Projeto LED Hopi Hari

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LED na sala de aula 2008 sugestão de atividade pedagógica complementar Material desenvolvido por NIPEC todos os direitos reservados HOPI HARI S/A sugestão de atividade pedagógica complementar Volume 1 – Física 1ª edição Laboratório Educativo Hopi Hari – LED Núcleo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Consultoria – NIPEC

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LED na sala de aula 2008

sugestão de atividade pedagógica complementar

Material desenvolvido por NIPEC – todos os direitos reservados HOPI HARI S/A

sugestão de atividade pedagógica complementar

Volume 1 – Física1ª edição

Laboratório Educativo Hopi Hari – LEDNúcleo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Consultoria – NIPEC

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Prezado Professor,

Você está recebendo uma sugestão de atividade complementar, que irá orientá-

lo na preparação e realização de um projeto educativo a ser realizado, em parte na escola e em

parte no Hopi Hari. Esta sugestão de atividade contempla três momentos distintos:

Introdução

Visitação

Avaliação

A idéia é que os momentos sejam realizados para que os objetivos possam ser

atingidos com a qualidade LED/NIPEC, garantindo a satisfação de todos os envolvidos.

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atingidos com a qualidade LED/NIPEC, garantindo a satisfação de todos os envolvidos.

O sucesso de um trabalho, seja ele de qualquer natureza, dependerá, indiscutivelmente, da

preparação e a da disposição dos envolvidos, do suporte técnico-financeiro e da adequação

entre proposta, local e metodologia. Para aventurar-se no desconhecido é preciso coragem.

Esperamos que as etapas de um trabalho de campo, num espaço não formal de ensino, descritas

aqui, possam iluminar seu caminho e orientar seu trabalho em direção ao sucesso. Boa leitura!

Qualquer dúvida ou na necessidade de maiores esclarecimentos, escreva para

[email protected]

Márcio Miranda

Assessor Pedagógico do LED HOPI HARI

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Educação é um dos valores do parque temático Hopi Hari. Desta forma, o parque fundou em

2002 um departamento denominado Laboratório Educativo, cujo conceito foi elaborado pelo

jornalista e educador Gilberto Dimenstein e que reúne experiências educativas realizadas com

sucesso nas suas dependências. Desde 2005, o NIPEC (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa,

Ensino e Consultoria) assessora o Laboratório na criação e implementação das oficinas, além

de promover a capacitação daqueles diretamente envolvidos com elas. O LED hoje conta com

diversas oficinas elaboradas sobre diferentes conteúdos curriculares, para distintos segmentos

educacionais e tem como missão: “transformar a educação em algo mais eficiente e prazeroso.

Criando um laboratório a partir do parque, transformando numa sala de aula interativa para a

aplicação prática das mais diversas matérias: física, biologia e química, passando por história,

FUNDAMENTOS DA PROPOSTA

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aplicação prática das mais diversas matérias: física, biologia e química, passando por história,

geografia, estudos sociais inclusive artes plásticas”.

Aprendizagem, segundo Piaget, é a composição de cognição e afeto. Assimilar e acomodar

novos conceitos, novas experiências ou novas aprendizagens é, indiscutivelmente, mais

significativo e duradouro se as oportunidades educativas se fizerem com o envolvimento

efetivo entre professores e alunos e se os assuntos tiverem conexão com suas experiências e

expectativas. Acreditamos que o LED, por estar localizado no Hopi Hari, oferece ao aluno

visitante uma experiência emocionante pela própria natureza das atrações, repletas de encanto

e magia que naturalmente as constituem, cabendo aos professores realizarem os devidos

recortes a fim de criar situações significativas de aprendizagem. Esse envolvimento emocional,

que inegavelmente existe no parque, aliado ao estudo comprometido dos educadores na busca

de construírem atividades significativas, é sustentado pelo aprendizado pela diversão.

