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PROJETO DE UMA MÁQUINA ESFERA-DISCO PARA ANÁLISE DA
LUBRIFICAÇÃO NA PREVENÇÃO DO DESGASTE POR ADESÃO
Sandro Carvalho Valente
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia Mecânica da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de
Engenheiro.
Orientador: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Rio de Janeiro
Setembro de 2017
ii
PROJETO DE UMA MÁQUINA ESFERA-DISCO PARA ANÁLISE DA
LUBRIFICAÇÃO NA PREVENÇÃO DO DESGASTE POR ADESÃO
Sandro Carvalho Valente
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA
POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO
DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO.
Aprovado por:
________________________________________________
Prof. Sylvio José Ribeiro de Oliveira, Dr.Ing. (Orientador)
________________________________________________
Prof. Flávio de Marco Filho, Dsc.
________________________________________________
Prof. Fernando Pereira Duda, Dsc.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
SETEMBRO DE 2017
iii
Valente, Sandro Carvalho
Projeto de uma Máquina Esfera-Disco para Análise da
Lubrificação na Prevenção do Desgaste por Adesão / Sandro
Carvalho Valente. - Rio de Janeiro: UFRJ / Escola
Politécnica, 2017.
XIV,86 p.; 29,7cm
Orientador: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica /
Curso de Engenharia Mecânica, 2017.
Referências Bibliográficas: p. 64
1. Introdução 2. Revisão da Literatura. 3. Projeto Da
Máquina Esfera-Disco. 4. Projeto de Detalhamento. 5.
Conclusões. I. Ribeiro de Oliveira, Sylvio José. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,
Curso de Engenharia Mecânica. III. Título.
iv
Agradecimentos
Meu agradecimento vai não só para pessoas presentes nesta fase, mas também
para aquelas que vem me acompanhando antes mesmo da Universidade, compartilhando
o aprendizado, o conhecimento e as expectativas para que eu pudesse chegar aqui até
aqui.
Agradeço primeiramente à minha mãe, Sueli Tereza Carvalho, uma pessoa que
sempre correu atrás e me permitiu ter as condições necessárias para que eu pudesse
cursar uma Universidade e tentar fazer a diferença e, ao meu falecido avô, Milton
Carvalho, sempre trabalhador onde muito do que temos se deve à ele.
Começando pelas pessoas especiais, aquelas que me motivaram e motivam,
algumas presentes há muito tempo em minha vida, outras mais recentes, meu carinho
especial vai para meu amigo de longa data Marcel Duarte da Silva Xavier, a este fica
meu muito obrigado pela amizade e aprendizado compartilhado na nossa busca por um
caminho melhor. Meu carinhoso agradecimento também à Luciana Plum pela torcida e
motivação. Outra pessoa que merece meu agradecimento por ter se tornado uma fonte
de inspiração e me conduzir à este caminho é o professor, Físico e Pesquisador José
Abdalla Helayel-Neto. Para este último vai meu muito obrigado por me apresentar um
caminho, uma direção e ao mesmo tempo pelo exemplo de excelência e humildade.
No meio acadêmico meu agradecimento vai para várias pessoas, pois graças a
elas com sua ajuda e seu companheirismo foi possível chegar até aqui, no entanto
algumas pessoas merecem aqui ser mencionadas como Lucas Braga Campos pela
amizade surgida do companheirismo no estudo diário, Fellipe Corte Parreira, que esta
v
também na luta buscando melhores oportunidades e demais colegas de turma sempre
presentes e dispostos a ajudar, em especial Gabriel Silva e Jorge Júnior.
Quanto aos professores, alguns do Departamento de Engenharia Mecânica
merecem ser citados pela atenção, amizade, carisma, motivação, capacidade, humildade
e profissionalismo. São eles: Marcelo Colaço, José Stockler Canabrava Filho, Flávio de
Marco Filho, Fernando Pereira Duda, Carolina Palma Naveira Cotta, Reinaldo de Falco,
Hélcio Rangel Barreto Orlande e Sylvio José Ribeiro de Oliveira que além do
profissionalismo foi um ótimo orientador no presente projeto. Fora do departamento
meu agradecimento vai para o professor José da Rocha Miranda Pontes, do
Departamento de Engenharia Metalúrgica e de materiais, Armando Carlos de Pina Filho
e Roberto Machado Correa, ambos do departamento de expressão Gráfica.
Meu muito obrigado a todos aqueles aqui não mencionados que contribuíram de
alguma forma na concretização do presente trabalho e na minha formação.
vi
Resumo do Projeto de Graduação apresentado ao DEM/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
PROJETO DE UMA MÁQUINA ESFERA DISCO PARA ANÁLISE DA
LUBRIFICAÇÃO NA PREVENÇÃO AO DESGASTE POR ADESÃO.
Sandro Carvalho Valente
Setembro/2017
Orientadores: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Curso: Engenharia Mecânica
Ensaios Esfera-Disco são usados em laboratórios para estudar o coeficiente de
Atrito de vários lubrificantes com o intuito de se avaliar a capacidade de lubrificação na
prevenção ao desgaste por adesão.
Este projeto, tem como componentes principais uma esfera de teste, um anel de
teste, uma célula de carga e um atuador pneumático cuja finalidade é aumentar a carga
sobre esta esfera e assim obter o valor do coeficiente de atrito na interface desta com o
anel de teste, que terá uma velocidade constante entre 500rpm e 600rpm e uma carga
máxima de 50 N.
Palavras-chave: Máquina Esfera-Disco, Coeficiente de Atrito, Tribologia
vii
Abstract of Undergraduate Project presented to DEM/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
MACHINE DESIGN OF BALL ON DISC FOR LUBRIFICATION ANALYSIS IN
THE PREVENTION TO WEAR BY ADHESION
Sandro Carvalho Valente
September/2017
Advisor: Sylvio José Ribeiro de Oliveira
Course: Mechanical Engineering
Ball on Disc test are used in laboratories to study the friction coefficient in order
to evaluate the lubricity in the prevention to wear by adhesion.
