PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM · O Curso de Graduação em Enfermagem...

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Comissão de atualização: Membros do Núcleo Docente Estruturante (ENF/2016-2018) Profa. Dra. Ana Beatriz Duarte Vieira Profa. Dra. Ana Lucia da Silva Profa. Dra. Carla Targino Bruno dos Santos Profa. Dra. Claudia Maffini Griboski (Presidente do NDE) Profa. Dra. Ivone Kamada Profa. Dra. Rejane Antonello Griboski (Coordenadora de graduação) PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Brasília-DF Junho/2017

Transcript of PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM · O Curso de Graduação em Enfermagem...

  • UNIVERSIDADE DE BRASLIA

    FACULDADE DE CINCIAS DA SADE

    DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

    Comisso de atualizao:

    Membros do Ncleo Docente Estruturante (ENF/2016-2018)

    Profa. Dra. Ana Beatriz Duarte Vieira

    Profa. Dra. Ana Lucia da Silva

    Profa. Dra. Carla Targino Bruno dos Santos

    Profa. Dra. Claudia Maffini Griboski (Presidente do NDE)

    Profa. Dra. Ivone Kamada

    Profa. Dra. Rejane Antonello Griboski (Coordenadora de graduao)

    PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE

    GRADUAO EM ENFERMAGEM

    Braslia-DF

    Junho/2017

  • Docentes efetivos do Departamento de Enfermagem

    1. Aline Oliveira Silveira 2. Ana Beatriz Duarte Vieira 3. Ana Lucia da Silva 4. Andra Mathes Faustino 5. Carla Targino Bruno dos Santos 6. Christiane Inocncio Vasques 7. Claudia Maffini Griboski 8. Cristine Alves C. de Jesus 9. Daniella Soares dos Santos 10. Diana Lcia Moura Pinho 11. Dirce Bellezi Guilhem 12. Gisele Martins 13. Ivone Kamada 14. Keila Cristianne Trindade da Cruz 15. Leides Barroso de A. Moura 16. Luciana Neves da S. Bampi 17. Margarete Marques Lino 18. Maria Aparecida Gussi 19. Maria Cristina Soares Rodrigues 20. Maria da Glria Lima 21. Maria Raquel Gomes Maia Pires 22. Mariana A Honorato Franzoi 23. Moema da Silva Borges 24. Mnica Chiodi Toscano de Campos 25. Paula Elaine Diniz dos Reis 26. Pedro Sadi Monteiro 27. Priscila da Silva Antnio 28. Rejane Antonello Griboski 29. Rosilane de C. Cristo 30. Simone Roque Mazoni 31. Solange Baraldi. 32. Stella Maris Hildebrand 33. ThatiannyTanferri de Brito Paranagu 34. Valria Bertonha Machado

  • SUMRIO

    PARTE I APRESENTACAO .................................................................................... 1 1. Quadro sntese de identificao do curso: cdigos e-Mec, sigra, atos legais de autorizao e reconhecimento do curso, dados gerais do curso ............ 1 2. Instruo do processo ........................................................................................... 1 PARTE II - ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA ...................................... 2 1. CONTEXTO HISTRICO ACADMICO .............................................................. 2 1.1. Da UnB ........................................................................................................ 2 1.2. Da Unidade .................................................................................................. 3 1.3. Do Curso ...................................................................................................... 5 1.4. Do Processo ................................................................................................ 5 2. Contexto Educacional (demandas social, econmica e insero PDI) .... 6 2.1. Metodologia de diagnstico da demanda social .......................................... 6 2.2. Quantidade de Vagas .................................................................................. 6 2.3. Processos Seletivos ..................................................................................... 6 2.4. Demanda social (relao candidato/vaga dos dois ltimos vestibulares) .... 6 2.5. Pblico-alvo: nmero de alunos matriculados e de formados ...................... 7 2.6. Perfil do ingressante: idade, renda, emprego, moradia, instruo, mdia de corte de ingresso ......................................................................................................... 7 2.7. Perfil do concluinte: idade, tempo de permanncia, emprego ..................... 7 3. Justificativa ............................................................................................................... 8 3.1 Da criao/reformulao (interno) ................................................................ 8 3.2 Insero social do egresso (externo) ........................................................... 9 4. Polticas Institucionais no mbito do curso....................................................10 4.1 Ingresso ......................................................................................................10 4.2 Permanncia .............................................................................................. 13 4.3 Assistncia ................................................................................................. 14 4.4 Ensino ....................................................................................................... 14 4.5 Extenso .................................................................................................... 15 4.6 Iniciao Cientfica ..................................................................................... 17 4.7 Mobilidade nacional e internacional ........................................................... 18 4.8 Insero no mercado de trabalho ............................................................... 19 4.9 Cooperao interinstitucional ..................................................................... 19 5. Princpios e diretrizes gerais do curso e o PDI ............................................. 19 5.1. Interdisciplinaridade .................................................................................. 19 5.2. Multi, inter e transculturalidade....................................................................20 6. Objetivos do curso ............................................................................................... 22 6.1. Perfil profissional do egresso ..................................................................... 22 6.2. reas de atuao ....................................................................................... 23 7. Metodologia e princpios pedaggicos ........................................................... 24 7.1. Proposta pedaggica ................................................................................. 25