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FUNDAMENTOS DA PROPOSTA

Aprendizado pela diversão

“Muitas vezes o aluno se sente diante do professor como se ele falasseuma língua estrangeira, incompreensível. Hoje em dia são tantas informações, que todo mundose sente como se várias pessoas falassem a mesma coisa o tempo todo, como se elas falassemlínguas estrangeiras, fosse um grande mercado. Porque nunca se produziu tanto conhecimentonum prazo tão curto. Então nossa imagem fica jogada em mil pedaços e o papel do professor édar sentido, é concatenar, é colocar peça por peça. E essa é a grande experiência do Hopi Hari.

É fazer com que o parque seja um laboratório, um campo deexperimentação pra traduzir o cotidiano. A nossa idéia éfazer com que esse parque seja, o ano todo, um espaço deeventos que sejam traduzidos para os alunos mas, mais doque isso, o nosso projeto não acredita em marketing e nemapenas em diversão pela diversão, o nosso projeto é dediversão para o aprendizado. É por isso que a figura principalno processo não é nem o brinquedo, nem o aluno: é oprofessor, é ele quem vai dar alma para esta colagem e é porisso que todo o processo começa com o professortrabalhando materiais didáticos, trabalhando Home Page,

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Gilberto Dimenstein

Atento às questões educacionais, o LED continuamente busca referências que possam

nortear a elaboração de suas oficinas e de seus projetos. Desta forma, dentre todas as

possibilidades, merece destaque o relatório "Educação: um tesouro a descobrir" (Delors et

al., 1996) que traz para discussão importantes aspectos das questões que envolvem o tema

educação na atualidade. A fim de ilustrar nosso posicionamento, recortamos o

pronunciamento no que se refere especificamente aos quatro pilares: aprender a conhecer,

aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

trabalhando materiais didáticos, trabalhando Home Page,fazendo oficinas, para que ele possa, junto com o aluno,entender o cotidiano que nós estamos tentando traduzir nosbrinquedos, nos livros, nas peças, nas oficinas. Porque nomeu modo de ver, a sala de aula tem que ser como meujardim, um lugar que a gente possa decodificar a informaçãomas com muito prazer. A educação, no fundo, é apenas umaforma de você dar autonomia para as pessoas. E quanto maisprazer as pessoas têm nessa autonomia, mais bem educadoela vai ser. E sem o professor, esse prazer simplesmente nãoexiste.”

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O primeiro deles é aprender a conhecer. Ao contrário de outrora, não importa tanto hoje aquantidade de saberes codificados, mas o desenvolvimento do desejo e das capacidades deaprender a aprender. Compreender o mundo que rodeia o aluno, tornar-se, para toda a vida,"amigo da ciência", dispor de uma cultura geral vasta e, ao mesmo tempo, da capacidade detrabalhar em profundidade determinado número de assuntos, exercitar a atenção, a memória eo pensamento são algumas das características desse aprender que faz parte da agenda deprioridades de qualquer atividade econômica. Este é um processo que não se acaba e se ligacada vez mais à experiência do trabalho, à proporção que este se torna menos rotineiro.

O segundo pilar é aprender a fazer. Conhecer e fazer, diz-nos o Relatório, são, em largamedida, indissociáveis. O segundo é conseqüência do primeiro. Em economias crescentementetecnificadas, em que ocorre a "desmaterialização" do trabalho e cresce a importância dosserviços entre as atividades assalariadas e em que o trabalho na economia informal é constante,deixa-se a noção relativamente simples de qualificação profissional. Passa-se para outra noção,mais ampla e sofisticada de competências, capaz de tornar as pessoas aptas a enfrentarnumerosas situações e a trabalhar em equipe. Isso ocorre nas diversas experiências sociais e detrabalho que se apresentam ao longo de toda a vida.

O terceiro pilar é aprender a viver juntos, desenvolvendo a compreensão do outro e a

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Pronunciamento: "Os Quatro Pilares da Educação: O seu Papel no

Desenvolvimento Humano " - São Paulo - SP, 13 de junho de 2003

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O terceiro pilar é aprender a viver juntos, desenvolvendo a compreensão do outro e apercepção das interdependências, no sentido de realizar projetos comuns e preparar-se paragerir conflitos. Em contraposição à competitividade cega, a qualquer custo, do mundo de hoje,cabe à escola transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, ao mesmotempo, tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os sereshumanos. Para isso, não basta colocar em contato grupos e pessoas diferentes, o que pode atéagravar um clima de concorrência, em especial se alguns entram com estatuto inferior. Épreciso, para isso, promover a descoberta do outro, descobrindo-se a si mesmo, para sentir-sena pele do outro e compreender as suas reações. E, além disso, tender para objetivos comuns,trabalhando em conjunto sobre projetos motivadores e fora do habitual, cuja tônica seja acooperação.

