Projeto Flauta Doce
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Facult Antonio Meneghetti&Les Objectifs du Millenaire pour le Developpement
PROJETO FLAUTA: FORMAO
HUMANA, MSICA E CULTURA
Professores:Dr. Hanifa MezouiDr. Franois Loriot
Alunos:Patrcia Wazlawick, Viviane Elias Portela, Glauber Benetti Carvalho
Recanto Maestro - Brasil
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PROJETO FLAUTA: FORMAO HUMANA, MSICA E CULTURA
OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do Projeto Flauta realizar aulas de flauta doce para alunos da educaobsica do municpio de So Joo do Polsine, visando promover o desenvolvimento das habilidadesinfantis atravs da educao musical, bem como incrementar, com estas atividades, a formao e aqualidade de vida dos alunos.
Durao: O Projeto Flauta teve incio no ms de maro de 2009 e atualmente se encontra emandamento.
Entidade Executora: Associao OntoArte em parceira com a Prefeitura do Municpio de SoJoo do Polsine-RS, e apoio da Faculdade Antonio Meneghetti.
Financiamento Proposto: Associao OntoArte (vide projeto).
Resumo: Flautas, alunos e professores compem um cenrio onde a atividade musical favorece odesenvolvimento integral do ser humano. Este cenrio regido pelo Projeto Flauta, fruto de umaparceria que formalizou o Convnio de Educao Musical, em maro de 2009, entre a AssociaoOntoArte, a Prefeitura Municipal de So Joo do Polsine-RS e apoio da Antonio MeneghettiFaculdade, para a realizao de aulas de flauta doce na educao bsica do municpio, visando
promover o desenvolvimento das habilidades dos alunos por meio da educao musical. Participamdeste projeto 140 crianas, de 1,5 a 12 anos de idade, de 4 escolas municipais. O projeto conta comuma equipe de um professor contratado, e um professor e uma profissional que acompanha asatividades que so voluntrios. Contribui principalmente com o 2 ODM, e tambm possui aspectosrelacionados ao 1 e 8 ODM. Em sua fundamentao terica contempla conhecimentos dapedagogia ontopsicolgica, bem como da educao musical e arte-educao. Metodologia derealizao das aulas, resultados j atingidos, e aes futuras so apresentadas neste documento.
Palavras-chave: educao musical; pedagogia ontopsicolgica; Associao OntoArte; FaculdadeAntonio Meneghetti-AMF; Centro Internacional de Arte e Cultura Recanto Maestro.
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SUMRIO
1 Introduo........................................................................................................................................03
2 Fundamentao Terica...................................................................................................................05
2.1 O tema no Brasil....................................................................................................................11
3 Objetivos..........................................................................................................................................25
4 Descrio do Projeto........................................................................................................................26
5 Resultados/indicadores e aes futuras...........................................................................................33
5.1 Resultados/indicadores..........................................................................................................33
5.2 Aes futuras.........................................................................................................................35
6 Consideraes Finais.......................................................................................................................36
Referncias.........................................................................................................................................38
Anexos................................................................................................................................................40
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1 INTRODUO
Fotografia 1: Alunos integrantes do Projeto Flauta, Sra. Maria ClaciBortolloto (ao violo), Diretora da Escola Municipal E. F. La Salle, e Prof.Glauber Benetti Carvalho (na flauta).
Entre as parcerias realizadas com a administrao pblica, destaca-se o Projeto Flauta, convnio entre a
Prefeitura de So Joo do Polsine, a Faculdade Antonio Meneghetti e a Associao OntoArte. O projetocontempla aulas de flauta doce para crianas da educao bsica de escolas municipais. Alm deste projeto,a Associao OntoArte e a Faculdade Antonio Meneghetti tambm promovem o Curso de Formao
Profissional Continuada em Msica para jovens, professores e moradores da regio, antecipando a
obrigatoriedade do ensino musical em escolas, prevista pelo Governo Federal a partir de 2010
(LivroDe um local abandonado Recanto Maestro:Projeto Internacional de Arte e Cultura Humanista, 2009, p. 68).
Este trabalho tem por objetivo apresentar o Projeto Flauta: um projeto que integra a
realidade de muitas crianas e pr-adolescentes, que possuem desde 1,5 at 12 anos de idade. O
projeto fruto de uma parceria entre o setor pblico e privado, firmado entre a Associao
OntoArte1e a Prefeitura Municipal de So Joo do Polsine2-RS, e conta tambm com o apoio da
Antonio Meneghetti Faculdade, localizados no Centro Internacional de Arte e Cultura Humanista
Recanto Maestro, terceiro Distrito do municpio supracitado. Este convnio foi formalizado no dia
21 de maro de 2009, data da celebrao do 17 Aniversrio de So Joo do Polsine-RS. Essa
1Associao OntoArte: www.ontoarte.com.br / Antonio Meneghetti Faculdade: www.faculdadeam.edu.br2
So Joo do Polsine-RS foi emancipada no ano de 1992, possui cerca de 3 mil habitantes, sua economia formadapelo cultivo de lavouras de arroz e comrcio, em sua maioria, e est situada na Regio Central do Estado do Rio Grandedo Sul, onde faz parte da Quarta Colnia de Imigrao Italiana no Estado, em pleno Vale do Jacu (Rio Jacu). Vide sitewww.polesine.com.br
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iniciativa nasce com o intuito de promover a vocao musical nos alunos do ensino bsico do
municpio de So Joo do Polsine-RS.
O Projeto Flauta tambm um projeto desenvolvido no Recanto Maestro (SCHUTEL, 2008)
e est em consonncia com a proposta de contribuir com os 8 Objetivos de Desenvolvimento do
Milnio (8 ODM) propostos pela Organizao das Naes Unidas (ONU). Em relao aos 8
Objetivos do Milnio o Projeto Flauta est principalmente relacionado com o 2 Objetivo, a saber
Universalizar a educao primria - Educao bsica de qualidade para todos , porm, tambm
contempla aspectos do 1 Objetivo Erradicar a extrema pobreza e a fome, e o 8 Objetivo, no que
concerne s parcerias possveis de serem estabelecidas, intitulado Estabelecer uma parceira
mundial para o desenvolvimento Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento, devido a
parceria firmada pelas entidades responsveis por sua existncia.
Junto desses compromissos, o Projeto Flauta tambm nasce em consonncia com a
Legislao Educacional Brasileira, a Lei 11.769, de 18 de agosto de 2008, que passa a incluir o
ensino da msica como contedo obrigatrio do currculo da educao bsica a partir de 2012,
preenchendo uma lacuna de mais de trinta anos na histria da educao brasileira, e voltando a
privilegiar o ensino da msica na educao bsica. Neste sentido, o municpio de So Joo do
Polsine est frente como precursor da implementao desta Lei, uma vez que possui todas suas
escolas municipais de ensino fundamental j ofertando aulas de msica para seus alunos. Dessa
forma, torna-se visvel a questo de contribuir para a qualificao da educao, de expandir o
acesso educao musical para crianas e adolescentes da comunidade, bem como melhorar a
qualidade do ensino e de seus resultados, favorecendo o desenvolvimento da educao de uma
forma geral. Estes so aspectos contemplados pela realizao do Projeto Flauta. Alm disso, as
entidades que celebram este convnio compartilham a ideia de que a educao musical contribui
para o incremento das habilidades infantis e que isso se reflete no ensino atravs de uma facilitaode novos aprendizados e desafios.
Tais habilidades contribuiro para a formao de jovens e adultos mais comprometidos com
o prprio crescimento, revertendo diretamente no desenvolvimento da sociedade. Este um projeto
que atende tambm a aspectos de responsabilidade social das instituies envolvidas (Associao
OntoArte e Antonio Meneghetti Faculdade). Convm salientar que, por ocasio de uma visita
institucional da Sra. Maria Claci Bortolotto, Secretria da Educao de So Joo do Polsine-RS,
Antonio Meneghetti Faculdade, bem como a tradio musical existente na Regio da QuartaColnia de Imigrao Italiana no Rio Grande do Sul (na qual o municpio encontra-se localizado),
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expressa nos mais de vinte anos do Festival Internacional de Msica do Vale Vneto, nasceu a ideia
de levar o ensino da msica comunidade. Tal proposio foi tambm levada Direo da
Faculdade, bem como Comisso Prpria de Avaliao, tendo sido amplamente acolhida.