    7.1.1. Bases e Fundamentos ............................................................................. 25 8. Estrutura Curricular ............................................................................................. 27 8.1. Bases e fundamentos do processo de cuidar ............................................ 28 8.2. Processo de Cuidar ................................................................................... 28 8.3. Gesto do processo de cuidar e cenrio das prticas em sade .............. 29 9. Contedos curriculares ....................................................................................... 32 10 Articulao teoria e prtica ................................................................................ 33 10.1.Prticas Curriculares ................................................................................ 33

  • 10.2.Estgio Curricular Supervisionado Obrigatrio ......................................... 33 11 Articulao Ensino, Pesquisa e Extenso .................................................... 35 11.1.Integrao ensino, pesquisa e extenso .................................................. 35 11.2.Trabalho de Concluso de Curso ............................................................. 35 11.3.Programas de Iniciao Cientfica e Pesquisa ......................................... 37 12 Matriz Curricular / Carga Horria / Crdito .................................................... 38 12.1.Atividades Complementares ..................................................................... 38 12.2. Matriz curricular ....................................................................................... 40 12.3.Delimitaes Curriculares e Carga Horria .............................................. 46 13 Ementas das Disciplinas (bibliografias bsica e complementar) ............ 47 14 Avaliao de aprendizagem ............................................................................... 97 15.Avaliao do curso .............................................................................................. 99 PARTE III - CORPO DOCENTE E TUTORIAL .................................................... 102 1. Organizao Acadmica e Administrativa ................................................... 102 1.1. Estrutura organizacional ....................................................................... 102 1.2. Ncleo Docente Estruturante ................................................................... 104 1.3. Coordenador do curso ............................................................................. 105 1.4. Participao e representao discente. ................................................... 106 2. Integrao Interinstitucional ............................................................................ 107 2.1. Integrao do curso com o sistema local e regional e o SUS ................. 107 3. Apoio ao discente ............................................................................................... 109 3.1. Orientao acadmica............................................................................. 109 3.2. Tutoria de graduao e monitoria ............................................................ 109 3.3. Iniciao cientfica ................................................................................... 109 3.4. Extenso ................................................................................................. 109 3.5. Mobilidade e intercmbio ......................................................................... 110 3.6. Assistncia estudantil .............................................................................. 110 3.7. Apoio psicopedaggico ........................................................................... 112 4. Interao e Comunicao ................................................................................. 112 4.1. Sistemas de informaes acadmicas .................................................... 112 4.2. Plataforma de ensino e aprendizagem .................................................... 114 4.3. Redes de comunicao ........................................................................... 114 4.4. Informaes e publicaes normativas ................................................... 115 5. Corpo docente (professores do quadro permanente da UnB) - titulao e atividades acadmicas e profissionais. ............................................................ 115 PARTE IV - INFRAESTRUTURA ........................................................................... 118 1. Infraestrutura fsica ............................................................................................ 118 1.1 Gabinetes docentes ................................................................................. 118 1.2 Sala de professores ................................................................................. 118 1.3 Sala de Representao Discente ............................................................. 118 1.4 Salas de Aula ........................................................................................... 119 1.6 Sala de Estudos ....................................................................................... 119 1.7 Sala de Conferncia ................................................................................. 119 1.8 Sala de Videoconferncia......................................................................... 120 1.9 Laboratrios de ensino/prticas ............................................................... 120 1.10 Laboratrios especializados ................................................................... 121 2. Infraestrutura de gesto .................................................................................... 127 2.1 Coordenao do Curso ............................................................................ 127 2.2 Sala de tutoria .......................................................................................... 127 2.3 Sala de reunio ........................................................................................ 127 3. Recursos educacionais ..................................................................................... 127

