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RECICLAGEM DE ENTULHO PARA A PRODUO DE MATERIAIS DE CONSTRUOPROJETO ENTULHO BOM

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JOS CLODOALDO SILVA CASSA

Criador e coordenador do Projeto Entulho Bom, Prof. Cassa foi um brilhante pesquisador. Dinmico e empreendedor, criou e coordenou Projetos e Grupos de P&D, contribuindo na formao de diversos pesquisadores. Foi autor de mais de 150 trabalhos tcnico-cientficos sobre reciclagem e aproveitamento de resduos slidos industriais, materiais cermicos, cincia dos materiais, planejamento de experimentos, metodologia da pesquisa, administrao de cincia e tecnologia, redes neurais artificiais, estatstica multivariada, qumica, engenharia qumica, tecnologia mineral, entre outros temas. Engenheiro Qumico pela Universidade do Brasil (1969) e Mestre em Metalurgia Extrativa e Cincia dos Materiais pela COPPE (1975), em 1977 foi para o Imperial College University of London, onde obteve o ttulo de Ph.D na rea de Metalurgia e Cincia e Engenharia dos Materiais (1981). Completou a sua formao na University of Florida, onde realizou Ps-Doutorado em Cincia e Engenharia dos Materiais (1992). A partir de 1970, passou a integrar o quadro docente da UFBA, onde foi professor do MEAU e do DCTM da Escola Politcnica. Foi Professor visitante dos Cursos de Ps-Graduao em Metalurgia e Cincia e Engenharia dos Materiais COPPE/UFRJ (1984/85) e Cincia e Engenharia de Materiais IME (1988). Nesse perodo, orientou diversos trabalhos de doutorado e de mestrado. Bolsista do CNPq desde 1967, foi coordenador do Comit Assessor (CA) de Geocincias e Tecnologia Mineral do PADCT/CNPq, membro do CA de Minas, Metalurgia e Materiais do CNPq e membro do CA de Cincia e Tecnologia para o Setor Mineral da Secretaria de Minas e Energia do Estado da Bahia. Foi, tambm, consultor ad hoc para avaliao de projetos de pesquisa do PADCT, CNPq, FINEP, CADCT, FEP, FAPEX, UFBA, entre outras instituies, e consultor independente em diversos projetos de P&D do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento do Estado da Bahia 2 CEPED, na rea de Tecnologia Qumica e Mineral.

1946 - 1999

RECICLAGEM DE ENTULHO PARA A PRODUO DE MATERIAIS DE CONSTRUOPROJETO ENTULHO BOM

Premiado pela

ONU100 MELHORES PRTICAS para a melhoria da qualidade de vida

Premiado pela

CAIXA10 MELHORES PRTICAS para o desenvolvimento urbano

REDUZIR, RECICLAR E REAPROVEITAR SO MAIS QUE ATOS DE CONSCIENTIZAO: SO ATOS DE CIDADANIA

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CAIXA ECONMICA FEDERAL

Gerente de Desenvolvimento Urbano Beatriz Cerqueira Lima

Superintendente Nacional de Parcerias Jorge Arraes

Diretor de Desenvolvimento Urbano Aser Cortines

Presidente Emlio Carazzai

Superintendente de Negcios Samuel Rocha

FUNDAO ESCOLA POLITCNICA

Secretrio Executivo Carlos Emlio de Menezes Strauch Reitor Heonir Rocha

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Vice-Reitor Othon JambeiroEDITORA DA UFBA

Suplentes Ceclia Maria Bacelar Sardenberg, Joo Augusto de Lima Rocha, Leda Maria Muhana Iannitelli, Maria Vidal de Negreiros Camargo, Naomar Monteiro de Almeida Filho, Nelson Fernandes de OliveiraLIMPURB - Empresa de Limpeza Urbana do Salvador PMS - Prefeitura Municipal do Salvador CADCT - Superintendncia de Apoio ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico SEPLANTEC - Secretaria do Planejamento, Cincia e Tecnologia Governo do Estado da BahiaAPOIO PARCERIA

Conselho Editorial Antnio Virglio Bittencourt Bastos, Arivaldo Leo Amorim, Aurino Ribeiro Filho, Cid Seixas Fraga Filho, Fernando da Rocha Peres, Mirella Mrcia Longo Vieira Lima

Diretora Flvia Garcia Rosa

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RECICLAGEM DE ENTULHO PARA A PRODUO DE MATERIAIS DE CONSTRUOJos Clodoaldo Silva Cassa (em memria) Alex Pires Carneiro Irineu Antnio Schadach de Brum Alex Pires Carneiro Ana Maria Vieira de Oliveira Brbara Elizabete Correia Quadros Clia Maria Martins Neves Dayana Bastos Costa Elaine Pinto Varela Alberte Irineu Antnio Schadach de Brum Jos Clodoaldo Silva Cassa (em memria) Marcos Jorge Almeida Santana Paulo Csar Burgos Tas Santos Sampaio Tarcsio de Paula Pinto Vanderley Moacyr JohnTextos de Organizado por

