Projeto Marbras Et Mundi - Poliuretano Reciclado

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Projeto Marbras Et Mundi Produção de Blendas de Poliuretano Reciclado recuperação de resíduos perigosos; gestão ambiental; sustentabilidade e ecologia profunda. Paulo Eduardo Antunes Grijó Surfista e Mestre em Engenharia Ambiental [email protected] Praia do Forte – Bahia - 2008

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Autor: Paulo Eduardo [email protected]://www.escolasdesurf.org.br/

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Projeto Marbras Et MundiProdução de Blendas de Poliuretano Reciclado

recuperação de resíduos perigosos; gestão ambiental; sustentabilidade e ecologia profunda.

Paulo Eduardo Antunes GrijóSurfista e Mestre em Engenharia Ambiental

[email protected] do Forte – Bahia - 2008

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a indústria do surf no Brasil e no mundo vem há maisde 40 anos gerando resíduos tóxicos, inflamáveis, comprazos de decomposição elevadíssimos e com altovalor agregado;são descarregados em aterros simples ou “lixões”, semqualquer tipo de tratamento específico;pela sua toxicidade e inflamabilidade são classificadospela NBR 10.004 como Classe I, resíduos perigosos.

Apresentação

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Introdução

a indústria do surf no Brasil movimenta US$ 1,6 bilhões/ano;com mais de 600 empresas disputando cerca de 58.000.000 de consumidores potenciais;são produzidas aproximadamente 50.000 pranchas anualmente em nosso país e 800.000 no planeta;;aproximadamente 2.500.000 praticantes; o surf no Brasil é o segundo esporte mais praticado entre os homens e o terceiro mais assistido na TV;cada dia reunindo mais adeptos e com conseqüente aumento da geração de resíduos sólidos nos seus processos produtivos e pós-consumo.

(FONTE: PESQUISA BRASMARKET 2000 e Revista Veja 2003)

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Objetivo da Oficina

Produzir duas blendas de poliuretanorecuperado, sendo uma delas comcomposição biodegradável, ambas coma adição de material residual gerado noprocesso de shape de uma prancha desurfe, com o propósito de demonstrar emescala experimental, a viabilidade doprocesso de recuperação do poliuretano.

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Evolução das Pranchas de Surfe

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A Geração dos Resíduos...

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Processo de Laminação...

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Efluentes Tóxicos

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Recipientes Contaminados

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Fontes: Fábricas de Blocos e de insumos (Brasil e mundo)

Revista Fluir: Fevereiro de 1999 e Projeto Marbras Et Mundi

Us$ 1= R$2,50 (25/5/2001) – Resíduos/Kg = Us$ 20,00 (2001)

ITENS MUNDO BRASIL FLORIPA

PRODUÇÃO 800.000 50.000 14.000

RESUS (TON) 6.093 381 107

US$(MILHÕES) 121,86 7,62 2,14

Estimativa da Geração Mundial de Resíduos de Pranchas de Surfe

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Mosaico de Resíduos

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Por que Recuperar ?para a produção de uma prancha de surfe são

desperdiçados entre 50 a 70% de materiais nobres eprovenientes de recursos naturais não renováveis;em média são utilizados 10,88 Kg de materiais diversos paraum produto final de apenas 3,17 Kg (Furtado 1999);estes dejetos possuem alarmantes e indeterminados prazosde decomposição e quando descartados sem umsaneamento específico, tornam-se potenciais agentes deimpacto ambiental e ameaça à saúde pública;resíduos tóxicos, com características pérfuro-cortantes eefetivo potencial de poluição de corpos aquáticos e solo,quando dispostos ou enterrados;maximizar recursos financeiros, geração de renda, eliminar osimpactos ambientais e potencializar a inclusão social.

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Certificação Ambiental I

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Certificação Ambiental II

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Fluxo da Reciclagem

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Alternativas de Recuperação

Poliadição MecânicaProdução de Blocos de Concreto

TermoformagemReciclagem Química

Incineração com Recuperação de Energia

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Ecoblock Marbras Et Mundi

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Termoformagemg Por este método, os resíduos também são triturados,

misturados de forma homogênea e acondicionados em uma cuba metálica. Este receptáculo é aquecido a uma temperatura de aproximadamente 180o C e em seguida uma prensa com potencial mínimo de 350bar comprime os dejetos formando um novo bloco, que poderá ser laminado em placas para isolamento termo-acústico, blocos para pranchas genéricas e uma gama imensa de produtos.

g Este processo é o mais viável sob o ponto de vista ambiental e financeiro, porque incorpora apenas um insumo ao processo da reciclagem se utiliza de máquinas que demandam pouco consumo de energia elétrica, além de não necessitar de água para o processamento do PU 2g.

