Projeto de TCC - Autismo Escolar

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1 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FABRA PEDAGOGIA JOSIANE SOUZA FABRI KAROLYNE ANDRADE FERNANDES MARIA DA GLÓRIA PESSOS DE JESUS VANDERLEIA PEREIRA RANGEL AUTISMO NA ESCOLA REGULAR SERRA 2015

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Projeto de Pesquisa de TCC sobre Autismo Escolar.

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    CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FABRA PEDAGOGIA

    JOSIANE SOUZA FABRI

    KAROLYNE ANDRADE FERNANDES MARIA DA GLRIA PESSOS DE JESUS

    VANDERLEIA PEREIRA RANGEL

    AUTISMO NA ESCOLA REGULAR

    SERRA 2015

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    CENTRO DE ENSINO SUPERIOR FABRA PEDAGOGIA

    AUTISMO NA ESCOLA REGULAR

    JOSIANE SOUZA FABRI KAROLYNE ANDRADE FERNANDES

    MARIA DA GLRIA PESSOS DE JESUS VANDERLIA PEREIRA RANGEL

    Projeto de TCC apresentado ao curso de Pedagogia do Centro de Ensino Superior FABRA, como requisito parcial para aprovao na disciplina. Orientadora: Prof Me. Mrcia Cristina Almeida de Oliveira.

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    SUMRIO

    1.INTRODUO........................................................................................................04

    2.TEMA E PROBLEMATIZAO............................................................................. 06

    3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................07

    4. OBJETIVO GERAL............................................................................................... 08

    4.1. OBJETIVO ESPECFICO................................................................................... 08

    5. METODOLOGIAS DA PESQUISA.........................................................................09

    6.CRONOGRAMA......................................................................................................10

    7.CONSIDERAES FINAIS....................................................................................11

    8.REFERNCIAS.......................................................................................................12

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    1.INTRODUO

    Nas ltimas dcadas, atendendo as prticas pedaggicas inclusivas, tem-se

    observado um aumento de crianas com necessidades especiais inseridas em

    espaos escolares regulares, que por sua vez, em virtude das diferenas entre

    sujeitos escolares, quase sempre, demandam atenes especiais.

    Das inmeras necessidades psicomotoras, cognitivas e fsicas, que reclamam uma

    ateno especial e inclusiva por parte da escola o TEA1 (transtorno espectro

    autista) popularmente conhecido como Autismo. Uma patologia congnita, muitas

    vezes hereditria, que atinge milhes de crianas no mundo, o transtorno

    compromete a interao social, a comunicao, alm de provocar na criana um

    comportamento diferenciado, restritivo e repetitivo, pontuado por quadros de

    agressividade e isolamento.

    Nos domnios o transtorno leva o aluno autista a enfrentar uma enorme dificuldade

    de se socializar com os colegas e compreender a dinmica de ensino proposta pelo

    professor. Neste contexto, prosaico o aluno autista precisar de um profissional

    capacitado que o de ateno e apoio especfico em sala, enquanto o docente

    desenvolve a aula, no entendimento comum; ou seja, o aluno autista tanto quanto

    os demais portadores de necessidades especiais precisa de um profissional

    especializado que o ajude a minimizar as barreiras fsicas e cognitivas do transtorno

    que assim ele obtenha resultados expressivos na sua aprendizagem.

    Tal previso, de fato no Brasil nas ltimas dcadas, uma educao inclusiva tem

    sido arrolada nas pautas de convenes multilaterais, como na Declarao de

    Salamanca (BRASIL, 1994) e, mais recentemente, a Conveno sobre os Direitos

    das Pessoas com Deficincia (ONU, 2006).

    1 DE acordo com o Dr Druzio Varela, em seu site na internet, Autismo um transtorno global do

    desenvolvimento marcado por trs caractersticas fundamentais:

    * Inabilidade para interagir socialmente;

    * Dificuldade no domnio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simblicos;

    * Padro de comportamento restritivo e repetitivo.