SALVADOR 2001

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Direitos desta edio cedidos Caixa Econmica Federal e Editora da Universidade Federal da Bahia. Permitida a transcrio ou reproduo parcial, desde que seja citada a fonte. Prof. Jos Clodoaldo S. Cassa (Coordenador- DCTM / UFBA) Eng. Alex P. Carneiro (Coordenador- MEAU / UFBA) Prof. Irineu S. de Brum (Pesquisador- DCTM / UFBA) Prof. Antnio Srgio R. da Silva (DCTM / UFBA), Eng. Clia Maria M. Neves (CEPED) Prof. Emerson de A. M. Ferreira (MEAU / UFBA), Prof. Enric Vzquez (UPC / Barcelona Espanha) Dr. Francisco O. Neto (Bolsita DCR-CNPq / UFBA), Dr. Giovanni Floridia (Bolsista DCR-CNPq / UFBA) Prof. Luis Edmundo P. de Campos (GEOTEC / UFBA), Prof. Marcos Jorge A. Santana (MEAU / UFBA) Eng. Paulo Csar Burgos (GEOTEC / UFBA), Eng. Solange B. Costa (DERBA) Dr. Tarcsio de P. Pinto (I&T), Prof. Vanderley M. John (PCC / USP) Arqt. Ana Maria V. de Oliveira, Arqt. Brbara Elizabete C. Quadros, Arqt. Las Alves Antnio Triana Filho, Adriana S. de Almeida, Econ. Augusto Csar A. de Souza Jnior Eng. Carlos Eduardo Guimares , Adm. Cludio M. Silva , Econ. Francisco Liguori Econ. Jlio M. Neto , Eng. Oswaldo S. de Oliveira, Eng. Raul S. de Moura Adm. Svio Marcos Garbin, Eng. Tcito Q. Maia Aledson D. Costa , Andr R. R. de Souza , David A. Fortuna , Dayana B. Costa , Elaine P. V. Alberte Enas B. da Silva Jnior, Eric dos Santos , Fbio J. S. Carneiro , Fernanda C. Nascimento Geison dos S. Pereira, Rafael M. Mota, Rodrigo T. de Oliveira, Tas S. Sampaio Dra. Luciana Amaral de Lima, Eng. Solange Bastos Costa (Captulo VI), Eng. Telma Catarina C. Pires Maria Helena Pereira da Silva Prof Ana Maria de C. Luz Maria de Ftima C. Botelho (CBR-5/908) Ana Carolina Castilho, Projeto Entulho Bom e Autores Reciclagem de entulho para produo de materiais de construo / Organizado por Alex Pires Carneiro, Irineu Antnio Schadach de Brum e Jos Clodoaldo da Silva Cassa. _ Salvador: EDUFBA; Caixa Econmica Federal, 2001. 312 p. ; il. Realizao: Projeto Entulho Bom ISBN 85-232-0226-9FOTOGRAFIA NORMALIZAO BIBLIOGRFICA REVISO REDACIONAL DESIGN GRFICO REVISO TCNICA BOLSISTAS DE INICIAO CIENTFICA (UFBA) CAIXA ECONMICA FEDERAL LIMPURB (Parceria) COLABORADORES E CONSULTORES EQUIPE TCNICA PROJETO ENTULHO BOM COORDENAO

1. Reciclagem 2. Resduos Slidos 3. Construo Civil Materiais de Construo I. Carneiro, Alex Pires. II. Brum, Irineu Antnio Schadach de. III. Cassa, Jos Clodoaldo da Silva. IV. Ttulo. CDU: 691.002.8

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Este livro dedicado ao Professor Jos Clodoaldo Silva Cassa, criador do Projeto Entulho Bom, brilhante pesquisador, cuja contribuio s atividades de ensino, pesquisa e extenso no pas, em especial na Escola Politcnica da UFBA representa um exemplo memorvel de competncia e dedicao acadmica. O Prof. Cassa ser sempre lembrado pelo seu senso crtico apurado, seu dinamismo, principalmente pelo entusiasmo com que trabalhava e estimulava o crescimento intelectual de todos que tiveram o privilgio de com ele compartilhar desafios e superar obstculos, em nome da produo do conhecimento cientfico para um mundo melhor, mais digno, mais humano. Seu exemplo permanecer, perene e multiplicador.

