PROJETO DE TRATAMENTO DOS EFLUENTES GERADOS EM UM LAVA RÁPIDO
-
Upload
vinicius-de-souza-silva -
Category
Documents
-
view
882 -
download
0
description
Transcript of PROJETO DE TRATAMENTO DOS EFLUENTES GERADOS EM UM LAVA RÁPIDO
FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA AMBIENTAL
Turma 4 MA
ANA CARLA RIZZO MENDES
GUILHERME GIOVANELI
VINÍCIUS DE SOUZA
PROJETO DE TRATAMENTO DOS EFLUENTES GERADOS EM UM
LAVA RÁPIDO
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2012
2
ANA CARLA RIZZO MENDES
GUILHERME GIOVANELI
VINÍCIUS DE SOUZA
Turma 4 MA
PROJETO DE TRATAMENTO DOS EFLUENTES GERADOS EM
UM LAVA RÁPIDO
Trabalho apresentado ao Professor
Pedro Márcio, Rosvaldo, e Joseilton
da disciplina de Processos Industriais
e Gestão Ambiental (PIGA), 4MA,
turno Noite do curso de Tecnologia em
Processos Ambientais.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2012
3
RESUMO
O objetivo desse trabalho é desenvolver um projeto de captação e tratamento da água utilizada nos lava rápidos além dos resíduos sólidos que ali são gerados, podendo conter algumas substâncias tóxicas. Estimar para cada resíduo sólido gerado, um tipo de destino podendo ser lixão, aterro sanitário, aterro controlado, compostagem, triagem, incineração entre outros e também estimar o tipo de tratamento mais correto para cada resíduo e efluente liquido. Atribui-se também, informações interessantes a esse trabalho, informações como os tipos de lava rápidos existentes, histórico da contaminação gerada por resíduos e de como surgiu os lava rápidos no mundo e em São Paulo.
Palavras-chave: água; resíduo; histórico; tratamento.
4
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Ilustração de um Aterro Sanitário (Equipe EducaRede) ..................................... 13
Figura 2 Ilustração de um Aterro Controlado (ECOD) ........................................................ 14
Figura 3 Ilustração de um Lixão ( Lixão x Aterro ) .............................................................. 15
Figura 4 Esquema da Unidade de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos
Domiciliares de Porto Alegre (AGENDA SUSTENTÁVEL) ................................................ 18
Figura 5 Linha do Tempo, contaminações ambientais. ...................................................... 22
Figura 6 Lavagem da Carroceria ........................................................................................... 27
Figura 7 Lavagem do Motor .................................................................................................... 28
Figura 8 Lavagem das Rodas ................................................................................................ 29
Figura 9 Amostra no Cone Inhoff (SILVA) ............................................................................ 32
Figura 10 Análise de Óleos e Graxas (SILVA) .................................................................... 33
Figura 11 Análise de DQO (SILVA) ....................................................................................... 34
5
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Destino dos Resíduos Sólidos (IBGE, 2000) ...................................................... 11
Gráfico 2 Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em função do tempo
(ABRELPE, 2011) ..................................................................................................................... 23
6
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 Tipos de resíduos sólidos ........................................................................................ 9
Quadro 2 Vantagens e Desvantagens do Aterro Sanitário ................................................ 12
Quadro 3 Vantagens e Desvantagens da Incineração ....................................................... 16
Quadro 4 Danos ao Meio Ambiente ...................................................................................... 21
Quadro 5 Tipos de Lava Rápidos .......................................................................................... 24
Quadro 6 Quantidade de Lava Rápidos na Grande São Paulo ........................................ 25
Quadro 7 Balanço de Massa do Processo de Lavagem da Carroceria ........................... 28
Quadro 8 Balanço de Massa do Processo de Lavagem do Motor ................................... 29
Quadro 9 Balanço de Massa do Processo de Lavagem das Rodas ................................ 29
7
Sumário 1. Introdução ............................................................................................................................ 8
2. Desenvolvimento ................................................................................................................ 8
3. Resíduos .............................................................................................................................. 8
3.1. Tipos de Resíduos Sólidos ....................................................................................... 8
3.2. Destino dos Resíduos Sólidos ................................................................................ 10
3.2.1. Aterros sanitários .............................................................................................. 12
3.2.2. Aterros Controlados ......................................................................................... 13
3.2.3. Lixões ................................................................................................................. 15
3.2.4. Incineração ........................................................................................................ 16
3.2.5. Compostagem ................................................................................................... 17
3.2.6. Reciclagem e Reutilização .............................................................................. 18
3.3. Tratamento para resíduos ....................................................................................... 19
3.3.1. Tratamento preliminar ...................................................................................... 19
3.3.2. Tratamento primário ......................................................................................... 19
3.3.3. Tratamento secundário .................................................................................... 20
3.3.4. Tratamento terciário ......................................................................................... 20
3.3.5. Tratamento quaternário ................................................................................... 20
3.3.6. Resíduos Descartados Sem Tratamento ...................................................... 20
3.4. Relação entre Resíduos e Contaminações .......................................................... 21
3.5. Histórico de Contaminação Ambiental por Resíduos ......................................... 22
3.6. Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil ................................... 22
3.6.1. Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) na região .......................... 23
4. Histórico dos lava rápidos no mundo ............................................................................ 24
4.1. Tipos de lava rápidos ............................................................................................... 24
4.2. Quantidade de Lava Rápidos na Grande São Paulo .......................................... 25
5. Identificação do Lava Rápido onde está sendo feito o projeto ................................. 26
6. Processos do Lava Rápido ............................................................................................. 26
7. Identificação dos parâmetros e dos indicadores dos processos .............................. 30
8. Identificação do Efluente do Lava Rápido .................................................................... 31
9. Considerações Finais ...................................................................................................... 35
10. Referências Bibliográficas ........................................................................................... 36
11. Apêndice A .................................................................................................................... 39
8
1. Introdução
Este relatório tem como finalidade demonstrar, com base em pesquisas, as
características dos resíduos sólidos e histórico do lava rápido visando em
melhorias ao impactos causados ao meio ambiente. Atividades humanas
geram resíduos. Esteja onde estiver o ser humano os produz: em casa, nas
indústrias, nos estabelecimentos comerciais, nas escolas, nos hospitais ou no
campo, cultivando alimentos ou criando animais. Tendo como objetivo
encontrar maneiras viáveis para reduzir o desperdício e consequentemente a
geração de resíduos nos lava rápido.