Por fim, o quarto pilar é aprender a ser. A Comissão reafirmou que a educação devecontribuir para o desenvolvimento total da pessoa, isto é, espírito e corpo, inteligência,sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Cabe à educaçãopreparar não para a sociedade do presente, mas criar um referencial de valores e de meios paracompreender e atuar em sociedades que dificilmente imaginamos como serão. Este pilarsignifica que a educação tem como papel essencial "conferir a todos os seres humanos aliberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam paradesenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu própriodestino" (Delors et al., 1996).

Disponível em http://www.unesco.org.br/noticias/opiniao/index/index_2003/pilares_educacao/mostra_documento

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A realização de uma atividade isolada e descontextualizada pelo LED pouco

contribui para aprendizagem dos alunos visitantes, se comparada ao seu potencial quando

acontece em sintonia com a proposta da instituição de ensino. Dessa forma, nossa estrutura se

alicerça em três momentos distintos: introdução, visitação e avaliação. Cada uma delas possui

claramente: objetivo, justificativa e metodologia, que podem ser ajustadas numa via de duas

mãos entre professores e LED.

Etapas

1. Introdução

Nesta etapa o professor deve preparar seus alunos para a saída, motivando-os a

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vivenciar um dia com muito mais do que simples diversão, mas também voltado ao

aprendizado.

Contextualização

Toda conversa tem um ponto de partida. Ninguém consegue, pelo menos de

forma eficiente, abordar um assunto sem explicar quais são os pressupostos que o sustentam.

Em outras palavras, é preciso explicitar com clareza, principalmente se pensarmos na relação

professor-aluno, quais idéias antecederam a informação que se pretende apresentar. Dessa

forma, contextualizar significa criar uma situação para introduzir um assunto. Existem várias

formas de desenvolvê-la: vídeos, fotos, textos jornalísticos, biografias e curiosidades, entre

outras. Entretanto, é fundamental, independente do mecanismo escolhido, que o recurso

contemple a realidade do aluno envolvido no processo. Portanto, é imperativo cuidar da

linguagem, da agilidade das idéias e do recorte da informação, sempre de acordo com os

objetivos do trabalho que se inicia.

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Problematização

A Ciência avança, entre outras formas, respondendo a questões que são postas

continuamente pela comunidade científica, pela história da Ciência, ou mesmo pela

curiosidade inerente aos seres humanos. Segundo Gaston Bachelard, estudioso das teorias do

conhecimento, todo conhecimento é uma resposta a uma questão. Portanto, a maneira mais

indicada para iniciar uma discussão consiste em possuir um conjunto de questões referentes a

um determinado assunto ou fenômeno. Essas perguntas podem, em princípio, partir do próprio

professor ou, por meio do exercício e da prática, ser elaboradas em conjunto com os alunos. É

importante que elas sejam pertinentes, intrigantes e estimulantes. Uma pergunta bem elaborada

desperta o processo de aprendizagem envolvendo os alunos para a construção dos elementos

relevantes na elaboração da resposta ou das respostas. Dessa forma, os conteúdos (sejam eles

conceituais, procedimentais ou atitudinais) se constituem em um meio para o trabalho e não

em seu objetivo final. O conhecimento aparece como ferramenta para uma proposta maior. As

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em seu objetivo final. O conhecimento aparece como ferramenta para uma proposta maior. As

perguntas devem, necessariamente, estar ligadas à provocação inicial.