This machine has a test ball, a test ring, a load cell and a pneumatic piston where
we can increase the load on this ball and to obtain the value of the friction coefficient at
the interface between the test ball and the test ring with a constant speed between 500 to
600 rpm and a maximum load of 50N
Keywords: Ball On Disc Machine, Friction Coefficient, Tribology
viii
Sumário
1. Introdução ................................................................................................. 1
2. Revisão da literatura ................................................................................. 2
2.1. Tribologia .................................................................................................................. 2
2.2. Força de Atrito ............................................................................................................ 3
2.3. Desgaste ..................................................................................................................... 4
3. Projeto da Máquina Esfera-Disco ............................................................ 6
3.1. O Projeto Básico ......................................................................................................... 6
3.2. Características construtivas da Máquina Esfera-Disco ............................................. 8
3.2.1. Braço de carga e seus componentes ....................................................................... 8
3.2.2. Eixo do Anel de Teste e seus Componentes ......................................................... 10
3.2.3. Desmontagem e Limpeza ..................................................................................... 11
3.2.4. A base da Máquina ............................................................................................... 13
3.3. Lista de exigências ................................................................................................... 15
3.4. Materiais .................................................................................................................. 16
4. Projeto de Detalhamento ........................................................................ 17
4.1. Cálculos Básicos ...................................................................................................... 17
4.1.1. Força de Atrito Máximo ....................................................................................... 17
4.1.2. Potência do Motor ................................................................................................ 17
4.2. Cálculos e Detalhamento do Projeto ....................................................................... 19
4.2.1. Seleção do Motor e do Motorredutor ................................................................... 19
4.2.1.1. Seleção do Motor ............................................................................................... 19
4.2.1.2. Seleção do Motorredutor ................................................................................... 20
4.2.2. Seleção do Acoplamento Elástico ........................................................................ 20
4.2.3. Dimensionamento do Atuador Pneumático .......................................................... 21
4.2.4. Análise de Esforços no Braço de Carga ............................................................... 24
4.2.4.1. Diagramas de Força Cortante e Momento Fletor .............................................. 25
ix
4.2.4.2. Cálculo dos Coeficientes de Segurança ............................................................. 28
4.2.4.2.1. Análise Estática .............................................................................................. 29
4.2.4.2.1.1. Máxima Tensão Cisalhante ......................................................................... 29
4.2.4.2.1.2. Máxima Energia de Distorção ..................................................................... 30
4.2.4.2.2. Análise Fadiga ................................................................................................ 30
4.2.4.2.2.1. Critério de Sodeberg .................................................................................... 31
4.2.5. Dimensionamento dos Ganchos .......................................................................... 32
4.2.6. Análise de Esforços no Eixo do Braço de carga ................................................... 34
4.2.6.1. Diagramas de Força Cortante e Momento Fletor .............................................. 34
4.2.6.2. Cálculo do Diâmetro Mínimo da Seção do Eixo ............................................... 36
4.2.6.2.1. Análise Estática .............................................................................................. 36
4.2.6.2.1.1. Análise Deflexão ......................................................................................... 36
4.2.6.2.1.2. Máxima Tensão Cisalhante ......................................................................... 37
4.2.6.2.1.3. Máxima Energia de distorção ...................................................................... 38
4.2.6.2.2. Análise Fadiga ................................................................................................ 38
4.2.6.2.2.1. Critério de Sodeberg .................................................................................... 40
4.2.7. Análise de Esforços no eixo no Anel de Teste ..................................................... 41
4.2.7.1. Diagramas de Força Cortante e Momento Fletor .............................................. 41
4.2.7.2. Cálculo do Diâmetro Mínimo da Seção do Eixo ............................................... 44
4.2.7.2.1. Análise Estática .............................................................................................. 44
4.2.7.2.1.1. Análise Deflexão ......................................................................................... 44
4.2.7.2.1.2. Máxima Tensão Cisalhante ......................................................................... 46
4.2.7.2.1.3. Máxima Energia de Distorção ..................................................................... 46
4.2.7.2.1.2 Análise Fadiga ............................................................................................. 47
4.2.7.2.1.2.1. Critério de Sodeberg ................................................................................. 49
4.2.8. Cálculo dos Rolamentos ....................................................................................... 50
4.2.8.1. Cálculo dos Rolamentos do Eixo do Anel de Teste .......................................... 50
x
4.4.8.2. Cálculo do Rolamento do Eixo do Braço de Carga ........................................... 53
4.2.9. Dimensionamento das Chavetas ........................................................................... 54
4.2.9.1. Chaveta para Transmissão Eixo-Anel de Teste ................................................. 56
4.2.9.2. Chaveta para Transmissão Acoplamento Elástico - Eixo .................................. 58
4.2.9.3. Chaveta para Transmissão Motorredutor - Acoplamento Elástico ..................... 60
5. Conclusões .............................................................................................. 63
6. Referências Bibliográficas ...................................................................... 64
7. Anexos .................................................................................................... 65
7.1. Motor elétrico ........................................................................................................... 65
7.2. Tabela com valores para dimensionamento do Motorredutor ................................. 66
7.3. Acoplamento elástico .............................................................................................. 67
7.4. Atuador pneumático ................................................................................................ 68
7.5. Gancho ..................................................................................................................... 70
7.6. Pesos ......................................................................................................................... 71
7.7. Unidade de rolamento e componentes ...................................................................... 72
7.7.1. Unidade de Rolamento ......................................................................................... 72
7.7.2. Rolamento do Eixo do Anel de Teste .................................................................... 73
7.7.3. Bucha de Fixação................................................................................................... 74
7.7.4. Porca de Fixação ................................................................................................... 75
7.7.5. Arruelas de segurança ............................................................................................ 76
7.7.6. Rolamento do Eixo do Braço de Carga ................................................................. 77
7.8. Dimensões dos Furos e Rasgos de Chaveta.............................................................. 78
7.9. Célula de Carga ....................................................................................................... 79
7.10. Retentores ............................................................................................................... 80
7.11. Torneira para Tambor ............................................................................................. 81
7.12. Mangueira para Remoção de Óleo ........................................................................ 82
7.13. Pé Anti-Vibratório .................................................................................................. 83
xi
7.14. Gráficos e Equações utilizadas nos Cálculos de Deflexão e Coeficientes de
segurança ......................................................................................................................... 84
7.14.1. Coeficiente de Segurança ................................................................................... 84
7.14.2. Deflexão .............................................................................................................. 85
8. Desenho de Detalhamento do Projeto .................................................... 86
xii
Lista de Figuras
Figura 1 - Comparação entre as Forças de atrito Estática e Dinâmica ............................. 4
Figura 2 - Mecanismo de desgaste por adesão ................................................................. 5
Figura 3 - Princípio de Funcionamento da máquina Esfera-Disco .................................... 6
Figura 4 - Projeto Básico ................................................................................................... 6
Figura 5 - Braço de Carga e seus Componentes ............................................................... 9
Figura 6 - Acoplamento para Esfera de Teste .................................................................. 9
Figura 7 - Acoplamento para Esfera de Teste (Vista Interna) e sua fixação ao braço de
carga através da Célula de Carga ...................................................................................... 9
Figura 8 - Eixo do Braço de Carga ................................................................................. 10
Figura 9 - Vista Lateral do Eixo ..................................................................................... 11
Figura 10 - Fixação do Anel de teste .............................................................................. 11
Figura 11 - Vista interna da Caixa e Cuba (Esquerda), Vista Frontal da Caixa (Centro) e
Vista Posterior da Caixa (Direita) .................................................................................. 12
Figura 12 - Pernas da Mesa ............................................................................................ 13
Figura 13 - Fixação do atuador pneumático e do eixo do braço de carga na Base .......... 13
Figura 14 - Máquina Esfera-Disco ................................................................................. 14
Figura 15- Força da Esfera de Teste x Pressão exercida pelo Atuador Pneumático ...... 23
Figura 16 - Diagrama de esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força
Cortante; 3-Diagrama de Momento Fletor ..................................................................... 26
Figura 17 - Diagrama de esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força
Cortante; 3-Diagrama de Momento Fletor ..................................................................... 28
Figura 18 - Diagrama de esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força
Cortante; 3-Diagrama de Momento Fletor ..................................................................... 35
Figura 19 - Diagrama de esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força
Cortante; 3-Diagrama de Momento Fletor ..................................................................... 43
Figura 20 - Seleção do motor Elétrico ............................................................................ 65
Figura 21 - Seleção do Motorredutor: Potência e dimensões ......................................... 66
xiii
Figura 22 - Seleção do Acoplamento elástico ................................................................ 67
Figura 23 - Seleção do Atuador Pneumático e dimensões ............................................. 68
Figura 24 - Seleção do Gancho ...................................................................................... 70
Figura 25: Seleção do Peso ............................................................................................. 71
Figura 26: Seleção da Unidade de Rolamento ................................................................ 72
Figura 27: Seleção do Rolamento do Eixo do Anel de Teste ......................................... 73
Figura 28: Seleção da Bucha de Fixação ........................................................................ 74
Figura 29: Seleção das Porcas de Fixação ...................................................................... 75
Figura 30: Seleção das Arruelas de Segurança ............................................................... 76
Figura 31: Seleção do Rolamento do eixo do Braço de Carga ....................................... 77
Figura 32: Dimensões de Rasgo e Furo de Chaveta ....................................................... 78
Figura 33:Célula de Carga triaxial ATI Mini 40 ............................................................. 79
Figura 34: Seleção do Retentor ...................................................................................... 80
Figura 35 - Torneira Tambor .......................................................................................... 81
Figura 36 - Mangueira para remoção de óleo ................................................................. 82
Figura 37 -Pé Anti Vibratório ......................................................................................... 83
Figura 38 - Referência [8] ............................................................................................... 84
Figura 39 - Referência [8] ............................................................................................... 84
Figura 40 - Referência [8] ............................................................................................... 85
Figura 41 - Referência [8] ............................................................................................... 85
xiv
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Constantes Físicas do Material utilizado ....................................................... 16
Tabela 2 - Propriedades Mecânicas do Material utilizado ............................................. 16
Tabela 3 - Força na Esfera de Teste x Pressão exercida pelo Atuador Pneumático ....... 23
1
1. Introdução
Os avanços no campo da mecânica e demais áreas tecnológicas vem permitindo
a construção de máquinas e equipamentos visando atender cada vez mais as
necessidades da sociedade como um todo, necessidades estas que vão desde
equipamentos para uso doméstico passando por máquinas industriais, ferramentas,
automóveis e todos os novos produtos lançados constantemente no mercado. No
entanto, o uso frequente e a preocupação com a vida útil destes produtos e assim
também, das máquinas e equipamentos, é objeto de estudo sendo, em particular, o atrito
um deles e, consequentemente a lubrificação e o desgaste proveniente da interação entre
superfícies, assunto estudado em uma área da ciência chamada Tribologia.