  • 3.1 Material didtico pedaggico .................................................................... 127 3.2 Ambiente Virtual de Aprendizagem .......................................................... 127 3.3 Repositrio e Acervo Virtual ..................................................................... 128 4. Acervo da biblioteca .......................................................................................... 129 4.1 Bsica:...................................................................................................... 131 4.2 Complementar .......................................................................................... 131 5. Avaliao do PPC ............................................................................................... 132 6. Avaliao do corpo docente ............................................................................ 133

  • Quadros

    Quadro 1 - Eixos temticos de acordo com os Ncleos de contedos .............. 31

    Quadro 2 - Menes e equivalncia com o sistema de atribuio de notas ...... 97

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    PARTE I APRESENTACAO

    1. Quadro sntese de identificao do curso: cdigos e-Mec, sigra, atos legais de autorizao e reconhecimento do curso, dados gerais do curso.

    Cd. Curso: 31380 Curso: ENFERMAGEM Grau: Bacharelado Processo Aberto de Ofcio: Curso Sem ENADE, em 19/10/2015, nmero E-Mec: 201509602, com vistas a renovao de Reconhecimento de Curso.

    O Curso de Graduao em Enfermagem e Obstetrcia da Faculdade da FS/UnB foi criado em 1975, pela Resoluo n 28/75, do Conselho Diretor da Universidade.

    Ato Regulatrio: Autorizao - Prazo de validade: Art. 35 Decreto 5.773/06 (Rede Decreto 6.303/07). Resoluo n Documento: 28/1975. Data de publicao 01/03/1976.

    Ato Regulatrio: Reconhecimento do curso Prazo de validade: vinculado ao Ciclo Avaliativo. Portaria n 491 de 18/09/1980. Data de publicao 23/09/1980.N Parecer/despacho 841/1980 CFE. Data do despacho 05/08/1980

    2. Instruo do processo

    Tal processo foi aberto de Ofcio, em 19/10/2015, sob nmero E-Mec: 201509602, com vistas a renovao de Reconhecimento de Curso.

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    PARTE II - ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA

    1. CONTEXTO HISTRICO ACADMICO

    1.1. Da UnB

    A Fundao Universidade de Braslia, Mantenedora da Universidade de Braslia - UnB, tem sede e foro na Cidade de Braslia DF, Pessoa Jurdica de Direito Pblico Federal, instituda pela Lei n 3.998 de 15 de dezembro de 1961, CNPJ 00.038.174/0001-43. A UnB, em cuja idealizao e criao tiveram papel fundamental educadores como Darcy Ribeiro, Ansio Teixeira e Oscar Niemeyer, iniciou suas atividades em 1962. Mantenedora e Mantida situam-se na Asa Norte, no Campus Universitrio Darcy Ribeiro, Sn, CEP 70910900. Seu representante legal Marcia Abraho Moura, atual reitora.