As aulas/atividades musicais do Projeto Flauta iniciaram-se no ms de abril de 2009, tendo
uma periodicidade semanal. So realizadas nas seguintes instituies de ensino:
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Paulo Pradella;
- Escola Municipal de Ensino Fundamental La Salle;
- Escola Municipal de Educao Infantil Recanto dos Sonhos. Esta escola conta tambm
com aulas de musicalizao infantil e iniciao musical para as crianas, que j so um
desdobramento do projeto inicial.
No total 121 crianas iniciaram o ano de 2009 participando do Projeto Flauta.
A partir do ms de maro de 2010, mais uma escola passou a integrar o grupo de escolas
atendidas pelo Projeto Flauta a saber: a Escola Municipal de Educao Infantil Beija-Flor, do
Distrito de Vale Vneto, localidade vizinha ao Recanto Maestro, ampliando, ento, o nmero de
crianas integrantes do Projeto para 140 alunos.
Fotografia 2: Alunas do Projeto Flauta Fotografia 3: Alunas do Projeto Flauta
2 FUNDAMENTAO TERICA
O Projeto Flauta um projeto que enfatiza a msica como uma atividade essencial para o
desenvolvimento de crianas, jovens e adultos, pois considera que a msica, com seus elementos de
ritmo, melodia e harmonia, integra o sujeito em um mundo sonoro capaz de proporcionar, por meio
do fazer musical, seu desenvolvimento global. Aspectos cognitivos, perceptivos, psicoemocionais,
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corporais, sociais e de criatividade so trabalhados em vivncias e experincias musicais, nas quais
se pode aprender no fazer musical, e descobrir-se sujeito capaz de realizaes (SEKEFF, 2002;
BRUSCIA, 2000; MAHEIRIE, 2003; RUSSELL, 2006).
Aprender a tocar um instrumento musical permite muito mais que produzir sons, permite a
interao da criana com a msica e as atividades musicais, consolidando uma das formas do
desenvolvimento criativo, tico, esttico e cognitivo do ser humano (WAZLAWICK, 2004). Para
isto existe um processo de ensinar & aprender, no qual as crianas podem encontrar na mediao do
professor/educador, um grande incentivo para a construo de seus saberes e fazeres. As crianas
no nascem prontas como sujeitos criativos, mas aprendem a s-lo na riqueza de experincias
vividas e no acesso aos conhecimentos j produzidos (MAHEIRIE e URNAU, 2007).
As atividades e vivncias musicais que se pretendem na educao no dizem respeito apenas
ao exerccio e prtica de obras musicais, mas junto disto, intensificam a constituio de funes
cognitivas e criativas em um ser humano que possa romper pensamentos prefixados, indo em
direo e movendo-se projeo de sentimentos, auxiliando-o no desenvolvimento e no equilbrio
de sua vida afetiva, intelectual e social, contribuindo para sua condio de ser pensante (SEKEFF,
2002, p. 118).
Segundo Sekeff (2002, p. 119): ...se nossas estruturas mentais precisam ser construdas, por
que no aliment-las da prtica musical?. Este um desafio, que acima de tudo direciona-se
formao e constituio humana de cada pessoa. Certamente a msica e/ou a iniciao musical
sozinha no ir dar conta de todo este processo de formao, nem suficiente, de modo isolado,
mas precisa estar atrelada formao humanista e a todos os demais conhecimentos que a ela se
integram, de modo tico-esttico-cognitivo, para que se possam formar os futuros agentes de nossa
sociedade.
Pontuar msica na educao defender a necessidade de sua prtica em nossas escolas, auxiliar o educando a concretizar sentimentos em formas expressivas; auxili-lo ainterpretar sua posio no mundo; possibilitar-lhe a compreenso de suas vivncias, conferir sentido e significado sua condio de indivduo e cidado (SEKEFF, 2002, p.120).
Neste sentido, conforme apontado por Sekeff (2002), a prtica musical, o canto coletivo, a
percepo e escuta musical, a atividade, a criatividade e a possibilidade interdisciplinar que so
criados pela msica e o fazer musical, so indispensveis educao que pretende formar o
cidado e a conscincia de cidadania (SEKEFF, 2002, p. 131).
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Desta forma, a arte-educao, por meio da educao musical, como o exemplo do Projeto
Flauta, permite objetivar a educao formativa, profissional e social. O aspectoformativorelaciona-
se ao desenvolvimento das potencialidades dos alunos perpassadas pelo vis da sensibilidade, da
percepo, da musicalidade, da prtica e da cognio. O aspecto profissional preocupa-se no
desenvolvimento das inclinaes do aluno, de suas aptides e habilidades especficas tanto nos
aspectos musicais, tais como percepo auditiva, senso rtmico e personalidade com tendncia ao
cultivo de valores estticos, quanto em outras reas e campos de conhecimento aos quais possa se
interessar e para os quais possa despertar, objetivando assim um futuro ofcio tambm para atuao
profissional. E o aspecto social no que tange a promover, com o exerccio dessa linguagem
(artstica, musical) a disciplina, o civismo, o trabalho em grupo/coletividade e a arte propriamente
ditos (SEKEFF, 2002).
Em relao ao conhecimento musical, uma premissa que norteia o trabalho o
desenvolvimento de um processo de ensinar-aprender no qual se articula a sensibilizao e a
percepo musical, a tcnica da flauta doce, e a teoria musical aplicada prtica individual e de
conjunto no instrumento. Desta forma, o projeto faz um amlgama de teoria e prtica musical na
construo de vivncias e do saber musical, que diretamente incidem sobre a constituio do sujeito
tico-esttico-cognitivo (BEYER, 1999; BAKHTIN, 1926, 2003).
Do modo como acontece na prtica este projeto est fundamentado nas premissas da
Pedagogia Ontopsicolgica, de acordo com Meneghetti (2005). Para a Cincia Ontopsicolgica a
pedagogia compreendida como a arte de coadjuvar e desenvolver uma criana realizao
(MENEGHETTI, 2005, p. 20). A pedagogia tem o escopo prtico de educar o sujeito a fazer e
saber a si mesmo: fazer uma pedagogia de si mesmos como pessoas lderes no mundo; educar um
Eu lgico-histrico com capacidades e condutas vencedoras (MENEGHETTI, 2005, p. 21). De
acordo com Meneghetti (2006), no que tange pedagogia, dois so os escopos ou conhecimentosque se necessita fornecer criana e ao jovem:
1) conhecimento e respeito por si mesmo;
2) conhecimento das regras (deveres) que a sociedade local e similar escolheu e impe
(MENEGHETTI, 2006, p. 12).
O conceito-chave que sustenta a pedagogia o da responsabilidade. A todo o ser humano
dada a responsabilidade de ser pessoa, e de modo especial s crianas, que so o concreto para o
futuro do nosso planeta e continuidade da vida. Portanto, as crianas integrantes do Projeto Flautaso incentivadas a uma formao responsvel, de responder sempre em primeira pessoa por suas
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instigam nas crianas e nos jovens a vontade de aprender, de estudar e de realizarem mais. Este
um aspecto fundamental da pedagogia, abordado por Meneghetti (2005, 2009) em conferncias
atuais realizadas na UNESCO.
