Projeto LIED - 2010

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CABO FRIO NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL PROJETO DE DINAMIZAÇÃO DE LABORA- TÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA COLÉGIO MUNICIPAL RUI BARBOSA Claudine Alvarenga Silva Apresentado ao Núcleo de Tecnologia Municipal de Cabo Frio SEME, como parte do processo seletivo para Multiplicador Tecnológico. Cabo Frio, janeiro de 2010.

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Projeto de dinamização de LIED - apresentado ao NTM ( Núcleo de Tecnologia Municipal) de Cabo Frio, como parte do processo seletivo para MT.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CABO FRIO

NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL

PROJETO DE DINAMIZAÇÃO DE LABORA-

TÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA –

COLÉGIO MUNICIPAL RUI BARBOSA

Claudine Alvarenga Silva

Apresentado ao Núcleo de Tecnologia

Municipal de Cabo Frio – SEME,

como parte do processo seletivo

para Multiplicador Tecnológico.

Cabo Frio, janeiro de 2010.

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PROJETO DE DINAMIZAÇÃO

DE LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

EDUCATIVA - CMRB

I – IDENTIFICAÇÃO

Escola: Colégio Municipal Rui Barbosa

Endereço: Rua Rui Barbosa, 568, Centro, Cabo Frio

Diretor: Luiz Carlos Correa de Melo

Diretor adjunto: Flávio Carvalho Dantas

Dirigentes de Turno:

1º turno: Solange Pereira Palace

2º turno: Daniela Oliveira das Neves

3º turno: Claudine Alvarenga Silva

II – PÚBLICO ALVO:

Alunos, professores, direção, equipe técnico pedagógica e funcioná-

rios do Colégio Municipal Rui Barbosa.

III – PERÍODO :

- Ano letivo de 2010 ( fevereiro a dezembro).

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IV – INTRODUÇÃO

Eu tô aqui Pra quê?

Será que é pra aprender?

Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?

Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater

(...)

Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação - Ué não te ensinaram?

- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..

(...) Então eu fui relendo tudo até a prova começar

Voltei louco pra contar: Manhê! Tirei um dez na prova

Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova Decorei toda lição

Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!)

Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi

(...) Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida

Discutindo e ensinando os problemas atuais E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais

Com matérias das quais eles não lembram mais nada

( ...)

( ESTUDO ERRADO – GABRIEL, O PENSADOR)

O processo educacional brasileiro viveu recentemente um momento de

crise, onde verificava-se baixos índices de aprovação, alto índice de evasão

escolar e poucos anos de permanência na escola.Vivenciávamos uma situação

muita próxima à descrita na música de Gabriel, o Pensador. Encontrávamos

uma escola parada no tempo e alunos que não conseguiam estabelecer uma

conexão entre o que eles estudavam e o mundo em que viviam. Tornou- se

necessário repensar o sistema educacional como um todo, currículo, conteú-

dos, metodologia, e a relação professor- aluno.

O primeiro passo no processo de reestruturação do sistema educacio-

nal foi a elaboração da LDB 9394/96, e, posteriormente os “Parâmetros Curri-

culares Nacionais- PCN’s”, onde se tentou diminuir as distorções regionais,

tentando estabelecer diretrizes nacionais para o sistema educacional brasileiro.

O documento se define como:

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“O conjunto das proposições expressas nos PCNs tem como objetivo estabelecer re-ferenciais a partir dos quais a educação possa atuar, decisivamente, no processo de constru-ção da cidadania, tendo como meta o ideal de uma igualdade crescente entre os cidadãos. Embora, numa sociedade democrática, a igualdade política possa estar assegurada pelas insti-tuições, sabe-se que uma equidade efetiva exige o acesso pleno e indiscriminado dos cidadãos à totalidade dos bens públicos, dentre os quais o conjunto dos conhecimentos socialmente relevantes.

Nesse sentido, é necessário que haja parâmetros a partir dos quais o sistema educa-cional do país esteja organizado, a fim de garantir que, para além das diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas que atravessam uma sociedade múltipla e complexa estejam também garantidos os princípios democráticos que definem a cidadania.” ( Apresenta-ção da proposta dos PCN’s)

O mesmo documento apresenta alguns princípios que merecem ser

destacados:

1 – aplicação de significado social aos conteúdos trabalhados;

2 – formação da cidadania ;

3 – desenvolver questionamentos para que o aluno se perceba como agente

transformador da sociedade em que vive;

4 – promover a inclusão social.

Para que estes princípios fossem colocados em prática, foi fundamen-

tal que os professores estivessem refletindo, analisando e reestruturando toda

a sua prática pedagógica, metodologia e recursos utilizados. São estes dois

aspectos que nos interessam, metodologia e recursos. Foi preciso rever os re-

cursos utilizados em sala de aula. Giz, apagador e livro didático não são mais

suficientes num mundo marcado pela aceleração do desenvolvimento das tec-

nologias digitais. Metodologia ... A antiga aula decoreba, conteúdos soltos, sem

conexão com mundo real não tinham mais sentido.