2. Desenvolvimento
O desenvolvimento do projeto ‘’Semestral’’ iniciou-se em virtude da
preocupação da Faculdade de Tecnologia em Processos Ambientais com a
relação entre resíduos e contaminações ambientais e o Histórico dos lava
rápidos no mundo e na grande São Paulo
3. Resíduos
Resíduos são as partes que sobram de processos derivados das atividades
humanas e animal e de processos produtivos como a matéria orgânica, o lixo
doméstico, os efluentes industriais e os gases liberados em processos
industriais ou por motores.
3.1. Tipos de Resíduos Sólidos
Para que os resíduos sólidos sejam devidamente caracterizados deve-se
conhecer sua origem, seus constituintes e características. Durante a
caracterização, que é feita seguindo padrões específicos de amostragem e
testes, são determinados se um resíduo é inflamável, corrosivo, combustível,
tóxico e etc. (Equipe EducaRede)
Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo como:
9
Origem
Tipo de resíduo
Composição Química
Periculosidade
Veja Quadro 1 Tipos de resíduos sólidos
Quadro 1 Tipos de resíduos sólidos
Classificação Sub Classificação Exemplo
Tipo de resíduo
Resíduo Reciclável papel, plástico, metal, alumínio,
vidro
Tipo de resíduo
Rejeito
Guardanapo, fralda, papel higiênico.
Composição Química
Orgânicos
alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel,
madeira
Composição Química
Poluentes Orgânicos Persistentes
alguns pesticidas
Composição Química
Poluentes Orgânicos Não
Persistentes
óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns
pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes
Composição Química Inorgânicos vidros, plásticos, borrachas
Periculosidade
Resíduos Perigosos (Classe I)
são aqueles que por suas características podem
apresentar riscos para a sociedade ou para o meio
ambiente com as seguintes características: inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade.
Periculosidade
Resíduos Não Perigosos (Classe II)
Não apresentam nenhuma das características acima.
Periculosidade
Resíduos Não Perigosos Classe II A
não inertes
Periculosidade
Resíduos Não Perigosos Classe II B
inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou
deionizada, mantém à temperatura ambiente
Origem
Resíduo Hospitala
Qualquer resto proveniente de hospitais e serviços de saúde
como: seringas, agulhas, curativos etc
Origem
Resíduo Domiciliar gerados nas residências e sua composição é bastante variável
em orgânicos e inorgânicos
Origem
Resíduo Agrícola
aqueles gerados pelas atividades agropecuárias como:
palhas, cascas, estrume, produtos veterinários etc.
Origem
Resíduo Comercial
A maior parte é constituída por materiais recicláveis como papel
e papelão
10
Classificação Sub Classificação Exemplo
Origem
Resíduo Industrial
cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc
Origem
RDC (Resíduo de Construção e Demolição)
madeiras, tijolos, cimento, rebocos, metais
Origem
Resíduo Público
folhas de árvores, galhos e grama, animais mortos, papel, plástico, restos de alimentos
Origem
Resíduos Sólidos Urbanos
o conjunto de todos os tipos de resíduos gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal
(domiciliar, de varrição, comercial e, em alguns casos,
entulhos).
Origem
Resíduos de Portos, Aeroportos, Terminais
Rodoviários e Ferroviários
é tratado como “resíduo séptico”, pois pode conter
agentes causadores de doenças trazidas de outros países
Origem
Resíduo de Mineração
podem ser constituídos de solo removido, metais pesados, restos e lascas de pedras
No Quadro 1 Tipos de resíduos sólidos, observa-se os três tipos de resíduos sólidos,
e como são classificados conforme a ABNT NBR 10004/2007 e o Plano de
Gestão de Resíduos Sólidos elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente.
3.2. Destino dos Resíduos Sólidos
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2000) 228
mil toneladas de lixo são coletados por dia. Veja no Gráfico 1 a destinação deste
lixo.
11
Gráfico 1 Destino dos Resíduos Sólidos (IBGE, 2000)
Observa-se no Gráfico 1, que do total de 228 mil toneladas de lixo coletados
por dia, cerca de 42% tem sua destinação avaliada e distribuída entre aterro
sanitário, compostagem, triagem, incineração, entre alguns outros tipos, que
seriam destinos corretos para os resíduos, porém cada um tem seu lado
positivo e negativo. Pode-se ver que 21% da coleta total vai para o lixão, uma
forma errada de destino assim como os 37% do aterro controlado, onde os
tipos de resíduos não são separados de acordo com o seu tipo, desse modo
propiciando uma fonte de renda errônea por ser perigosa para algumas famílias
e degradando a céu aberto onde grande parte desse resíduo, assim como os
alimentos poderiam ser separados e destinados a compostagem. A parte
correspondente a 1% pela incineração são compostas por resíduos sólidos de
origem hospitalar entre outros do mesmo seguimento.
21%
37%
36%
3%
1% 1% 1%
Lixão
Aterro Controlado
Aterro Sanitário
Compostagem
Triagem
Incineração e locais não fixos
Outros
12
3.2.1. Aterros sanitários
As substâncias lixiviadas (quando a água das chuvas se infiltram, dissolve
substâncias químicas e arrasta-as consigo) são recolhidas e enviadas para
uma estação de tratamento e os gases produzidos pelas bactérias
decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia. (Equipe
EducaRede)
E quando estes aterros ficam lotados, eles são selados com uma cobertura de
plástico e de terra, pois assim permite-se o desenvolvimento de plantas. Veja
na Figura 1 uma ilustração de um Aterro Sanitário.
