PROJETO DE PROMOÇÃO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA …

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE PESSOAS DO CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI PROJETO DE PROMOÇÃO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS TRABALHADORES DO CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI: “TRABALHO E SAÚDE, ENTRELAÇANDO PROJETOS DE VIDA” São Paulo do Potengi-RN Fevereiro/2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE PESSOAS DO CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI

PROJETO DE PROMOÇÃO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

DOS TRABALHADORES DO CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI: “TRABALHO

E SAÚDE, ENTRELAÇANDO PROJETOS DE VIDA”

São Paulo do Potengi-RN

Fevereiro/2015

IDENTIFICAÇÃO

Título do Projeto: PROJETO DE PROMOÇÃO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO

TRABALHO DOS TRABALHADORES DO CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI:

“TRABALHO E SAÚDE, ENTRELAÇANDO PROJETOS DE VIDA”

Local: Campus São Paulo do Potengi do IFRN

Data da Elaboração: 14 de Janeiro a 12 de Fevereiro de 2015

Duração do projeto/ início previsto: 06/04/2015 a 31/12/2015

Coordenação/ equipe do projeto: conforme a Portaria Nº 167/2014-DG/SPP (Anexo 1)

1 APRESENTAÇÃO

A Promoção à Saúde e Qualidade de Vida são conceitos ligados ao desenvolvimento

humano, porém, não significa apenas que o indivíduo ou o grupo social tenham saúde física e

mental, mas que esteja(m) bem com eles mesmos, com a vida, com as pessoas que os cercam,

inclusive no trabalho. Enfim... ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. (LINMONGI-

FRANÇA, 2007).

E esse equilíbrio diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como

por exemplo, sobre os relacionamentos sociais, profissionais e sobre o contexto do trabalho.

Mas se o indivíduo não tem ou não consegue ter esse controle, poderá controlar a maneira

com que reage a esses relacionamentos, e isso o ajudará a ter uma certa sensação de

tranquilidade e segurança consigo mesmo, e quando no ambiente de trabalho, consigo no

trabalho.

No contexto das organizações, nem sempre foi assim, pois conforme Levinson (2001),

a maioria das organizações consideravam o trabalho e a vida pessoal como prioridades

concorrentes em um jogo de soma zero, no qual um ganho em uma área da vida significava

uma perda em outra. Ou seja, as conflitantes demandas da vida pessoal e de trabalho sempre

estiveram conosco, pois as pessoas sempre tiveram crianças, família, pessoas idosas para

cuidar, sempre possuíram passatempos, fizeram atividades físicas, adoeceram e sempre

desenvolveram atividades comunitárias/filantrópicas. Porém, no passado, muitos gestores

lidavam com tais necessidades pessoais de forma sumária: “O que você faz no trabalho é

problema nosso. O que você faz fora é problema seu.” (LEVINSON, 2001).

Supunha-se, portanto, que os trabalhadores colocariam os interesses da organização

sempre em primeiro lugar e o trabalho versus a vida pessoal somava zero. Nesse contexto, o

termo trabalho foi, muitas vezes, associado à ideia de “sofrimento” para os trabalhadores.

(DEJOURS, 1994; SOUZA, 1999).

Mas os tempos mudaram, inclusive nas organizações pública, pois houveram notáveis

mudanças demográficas na força de trabalho das organizações, tais como o número crescente

de mulheres e idosos, que ampliaram a conscientização das questões relativas ao trabalho e à

vida pessoal, novas forças econômicas, tais como a concorrência global, que elevaram a

necessidade de manter as pessoas comprometidas com o trabalho e a necessidade das

organizações focarem suas estratégias no gerenciamento do conhecimento.

Esse contexto, incentivou um novo perfil de gestão de pessoas para as organizações,

inclusive com a introdução de aspectos relacionados com a humanização do trabalho, como

programas de flexibilização de tempo, licenças paternidade, ampliação do tempo da licença

maternidade, programas de educação para o trabalho etc.; que evoluíram e atualmente se

consolidam em programas de promoção à saúde e qualidade de vida no trabalho com

diversidade de ações, por exemplo.

Walton (1973); Fernandes e Gutierres (1988); Oliveira (2009), colocam que a

melhoria das condições de vida e da saúde tem sido um tema de crescente importância, já que

impacta indireta ou diretamente a produtividade das pessoas e os resultados obtidos pelas

organizações. Além disso, os autores coadunam que, qualidade de vida no trabalho é calcada

em humanização do trabalho e responsabilidade social da empresa, envolvendo o

entendimento de necessidades e aspirações do indivíduo, através da reestruturação do desenho

de cargos e novas formas de organizar o trabalho, aliado a uma formação de equipes de

trabalho com um maior poder de autonomia e uma melhoria do desempenho organizacional.

Apesar disso, o mundo do trabalho ainda vive em um processo acelerado de mudanças

que atinge todas as áreas da atividade humana, afinal, a única coisa constante é a mudança

(BOOG, 1994). As inovações tecnológicas, o aprimoramento das políticas públicas, a adoção

de novos procedimentos administrativos, o controle social, os novos conhecimentos, a gênese

da Nova Gestão Pública, só para citar, (MEDEIROS; LEVY, 2010), são condições que

exigem profissionais especializados e/ou preparados, tanto com perfil técnico como

humanizado, voltados para a gestão por resultados e para a eficiência administrativa e

econômica.

Portanto, o desafio passa a ser promover a saúde e qualidade de vida no trabalho e

fazer com que as organizações alcancem seus objetivos. Nesse contexto, o processo de

humanização no trabalho torna-se relevante, como forma de equilibrar esse desafio.

Conforme Levinson (2001), a busca pelo equilíbrio entre trabalho-vida pode trazer,

inclusive, um compromisso mais forte das pessoas para com as organizações; possibilita aos

gerentes identificar os vários papéis/talentos das pessoas; identificar focos de ineficiência no

trabalho, já que, conflitos entre prioridades pessoais e de trabalho podem ser catalisadores

para identificar ineficiências no trabalho; a valorização do conhecimento e das habilidades

que os trabalhadores trazem de suas vidas do lado de fora; a valorização da produtividade

mais do que o tempo de presença no trabalho; evitar doenças laborais etc.