As TICs, (tecnologias da informação e comunicação), estão em toda

parte, por isso está cada vez mais impossível imaginar a vida sem esses ins-

trumentos. Entre os professores, a utilização de computadores, internet, celula-

res, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma

infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Mesmo

assim nós professores temos dificuldades em saber quando e como utilizar es-

tes recursos.

A tecnologia da informação e da comunicação vem sendo utilizada de

maneira significativa no processo de ensino e de aprendizagem. O fenômeno

da globalização põe a necessidade de que a informação seja transmitida de

maneira rápida e atualizada. Assim, o uso do computador apresenta-se como

ferramenta imprescindível para a inserção e participação efetiva no processo

global. Faz-se necessário, então, que a escola seja um ambiente de recursos

tecnológicos para que os alunos possam compartilhar destes recursos benefi-

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ciando o próprio desenvolvimento cognitivo, social e cultural. Por meio da in-

formática as informações são transmitidas rapidamente podendo elevar o de-

senvolvimento intelectual dos alunos.

O gerenciamento desta tecnologia e a aplicação no processo de a-

prendizagem é função do Multiplicador Tecnológico, que o faz por intermédio

do Laboratório de Informática Educativa. Segundo o MEC, Informática Educa-

tiva significa “a inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem

dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades da educação. Os

assuntos de uma determinada disciplina da grade curricular são desenvolvidos

por intermédio do computador.”

Não basta introduzir a tecnologia digital no cotidiano escolar. É neces-

sário uma mudança na metodologia do professor. É necessário que o professor

se coloque em posição de aprendiz e esteja disposto a refletir sobre sua práti-

ca. A utilização das TIC’s em sala de aula exigem do professor uma postura

mais questionadora em relação a sua aula. É necessário que o aluno participe

ativamente do processo, questionando, pesquisando, refletindo e, principal-

mente, desenvolvendo habilidades e produzindo conhecimento.

V – Justificativa:

O Colégio Municipal Rui Barbosa, situa-se na Rua Rui Barbosa 568,

Centro, Cabo Frio. Possui 27 turmas de Ensino Médio, divididas em 3 turnos,

totalizando cerca de 980 alunos e 60 professores.

A escola se destaca no município pelo seu caráter questionador em re-

lação as questões políticas e sociais e por se esforçar em manter a qualidade

da aprendizagem de seus alunos, o que aparece no índice de aprovação de

seus alunos em vestibulares e no desempenho de seus alunos no ENEM.

Em pesquisa feita em 2009 verificou- se que a maioria dos alunos são

moradores dos bairros periféricos ao centro da cidade e concluíram o Ensino

Fundamental em escolas municipais. A grande maioria tem acesso a produtos

digitais de última geração como celulares, máquinas fotográficas digitais, com-

putadores e serviços como televisão por assinatura e internet, dominando a

utilização destes aparelhos.

Através de um trabalho, que vem sendo realizado a alguns anos pelos

Multiplicadores Tecnológicos, responsáveis pelo LIED, os professores da esco-

la têm se interessado em conhecer e aplicar a informática e outros recursos

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tecnológicos para dinamizar suas aulas e proporcionar maior envolvimento dos

estudantes com os conteúdos trabalhados em sala.

Os eventos e projetos realizados pela escola e pelos professores en-

volvem a utilização das TIC’s. A Gincana e a Mostra de Conhecimento Integra-

do possuem várias atividades que, além da pesquisa de conteúdo, envolvem a

produção audiovisual.

VI – OBJETIVOS:

OBJETIVOS GERAIS:

- Estimular a inserção da informática na prática pedagógica da escola.

- Promover a inclusão digital de professores, alunos e funcionários.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Estimular o raciocínio lógico, a capacidade de análise e síntese por meio de

atividades realizadas no LIED.

- Socializar informações sobre a importância do uso do computador como nova

ferramenta didática no processo ensino-aprendizagem, ao mesmo tempo, sen-

sibilizar para a utilização adequada desta ferramenta, estabelecendo as dife-

renças entre informática e informática educativa;

- Proporcionar ao professor a aquisição de conhecimentos e convicção quanto

às vantagens e os riscos das metodologias informáticas a adotar na escola,

familiarizando-o com o hardware e os o software educativo para que eles pos-

sam desenvolver competências na aplicação da Informática Educativa nas su-

as práticas pedagógicas;

- Assessorar alunos e professores na construção de projetos pedagógicos que

necessitam da utilização do LIED;

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- Integrar a Informática Educativa com maior número possível de professores

em projetos educacionais possibilitando a interdisciplinaridade;

- Desenvolver competências de obtenção e utilização de informações;

- Ampliar a expressão escrita e oral e a capacidade de reflexão e análise.

VII – METAS:

- Conscientizar o maior número possível de professores sobre a importância da

utilização da informática no processo pedagógico, o que será percebido pelo

aumento do número de aulas e atividades realizadas no LIED.