Neste contexto de estudo de interação entre superfícies é que temos a motivação
deste projeto, uma máquina cuja construção visa avaliar a lubricidade de um
combustível diesel de baixo teor de enxofre tendo como foco a prevenção contra o
desgaste adesivo.
Este projeto constitui a parte mecânica, logo, a leitura e interpretação de sinais
não é contemplada, ficando a interface homem-máquina para um projeto futuro.
Começaremos este trabalho no capítulo 2 com uma revisão da literatura onde
iremos brevemente falar sobre a Tribologia e em seguida definir a força de atrito e os
principais mecanismos de desgaste.
O capítulo 3 apresenta o projeto básico da máquina esfera-disco, seu princípio de
funcionamento e objetivo para então, apresentar as características construtivas com os
componentes mecânicos utilizados onde desmembramos a máquina em "blocos" para
uma melhor visualização destes componentes e suas funções, passando pela
2
desmontagem e limpeza, parte estrutural, materiais empregados e a lista de exigências à
partir da qual daremos início à seleção dos componentes mecânicos.
O capítulo 4 apresenta o projeto de detalhamento com todos os cálculos para o
dimensionamento dos componentes que constituem os elementos de máquina, com as
informações técnicas visando atender as exigências necessárias.
O capítulo 5 apresenta a conclusão com base no dimensionamento dos
componentes e sua relação com as exigências impostas, com o princípio de
funcionamento e o objetivo do projeto.
O capítulo 6 apresenta as referências bibliográficas.
O capítulo 7 apresenta os anexos com as informações técnicas dos componentes
bem como tabelas utilizadas no dimensionamento destes.
O capítulo 8 apresenta finalmente o desenho de detalhamento do projeto.
2. Revisão da Literatura
2.1. Tribologia
O termo Tribologia tem origem do grego ('Tribo' significa atritar, friccionar e
'Logos' significa estudo) sendo esta uma ciência que estuda a interação de superfícies
em movimento relativo ou, como na definição de 1966, é "a ciência e tecnologia da
interação de superfícies em movimento relativo e assuntos e práticas relacionados" ("the
science and technology of interacting surfaces in relative motion and of related subjects
and practices"). [1]
3
Neste estudo de interação entre superfícies, a lubrificação se faz presente como
forma de reduzir o desgaste em função da diminuição do atrito mediante a introdução de
um filme de baixa resistência ao cisalhamento sendo importante mencionar que mesmo
com o uso de lubrificantes, os componentes da atmosfera precisam ser considerados no
estudo destas interações. [2]
O objetivo da máquina é obter o coeficiente de atrito, pois é à partir deste que
será avaliada a capacidade de lubrificação do combustível analisado e, consequente, sua
capacidade de redução no desgaste.
2.2. A Força de Atrito
O atrito é uma força de resistência devido ao movimento relativo entre duas
superfícies. O cálculo desta força depende da força normal e do coeficiente de atrito,
que é dividido em dois tipos:
Coeficiente de atrito estático ( ): se encontra quando duas superfícies estão em
repouso e seu valor máximo se dá quando estas superfícies estão na iminência de
movimento relativo. É nesta condição de iminência que encontramos a força de
atrito máxima, onde à partir da qual tem-se o início do movimento.
Coeficiente de atrito dinâmico ou cinético ( : surge quando as superfícies
entram em movimento relativo.
4
A força de atrito máxima, portanto, se dá para a máxima força de atrito estático e
uma vez que o movimento se inicia esta força diminui, conforme podemos ver na figura
abaixo:
Figura 1: Comparação entre as Forças de Atrito Estática e Dinâmica [3]
A força de atrito, sendo função do coeficiente de atrito ( ) e da força normal
( ) é expressa por
2.3. Desgaste
O desgaste é um processo de degradação de um material onde ocorre perda deste
à partir da sua superfície. Ao determinar os mecanismos de desgaste devemos levar em
consideração a dureza e a tenacidade à fratura, pois são importantes propriedades
importantes na análise neste processo. Temos 3 principais tipos de desgaste [4]:
5
Desgaste por Fadiga: O desgaste por fadiga pode ocorrer devido a grandes e
cíclicas mudanças de temperatura e/ou carregamentos na superfície. Trata-se de
uma perda progressiva e localizada e que após um grande número de flutuações
leva à fratura completa [5].
Desgaste abrasivo: desgaste produzido por partículas com dureza superior a das
superfícies avaliadas onde estas partículas tem, em geral " cantos vivos", o que
pode gerar corte ou cisalhamento na superfície [4]
Desgaste por adesão: se da entre as Forças de atração Moleculares existentes
entre materiais e em contato direto (ou seja, sem Lubrificantes, por exemplo),
havendo transferência de moléculas do metal de uma superfície para outra. A
figura a seguir apresenta este processo.
Figura 2: Mecanismo de Desgaste por Adesão [6]
A proposta deste projeto tem a atenção voltada para este último mecanismo de
desgaste.
6
3. Projeto da Máquina Esfera-Disco
Aqui apresentaremos o princípio de funcionamento da máquina esfera-disco à
partir da qual o projeto foi desenvolvido e com base no objetivo do mesmo, que consiste
na obtenção de resultados baseados em uma força que irá variar de forma a obtermos o
coeficiente de atrito cuja análise irá avaliar a capacidade de lubrificação do fluido
considerando um tipo de desgaste específico, no caso, o desgaste adesivo.
3.1. Projeto Básico
O projeto básico consiste em um braço de carga no qual será acoplado uma
esfera (esfera de teste) que irá estar em contato com um cilindro (anel de teste) com uma
rotação específica. Este cilindro estará imerso parcialmente em um recipiente contendo
um fluido em análise que, aderindo na superfície deste cilindro irá, durante o
experimento, influenciar na interface entre ele e a esfera. As figuras a seguir ilustram o
princípio de funcionamento e o projeto básico, respectivamente.
Figura 3: Princípio de funcionamento Figura 4: O Projeto Básico [7]
da Máquina Esfera-Disco [6]
7
Os resultados serão obtidos à partir de uma célula de carga colocada entre o
braço de carga e a esfera, cujo objetivo é calcular o coeficiente de atrito através da
seguinte igualdade:
onde
Se o coeficiente de atrito máximo for menor ou igual a 0,175, o combustível está
aprovado na capacidade de lubrificação com relação ao referido desgaste. Tanto a
igualdade acima quanto o valor do coeficiente de atrito para análise encontram-se na
referência [7]
Uma vez que o braço de carga irá promover tal variação de carga sobre a esfera,
será utilizado um atuador pneumático para o controle desta variação bem como pesos
colocados em pontos específicos para que a variação ocorra nos valores desejados.
Os componentes mecânicos acima mencionados constituem os principais
elementos sobre o qual o projeto será concebido e à partir da qual os demais
componentes e seus respectivos dimensionamentos serão feitos.