Para Costa et al. (2006), o equilíbrio entre trabalho-vida, também pode proporcionar

aos indivíduos maior resistência ao estresse, maior estabilidade emocional, maior motivação,

maior eficiência no trabalho, melhor autoimagem, melhor relacionamento etc. Além de, força

de trabalho mais saudável, com menor absenteísmo/rotatividade, menor número de acidentes,

menor custo de saúde assistencial, maior produtividade, melhor imagem da organização e

ambiente organizacional satisfaciente/positivo.

Portanto, o trabalho e a vida pessoal, deixaram de ser prioridades concorrentes, para

serem complementares. Nesse sentido, torna-se um jogo de ganhar-ganhar.

No Brasil, segundo Ogata e Marchi (2008, p. 3) as pessoas estão vivendo mais, “a

expectativa de vida é de 67 anos para os homens e 70 para as mulheres, projetando-se 81 anos

para o ano 2050”. Nesse sentido, a questão não e como viver mais, mas sim como viver

melhor.

Aliás, o processo de conscientização da necessidade de qualidade de vida não deve ser

iniciado apenas quando o ser humano inicia no mercado de trabalho, mas “inicia quando, em

sua infância, ele começa a questionar sobre sua origem, sua situação atual no mundo e qual

será seu futuro”. (OLIVEIRA, 2001, p. 3).

Apesar da compreensão de Oliveira (2001), segundo Dejours et al. (1994), é no

trabalho que o homem se relaciona com o mundo exterior mais intensamente, e onde se

exacerbam a busca pela realização e pelo prazer, evitando-se o sofrimento.

Portanto, qualidade de vida no trabalho é um processo educativo contínuo de

descomplicar a vida, ou seja, é um processo constante de ensino e de aprendizagem,

convivência, discernimento e atitude.

No percurso teórico dos conceitos de Promoção à Saúde (PS) e Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT), conforme El-Aouar e Souza (2003) vários autores se revezaram com

contribuições e abordagens, entre eles: Walton, 1973; Westley, 1979; Huse e Cummings,

1985; Nadler e Lawler, 1983, e Hackman e Oldhan, 1975. No Brasil, segundo os autores, tem

destaque as abordagens de Quirino e Xavier (1987); Fernandes e Becker (1988); Ramos,

(1995); Fernandes (1996); Rodrigues (1998); Santana (2002), entre outros.

Entretanto, para efeito deste projeto será utilizado o modelo de Ferreira (2011),

conforme o Programa de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida do IFRN, pois tem um viés

mais preventivo, consequentemente, de humanização do trabalho e atende a definição da

Organização Mundial da Saúde (OMS), quando trata que a relação entre saúde e trabalho deve

atender às necessidades que o homem, como ser biológico e sujeito social, necessita para

preservar a saúde, sendo aqui entendida como completo bem-estar físico e social e não

somente a ausência de doença. (OLIVEIRA, 2009). Trata-se de pensar a saúde a partir de uma

visão mais pluralista e flexível, levando-se em conta que, o que importa é a qualidade do

tempo vivido e não a quantidade, ou seja, a qualidade de vida.

Trata-se ainda, de uma perspectiva desafiadora e tem o foco principal na remoção dos

problemas geradores de mal estar nos contextos de produção. Centraliza sua atuação em

quatro campos: (1) condição de trabalho, (2) relações socioprofissionais de trabalho, (3)

crescimento e reconhecimento profissional e (4) elo trabalho e vida social. Essa ótica, também

tem princípios básicos que buscam a harmonia entre bem estar e eficácia nos ambientes

organizacionais e não permite o foco exacerbado na produtividade.

Os eixos adotados para o Programa do IFRN são:

• Saúde integral: saúde do homem e da mulher, saúde mental, saúde bucal, saúde

ocupacional, gestão integrada de doenças crônicas e fatores de risco, entre outros;

• Estilo de Vida: práticas corporais, atividades física e esportiva, alimentação saudável,

etilismo, tabagismo, consumo de drogas, comportamento preventivo, entre outros;

• Política Organizacional: integração e valorização do servidor, melhoria das condições

de trabalho, mediação de conflitos, desenvolvimento de habilidades sociais e do

trabalho, prevenção de acidentes de trabalho, agravos e acidentes ocupacionais,

valorização da diversidade humana, envelhecimento ativo, educação e preparação para

a aposentadoria, prevenção da violência e estimulo à cultura da paz, entre outros.

(Portaria n° 03 de 07 de maio de 2010).

Portanto, PS e QVT envolvem fatores relacionados com a saúde, tais como, o bem-

estar físico, psicológico, emocional e mental, mas também elementos não relacionados

diretamente ao trabalho, tais como a família, amigos, trabalho ou outras circunstâncias da

vida. (EL-AOUAR; SOUZA, 2003).

O IFRN – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do

Norte, criado em 1909, ao longo de seus 106 anos, tem evoluído através de vários modelos de

gestão, em especial o de Gestão de Pessoas, que contempla, atualmente, um Programa

Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho em seu escopo.

Para orientar o desenvolvimento deste citado Programa, o IFRN a partir de sua função

social, de promover educação científico-tecnológico-humanística visando à formação integral

do profissional-cidadão, se apoiou em documentos legais, na literatura científica, em

orientações e normas internas.

Uma delas foi o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da instituição,

conforme abaixo:

• PDI 2014-2018 (IFRN, 2015), objetivos e ações da Gestão de Pessoas:

- Desenvolver programas relacionados à melhoria da qualidade de vida do servidor.

� Formalização, sistematização e desenvolvimento do Programa de Lazer e

Qualidade de Vida dos servidores, promovendo ações de integração e

incentivando o sentimento de pertença dos servidores ao campus.