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    Na esfera nacional, o principal mecanismo2 de luta por uma educao inclusiva,

    tanto no mbito da educao pblica quanto privada, a Lei de Diretrizes e Bases

    da Educao Nacional (LDB), Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996 (BRASIL,

    1996), que define no captulo V que a educao para alunos com deficincia que

    deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, assegurando aos

    mesmos, currculo, mtodos, tcnicas, recursos educativos especficos para atender

    s suas necessidades, dentre outros.

    Entretanto, na prtica, devido a entraves econmicos, estruturais e funcionais, em

    muitas redes de ensino pblicas, privadas, municipais e/ ou estaduais, urbanas e

    rurais a realidade de uma educao inclusiva a alunos com necessidades

    educativas especiais outra, nem sempre os espaos educativos conseguem

    colocar em prtica as principais orientaes e determinaes educacionais

    inclusivas.

    Como tema de pesquisa de Trabalho de Concluso de Curso (TCC) uma pesquisa

    de campo - embasada por um estudo terico sobre a pluralidade das relaes do

    transtorno com sujeitos da educao especial e inclusiva - sobre a o cotidiano da

    educao inclusiva que atenda alunos portadores do Transtorno Autista em

    unidades de Ensino Infantil e Fundamental na Grande Vitria trilha um horizonte

    mais claro sobre o tema.

    Compreender como a rotina de alunos com necessidades especiais, a relao

    destes com outros alunos tidos como normais, com professores ora capacitados

    para a educao especial, ora apenas com a formao bsica com os familiares e

    a sociedade, efetivamente substancial para aprimorar as noes acerca das

    prticas educacionais inclusivas.

    Sendo assim, fundamentado em objetivos gerais e especficos que procurem

    compreender o aprendizado autista na sala de aula, o TCC do grupo de alunas do

    curso de pedagogia da FABRA pretende, na medida do possvel, revelar o cotidiano

    da educao inclusiva dispensada a alunos autistas na Grande Vitria.

    2 Existem no ordenamento jurdico ptrio outras previses legais, expressas objetivamente ou subjetivamente,

    que atendam as demandam dos grupos portadores de necessidades especiais, as principais delas esto inseridas

    na Constituio Federal de 1988.

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    2. TEMA E PROBLEMATIZAO

    A incluso escolar um recurso fundamental no progresso de pessoas com

    necessidades especiais, sejam elas fsica-motoras ou psico-cognitivas. Ainda assim,

    experincias bem sucedidas educacionais para autistas ainda so pouco

    observadas, haja vista a ausncia e precariedade de servios de atendimento aos

    indivduos com autismo. (OLIVEIRA, 2002; VASQUES, 2002 apud BRIDI; FORTES;

    BRIDI FILHO, 2006)

    O que se nota a presena de obstculos que travam uma incluso educacional

    plena do aluno com autismo, seja salas regulares ou mesmo em salas especiais,

    devido ao fato de muitos profissionais, de acordo com Bridi, Fortes e Bridi Filho

    (2006), experimentarem certo "medo" de atuar com o sujeito com autismo, quer seja

    pelo desconhecimento sobre a condio autista em si ou por defrontarem-se

    diariamente com a possibilidade de no obterem respostas diante de uma

    interveno pedaggica com tal aluno.

    Desta forma, como proposta de pesquisa acadmica o grupo tem como objeto de

    pesquisa a anlise comportamental, social, pedaggica de alunos autistas nas

    escolas da grande Vitria3. Em um segundo momento, os resultados destas analises

    e estudos seriam desdobradas em questionamentos e crticas ao modelo de prticas

    inclusivas desenvolvidas com os alunos especiais nas escolas analisadas.

    Por fim, todos os dados, amostras, apontamentos, concluses e propostas seriam

    sintetizados e apresentados como Trabalho de Concluso de Curso, TCC, para

    avaliao acadmica do Curso de Pedagogia da Fabra.

    3 Em relao as escolas, o grupo pretende definir exatamente quais sero e quantos alunos sero selecionados e

    formalizar em um anexo.