8
3.2. Características Construtivas
Uma vez descrito o princípio de funcionamento e mencionado os componentes
mecânicos necessários para a viabilidade do mesmo, agora vamos descrever as
principais características da construção bem como cuidados que foram tomados para
que o projeto operasse dentro das condições necessárias.
3.2.1. Braço de carga e seus Componentes
Como mencionado, o braço de carga e seu dimensionamento constituem uma
parte importante do projeto, pois é à partir do balanço de forças que obteremos a
variação necessária daquelas que atuam na esfera de teste graças ao atuador pneumático
cuja leitura de verificará através do uso da célula de carga que está fixada ao braço e
carga e ao acoplamento da esfera. Este acoplamento tem um formato cônico e três
ranhuras a 120° onde a esfera será encaixada e, para sua retirada, este também contém
um furo desde a sua parte superior até a cavidade da esfera para que seja possível
empurrá-la para fora.
Os pesos foram colocados próximos das extremidades para equilibrar as forças
devido as massas do próprio braço de carga e dos componentes a ele acoplados.
As figuras a seguir apresentam o braço de carga e os demais componentes
mecânicos acoplados bem como a fixação da célula de carga, da esfera de teste e do
eixo que permitirá sua livre rotação e fixação à estrutura sobre a qual a máquina será
montada.
9
Figura 5 - Braço de Carga e seus Componentes (Fonte: o autor)
Figura 6 - Acoplamento para Esfera de Teste (Fonte: o autor)
Figura 7 - Acoplamento para Esfera de Teste (vista interna) e sua fixação ao Braço de Carga
através da Célula de Carga (Fonte: o autor)
10
Para que o braço de carga possa girar livremente e assim permitir o bom
funcionamento do atuador pneumático ele recebe um rolamento em uma cavidade
usinada que está preso a um eixo apoiado em duas vigas de perfil U onde cada uma tem
soldada em si uma chapa de aço ("bucha") para auxiliar no apoio conforme mostra a
figura abaixo.
Figura 8 - Eixo do Braço de Carga (Fonte: o autor)
Um outro detalhe importante do uso do rolamento consiste na livre rotação do
braço de carga no processo de desmontagem e limpeza que serão comentados adiante.
3.2.2. Eixo do Anel de Teste e seus Componentes
O anel de teste que estará em contato com o fluido e com a esfera de teste irá
girar devido ao torque transmitido do eixo por uma chaveta. Este eixo por sua vez
recebe o torque de um motorredutor pelo acoplamento elástico que une estes dois
componentes onde, também emprega-se o uso de chavetas. O eixo é apoiado em duas
unidades de rolamento onde cada conjunto contém bucha, arruela de segurança, porca
11
de fixação, anéis de bloqueio e retentores. O anel de teste, além de receber a chaveta é
fixado ao eixo utilizando-se também uma porca de fixação e uma arruela de segurança.
Figura 9 - Vista Lateral do Eixo (Fonte: o autor)
Figura 10 - Fixação do Anel de Teste (Fonte: o autor)
3.2.3. Desmontagem e limpeza
Uma característica importante é a montagem dos componentes visando a
facilidade de desmontagem para manutenção, quando necessário, e a limpeza, que será
feita constantemente, em particular, a cada novo ensaio onde um novo fluido será
utilizado.
12
Uma vez que o anel de teste estará parcialmente imerso no fluido que fica
contido em uma cuba feita sob medida e com uma rotação acima de 500rpm, uma
proteção deve-se ser levada em consideração ao mesmo tempo em que esta facilita a
desmontagem para que esta limpeza seja viável. Assim sendo, o anel de teste, a cuba e a
porção do eixo próxima a esses componentes, está localizada dentro de uma caixa de
aço usinada. Na parte posterior temos um retentor. Para que não haja saída de fluido
esta caixa também recebe uma tampa frontal, estando esta tampa fixada apenas por dois
pinos de guias paralelas além de quatro parafusos. No processo de troca de fluido e
limpeza removemos, a tampa, retiramos a porca de fixação e a arruela de segurança pela
parte frontal para que também, por esta parte, possamos retirar a cuba, que contém um
furo na parede posterior para passagem do eixo, sendo esta parede alta bem como as
paredes laterais para ajudar a reduzir perdas devido ao fluido trasbordar em função do
seu movimento. Em seguida levantamos o braço de carga. Na parte frontal há também
uma torneira conectada à tampa que permite eventuais retiradas do fluido sem a
necessidade de remoção da mesma, da mesma forma que o fluido pode também ser
inserido pela parte superior.
Figura 11 - Vista Interna da Caixa e Cuba (esquerda), Vista Frontal da Caixa (centro) e Vista
Posterior da Caixa (direita) (Fonte: o Autor)
13
3.2.4. A Base da Máquina
O conjunto é montado sobre uma chapa de aço que contém duas vigas de perfil
U para que receba o eixo que contém o rolamento que permitirá a rotação do braço de
carga, uma bitola circular, cuja parte superior receberá o atuador pneumático cuja união
se dará por meio de uma rosca, duas vigas de perfil I unidas a chapas de aço para que
recebam as duas unidades de rolamento. As uniões entre esses componentes serão
soldadas.
Montado o conjunto sobre a chapa, esta será fixada a uma mesa por meio de
parafusos, sendo esta mesa composta por uma chapa soldada a cantoneiras que
constituem as pernas da mesma. Por fim, estas pernas são soldadas a outras cantoneiras
na horizontal e as chapas com furos que receberão pés anti-vibratórios.
Figura 12 - Pernas da Mesa (Fonte: o Autor)
Figura 13 - Fixação do Atuador Pneumático e do Eixo do Braço de Carga na Base (Fonte: o Autor)
14
Abaixo temos o modelo representativo da máquina.
Figura 14 - Máquina Esfera-Disco (Fonte: o Autor)
15
3.3. Lista de Exigências
Carga aplicada na esfera: 5N a 50N
Rotação do disco: 525RPM
Diâmetro máximo do cilindro de teste: 49,25mm
Espessura máxima do cilindro de teste: 13,11mm
Material do cilindro de teste: AÇO SAE 8720
Diâmetro da esfera de teste: 12,7mm
Material da esfera de teste: AÇO AISI E-52100
Temperatura do fluido: 25
Estes valores foram extraídos da norma ASTM D6078-04 [7], constituindo
assim nossa lista de exigências à partir da qual iremos dimensionar os demais
componentes.
16
3.4. Materiais
O aço SAE 1045 foi utilizado na parte estrutural exceto nos componentes
mencionados acima na lista de exigências. Esta escolha se deu devido à sua boa
usinabilidade e propriedades mecânicas que atendem aos propósitos do projeto sendo
portanto empregado tanto no braço de carga, nos eixos na base na qual os componentes
serão montados. Os parafusos sextavados aqui utilizados também são deste material e
para estes foi utilizado a norma DIN 933. Também no que se refere a elementos de
fixação, para porcas sextavadas, parafusos Allen e pinos de guia paralelos foram
tomadas como referência as normas DIN 934, DIN 912 3e DIN 6325, respectivamente.
As informações referentes a esse aço bem como as suas constantes físicas estão
nas tabelas 1 e 2 extraídas da referência [8], sendo o aço utilizado laminado à quente
(HR).
Material Módulo de
Elasticidade (GPa)
Módulo de Rigidez
(GPa)
Coeficiente de
Poisson
Aço 207 79,3 0,292 Tabela 1 - Constantes Físicas do Material utilizado
SAE Processamento Resistência à
Tração (MPa)
Resistência ao
Escoamento
(MPa)
Dureza
Brinell
1045 HR 570 310 163 Tabela 2 - Propriedades Mecânicas do Material utilizado
17
4 Projeto de Detalhamento
No projeto de detalhamento vamos selecionar os componentes mecânicos
analisando os esforços nas condições críticas através de cálculos e consultas de tabelas
de fabricantes visando atender as solicitações necessárias para a construção da máquina
e seu funcionamento.