Portanto, a partir dos documentos de suporte é adotada a seguinte política de Gestão

de Pessoas no IFRN: desenvolver programas relacionados à melhoria da qualidade de vida do

servidor (SUAP, 2014).

Para fins dessa Política, conforme IFRN (2014), considera-se:

I – Qualidade de Vida no Trabalho é exercer a atividade profissional, com satisfação, de

forma efetiva, participativa e reconhecida; num ambiente com condições adequadas e através

de uma organização que possibilita a divisão justa de responsabilidades e boas relações com

os pares e chefia; contribuindo para a manutenção da saúde física e mental do servidor

(conceito elaborado a partir dos registros dos servidores do IFRN no Diagnóstico de Saúde e

Qualidade de Vida no Trabalho, realizado em 2013).

II – Promoção à Saúde é o conjunto de ações dirigidas à saúde do servidor, por meio da

ampliação do conhecimento da relação saúde-doença e trabalho. Objetiva o desenvolvimento

de práticas de gestão, de atitudes e de comportamentos que contribuam para a proteção da

saúde no âmbito individual e coletivo (Portaria n° 03 de 07 de maio de 2010).

Não obstante, a referenciada política tem como princípios:

I – Valorização do humano como protagonista do processo laboral, conduzindo a um

ambiente de bem-estar e ao êxito institucional.

II - Promoção de um ambiente laboral atento às demandas de saúde dos servidores, a

partir de uma compreensão do ser humano integral, além do ambiente de trabalho.

III - Valorização e reconhecimento das contribuições dos servidores e colaboradores

no cumprimento da função social da instituição.

IV - Desenvolvimento e crescimento profissional pautados por critérios transparentes,

justos e alinhados com a função social da Instituição.

V - Ambiente seguro e com boas condições, que não coloque riscos à saúde dos

servidores e colaboradores.

VI - Transparência na comunicação da comunidade institucional.

VII - Interação entre os servidores, colaboradores e unidades administrativas.

VIII - Realização profissional de servidores e colaboradores.

IX - Aprimoramento permanente das relações sócio profissionais proporcionando

participação, respeito e cooperação.

X - Organização do trabalho como fonte de bem-estar, através do equilíbrio nas

distribuições de responsabilidades.

XI - Qualidade de Vida no Trabalho como uma responsabilidade institucional contínua

e tarefa de todos os servidores e colaboradores. (IFRN, 2014).

Portanto, há o reconhecimento, diga-se intenção e ambiência no IFRN para a prática

de projetos voltados a PS e QVT.

No contexto do Campus São Paulo do Potengi, inaugurado em Novembro de 2013,

pretende-se, a partir desse projeto, que o constructo PS e QVT se incorpore na cultura do

campus e contribua para o desenvolvimento de um ambiente satisfaciente e saudável. Essa é a

intenção que nos guia, por que segundo os resultados da devolutiva do Diagnóstico de Saúde

e Qualidade de Vida no Trabalho do campus São Paulo do Potengi (IFRN, 2014), aplicado

entre Novembro e Dezembro/2013, com o objetivo de identificar a percepção dos servidores e

colaboradores em relação à saúde física, mental e comportamento preventivo; bem como, as

possíveis fontes de mal-estar no ambiente de trabalho; alguns desafios se apresentaram.

Em relação aos desafios associados à Promoção da saúde, tem-se:

• A maioria dos respondentes do referido Diagnóstico, era do sexo feminino, Técnicos-

Administrativos em Educação (TAE), com idade entre 26 e 35 anos, casadas, com

pós-graduação, em atividade na instituição de 6 meses a 3 anos e renda mensal entre 2

a 6 mil reais. Porém, apesar de jovens, 60% dos respondentes apresentaram uma saúde

física moderada ou ruim, significa que os respondentes podem não está mantendo

níveis adequados de aptidão física, aumentando-se o risco de incidência de inúmeras

disfunções crônico-degenetarivas. Isso pode ser explicado, conforme observações e

anotações de queixas dos servidores junto a Coordenação de Gestão de Pessoas do

Campus São Paulo do Potengi, pois a maioria dos respondentes, residem na chamada

grande Natal/RN e mantem deslocamento diário para a cidade de São Paulo do

Potengi/RN. Considerando-se ainda que, a maioria dos respondentes é do sexo

feminino e são casadas, tem-se historicamente, ainda a atribuição da mulher-mãe e

mulher-companheira. Ou seja, os servidores levam em média 3 horas de deslocamento

diário, saindo cedo e retornando tarde para suas residências, mais 8 horas de jornada

laboral diária, tem-se 11 horas diárias dedicadas condicionalmente ao trabalho,

inviabilizando-se muitas vezes a prática de atividade física regular, em detrimento de

outras prioridades como por exemplo a família. É o que ratifica também os resultados

relacionados ao indicador Comportamento Preventivo, pois 80% dos respondente

disseram que não praticam atividade física ou raramente praticam, significa que pouco

conseguem garantir e prolongar a sensação de bem-estar, buscando cultivar hábitos

preventivos, implicando inclusive na sua sensação de segurança, proteção e

tranquilidade. Considerando-se ainda a característica da categoria (TAE), de

atividades administrativas-burocráticas, outras queixas corroboram para os

entendimentos anteriores, pois os servidores colocam que passam muito tempo

sentados no trabalho, apresentam dores lombares e a carga de trabalho é alta para a

quantidade de servidores da instituição;

• Em relação aos níveis de ansiedade e estresse, apesar dos respondentes estarem em

atividade na instituição apenas de 6 meses a 3 anos, o grupo investigado apresentou

uma totalidade de 100% ansiosos e um índice alto de 80% estressados. Significa que,

existe um desafio associado a saúde mental no trabalho e que pode ser associado a

carga de trabalho por servidor, conforme detalhado anteriormente;

Quanto aos desafios associados a Qualidade de Vida no Trabalho, que consiste nas

representações que os trabalhadores manifestam sobre o contexto de produção no qual estão

inseridos com base em um contínuo constituído por um polo positivo (sentimentos expressos

de bem-estar no trabalho) e um polo negativo (sentimentos expressos de mal-estar no

trabalho), conforme a teoria apresentada por Ferreira (2009), tem-se:

• A dimensão “organização do trabalho” apresentou o índice mais baixo em comparação

às demais, o qual foi 5,76, caracterizando um estado de alerta. Conforme a avaliação

do Diagnóstico de PS e QVT, provavelmente, por ser um campus novo e pela pouca

quantidade de servidores, o trabalho pode estar demandando uma agilidade maior para

o melhor funcionamento das atividades ofertadas pelo Instituto e assim,

sobrecarregando os trabalhadores. Significa que, possivelmente os trabalhadores tem

pouco tempo para pausas no trabalho, que pode justificar as queixas de dores lombares

referenciadas anteriormente, e que, devido aos prazos, ao controle (fiscalização,

pressão, cobrança), a rotina/repetição das atividades, pode está havendo sobrecarga no

trabalho, que afeta diretamente os indicadores de ansiedade e estresse. Os indicadores

que mais corroboraram para esse resultado foram: cobrança por resultados, ritmo de

trabalho excessivo, tarefas repetitivas e falta de tempo para pausas no trabalho;

• Ainda referente a mesma dimensão é importante perceber que, apesar de moderamente

haver interações sócio-profissionais em termos de relações com os pares (ajuda,

harmonia, confiança), com as chefias (liberdade, diálogo, acesso, interesse,

cooperação, atribuição e conclusão de tarefas), ainda existem focos de insatisfação

nessa dimensão, sendo: dificuldade de comunicação entre a chefia-subordinados, a não

conclusão de trabalhos iniciados, comunicação insatisfatória e presença de conflitos no

ambiente de trabalho. Levanta-se aqui, a preocupação com o risco de adoecimento ou

estado de alerta para ambiente de trabalho não saudável.

Portanto, como sugestões do próprio diagnóstico de PS e QVT, citado anteriormente,

tem-se:

• Estimular à prática da atividade física regular, a qual pode contribuir para a redução do

estresse, ansiedade e sentimento deprimido dos servidores;

• Incentivar os servidores quanto aos cuidados com a alimentação, principalmente, em

relação ao excesso de ingestão de doces, carboidratos e refrigerantes;

• Discutir com os servidores sobre questões referentes à organização do trabalho com o

propósito de levantar possibilidade de adequações e melhoras no processo de trabalho;

• Obter contato com profissionais que possam trabalhar de forma multiprofissional a

saúde física e mental desses servidores e que possam investigar de forma mais

detalhada e individual os fatores causais dos sentimentos apresentados (estresse,

ansiedade e sentimento deprimido) pelos servidores.

A partir de então, nasce esse projeto, subsidiado por breve literatura acadêmica da área

de gestão de pessoas, pelos conceitos, fundamentos e princípios emanados da Política e do

Projeto de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho do IFRN, pela Orientação

Normativa Nº 02/2014-DIGPE de 11/03/2014, através dos resultados do relatório simplificado

e da devolutiva do Diagnóstico de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho campus São Paulo

do Potengi, bem como, de levantamento sobre ações e práticas de Qualidade de Vida no

Trabalho valorizadas pelos trabalhadores durante o ano de 2014.

Após esta apresentação, segue-se a justificativa do projeto, descrição dos objetivos,

breve contextualização teórica sobre o assunto, metodologia e demais fases do projeto.

2 JUSTIFICATIVA

Considerando-se os resultados abordados pelo Diagnóstico de PS e QVT do Campus

São Paulo do Potengi, conforme descritos anteriormente, que revelaram haver desafios

associados à saúde do servidor e com a qualidade de vida no trabalho; considerando-se os

conceitos, fundamentos e princípios emanados da Política e do Projeto de Promoção à Saúde e

Qualidade de Vida no Trabalho do IFRN, dispostos na Orientação Normativa Nº 02/2014-

DIGPE de 11/03/2014, bem como o levantamento sobre ações e práticas de Qualidade de

Vida no Trabalho junto aos servidores e através dos resultados de reuniões realizadas e da

avaliação das atividades realizadas no ano de 2014 e 2015 no Campus São Paulo do Potengi.

Considerando-se a necessidade de incentivar e/ou promover níveis adequados de

aptidão física e comportamento preventivo, para diminuir o risco da incidência de inúmeras

disfunções crônico-degenerativas e aumentar a sensação de bem-estar através, segurança,

proteção e tranquilidade.

Considerando-se a necessidade de prestar suporte organizacional associado a saúde

mental no trabalho, para diminuir os níveis de ansiedade e estresse dos trabalhadores

relacionados a carga horária de trabalho e a relação carga de trabalho versus quantidade de

servidores, bem como, evitar o mal-estar no trabalho causado pela relação organização do

trabalho versus prazos, controle, fiscalização, cobrança por resultados e eficiência

administrativa etc., bem como, o adoecimento em virtude das atividades repetitivas e,

visando-se o aumento dos índices de sentimentos expressos de bem-estar, através da

orientação de pausas no trabalho.

Considerando-se a necessidade de se evitar um ambiente de trabalho não saudável,

bem como, de melhorar os focos de insatisfação associados à comunicação e os conflitos no

trabalho.

Considerando-se a necessidade de incentivar a ingestão de alimentos saudáveis, em

detrimento da ingestão de doces, carboidratos e refrigerantes.

Considerando-se as constantes queixas levantadas e anotadas junto a Coordenação de

Gestão de Pessoas relacionadas ao adoecimento no trabalho, carga horária excessiva diária,

dificuldade de compatibilidade entre vida e trabalho, pois o espaço em que trabalhamos

representa aproximadamente quase metade do tempo diário de nossa vida.

Portanto, visando-se a construção de uma cultura de humanização no trabalho,

conforme os conceitos, fundamentos e princípios emanados da Política e do Projeto de

Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho do Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte/IFRN, pela Orientação Normativa Nº 02/2014-

DIGPE de 11/03/2014, através dos resultados do relatório simplificado e devolutiva do

Diagnóstico de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho campus São Paulo do Potengi, é o

que justifica esse projeto.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Promover a saúde e qualidade de vida no ambiente de trabalho e contribuir para a

efetividade da função social do IFRN/Campus São Paulo do Potengi.

