que deve ser

encaminhada a Assembléia;

IX- elaborar e apresentar relatórios da secretaria quando solicitado

pelo presidente;

X- exercer outras atividades afins designadas pelo presidente.

4.2.5 papel dos tesoureiros

Os tesoureiros desempenham os papéis, conforme descrito no

estatuto, como:

I- assinar juntamente com o presidente documentos relativos às

operações financeiras;

II - propor diretoria medidas administrativas que concorrem para um

melhor desempenho financeiro;

III- propor à diretoria medidas administrativas que concorrem para

um melhor desempenho financeiro;

IV- receber ofertas, dízimos e quaisquer outros valores trazidos a

entidade com documentos comprobatórios;

V- efetuar pagamentos e proceder à quitação de compromissos

financeiros, de acordo com a programação financeira da entidade;

VI-manter devidamente organizado todo o serviço da Tesouraria;

VII- informar a Comissão de Contas, quando requisitado, a respeito

de qualquer assunto relacionado à tesouraria;

VI II toda contabilidade da igreja, fornecendo-lhe informações e

apresentando os documentos quando solicitados;

IX- manter sob sua guarda todos os livros e documentos contábeis

da Igreja;

X- exercer outras atividades afins designadas pelo presidente.

Page 40: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

40

4.2.6 Papel do comitê fiscal

A importância e atuação de um comitê fiscal. O Comitê fiscal tem um

olhar crítico, sobre as decisões de utilização dos recursos, bem como sua

comprovação, incluindo alçadas estabelecidas, fiscalizando não somente o

tesoureiro ou contador, mas também o próprio comitê administrativo. De certa

forma, ele é um auditor interno que presta serviço aos membros da igreja.

Existe um papel bem relevante as entidades sem fins lucrativos,

adquirindo um papel de destaque na sociedade tanto no contexto econômico

como no social, e automaticamente influenciando na política do país. É

fundamental que seus recursos sejam corretamente empregados na busca de

suas finalidades, e de seus objetivos, sem desperdícios ou desvios. Para isto,

ganha visibilidade o papel desempenhado por seus controles internos, uma vez

que os recursos disponíveis são escassos, e precisam ser otimizados por meio

de eficientes métodos de controle, os quais fornecerão subsídios para a

tomada de decisão.

Nem todas as entidades estão bem estruturadas, faltando em muitas

delas um controle interno e administrativo, falta muitas vezes conhecimento e

preparação de seus administradores, precisando se adequar a realidade,

realidade essa bem visível aos olhos de todos, inclusive diante do fisco. O

interesse pelo tema escolhido faz parte da qual a pesquisadora fazer parte do

quadro de colaboradores da entidade estudada, e ter interesse em aplicar os

conhecimentos adquiridos na Universidade, contribuindo, desta forma, para um

controle mais eficiente dos recursos financeiros, arrecadados pela organização.

No estudo em pauta consiste em ver a importância da gestão contábil e do

controle interno nas organizações, identificando administrativamente um

caminho para melhorar e para aplicação de seus controles, procurando evitar

futuros problemas.

Page 41: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

41

4.3. Assembléia Geral

A assembléia geral, é um órgão soberano da vontade social, é

constituída por todos os membros da Igreja, que não estejam sofrendo

restrições de seus direitos na forma prevista no estatuto, em gozo de plena

comunhão com a Igreja, sendo suas resoluções devidamente registradas em

atas e consideradas julgadas. As deliberações e resoluções da Assembléia

Geral deverão ser decididas por aclamação da maioria, simples membros

presentes.

4.4. Descrição dos controles internos financeiros

A contabilidade da instituição é feita por uma empresa contábil

terceirizada, já o setor financeiro conforme o organograma apresentado fica ao

cargo da coordenação financeira, que é o responsável pelo movimento

financeiro da entidade.