4.1. Cálculos Básicos
4.1.1. Força de Atrito Máximo
A máxima carga atuante na esfera de teste, na qual será feita a coleta de dados
que visam o propósito do projeto é de 50N. Assim, para o coeficiente de atrito máximo
igual a 1 temos
4.1.2. Potência do Motor
A potência do motor é dada pela rotação do eixo e pela força de atrito na esfera
de teste, onde, a rotação está entre 500rpm e 600rpm.
Temos então
18
onde
e
Sendo o diâmetro máximo do eixo
Temos então
Portanto, a potência do motor solicitado será de
19
4.2. Cálculos e Detalhamento do Projeto
4.2.1. Seleção do Motor e do Motorredutor
Sendo a potência solicitada pelo motor aproximadamente 0,070 KW,
considerando a faixa de velocidade e que queremos um valor próximo a 525rpm vamos
utilizar um motor e um motorredutor da empresa WEG onde os cálculos de seleção
conforme o catálogo do fabricante [9] estão apresentados abaixo.
4.2.1.1. Seleção do Motor
Uma vez que queremos uma velocidade próxima a 525rpm vamos utilizar o
MOTOR WEG TIPO 1 de 2 polos - 60Hz e 0,18KW ,onde temos uma velocidade
nominal de 3380rpm, que será acoplado a um motorredutor para obtermos a velocidade
desejada. Assim, do guia de especificações [10] do fabricante temos:
Velocidade Síncrona (
Escorregamento (
No anexo 7.1 temos informações específicas do motor.
20
4.2.1.2 Seleção do Motorredutor
Foi selecionado o MOTORREDUTOR WEG MODELO C53216 com
CARCAÇA 63, que apresenta uma redução de 6,4 irá nos fornecer uma rotação
de saída de 528rpm.
Sendo sua potência de entrada igual a 1,10 KW para uma rotação máxima de
1750rpm vamos ter que efetuar a correção conforme instruções do catálogo do
fabricante [11]. Assim, para uma rotação de entrada de 3380rpm temos
Logo, o motorredutor, que apresenta potência 5,126 KW nestas condições
satisfaz as exigências para atingir a velocidade desejada.
No anexo 7.2 temos informações específicas do motor
4.2.2. Seleção do Acoplamento Elástico
Para a seleção do acoplamento elástico, consideramos a condição para uma
rotação de 500rpm 528rpm, assegurando assim sua utilização baseando-se na
condição mais crítica.
21
Foi selecionado portanto, o ACOPLAMENTO ELÁSTICO MULTIFLEX
TAMANHO M4 também da empresa WEG, onde, seguindo as instruções do catálogo
do fabricante [12] temos o cálculo do Momento de Torção Equivalente ( dado por
Como podemos ver, acoplamento satisfaz as condições de operação.
No anexo 7.3 temos as informações específicas do acoplamento elástico
4.2.3. Dimensionamento do Atuador Pneumático
Assim como o motor, o motorredutor e o acoplamento elástico são importantes
componentes, uma vez que eles garantirão a rotação desejada do eixo e, portanto, do
anel de teste, o atuador pneumático desempenha também uma importante função, pois
ele deve ser selecionado de forma a se ter uma carga que varie de 5N a 50N sobre a
esfera de teste. Uma vez dimensionado, poderemos analisar os esforços no braço de
carga para que este seja dimensionado dentro das condições impostas pelo projeto.
22
Calculando o momento resultante em relação ao ponto de apoio do braço de
carga onde se localiza o eixo que receberá o rolamento temos
que nos dará
sendo
onde
Nestas condições foi selecionado um ATUADOR PNEUMÁTICO FESTO
DUPLA AÇÃO SÉRIE DSN.
23
Abaixo temos o gráfico da carga atuante na esfera de teste em função da pressão
exercida por este atuador.
Figura 15 - Força da esfera de teste em função da pressão exercida pelo Atuador Pneumático
(Fonte: O autor)
De onde temos a tabela abaixo:
Pressão (Bar) Força (N)
1 52,23
1,5 47,43
2 42,62
2,5 37,82
3 33,01
3,5 28,21
4 23,40
4,5 18,60
5 13,79
5,5 8,98
6 4,14 Tabela 3 - Valores da força na Esfera de Teste em função pressão exercida pelo atuador Pneumático
(Fonte: O autor)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6
Carga na esfera de teste X Pressão no Atuador Pnenumático
24
Podemos perceber que a carga atuante na esfera aumenta com a diminuição da
pressão atuante.
Desta forma, as forças atuantes no braço de carga devido ao atuador no intervalo
de operação são:
e
Estas forças serão utilizadas para a análise de esforços no próximo tópico.
No anexo 7.4 temos as informações específicas do atuador pneumático.
4.2.4. Análise de Esforços no Braço de Carga
O braço de carga é um elemento importante no projeto, uma vez que é ele que,
em contato com o atuador pneumático e provido de outras cargas irá exercer a força na
esfera de teste que, medida pela célula de carga, nos permitirá calcular o coeficiente de
atrito.
Para o braço de carga foi utilizada uma barra chata de espessura 19,05 mm e
Largura de 31,75mm (3/4' x 1.1/4'), tendo um comprimento de 550 mm onde serão
25
acoplados dois corpos de massas 5Kg de forma a equilibrar as cargas devido ao peso dos
componentes e para permitir uma variação de força de 5N até 50N na esfera de teste
mediante o uso do atuador como mencionado acima.
4.2.4.1. Diagramas de Força Cortante e Momento Fletor
Vamos analisar os esforços nas duas condições de forças impostas pelo atuador
pneumático, para que tenhamos o maior momento fletor e a condição em que a reação
no eixo do braço de carga será maior, tanto para o dimensionamento deste como do
rolamento como veremos adiante.
Nesta análise temos que levar e conta as duas condições de equilíbrio a seguir:
Equilíbrio
Condição 1: maior carga na esfera de teste
Onde aplicando os valores teremos
26
Temos então os seguintes diagramas:
Figura 16 - Diagrama de Esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força Cortante; 3-
Diagrama de Momento Fletor (Fonte: O autor)
27
Condição 2: menor carga na esfera de teste
Onde aplicando os valores teremos
Temos então a seguir os seguintes diagramas:
28
Figura 17 - Diagrama de Esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força Cortante; 3-
Diagrama de Momento Fletor (Fonte: O Autor)
4.2.4.2. Calculo dos Coeficientes de Segurança
Todos os cálculos realizados para o coeficiente de segurança para barras e eixos
neste trabalho foram extraídos da referências [8], bem como os valores utilizados para
os coeficientes na análise de fadiga e os gráficos que estão apresentados no anexo
29
7.14.1. As Equações para deflexão também foram extraídas desta referência e também
estão apresentadas aqui no anexo 7.14.2
4.2.4.2.1. Análise Estática
4.2.4.2.1.1. Máxima Tensão Cisalhante
Este critério é dado por
onde sendo
temos
Uma vez que estamos lidando com cargas pequenas, sendo a preocupação
voltada para a deflexão, o elevado coeficiente de segurança obtido em função das
referidas cargas mostra que o elemento dimensionado atende aos requisitos do projeto.
30
4.2.4.2.1.2. Máxima Energia de Distorção
Este critério é dado por
onde temos
A análise via este segundo critério também mostra que o componente atende aos
requisitos do projeto.
4.2.4.2.2. Análise Fadiga
Uma vez que a flexão é reversível em função do movimento rotativo
do eixo, para analisar as dimensões do braço de carga devido à carga dinâmica
precisamos calcular a fadiga. Uma vez que o braço de carga recebe vários componentes
cujas dimensões são importantes na comparação com as dimensões do mesmo para a
fixação, aqui não calcularemos as dimensões mínimas, mas os coeficientes de segurança
à partir das dimensões estabelecidas levando em consideração estas dimensões.