3.2 Objetivos Específicos

• Estimular o estilo de vida saudável e a qualidade de vida dos servidores;

• Criar ambientes de trabalho mais harmoniosos;

• Melhorar a comunicação organizacional;

• Aumentar a satisfação dos servidores no trabalho;

• Estimular os cuidados com a saúde e ambientes seguros; e,

• Reduzir a ansiedade e estresse dos trabalhadores.

4 METAS E INDICADORES/RESULTADOS ESPERADOS

QUADRO 1: Metas para a Promoção da Saúde e Qualidade de Vida versus indicadores

EIXOS DO PS E QVT DO IFRN

OBJETIVOS METAS* INDICADORES MENSURAÇÃO

Estilo de Vida

1. Estimular o estilo de vida saudável e a qualidade de vida dos servidores

1.1 Formar turmas de práticas de atividades físicas diversificadas com os trabalhadores, observando-se a carga horária disponível, conforme o Art. 5º da Orientação Normativa Nº 02/2014-DIGPE de 11/03/2014.

- Formar 3 (três) turmas de práticas de atividade física diversificada, sendo: futsal, basquetebol e ginástica

Nº de trabalhadores participantes das turmas / turmas formadas; Nº de práticas oferecidas/ Nº de trabalhadores participantes das turmas

- Implantar academia de musculação e ginástica

Nº de trabalhadores participantes das turmas / Nº de usuários da academia

1.2 Formar 5 (cinco) equipes para os jogos institucionais dos servidores

- Formar equipes de futsal, vôlei, basquete, queimada e natação para os jogos dos servidores

Quantidade de equipes formadas

Política da 2 Criar ambientes de 2.1 Implantar a sala dos - Implantar a sala dos Nº de servidores do campus /

Organização trabalho mais harmoniosos servidores com 3 (três) ambientes (ambiente de integração [tv, jogos e sofás], sala de estudo e ambiente de revitalização [cadeiras de repouso e redes]) conforme Anexo 2

servidores Nº de servidores usuários da sala dos servidores por auto declaração

3 Melhorar a comunicação organizacional

3.1 Realizar 1 (um) curso de modelagem e mapeamento de processos envolvendo servidores de todos os setores

- Formação de turma de capacitação - Processos registrados em manual institucional

- Nº de servidores do campus / Nº de setores envolvidos - Nº de setores envolvidos / Nº de processos sistematizados

3.2 Realizar 5 (cinco) reuniões (Café com o Diretor) com todos os servidores para socialização de ações

- Realizar o café com o Diretor

- Nº de edições do café com o Diretor / Nº de servidores participantes

4 Aumentar a satisfação dos servidores no trabalho

4.1 Realizar 3 (três) eventos comemorativos (dia do Servidor Público Federal e dia do professor, dia da mulher e fim de ano) envolvendo todos os servidores do campus visando-se a integração social e o reconhecimento

- Realizar evento de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - Comemorar o Dia da mulher - Realizar confraternização de fim de ano

Nº de servidores do campus participantes do evento

4.2 Integrar o IFRN à sociedade local através da arrecadação de gêneros alimentícios, de higiene pessoal e roupas (Natal Solidário 2)

- Realizar a Campanha Natal Solidário 2

Nº de trabalhadores do campus participantes do evento / quantidade de gêneros alimentícios, de higiene pessoal e roupas arrecadados / instituições da sociedade local beneficiadas / pessoas beneficiadas

Saúde integral

5 Estimular os cuidados com a saúde e ambientes seguros

5.2 Realizar aconselhamento no trabalho para os trabalhadores

- Realizar atendimentos de psicologia

Nº de trabalhadores envolvidos / quantidade de atendimentos realizados

5.3 Reduzir os riscos ocupacionais e proporcionar um controle da incidência de doenças laborais e acidentes de trabalho

- Apoiar a elaboração do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e a execução das medidas de prevenção recomendadas pelo programa

- PPRA aprovado pelo Colégio Gestor dos campi - Nº de trabalhadores do campus / acidentes de trabalho registrados

5.4 Imunizar todos os trabalhadores do IFRN/Campus São Paulo do Potengi em 2 (duas) campanhas de vacinação

- Realizar vacinação dos trabalhadores (Hepatite B, DT e Influenza)

Nº de trabalhadores vacinados / tipo de vacina / quantidade de campanhas realizadas

5.5 Realizar 1 (uma) campanha de cadastramento de todos os servidores para recebimento do cartão SUS em parceria com a Prefeitura de São Paulo do Potengi

- Realizar cadastramento dos trabalhadores para recebimento do cartão do SUS

Nº de trabalhadores do campi / Nº de cartões expedidos pela Prefeitura de São Paulo do Potengi

5.6 Distribuir kits preventivos das DSTs e AIDS em parceria com a Prefeitura de São Paulo do Potengi

-Distribuir kits de prevenção à saúde (DST e AIDS)

Nº de kits distribuídos / Nº de trabalhadores envolvidos

6 Reduzir a ansiedade e estresse dos trabalhadores

6.1 Realizar 7 (sete) palestras educativas com o público-alvo do projeto

- Realizar palestras sobre os cuidados com a voz, Ergonomia no trabalho, alimentação saudável, Workshop sobre o significado do trabalho, Prevenção do câncer de próstata, prevenção do câncer de mama, ansiedade no trabalho, habilidades sociais no trabalho, autoimagem e autoestima, resiliência e trauma.

Nº de palestras realizadas / Nº de trabalhadores participantes

Fonte: Elaborado pela equipe do projeto

*Art. 5º da Orientação Normativa Nº 02/2014-DIGPE de 11/03/2014: Deverá ser destinado um percentual da

carga horária semanal, dos servidores para que os mesmos participem das ações dos projetos vinculados ao

Programa de Promoção à Saúde Qualidade de Vida no Trabalho e parágrafo único - recomenda-se para o

percentual citado no caput deste artigo de 5%.

