PROJETO INTEGRADOR -LIBRAS

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PROJETO INTEGRADOR MÚLTIPLAS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DA LINGUAGEM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS Coordenadora: Profª Drª Márcia Arouca Responsável pelo projeto: Profª Ma Shizuko Higashi Professor orientador: Profª Ma Rosineide de Andrade Soares Alunos participantes: Alessandra Nogueira Gennari RGM: 111437 Ana Terra M S e Silva RGM:113081 Janaina Candida da Conceição RGM:111112

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PROJETO INTEGRADOR

MÚLTIPLAS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DA LINGUAGEM

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Coordenadora: Profª Drª Márcia Arouca

Responsável pelo projeto: Profª Ma Shizuko Higashi

Professor orientador: Profª Ma Rosineide de Andrade Soares

Alunos participantes: Alessandra Nogueira Gennari RGM: 111437

Ana Terra M S e Silva RGM:113081

Janaina Candida da Conceição RGM:111112

São Bernardo do Campo

1ª sem/2010

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PROJETO INTEGRADOR

MÚLTIPLAS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DA LINGUAGEM

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Alunos participantes: Alessandra Nogueira Gennari RGM: 111437

Ana Terra M S e Silva RGM:113081

Janaina Candida da Conceição RGM:111112

Trabalho acadêmico, do 1º semestre noturno do curso de Letras da Faculdade Anchieta, apresentado como exigência parcial para compor a nota do Projeto Integrador, orientado pela professora especialista Rosineide de Andrade Soares.

São Bernardo do Campo

1º sem/2010

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Sumário Executivo

O Projeto Integrador teve como tema: Suporte da Escrita: metamorfose do

conhecimento. Dentro deste, decidimos abordar as “Múltiplas formas de

linguagem – Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS”, onde tratamos sobre a

linguagem de sinais, a importância dela para a aprendizagem do surdo, a

necessidade que este tem para um intérprete, e mostrando assim a inclusão da

pessoa surda na sociedade. As ações propostas serão fundamentadas nos

referenciais teóricos de HARRISON, K.M.P. O momento do diagnóstico de surdez e

as possibilidades de encaminhamento. In: LACERDA, C.B.F.; NAKAMURA, H.;

LIMA, M.C. (Org.). Fonoaudiologia: surdez e abordagem bilíngüe. São Paulo:

Plexus, 2000. p. 114-122. / QUADROS, Ronice Müller De. SCHIMIEDT, Magali L P

Idéias para Ensinar Português para Alunos Surdos, Porto Alegre, Gráfica Pallotti,

2006 / ROSSI, T.R.F. Um processo em direção ao bilingüismo. In: LACERDA,

C.B.F.; NAKAMURA, H.; LIMA, M.C. (Org.). Fonoaudiologia: surdez e abordagem

bilíngüe. São Paulo: Plexus, 2000. p. 99-102. Tendo ainda nos fundamentados em

alguns sites e artigos da internet, que tratem sobre esse assunto.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................05

I- Breve histórico do Projeto........................................................................06

1.1 Identificação / contextualização dos problemas..........................06

1.2 Justificativa.................................................................................06

1.3 Objetivos do Projeto...................................................................06

II- Desenvolvimento....................................................................................07

2.1 Descrição do Projeto..................................................................07

2.2 Ações Propostas........................................................................07

2.3 Resultados Esperados...............................................................07

III- Viabilidade............................................................................................08

IV- Cronograma do Projeto........................................................................08

4.1 Da implementação do Projeto.....................................................08

V - Projeto.................................................................................................09

VI - Considerações Finais..........................................................................14

VII - Referências..........................................................................................15

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INTRODUÇÃO

O artigo, por nós elaborado, visa mostrar a importância da Língua Brasileira de

Sinais – LIBRAS – como um meio de comunicação que permite a inclusão dos

surdos na sociedade, e o Senador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, no artigo

“Língua Brasileira De Sinais - Uma Conquista Histórica” (2006 . 5) afirma: “A

educação constitui direito de todos os cidadãos brasileiros, surdos ou não, e cabe

aos sistemas de ensino viabilizar as condições de comunicação que garantem o

acesso ao currículo e à informação”.

Essa idéia é reforçada por Quadros e Schimiedt, 2006(p.7), em que LIBRAS e a

Língua Portuguesa são as línguas que permeiam a educação de surdos e se

situam politicamente enquanto direito. Dessa forma a língua de sinais garante a

aquisição da leitura e escrita da língua portuguesa pela criança surda, promovendo

a sua inclusão.