4) Realizao de psicoterapia de autenticao e participao emresidences: por meio da
psicoterapia de autenticao possvel compreender sua histria de vida, refletir sobre si mesmo, e
deste modo no projetar os prprios problemas e complexos em suas relaes cotidianas. por
meio da psicoterapia de autenticao que o sujeito pode desenvolver o autoconhecimento. Alm
disso, desenvolve e intensifica tambm sua maturidade, seriedade e coerncia frente a si mesmo,
sua vida, incrementa seu desenvolvimento e crescimento pessoal e consequentemente profissional,
sendo que lhe auxilia tambm a manter foco em seus objetivos e escolhas coerentes sua identidade.
Todos estes resultados so tambm alcanados com a participao em residences. O
residence um estgio full-immersionde trs a sete dias dirigido a grupos de pessoas, durante o
qual efetuada uma verificao existencial. Enquanto instrumento psicossocial e ambiental,
preparado sobre a necessidade dos participantes de realizar um Eu lgico-histrico mais congruente
a si mesmos e funcional dentro do espao comunitrio no qual estes convivem (MENEGHETTI,
2008a, p. 240).
5) Estudo da Ontopsicologia: o conhecimento da Ontopsicologia permite conhecer bem a
dialtica da prpria individualidade em contato com as diversas relaes que se tem, com a
sociedade, e consigo mesmo. um conhecimento que permite maior possibilidade de realizao ao
potencial humano, para encontrar a prpria fora objetiva, o prprio concreto valor de si mesmo
(MENEGHETTI, 2008b). Uma das possibilidades de compreenso que o conhecimento da Cincia
Ontopsicolgica permite compreender quem somos, que caractersticas so especficas de cada
pessoa e, portanto, como cada um pode construir sua vida com maior eficincia e realizaoconcreta na histria.
6) Desenvolvimento e incentivo autonomia pessoal e ao autossustento: da postura de
responsabilizao por si mesmo em cada ao realizada advm a construo da autonomia pessoal,
que intensifica a realizao e a busca pelo trabalho constante como formao humana, produo
material da existncia e dignidade humana o que certamente se refletir em melhorias no
desenvolvimento do prprio trabalho e consequente ganho financeiro, gerao de renda. O
primeiro dever de um jovem o autossustento: no cumpri-lo o incio da autossabotagem(ROCCO, 2008, p. 15).
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7)Postura de humildade para aprender com adultos de valor: outro aspecto fundamental
o aprender com pessoas que possuem mais experincia de vida, que j construram sua vida
pessoal e profissional, e que apresentam resultados positivos identificveis. Uma postura
indispensvel formao do jovem ...a humildade de aprender a aperfeioar-se continuamente,
sem jamais sentir que chegou (ROCCO, 2008, p. 14).
8) Instrumentalizao/formao geral do jovem: fundamental se faz na formao contnua
e preparao do jovem estudar tudo o que diz respeito cultura geral humana, possuir um diploma
de graduao e tambm de ps-graduao, estudar uma lngua estrangeira, estudar a histria da
filosofia, e tambm aprender ofcios artesanais, tais como vendedor, garom, pedreiro, eletricista,
costureiro, etc. (MENEGHETTI, 2009). Este o ponto do life long learning, onde o jovem
desenvolve uma formao continuada ao longo de sua vida, capacitando-se, qualificando e
continuamente aprimorando seu saber fazer, naquela que for sua rea de atuao, para se tornar um
profissional mais competente em sua atuao.
b) Em relao formao pedaggica das crianas/alunos:
No livro Pedagogia Ontopsicolgica, de Antonio Meneghetti (2005), podemos encontrar
muitos pontos prticos no que diz respeito a especificidades da formao da criana em suas
diferentes faixas etrias, do adolescente e do jovem. No entanto, para sermos mais precisos neste
texto, iremos destacar linhas gerais que orientam esta formao, e que devem ser seguidas e
operadas por cada um dos educadores/professores que trabalham com crianas e jovens. Neste
sentido, a partir da formao pessoal dos professores, tal como destacado acima, os mesmos podem
assumir um modo mais coerente de como agir e auxiliar na educao/formao de seus alunos.
Os educadores/professores, por meio da educao, em relao s crianas/jovens devem:- incentivar a reao a se tornar, a se qualificar, a amadurecer, a se aperfeioar;
- incentivar que cada aluno possa colher os instrumentos de aprendizagem, de saber e de
ofcios no trabalho;
- selecionar as oportunidades que podem ajud-los a serem autnomos em sentido
econmico;
- ensinar a responsabilidade em relao a si mesmo e, por consequncia, tambm em relao
aos outros (MENEGHETTI, 2010, p. 50-51);
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- ensinar criana e aos jovens, junto da responsabilidade, tambm o princpio do mrito.
Neste ponto destacamos o mrito no sentido de realizar e cumprir suas tarefas de casa; cuidar,
manter, preservar e limpar os instrumentos musicais que utilizam; ter ateno e zelo a seus materiais
didticos (livros, apostilas e cds) que so tambm instrumentos de sua formao.
Fotografia 4: Apresentao no Dia das Crianas (out. 2009) na Faculdade Antonio Meneghetti.
2.1 O tema no Brasil
Fotografia 5: Alunos do Projeto Flauta
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...No h dvidas que o maior desafio do pas [Brasil]3nos prximos anos ser transformar os ODM em umarealidade para todas e todos...
(Kim Bolduc, 2007, p. 11).
Os 8 ODM no so uma promessa de futuro, mas um caminho em construo(Luiz Incio Lula da Silva, Presidente da Repblica, Brasil,
4 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Milnio, 2010).
Nesta parte do texto so tecidas relaes fundamentais entre os 8 Objetivos de
desenvolvimento do Milnio (8 ODM), a ONU, o Brasil e o municpio no qual o Projeto Flauta
realizado.
No perodo de 6 a 8 de setembro do ano 2000 inmeros lderes mundiais reuniram-se na
sede das Naes Unidas (ONU) em Nova Iorque, E.U.A., com o propsito de atender a Cpula do
Milnio. Esta foi, at o momento presente, a mais ampla reunio de chefes de Estado e governos. O
resultado do debate foi a aprovao da Declarao do Milnio4, um documento que resultou da
compilao das vrias metas estabelecidas nas conferncias mundiais que ocorreram ao longo dos
anos de 1990. A Declarao do Milnio, por sua vez, resultou nos 8 Objetivos de Desenvolvimento
do Milnio (ODM), que foram assumidos com responsabilidade de realizao por 198 naes do
mundo todo, desde o ano 2000. Tais objetivos so arranjos de metas mensurveis, determinveis etemporalmente delimitadas, que devem ser adotadas pelos Estados-membros das Naes Unidas, e
alcanadas at o ano de 2015. Os 8 ODM foram assim designados:
1) Erradicar a extrema pobreza e a fome;2) Universalizar a educao primria Educao bsica de qualidade para todos;3) Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;4) Reduzir a mortalidade na infncia;5) Melhorar a sade materna;6) Combater o HIV/AIDS, a malria e outras doenas;7) Garantir a sustentabilidade ambiental;
3O nome do Brasil foi includo aqui pelos autores deste projeto, considerando que a frase citada, em destaque, constano 3 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio, publicado no Brasil em2007.4Declarao do Milnio: pacto internacional pela eliminao da pobreza firmado por dignatrios de 191 pases, em
setembro de 2000 (3 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio ODM.Brasil, set., 2007). Segundo Kim Bolduc (2007), ...tal Declarao representa o maior consenso internacional acerca deobjetivos de desenvolvimento na histria da humanidade (3 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos ODM,Brasil, 2007, p. 10).
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8) Estabelecer uma parceria mundial de desenvolvimento Todo mundo trabalhando pelodesenvolvimento5.
De acordo com Mezoui e Loriot (2010) 6 , a configurao dos 8 Objetivos de
Desenvolvimento do Milnio, advm de uma longa histria de srias crises planetrias, que
encontram discusses e propostas de solues na ONU. Estas crises podem ser exemplificadas com
as diferentes guerras que ocorreram e ocorrem no mundo ao longo dos sculos, racismo,
discriminao, xenofobia, intolerncia, acidentes nucleares, vazamentos de leo, desastres naturais,
entre outros.