    A estrutura da UnB composta por conselhos superiores, Administrao Superior e Unidades Acadmicas formadas por 12 Institutos e 14 Faculdades, 53 Departamentos, 16 Centros. Atualmente, conta com quatro Campi, quatro Bibliotecas, 09 Cursos a distancia (EaD), 145 cursos de graduao presenciais, 86

    Cursos de Mestrado e 66 Cursos de Doutorado. Somam-se a essas unidades

    dezenas de ncleos e laboratrios destinados a prticas de ensino e pesquisa. Todos os cursos esto devidamente autorizados e/ou reconhecidos conforme a legislao em vigor. A UnB obteve, em 2014 e 2015, o ndice Geral de Curso (IGC) igual a 5.

    Conforme o Guia do Calouro, verso 1/2017, a UnB possui 40.903 alunos de graduao, 9.117 alunos de ps-graduao (mestrado profissionalizante, mestrado acadmico e doutorado), 2.749 docentes e 3.024 servidores tcnico-administrativos, totalizando uma comunidade acadmica de 55 mil pessoas, que completa seus 54 anos com o desafio da excelncia acadmica e da responsabilidade social, aps recente expanso de seus quadros e espaos fsicos. A distribuio dos estudantes nos campi so: 341.500 alunos dos cursos do Campus Darcy Ribeiro, 2.300 alunos do campus de Ceilndia, 2.400 alunos do campus do Gama, 1.400 alunos do campus de Planaltina e 1.500 alunos dos nove cursos oferecidos na modalidade de ensino de graduao a distncia, em 28 municpios/polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). A UnB conta, tambm, com 352 estudantes distribudos nas residncias mdicas, multiprofissional e veterinria. A histria da UnB apresentada a seguir como sntese e referncia para uma anlise evolutiva.

    A UnB tem como foco de atuao produzir, integrar e divulgar conhecimento, formando cidados comprometidos com a tica, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentvel. Em seu PDI (2014-2017), a IES define sua misso: Ser uma universidade comprometida com o saber e a busca de solues de problemas do Pas e da sociedade, educando homens e mulheres para o compromisso com a tica, com os direitos humanos, o desenvolvimento socioeconmico sustentvel, a produo de conhecimento cientfico, cultural e tecnolgico, dentro de referenciais de excelncia acadmica e de transformao social.

    Sua viso estar entre as melhores Universidades do Brasil e referncia como: a) Instituio de excelncia acadmica, integrada internacionalmente s diversas reas do conhecimento; b) inovadora na gerao, disseminao, aplicao e gesto do conhecimento; c) padro na gesto pblica moderna, integradora, transparente e democrtica; d) instituio humanizadora que oferea comunidade

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    universitria qualidade de vida, infraestrutura adequada e boa relao entre as pessoas.

    A UnB definiu sete grandes objetivos, que, alinhados misso, viso e aos valores institucionais, orientam a construo de seu planejamento estratgico: 1. Formar pessoas competentes e ticas, com alta qualificao cientfica, tecnolgica e artstica, comprometidas com o bem-estar social, adaptveis s mudanas e capazes de promover inovaes e de se manter atualizados ao longo do tempo. 2. Garantir condies e mecanismos que permitam alcanar a excelncia, ampliar a produo cientfica e gerar conhecimento adequado s necessidades da sociedade. 3. Aumentar a integrao com a sociedade, ampliar o acesso da populao universidade e difundir o conhecimento cientfico, tecnolgico e cultural em mbito loco - regional, nacional e internacional. 4. Implementar aes de apoio, integrao, segurana e bem-estar da comunidade universitria. 5. Investir na melhoria da gesto de pessoas com respeito aos princpios de compartilhamento das decises e das responsabilidades. 6. Ter excelncia e transparncia na comunicao institucional, em aes de Tecnologia da Informao, na gesto de meios, do patrimnio e de processos. 7. Consolidar a expanso num contexto de Universidade multi-campi.

    A Universidade de Braslia contempla claramente em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) as polticas de ensino, pesquisa e extenso universitria visando formar cidados para o exerccio profissional, empenhados na busca de solues democrticas para os problemas nacionais.

    O Curso de Graduao em Enfermagem est pautado na trade ensino-pesquisa-extenso, contida no Projeto Pedaggico do Curso (PPC) com possibilidade de acesso a outras reas do conhecimento.