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    3. JUSTIFICATIVAS

    Nos tpicos anteriores, esboamos parte do tema a ser pesquisado no TCC.

    Entendemos que compreender uma parcela do cotidiano autista na sala de aula

    bem vinda ao campo da educao inclusiva.

    Especifica-la, restringindo e esmiuando um campo de pesquisa limitado a alunos e

    algumas escolas da Grande Vitria fortalece mais o conhecimento e entendimento

    tantos dos pesquisadores quanto daqueles que possam vir a se beneficiar com a

    leitura e entendimento dos resultados alcanados, uma vez que, a maioria tambm

    leciona ou vira a lecionar nas salas de aula da grande vitria, e logo a familiaridade

    com tema e objeto tende a enriquecer suas respectivas bagagens tericas.

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    4.OBJETIVOS GERAIS

    O Trabalho de Concluso de Curso, inicialmente, trar uma sntese histrica da

    evoluo da educao inclusiva no Brasil, e na medida do possvel, nas escolas do

    Esprito Santo. Um levantamento dos momentos mais relevantes do processo

    progressivo de incluso de alunos com necessidades especiais, principalmente os

    portadores do Transtorno Espectro Autista.

    Em seguida, a partir de um campo abordagem amplo, ser buscado como parte dos

    Objetivos Gerais do TCC traar um perfil, primeiro do prprio Transtorno; segundo,

    dos alunos autistas nas escolas usadas como amostra. Desenhar uma breve

    realidade das relaes entre as crianas portadoras do transtorno com o corpo

    docente e discente, equipe pedaggica e de apoio, alm da famlia e comunidade

    onde estejam inseridos.

    4.1 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Na esfera da especificidade, a produo acadmica do grupo pretende:

    - Questionar os diferentes comportamentos apresentados pela criana no processo

    educacional;

    - Abordar as dificuldades cotidianas dos professores na conduo do docente com o

    autismo, seja elas provocadas por questes funcionais, polticas, pedaggicas,

    estruturais ou ainda, naturais do prprio transtorno;

    - Revelar as causas das dificuldades no aprendizado de crianas autistas, identificar

    quantitativamente o nmero de alunos autistas matriculados nas redes de ensino

    Municipal da Grande Vitria;

    - Finalmente, elaborar um diagnstico dos resultados empricos e tericos obtidos

    com a pesquisa.

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    5. METODOLOGIAS DA PESQUISA

    O presente trabalho ser elaborado na correlao entre o mtodo qualitativo e

    quantitativo. Priorizar-se- anlise tanto qualitativa dos dados e tanto quantitativa.

    Para alm da pesquisa bibliogrfica a ser realizada durante a execuo deste

    trabalho sero tambm feitas entrevistas com coordenadores pedaggicos da rede

    pblica de ensino sobre o tema em questo.

    Para substanciar o estudo sobre Autismo no Ensino Fundamental, sabendo da

    necessidade do envolvimento do objeto de estudo com o ambiente a ser

    pesquisado, desenvolver-se- uma pesquisa do tipo exploratria de abordagem

    qualitativa. Seguindo a linha do especialista em metodologia de pesquisa, professor

    Gil (1991, p. 63), visa [...] proporcionar maior familiaridade com o problema, com

    vistas a torn-lo mais explcito ou a construir hipteses e tem como objetivo principal

    o aprimoramento de ideias ou a descoberta de instituies.

    Entre os elementos fundamentais no estudo, esto os conceitos tericos e leituras e

    compreenso de trabalhos acadmicos desenvolvidos sobre o tema; elaborao de

    questionrios, enquetes, coleta de depoimentos, visitas as escolas usadas como

    amostras, pesquisas em registros oficiais e entrevistas com os sujeitos do objeto

    pesquisado.