5 PÚBLICO-ALVO DO PROJETO

O público-alvo desse projeto abrange todos os trabalhadores efetivos ativos, bem como,

substitutos, temporários e terceirizados do Campus São Paulo do Potengi do IFRN.

6 METODOLOGIA DO PROJETO

Para fomento da promoção à saúde e qualidade de vida no IFRN/Campus São Paulo

do Potengi, pretende-se utilizar de técnicas variadas e, de preferência participativas para o

alcance dos objetivos descritos no projeto.

Portanto, além da realização de reuniões, estudos de casos, entrevistas, rodas de

conversas, dinâmicas de grupo e sistematização de ideias através de relatórios pela equipe do

projeto, conforme o Quadro 2, tem-se a metodologia para consecução dos resultados

esperados.

QUADRO 2: Resultados esperados para a Promoção da Saúde e Qualidade de Vida versus

metodologia

EIXOS DO PS E QVT DO IFRN

INDICADORES METODOLOGIA

Estilo de Vida

- Formar 3 (três) turmas de práticas de atividade física diversificada, sendo: futsal, basquetebol e ginástica

Realizar 2 (duas) reuniões com público-alvo do projeto para criação de consenso em torno das turmas de prática de atividade física diversificada, considerando-se o horário disponível para o projeto

- Implantar academia de musculação e ginástica

Acompanhar tempestivamente o termino do processo licitatório iniciado em 2014 para viabilizar o recebimento dos equipamento e instalação

- Formar equipes de futsal, vôlei, basquete, queimada e natação para os jogos dos servidores

Mobilizar através do e-mail institucional e de sensibilização em reuniões acadêmicas e de gestão a participação dos servidores na formação das equipes para os jogos dos servidores

Política da Organização

- Implantar a sala dos servidores Solicitar através de processo administrativo a adoção de providencias para as adaptações na sala dos servidores, conforme projeto arquitetônico

elaborado - Realizar o café com o Diretor Reunião dialogada com mediação - Formação de turma de capacitação - Processos registrados em manual institucional

Curso de Aperfeiçoamento e sistematização de procedimentos administrativos através de fluxogramas de processos

- Realizar evento de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - Comemorar o Dia da mulher - Realizar confraternização de fim de ano

Evento com oficinas e atividades lúdicas de integração social

- Realizar a Campanha Natal Solidário 2 Campanha de arrecadação de gêneros alimentícios, de higiene e roupas

Saúde integral

- Formar grupo de aconselhamento e mediação de conflitos no trabalho.

Grupo focal/roda de conversa para manejo do estresse e ansiedade com dinâmicas de grupo mediante utilização de instrumentos para análise prévia e posterior do nível de estresse e ansiedade dos participantes da atividade.

- Apoiar a elaboração do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e a execução das medidas de prevenção recomendadas pelo programa

Sistematização de relatório de Prevenção de Riscos Ambientais

- Realizar vacinação dos trabalhadores (Hepatite B, DT e Influenza)

Campanha de vacinação

- Realizar cadastramento dos trabalhadores para recebimento do cartão do SUS

Campanha de cadastramento dos trabalhadores para recebimento do cartão em parceria com a Prefeitura de São Paulo do Potengi

- Distribuir kits de prevenção à saúde (DST e AIDS)

Realizar palestra dialogada de educação para prevenção à saúde com os trabalhadores e distribuir kits (nécessaire com camisinhas e lubrificante)

- Realizar palestras sobre os cuidados com a voz, Ergonomia no trabalho, alimentação saudável, Workshop sobre o significado do trabalho, Prevenção do câncer de próstata, prevenção do câncer de mama, ansiedade no trabalho, habilidades sociais no trabalho, autoimagem e autoestima, resiliência e trauma.

Palestras dialogadas com uso de projetor multimídia

7 EQUIPE PROFISSIONAL

A equipe de profissionais do projeto, que poderá ser alterada a qualquer momento em

virtude da dinâmica institucional, será composta, inicialmente, conforme descrito na Portaria

Nº 167/2014-DG/SPP (Anexo 1), e atuará considerando a frequência das Ações Propostas no

Quadro 1. Trata-se de uma equipe multiprofissional com servidores com competência nas

áreas de: administração, enfermagem, medicina, assistência social, educação física, finanças,

segurança do trabalho, jornalismo, educação, psicologia e arquitetura e urbanismo.

8 RECURSOS

QUADRO 3: Alocação de recurso para o projeto de PS e QVT

INDICADORES RECURSOS INVESTIMENTO DESCRIÇÃO VALOR

RESERVADO

- Formar 3 (três) turmas de práticas de atividade física diversificada, sendo: futsal, basquetebol e ginástica

Quadra poliesportiva, piscina, trilhas no

terreno do campus, sala de ginástica e

professores de Educação Física do

campus

- - -

- Implantar academia de musculação e ginástica**

Aquisição de material

Pessoa Jurídica

Contratação de serviço de Terceiros –

Pessoa Jurídica para

fornecimento de equipamentos de academia

12.000,00

- Formar equipes de futsal, vôlei, basquete, queimada e natação para os jogos dos servidores

Quadra poliesportiva, piscina, trilhas no

terreno do campus, sala de ginástica e

professores de Educação Física do

campus Computador com acesso à internet existente no campus

- - -

- Implantar a sala dos servidores Recursos financeiros do campus

- - -

- Realizar o café com o Diretor Sala climatizada com projetor multimídia

do campus - - -

- Formação de turma de capacitação - Processos registrados em manual institucional

Sala climatizada com projetor multimídia

do campus e reprodução de

material gráfico com recurso do campus

- - -

- Realizar a evento de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - Comemorar o Dia da mulher - Realizar confraternização de fim de ano

Sala climatizada com projetor multimídia

do campus e reprodução de

material gráfico com recurso do campus

- - -

- Realizar a Campanha Natal Solidário 2

Caixa e material gráfico com recurso

do campus - - -

- Formar grupo de aconselhamento no trabalho.