    A UnB e o Departamento de Enfermagem expressam responsabilidade social com um impacto no meio no qual est situada universidade.

    As atividades curriculares complementares permitem ainda que o currculo seja flexvel e com oferta formativa ampliada. Os programas de disciplinas demandam aos estudantes trabalhos de pesquisa e de extenso tanto em ateno hospitalar quanto, fundamentalmente, em ateno primria.

    A articulao da UnB com as Secretarias do Governo do DF ocorrem nas diferentes reas, referentes promoo de polticas de educao ambiental, direitos humanos, relaes tnico-raciais, abordando questes histricas e culturais que perpassem o cuidado e educao permanente em sade, em atendimento as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos Cursos de Graduao.

    1.2. Da Unidade

    A Faculdade de Cincias da Sade (FS), anteriormente denominada Faculdade de Cincias Mdicas teve sua origem em 1975, com a criao dos cursos de Enfermagem, Nutrio e Educao Fsica.

    Atualmente conta com 05 cursos de graduao, entre eles, o Curso de Graduao em Enfermagem, criado pela Resoluo n 28/75, do Conselho Diretor da Universidade. Esse curso inicialmente era vinculado ao Departamento de Medicina Geral e Comunitria, e tinha como objetivo formar recursos humanos qualificados. A Resoluo n 4/72, do Conselho Federal de Educao, estabelecia o Currculo Mnimo e a durao dos cursos de Enfermagem e Obstetrcia, formava o

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    Bacharel em Enfermagem, com as seguintes habilitaes: Enfermagem Mdico-cirrgica, Enfermagem Obsttrica ou Obstetrcia, Enfermagem em Sade Pblica e Licenciatura em Enfermagem. Essa Resoluo foi norteadora da primeira estruturao dos contedos da proposta curricular do curso de enfermagem da Universidade de Braslia (UnB), que recebeu a denominao de Enfermagem e Obstetrcia.

    Em 1978, por resoluo da Universidade, foram retiradas essas habilitaes, mas o curso continuou com a denominao de Enfermagem e Obstetrcia.

    No ano de 1979, ocorreu a primeira reestruturao curricular do Curso, com o objetivo de adequar o currculo Resoluo n 4/72 e ao Parecer n 163/72 do Conselho Federal de Educao, tendo em vista a necessidade do reconhecimento do curso pelo Ministrio da Educao (MEC). Em 1980, por ocasio da graduao da primeira turma, o curso foi reconhecido pelo Parecer n 841/80, do Conselho Federal de Educao. A segunda reestruturao curricular do Curso de Enfermagem da UnB aconteceu em 1981, reflexo do movimento sanitrio brasileiro que tomou como diretriz para a reorganizao da ateno sade, a unificao do Sistema de Sade, assentados nos princpios de equidade, integralidade e universalidade, e tambm, na necessidade da formao de profissionais generalistas no setor sade.

    Em 1984, considerada a escassez de enfermeiros licenciados no Distrito Federal para atender a demanda das escolas de nvel mdio e de cursos tcnicos de enfermagem, o Departamento de Enfermagem props a Criao da Licenciatura em Enfermagem, com apoio da Faculdade de Educao da Universidade de Braslia, conforme Portaria n. 13/691- MEC, Parecer 393/812, do Conselho Federal de Educao.

    Em 1986, com a reestruturao administrativa da FS, o Curso de Enfermagem passou condio de Departamento (Resoluo N 006/86, do CONSUNI), conforme recomendado no Parecer n 382/803 do Conselho Federal de Educao.

    Ressalta-se que as prticas do ensino especfico de enfermagem eram desenvolvidas nas diversas disciplinas do campo profissional ao longo da formao. Cabe destacar ainda que essa organizao curricular no contemplava o Estgio Curricular Supervisionado, pois os movimentos internamente realizados no foram profcuos at ento, para efetivao da reforma curricular para atender as normativas de reformulao curricular, nos diferentes momentos histricos institudos pela Portaria MEC n. 1721/94 e a Resoluo n. 3, de 7 de novembro de 2001, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Enfermagem.Com a mudana curricular em 2010, o Curso ao ser reestruturado, teve seu nome alterado para Curso de Graduao em Enfermagem uma vez que no tinha a especificidade da obstetrcia, alm disso, no foi mais ofertado o curso de Licenciatura em Enfermagem.