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APRESENTAO

A Caixa Econmica Federal, como principal agncia do Governo Federal para o financiamento dos setores de habitao, saneamento e infra-estrutura urbana, colabora para o aprimoramento tcnico e institucional desses setores, apoiando projetos de inovao tecnolgica ou de gesto que tragam alternativas de melhoria das condies de habitabilidade da populao de mais baixa renda. Nesse contexto, a Universidade Federal da Bahia, em parceria com a CAIXA, desenvolveu o Projeto Entulho Bom, cujo foco principal a reciclagem e o reaproveitamento de entulho para materiais de construo, buscando minimizar os impactos socioambientais causados pelo descarte inadequado de resduos, preservar recursos naturais e melhorar a qualidade de vida na Regio Metropolitana de Salvador. Acreditamos que a tecnologia aqui apresentada poder contribuir significativamente para a melhoria da gesto dos resduos slidos, visto que8

a sua aplicao impacta na reduo da quantidade de materiais dispostos nos aterros sanitrios, aumentando a sua vida til. Alm disso, a adoo dessa alternativa poder baratear o custo de produo de moradia destinada a famlias de menor renda, minimizando, assim, o problema habitacional nas cidades brasileiras. Vale ressaltar que, em conseqncia do excelente trabalho realizado, essa iniciativa foi selecionada pelo Programa CAIXA Melhores Prticas, que premiou casos de sucesso em desenvolvimento urbano no Brasil, e representou o Pas no Programa Best Pratices and Leadership Programme, realizado pela ONU no ano 2000, em nvel mundial, para premiar as melhores experincias em gesto urbana. Boa leitura!Emlio Carazzai Presidente Caixa Econmica Federal9

PREFCIO

A sociedade est se tornando cada vez mais exigente em relao questo ambiental. O entulho, resduo das atividades de construo e demolio, apresenta-se como um dos principais problemas nas reas urbanas, pois sua gerao e descarte inadequado causam diversos impactos ambientais, sociais e econmicos. As solues para esses problemas passam por desenvolvimento e implantao de tecnologias adequadas, que busquem a reduo, reutilizao e reciclagem desse resduo. Com o objetivo de contribuir para a minimizao desses impactos, a preservao de recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida, foi concebido pelo Prof. Jos C. Cassa, em 1997, o Projeto Entulho Bom, inicialmente denominado de Aproveitamento de Resduos Slidos para a Produo de Materiais de Construo de Baixo Custo Regio Metropolitana de Salvador (RMS). Os estudos desenvolvidos nesse projeto de pesquisa visaram ao aproveitamento seguro e racional dos resduos slidos disponveis na RMS para a produo de materiais de construo, incluindo seus aspectos tecnolgicos, econmicos e ambientais. Na etapa inicial, foi realizado o diagnstico dos setores produtores de resduos da regio, o qual identificou o entulho como resduo de interesse para o projeto. Foram, ento, realizadas pesquisas experimentais para a reciclagem do entulho de Salvador na produo de materiais de construo (camadas de pavimentos, argamassas e tijolos), buscando-se o manuseio ambientalmente adequado desses materiais e a ampliao da oferta de habitao e infra-estrutura urbana, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentvel local. A Caixa Econmica Federal (CAIXA) foi a primeira instituio a apoiar a pesquisa, disponibilizando recursos financeiros e10

humanos fundamentais para a sua realizao, administrados pela Fundao Escola Politcnica (FEP). O projeto, desenvolvido na Escola Politcnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), contou com a importante parceria da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (LIMPURB) nos estudos do entulho de Salvador. A Superintendncia de Apoio ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico do Estado da Bahia (CADCT), por sua vez, apoiou a pesquisa, viabilizando os recursos necessrios para a realizao de diversas atividades a ela vinculadas. O Projeto Entulho Bom, sendo reconhecido pela relevncia do trabalho e dos resultados positivos que obteve ao longo do seu desenvolvimento, foi consagrado, em 2000, com o prmio 10 Melhores Prticas do Brasil para o desenvolvimento sustentvel do Programa CAIXA Melhores Prticas. O projeto tambm foi escolhido como uma das 100 Melhores Prticas do Mundo, entre cerca de 700 concorrentes, no Best Practices and Local Leadership Programme, promovido, no mesmo ano, pela Organizao das Naes Unidas. No mbito local, os estudos realizados contriburam, de forma significativa, para a questo do aproveitamento de resduos como materiais de construo na regio de Salvador e para o desenvolvimento das atividades de pesquisa da UFBA. O projeto subsidiou a elaborao da dissertao Reciclagem de Entulho de Salvador para a Produo de Materiais de Construo, de autoria do pesquisador Eng. Alex Carneiro no mestrado em Engenharia Ambiental Urbana - UFBA. Alm disso, contribuiu para a formao acadmica de mais de 10 alunos de iniciao cientfica dos cursos de graduao em Engenharia da UFBA. Consolidou, ainda, um grupo de pesquisa sobre materiais de construo e criou uma rede cooperativa de pesquisa na rea de aproveitamento de resduos no DCTM - UFBA.11