Sala climatizada com cadeira reclinável do

campus - - -

- Apoiar a elaboração do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e a execução das medidas de prevenção recomendadas pelo programa

Computador e impressora do

campus - - -

- Realizar vacinação dos trabalhadores (Hepatite B, DT e Influenza)

Sala climatizada do campus - - -

- Realizar cadastramento dos trabalhadores para recebimento do cartão do SUS

Sala climatizada e computadores do

campus - - -

- Distribuir kits de prevenção à saúde (DST e AIDS)

Material gráfico com recurso do campus

- - -

- Realizar palestras sobre os cuidados com a voz, Ergonomia no trabalho, alimentação saudável,

Sala climatizada com projetor multimídia

do campus e - - -

Workshop sobre o significado do trabalho, Prevenção do câncer de próstata, prevenção do câncer de mama, ansiedade no trabalho, habilidades sociais no trabalho, autoimagem e autoestima, resiliência e trauma.

reprodução de material gráfico com recurso do campus

TOTAL GERAL 12.000,00

**

Descrição Qtd Valor de cada

Unidade Valor a empenhar Observação

ESTAÇÃO MUSCULAÇÃO EXERCÍCIO DE EXTENSÃO, LEG PRESS, MULTI ESTAÇÃO PARA 4 USUÁRIOS

2 R$ 6.000,00 R$ 12.000,00 Recurso do PS E QVT

BANCO DE SUPINO RETO EM AÇO 2 R$ 1.015,00 R$ 2.030,00

Recurso próprio do campus

SUPINO RETO/INCLINADO/TRADICIONAL 2 R$ 1.071,08 R$ 2.142,16 BANCO SCOTT EM AÇO 2 R$ 958,40 R$ 1.916,80

EXPOSITOR 3X1 PARA BARRA, ANILHA E HALTER 4 R$ 462,97 R$ 1.851,88 BARRA METAL COMPRIMENTO 85 CM, USO ANILHA EM

DISCO, COM PRESILHA 2 R$ 154,90 R$ 309,80

BANCO RETO HORIZONTAL EM AÇO 2 R$ 624,00 R$ 1.248,00 SUPORTE/EXPOSITOR PARA ANILHAS (MESA 5 PARES) 2 R$ 401,90 R$ 803,80 BARRA W - BARRA MACIÇA E CROMADA, COM DUAS

PRESILHAS, 1,20M 2 R$ 164,00 R$ 328,00

BARRA 30 CM MACIÇA COM ROSCA MACIÇAS, CROMADAS

16 R$ 80,67 R$ 1.290,72

TOTAL GERAL R$ 25.001,16

9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Esse projeto iniciará após sua aprovação junto a Coordenação de Assistência à Saúde

do Servidor da Diretoria de Gestão de Pessoas do IFRN, com duração de nove meses a partir

de 06/04/2015, conforme o Edital nº 01/2014/DIGPE/COASS e segundo a proposta de

calendário executivo abaixo.

*QUADRO 4: Calendário executivo do projeto

O QUE QUEM COMO QUANDO - Formar turmas de práticas de atividade física diversificada, sendo: 1 turma para prática de aula de dança, treino funcional, circuito de caminhada no campus, jumping e similares; e, 1 turma para prática de futsal, vôlei, natação, basquete e similares

Maria Elizabete e

Natalie Brito

Realizar 2 (duas) reuniões com público-alvo do projeto para criação de consenso em torno das turmas de prática de atividade física diversificada, considerando-se o horário disponível para o projeto

Contínuo

- Implantar academia de musculação e ginástica Fabrizzio

Pontes

Acompanhar tempestivamente o termino do processo licitatório iniciado em 2014 para viabilizar o recebimento dos equipamento e instalação

Jun/2015

- Formar equipes de futsal, vôlei, basquete, queimada e natação para os jogos dos servidores

Maria Elizabete

Mobilizar através do e-mail institucional e de sensibilização em reuniões acadêmicas e de gestão a participação dos servidores na formação das equipes para os jogos dos servidores

A definir

- Implantar a sala dos servidores Ricardo Souza

e Fabrizzio Pontes

Solicitar através de processo administrativo a adoção de providencias para as adaptações na sala dos servidores, conforme projeto arquitetônico elaborado

Dez/2015

- Realizar o café com o Diretor Natalie Brito e José Cleyton

Reunião dialogada com mediação Mar, Mai, Jul, Set, Nov/2015

- Formação de turma de capacitação - Processos registrados em manual institucional

Ahiram Brunni

Curso de Aperfeiçoamento e sistematização de procedimentos administrativos através de fluxogramas de processos

Jun/2015

- Realizar evento de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - Comemorar o Dia da mulher - Realizar confraternização de fim de ano

Ahiram Brunni, Joane

Dantas e Cleyton

Evento com oficinas e atividades lúdicas de integração social

Out/2015

- Realizar a Campanha Natal Solidário 2

Elane Kaline, Santana Maria e José Cleyton

Campanha de arrecadação de gêneros alimentícios, de higiene e roupas Nov/2015

- Realizar palestras sobre os cuidados com a voz, Ergonomia no trabalho, alimentação saudável, Workshop sobre o significado do trabalho, Prevenção do câncer de próstata, prevenção do câncer de mama, ansiedade no trabalho, habilidades sociais no trabalho, autoimagem e autoestima, resiliência e trauma.