Veja no Quadro 2 as vantagens e desvantagens de um Aterro Sanitário
Quadro 2 Vantagens e Desvantagens do Aterro Sanitário
Vantagens Desvantagens
construção rápida; requer grandes áreas de implantação;
baixos custos de manutenção; possibilidade de contaminação de águas subterrâneas.
grande capacidade.
No Quadro 2 é informado as vantagens e as desvantagens de um aterro
sanitário, tem como fatores importantes a sua construção rápida com baixo
custo de manutenção sendo boa opção por causa da demanda de destino para
os resíduos, assim como uma saturação demorada por conter uma grande
capacidade, porem um dos problemas é requerer grandes áreas para a sua
implantação já que quanto mais próximo da cidade tem menos área
desocupada e pronto para a sua ocupação causando assim um gasto a mais
com logística, uma outra desvantagem seria problemas ambientais como a
possibilidade da contaminação das águas subterrâneas se houver uma falha ou
mal planejamento.
13
Figura 1 Ilustração de um Aterro Sanitário (Equipe EducaRede)
Na Figura 1 as seguintes marcações representam:
1-Solo impermeabilizado para evitar a contaminação do solo freático.
2- Lixo compactado (cerca de 1 m de espessura) por máquinas.
3-Camada de terra (30 cm) cobrindo o lixo compactado, para evitar proliferação de ratos e insetos. 4- Por meio destas canaletas, o chorume – líquido escuro e malcheiroso que escorre dos sacos de lixo – escoa para lagoas impermeabilizadas, construídas para esse fim. 5-Nas lagoas, o chorume é tratado e acaba se transformando em adubo. 6- Por chaminés com filtros, os gases liberados pela decomposição do lixo encontram saída, podendo também ser aproveitados como combustível (biogás).
7 - Alguns anos após a conclusão do aterro sanitário, o terreno pode ser utilizado como área de lazer.
3.2.2. Aterros Controlados
Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que
recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta
impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e
gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos com uma
impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos
impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou
14
outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação
do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a
sua absorção pela terra ou eventualmente outro tipo de tratamento para o
chorume como uma estação de tratamento para este efluente. (INSTITUTO
RESSOAR)
Veja na Figura 2 a ilustração de um Aterro Controlado.
Figura 2 Ilustração de um Aterro Controlado (ECOD)
Na Figura 2 pode-se notar logo de inicio a contaminação de lençóis freáticos e
do solo pelo chorume gerado a partir da decomposição do lixo, este tipo de
aterro necessita de supervisão direta a fim de estabelecer condições
ambientais e de salubridade mínimas para a geração de gases, entre outros
problemas há a necessidade de terrenos disponíveis para a instalação do
aterro próximo aos locais de produção de lixo ou das cidades evitando assim
demais gastos com transporte, já que o custo de transporte com a limpeza
urbana é muito elevado em virtude do baixo peso específico do lixo.
15
3.2.3. Lixões
Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma
preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de
efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra
pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol
freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a
céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e
materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum
procedimento que evite as consequências ambientais e sociais negativas. (
Lixão x Aterro )
Veja na Figura 3 uma ilustração de um Lixão.
Figura 3 Ilustração de um Lixão ( Lixão x Aterro )
Na Figura 3 nota-se a estrutura de um lixão, um local para depósito de lixo de
forma extremamente errada, por não possuir impermeabilização do solo para
evitar contaminação do mesmo e dos lençóis freáticos, nem mesmo a captação
dos gases gerados a partir da decomposição da matéria orgânica, além de não
haver um jeito de evitar certos animais vetores de doenças e de famílias pobres
de trabalharem no local muito perigoso para conseguir sustentar-se.
16
3.2.4. Incineração
Este é o destino mais adequado para o lixo hospitalar, já que o grau de
contaminação desse tipo de resíduo é bastante grande. Este tratamento é
baseado na combustão (queima) do lixo, combustão de resíduos a altas
temperaturas, que assim, se reduzem a cinzas e gases. (Equipe EducaRede)
A incineração acaba gerando resíduos tóxicos, tornando-se uma ameaça para
o meio ambiente e a saúde humana.
Os incineradores não resolvem os problemas dos materiais tóxicos presente no
lixo. Na verdade, eles apenas convertem esses materiais tóxicos em outras
formas, algumas das quais podem ser mais tóxicas que os materiais originais.
(ECOLNEWS)
É um processo que demanda custos bastante elevados e a necessidade de um
super e rigoroso controle da emissão de gases poluentes gerados pela
combustão. Veja no Quadro 3 as vantagens e desvantagens do processo de
Incineração
Quadro 3 Vantagens e Desvantagens da Incineração
Vantagens Desvantagens
grande redução do volume de lixos; poluição atmosférica;
pequena área de implantação; emissão de substâncias tóxicas (como dioxinas);
as partículas sólidas ficam retidas nos filtros, sendo encaminhadas para os aterros sanitários juntamente com as cinzas;
custos elevados.
filtros ou precipitadores eletroestáticos retiram os gases ácidos e as partículas, para que as emissões não contaminem a atmosfera;
quase todas as estações de incineração estão concebidas para produzirem eletricidade e em algumas incineradoras há separação de materiais para posterior reciclagem.
No Quadro 3 é informado as vantagens e as desvantagens da Incineração, tendo
como fatores importantes a redução do volume dos resíduos por virarem
17
cinzas, a retenção de partículas e gases ácidos que são levados para
posteriores aterros juntos com as cinzas, não sendo assim liberados na
atmosfera e contaminando-a, os incineradores necessitam de uma pequena
área de implementação sendo possível a sua instalação em cidades quase
saturadas de espaço, além de possuírem sistema de geração de energia
através dos vapores e gases criados a partir da queima dos resíduos, porém
dentre as desvantagens encontra-se a poluição atmosférica em sistemas mal
planejados e de baixa eficiência a emissão de algumas substâncias toxicas, e
um problema que mais conta hoje em dia o seu custo elevado.