Os resultados alcanados na transferncia de conhecimento podem ser avaliados pela boa repercusso dos eventos promovidos pelo projeto: o Workshop Reciclagem de Resduos Slidos Industriais e Urbanos na Construo Civil e o Curso Internacional Aproveitamento de Resduos Slidos na Construo Civil, ambos realizados em 1998, na Escola Politcnica da UFBA. Alm disso, a qualidade e quantidade das publicaes desenvolvidas pela equipe (mais de 25 artigos publicados em anais de congressos nacionais e internacionais e revistas indexadas) e a boa aceitao dos trabalhos apresentados em eventos tcnico-cientficos contriburam, tambm, para a transferncia de conhecimento. A publicao deste livro uma das formas mais eficientes de transferncia de conhecimento do Projeto Entulho Bom. Aqui so apresentados seus principais resultados, consolidando o conhecimento adquirido e disponvel durante o desenvolvimento dessa pesquisa. Esta publicao consiste num conjunto de textos com a valiosa contribuio de diversos pesquisadores que so referncia sobre o tema. Na introduo, o Prof. Enric Vzquez prepara os leitores para um melhor entendimento das questes apresentadas no livro, contribuindo, assim, com sua experincia de mais de 10 anos desenvolvendo estudos sobre o tema. So abordadas questes como a gerao de resduos na construo, a reciclagem de entulho, o panorama da reciclagem na Europa, entre outras. Os aspectos relacionados com o desenvolvimento sustentvel e os impactos ambientais causados pela construo civil so detalhadamente abordados pelo Prof. Vanderley John no captulo I. Nesse captulo, destacada a importncia da reciclagem de resduos slidos na produo de materiais de construo e a necessidade de desenvolver estudos multidisciplinares.12

No captulo II, apresentado o diagnstico dos setores produtores de resduos da Regio Metropolitana de Salvador. Esse diagnstico possibilitou a identificao e a caracterizao das principais ocorrncias de resduos slidos que ofereciam condies de utilizao como materiais de construo da regio, selecionando o entulho como resduo de interesse para o projeto. A gesto adequada dos resduos slidos de construo e demolio o tema abordado pelo Dr. Tarcsio Pinto no Captulo III, onde dada uma ateno especial s questes da eficincia e sustentabilidade da gesto diferenciada versus a gesto corretiva. No Captulo IV, as arquitetas Ana Vieira e Brbara Quadros apresentam o Plano de Gesto Diferenciada do Entulho que est sendo implantado em Salvador pela LIMPURB (Empresa de Limpeza Urbana do Salvador). Nesse captulo, so expostos os objetivos, a concepo, a estratgia de implantao e os benefcios desse plano. No captulo V, so apresentadas as caractersticas do entulho e as propriedades dos agregados reciclados produzidos a partir desse resduo, incluindo-se os resultados obtidos com a experincia realizada em Salvador para a caracterizao desses materiais. Os captulos VI, VII e VIII abordam, respectivamente, a utilizao de agregado reciclado em pavimentos, tijolos e argamassas. Nesses captulos, alm da fundamentao terica sobre o tema, so relatadas as experincias realizadas em Salvador sobre o desempenho dos materiais produzidos com agregado reciclado. Por fim, no captulo de consideraes finais, apresentada a sntese das vantagens da reciclagem do entulho e discutida a necessidade de estudos complementares e de mecanismos para a sua efetiva implantao.13

Pioneiro no pas sobre o tema, este livro dever contribuir para a difuso de prticas e tcnicas para a reciclagem do entulho e para a minimizao dos impactos causados pela sua gerao. Ele dirigido a empresas de construo civil, indstrias geradoras de resduos, empresas de tratamento e disposio final de resduos, empresas de gesto de resduos, instituies do setor de habitao popular, fabricantes de materiais de construo, Secretarias de Governo e Prefeituras, organizaes ambientais, universidades, instituies de pesquisa e demais profissionais, pesquisadores e estudantes interessados no tema. Espera-se que a sua leitura contribua para a conscientizao do meio tcnico sobre a necessidade de reduzir, reutilizar e reciclar resduos.Os organizadores