Os recebimentos e os pagamentos são feitos pela mesma pessoa, o

tesoureiro. Existe a necessidade de uma equipe administrativa, com preparo

para execução dos controles. As despesas e receitas da igreja é um ponto

delicado por muitas vezes ser solicitados por várias pessoas e os valores as

mais variáveis, outro ponto também ligado a transparência. Em muitos casos

ainda os tesoureiros por falta de conhecimento deixam de solicitar documentos

idôneos, para a contabilidade, procedimento no qual indispensável, a

verificação documental, a fim de confirmar, inclusive, a veracidade do gasto, o

que deve ser feito periodicamente pelo comitê fiscal, eleito entre os membros.

O tesoureiro, portanto, deve sempre ter uma posição rigorosa em

relação à comprovação, não abrindo mão da exigência legal. Os

demonstrativos financeiros de uma igreja devem ser de forma mais

transparente possível, e numa periodicidade, quanto mais curta, melhor,

através de demonstrativos e relatórios.

Page 42: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

42

Separar, a função de pastor da função de administração ou gestão, que

deve ser composto por várias pessoas. Definir regras adequadas e claras para

despesas, com o estabelecimento de alçadas e limites. Que tenha o hábito de

disponibilizar, e que os membros saibam que estão disponíveis os relatórios da

tesouraria e controladoria. E, finalmente, que tenha um olhar sobre a missão e

visão da igreja, comparando com a utilização de recursos destinados a cumprir

essa missão, para alinhar o foco dentro dos objetivos.

4.4.1. Fluxo de caixa

A entidade mantém um sistema informatizado, conforme mencionado

anteriormente, no qual são lançadas todas as movimentações financeiras.

Diariamente são feitos os lançamentos de acordo com as informações

apresentadas. Na maioria dos casos os valores são recebidos no caixa da

sede, e somente depois são depositados em contas bancarias, ou seja, é feito

os depósitos.

Existe um fundo de caixa na entidade, onde são mantidas as pequenas

despesas e manutenção de pequenos valores. Para manutenção desse fundo

de caixa, é feito cheque nominal em nome da própria entidade, para repor os

gastos oriundos do caixa, cheque estes que são autorizados pela diretoria. Ao

final de cada mês é emitido um relatório de caixa, no qual constam todas as

movimentações do período, e são arquivados todos os documentos

comprobatórios das movimentações juntamente com este relatório.

4.4.2.controle bancário

A Entidade possui uma conta bancária, onde são recebidos os recursos

e depósitos e os devidos pagamentos, e toda transação que discerne a

movimentação bancária da mesma, necessitando de previa autorização do

presidente e tesoureiro. São impressos diariamente e mensalmente os extratos

Page 43: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

43

para as devidas conferências, tais como pagamentos, depósitos, tarifas e

saques e etc.

Ao final de cada mês, são conferidas também pela contabilidade as

movimentações lançadas no sistema, com o extrato para apurar valores não

compensados e proporcionar segurança nos registros.

Geralmente não existem valores parados na instituição, todos são

investidos para manutenção do templo e seu patrimônio.

4.4.3 Contas a receber

Os valores a receber da entidade não são certos, de maneira a

trabalhar com ele antes do período recebido, a instituição deduz que irá

receber determinado valor todos os meses, no entanto por a entidade ter seus

recursos como ofertas e dízimos pode haver oscilação nesses valores, de

meses pra meses.

O controle desses recebimentos se dá via comprovantes de

recebimentos de dízimos, pois não existe comprovante para recebimentos de

ofertas.

4.4.4. Contas a pagar

A Entidade lança todas as suas obrigações, no sistema integrado de

caixa com seus devidos vencimentos. Sistema desenvolvido por técnico de

informática na qual foi desenvolvido para finalidade especifica da Entidade.

Todo movimento quando chega à entidade, precisa ser conferido com o

tesoureiro, comprovando sua idoneidade depois lançados no sistema, para

suas devidas providencia de pagamento, com autorização do presidente e o

tesoureiro.

A Entidade não possui nenhum recebimento oriundo dos órgãos

Federais, Municipais ou estaduais, somente é mantida através das ofertas e

Page 44: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

44

dízimos e doações dos membros. No qual seus recebidos pode ser através via

bancos como recebimento em caixa.