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    6. CRONOGRAMA

    ETAPAS Ms 01 Ms 02 Ms 03 Ms 04 Ms 05

    Levantamento

    do material

    X

    Pesquisa

    bibliogrfica

    X

    Visitas e

    trabalhos de

    campo

    X X

    Elaborao

    Do TCC

    X X

    Reviso e

    Entrega

    X

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    7. CONSIDERAES FINAIS

    Para deixar claro, este projeto ainda dever sofrer novas alteraes sobre orientao

    dos orientadores e tambm para adequar-se as possveis mudanas no temas,

    contexto e realidade acadmica que possam vir a surgir nos prximos meses.

    Por fim, gostaramos que nosso tema fosse aceito e orientado, pois acreditamos que

    a temtica educao Autista alm de ter relevncia social e educacional, satisfaz e

    recompensa prazerosamente o grupo uma vez, que parte j vem envolvida

    profissionalmente com esta a realidade h um tempo, e assim elaborar um trabalho

    sobre estas relaes, a possibilidade de registrar, de maneira parcial, uma parte do

    cotidiano destas profissionais.

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    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS4

    BOSA, C. Autismo: intervenes psicoeducacionais. Revista Brasileira de psiquiatria. v. 28. So Paulo, 2006. Disponvel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462006000500007&script=sci_arttext . Acesso em 26 abr. 2015.

    BRASIL. A Declarao de Salamanca sobre Princpios, Polticas e Prticas na rea das Necessidades Educativas Especiais. 1994. Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em 04 mar. 2015.

    BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto. Lei N9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional,1996.

    Disponvel em: http://grad.unifesp.br/alunos/cg/ldb/LDB.pdf . Acesso em 04 mar. 2015.

    BRIDI, F. R. S.; FORTES, C. C.; BRIDI FILHO, C. A. Educao e autismo: as sutilezas e as possibilidades do processo inclusivo. In: ROTH, B. W. (Org.) Experincias educacionais inclusivas: Programa de educao inclusiva: direito diversidade. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2006. Acesso em 10 abr. 2015.

    CUNHA, A. Os conceitos de Zona de desenvolvimento proximal (ZDP) e Aprendizagem mediatizada sob a perspectiva de anlise da interao me-criana. Educare, Educere, Castelo Branco, v.15, p.189-202, 2003.

    ________. Estilos de mediatizao e interaco me-criana: estratgias de promoo do desenvolvimento infantil. Psicologia: teoria, investigao e prtica, Braga, v.9, p. 243-251, 2004.

    CUNHA, A. C. B; ENUMO, S. R. F.; CANAL, C. P. P. Operacionalizao de escala para anlise de padro de mediao materna: um estudo com dades me_criana com deficincia visual. Revista Brasileira de educao Especial, Marilia, v.12, n.3, p.393-412, 2006.

    FERREIRA, M.; GUIMARES, M. Educao Inclusiva. 1. ed. Rio de Janeiro: DP&A. 2003.

    FONSECA, V.; CUNHA, A. Teoria da Experincia de Aprendizagem Mediatizada e interao familiar: preveno das perturbaes do desenvolvimento e aprendizagem. Lisboa, Portugal: Editora da Faculdade de Motricidade Humana. 2003.

    KUPFER, M. Pr-escola teraputica Lugar de Vida: um dispositivo para o tratamento de crianas com distrbios globais do desenvolvimento. In: MACHADO, A.; SOUZA, M. (Org.). Psicologia Escolar: em busca de novos rumos. 4. ed. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2004.

    4 Bibliografia provisria a vir a ser adotada como referencial terico.

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    OLIVEIRA, M. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo scio histrico. 4. ed. So Paulo: Scipione, 1997.

    ORR, S. E. A formao de professores e a educao de autistas. Revista Iberoamericana de Educacin (Online), Espanha, v 31, p 01-15, 2003. Disponvel em: http://www.rieoei.org/deloslectores/391Orru.pdf . Acesso em 20 de Abril de 2015.

    STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Incluso: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Mdicas Sul, 1999.

    VYGOTSKY, L. A formao social da mente: o desenvolvimento dos processos psicolgicos superiores. 6. ed. So Paulo: Martins Fontes, 1993.