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AGRADECIMENTOS

Durante os ltimos trs anos e meio em que desenvolvemos o Projeto Entulho Bom, diversas instituies e pessoas contriburam, de forma significativa e valiosa, para os trabalhos que culminam com esta publicao, s quais expressamos nosso profundo agradecimento: Caixa Econmica Federal, pelo apoio pioneiro e irrestrito a esta atividade de pesquisa, viabilizando o alcance de resultados to relevantes; especialmente a Beatriz Lima, Osvaldo Serrano, Jorge Arraes, Augusto Csar de Souza Jr., Telma Pires, Francisco Ligouri, Tcito Maia, Raul de Moura e demais dirigentes e tcnicos, que se dedicaram efetivamente para o sucesso do projeto. Fundao Escola Politcnica, pela eficiente administrao financeira dos recursos e ao seu Secretario Executivo, Carlos Emlio Strauch, e sua equipe, pelo apoio nos momentos em que mais precisamos. Empresa de Limpeza Urbana do Salvador, na figura do seu presidente, Dr. Jalon Oliveira, pela parceria fundamental e indispensvel ao projeto, e a Ana Vieira, Brbara Quadros, Rilda Bloise e demais funcionrios dessa instituio envolvidos com o Projeto Entulho Bom, pelo afinco com que se dedicam ao tema. Superintendncia de Apoio ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico, na pessoa de sua diretora, Dra.Cleilza Andrade, pelo apoio financeiro, essencial s diversas atividades desenvolvidas pelo Projeto Entulho Bom; e a Ana Oliveira, pela presteza e disposio em colaborar para o xito deste projeto. Universidade Federal da Bahia, que possibilitou o desenvolvimento desta pesquisa, em especial ao Magnfico Reitor, Prof. Heonir Rocha, aos Profs. Caiuby Alves, Luis Edmundo Campos e demais professores, pesquisadores, funcionrios e alunos da15

Escola Politcnica, que nos deram o apoio decisivo para continuarmos o trabalho, sobretudo, aps a prematura partida do Prof. Jos Clodoaldo Cassa. Ao Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana da UFBA, em especial a Emerson Ferreira, Marcos Jorge Santana e demais professores, funcionrios e alunos, que nos deram suporte e depositaram confiana neste trabalho. Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-Graduao da UFBA, especialmente a Caio Mrio Castilho, Maria do Carmo Cabanelas e Maria Letcia Senna, pelo apoio e pela concesso de bolsas de Iniciao Cientfica. Ao Ncleo de Tecnologia de Preservao e Restauro da UFBA, particularmente a Mrio Mendona e Allard do Amaral, pela colaborao ao projeto. Editora da UFBA, em especial sua diretora, Flvia Rosa, pelo apoio e orientao para a elaborao deste livro. Ao Departamento de Infraestrutura e Rodagens da Bahia Setor de Pesquisa Tecnolgica, em especial a Solange Costa e a Ubirajara Souza, e ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Estado da Bahia, em especial a Clia Neves, pelas significativas contribuies ao projeto, materializadas na transferncia de conhecimento para a equipe e na realizao de ensaios laboratoriais indispensveis pesquisa. s diversas instituies e empresas da Regio Metropolitana de Salvador CONDER, CRA, FIEB, SIC, SEPLANTEC, SGM, SINDUSCON, SUDIC, UEFS, Aratu, Ciminas, Concremassa, Concreta, Drescon, Microsslica, Nassau, Poty, Sika, Vedacit que contriburam para a realizao do diagnstico dos resduos e para as atividades experimentais do projeto. A Ana Luz, pela pacincia e dedicao na reviso redacional, a Maria de Ftima Cleomenis, pela normalizao bibliogrfica, e a16

Maria Helena Pereira da Silva, pela sensibilidade e criatividade na concepo do design grfico deste livro. A Luciana Amaral de Lima, pela motivao e apoio decisivos na elaborao deste livro e que, com o seu conhecimento, ajudou a enriquecer a publicao. Aos professores e pesquisadores Enric Vzquez, Tarcsio Pinto e Vanderley John que, alm de parceiros desta publicao, so tambm idealizadores de uma nova mentalidade na rea de resduos. s pesquisadoras Elaine Alberte, Dayana Costa e Tas Sampaio, pela dedicao, perseverana, competncia e entusiasmo com que desenvolveram as atividades do Projeto Entulho Bom, tornandose peas fundamentais para o xito deste trabalho. Aos professores e pesquisadores Paulo Burgos, Antnio Srgio da Silva, Giovanni Floridia e Francisco Oliveira Neto, que colaboraram de forma significativa para o desenvolvimento do projeto. Aos bolsistas de iniciao cientfica da Escola Politcnica da Universidade Federal da Bahia, Aledson Costa, Andr Rodamilans, David Fortuna, Fbio Carneiro, Geison Pereira, Rafael Mota, Rodrigo Tejo, que tanto contriburam nas atividades iniciais deste projeto, e aos bolsistas Eric dos Santos, Fernanda Calmon e Enas da Silva Jr., pelo apoio na concluso deste livro. Aos tcnicos laboratoriais Armando Jos da Silva, Emanoel do Nascimento, Ivo Oliveira, Jos Renato da Silva, Jlio Muniz, Lus Orlando Lima e Paulo Csar Santana, dos Laboratrios de Materiais de Construo e de Geotecnia do DCTM - UFBA e do Laboratrio de Engenharia Civil do CEPED, pela dedicao na realizao dos ensaios. Por fim, a todos aqueles que no foram citados, mas que contriburam, de alguma maneira, para o sucesso na concretizao deste trabalho.Os organizadores