Todas as despesas são efetuadas por meio de cheques nominais aos

credores, acompanhados da cópia dos cheques ou com autorizações de débito

em conta-corrente, devidamente assinados pelo presidente da Igreja e pelo

tesoureiro. Somente quando as despesas são de valores menores são pagas

com o fundo de caixa.

O devido sistema criado para a instituição emite relatórios com datas

de emissão, valores, tipo de despesas resumos por sede, e por congregações

incluindo os recebimentos e pagamentos.

5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Este trabalho procurou apresentar uma visão geral, da importância da

gestão contábil, e financeira de uma instituição sem fins lucrativos (Igreja

evangélica), no qual há necessidade de uma organização contábil e financeira

urgente, para as devidas obrigações junto ao fisco.

Em várias igrejas por desfrutarem da isenção tributária, da qual estão

apoiadas pela lei, pode levar a um descuido nos controles internos e na

prestação de contas. Quando o tesoureiro não tem a formação ou assessoria

adequada, e recebe a informação da isenção, corre o risco de aplicar a tudo,

incluindo relatórios e controles. Isso confirma a necessidade de uma equipe

administrativa bem conceituada. As despesas e receitas da igreja é um ponto

delicado por muitas vezes ser solicitados por várias pessoas, outro ponto

também ligado a transparência. Em muitos casos ainda, os tesoureiros por falta

de conhecimento, deixam de solicitar documentos idôneos, para a

contabilidade, procedimento no qual indispensável, a verificação documental, a

fim de confirmar, inclusive, a veracidade do gasto, o que deve ser feito

periodicamente pelo comitê fiscal, eleito entre os membros.

Page 45: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

45

Quanto aos objetivos gerais e específicos, foram alcançando na

medida em que se verificou na entidade de sem fins lucrativos, na descrição

apresentada de uma entidade religiosa, observando seus controles internos e

quais os adequados para o setor financeiro da entidade, sob a ótica dos

controles de Fluxo de caixa, bancos, contas a receber e contas a pagar.

Demonstra-se com base nos documentos e literatura disponível sobre o

assunto, os conceitos de Terceiro Setor, controle interno e os principais

métodos de controle financeiro, utilizados nas organizações e em seguida, na

análise descritiva da entidade, descrevemos os controles internos utilizados no

setor financeiro da entidade estudada e, através de uma comparação com a

teoria e a realidade praticada na entidade, concluindo que devem manter

controles apropriados à realidade.

Existe muita carência de um planejamento eficaz. Planejar correto é

preciso planejar com ações, não somente de resultados.

Os demonstrativos financeiros de uma igreja devem ser de forma mais

transparente possível, e numa periodicidade, quanto mais curta melhor, através

de demonstrativos e relatórios, separar, a função de pastor da função de

administrador ou gestor, que deve ser composto por várias pessoas. Definir

regras adequadas e claras para despesas, com o estabelecimento de alçadas

e limites. Levando ao conhecimento de seus membros os relatórios da

tesouraria e controladoria. E, finalmente, que tenha um olhar sobre a missão e

visão da igreja, comparando com a utilização de recursos destinados a cumprir

essa missão, para alinhar o foco dentro dos objetivos.

Tomando por base o conhecimento adquirido sobre o assunto e nas

características da entidade estudada, a avaliação feita sob a forma e sistema

encontrado no setor financeiro da entidade em questão, observou-se alguns

pontos vulneráveis em cada tipo de controle.

A organização não utiliza integralmente as informações geradas pelo

setor financeiro, por estas não estarem devidamente adequadas para o

atendimento de suas necessidades, ocasionando a falta de um controle

eficiente quanto à previsão de valores excedentes em caixa, que poderiam ser

aplicados, ou valores em falta, para cumprir obrigações futuras.