Socialização

Construir um conhecimento estruturado, como se espera de um indivíduo que

procura alcançar os estágios formais de pensamento, não é tarefa simples. São exigidas

reflexão, coordenação e reelaboração constantes. Esses exercícios podem ser executados nos

trabalhos realizados em grupo, nos quais os alunos são obrigados a compartilhar suas idéias e

depois defendê-las perante a turma. Socializar pensamentos é tão importante para quem ouve,

como para quem fala. Anna Maria Pessoa Carvalho, pesquisadora da Faculdade de Educação

da USP, argumenta a respeito do exercício da socialização; afirmando que é durante as etapas

de reflexão sobre as maneiras de tratar um problema e as razões de suas ações, que os alunos

têm oportunidade de construir sua compreensão e, enquanto contam o que fizeram para o

professor e para a classe e descrevem suas ações, vão estabelecendo, em pensamento, as

próprias coordenações conceituais, lógico-matemáticas e causais.

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A partir dessa idéia, destacamos três movimentos relevantes no trabalho em

grupo:

• tempo para respostas individuais: antes de ser colocado em confronto, é importante permitir

ao aluno estruturar seu pensamento. Suas respostas trazem à tona as concepções espontâneas

relevantes para conectar os saberes já conquistados com aqueles que se pretende estabelecer.

Além disso, revela ao aluno que todos somos capazes de contribuir para a compreensão do

problema e reafirma a sua importância no processo;

• trabalho em pequenos grupos: é hora de contrapor suas idéias com as dos outros. De acordo

com Thomas Kuhn, estudioso das teorias do conhecimento, a Ciência não progride sem troca

de idéias e sem confrontos entre interpretações. Além disso, no trabalho entre indivíduos em

que um não exerce poder sobre o outro, desenvolve-se a autonomia, pois a relação se

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estabelece em situação de igualdade, o que favorece o surgimento do

respeito mútuo. É válida a seguinte seqüência de eventos: confrontação, desequilíbrio, avanço

intelectual e interpessoal, nova confrontação, novo desequilíbrio e novos avanços;

• painel: o exercício supremo de assembléia. Numa discussão com toda sala, faz-se o exercício

dos apontamentos das questões discutidas pelos grupos. Os resultados obtidos podem ser

organizados sob a forma de quadro sinótico e trazem as diretrizes para as próximas etapas.

Aqui se destaca a importância do professor ao, juntamente com seus alunos, fazer a leitura

dessas informações, que nem sempre são explícitas. Muitas vezes sabemos de antemão quais

repostas são prováveis, mas felizmente algumas são inesperadas, e nesse momento ocorre

crescimento. O resultado desse painel deverá aparecer na forma de tarefas, das quais algumas

serão do professor e outras dos grupos de alunos, o que presume responsabilidade

compartilhada. Nesse momento, o aluno percebe que o professor também terá trabalho, como

ele. Obviamente, o professor não mais deve ser visto como centralizador das informações, mas

como articulador de estratégias, para encontrá-las conjuntamente com a sua turma.

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2. Visitação

Este é o momento da saída propriamente dita em direção às instalações do

parque. Situação em que a equipe do Hopi Hari dará todo suporte para que o professor atinja

seus objetivos previamente estabelecidos.

Se todas as etapas anteriores forem bem trabalhadas, esta será a parte mais fácil

de acontecer. Acreditamos ser extremamente importante construir uma relação honesta com o

grupo: repartir com os alunos a importância do trabalho não só para eles, que estão

experimentando uma proposta inovadora, mas também para o professor, que está investindo na

sua carreira e realizando-se profissionalmente. É imprescindível explicar que toda produção de

conhecimento passa, necessariamente, por tentativas, erros, acertos e planejamentos; existem

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receios do professor com respeito à segurança de todos e à possibilidade de não existir

produção intelectual. A saída para o parque será inevitavelmente divertida, porém a

repercussão será grandiosa e os resultados perfeitos se, além da diversão, houver

aprendizagem.

3. Avaliação

Essa é a situação em que o professor pode colher os frutos do trabalho

desenvolvido. É recomendável que, na volta à sala de aula, o professor promova situações de

reflexão e sistematização dos conteúdos aprendidos, como por exemplo, a confecção de

relatórios, mostras de ciência, redações, blogs, entre outras possibilidades.