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SUMRIOINTRODUO

Enric Vzquez

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CAPTULO IAPROVEITAMENTO DE RESDUOS SLIDOS COMO MATERIAIS DE CONSTRUO

Vanderley M. John

2628 29 35

DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL A CONSTRUO CIVIL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL RECICLAGEM E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

Vantagens Ambientais da Reciclagem Riscos da Reciclagem

RECICLAGEM PRIMRIA VERSUS SECUNDRIA RECICLAGEM DE RESDUOS E MULTIDISCIPLINARIDADE CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

39 40 43 43

CAPTULO IIDIAGNSTICO DOS SETORES PRODUTORES DE RESDUOS NA REGIO METROPOLITANA DE SALVADOR/BA

Jos Clodoaldo S. Cassa, Irineu Antnio S. de Brum, Alex Pires Carneiro, Dayana Bastos Costa

4649

DIAGNSTICO DO SETOR QUMICO

Complexo Petroqumico de Camaari COPEC Centro Industrial de Aratu CIA Indstria Cermica da RMS

DIAGNSTICO DOS SETORES DE MINERAO E METALURGIA DIAGNSTICO DO SETOR DE LIMPEZA URBANA DIAGNSTICO DO SETOR DE CONSTRUO CIVIL CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

57 61 65 69 73

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CAPTULO IIIGESTO DOS RESDUOS DE CONSTRUO E DEMOLIO EM REAS URBANAS DA INEFICCIA A UM MODELO DE GESTO SUSTENTVEL

Tarcsio de Paula Pinto

7679 87 91

IMPACTOS DOS RESDUOS DE CONSTRUO E DEMOLIO (RCD) POTENCIAL DE RECICLAGEM DOS RESDUOS DE CONSTRUO E DEMOLIO A GESTO DIFERENCIADA DOS RESDUOS DA CONSTRUO E DEMOLIO

Facilitao da Disposio Segregao na Captao Reciclagem para Alterao da Destinao

BASES LEGAIS PARA UMA NOVA GESTO CUSTOS OPERACIONAIS E INVESTIMENTOS PARA A GESTO DIFERENCIADA COMENTRIOS FINAIS REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

102 105 111 112

CAPTULO IVGESTO DIFERENCIADA DO ENTULHO NA CIDADE DE SALVADOR

Brbara Elizabete C. Quadros, Ana Maria V. de Oliveira

114117

INTRODUO

A Cidade de Salvador A Limpurb O Modelo de Gesto de Resduos Slidos Concepo Estratgia de Implantao

EVOLUO DA GESTO DO ENTULHO PROJETO DE GESTO DIFERENCIADA DE ENTULHO

124 128

CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

137 141

20

CAPTULO VCARACTERSTICAS DO ENTULHO E DO AGREGADO RECICLADO

Alex Pires Carneiro, Brbara Elizabete C. Quadros, Ana Maria V. de Oliveira, Irineu Antnio S. de Brum Tas Santos Sampaio, Elaine Pinto V. Alberte, Dayana Bastos Costa

142

CARACTERSTICAS DO ENTULHO CARACTERSTICAS DO AGREGADO RECICLADO PROCESSOS DE PRODUO DO AGREGADO RECICLADO RECICLAGEM DE ENTULHO E ECONOMIA EXPERINCIA REALIZADA CARACTERIZAO DO ENTULHO E DO AGREGADO RECICLADO DE SALVADOR CARACTERIZAO DO ENTULHO

146 152 154 157 159 160 168 177 179 181 182 186

Apresentao e Anlise dos Resultados Apresentao dos Resultados

CARACTERIZAO DO AGREGADO RECICLADO

APLICAES DO AGREGADO RECICLADO AVALIAO ECONMICA CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS NORMAS TCNICAS CITADAS

CAPTULO VIUSO DO AGREGADO RECICLADO EM CAMADAS DE BASE E SUB-BASE DE PAVIMENTOS

Alex Pires Carneiro, Paulo Csar Burgos, Elaine Pinto V. Alberte

188192

CONSIDERAES GERAIS SOBRE PAVIMENTOS

Materiais Propriedades e Especificaes dos Materiais

DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

Mtodos Tradicionais Mtodos MCT (Miniatura, Compactado, Tropical)