De acordo com o 3 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milnio ODM, organizado pelo governo brasileiro em setembro de 2007,
...para atingir esses Objetivos, a ONU apresentou um conjunto de 18 metas, a serem monitoradas
por 48 indicadores, que incorporam o que possvel implementar, mensurar e comparar em escala
mundial (Presidente da Repblica, Luiz Incio Lula da Silva, 2007, p. 8).
No entanto, j em uma reviso de literatura atualizada importante verificar no 4 Relatrio
Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio ODM, publicado
no Brasil em maro de 2010, conforme salienta a Sra. Marie Pierre Poirier, Coordenadora-Residente
Interina do Sistema das Naes Unidas no Brasil, que:
O Brasil atingiu excelentes resultados e j aparece como um lder em muitas reas. O Passe destaca no apenas pelo compromisso em atingir os ODM, mas tambm pelo seuempenho em apoiar outros pases nesse esforo. Em algumas reas, definiu para si prpriocompromissos mais ambiciosos do que os previstos nas Metas do Milnio (POIRIER, 2010,p. 10).
Poirier (2010) destaca ainda que esta realidade e realizaes no Brasil esto sendo possveis,
uma vez que o Governo, o setor privado e a sociedade civil esto trabalhando juntos e em constante
dilogo cvico e democrtico, para o alcance de resultados acerca dos 8 Objetivos deDesenvolvimento do Milnio. Ainda segundo Poirier (2010):
O Sistema das Naes Unidas, por meio de seus Fundos, Agncias e Programas, parabenizao Brasil pelo reconhecimento dos ODM como um norteador das polticas pblicas, emanifesta sua disposio de continuar contribuindo, dentro do seu mandato, para o
5Fontes: 3 e 4 Relatrios Nacionais de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio, e PortalODM Brasil - web site .6
Informao verbal de aula/curso. Data: 02 a 04 de abril de 2010, no Mdulo Optativo do MBA O Empreendedor e aCultura Humanista, intitulado Crises planetrias: solues para os Objetivos do Milnio (ODM) propostos pela ONU epela Escola de Formao Ontopsicolgica, ministrado pelos professores Dr Hanifa Mezoui, Dr. Franois Loriot e DrPamela Bernabei Antonio Meneghetti Faculdade (AMF).
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aprofundamento dos avanos alcanados, assim como para promover o dilogo sobre essestemas com a sociedade civil brasileira (POIRIER, 2010, p. 10).
Conforme apresentado anteriormente, o Projeto Flauta est em consonncia principalmente
com o 2 ODM, e tambm com aspectos do 1 e 8 ODM. No 2 Relatrio Nacional de
Acompanhamento dos ODM, do Brasil, encontramos que:
Na rea educacional, os indicadores demonstram uma contnua evoluo rumo universalizao da concluso do ensino fundamental, o que requer um esforo permanenteno sentido no apenas de garantir que a criana entre na escola, mas tambm que nelapermanea at terminar satisfatoriamente os nove primeiros anos escolares. Com o Plano deDesenvolvimento da Educao (PDE), esperamos atingir mais esta meta: educao bsicade qualidade, para todos os brasileiros e brasileiras (LUIZ INCIO LULA DA SILVA,BRASIL, 2007, p. 8).
O 3 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos ODM (BRASIL, 2007), enfatiza que o
avano nos Objetivos do Milnio ajuda a garantir direitos econmicos, sociais e culturais. No que
diz respeito ao 2 Objetivo, destaca-se que a educao faz parte do desenvolvimento humano e
protegida por vrios tratados internacionais, como o artigo 13 do Pidesc7, em que os Estados-Partes
reconhecem o direito de toda pessoa educao (BRASIL, 2007, p. 15-16). Neste sentido, ...esse
texto afirma que a educao deve ter como objetivo o pleno desenvolvimento da personalidadehumana e da sua dignidade, alm do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas
liberdades fundamentais (ibid.).
Dessa forma, tendo em vista que o 2 ODM direciona-se a garantir que at 2015 todas as
meninas e meninos concluam o nvel primrio de ensino (Meta 3A), considerando que o ensino
primrio obrigatrio e deve ser acessvel a todos tambm em consonncia com a Declarao
Universal de Direitos Humanos a proposta do Projeto Flauta contempla, no raio de ao que
atinge, realizar, por suas aes de ensino, formao musical, cultural e formao humana, o
desenvolvimento da personalidade humana e da sua dignidade.
Sendo assim, o Projeto Flauta possui um foco maior/principal no 2 ODM, mas, no entanto,
tambm est relacionado a aspectos do 1 ODM (Erradicar a extrema pobreza e a fome), uma vez
que pelo desenvolvimento de aulas e atividades de educao musical, os alunos que dele participam
gradualmente vo se apropriando de um ofcio o fazer musical e, desta forma, podero encontrar
7Pidesc = Pacto Internacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais, criado em 1966, que contm juntamente
com o Pacto Internacional de Direitos Civis e Polticos, os principais compromissos decorrentes da DeclaraoUniversal dos Direitos Humanos. O Pacto cria obrigaes legais aos Estados-Partes, no sentido da responsabilizaointernacional em caso de violao dos direitos por ele consagrados (Fonte: http://www2.idh.org.br) [nota acrescidapelos autores].
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neste ofcio uma futura rea de profissionalizao, onde podero, por exemplo, caso escolham, atuar
tambm como msicos profissionais e/ou educadores musicais. Assim o Projeto atingir aspectos
relacionados gerao de trabalho e renda, gerao de oportunidades s famlias pobres e incluso
social, conforme principais iniciativas do governo federal brasileiro, descritas no 4 Relatrio
Nacional de Acompanhamento aos Objetivos do Milnio, de 2010. Aspectos relacionados ao 8
ODM tambm encontram-se contemplados no Projeto Flauta, pois o mesmo fruto de uma parceria
pblico-privada, e incentiva estas aes na regio na qual est inserido.
Dados do 4 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos ODM (BRASIL, 2010), pontuam
que, em relao taxa de escolarizao lquida nas faixas etrias de 7 a 14 anos de idade, na Regio
Sul do Brasil, no ano de 2008, existe uma porcentagem de 95,2% de atingimento, e uma taxa de
alfabetizao de pessoas de 15 a 24 anos de idade (segundo sexo, cor/raa e localizao Regies
Brasil), de 99,0% na Regio Sul no ano de 20088.
De acordo com o Ofcio n 10/2010 da Secretaria Municipal de Educao, que especifica a
quantidade de salrios mnimos por famlia e as profisses preponderantes entre os pais e as mes
dos alunos, segue a tabela abaixo.
Tabela 1: Renda mdia das famlias dos alunos do Projeto Flauta e profisses dos pais e mes
8 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios, PNAD; elaborada por Inep/DTDIE, 4 RelatrioNacional de Acompanhamento dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milnio, 2010.
E. M. de EducaoInfantil Beija Flor(Vale Vneto)
E. M. de EducaoInfantil Recanto dosSonhos
E. M. de EnsinoFundamental PedroPaulo Pradella
E. M. de EnsinoFundamental LaSalle
Salriomnimo/famlia
02 (dois) De a 03 (trs) oumais
01 (um) 01 (um)
Profissopredominante pais
- Agricultores- Colaboradores naFbrica de TapetesOriginale
- Pedreiros- Auxiliares gerais- Agricultores- Funcionriospblicos- Algunsdesempregados
- Pedreiros- Operrios- Comerciantes
- Operrios
Profissopredominante mes
- Donas de casa- Colaboradoras naFbrica de TapetesOriginale
- Empregadasdomsticas-Donas de casa
- Empregadasdomsticas
- Empregadasdomsticas
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Grfico 1 Renda mdia das famlias
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3
Percebe-se que, de modo geral, a renda mdia das famlias uma renda considerada, no
contexto brasileiro, uma baixa renda, pois em sua maioria as famlias recebem e sobrevivem com a
faixa de renda de meio a 01 (um) salrio mnimo.