Page 46: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

46

Foi sugerida a entidade uma adequação de seu fluxo de caixa junto às

adequações disponível para as entidades sem fins lucrativos, procurando

identificar as necessidades, e elaboração antecipada de seus planos e projetos

específicos. Sugestão para implantação de seu fluxo de caixa e do orçamento

como uma ferramenta de planejamento, e controle das atividades financeiras.

Além do que a Entidade já utiliza, será essencial para suprir as deficiências

encontradas, e proporcionar um controle e uma gestão eficiente, confiável e

transparente dos recursos recebidos e utilizados na Entidade.

Page 47: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

47

6. BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Charles Dias de. Apostila de Administração Financeira I: ênfase em controles gerenciais, previsões e analises Financeira. Disponível em: HTTP://www.professores.unirg.edu.br/charlesadmfin/apostila1.pdf, acesso em 30.05.2013 ANDRADE, Guy Almeida. Contabilidade de entidades sem fins lucrativos. Cursos sobre Temas Contábeis. Conselho Regional de Contabilidade do estado de São Paulo. São Paulo: Atlas, 1991, v.4. BENÍCIO, João Carlos. Gestão financeira para organizações da sociedade civil. São Paulo: Global, 2000. Conselho Federal de Contabilidade. Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social. 2ª ed. Brasília: disponível em: http://www.cfc.org.br/uparq/Livro_ManualFundacoes2ed.pdf. Acesso em 03/06/2013. (CFC , 2004, p.31). Controle Interno NBCT 16.8, Disponível em: www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/resoluçoes, acessado em 04.06.2013. CRISTIANE. Monografia sobre controle interno financeiro das entidades sem fins lucrativos. Dissertação de Graduação em ciências contábeis. Santa Catarina. Tcc.bu.ufcs.br/contabeis293891 Disponível em:http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/nbct 10.19. Disponível em: www.gov.br/civil acessado em 06.06.2013. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1993. História das Assembléia de Deus Disponível em; http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_de_Deus; acessado em 03.06.2013 HUDSON, Mike. Administrando organizações do terceiro setor: o desafio de administrar sem receita. São Paulo: Makron Books, 1999. Lei 9.532/1997, disponível em www.receita.fazenda.gov.br/legislação/leis/ant2000 acessado em 05.06.2013 Lei. 10.406 Presidentes da Republica, Constituição Federal do Brasil, art. 150vb. Oliveira, Aristeu. Manual do terceiro setor e instituições religiosas: trabalhista, previdenciária, contábil e fiscal. 3.ed.- São Paulo: Atlas, 2011. MARION, José Carlos, Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 6.ed.- São Paulo: Atlas, 2010.

Page 48: Projeto de Pesquisa - ww2.faculdadescearenses.edu.brww2.faculdadescearenses.edu.br/biblioteca/TCC/CCO/A...A CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO DE

48

MATARAZZO, Dante Carmine, 1947: Análise financeira de balanços: abordagem gerencial.7.ed.- São Paulo: Atlas,2010. OLAK, Paulo Arnaldo, Nascimento, Diogo Toledo. Contabilidade para entidades sem fins lucrativos (Terceiro Setor) - 3.ed.- São Paulo: Atlas, 2010. PADOVEZE, Clóvis Luiz. Manual de contabilidade básica: uma introdução á prática contábil. 5.ed.-São Paulo : Atlas, 2004. PEYON, Luiz Francisco. Gestão contábil para o terceiro setor. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004. São Paulo: Edições Universidade-Empresa: Editora da Universidade de São Paulo, 1993. SEBRAE- Serviços de Apoio as Micros e Pequenas Empresas. www.sebrae.com.br. Acessado em 02.04.2013. SILVA, Adelphino Teixeira Da. Administração & Controle. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1977. Thomas; Nelson; SILVERMAN, 2007 TUNG, Nguyen H. Controladoria financeira das empresas: uma abordagem prática. 8ª ed. Edições Universidades de 1993. WWW.Portaldecontabilidade.com.br/nbc. Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.19 Entidade diversas sem fins lucrativos acessado em 05.06.2013.