VIII – RECURSOS MATERIAIS DISPONÍVEIS:

O LIED do Colégio Municipal Rui Barbosa possui:

- 10 computadores obtidos através do programa PROINFO II, com sistema o-

peracional LINUX EDUCACIONAL e internet;

- 3 computadores com sistema operacional WINDOWS, adquiridos com verba

própria, e internet;

- 1 impressora a laser (programa PROINFO II );

- 1 scanner de mesa ( necessitando de manutenção);

- 1 projetor multimídia;

- 1 notebook;

- 1 máquina fotográfica digital.

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IX – METODOLOGIA:

O Colégio Municipal Rui Barbosa, possui em seu calendário anual,

projetos pedagógicos que envolvem toda a comunidade escolar ( em 2010 ha-

verá a Gincana), projetos específicos das áreas de conhecimento e projetos

realizados pelos professores.

Como há uma grande variedade de atividades ao longo de todo o ano

letivo, optamos em não realizar um projeto específico para o LIED, mas inseri-

lo nas atividades que ocorrerem na escola, fornecendo toda a estrutura tecno-

lógica para o bom desenvolvimento das mesmas.

Enfatizamos neste projeto a importância da atuação do LIED, através

do MT, junto aos seguintes segmentos da escola:

a) Direção e equipe técnico-pedagógico:

- constante sensibilização sobre o significado e a importância do papel da

informática educativa no processo educacional;

- apoio logístico nas atividades da escola.

b) Professores:

- participação do MT nas reuniões de coordenação, sensibilizando e esti-

mulando os professores a utilizarem recursos tecnológicos em sala de aula;

- abordagem direta com sugestões de atividades a serem desenvolvidas,

apresentação de sites e softwares que possam ser interessantes;

- divulgação do blog do LIED, onde são postadas as informações úteis para

a dinamização das aulas e permanente atualização do professor;

- auxílio no planejamento e execução de projetos e atividades.

- incentivo à criação de blogs por professores, facilitando a comunicação

com os alunos.

c) Funcionários de apoio:

- estimular os funcionários de apoio a visitarem o LIED, proporcionando-

lhes informações básicas sobre informática e a inclusão digital.

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d) Alunos:

- conscientização sobre o que é informática educativa e qual o papel do

LIED;

- refletir e compreender a questão ideológica referente à utilização do siste-

ma operacional Linux, presente nas máquinas enviadas pelo PROINFO, e mo-

tivo de reclamação de muitos alunos;

- orientação na realização de pesquisas e diversos trabalhos que envolvam

a utilização das tecnologias;

- incentivo à produção audiovisual, como vídeos e funcionamento da rádio

web.

X – CRONOGRAMA:

As ações descritas na metodologia acima, ocorrerão ao longo do ano

letivo, de acordo com os projetos que irão compor o Calendário Escolar, a ser

definido no início do ano letivo.

Algumas atividades, como assessoria ao professor e ao aluno ocorre-

rão de forma contínua.

XI – FUNCIONAMENTO:

O LIED do Colégio Municipal Rui Barbosa funcionará durante o perío-

do de funcionamento dos três turnos, com um MT por turno.

A utilização do mesmo para a realização de aulas deverá ser agendada

com antecedência junto ao MT, que planejará a aula junto com o professor.

Os alunos poderão utilizar o LIED, nas seguintes condições:

a) Preferencialmente no contra turno mediante agendamento;

b) Dentro do turno, em caso de aula vaga.

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Sempre que solicitado por professor, o MT organizará oficinas para au-

xiliar a turma na realização específica de um projeto ou atividade. Estas ofici-

nas devem acontecer, preferencialmente, dentro do horário de trabalho do MT.

Em casos especiais, poderão ser realizadas na forma de sábados letivos, cons-

tando no calendário da escola.

XII – AVALIAÇÃO:

O trabalho do LIED está em constante avaliação pelo MT, pela direção,

e pelo NTM, podendo ser alterado a qualquer momento para melhor atender as

necessidades do colégio.

XIII – REFERÊNCIAS CONSULTADAS:

DIRETRIZES DO PROGRAMA NACIONAL DE INFORMÁTICA NA EDUCA-ÇÃO – Ministério da Educação; Brasil; 1997. Endereço: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001166.pdf

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ministério da Educação; Bra-sil http://www.zinder.com.br/legislacao/pcn-fund.htm

Linux Educacional - Proinfo http://webeduc.mec.gov.br/linuxeducacional/index.php

MAÇAN, Eduardo. Linux em casa, na escola e no trabalho. http://eduardo.macan.eng.br/1999/03/27/linux-em-casa-na-escola-e-no-trabalho/ VEIGA, Marise Schmidt . Computador e Educação ? Uma ótima combina-ção . Petrópolis – 2001 http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/inedu3.htm ROCHA, Sinara Socorro Duarte . O Uso do Computador na Educação:a In-formática Educativa . http://www.espacoacademico.com.br/085/85rocha.htm