Em relao ao ndice de Evaso Escolar, recebemos a informao da Secretaria Municipal
de Educao que a evaso escolar, no ano de 2009-2010 no existe nas escolas municipais, uma vez
que a sada das crianas da escola no final de 2009 e incio de 2010 ocorreu devido mudana de
cidade, sendo, ento, transferidas para outras escolas.
Em relao ao ndice de Aprovao, recebemos as informaes de duas das escolas,
conforme seguem abaixo.
Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Paulo Pradella (ano de 2009)
1 e 2 ano: 100% de aprovao; 3 ano: 100 % de aprovao; 4 ano: 50% de aprovao.
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Grfico 2 ndice de Aprovao (E.E.F. Pedro Paulo Pradella).
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O Grfico 2 demonstra que a E. M. de Ensino Fundamental Pedro Paulo Pradella possui alto
ndice de aprovao entre os 1, 2 e 3 anos da educao bsica, sendo que o mesmo se reduz pela
metade quando os alunos esto no 4 ano da educao bsica.
Escola Municipal de Ensino Fundamental La Salle (ano de 2009)
1 ano: 100% de aprovao; 2 ano: 75% de aprovao; 3 srie: 78,50% de aprovao; 4 srie9: 100% de aprovao.
1
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4
Grfico 3 ndice de Aprovao(E. M. E. F. La Salle).
O Grfico 3 demonstra que a E. M. de Ensino Fundamental La Salle possui altos ndices de
aprovao entre os quatro primeiros anos iniciais.
Portanto, conforme dados da Secretaria Municipal de Educao de So Joo do Polsine-RS
em relao ao ano de 2009 houve um percentual no municpio de 95% de aprovao,
compreendendo desde 1 at 4 ano do ensino fundamental. Este ndice considervel uma vez que,
uma das principais iniciativas brasileiras de acordo com o 4 Relatrio Nacional de
Acompanhamento dos ODM, na rea da educao, o ndice de Desenvolvimento da Educao
Bsica (IDEB), organizado pelo Ministrio da Educao (MEC), e que considera justamente taxas
de aprovao e reprovao.
9 A durao obrigatria do Ensino Fundamental no Brasil foi ampliada de 08 para 09 anos pelo Projeto de Lei n3.675/04, passando a abranger a Classe de Alfabetizao (fase anterior 1 srie, com matrcula obrigatria aos seisanos de idade), que, at ento, no fazia parte do ciclo obrigatrio (a alfabetizao na rede pblica e em parte da redeparticular era realizada normalmente na 1 srie). Lei posterior (11.114/05) ainda deu prazo at 2010 para Estados e
Municpios se adaptarem. Com essa alterao a denominao utilizada passa a ser ano e no srie (as crianasficaro nas sries iniciais do 1 ao 5 ano). As escolas La Salle e Pradella esto se adaptando a essa Lei, por isso seindica 4 srie. A partir do ano 2011 haver apenas a denominao ano.
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Ao se ter um ndice municipal nos anos iniciais de 95% de aprovao, demonstra-se que
existe uma boa avaliao do desenvolvimento escolar seja do aluno que das instituies de ensino.
Alm disso, apresenta-se de fundamental relevncia, a responsabilizao das crianas desde
pequenas, com sua formao e seu bom rendimento escolar, na qual passam a compreender a si
mesmas como agentes responsveis de seus processos de aprendizagem, e responsveis tambm por
seus resultados e eficincia no estudo. Alm disso, a mensurao deste panorama uma forma de
acompanhar e avaliar a concluso da educao bsica nos municpios brasileiros, que ajuda a
romper com o ciclo de excluso educacional em nosso pas (4 Relatrio Nacional de
Acompanhamento dos ODM, Brasil, 2010).
As aes e atividades do Projeto Flauta esto diretamente direcionadas ao desenvolvimento
da educao bsica/fundamental, uma vez que o mesmo contribui para a qualidade do ensino, pois
enquanto trabalha com os alunos com aulas de msica, estimula-os, paralelamente a continuarem
seus estudos e melhorarem seu desempenho como estudantes. Sendo assim, as aes e resultados
alcanados pelo Projeto Flauta contribuem efetivamente para a qualificao da educao como um
todo, e atingem tambm os professores e diretores das escolas, que tambm se sentem envolvidos,
incentivados e responsveis pela realizao do Projeto nas instituies de ensino em que trabalham.
Portanto, o Projeto Flauta, dentro das propores de alunos que atinge, contribui para o
alcance das metas relacionadas ao 2 ODM.
Est incluso no 2 ODM, objetivar a reduo da evaso escolar, aumentar o nmero de
matrculas, bem como a melhoria da qualidade de ensino, e a elevao do nmero de anos que as
crianas permanecem na escola, ou seja, que se alcance uma reduo da defasagem idade-srie.
Sendo assim, este Objetivo visa como resultado em longo prazo constituir adultos alfabetizados e
2
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3 , 2015, , ,
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que sejam capazes de contribuir para a sociedade em que vivem como cidados e profissionais 10.
Neste ponto podemos visualizar aspectos bem definidos de responsabilizao, como postura tica-
social necessria para o alcance dos resultados a que se prope o 2 ODM, tal como abordado no 4
Relatrio Nacional de Acompanhamento dos ODM Brasil/2010.
importante destacar ainda que todos os alunos que estiveram matriculados no ano de 2009
e que esto matriculados no ano de 2010, seja na educao infantil que nos anos e sries da
educao bsica/fundamental, nas quatro escolas municipais de So Joo do Polsine-RS, em sua
unanimidade participam das aulas de educao musical do Projeto Flauta. Portanto, a msica e a
arte-educao j fazem parte da rotina escolar deste municpio.
Sem dvida, de acordo com Delors et al. (2004) a educao, mais do que nunca, um
tesouro a descobrir. ela que forma e que humaniza o homem. A qualificao da educao e o
incremento da mesma que faz crescer cada um dos sujeitos singulares e a sociedade em que eles
operam, como um todo. Sempre que uma pessoa se capacita e se qualifica como profissional,
levando adiante seus estudos, ela retorna para seu espao de ao, seu campo de trabalho, e age no
mesmo, presta servios a tantas outras pessoas, das mais diversas e variadas geraes, de modo a
contribuir com a formao de tantos outros seres humanos. Assim, ao se investir na formao
continuada e na capacitao dos profissionais de educao, seu trabalho no apenas dignificar a si
prprios, mas estender os benefcios desta dignidade a inmeras pessoas. E assim, gradualmente,
intensificam-se conhecimentos, inteligncias, possibilidades de ao e de crescimento a toda uma
populao.
Fotografia 6: Alunas e Prof. Glauber Carvalho Fotografia 7: Alunos e Prof Viviane Portela
10Fonte: Portal ODM Brasil Ns podemos. Website: . Acesso em: 30 de abril 2010.
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Tendo em vista a proposta e as aes desenvolvidas pelo Projeto Flauta nas quatro escolas
em que o mesmo realizado, podemos relacionar alguns aspectos 11 relevantes que esto
enquadrados dentro dos mbitos do 2 ODM, os quais so tambm trabalhados direta ou
indiretamente pelas aulas e atividades do Projeto Flauta, de acordo com o que segue.
- Criao de oportunidades e estmulo ao ensino fundamental: ao participar das aulas e
desenvolver as atividades do Projeto Flauta os alunos podem se sentir mais motivados e
incentivados aos processos de ensinar & aprender que vivenciam na escola de uma forma geral, o
que os estimula a continuar estudando e permite ampliar a autoestima e o senso valorizao prpria.