Vivermos em um mundo onde a comunicação é muito importante, e entre os meios

a fala é de total importância. Não significa, no entanto, que as pessoas surdas não

possam se comunicar. Através da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, as

pessoas surdas estão cada vez mais interagindo com a sociedade.

Palavras – Chave: LIBRAS, Educação, Inclusão.

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I - Breve histórico do Projeto

O artigo: A LIBRAS COMO MANIFESTAÇÃO DA LINGUAGEM, tem como função

mostrar a importância das pessoas surdas na sociedade, mostrando este trajeto a

partir das dificuldades e das conquistas, até hoje para essas pessoas.

1.1 - Identificação/ contextualização dos problemas

Conscientizar as pessoas quanto à inclusão de Surdos com a sociedade, como

direito, mostrando as dificuldades desse processo.

1.2 – Justificativa

Ampliar e divulgar o conhecimento sobre o assunto abordado, a LIBRAS para

pessoas surdas.

1.3 – Objetivos do projeto

Conhecer os diversos tipos de linguagem, dando ênfase à linguagem não - verbal,

divulgar ainda mais a Língua Brasileira de Sinais através de um artigo

possibilitando a integração de pessoas surdas com a sociedade.

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II - Descrição do Projeto

Este Projeto teve além de seu embasamento teórico nos livros e sites já citados,

ainda a ajuda da Professora responsável: Ma Shizuko Higashi e a professora

orientadora especialista Rosineide de Andrade Soares.

2.1 Ações Propostas

Os integrantes se reuniram para pesquisas em biblioteca e ficaram encarregados

de ler e resumir partes importantes de livros, artigos, com a intenção de sempre

atualizar os outros integrantes.

2.2 Resultados Esperados

Criar ao final um artigo que aborde o tema Língua de Sinais – LIBRAS, como um

meio essencial para a educação de pessoas surdas.

2.3 Metodologia

Utilizamos em nossa pesquisa bases bibliográficas e alguns sites que abordam o

tema do projeto.

III – Viabilidade7

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Os custos do Projeto foram feitos à partir de Xerox de apostilas, encadernações de

trabalhos, e o Banner, que ao final o custo total foi de 88 reais.

IV- Cronograma do Projeto

4.1 - Da implementação do Projeto

  A implementação do PI foi baseada neste cronograma.

Semana/Data Carga Horária

Conteúdo Programático Metodologia

1ªsem/ 02 h/a Apresentação do  Projeto Integrador  seu conteúdo e contrato pedagógico entre professor e aluno

Texto escrito

2ª  sem/ 02 h/a Formação das equipes e discriminação de tarefas

 

Trabalho em grupo

Até a 3ª  sem/ 04 h/a Definir temas e entrega do cronograma de atividades

Dinâmica de grupos para: Leitura e apresentação do documento

Até a  5ª  sem 10h/a Entrega do documento conceitual

do PI

Aula expositiva- dialogada

.Até a 10ª  sem

10 h/a Desenvolvimento e orientações  

Trabalho em grupo

Até a 15ª  sem

4 h/a Documentação e finalização do Pi

 Aula expositiva

.Até a 17ª  sem

10 h/a Preparação da apresentação do PI

 

Trabalho em grupo

Até a 20ª sem h/a Apresentação do PI Avaliação

A LIBRAS COMO MANIFESTAÇÃO DA LINGUAGEM

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Há uma dificuldade de se localizar as origens das línguas de sinais, por se tratar de

comunidades pequenas e não reunidas geograficamente. O que se conhece até

hoje sobre os surdos e suas línguas de sinais ainda é pouco.

O primeiro livro conhecido em inglês que descreve a Língua de Sinais como um

sistema complexo, na qual “homens nascem surdos e mudos [...] podem

argumentar e discutir retoricamente através de sinais”, data de 1644, com autoria

de J. Bulwer, Chirologia.

Em 1760, na França, o abade I’Epée (Chales Michel de I’Epée: 1712-1789) iniciou

o trabalho de datilologia/alfabeto manual e sinais criados e obteve grande êxito,

sendo que a partir dessa época a metodologia por ele desenvolvida tornou-se

conhecida e respeitada, assumida pelo então Instituto de Surdos e Mudos (atual

Instituto Nacional de Jovens Surdos), em Paris, como o caminho correto para a

educação de seus alunos.