    O Departamento de Enfermagem, comprometido com a qualidade na formao de recursos humanos vem nos ltimos anos se empenhando na

    1 Portaria que instituiu a formao pedaggica do enfermeiro e o direito ao registro como professor

    das disciplinas e atividades relacionadas enfermagem (cursos tcnico e auxiliar de enfermagem), higiene e aos programas de sade em nvel mdio.

    2 Parecer que trata do reconhecimento especfico da Licenciatura em Enfermagem.

    3 Parecer que recomenda a criao do Departamento de Enfermagem.

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    qualificao do seu quadro docente, com vistas a fazer frente s novas perspectivas do curso, no sentido de ampliar a sua atuao tanto no mbito da graduao quanto da ps-graduao.

    Na ps-graduao stricto sensu o Departamento de Enfermagem auxiliou na criao, em 2010, do Programa de Residncia Multiprofissional do Hospital Universitrio de Braslia. Neste programa se responsabiliza por auxiliar na conduo das atividades da rea de enfermagem e tambm em disciplinas do tronco comum das diversas reas. No mesmo ano, segundo semestre, teve incio o Programa de Ps-Graduao em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da UnB (PPGEnf) nos nveis mestrado e doutorado, do qual 12 docentes do quadro efetivo esto credenciados. Alm do ensino de graduao e de ps-graduao no PPGEnf, alguns professores esto credenciados em outros programas, como Programas de Ps-Graduao em Cincias da Sade e Programas de Ps-Graduao em Biotica. Os ncleos de estudo e pesquisa criados na ltima dcada esto consolidando linhas de pesquisa e ampliando as suas atividades. A proposta do PPC reafirma o compromisso do Curso de Enfermagem da UnB em formar o Bacharel em Enfermagem, em consonncia com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Enfermagem, com desenvolvimento de atividades que promovam a articulao entre o ensino, a pesquisa e a extenso, e ainda, o fortalecimento da integrao ensino-servio, no contexto do Sistema nico de Sade com a participao dos alunos nos cenrios de prtica desde os primeiros anos do curso, materializado nas disciplinas vivncias integradoras 1 a 7 e estgios supervisionados 1 e 2, contribuindo para a formao do perfil do enfermeiro comprometido com a transformao social, com a integralizao em cinco anos.

    1.3. Do Curso O Curso de Graduao em Enfermagem da UnB tem como objetivo formar

    enfermeiros, com competncias e habilidades para: 1) Atuar em diferentes nveis da ateno sade prestando assistncia sistematizada de enfermagem individual e coletiva, por meio de aes integrais de promoo, preveno, tratamento e reabilitao em diferentes fases do ciclo vital. 2) Tomar decises com base em informaes sistematizadas em sade para o planejamento das aes em nvel individual e coletivo, por meio do trabalho em equipe interdisciplinar. 3) Desenvolver gesto dos sistemas e dos servios de sade articulando a fora de trabalho, recursos fsicos e materiais e a de sistemas de informao. 4) Assumir posies de liderana no trabalho em equipe multidisciplinar, visando o bem-estar do indivduo e da coletividade. Alm disso, proporcionar educao permanente equipe, a fim de mant-la atualizada quanto s inovaes cientficas, tecnolgicas e de informaes.

    1.4. Do Processo Trata-se do processo de renovao de reconhecimento do curso sob numero

    e-Mec 201509602, disparado via plataforma e-Mec em 19/10/2015. Processo aberto de oficio: Curso sem ENADE.