3.2.5. Compostagem
A compostagem é um processo de decomposição biológica da matéria
orgânica presente no lixo, por meio da ação de microrganismos existentes nos
resíduos, em condições adequadas de aeração (processo de renovação do ar
de um ambiente; ventilação), umidade e temperatura. O resultado desse
processo é o composto orgânico.
Uma tonelada (1.000 kg) de lixo doméstico rende cerca de 500 Kg de composto
orgânico. (Equipe EducaRede)
Veja na Figura 4 as etapas de uma Usina de Compostagem
18
Figura 4 Esquema da Unidade de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos Domiciliares de Porto Alegre (AGENDA SUSTENTÁVEL)
Na Figura 4 é informado sistema de triagem e compostagem, começando assim
pela balança eletrônica onde os resíduos são pesados e encaminhados para a
dosagem e posteriormente para a esteira de catação, onde ha a separação dos
materiais recicláveis da matéria orgânica, os recicláveis são destinados para
posterior prensagem ou armazenamento depois sendo comercializados, já a
matéria orgânica destina-se para a compostagem onde após um bom tempo
passa por peneiramento separando o composto orgânico que vai para a
comercialização do não compostado e dos rejeitos que são destinados ao
aterro sanitário.
3.2.5.1. Biogasificação (Compostagem anaeróbia)
A biogasificação é um tratamento por decomposição anaeróbica que gera
biogás, que é formado por cerca de 50% de metano e que pode ser queimado
ou utilizado como combustível. O resíduo sólido da biogasificação pode ser
tratado aerobiamente para formar composto. (ECOLNEWS)
3.2.6. Reciclagem e Reutilização
Reciclar é uma maneira de lidar com o lixo de forma a reduzir e reusar. Este
processo consiste em fazer coisas novas a partir de coisas usadas. A
19
reciclagem reduz o volume do lixo, o que contribui para diminuir a poluição e a
contaminação, bem como na recuperação natural do meio ambiente, assim
como economiza os materiais e a energia usada para fabricação de outros
produtos. (ECOLNEWS)
Pode ser classificada como:
Reciclagem primária – conversão em produtos do mesmo tipo.
Reciclagem secundária – conversão noutro tipo de produtos.
3.3. Tratamento para resíduos
Águas que foram utilizadas em atividades domésticas, industriais ou agrícolas
e que contêm uma grande variedade de resíduos também podem ser tratadas.
O tratamento de águas residuais é feito em estações de tratamento. Nestas
estações, as águas residuais são sujeitas a tratamentos que removem os
poluentes e o efluente final é devolvido ao ambiente.
O tratamento de águas residuais consta das seguintes fases:
3.3.1. Tratamento preliminar
Visa a eliminação de resíduos e de corpos sólidos. Para separar os resíduos
das águas residuais, estas passam por crivos de barras ou crivos giratórios,
que permitem uma eliminação mais completa dos resíduos. Em ambos os
casos, os resíduos são recolhidos mecanicamente e levados para
incineradoras.
3.3.2. Tratamento primário
Os efluentes são conduzidos para um tanque de sedimentação de sólidos
(clarificadores primários), que contém um sistema de braços giratórios, cuja
velocidade de rotação é a indicada para que os sólidos sedimentem ao longo
de várias horas. As partículas de matéria orgânica depositam-se no fundo e
são retiradas, bem como os materiais gordurosos que flutuam e são recolhidos.
20
Os materiais retirados denominam-se por lamas em bruto (ou lodos em bruto),
que serão alvo de tratamento posterior e envio para aterros sanitários.
3.3.3. Tratamento secundário
Processo biológico durante o qual bactérias aeróbias ou anaeróbias eliminam
até 90% da matéria orgânica dissolvida. As bactérias decompositoras podem
ser incluídas em lamas ativadas, que são misturadas com as águas resultantes
do tratamento primário, ou podem recobrir um leito de gravilha sobre o qual
passa a água. Ao tratamento secundário segue-se uma nova decantação. O
excedente, resultante do crescimento da população de microrganismos, é
retirado e adicionado aos lodos em bruto do tratamento primário.
3.3.4. Tratamento terciário
Separação biológica dos nutrientes, com o objetivo de eliminar o material
inorgânico dissolvido, uma vez que são agentes causadores da eutrofização
cultural. Em alternativa à separação biológica dos nutrientes, podem ser
realizados diversos processos químicos, sendo comum passar as águas
residuais, provenientes do tratamento secundário, por um filtro de cal,
promovendo a precipitação do fósforo, sob a forma de fosfato de cálcio.
3.3.5. Tratamento quaternário
Corresponde à limpeza e desinfecção final, em que as águas residuais são
submetidas a uma última limpeza por filtração, através de uma camada de
areia e posterior desinfecção.
3.3.6. Resíduos Descartados Sem Tratamento
Caso o lixo não tenha um tratamento adequado, ele acarretará sérios danos ao
meio ambiente.
Veja Quadro 4 Danos ao Meio ambiente
21
Quadro 4 Danos ao Meio Ambiente
1º - POLUIÇÃO DO SOLO: alterando suas características físico-químicas,
representará uma séria ameaça à saúde pública tornando-se ambiente
propício ao desenvolvimento de transmissores de doenças, além do visual
degradante associado aos montes de lixo.
2º - POLUIÇÃO DA ÁGUA: alterando as características do ambiente aquático,
através da percolação do líquido gerado pela decomposição da matéria
orgânica presente no lixo, associado com as águas pluviais e nascentes
existentes nos locais de descarga dos resíduos.