31
Desta forma temos, o limite de resistência à fadiga é dado por
onde
então
e
4.2.4.2.3. Critério de Sodeberg
Este critério, utilizado para materiais dúcteis é dado por
32
onde, como vimos temos , logo
então
daí
Como mencionado anteriormente, partimos das dimensões mínimas levando em
consideração as considerações dos demais componentes e em função das pequenas
cargas aplicadas temos o elevado coeficiente de segurança na análise de fadiga
evidenciando que o componente atende aos requisitos do projeto também via esta
análise.
4.2.5. Dimensionamento dos Ganchos
O braço de carga, como vimos, suportará próximo aos seus extremos corpos de
massa 5Kg. Esses corpos, exercerão uma força de tração e, assim, devemos analisar o
diâmetro mínimo da rosca que suportará tal esforço. Portanto, para um coeficiente de
segurança 2 temos, considerando o carregamento que é de 49,05N (5Kg) que
33
Sendo
Logo
onde
Portanto
Logo, o gancho com Roca Métrica M6 satisfaz as exigências.
No Anexo 7.5 temos as especificações do gancho que recebe os pesos e no
Anexo 7.6 temos as especificações dos pesos utilizados.
34
4.2.6. Cálculo dos Esforços no Eixo do Braço de Carga
4.2.6.1. Diagramas de Força Cortante e Momento Fletor
Começamos nossa análise através das equações de equilíbrio para obtenção do
máximo momento fletor. Desta forma temos:
Equilíbrio
onde
e
Temos então os seguintes diagramas:
35
Figura 18 - Diagrama de Esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força Cortante; 3-
Diagrama de Momento Fletor (Fonte: O autor)
36
4.2.6.2. Cálculo do Diâmetro Mínimo da Seção do Eixo
4.2.6.2.1. Análise Estática
Uma vez que obtivemos os valores das reações temos as seguintes informações:
Estes valores serão utilizados nos cálculos a seguir.
4.2.6.2.1.1. Análise Deflexão
daí sendo
37
Temos
A nossa primeira análise, a análise da deflexão mostra que as dimensões do eixo,
em particular, seu diâmetro mínimo, atendem aos requisitos do projeto. Para tal, vamos
prosseguir com as demais análises baseadas nos critérios a seguir.
4.2.6.2.1.2. Máxima Tensão Cisalhante
Continuando com a avaliação do diâmetro mínimo da seção do eixo, este critério
é dado por
logo
Portanto, o diâmetro mínimo do eixo que é de 8mm atende ao projeto também
satisfazendo este critério.
38
4.2.6.2.1.3. Máxima Energia de Distorção
O diâmetro mínimo neste critério é dado por
logo também
O diâmetro mínimo de 8mm também atende a este critério.
4.2.6.2.2. Análise Fadiga
Para o cálculo do diâmetro mínimo do eixo devido à carga dinâmica vamos
analisar o limite de resistência à fadiga do eixo dado por
Daí
39
onde
Considerando a Flexão reversível ( ) e Torque uniforme temos
onde
logo
Como o diâmetro mínimo do eixo é de , ele satisfaz este critério levando
em consideração a carga dinâmica.
40
4.2.6.2.2.1. Critério de Sodeberg
Este critério, utilizado para materiais dúcteis é dado por
onde, como vimos temos , logo sendo
temos
daí
Portanto, como o eixo atende as exigências do
projeto.
41
4.2.7. Cálculo dos Esforços no Eixo do Anel de Teste
4.2.7.1. Diagramas de Força Cortante e Momento Fletor
Começamos nossa análise através das equações de equilíbrio para obtenção do
máximo momento fletor. Desta forma temos:
Equilíbrio
Plano XY
onde
e
Analogamente temos
43
e
Temos então os diagramas a seguir:
Figura 19 - Diagrama de Esforços: 1-Diagrama de Corpo Livre; 2-Diagrama de Força Cortante; 3-
Diagrama de Momento Fletor (Fonte: O autor)
44
4.2.7.2. Cálculo do Diâmetro Mínimo da Seção do Eixo
4.2.7.2.1. Análise Estática
Temos as seguintes informações abaixo para a análise que seguirá:
4.2.7.2.1.1. Análise Deflexão
O cálculo para deflexão, extraído da referência [8] para o carregamento acima é
dado por
45
O menor diâmetro do eixo é de 25mm, no entanto, este se encontra em uma
distância de apenas 6,5mm de um comprimento avaliado de 309,5mm logo, sendo o
segundo menor diâmetro de 30mm e, para considerar um valor crítico no qual sabemos
que a deflexão será menor que este, vamos utilizar a média destes dois diâmetros que é
de 27,5mm para nossa análise.
Assim teremos
onde
logo
Portanto, a deflexão será menor que 0,017 mm = 17 m, atendendo portanto, as
condições impostas pelo projeto.
46
4.2.7.2.1.2. Máxima Tensão Cisalhante
O diâmetro mínimo segundo este critério é dado por
logo
e portanto
Desta forma, o diâmetro mínimo de 25mm satisfaz este critério.
4.2.7.2.1.3. Máxima Energia de Distorção
O diâmetro mínimo segundo este critério é dado por
logo
47
O diâmetro mínimo de 25mm também satisfaz este critério.
4.2.7.2.2. Análise Fadiga
Para o cálculo do diâmetro mínimo do eixo devido à carga dinâmica
vamos analisar o limite de resistência à fadiga do eixo dado por
Daí
48
onde
Considerando a flexão reversível ( ) e Torque uniforme temos
onde aplicando os valores temos
logo
Como o diâmetro mínimo do eixo é de 25mm , logo ele satisfaz este critério
levando em consideração a carga dinâmica.
49
4.2.7.2.2.1. Critério de Sodeberg
Este critério, utilizado para materiais dúcteis é dado por
onde, como vimos temos , logo sendo
temos
daí
Portanto, como o eixo atende as exigências do
projeto.
50
4.2.8. Cálculo dos Rolamentos
4.2.8.1. Cálculo dos Rolamentos do Eixo do Cilindro de Teste
No eixo analisado temos 2 rolamentos iguais onde, uma vez que o rolamento
mais próximo do cilindro de teste é mais solicitado, o correto dimensionamento deste
assegurará a segura utilização do outro, uma vez que este será menos solicitado.
O primeiro critério de escolha para o rolamento foi o diâmetro interno, onde,
sendo o furo cônico, o menor diâmetro valor é de 45mm, onde o modelo escolhido um
rolamento autocompensador de esferas que, em virtude de o anel externo, as esferas e a
gaiola inclinarem-se livremente em relação ao anel externo, os erros de alinhamento que
ocorrem são corrigidos automaticamente
No catálogo da NSK [13] temos o procedimento para o cálculo da vida nominal
corrigida, bem como as tabelas com os valores aqui utilizados que considera a
confiabilidade, aprimoramento dos materiais e condições de lubrificação, entre outros.
Este cálculo é dado pela igualdade
onde
51
Sendo
e
podemos escrever
Assim temos
Sendo a carga calculada teoricamente dada por
e o coeficiente de carga dado por
Temos que o coeficiente de carga é dado por
Como
52
Portanto
Considerando um período de 10 horas diárias de trabalho em 365 dias por ano e
com um período de 10 anos temos, considerando a rotação de 528rpm do eixo que a
vida desejada deve ser de
Portanto, os rolamentos satisfazem o valor da vida desejada.