198

UTILIZAO DE AGREGADO RECICLADO EM PAVIMENTOS

201

21

EXPERINCIA REALIZADA USO DO AGREGADO RECICLADO DE SALVADOR EM CAMADAS DE BASE E SUB-BASE DE PAVIMENTOS MATERIAIS UTILIZADOS MTODOS DE AVALIAO APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS

204 205 207 208

Mtodo Tradicional Mtodo MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) Avaliao Econmica

CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS NORMAS TCNICAS CITADAS

223 225 227

CAPTULO VIIUSO DO AGREGADO RECICLADO EM TIJOLOS DE SOLO ESTABILIZADO COM CIMENTO

Clia Maria M. Neves, Alex Pires Carneiro, Dayana Bastos Costa

228233 235 236 242 243

USO DO SOLO COMO MATERIAL DE CONSTRUO TIJOLOS E BLOCOS DE SOLO ESTABILIZADO FABRICAO DE TIJOLOS E BLOCOS DE SOLO ESTABILIZADO

Equipamentos de fabricao de tijolos e blocos

CRITRIOS PARA SELEO DE SOLO E DOSAGEM DE TRAO REQUISITOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE EXPERINCIA REALIZADA O USO DO AGREGADO RECICLADO DE SALVADOR EM TIJOLOS DE SOLO-CIMENTO MATERIAIS UTILIZADOS APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS NORMAS TCNICAS CITADAS

245 247 248 256 258 260

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CAPTULO VIIIUSO DO AGREGADO RECICLADO EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

Marcos Jorge A. Santana, Alex Pires Carneiro, Tas Santos Sampaio

262266 269

UTILIZAO DO AGREGADO RECICLADO EM ARGAMASSAS AVALIAO DE DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

Propriedades da Argamassa no Estado Fresco Propriedades da Argamassa no Estado Endurecido Argamassas em Corpos-de-Prova Propriedades da Argamassa no Estado Endurecido Argamassas em Painis Critrios de avaliao das argamassas de revestimento

EXPERINCIA REALIZADA USO DO AGREGADO RECICLADO DE SALVADOR EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO MATERIAIS UTILIZADOS MTODO DE PRODUO E DE AVALIAO DAS ARGAMASSAS APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS

276 277 278 283

Argamassas no Estado Fresco Argamassas no Estado Endurecido corpos-de-prova Argamassas no Estado Endurecido Painis de revestimento Avaliao Subjetiva das Argamassas Avaliao Econmica

CONCLUSO REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS NORMAS TCNICAS CITADAS

292 295 297

CONSIDERAES FINAISREDUO, RECICLAGEM E REAPROVEITAMENTO AES DE CIDADANIA

Alex Pires Carneiro

300

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INTRODUO

Em 1987, o Relatrio Brundtland Our Common future dizia que o desenvolvimento sustentvel quando satisfaz s necessidades das geraes atuais, sem hipotecar a capacidade das geraes futuras de satisfazer s suas prprias. Tratava-se de uma chamada a estender a solidariedade at as geraes futuras. Ao problema tico clssico da distribuio eqitativa dos recursos somava-se a questo sobre que recursos, em que forma e a que velocidade distribuir e usar. A resposta geral no outra seno que em um mundo finito, o crescimento no pode ser sustentado e o desenvolvimento tem que ser sustentvel, ou no ser. Concretamente, torna-se imprescindvel o uso mais racional dos recursos tais como a energia e as matrias primas naturais, bem como a implantao de uma gesto de resduos mais lgica. A indstria da construo origina uma enorme corrente de resduos dos processos de demolio e construo, e usa e abusa das matrias primas naturais como os agregados. S na Unio Europia, os resduos da construo esto entre 221-334 milhes de toneladas por ano, o que significa de 607 a 918 kg/ pessoa/ano, frente a uma mdia de 390 kg/pessoa/ano de resduos slidos urbanos (lixo domstico). Em recente publicao, pesquisadores do Projeto Entulho Bom da Universidade Federal da Bahia mostram que a evoluo da coleta de resduos da construo, na cidade de Salvador, passou de 200.000 t/ano, em 1996, para mais de 500.000 t/ano, em 1998. A caracterizao realizada detectou um alto potencial de reciclabilidade desses resduos. No cabe dvida de que a importncia dessa reciclagem no escapou ao Brasil.22 24