3º - POLUIÇÃO DO AR: provocando formação de gases naturais na massa de
lixo, pela decomposição dos resíduos com e sem a presença de oxigênio no
meio, originando riscos de migração de gás, explosões e até de doenças
respiratórias, se em contato direto com os mesmos.
No Quadro 4 nota-se que toda poluição descrita pelo quadro altera e prejudica
muito o meio ambiente, talvez uma das piores poluições no caso, seria da água
por poder contaminar o lençol freático, que por sua vez é essencial aos seres
humanos, já que sabe-se que grande parte da água potável vem desses
lençóis freáticos.
3.4. Relação entre Resíduos e Contaminações
(PEREIRA, 2001) cita que o lançamento indevido de resíduos sólidos, líquidos
e gasosos de diferentes fontes ocasiona modificações nas características do
solo, da água e do ar, podendo poluir ou contaminar o meio ambiente. A
poluição ocorre quando esses resíduos modificam o aspecto estético, a
composição ou a forma do meio físico, enquanto o meio é considerado
contaminado quando existir a mínima ameaça à saúde de homens, plantas e
animais.
22
3.5. Histórico de Contaminação Ambiental por Resíduos
Veja na Figura 5 um histórico de contaminação ambiental por resíduos.
Figura 5 Linha do Tempo, contaminações ambientais.
Na Figura 5, observamos uma linha do tempo com alguns incidentes de
contaminação ambiental por resíduos, líquidos e gasosos.
Outro caso de contaminação ambiental por resíduos muito marcante foi o
Acidente Nuclear de Fukushima, ocorrido em 11/03/2011, devido ao terremoto
e tsunami de Tōhoku.
3.6. Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil
Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2011 (ABRELPE,
2011), no ano de 2011 foram gerados 198.514 mil toneladas de Resíduos
Sólidos Urbanos por dia. Veja no Gráfico 2 o aumento da geração desses
Resíduos em função do tempo.
23
Gráfico 2 Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em função do tempo (ABRELPE, 2011)
No Gráfico 2 nota-se o crescimento da geração de resíduos sólidos urbanos
pode-se ver que em todos os anos houve um aumento do RSU, por conta do
consumismo acelerado e do crescimento populacional agravando ainda mais o
processo de destinação correta de tanto resíduo, uma informação também
muito importante que podemos obter é que de 2010 para 2011 a taxa de
crescimento de RSU foi o dobro da taxa de crescimento populacional no Brasil
podendo ter também como causa muitas vezes o desperdício.
3.6.1. Geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) na região
Segundo o Jornal (DESTAK, 2012) a região do grande ABC gera 66.523
toneladas de RSU por mês. E na cidade de São Paulo são coletadas 549 mil
toneladas de RSU por mês.
1900ral
2036ral
2173ral
2310ral
2447ral
1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral
Ton/dia
Anos
24
4. Histórico dos lava rápidos no mundo
Segundo (TYSON, 2001) em Detroit nos Estados Unidos, em 1914 foi aberto o
primeiro lava rápido, chamado de Automated Laundry. E desde então os lava
rápidos não pararam de crescer no mundo inteiro.
4.1. Tipos de lava rápidos
(TYSON, 2001) cita que existem 5 categorias de lava rápidos.
Veja Quadro 5 Tipos de lava Rápidos
Quadro 5 Tipos de Lava Rápidos
Self Service ou Auto Serviço
Uma entrada (a área onde o carro fica) normalmente é usada
nesses sistemas de self service. Elas têm um borrifo de pressão e,
às vezes, uma esponja que é conectada a uma grande bomba
central. O pulverizador tem um teclado acionado por moedas para
selecionar a opção que você quer, como "sabão", "enxágue" e
"encerar". Um cronômetro desliga a água depois de certo período
de tempo, e você deve colocar mais moedas caso queira mais
água.
Exterior Rollover ou Ducha
Esse sistema está se tornando bastante popular. As duchas são
sistemas automatizados, em que você dirige seu automóvel por
uma entrada e quando chega à posição correta, um sinal o informa
para parar. A partir desse ponto, os equipamentos do lava-rápido se
movem sobre seu veículo através de trilhos, executando funções
específicas, como aplicar sabão ou enxaguar, mas sem enxugar.
Esses sistemas são muito comuns em postos de gasolina, onde se
oferecem descontos quando se enche o tanque.
Lavagem exterior simples
Este sistema automatizado é popular no nordeste dos Estados
25
Unidos, mas pode ser encontrado no mundo inteiro. Você dirige seu
carro na entrada de um longo túnel, que se parece com um portal.
O pneu dianteiro, que normalmente fica do lado do motorista, é
posicionado em uma correia transportadora especial. O veículo é
colocado em ponto-morto e a correia transportadora o guia pela
entrada, onde passará por várias partes do equipamento, cada uma
com um propósito específico.
Serviço completo
É uma modificação do sistema de lavagem exterior. Usa o mesmo
sistema automatizado com a correia condutora. A diferença é que o
interior é limpo manualmente por funcionários. Os outros serviços
exteriores, como secagem manual e limpeza das rodas, também
estão disponíveis.
Lavagem detalhada
Uma lavagem detalhada pode ser feita manualmente ou pode usar
um sistema automatizado. Os funcionários limpam e lustram o
automóvel completamente aplicando cera com uma ferramenta
chamada politriz. Ela é usada para remover a cera e polir o carro.
As lavagens detalhadas podem remover a pintura gasta e pequenos
arranhões, lavar a vapor os tapetes e os bancos, clarear as áreas
cromadas, remover o piche e executar muitos outros serviços.
4.2. Quantidade de Lava Rápidos na Grande São Paulo
Veja no Quadro 6 o número de Lava Rápidos na Grande São Paulo segundo a
(SESCOVE) – Sindicatos das Empresas de Conservação de Veículos
Quadro 6 Quantidade de Lava Rápidos na Grande São Paulo
Quantidade de Lava Rápidos na Grande São Paulo
30 mil
26
5. Identificação do Lava Rápido onde está sendo feito o projeto
Nome da Empresa / Razão Social : Jac Lava Rápido Ltda.