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Resultados

Não acreditamos na eficiência da realização de uma avaliação formal após um

trabalho como esse. É importante mostrar preocupação com a avaliação e encontrar outras

formas além daquelas tradicionais:

• produzir relatórios ou textos para um livro;

• Cartazes ou apresentações em seminários;

• Teatro, jornal ou outras formas de expressão;

Na hora de avaliar através de outros mecanismos, a melhor pergunta a ser feita

aborda o que o aluno aprendeu e não se ele aprendeu. Resolver listas de exercícios pode ter a

sua utilidade, pois permite a compreensão de situações reais, aplicação de conceitos e

repetições necessárias que são etapas importantes para a aprendizagem. Porém, só isso é muito

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pouco. De fato, ninguém garante que manejar fórmulas, decodificar símbolos que representam

fenômenos e responder questões que sempre apresentam as mesmas premissas significam que

o aluno saiba mais.

Documentação

É fundamental desenvolver o hábito de registrar as situações de aprendizagem.

Contar apenas com a memória a cada início de ano letivo para elaborar o planejamento é

arriscado. Anotar idéias soltas, organizar e relatar ações como foram planejadas e como

realmente ocorreram permitirá que não se repita o mesmo erro. Além disso, o registro de

nossas ações ao longo de um ano de trabalho pode trazer uma sensação de trabalho cumprido.

Fotos, vídeos, trabalhos dos alunos, entrevistas com os envolvidos são exemplos de ações

válidas e relevantes.

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Essas três macro etapas (compostas por suas etapas intermediárias) são

sustentadas por inúmeras teorias de educação em espaços não-formais, e têm como objetivo

pedagógico o desenvolvimento das cinco competências exigidas pelo Exame Nacional do

Ensino Médio (ENEM), com destaque para a competência IV que propõe:

“Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e

conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir

argumentação consistente.”

Com base nisso, o LED, em parceira com o NIPEC, criou o conceito de

Experimentação Consciente, que consiste na validação da atividade lúdica que o parque

naturalmente oferece ao aluno visitante, por meio de reflexões e análises das situações reais a

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que foi submetido, à luz do conhecimento produzido pela humanidade. São os saberes práticos

e acadêmicos que se transformam no saber escolar contextualizado e significativo.

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Contextualização:

Professor, procure explicar para os alunos que o objetivo da visita é a realização de umasugestão de atividade pedagógica complementar concebida em parceria (Secretaria de Estadoda Educação – Laboratório Educativo Hopi Hari) que tem por finalidade possibilitar aos alunosa Experimentação Consciente dos brinquedos de Hopi Hari. A Experimentação Conscienteconsiste na possibilidade da utilização dos brinquedos refletindo acerca dos conceitos,fenômenos e sensações presentes a cada momento de diversão.

Problematização:

A aula será centrada na apresentação de duas imagens. Diante delas, o professor realizaráalgumas perguntas aos alunos nas quais as respostas levarão a discussões sobre algunsconceitos físicos.

Aula Inicial (esta parte acontecerá em sala de aula, antes da visita)

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Imagem 1: “A queda d’água” – M.C. Escher Imagem 2 – Montezum Hopi Hari

1a pergunta: O que nesta imagem lhe chama atenção? Por quê?

2a pergunta: Fisicamente é possível este percurso para a água? Explique.

3a pergunta: Quais as possíveis relações entre estas figuras?

4a pergunta: Qual(is) o(s) princípio(s) de funcionamento Montezum?

Após a discussão das imagens, os alunos deverão receber o questionário a seguir edesenvolver suas respostas em grupos com um número de participantes de acordo com apreferência do professor.

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Este questionário deve começar a ser respondido em sala. Parte das respostas deverá sercomplementada em casa e a última pergunta deverá ser respondida no Hopi Hari.

1.Você sabe o que é energia? Procure no dicionário o significado desta palavra e compare comoutras definições que você pode encontrar no seu material didático ou na rede mundial decomputadores ou ainda em livros técnicos e até mesmo com profissionais que você acrediteque possam conhecer essa resposta.