Sendo os rolamentos de furo cônico, a fixação se dá por buchas que, juntamente
com as porcas de fixação, arruelas de segurança, anéis de bloqueio, retentores e as
caixas de rolamento constituem o conjunto no qual o eixo é fixado. Este conjunto,
portanto, seguindo as instruções do catálogo NSK é, portanto, formado por:
Caixa de rolamento SN509
Rolamento autocompensador de esferas 1209K
Porca de fixação AN08
Arruela de segurança AW08X
Anel de bloqueio SR 85 x 6mm
Retentor: GS 9
53
4.2.8.2. Cálculo do Rolamento do Eixo do Braço de Carga
A maior carga atuante no rolamento será aquela na qual temos a menor carga
atuante na esfera devido a maior força exercida pelo atuador pneumático. Nestas
condições, do catálogo da NSK [13] novamente temos:
Sendo a carga calculada teoricamente dada por
e o coeficiente de carga dado por
Temos que o coeficiente de carga é dado por
Como
Temos
Portanto
54
Considerando que não haverá rotação, temos que a vida é infinita e portanto o
rolamento satisfaz a condição de operação.
No Anexo 7.7 temos as informações específicas dos elementos que constituem o
conjunto mencionado acima referente ao primeiro rolamento dimensionado (eixo do
anel de teste) bem como do rolamento do braço de carga e a porca de fixação e arruela
de segurança utilizadas na fixação do anel de teste ao eixo.
4.2.9. Dimensionamento das Chavetas
Para a escolha das chavetas, foi utilizada a tabela de furo e rasgo conforme a
norma DIN 6885/1 e abaixo temos os cálculos realizados conforme a referência [8].
Temos então:
Tensão de Cisalhamento
Tensão de Compressão
onde
55
Tensão Admissível
então
Coeficiente de Segurança Global
sendo
Para os cálculos apresentados acima, os parâmetros utilizados foram:
56
4.2.9.1. Chaveta para Transmissão Eixo - Anel de Teste
Temos portanto que, sendo o material da chaveta o aço SAE 1045 (
os seguintes valores
Daí
Tensão de Cisalhamento
Tensão de Compressão
onde
58
4.2.9.2. Chaveta para Transmissão Acoplamento Elástico - Eixo
Procedendo como anteriormente e sendo o mesmo material temos
Tensão de Cisalhamento
Tensão de Compressão
onde
Tensão Admissível
60
4.2.9.3. Chaveta para Transmissão Motorredutor - Acoplamento
Elástico
Procedendo como anteriormente e sendo o mesmo material temos
daí
Tensão de Cisalhamento
Tensão de Compressão
onde
61
Tensão Admissível
Então
e
Logo
Coeficiente de Segurança Global
onde
Portanto
Podemos observar, com base na análise dos coeficientes de segurança obtidos,
que todas as chavetas aqui dimensionadas atendem aos requisitos do projeto, novamente
62
lembrando aqui que tais valores elevados ocorrem devido à baixa carga aplicada na
esfera de teste e, consequentemente o baixo valor do torque transmitido.
No Anexo 7.10 temos as dimensões dos furos e rasgos de chaveta conforme a
norma DIN 685/1
63
5. Conclusões
O presente trabalho teve como objetivo a construção de uma máquina que visa
avaliar a lubricidade de um combustível e que, apesar de ter como referência a norma
ASTM D6078-04, apresenta algumas variações durante a concepção de seu projeto,
onde foram discutidas questões referentes tanto no que diz respeito à seleção dos
componentes mecânicos quanto à facilidade de desmontagem e limpeza preservando, no
entanto, sua essência e sua função principal.
O ponto de partida foi o princípio de funcionamento tendo em vista o projeto
básico apresentado na norma, à partir do qual foram elaboradas as premissas do projeto
para então dar prosseguimento no detalhamento do mesmo. A variação da carga graças
a utilização de um atuador pneumático juntamente com uma célula de carga triaxial
permitiu a obtenção dos valores na análise do coeficiente de atrito, lembrando que o
projeto envolve apenas a parte mecânica, onde a leitura e interpretação de sinais não é
contemplada e uma vez que os componentes selecionados podem ser facilmente obtidos
no mercado e os demais podem ser fabricados tomando-se como referência o
detalhamento do projeto cujos materiais utilizados também são facilmente encontrados
torna-se possível a construção desta máquina sendo, portanto, um projeto viável.
Alterações e melhorias sempre podem ser feitas, sendo necessário para isto a
construção da máquina bem como sua configuração para os testes e assim tornar
possível observar não só possíveis mudanças com base na elaboração deste projeto, mas
também adaptações levando em conta os constantes avanços da ciência e da tecnologia.
64
6. Referências Bibliográficas
[1] JOST, H. P. (2006). Tribology: How a word was coined 40 years ago. Tribology and
Lubrication Technology.
[2] Tribologia. Disponível em:
<www.academico.uema.br/download/tribologiaapostila1.pdf>
[3] Força de Atrito. Disponível em:
<http://ofantasticodafisica.blogspot.com.br/2012/08/freios-abs.html>
[4] KATO, K. ADACHI, K., 2001, “Wear Mechanisms”, Modern Tribology Handbook
, Ed. CRC Press LLC
[5] ASTME1823-13 Standard Terminology Relating to Fadigue and Fracture Testing.
[6] JOAQUIM, C.R. Verificação do Comportamento da Lubricidade do Óleo Diesel
Veicular com Adição de Etanol. Disponível em
<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3151/tde-02042008.../Celso_Dissertacao.pdf.>
[7] ASTM D6078-04 Standart Test for Diesel Fuels by the Scuffing Load Ball-on-
Cylinder Lubricity Evaluator (SLBOCLE)
[8] BUDYNAS, R.G., NISBET, J.K., Elementos de Máquinas de Shigley – Projeto de
Engenharia Mecânica. 8 ed. New York, Mc Graw Hill, 2008.
[9] WEG - Motores Elétricos - Catálogo (www.weg.net)
[10] WEG - Motores Elétricos - Guia de especificações (www.weg.net)
[11] WEG - Redutores e Motores de eixos concêntricos (www.wegcestari.com)
[12] WEG - Acoplamentos (www.wegcestari.com)
[13] Catálogo Geral NSK (www.nsk.com.br)
Outros:
[14] Fuel property Testing: Lubricity. Disponível
em:https://www.dieselnet.com/tech/fuel_diesel_lubricity.php#d6078
[15] D.N. RESHETOV. Atlas de Construção de Máquinas. Hemus, 2005
[16] FILHO, A.C.P., Desenho Técnico para Engenharia Mecânica, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
[17] FILHO, F.M. Slides Elementos de Máquinas 1, Departamento de
Engenharia Mecânica, UFRJ, 2014.
66
7.2. Tabela com Valores para Dimensionamento do Motorredutor
Figura 21 - Seleção do Motorredutor: Potência e dimensões
72
7.7. Unidade de rolamento e Componentes
7.7.1. Unidade de rolamento
Figura 26: Seleção da Unidade de Rolamento
73
7.7.2. Rolamento do Eixo do Anel de Teste
Figura 27: Seleção do Rolamento do Eixo do Anel de Teste
77
7.7.6. Rolamento do Eixo do Braço de Carga
Figura 31: Seleção do Rolamento do Eixo do Braço de Carga
84
7.14. Gráficos e Equações utilizadas nos Cálculos de Deflexão e
Coeficiente de Segurança
7.14.1. Coeficiente de segurança
Figura 38 -Referência [8]
Figura 39 - Referência [8]
100
0
650
15
13
16
18
17
12
14
905
,40
121
5,13
A
A
B
B
2
3
5 6 7
1
4
3
1
4
?
9
10
11
8
G
F
46
45
41
44
43
40
47
51
52
48
38
39
?