A Construo Sustentvel baseia-se na preveno e reduo dos resduos pelo desenvolvimento de tecnologias limpas no uso de materiais reciclveis ou reutilizveis, no uso dos resduos como materiais secundrios e na coleta e deposio inerte. Portanto, devem ser tomadas medidas que transformem as correntes de resduos em recursos reutilizveis. A maior parte da investigao dirigiu-se aos resduos de construo e demolio. Quando esses resduos so selecionados, graduados e limpos adequadamente, tornam-se um agregado secundrio, cuja utilizao, em funo da origem e tratamento, cobrem desde um aterro at um concreto. Na Holanda, Alemanha, Dinamarca e Blgica, as primeiras usinas de reciclagem entraram em servio h 15 anos. No Reino Unido, Frana e Espanha, a experincia ainda no cumpriu uma dcada. As usinas esto sempre concentradas em reas urbanas, pois onde ocorre a mxima produo de resduos e tambm onde se apresenta a maior e mais constante demanda de materiais. A maior parte do material secundrio, obtido nas usinas de tratamento, vai para os pavimentos como material de sub-base ou base, simplesmente compactado ou tratado com algum ligante para aumentar sua coeso e capacidade portante. Em 1999, o Relatrio Symonds concluiu que o nvel mdio de reciclagem, na construo europia, era somente de 28%, e a demolio seletiva ainda era pouco freqente. Essa a causa do predomnio das aplicaes nas bases e sub-bases de pavimentos e de um limitado uso no concreto. A situao pode ser decepcionante, se no se impulsar a atividade a partir do setor pblico, atravs de um sistema de impostos. Em nosso pas, como provavelmente em muitos lugares do Brasil, a competio do agregado natural primrio feroz e, at muito recentemente, no se havia adequado as taxas de deposio, nem aplicado com rigor a lei de aterros sanitrios23 25

especiais. O voluntariado de investigadores, os tcnicos e os importantes investimentos de empresas do setor reciclador no tiveram mais que um modesto reflexo na prtica construtiva cotidiana. O principal obstculo estava na crena de que um material secundrio no pode ter constncia na qualidade. Alm disso, os materiais secundrios esto constantemente sujeitos aos mesmos requerimentos dos primrios, por falta de normas adequadas. A produo de materiais secundrios de alta qualidade, comparveis aos primrios, possvel, porm os custos de produo de tais materiais tendem a ser algo maiores. De uma forma clara, s se pode competir em aplicaes low-tech, como as j citadas, naquelas em que o nvel de exigncia rebaixa os custos de produo. Por isso, o papel estratgico dos governos ou das autoridades do estado decisivo, guiando economicamente as reciclagens e deposies, exigindo o cumprimento das leis, cobrando os impostos e depsitos e orientando os processos de reciclagem. No se pode esquecer, alm disso, que existem situaes particulares em que a produo de agregados reciclados de alta qualidade para o concreto pode ser claramente competitiva. Na Catalunha, no ltimo ano, conseguimos dar um passo de gigante, que abre, por fim, as portas ao uso desses materiais secundrios de uma forma massiva e programada. O GERD (Demolition Recycling Companies Guild) preparou e pactuou, em conjunto com o governo catalo, um programa 2001-2006 de Construo com Materiais Residuais. Esse programa , ao mesmo tempo, um importante documento para a planificao territorial de infraestruturas que incluiro materiais secundrios. O programa integra as realidades do setor industrial, as realidades da produo de materiais secundrios e os deveres impostos pela convergncia europia. Os pontos desse programa esto contidos nos trs objetivos fundamentais:24 26

1. O desenvolvimento de mecanismos administrativos eficientes 2. A introduo de um novo modelo de aterro sanitrio (Classe I), a modificao das taxas de deposio e outras medidas econmicas para tornar atrativa a reciclagem. 3. O desenvolvimento das atividades recicladoras e o uso real desses produtos na construo. A Administrao Catal de Pavimentao j autorizou o uso desses materiais em suas obras, e a Instituio Espanhola para o Concreto iniciou o caminho sem retorno da mesma autorizao, pela mo do nosso Departamento Universitrio. Em toda Espanha, o objetivo alcanar 40% de reciclagem em 6 anos. Em nosso Estado isso ser possvel. O caminho da aceitao desses materiais longo, cheio de obstculos e de desencorajadores passos atrs. Porm uma modesta experincia de 10 anos e os ltimos xitos nos permitem animar os companheiros brasileiros a continuar nesse caminho tambm iniciado e a perseverar na aplicao dos logros e estratgias que se apresentam neste livro. Em qualquer caso, sempre estaremos dispostos a colaborar no progresso do querido Brasil que, para mim, j uma segunda ptria. O exemplo do professor e amigo J. Cassa fica como guia e, para ns, a lembrana de sua humanidade, inteligncia e gentileza perdurar o resto de nossas vidas.Prof. Dr. Enric VzquezUniversidade Politcnica da Catalunha - Barcelona / Espanha Departamento de Engenharia da Construo

Traduzido pela Dra. Luciana Amaral de Lima

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