2. A energia se manifesta na natureza de diversas formas. A nossa volta, ao longo do dia, nosdeparamos com ela em vários objetos e máquinas, seja dentro de um celular ou no motor deum carro. Aliás, são poucas as coisas que nos cercam que não utilizam transformações deenergia. Tente listar as formas de energia que você pode observar em sua vida, como, porexemplo, a energia química da bateria de um celular, a energia elétrica que faz funcionar umliquidificador, a energia que você gasta andando de bicicleta, na pilha de uma máquinafotográfica e no motor de um carro. Quantas mais você conseguiria relacionar?

Questionário para os alunos:

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3. A física organiza o conceito de energia em duas classificações: energia Cinética e energiaPotencial. Levante informações em livros, sites etc, que o ajude a escrever o significado decada uma destas classificações. Após esta pesquisa, rapidamente, descreva como estasdefinições se aplicam na sua lista da questão anterior.

4. Agora que você conhece conceitos a respeito do que é e como se organiza a energia, vamosentender como este conceito fundamental em nossas vidas é aplicado em um parque dediversões.

No Hopi Hari a energia se encontra nas mais diversas formas e sempre se transforma.Aproveite o seu dia no parque e descreva como ela aparece e quais as transformações queela sofre em alguns brinquedos. Pense na Montezum e na La Tour Eiffel, por exemplo, eentenda seu funcionamento, assim você será capaz de dizer como a energia se comporta nestassituações.

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Experimentação (esta parte acontecerá no parque no dia da visita)

− Palestra e experimentação: numa apresentação de 50 minutos discutiremos astransformações de energia presentes nos brinquedos do Hopi Hari destacando, em especial, aMontezum (montanha russa de madeira). Por meio de uma análise interativa, dinâmica edivertida abordaremos as relações entre as variáveis físicas relevantes a compreensão doconceito de transformação de energia com a intenção de que os alunos projetem uma montanharussa.

Avaliação (esta parte acontecerá em sala de aula após a visita)

Proposta de construção de montanha russa

Questionário para os alunos:

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Cada grupo de alunos (quantidade definida a critério do professor) deverá elaborar umprojeto de construção de uma montanha russa que seja ousada, porém viável. Radical, mascom o menor orçamento. Propomos o controle de algumas variáveis como: custo (por metro)de trilho construído; taxa de perda de energia nos trilhos por quilômetro percorrido; motoresdisponíveis com especificações de potência e custo. O objetivo é projetar uma montanha-russaradical que, de fato, pudesse ser construída fisicamente. Os aspectos avaliados serão:velocidade máxima, menor custo de construção, menor consumo de energia elétrica por volta,maior looping e quantidade de loopings.

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Prezada empresa de projetos,

Sr. Ropi Ra Ari, presidente e proprietário do parque de diversões que leva seu nome, abre,nesta data, uma concorrência pública para a construção de uma nova montanha russa nasdependências do parque. Os projetos, obrigatoriamente, devem respeitar a viabilidade física defuncionamento, porém outros aspectos serão considerados na escolha da melhor montanharussa:

- nome (0 a 5 pontos atribuídos de acordo com a criatividade)

- custo de construção (0 a 10 pontos atribuídos em ordem decrescente)

- custo de funcionamento – energia elétrica consumida por volta (0 a 5 pontos atribuídos emordem decrescente)

- custo de funcionamento – manutenção por volta (0 a 5 pontos atribuídos em ordemdecrescente)

- maior quantidade de passageiros por volta (0 a 5 pontos atribuídos em ordem crescente)

- maior velocidade máxima (0 a 5 pontos atribuídos em ordem crescente)

- maior looping (0 a 5 pontos atribuídos em ordem crescente)

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- maior looping (0 a 5 pontos atribuídos em ordem crescente)

- maior quantidade de loopings (0 a 5 pontos em ordem crescente)

Custos que todas as empresas devem considerar nos seus projetos:

- Metro linear de construção do trilho – R$ 25.000,00

- Quilowatthora (pessoa física) – R$ 1,50

Especificações técnicas

•20% da energia mecânica é perdida em 1 km percorrido pelo carrinho

•motor 1 - potência 1000 kW taxa de perda 10%

•motor 2 – potência 500 kW taxa de perda 5%

•carro: lotação 4 pessoas/massa 1 tonelada

Bom trabalho e boa sorte!

Atenciosamente.

_______________________________

Ropi R. Ari