9
47
77
76
75
ESCALA 1 : 4
50
10
42
49
53
54
55
56
57
DDCC
EE
30
31
29
32
28
37 343536
27
30
33
DETALHE G ESCALA 1 : 2
71
73
74
706968
72
AT
SEÇÃO A-A
SEÇÃO PARCIAL A-ADETALHE: EIXOESCALA 1 : 2
21
22 23 24
24
25
26
SEÇÃO B-B
SEÇÃO D-D
ESCALA 1 : 2SEÇÃO C-C ESCALA 1 : 2
SEÇÃO E-E
ESCALA 1 : 2
DETALHE F ESCALA 1 : 2
67
19
66
65
64
62
63
61
60
59
58
35
9
BM
19
20
19
ESCALA 1 : 4
ESCALA 1 : 5
ESCALA 1 : 4
ESCALA 1 : 4
SEÇÃO PARCIAL B-B
DETALHE: FIXAÇÃO DA TAMPAESCALA 1 : 2
FIXAÇÃO DACÉLULA DE CARGA
77 4 Parafuso Sextavado M22 X2,5X60mm - AÇO SAE 104576 1 Motorredutor WEG C53216 - Carcaça 63 75 1 Motor elétrico WEG Tipo 1, 2 Polos, 60HZ-0,18KW74 4 Retentor NSK GS9
73 2 Porca para Fixação da Bucha M40 - NSK AN08
72 2 Bucha NSK H 209X71 2 Arruela de Segurança NSK AW08X70 4 Anel de Bloqueio NSK SR 85mm x 6mm 69 2 Rolamento NSK 1209K 68 2 Caixa de Rolamento NSK SN509 67 1 Retentor SABÓ Nº 02020BRF66 1 Alojamento do Retentor 73,03mm x 10mm - AÇO SAE 1045
65 1 Disco Para o Retentor110mm x 4,76mm, Furos de
28mm(Central) e 6mm (4x) AÇO SAE 1045
64 1 Acoplamento para Esfera AÇO SAE 1045
63 1 Esfera de Teste 12,7mm - AÇO AISI E-5210062 1 Anel de Teste 49,2mm x 13mm - Aço SAE 872061 1 Arruela de segurança M30 - NSK - AWO6X60 1 Porca de Fixação M 20 - NSK - AN04 59 1 Chaveta 8mm x 7mm x 9mm - AÇO SAE 104558 1 Eixo EXT.44mm x 440mm - AÇO SAE 1045
57 1 Protetor 152,4mm x 120mm x 190mm, Furo de 60mm e 25mm - AÇO SAE 1045
56 1 Cuba 60mm x 30mm x 15mm, e=2,5mm AÇO SAE 1045
55 1 Tampa do Protetor 152,4mm x 120mm x 9,53mm AÇO SAE 1045
54 1 Mangueira EXT. 19,05mm, INT.12,7mm - BEL AIR - MB0012
53 1 Tubo Redondo 38,1mm ( 1.1/2") x 85mm, e=7,75mm, Rosca M33 x 20mm
52 1 Adaptador Fêmea-Fêmea
FFC 3/4' BSP x 1. 1/2' M - ERMETO -LATÃO
51 1 Torneira para Tambor Tipo Alavanca, Rosca 3/4' BSP
50 1 Base da Máquina Barra Chata 550mm x 19,05mm x 900mm - AÇO SAE 1045
49 1 Base da Mesa Barra Chata 650mm x 19,05mm x 1000 - AÇO SAE 1045
48 4 Parafuso Sextavado M12 x 1,75 , 45mm - AÇO SAE 104547 4 Porca Sextavada M22 - AÇO CARBONO46 4 Arruela M12 - AÇO CARBONO45 4 Porca Sextavada M12 - AÇO CARBONO
44 2 Base para Mancal Barra Chata 101,60mm x 6,35mm x 220mm - AÇO SAE 1045
43 2 Viga I 76mm x 59mm x 68,65mm AÇO SAE 1045
42 2 Cantoneira 63,5mm x 9,52mm x 921,1mm AÇO SAE 1045
41 4 Contra porca 5/8' - AÇO CARBONO40 4 Chapa pé 63,5 mm x 6,35 mm - AÇO SAE 104539 4 Porca 5/8' - AÇO CARBONO38 4 Pé Antivibratório ROSCA 5/8' - VIBRA STOP MICRO IV37 1 Suporte 120mm x 6,35 - AÇO SAE 104536 1 Acoplamento Superior 120mm x 6,35 - AÇO SAE 104535 1 Acoplamento Inferior 60mm x 6,35 - AÇO SAE 104534 1 Eixo 9,53mm x 20mm, Rosca M5 x 5mm33 1 Parafuso Allen M3 x 0,5 x 6mm - AÇO CARBONO
32 1 Pino de Guia Paralelo 3 x 10mm - AÇO 52100 ISO8735/DIN 6325
31 4 Eixo 9,53mm x 46mm, Rosca M5 x 13mm30 8 Porca Sextavada M5 - AÇO CARBONO
29 1 Pino de Guia Paralelo 3 x 12mm -AÇO 52100 ISO8735/DIN 6325
28 1 Parafuso Allen M3 x 0,5 x 8mm - AÇO CARBONO27 1 Parafuso Sextavado M12 x 1,75 x 30mm - AÇO CARBONO26 1 Gancho Gancho com Rosca M6 ACTON 62938 25 1 Arruela Lisa M8 - AÇO CARBONO24 2 Porca Sextavada M8 -AÇO CARBONO
23 1 Barra Chata 31,75mm x 31,75mm x 3,18mm AÇO SAE 1045
22 1 Rolamento Rolamento NSK 6000
21 1 Eixo (Braço de Carga) Seção Quadrada 20mm, EXT.14mm, L=105mm, Rosca M8 x 50mm
20 2 Pino de Guia Paralelo 6mm (m6) x 25mm - AÇO 52100 ISO8735/DIN 6325
19 8 Parafuso Sextavado M 6 x1 x 16mm - AÇO SAE 104518 1 Chaveta 8mm x 7mm x 40 mm - AÇO SAE 104517 1 Acoplamento Elástico WEG Multiflez M416 1 Chaveta 8mm x 7mm x 50mm -AÇO CARBONO
15 1 Apoio para o Eixo ("Bucha")
Barra Chata Quadrada 38,1mm x 12,7mm, Furo de =8,48mm
AÇO SAE 1045
14 1 Viga em U Simples 50mm x 25mm x 307,mm, e = 4,75, Furo de 8,48mm - AÇO SAE 1045
13 1 Apoio para o Eixo ("Bucha")
Barra Chata Quadrada 38,1mm x 12,7mm - Rasgo: 20mm x 5,2mm, Furo
de 14,56mm - AÇO SAE 1045
12 1 Viga em U simples 50mm x 25 mmx 307mm, e = 4,75 Furo de 14,56mm - AÇO SAE 1045
11 2 Cantoneira 63,5mm x 9,52mm x 571mm AÇO SAE 1045
10 4 Cantoneira 63,5mm X 9,52mm x 800mm AÇO SAE 1045
9 6 Parafuso Sextavado M12 X 1,75 X45mm - AÇO CARBONO8 1 Célula de Carga Tri Axial ATI Mini 40
7 1 Pino Esférico Botão Bola Termoplástico com Bucha em aço KIPP K0158_C
6 1 Atuador Pneumatico 16mm, Dupla Ação - FESTO - Série DSN
5 1 Bitola Circular 25,4mm (1") x 159,22mm AÇO SAE 1045
4 2 Porca Sextavada M6 - AÇO CARBONO3 2 Arruela Lisa M6 - AÇO CARBONO
2 1 Braço de Carga Barra Chata 19,05mm x 31,75mm x 510mm - AÇO SAE 1045
1 2 Peso Peso 5Kg com Gancho TROEMNER - COMERCIAL
POS. QTD. NOME ESPECIFICAÇÕESORIENTADOR:
ALUNO:
SYLVIO JOSÉ RIBEIRO DE OLIVEIRA
SANDRO CARVALHO VALENTE
UFRJ - DEMESCALA CONFORME O INDICADO FOLHA 1 DE 1
A0
DATA: 05/09/2017
PROJETO FINAL
COTAS EM MM
REVISÃO 10
01DES. N º
MÁQUINA ESFERA-DISCO PARA ANÁLISEDA LUBRIFICAÇÃO NA PREVENÇÃO DO DESGASTE POR ADESÃO