Nome Fantasia: Lava Rápido Mesc
Ano da inauguração: 1985
Endereço: Avenida Robert Kennedy, 1794 – São Bernardo do Campo, SP
Responsável: Antônio Dealis (sócio desde Outubro de 2010)
6. Processos do Lava Rápido
Segue na Erro! Fonte de referência não encontrada. o fluxograma dos
processos para a lavagem da carroceria dos carros, todos os volumes aqui
apresentados são para a lavagem de 30 carros.
27
Figura 6 Lavagem da Carroceria
No processo de lavagem da carroceria descrito na Figura 6 há a utilização da
Mistura A na proporção de 5L de Shampoo para 50L de água, que são
aplicados na carroceria com esponja, no enxague acaba utilizando 75L de água
onde no final há o descarte de130 litros de Mistura A, água e sujeira (barro,
areia, cocô de passarinho, pó, folhas entre outras coisas. Após todo o processo
da lavagem há o da Secagem que é feita pelo tempo e a aplicação do produto
Jetcera após feito a sua mistura de 5L de Jetcera com 50L de água para ser
utilizada em 30 carros, depois faz-se a Aspiração da parte interna do carro.
Veja no Quadro 7 o Balanço de Massa de todas as substâncias deste processo.
28
Quadro 7 Balanço de Massa do Processo de Lavagem da Carroceria
Entrada de substâncias Saída de substâncias
185 Litros 130 Litros
Veja a seguir na Erro! Fonte de referência não encontrada. um fluxograma
descrevendo os processos de lavagem do motor dos carros, lembrando que os
volumes apresentados aqui são para a lavagem de 30 automóveis.
Figura 7 Lavagem do Motor
Nota-se pelo fluxograma da Figura 7 que esse processo começa fazendo a
Mistura C, onde para 30 carros se mistura 5L do produto Multi b40 para cada
50L de água, essa mistura é aplicada no motor para amolecer e dissolver
certas incrustações e substancias como graxas, óleos, poeira e areia
endurecidos, depois o motor é enxaguado e logo após é aplicado o multi diesel
com revolver, nota-se também que no processo há o descarte de 90 litros de
Mistura C com óleo, graxa, poeira, areia, entre outros.
29
No Quadro 8 a seguir o Balanço de Massa de todas as substâncias deste
processo.
Quadro 8 Balanço de Massa do Processo de Lavagem do Motor
Entrada de substâncias Saída de substâncias
90 Litros 90 Litros
Na Figura 8 o processo de lavagem das rodas é descrito, e ressaltando
novamente que os volumes apresentados são para a lavagem de 30 carros.
Figura 8 Lavagem das Rodas
Na lavagem das rodas que é descrita na Figura 8, faz-se a Mistura D que é
constituída de 5L de Multi b40 com 50L de água para ser utilizada em 30
carros, a mistura age amolecendo a sujeira incrustada que sai logo após o
enxague onde há o descarte de 85 litros de Mistura D com água e sujeira.
Veja a seguir no Quadro 9 o Balanço de Massa de todas as substâncias desse
processo.
Quadro 9 Balanço de Massa do Processo de Lavagem das Rodas
Entrada de substâncias Saída de substâncias
85 Litros 85 Litros
30
7. Identificação dos parâmetros e dos indicadores dos processos
Parâmetros do processo de lavagem da carroceria:
100 Litros de água
5 Litros de shampoo
55 Litros da Mistura A
Vazão da água na operação de enxágue com lavadora de alta pressão:
5 L/min
5 Litros de Jetcera (resina para brilho)
55 Litros de Mistura B
130 Litros de resíduo líquido
Indicadores do processo de lavagem da carroceria:
3,33 L de água/ carro
166 mL de shamppo/ carro
166 mL de Jetcera/ carro
4,33 L de resíduo/ carro
Parâmetros do processo de lavagem do motor:
85 Litros de água
5 Litros de Multi b40 (limpa baú)
Vazão da água na operação de enxágue com lavadora de alta pressão:
5 L/min
55 Litros de Mistura C
5 Litros de Multi Diesel
90 Litros de resíduo líquido
Indicadores do processo de lavagem do motor:
2,83 L de água/ carro
3 L de resíduo/ carro
166 mL de Multi Diesel/ carro
Parâmetros do processo de lavagem das rodas:
80 Litros de água
5 Litros de Multi b40
Vazão da água na operação de enxágue com lavadora de alta pressão:
5 L/min
55 Litros de Mistura D
85 Litros de resíduo líquido
Indicadores do processo de lavagem das rodas:
31
2,66 L de água/ carro
166 mL de Multi b40/ carro
2,83 L de resíduo/ carro
Parâmetros de todos os processos do lava rápido:
265 Litros de água
5 Litros de shampoo
5 Litros de Jetcera
5 Litros de Multi Diesel
10 Litros de Multi b40
305 Litros de resíduo líquido
Indicadores de todos os processos do lava rápido:
8,83 L água/carro
166 mL de Jetcera/ carro
166 mL de shampoo/ carro
166 mL de Multi Diesel/ carro
333 mL de Multi b40/ carro
10,16 L de resíduo/ carro
Como o estabelecimento não tem registro de indicadores, sugerimos que a
partir das próximas lavagens seja mantido para que haja melhorias na
administração e no financeiro da empresa.
8. Identificação do Efluente do Lava Rápido
Coletou-se uma amostra de 750 mL do efluente gerado pela lavagem dos
carros, para as seguintes análises:
Cor: Análise visual; a cor do efluente é Verde Musgo
pH: Para determinação do pH colocou-se a fita de medição na amostra, e esta
permaneceu na amostra por 30 segundos, em seguida foi verificada o pH do
efluente com auxílio da cartela de cores da fita de medição.