    Cdigo do Curso: 31380 Modalidade: Presencial Grau: Bacharel Denominao do Curso: Enfermagem

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    2. Contexto Educacional (demandas social, econmica e insero no PDI)

    2.1. Metodologia de diagnstico da demanda social

    A Universidade de Braslia est localizada no Distrito Federal, que, por sua vez, est localizado na regio Centro-Oeste. O Distrito Federal est subdivido em 31 regies administrativas, sendo Braslia, a Regio Administrativa I, a capital federal do Brasil e a sede do governo do Distrito Federal.

    Desde sua inaugurao, o Distrito Federal apresenta elevadas taxas de crescimento populacional. Segundo o IBGE, a populao estimada em 2016 era de 2.977.216 milhes de pessoas. Este crescimento populacional traduziu-se numa ocupao extensiva do territrio, com uma criao sucessiva de novas regies administrativas, alm do crescimento da periferia limtrofe, composta por cidades dos estados de Gois e Minas Gerais.

    A populao do Distrito Federal essencialmente urbana e jovem. Com relao raa, a populao do DF no difere das caractersticas dos brasileiros de forma geral. Em razo da atratividade econmica, a regio possui um grande nmero de migrantes, proveniente de diversos estados do pas.

    O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), referente ao ano de 2010, foi de 0,824, considerado muito alto. Contribui para este ndice a reduzida taxa de analfabetismo, alm da elevada expectativa de vida ao nascer e a baixa mortalidade infantil.

    Em termos de mercado de trabalho, prevalece a oferta de empregos no setor pblico e segundo registros do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no DF esto em efetivo exerccio 11.635 enfermeiros. A atratividade elevada em razo dos salrios e da estabilidade.

    2.2. Quantidade de Vagas O curso totaliza uma oferta de 80 vagas/ano, sendo 40 vagas/semestre. 2.3. Processos Seletivos De acordo com as regras da Universidade, em 2016, os alunos do Curso de

    Graduao em Enfermagem tiveram seu ingresso semestral mediante Vestibular, Programa de Avaliao Seriada (PAS) e Sistema de Cotas e Sistema de Seleo Unificada do Ministrio da Educao (MEC) SiSU/MEC. O ingresso pelo SiSU realizado por trs sistemas de vagas (ampla concorrncia ou universal, sistema de cotas para escolas pblicas e sistema de cotas para negros/indgenas). As notas obtidas pelo candidato no Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem) so utilizadas para fins de classificao.

    2.4. Demanda social (relao candidato/vaga dos dois ltimos vestibulares)

    Segundo dados do Centro de Seleo e Promoo de Eventos (CESPE, 2014), a relao candidato/vaga nos ltimos vestibulares para o Curso de Enfermagem/Campus Darcy Ribeiro foi de 6,73.

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    2.5. Pblico-alvo: nmero de alunos matriculados e de formados De acordo com os dados da Secretaria de Assuntos Acadmicos (SAA,

    2017), em 2016, 438 alunos encontravam-se matriculados no curso, tendo-se um total de 25 alunos formados no segundo semestre.

    2.6. Perfil do ingressante: idade, renda, emprego, moradia, instruo, mdia de corte de ingresso

    Para a caracterizao do perfil do ingressante tomou-se como base informaes obtidas na Coordenao de Informaes Gerenciais (CIG) da Diretoria de Avaliao e Informaes Gerenciais (DAI) do Decanato de Planejamento e Oramento (DPO) da Universidade de Braslia.

    Foram selecionados os seguintes indicadores: gnero, cota, presena de deficincia, tipo de escola de concluso do ensino mdio, raa/cor, UF de nascimento e idade.

    De acordo com os dados registrados, em 2014 (ltimo estudo disponibilizado), ingressaram no Curso de Enfermagem/FS/UnB 96 alunos, distribudos no 1 semestre letivo 47 alunos e no 2 semestre letivo 49. Destes, 71 (73,9%) ingressaram por meio da cota universal, e os outros 25(26,1%) por meio das cotas para negros e concluintes do Ensino Mdio em Escolas Pblicas.