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Reciclagem Químicag Quimiólise é o processo de reciclagem química onde os

polímeros são transformados nas moléculas originais, ou intermediárias dos produtos petroquímicos que os originaram, e assim poderão ser usados novamente como matéria-prima para a produção desses mesmos polímeros ou de outros;

g Para que seja economicamente viável, este processo precisa ser realizado em larga escala (100.000 ton). Uma boa solução seria a de incorporar resíduos similares de outras indústrias (automotiva, náutica, de piscinas, caixas d’água e de refrigeração) com os dejetos do surfe;

g É possível recuperar e encapsular o gás emitido e utilizado para expandir o poliuretano. Este processo é subdividido em hidrólise, aminólise e glicólise;

g Os produtos deste sub-processos poderão ser tratados, gerando novos monômeros ou purificando seus componentes, para transformá-los em novas MP’s.

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Incineração com Recuperação de Energia

g A recuperação de energia é atualmente a forma mais efetiva para reduzir o volume dos resíduos de PU gerados, que de outra forma teriam que ser enviados pra aterros industriais ou usinas de reciclagem, que ainda são raras no mundo e inexistentes no Brasil. A combustão mostra ser adequada para todos os tipos de resíduos de pranchas;

g Em São Paulo o custo médio para incineração de PU com recuperação de energia é da ordem de R$ 300,00/ton (AMBIENTAL, 2003) e os dejetos de PU são queimados em fornos de clínquer na produção cimenteira, com 100% de controle ambiental O PU possui um valor energético (6.000Kcal/Kg) recuperável, comparável ao do carvão (6.500 Kcal/Kg) e menor que o óleo combustível (9.500 Kcal/Kg).

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Pulverização

Moinho de Facas Máquina de Shape

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Granulometria Ideal

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Materiais2 formas de madeiras

Papel desmoldante (Kraft)Poliol (A1)

Tolueno Di-isocianato (B)Óleo de Mamona (A2)

Poliuretano (PU) pulverizado em máquina de shape

Palitos e recipientes para as misturasLuvas, máscara de pintura e óculos

de segurança (EPI’s)

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Procedimentos Metodológicos I

1) Separar todo o material necessário2) Forrar moldes com papel desmoldante3) Preparar o misturador e os recipientes4) Misturar 25% de Poliol com 50% RSUS5) Homogeneizar bem e por no recipiente6) Acrescentar 25% do Di-issocianato7) Homogeneizar bem e por no molde8) Após cerca de 30’ a mistura começa a

borbulhar e em seguida se expande9) Aguardar de 36 a 72 horas para desmoldar10) Este experimento poderá virar arte...

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Procedimentos Metodológicos II

1) Separar todo o material necessário2) Forrar moldes com papel desmoldante3) Preparar o misturador e os recipientes4) Misturar 25% de Óleo de Mamona + 50% RSUS5) Homogeneizar bem e por no recipiente6) Acrescentar 25% do Di-issocianato7) Homogeneizar bem e por no molde8) Após cerca de 30’ a mistura começa a

borbulhar e em seguida se expande9) Aguardar de 36 a 72 horas para desmoldar10) Este experimento poderá virar arte...

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Poliuretano Recuperado

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Poliuretano Recuperado

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Poliuretano Recuperado

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Poliuretano Recuperado

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Poliuretano Recuperado

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Blendas de PU Recuperado

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Bloco de PU Recuperado

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Qual será a “Prancha do Futuro”???

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Conclusõesg conjugar harmonicamente as variáveis ambientais, sociais e

econômicas, com o intuito de contribuir no processo demudança de hábitos e comportamento, visando melhoria daqualidade de vida e do ambiente é prioridade máxima paraa saúde do planeta

g toda indústria que gera poluição ou toxicidade pode edeverá ser redimensionada, a fim de se evitar prejuízos àsaúde pública e ao meio ambiente.

g agregar valor ao lixo industrial, transformando-o emmatéria-prima de segunda geração econômica, com oobjetivo de gerar renda, oportunidade de trabalho emitigar impactos ambientais é a principal do projeto.

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Conclusõesg Valorizar resíduos de materiais provenientes de recursos

naturais não renováveis é um emergente desafio para ahumanidade neste início de milênio, considerando-se aescassez de áreas para aterramento de dejetos e anecessidade inadiável de preservação dos Ecossistemas,através do estabelecimento de uma ecoeficiência nosprocessos produtivos e gerindo um processo dedesenvolvimento sócio-econômico sustentável;

g enquanto a variável econômica se sobrepor as variáveissociais e ambientais em nossas sociedades, consideramos

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Conclusõesg Valorizar resíduos de materiais provenientes de recursos

naturais não renováveis é um emergente desafio para ahumanidade neste início de milênio, considerando-se aescassez de áreas para aterramento de dejetos e anecessidade inadiável de preservação dos Ecossistemas,através do estabelecimento de uma ecoeficiência nosprocessos produtivos e gerindo um processo dedesenvolvimento sócio-econômico sustentável;

g enquanto a variável econômica se sobrepor as variáveissociais e ambientais em nossas sociedades, consideramos

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL UMA UTOPIA!

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“A imaginação é mais importante que o conhecimento” (Albert Eisntein)