Determinou-se que o efluente têm pH= 8 (alcalino).
Sólidos Sedimentáveis: Colocou-se os 750 mL da amostra em um Cone
Inhoff, como mostra a Figura 9 a seguir.
32
Figura 9 Amostra no Cone Inhoff (SILVA)
Na Figura 9 é possível observar a amostra coletada no lava rápido em um cone
inhoff para análise de sólidos sedimentáveis, onde foi deixada por
aproximadamente 1 hora, e ao fim desse período determinou-se que a amostra
continha 1,933 mg/L
Óleos e Graxas: Para análise de óleos e graxas, usou-se um funil, um vidro de
erlenmeyer, uma proveta de 500 mL, uma bomba de vácuo, solução de celite, e
um filtro de papel. Pesou o balão de fundo chato vazio e encontrou-se a
seguinte massa 99,7 mg. Em seguida colocou-se o funil na boca do balão, e o
filtro no funil. Conectou-se através de uma mangueira o vidro de erlenmeyer à
bomba de vácuo, ligou-se a bomba e jogou-se a solução de celite no filtro para
que todo óleo e graxa fosse retido no filtro, e em seguida passou-se os 250 mL
da amostra pelo filtro, ficando retido todas as partículas de óleos e graxas
como mostra na Figura 10 a seguir.
33
Figura 10 Análise de Óleos e Graxas (SILVA)
Como é mostrado na Figura 10 as partículas de óleos e graxas ficaram retidas
no filtro, e foi encontrado o seguinte resultado, 2 g/L de óleos e graxas na
amostra.
DQO: Foram previamente preparadas as seguintes soluções para análise de
DQO: bicromato de potássio, ácido sulfúrico + sulfato de prata, sulfato ferroso
amoniacal, sulfato de prata e o indicador ferrain. E com essas soluções
preparadas, misturaram-se as para realizar a análise, como mostra na a seguir.
34
Figura 11 Análise de DQO (SILVA)
Após análise da Figura 11 encontrou-se o resultado de 8268 mg DQO/L.
Não foi possível realizar as demais análises solicitadas no cronograma devido
à falta de material e tempo ocasionadas devido às obras que ocorreram no
laboratório do SENAI Mario Amato recentemente.
35
9. Considerações Finais
A urbanização das cidades demanda por serviços que gerem cada vez mais
benefícios proporcionando melhor qualidade de vida. Este conceito hoje se
traduz por funcionalidade, agilidade e praticidade nas ações do cotidiano de
vida.
Os lava jatos de automóveis surgiram com a finalidade, de facilitar a vida das
pessoas que querem seus carros limpos. O problema são os efluentes líquidos,
com águas servidas contaminadas com óleos lubrificantes e outras impurezas
e a geração de resíduos sólidos de vários tipos.
Nos dias de hoje, para um lava rápido ser legalizado no município de São
Bernardo do Campo, ele precisa fazer a instalação de caixa(s) captadora(s) de
lama e óleo, segundo o Artigo 1º da Lei Municipal 4792 de 1999. E este
trabalho tem como finalidade mostrar de forma abrangente a situação nacional
dos resíduos no Brasil, analisar os efluentes gerados no lava rápido escolhido,
e realizar um projeto de tratamento destes efluentes gerados.
36
10. Referências Bibliográficas
(s.d.). Acesso em 15 de agsto de 2012, disponível em Ambiente Brasil:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/residuos/classes_dos_residuos.html
Lixão x Aterro . (s.d.). Acesso em 11 de Agosto de 2012, disponível em LIXO:
http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=
251
http://carros.hsw.com.br/lava-rapidos.htm. (24 de 04 de 2007). Acesso em 09 de 2012,
disponível em http://carros.hsw.com.br/lava-rapidos.htm
ABNT NBR 10004/2004. (31 de Maio de 2004). ABNT NBR. Acesso em 06 de Agosto de 2012,
disponível em http://www.aslaa.com.br/legislacoes/NBR%20n%2010004-2004.pdf
Abrelpe. (2010). Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. Acesso em 10 de Agosto de 2012,
disponível em
http://www.wtert.com.br/home2010/arquivo/noticias_eventos/Panorama2010.pdf
ABRELPE. (2011). Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil.
AGENDA SUSTENTÁVEL. (s.d.). Fases do processo de compostagem. Acesso em 12 de Agosto de
2012, disponível em Agenda Sustentável:
http://www.agendasustentavel.com.br/artigo.aspx?id=1128&area=
CEASA - CURITIBA. (16 de Março de 2010). Plano de Gerenciamento de Residuos Sólido. Acesso
em 06 de Agosto de 2012, disponível em
http://www.ceasa.pr.gov.br/arquivos/File/PGRS_CEASA_2010.pdf
CEMPRE. (2010). Lixo Municipal Manual de gerenciamento Integrado (Vol. III). São Paulo.
CIMM. (s.d.). Acesso em 15 de agosto de 2012, disponível em
http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/3668-residuos-solidos-industriais
Codelo, F. (2012). São Bernardo do Campo.
Daniel Véras Ribeiro, M. R. (2009). Resíduos Sólidos Problema ou Oportunidade. Rio de Janeiro:
Editora Interciência.
DESTAK. (15 de Agosto de 2012). Região tem poucas ações de reciclagem. Jornal Destak
ABC(96).