- Melhoria da qualidade no ensino: com o desenvolvimento de aulas de msica que
contemplam a linguagem artstica e as objetivaes criadoras os alunos tm acesso a um ensino
mais completo, que inclui as artes como saber/conhecimento e prtica indispensvel na formao
humana. Alm disso, vrias atividades so desenvolvidas pelas professoras da educao bsica de
modo interdisciplinar junto aos professores do Projeto Flauta, incluindo vrios contedos do
currculo escolar que podem ser desenvolvidas e complementadas nas aulas de msica, como por
exemplo, algumas atividades que foram realizadas na data comemorativa da Semana Farroupilha,
em setembro de 2009, e na visita ao Museu Colonial Virgilio Burin, em abril de 2010, que resgata
aspectos histricos e culturais da regio onde as crianas residem.
-Programas esportivos, culturais e educacionais que exijam a permanncia na escola: o
Projeto Flauta por si s um programa cultural e educacional que exige a permanncia dos alunos
na escola, onde aprendem e produzem saber e conhecimento seja na rea musical, seja em reas
no-musicais, mas que tambm so atendidas e desenvolvidas por meio da educao musical.
Segundo o 4 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milnio (BRASIL, 2010, p. 49), ampliar o tempo de permanncia das crianas e adolescentes na
escola pblica outra iniciativa de suma importncia para elevao do desempenho e rendimentoescolar. Nesse sentido, quando a escola oferece atividades educativas tais como prticas esportivas,
de informtica, de artes, de msica, teatro, artesanato e tantas outras, seja no currculo escolar, seja
em outros turnos (atividades extracurriculares), o estudante se sente atrado pelas diversas
atividades que pode desenvolver e aprender, de modo que sua formao global se realiza por meio
11
Estes 7 aspectos destacados nesta parte do texto so exemplos de aes e atividades que esto inclusas na realizaodo 2 ODM, de acordo com o website . Acesso em: 30 de abril 2010.
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das mais diversas linguagens e fazeres que na atualidade mesclam-se a uma slida formao
interdisciplinar. Sendo assim:
-Estmulo educao no meio rural: duas escolas atendidas pelo Projeto Flauta situam-se
no meio rural (Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Paulo Pradella e Escola Municipal
de Ensino Fundamental La Salle So Joo do Polsine-RS), e as aulas do Projeto Flauta, sempre
que possvel, incluem elementos do dia a dia dos alunos, para o desenvolvimento das atividades e
contedos ministrados na educao musical.
-Promoo da autonomia intelectual e do pensamento crtico: este ponto de fundamental
importncia, pois a atividade musical como um todo integra e desenvolve os aspectos
cognitivos/intelectuais, de memria, de percepo, de imaginao, dimenso afetiva (emoes e
sentimentos), ticos e estticos da constituio humana, proporcionando ao aluno que toca um
instrumento musical perceber-se como sujeito agente-responsvel e capaz de objetivar criaes e
produes suas, o que incentiva a autonomia, o pensamento crtico-reflexivo, a autovalorizao de
suas possibilidades de aprender e a prpria autoestima.
- Ampliao dos espaos de conhecimento, arte, cultura e lazer: este ponto tambm
contemplado pela existncia do Projeto Flauta, pois um espao a mais que proporciona o
desenvolvimento e produo integrada de conhecimentos, arte e cultura a todos os alunos que o
integram, bem como escola de uma forma geral, incluindo professores, diretores e tambm os
pais/famlias dos alunos.
- Projetos de integrao da famlia com a comunidade: com a existncia do Projeto Flauta
os pais, sempre que possvel esto presentes estimulando seus filhos ao aprendizado musical e
acompanhando-os nas diversas apresentaes musicais que so realizadas seja na escola, seja em
locais diferentes da comunidade local.
Convm salientar, portanto, que a proposta do Projeto Flauta congrega a formao
continuada de professores, sejam eles os professores que atuam diretamente com o ensino da
A
, , . ,
. A .
A , . 2009, 1,2
(A, 2010, . 16).
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msica/educao musical, assim como os professores da educao bsica das escolas atendidas,
uma vez que precisam acompanhar o desenvolvimento das atividades musicais no dia a dia da
escola. Alm disso, o Projeto Flauta, por suas atividades, incide na qualificao e capacitao na
rea da educao musical (tambm em didtica e pedagogia da msica), por parte dos professores
envolvidos, sendo que com as atividades desenvolvidas e com o objetivo geral a que se prope
trabalha em prol da valorizao dos professores e educadores que se tornam mais aptos a atuao
profissional na competncia do fazer pedaggico musical e nas vrias habilidades que so
necessrias e construdas neste fazer. Portanto, este um Projeto que se prope e ajuda, direta e
indiretamente, a melhorar a qualidade do ensino, e consequentemente seus resultados (proficincia
e progresso), visando o desenvolvimento da educao, tal como os aspectos relevantes contidos
no 4 Relatrio Nacional de Acompanhamento dos ODM (BRASIL, 2010), em relao ao 2
Objetivo.
Importante ainda destacar que a formao continuada de professores uma ao que permite
a replicabilidade de projetos como este. Sendo assim, os professores das escolas municipais de
educao infantil e educao bsica/ensino fundamental aprendem com os professores do Projeto
Flauta durante as aulas de educao musical, e podem, desta forma, multiplicar as aes do projeto
no dia a dia da escola.
Cabe ainda destacarmos e apresentarmos dados qualitativos em relao realizao do
Projeto Flauta.
Ao realizarmos a Pesquisa de Avaliao do Projeto Flauta, que se encontra em andamento,
tendo sido iniciada no ms de maro de 2010, junto aos pais, professores, diretores e alunos do
Projeto, destacamos abaixo algumas respostas (depoimentos) dos entrevistados, que ilustram epontuam questes relevantes acerca do desenvolvimento desse Projeto na comunidade do municpio
de So Joo do Polsine-RS. Apresentamos abaixo o discurso de 07 (sete) sujeitos entrevistados na
Pesquisa de Avaliao do Projeto.
Sujeito 1:
Este trabalho do Projeto Flauta est nos dando a alegria de podermos mostrar ao pessoal de
Polsine que a escola realmente est mais alegre, uma escola mais receptiva, porque msica na
escola um estmulo, um equilbrio, ela busca o equilbrio, a harmonia, o desenvolvimento dacriana (...). E a gente viu resultados fantsticos dentro do desenvolvimento psicomotor da criana(C. S. H., diretora).
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Sujeito 2:
Aps ter recebido o convite da Secretria da Educao para uma reunio, que seria implantado o
Projeto Flauta nas Escolas, atravs da Faculdade Antonio Meneghetti, com o pessoal especialista
nesta rea, sentimos o efeito que seria fundamental e importante para estas crianas desde pequenos,
pois a msica desenvolve a mente, equilibra as emoes, proporciona uma paz de esprito, aumenta
a capacidade de concentrao, as crianas se sentem mais emotivas, aumenta a autoestima das
crianas, e tambm o convvio social entre elas no grupo, no coletivo, pois a gente nota que as
crianas ultimamente andam muito agitadas, e com a msica percebemos que tranquiliza, ela passauma paz, uma tranquilidade. E atravs tambm da msica notamos que o desenvolvimento do
raciocnio lgico das crianas est evoluindo, quanto aprendizagem o processo de ensino-
aprendizagem, a gente percebeu que est cada vez melhor; vi que as crianas quando chegam os
professores de msica na escola eles ficam a mil por hora, eu nunca vi tanta felicidade e tanta
vontade de aprender flauta com vocs(D. B., diretora).
Sujeito 3:
Assim como o Recanto Maestro surgiu numa terra abandonada, o Projeto Msica est povoando
uma terra abandonada de msica nas nossas cabecinhas, das nossas crianas e tambm da gente
que j adulto. Porque a nossa cabea est poluda de msicas, de mdias e msicas, com muitos
tons e no muito aqueles que nos remetem a uma msica erudita, a uma msica que traz uma cultura,
que nos leva a uma emoo mais profunda. Ento, eu tenho certeza que esse Projeto Msica para
estas crianas, quando elas forem adultas vo ter prazer de lembrar que tiveram este projeto na
infncia. Parabns Secretaria de Educao, Prefeitura, ao Recanto Maestro, ao pessoal por essa
iniciativa de ter agregado a Faculdade Antonio Meneghetti, no nosso processo educativo do
municpio de So Joo do Polsine (M. T. B., professora).