Natalie Brito, Joane Dantas, Daniel Ribeiro e Ana Sânzia

Palestras dialogadas com uso de projetor multimídia

Abr, Mai, Jun, Jul, Ago, Out e Nov/2015

- Formar grupo de aconselhamento e mediação de conflitos no trabalho. Natalie Brito

Grupo focal/roda de conversa para manejo do estresse e ansiedade com dinâmicas de grupo com utilização de diagnóstico por questionário ou anamnese

Contínuo

- Elaborar o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)

Gleydson Teixeira

Sistematização de relatório de Prevenção de Riscos Ambientais

10/02/2015

- Realizar vacinação dos trabalhadores (Hepatite B, DT e Influenza)

Ana Sânzia Campanha de vacinação

Mar/2015

- Realizar cadastramento dos trabalhadores para recebimento do cartão do SUS

Ana Sânzia

Campanha de cadastramento dos trabalhadores para recebimento do cartão em parceria com a Prefeitura de São Paulo do Potengi

25/02/2015

- Distribuir kits de prevenção à saúde (DST e AIDS)

Ana Sânzia

Realizar palestra dialogada de educação para prevenção à saúde com os trabalhadores e distribuir kits (nécessaire com camisinhas e lubrificante)

13/02/2015

*Podendo haver alterações conforme a dinâmica social do campus São Paulo do Potengi

10 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O monitoramento e avaliação do projeto ocorrerá através do acompanhamento da

frequência dos participantes nas Ações Propostas, bem como, através da aplicação do

Hexágono Vital proposto por Kertesz e Kermam (1985), antes do início do projeto e após sua

execução. Também pretende-se que sejam emitidos relatórios parciais tempestivamente e um

relatório final e divulgação do projeto em eventos científicos.

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente proposta que trata sobre prevenção à saúde e qualidade de vida no trabalho

não pretende ser conclusiva, portanto, a qualquer momento pode ser alterada para adequar-se

à dinâmica da organização e à necessidade do seus público-alvo, devendo-se ser avaliado

continuamente.

Espera-se com essa proposta viabilizar um clima organizacional satisfaciente e o bem-

estar no trabalho, além da humanização no trabalho. Porém, somos conscientes de que

qualidade de vida é uma opção de cada um, seja na vida ou no trabalho.

Valorizar iniciativas proativas, comemorar as pequenas vitórias e estimular a

criatividade dos servidores poder ser um caminho para uma nova realidade funcional e de

qualidade de vida nas organizações públicas. Talvez não seja necessário o investimento de

uma grande parcela de recursos financeiros, talvez seja muito mais importante, nesse

momento, o envolvimento de um grupo de servidores.

Além disso, a PS e QVT precisa ser encabeçado pelos gestores, precisa que se tenha

ao menos intenção, pois cada gestor é o grande responsável pelo desempenho e clima da

unidade que coordena. Ou melhor, fazer com que todos sejam co-responsáveis pelo sucesso

de todos.

A soma do trabalho de cada um é que dará o salto para o reconhecimento e a

realização pessoal, tornando a relação entre trabalho-vida um jogo de ganhar-ganhar.

REFERÊNCIAS

BOOG, Gustavo G. O Desafio da competência: Como enfrentar as dificuldades do presente e prepara-se para o futuro. [S.l]: Best Seller, 2004. COSTA; A. A. P.; PINHEIRO, C. X; SOUZA, G. M. D. de; MEDEIROS, J. P. de; SILVA, J. P. da; NETO, J. A.; QUEIROZ, M. da C.; CÂMARA, M. de F.; COSTA PINTO, R. L.; DUARTE, R. R.; FARIA, R. A.; MELO, S. L de M. SERVIVER: Manual de Qualidade de Vida. Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Natal/RN: UNGRAF, 2006. DEJOURS, C. et al. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1994. EL-AOUAR, Walid A.; SOUZA, Washington J. Com Músicos, com Qualidade e com Vida: Contribuições Teórico-Metodológicas aos Estudos em Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). EnANPAD, 2003. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2003/COR/2003_COR540.pdf>. Acessado em: 26 Jan. 2015. FERNANDES, Eda C.; GUTIERREZ, Luiz H. Qualidade de Vida no Trabalho: uma experiência brasileira. Revista de Administração. São Paulo, v. 23, n. 4, p. 29-38, 1988. IFRN, 2015. Disponível em: <http://portal.ifrn.edu.br/institucional>. Acessado em: 26 Abr. 2015. GOLIK, Vera. Beleza e Auto-estima. In: II Congresso Internacional Stress Management Association. Anais… RS. ISMA, 2002. HUSE, Edgar F.; CUMMINGS, Thomas G. Organization Development and Change. 3. Ed. sT. Paul: Ed. Minn, 1985 LEVINSON, Harry. Work and life balance. Harvard Business Review. Editora Campus, 2001. LINMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. As Pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2007. MEDEIROS, P. C. (Org.); LEVY, E. (Org.). Construindo uma Nova Gestão Pública. 1. ed. Natal: Escola de Governo do RN, v. 1. 252p., 2010. OGATA, A.; MARCHI, W. Seu Guia de Bem-Estar e Qualidade de Vida. SESI. Ed. Campus. São Paulo, 2008. OLIVEIRA, J. Arimatés. A Universidade e a formação para a qualidade de vida. Da Vinci. Textos Acadêmicos. Natal: UFRN/Diário de Natal, 28 de Abril de 2001, p. 3. _____________________(Org.). Qualidade de Vida e saúde no trabalho no serviço público estadual: experiência e reflexões dos servidores do Rio Grande do Norte. Natal/RN: EDUFRN, 2009.

SEIDL, E.; ZANNON, C. Qualidade de Vida e Saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cadernos de Saúde Pública, 2004, Vol. 20, p. 580-588. SOUZA, Washington J. de. Máquinas e sujeitos: experiências de operários têxteis frente à modernização tecnológica. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação, 1999. [Dissertação de Doutorado]. TEIXEIRA, Gilnei M.; PEREIRA, Aline B.; CARVALHO, Iêda V. Gestão de Pessoas na Administração Pública. FGV On Line/Escola de Governo, 2010. WALTON, Richard E. Quality of working life: What is this? Sloan Management Review, Cambridge, V. 15, n. 1, 1973. WESTLEY, William A. Problems and Solutions in the Quality of Working Life. Human Relations, v. 32, n. 2, p. 113-23, 1979.

ANEXO 1

ANEXO 2

Planta da Sala dos Servidores