Em 1815 Thomas Hopkins Gallaudet, professor americano de surdos, visitou a

instituição e convidou um dos melhores alunos da escola, Laurent Clerc, a

acompanhá-lo de volta aos Estados Unidos, onde em 1817, os dois fundaram a

primeira escola permanente para surdos em Hartford, Connecticut.

Ao lado de escolas que continuaram a desenvolver o método oralista, em 1821

todas as escolas públicas americanas passaram a se mover em direção à ASL

(Língua de Sinais Americana) como sua língua de instrução, o que levou em 1835 à

uma total aceitação da ASL na educação de surdos nos Estados Unidos. Ramos

(1992) relata que houve em conseqüência dessa atitude uma elevação no grau de

escolarização das crianças surdas, que passaram a atingir o mercado profissional

de nível mais alto.

Surpreendentemente, em 1880, no famoso Congresso de Milão, que reuniu

professores de surdos, as Línguas de Sinais passaram a ser progressivamente

banidas na educação de surdos, só sendo retomadas a partir de 1940 ou mais

tarde. Ainda não se sabe ao certo o motivo deste acontecimento, apenas indícios

apontando para o desenvolvimento da tecnologia das próteses reabilitadoras

gerando uma expectativa de superação da surdez, sobre lutas de poder entre os

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“novos” professores surdos exigindo o afastamento do professores ouvintes, etc.

Já no Brasil, Dom Pedro II, mostrava um interesse especial em educação de

surdos, trazendo inclusive para o país, em 1855, um professor surdo francês,

Ernest Huet, vindo do Instituto de Surdos-Mudos de Paris, com a intenção de

atualizar o trabalho com os surdos com o uso de novas metodologias educacionais.

Sendo em 1857 que Ernest Huet fundou, com o apoio do imperador, o Instituto

Nacional de Surdos Mudos (INSM) no Rio de Janeiro, atual Instituto Nacional de

Educação de Surdos – INES.

Na época, o Instituto era um asilo, escola residência, onde só eram aceitos surdos

do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do país e muitos eram

abandonados pelas famílias.

Em 1873 foi feita a publicação do mais importante documento encontrado até hoje

sobre a Língua Brasileira de Sinais, o Iconographia dos Signaes dos Surdos-

Mudos, de autoria do aluno surdo Flausino José da Gama, com ilustrações de

sinais separados por categorias (animais, objetos, etc).

Em 1911, seguindo os passos internacionais que em 1880 no Congresso de Milão

proibira o uso da Língua de Sinais na educação de surdos, estabelece-se que o

INSM passaria a adotar o método oralista puro em todas as disciplinas. Mas foi

somente em 1957 que a Língua de Sinais foi oficialmente proibida em sala, apesar

de que em depoimento informal, uma professora que atuou naquela época, contou

que os sinais nunca desapareceram da escola, sendo feitos por debaixo da própria

roupa das crianças ou embaixo das carteiras escolares ou ainda em espaços em

que não havia fiscalização.

Em 1969, foi feita uma primeira tentativa no sentido de tentar registrar a Língua de

Sinais falada no Brasil. Eugênio Oates, um missionário americano, publica um

pequeno dicionário de sinais, Linguagem das Mãos, que segundo Ferreira Brito

(1993), apresenta um índice de aceitação por parte dos surdos de 50% dos sinais

listados.

Vivemos numa sociedade onde a língua oral é predominante mas, e quanto as

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pessoas surdas, em que lugar fica na sociedade? Desde que a LIBRAS foi

reconhecida como língua oficial das pessoas surdas (Lei nº 10.436, de 24-4-2002)

novos caminhos foram abertos mas, ainda assim, surgiram polêmicas a cerca do

assunto, tanto entre profissionais quanto para os próprios surdos, sejam eles

oralizados ou não.

Muitos profissionais ainda consideram LIBRAS apenas como gestos e mímicas,

desconsiderando a inclusão educacional das pessoas que se utilizam desta

linguagem para se comunicar.

Considerando o fato de que essa visão oralista da sociedade impera sobre a visão

não oralista, a inclusão de surdos na sociedade é totalmente descartada, apesar de

já existirem por exemplo, na área da informática, muitos softwares que exploram os

recursos visuais no mercado facilitando o acesso ao aprendizado, entretanto, é

importante ressaltar que nem toda a população surda tem acesso a esse tipo de

recurso, levando em consideração a realidade cultural, social e econômica do

nosso país. Mesmo que todos os recursos tecnológicos fossem acessíveis ainda

assim não garantiria o desenvolvimento linguístico nem cultural do surdo.