Sujeito 4:
A partir que as crianas iniciaram a ter aula de flauta elas se tornaram mais atentas, mais
responsveis com os materiais, e a autoestima delas ficou um tanto mais elevada, eu acredito queisso s veio a somar para as suas vidas(V. M. P., diretora).
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Sujeito 5:
O que eu acho que essa escola de msica uma excelente oportunidade pra eles, pra aprender
alguma coisa a mais, porque eu vi no meu filho a vontade dele de aprender, nunca perdeu/deixou de
ir nos ensaios da msica, e eu acho que uma oportunidade para eles que ao invs de eles estarem
na rua eles esto no grupo deles ensaiando(G. P., pai de aluno).
Sujeito 6:
Eu estou muito contente com o Projeto Flauta, acho que um projeto muito importante, e ficomuito feliz que a minha filha tambm est fazendo parte desse projeto. Eu vejo a diferena, a minha
filha acabou de completar quatro anos, e o entusiasmo que ela chega em casa contando como foram
as aulas, os instrumentos que ela conheceu, e isso muito importante para o desenvolvimento da
criana, para o senso crtico, para o psicolgico, cria at mesmo um lao afetivo a criana chega
em casa e nos conta como foi, ento a gente chega de um dia de trabalho cansada, n, mas chega e
tem o teu filho, tem aquele entusiasmo de contar, chega em casa cantarolando, cantando canes
que aprendeu com os professores nas aulas de msica, isso muito importante, isso faz realmente a
diferena. O brilho no olhar de uma criana, o sorriso, principalmente em se tratando de um filho
n, acho que isso no tem preo. Esse projeto maravilhoso, e eu acho que essa parceria o Recanto,
Prefeitura, Escola, importante saber que tem pessoas que esto preocupadas com o
desenvolvimento das crianas, isso muito importante, bom saber que tem gente preocupada com
isso, n, porque essas crianas sero futuros adultos(E. F., me de aluna).
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3 OBJETIVOS
O objetivo geral do Projeto Flauta realizar aulas de flauta doce para alunos da educao
bsica do municpio de So Joo do Polsine, visando promover o desenvolvimento das habilidades
infantis atravs da educao musical, bem como incrementar, com estas atividades, a formao e a
qualidade de vida dos alunos.
Como objetivos especficos, relacionados diretamente especificidade de atuao do projeto,
apresentam-se:
- Formar conjuntos de flauta doce;
- Produzir arranjos de msica popular para os
conjuntos;
- Gravar as msicas arranjadas com os alunos
participantes do projeto;
-Instrumentalizar os alunos para
performances/apresentaes musicais;
- Divulgar o trabalho realizado por meio de
apresentaes musicais na regio;
- Elaborar um livro de partituras com os arranjos
das msicas, acompanhado do CD gravado pelos
alunos participantes e divulgar esse material na
comunidade.
Fotografia 8: Alunos do Projeto Flauta
(
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Fotografia 9: Alunos do Projeto Flauta
4 DESCRIO DO PROJETO
Atividades As Aulas
O Projeto Flauta possui uma modalidade terico-prtica-vivencial. Durante as aulas as
crianas aprendem a prtica do instrumento, bem como a leitura e escrita da msica, por meio de
partituras musicais; trabalham com atividades para o desenvolvimento da percepo rtmica emeldica; aprimorando a coordenao motora fina ao tocar a flauta-doce; trabalham com as
variaes da intensidade sonora na produo de sons suaves e fortes, desenhando a dinmica
musical que aprimora, gradualmente, a execuo e esttica da msica; e desenvolvem a escuta de si
e do outro, sendo ao mesmo tempo parceiros na prtica musical em conjunto, sabendo respeitar os
momentos em que cada aluno toca, seja como solista, seja em grupo.
Alm disso, a cultura e o repertrio musical so desenvolvidos e ampliados. As msicas
aprendidas e tocadas no instrumento contemplam, alm das preferncias musicais dos alunos,
msicas tradicionais gachas, do cancioneiro infantil brasileiro, msica popular brasileira, msica
erudita, e novidades que so sempre levadas e apresentadas aos alunos pelos professores que
ministram e coordenam as aulas.
Dentre as atividades musicais desenvolvidas e realizadas pelo Projeto Flauta, encontra-se:
- Educao Musical/Arte-Educao: aulas de msica (terico-prticas) mediadas pelo
aprendizado da flauta doce;
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Fotografia 10: Alunos do Projeto Flauta
- Musicalizao Infantil e Iniciao Musical: aulas realizadas com as crianas da educao
infantil;
Fotografias 11, 12 e 13 : Alunos do Projeto Flauta Musicalizao Infantil
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- Canto-coral: formado com alunos que participam do Projeto Flauta.
Fotografia 14: Canto-coral alunos com alunos
Fotografia 15: Canto-coral com alunos de diversas idades,integrantes do Projeto Flauta.
Marcos (datas):
Ano 2009
- Data: 21 de maro de 2009- O Convnio que viabiliza o Projeto Flauta foi assinado pelas
instituies envolvidas, supracitadas;
- Data: abril de 2009 Iniciaram-se as aulas propriamente ditas, ministradas por 01 (um)
professor;- Data: maio de 2009mais um professor comeou a trabalhar no Projeto Flauta.
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-Realizao de apresentaes musicais na comunidade desde o incio do Projeto Flauta:
1) Dia 01 de setembro de 2009: inaugurando as festividades da Semana da Ptria, em So
Joo do Polsine, as crianas realizaram sua primeira apresentao musical na flauta doce
para um grande pblico, onde estiveram presentes as autoridades do municpio, alunos das
escolas municipais e estadual, pais e a comunidade em geral;
2) Dia 26 de setembro de 2009 Dia Nacional da Responsabilidade Social (conferido pela
ABMES Antonio Meneghetti Faculdade): no evento de Lanamento do Filme
Documentrio Recanto Maestro: De um local abandonado a um Centro Internacional de Arte
e Cultura Humanista, para um pblico de mais de mil pessoas que estiveram presentes;
3) Dia 13 de outubro de 2009: tiveram uma aula especial devido ao Dia da Criana, na
Faculdade Antonio Meneghetti;
Fotografia 16: Aula especial no Recanto Maestro
Fotografia 17: Apresentao na II Semana Acadmica de Administraoda Antonio Meneghetti Faculdade/2009.
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4) Dia 16 de outubro de 2009: todas as crianas integrantes do Projeto Flauta apresentaram-
se para um pblico de mais de 400 pessoas, na abertura da II Semana Acadmica do curso de
Administrao da Faculdade Antonio Meneghetti;
5) Dezembro de 2009 - nas comemoraes do Natal de 2009: foram realizadas quatro
apresentaes desde o dia 10 de dezembro de 2009, em vrios locais do municpio.
- Publicaes em Jornais de Notcias da Regio:
1) Projeto Flauta est em andamento no municpio (Jornal Cidades do Vale, Faxinal do
Soturno-RS, maio 2009);
2) Projeto Flauta na escola em pleno andamento(Jornal Integrao, Restinga Sca, junho
2009);
3) Msica e desenvolvimento integral do ser humano(Jornal A Razo, Santa Maria-RS, 04
de outubro de 2009);
4) Projeto musical integra alunos de 4 a 12 anos de idade(Jornal Correio do Povo, Porto
Alegre-RS, 26 de outubro de 2009);
5) Msica marcou a abertura da semana da ptria (Jornal Cidades do Vale, Faxinal do
Soturno, 10 de setembro de 2009);
6) Recanto Maestro, um projeto consolidado(Jornal A Razo, Santa Maria-RS, 03 e 04 de
outubro de 2009);
7) Dia das Crianas comemorado no Recanto Maestro (Jornal Integrao, Restinga Sca-
RS, outubro de 2009);
8) Janelas cantantes so atrao no festival de Natal(Jornal Integrao, Restinga Sca-RS,
24 e 25 de dezembro de 2009);
9) Natal iluminado encanta o pblico(Jornal Cidades do Vale, Faxinal do Soturno-RS, 11de dezembro de 2009);
10) As comemoraes natalinas em Polsine (Jornal Cidades do Vale, Faxinal do Soturno-
RS, dezembro de 2009);
11) Natal foi comemorado no ltimo domingo (Jornal Cidades do Vale, Faxinal do
Soturno-RS, dezembro de 2009);
12) Pscoa comemorada na escola (Jornal Integrao, Restinga ScaRS, 9 a 15 de abril
de 2010).