ECOD. (s.d.). Lixão, Aterro controlado e Aterro sanitário. Acesso em 11 de Agosto de 2012,
disponível em ECO DESENVOLVIMENTO:
http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/ecod-basico-lixao-aterro-controlado-e-
aterro
ECOLNEWS. (s.d.). Resíduos sólidos, Noções Básicas. Acesso em 3 de Agosto de 2012,
disponível em EcolNews: http://www.ecolnews.com.br/lixo.htm
37
Equipe EducaRede. (s.d.). Educação Ambientel - Lixo. Acesso em 03 de Agosto de 2012,
disponível em Educarede:
http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=6&id_su
btema=3
FERREIRA, L. D. (26 de Julho de 2011). Scribd. Acesso em 13 de Agosto de 2012, disponível em
http://pt.scribd.com/doc/60975235/lava-jato
GIGLIO, A. (25 de Janeiro de 2009). Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Acesso em 11 de
Agosto de 2012, disponível em Franquia de lavagem a seco é um bom negócio:
http://pegntv.globo.com/Pegn/0,6993,LIR333317-5027,00.html
HSW. (2010). Fonte: http://carros.hsw.uol.com.br/lava-rapidos.htm
IBGE. (2000). Pesquisa Nacional de Saneamento Básico.
ICLEI Resíduos. (2011). Tratamento e Destinação. Acesso em 15 de Agosto de 2012, disponível
em http://www.iclei.org.br/residuos/?page_id=356
INSTITUTO RESSOAR. (s.d.). Entenda a diferença entre lixões e aterros sanitários. Acesso em 11
de Agosto de 2012, disponível em RESSOAR:
http://www.ressoar.org.br/dicas_meio_ambiente_diferenca_lixoes_aterros_aterro_co
ntrolado.asp
IP. (s.d.). IP Vip Soluções. Acesso em 15 de Agosto de 2012, disponível em
http://www.vipsolucoes.com.br/aterro-industrial.html
Martins, A. (30 de Setembro de 2006). Tratamento de Resíduos; Tipos de Resíduos e Métodos
de Tratamento;. Acesso em 15 de Agosto de 2012, disponível em Bio Help:
http://biohelp.blogs.sapo.pt/382.html
MMA. (Setembro de 2011). Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Acesso em 10 de Agosto de
2012, disponível em
http://www.cnrh.gov.br/pnrs/documentos/consulta/versao_Preliminar_PNRS_WM.pd
f
PEREIRA, J. A. (2001). Fontes de Poluição/Contaminação. Geração de resíduos indutriais e
controle ambiental, 31. Pará, Brasil.
Prefeitura de São Paulo. (s.d.). Secretaria municipal de serviços. Acesso em 12 de agosto de
2012, disponível em Prefeitura de São Paulo:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/servicos/residuos_solidos/index.p
hp?p=4635
REDAÇÃO DESTAK. (15 de Agosto de 2011). Região tem poucas ações de reciclagem. Jornal
Destak ABC(96).
SEBRAE. (s.d.). Idéias de Negócios Sustentáveis. Acesso em 11 de Agosto de 2012, disponível
em
38
http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/E0C0C390F995949983257A33005A
D0B7/$File/NT00047736.pdf
SESCOVE. (s.d.). São Paulo, Brasil.
SILVA. Análise de Óleos e Graxas. São Bernardo do Campo.
SILVA, V. d. Análise de DQO. São Bernardo do Campo.
SILVA, V. d. Amostra no Cone Inhoff. São Bernardo do Campo.
SILVA, V. d. Análise de DQO. São Bernardo do Campo.
SILVA, V. d. Análise de Óleos e Graxas. São Bernardo do Campo.
Tyson, J. (s.d.).
TYSON, J. (2001). HowStuffWorks - Como Funcionam os Lava-Rápidos.
UCE – Unidade de Capacitação Empresarial - SEBRAE/ES. (Julho de 2006). Acesso em 11 de
Agosto de 2012, disponível em
http://vix.sebraees.com.br/ideiasnegocios/arquivos/lavajato.pdf
UFJF. (06 de Outubro de 2009). Manual de Resíduos dos Serviços de Saúde. Acesso em 06 de
Agosto de 2012, disponível em http://www.ufjf.br/hu/files/2010/02/manual.pdf
UFSCar. (2011). Acesso em 12 de Agosto de 2012, disponível em
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde.../simiao.pdf
39
11. Apêndice A
Atividade ou Processo
Aspecto
Impacto
Oc
orr
ên
cia
Ab
ran
gê
nc
ia
Se
ve
rid
ad
e
Re
qu
isit
o
Le
ga
l
Legislação Aplicável
Resultado
Classe Itens Código Total Sim Não
Misturar D Consumo de água D1 Redução dos recursos
hidricos 3 1 2 1 7 X
Aplicação da Mistura A C Espuma / Isopor C31 Ocupação de espaço em
aterros 3 1 1 5 Sim 10 X
Enxague
E Emissão de ruído E6 Poluição sonora 3 1 1 5 Sim 10 X
B Óleo lubrificante usado ou contaminado B115 Poluição da Água e do solo 3 1 3 5 Sim 12 X
D Consumo de água D1 Redução dos recursos
hidricos 3 1 2 1 7 X
B Efluentes com material em suspensão B67 Poluição da Água e do solo 3 2 2 5 Sim 12 X
D Consumo de energia elétrica D3 Redução de recursos
naturais 3 1 1 1 6 X
Aspiração
C Resíduo orgânico (sobras de alimentos) C76 Ocupação de espaço em
aterros 3 3 2 5 Sim 13 X
C Papel / Papel cartão/ Papelão C61 Ocupação de espaço em
aterros 3 3 2 5 Sim 13 X
C Plásticos diversos não contaminados C72 Ocupação de espaço em
aterros 3 3 2 5 Sim 13 X
C Lixo doméstico / varrição / podas de jardim C48 Ocupação de espaço em
aterros 3 3 2 1 9 X
E Emissão de ruído E6 Poluição sonora 3 1 1 5 Sim 10 X
D Consumo de energia elétrica D3 Redução de recursos
naturais 3 1 1 1 6 X
Aquisição de matéria prima (compra)
C Plásticos contaminados C71 Poluição do solo e da água 2 2 3 1 8 X
C Papel / Papel cartão/ Papelão C61 Ocupação de espaço em
aterros 2 2 2 5 Sim 11 X