Deve ser levado em consideração, a inclusão de pessoas surdas adultas no

desenvolvimento educacional para que desde criança aprenda LIBRAS como sua

língua primeira, e a partir desta, possa aprender uma outra língua podendo tornar-

se uma pessoa bilíngue.

A língua de sinais tem extrema importância na vida do sujeito surdo, por meio desta

poderá ser conduzido ao desenvolvimento pleno. Harrison (2000) acredita que essa

língua fornece para a criança surda a oportunidade de ter acesso à aquisição de

linguagem e de conhecimento de mundo e de si mesma. Por isso é importante a

convivência dessa criança surda com a língua de sinais nos primeiros anos de vida.

Para o surdo a língua de sinais é aprendida de forma fácil e rápida, possibilitando

para ele a comunicação, o pensar e a expressão de sentimentos, entretanto a

oportunidade de interagir com o mundo através da sua própria linguagem é

negada. Apesar de tantas imposições a língua de sinais ainda é utilizada entre os

surdos pela mesma necessidade de todos os seres humanos, a de se expressar.

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Segundo Rossi (2000), a criança irá construir uma realidade social e descobrir a si

própria pela comunicação, ou seja, por meio das interações ela passa a se

perceber e se identificar com os outros, conseguindo diferenciar os indivíduos

inseridos em seu meio.

É de grande importância e um direito do surdo, que ele se mantenha em contato

com a sua comunidade, se relacione com os seus semelhantes, para se apropriar

de uma cultura e construção da sua identidade, sem se isolar da comunidade

ouvinte e reconhecendo suas diferenças.

Não se pode mais negar aos surdos o direito de pertencerem a nossa sociedade.

Para que o surdo possa se desenvolver é preciso promover a integração com a sua

cultura para que se identifique e possa se utilizar da língua de sinais como sua

própria.

Uma professora de LIBRAS, da Faculdade de Letras – UFRJ – RJ, prestou um

depoimento, afirmando que no passado, as escolas de ou para Surdos (públicas)

eram precárias e durante muitos anos a sociedade brasileira ouvinte proibiu o uso

da Língua de Sinais aqui no Brasil.

Apesar de ter conseguido algumas vitórias, ainda há muitas metas a serem

atingidas em escolas e universidades públicas para que se tenham professores

Surdos Mestres ou Doutores, também para que se tenham Intérpretes de LIBRAS,

assim como professores bilíngües, para atuarem em salas de aula em todas as

áreas, para que o surdo sinta tranqüilidade em seus estudos.

Ela diz ainda que no momento são poucos os Surdos que sabem as duas línguas,

por isso, somente 1% de Surdos conseguem entrar nas universidades públicas.

Segundo o artigo “Língua Brasileira De Sinais - Uma Conquista Histórica” (Senador

Eduardo Azeredo, 2006) sabe-se atualmente que o número de surdos na

faculdade é pequeno. As barreiras de comunicação são consideradas o maior

entrave para ampliação deste número, pois são poucas as universidades que

possuem intérprete a disposição do aluno ou um núcleo de apoio ao aluno surdo.

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Uma escola tida como referência para pessoas surdas é o INES, que se intitula o

Centro Nacional de Referência na Área da Surdez. Segundo a instituição:

“O Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES,

órgão do Ministério da Educação - MEC, tem como

missão institucional a produção, o desenvolvimento e a

divulgação de conhecimentos científicos e tecnológicos

na área da surdez em todo o território nacional, bem

como subsidiar a Política Nacional de Educação, na

perspectiva de promover e assegurar o

desenvolvimento global da pessoa surda, sua plena

socialização e o respeito as suas diferenças. No Centro

de Referência, encontra-se o colégio de aplicação onde

são atendidos alunos surdos, desde a Educação Infantil

até o Ensino Médio. Além de educação formal, os

alunos recebem atendimento especializado nas áreas

de fonoaudiologia, psicologia e assistência social. Os

cursos profissionalizantes e estágios remunerados

capacitam os surdos para sua inserção no mercado de

trabalho.” (INES/2010 ).

No INES a instrução é passada em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), e o

Português é ministrado como segunda língua. Atualmente são 449 alunos surdos,

cursando o ensino regular. Além disso, a instituição oferece aos seus alunos, ex

alunos e aos surdos da comunidade a oportunidade de aprender uma série de

cursos profissionalizantes.