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Fotografia 19: Alunos do Projeto Flauta tocando violo
- Data: maio de 2010 - Insero da Musicalizao Infantil realizada pelo Projeto Flauta noProjeto Macro da Escola Municipal de Educao Infantil Recanto dos Sonhos intitulado A
criana e a economia local (realizado na zona rural durante o primeiro semestre de 2010, e
zona urbana previsto para o segundo semestre de 2010). Dentre as atividades musicais
realizadas referentes ao tema, est sendo organizada uma pesquisa com as crianas para
conhecer msicos e/ou pessoas que tocam instrumentos musicais e que residam na zona rural
do municpio de So Joo do Polsine-RS.
- Data: nos meses de abril e maio de 2010, as crianas das Escolas Municipais de EnsinoFundamental Pedro Paulo Pradella e La Salle realizaram pesquisas e participaram de ensaios e
aulas referentes Festa do Arroz (2010), cujo tema foi A arte trazida pelos imigrantes.
Dentre as atividades realizadas pode-se destacar:
1) No dia 19 de abril de 2010, as crianas visitaram o Museu Colonial Virglio Burin,
localizado prximo Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Paulo Pradella, onde o
Sr. Alessio Burin, proprietrio do Museu, falou sobre as peas que foram trazidas pelos
imigrantes e mostrou como era o rdio de antigamente e o disco de vinil.2) No dia 04 de maio de 2010, as crianas receberam a visita na escola do Sr. Augusto
Brondani, de 84 anos. Ele toca acordeon e gaita de boca. Tocou para as crianas e contou
como eram os costumes antigos na regio, e que seus avs vieram da Itlia. Foi um momento
muito rico onde as crianas participaram fazendo vrias perguntas.
- No dia 14 de maio de 2010esteve presente, em visita Regio, a Governadora do Estado do
Rio Grande do Sul, Sra. Ieda Crusius. A Governadora foi recebida com uma bela cano por
crianas integrantes do Projeto Flauta, em apresentao no hall de entrada do Hotel Capo
Zorial, localizado no Recanto Maestro. Enquanto a Governadora esteve presente no local as
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Fotografia 20: Apresentao dos alunos da abertura da 55 Festa doArroz de So Joo do Polsine-RS, maio de 2010.
5.2 Aes futuras
- 2010: Finalizar agravao das msicas arranjadas com os alunos participantes do projeto;
- 2010: Continuar instrumentalizando os alunos para performances musicais e realizao de
mais apresentaes musicais na/para a comunidade da Regio da Quarta Colnia de
Imigrao Italiana no Rio Grande do Sul;
- 2010: Divulgar o trabalho realizado por meio de apresentaes musicais na regio, levando
cultura e msica a outras cidades e comunidades;
- 2010: A Associao OntoArte ir financiar a compra de material didtico (apostilas e Cds)
para as aulas de msica, a cada um dos alunos participantes do Projeto Flauta, de acordo
com o cumprimento das tarefas individuais de ensino por parte dos alunos, pautando-se,
deste modo, pela viso da meritocracia;
- 2010/2011: Elaborar um livro de partituras com os arranjos das msicas, acompanhado do
CD gravado pelos alunos participantes e divulgar esse material na comunidade;
- 2010/2011: Ampliao da quantidade de instrumentos musicais a serem utilizados nas
aulas do projeto;
- 2011: pretende-se atingir mais escolas municipais com as aulas do Projeto Flauta, em
outros municpios da Regio. Est previsto a continuidade, no momento, para o municpio
de Restinga Sca-RS;
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- Aes em longo prazo: formar jovens professores/educadores musicais que tenham sido
alunos do Projeto Flauta (os de maior idade), para se tornarem futuramente msicos e/ou
educadores musicais. Neste caso, podero tambm se tornar multiplicadores do Projeto
aes estas que exemplificam e objetivam a replicabilidade do projeto.
6 CONSIDERAES FINAIS
Pelas atividades realizadas com o Projeto Flauta at o presente momento, podemos observar
que o mesmo , de fato, um projeto que est mobilizando vrias capacidades dentre as pessoas que
o integram, a comear pelos aspectos de desenvolvimento da criatividade e capacidades criadoras
do ser humano, da formao integral humana, do incremento da qualidade de vida de crianas,
famlias, instituies-escola envolvidas, e comunidade em geral que aprecia seus resultados, tendo
de modo geral um alcance no desenvolvimento e promoo da qualidade da educao das crianas
que participam do mesmo.
Configura-se como um projeto social atrelado aos Objetivos de Desenvolvimento do
Milnio, que contempla e desenvolve prticas musicais no contexto escolar, bem como interfaces
entre educao musical e incluso social, objetivando, dessa forma, a parceria pblico-privada e o
Este aspecto uma ao futura que se insere no campo dospossveis de cada um dos alunos que se comprometer com sua formaohumana e profissional de modo responsvel. Fica evidente, de acordocom as informaes coletadas na pesquisa que est sendo realizada, pelaresposta de mes e pais que acompanham a realizao do Projeto, pelasaulas nas quais seus filhos participam. Estes pais enfatizam que:
Este Projeto tira as crianas da rua e ensina a estudar commais vontade de ser um dia algum na vida(Pai do alunoLuciano, de 8 anos de idade).
...Hoje ele pensa em tocar em bandas, com violo, outrosinstrumentos e ainda mais ele ficou bem mais calmo(Me do
aluno Guilherme, de 7 anos de idade).
Acho muito bom porque poder surgir uma porta para o alunoser alguma coisa(Pai do aluno Cau, de 6 anos de idade).
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compromisso e responsabilidade social das instituies envolvidas. um projeto que pretende
continuar crescendo e atingir cada vez mais alunos e escolas, em aes que se ampliam no prprio
fazer musical, assim como nas atividades do contexto escolar de uma forma geral.
Portanto, este Projeto est em conformidade e parceria junto ao desenvolvimento e
objetivao dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milnio propostos pela ONU, principalmente
no que diz respeito ao 2 ODM, mas tambm a aspectos do 1 e 8 Objetivos como j apresentados
neste relatrio sendo uma ao bem sucedida originada e implementada pelo Centro Internacional
de Arte e Cultura Humanista Recanto Maestro, junto Associao OntoArte, Antonio Meneghetti
Faculdade e Prefeitura Municipal de So Joo do Polsine RS/Brasil, contemplando as aes de
todas as pessoas responsveis envolvidas em seu fazer e realizar-se.
Em relao a aspectos de replicabilidade importante destacar que o ponto fundamental a
formao das pessoas envolvidas e responsveis pelo projeto. Isto significa que os professores
devem ser formados no que tange a aspectos humanos, tcnicos, prticos, de didtica e tambm de
conhecimento musical. Ao formarmos os professores estaremos investindo no ser humano, que o
principal agente transformador de muitas realidades, e implementador de novas aes tambm.
Formar o ser humano responsvel e comprometido com o projeto que desenvolve a garantia de
continuidade das aes que cada projeto pode realizar no momento atual e futuramente.
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ANEXOS
Desenhos de alguns alunos/crianas acerca do modo como representam o Projeto Flauta.
9 anos de idade
8 anos de idade
7 anos de idade
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