O instituto INES, abriu uma universidade no ano de 2004, o projeto começou com

30 vagas para o curso de pedagogia. Apesar de ter sido voltada para pessoas

surdas, a universidade não foi só para esses estudantes. A proposta que foi

enviada ao Ministério da Educação (MEC), dizia que apenas uma reserva de 50%

das vagas era para pessoas surdas, sendo os outros 50% para pessoas ouvintes,

mas que tivessem noções de LIBRAS.

Atualmente o INES abriu vagas também na Pós Graduação para surdos. O curso

de Pós-Graduação Lato Sensu - Surdez e Letramento em Anos Iniciais para

Crianças e EJA, oferece um total de 40 vagas, sendo para candidatos surdos e

ouvintes.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de algumas vitórias terem sido conquistadas, como escolas para surdos,

faculdades, Pós Graduação, algumas coisas ainda têm que serem mudadas, pois

apesar dessas escolas e cursos, ainda é muito difícil encontrar professores aptos,

com uma boa formação para ensinar essas pessoas, além ainda, das escolas,

faculdades e até mesmo a pós graduação voltadas para pessoas surdas, não

serem só direitos delas, tendo ainda que dividir as vagas com pessoas ouvintes.

A inclusão de pessoas surdas com a sociedade é ainda um caminho que tem muito

a melhorar, como por exemplo, a falta de intérpretes de LIBRAS no Brasil, e as

dificuldades que isso acaba ocasionando. É muito difícil para pessoas surdas

aprenderem a Língua Portuguesa sem intérpretes e ainda mais difícil se situarem

na sociedade sem um ensino regular, acadêmico, ou sem uma profissão. Portanto,

ainda são muitas as mudanças a serem feitas, batalhas a serem vencidas para que

se possa existir uma sociedade onde realmente todos tenham direito e condições

necessárias à educação, trabalho e saúde, entre outros, que qualificam as

condições, de fato, de cidadania.

REFERÊNCIAS

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Page 15: PROJETO INTEGRADOR -LIBRAS

Bibliografias:

HARRISON, K.M.P. O momento do diagnóstico de surdez e as possibilidades de

encaminhamento. In: LACERDA, C.B.F.; NAKAMURA, H.; LIMA, M.C. (Org.).

Fonoaudiologia: surdez e abordagem bilíngüe. São Paulo: Plexus, 2000. p. 114-

122.

QUADROS, Ronice Müller De. SCHIMIEDT, Magali L P Idéias para Ensinar

Português para Alunos Surdos, Porto Alegre, Gráfica Pallotti, 2006

ROSSI, T.R.F. Um processo em direção ao bilingüismo. In: LACERDA, C.B.F.;

NAKAMURA, H.; LIMA, M.C. (Org.). Fonoaudiologia: surdez e abordagem bilíngüe.

São Paulo: Plexus, 2000. p. 99-102.

Sitegrafias:

- Curso de pós-graduação lato sensu: surdez e letramento em anos iniciais para

crianças e eja Disponível em: http://www.ines.gov.br/P%C3%93S-GRADUA

%C3%87%C3%83O%20INES-ISERJ%20-%20SITE.pdf Acesso em: 24/05/2010

- DIZEU, Liliana C T De Brito. CAPORALI, Sueli Aparecida A Língua de Sinais

construindo o Surdo como Sujeito Disponível em:

http://www.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/docs/midiateca_artigos/educacao_surdos_lingu

a_sinais/a-lingua-sinais-constituindo-surdo-sujeito.pdf Acesso em: 26/05/2010

- INES.Disponível em: http://www.ines.gov.br/Paginas/oquefazemos.asp.Acesso

em: 20/05/10

- Instituto de surdos abre universidade este ano Disponível em:

http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=10559 Acesso em:

24/05/2010

- Língua Brasileira De Sinais “Uma Conquista Histórica” Disponível em:

http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/deficiencia_mobilidade_reduzid

a/acessibilidade/0006/Libras_Uma_conquista_historica.pdf Acesso em: 24/04/2010

- RAMOS, Regina Clélia LIBRAS: A Língua de Sinais dos Surdos Brasileiros

Disponível em: www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo2.pdf Acesso em:

24/05/2010

- SALERNO, Myrna As dificuldades de inclusão dos Surdos Brasileiros e dos

Intérpretes de libras nas Universidades Públicas Disponível em:

http://www.feneis.com.br/page/materias_universidadepublica.asp Acesso em:

24/05/2010

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