    A idade do ingressante no Curso de Enfermagem est caracterizada por pessoas jovens, representadas por uma mdia de idade de 20,1 anos e a mediana de 19,0 anos. O gnero predominante o sexo feminino 80,2%. Quanto raa/cor declarada 44 (45,8%) no declararam, 22 (22,9%) declararam cor branca, 5 (5,2%) cor preta e 25 (26,1%) cor parda. Quanto Unidade Federada (UF) de nascimento, 67 (69,7%) nasceram no Distrito Federal, e os outros 29 (30,3%) nasceram em outros estados brasileiros. Quarenta e trs (44,7%) ingressos concluram o ensino mdio em escolas pblicas, e 50 (52%) em escolas particulares, os outros 3,3% no declararam.

    2.7. Perfil do concluinte: idade, tempo de permanncia, emprego O Curso de Graduao em Enfermagem da UnB busca formar o profissional

    enfermeiro com postura transformadora em qualquer nvel de desenvolvimento dos programas de sade, atendendo aos princpios da universalidade, integralidade, equidade, solidariedade e hierarquizao que norteiam o Sistema nico de Sade do pas.

    O enfermeiro graduado pelo Departamento de Enfermagem/FS/UnB um profissional com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, para atuar com senso de responsabilidade social e como promotor da sade integral do ser humano nas diversas fases do ciclo vital, assegurando a integralidade, qualidade e humanizao da ateno sade, pautadas nos fundamentos ticos que norteiam a profisso; capaz de desenvolver aes assistenciais, educativas, de gesto e de pesquisa, com base nos princpios do Sistema nico de Sade, nos diferentes cenrios de prticas de sade.

    Informaes no sistematizadas permitem afirmar que, de maneira geral os egressos do Curso de Enfermagem esto na faixa etria de 21 a 25 anos, com tempo de permanncia media no curso de 10 semestres. Quanto a insero no mercado de trabalho, os egressos do nosso curso tem ocupado cargos de destaque na assistncia, no ensino, na pesquisa, no planejamento e na gesto da sade.

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    Esto presentes nas diferentes unidades da rede sade do SES/DF (chefias de unidades, direo, coordenadores em unidades assistenciais, etc.); bem como em rgos do poder federal (Ministrios, ANVISA, Cmara, Tribunais Federais, Senado) e distrital (Tribunal de justia eleitoral, cmara de deputados e outros). Atuam nas diferentes entidades da categoria profissional tais como: Conselho Regional de Enfermagem, Associao Brasileira de enfermagem, associaes e sociedades de enfermeiros especialistas e outros. Tambm atuam na rea de ensino em diferentes nveis assumindo coordenao de faculdades particulares e de ensino mdio. Vale destacar que, em processos seletivos para ingresso em diferentes setores da rede privada de sade, nossos egressos alcanam resultados de excelncia, sendo elogiados e muito bem recebidos pela sua postura, viso crtica e competncia tcnica.

    3. Justificativa

    3.1 Da criao/reformulao (interno)

    Breve Resgate Histrico

    1973: A histria do Curso de Graduao em Enfermagem na UnB, comea com a designao de uma Comisso para apresentar o projeto de implementao do Curso de Enfermagem, pelo Ato de Reitoria nmero 218 de 1973. Esta comisso foi composta pelos professores Maurcio de Pinho, Dejano Tavares Sobral, Odlio Lus da Silva e Antnio Junqueira Lisboa.

    1975: Apresentao do currculo do curso de enfermagem ocorreu em maro de 1974. Em 09 de abril de 1975, o curso de enfermagem teve sua aprovao por meio da Resoluo do Conselho Diretor n. 28, assinada pelo ento Presidente da Fundao e Reitor da Universidade de Braslia, Prof. Amadeu Cury.

    1976: O Diretrio de Assuntos Universitrios do Ministrio da Educao e Cultura (DAU / MEC) autoriza o funcionamento do curso, o que possibilitou a realizao do 1 concurso vestibular com oferta de 20 vagas. Ainda neste ano, a Profa. Maria Aurineide da Silva Nogueira foi a primeira enfermeira contratada para o quadro efetivo de docentes.

    Foto: Profa. Maria Aurineide da Silva Nogueira

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    1977: A Profa. Maria Aurineide elabora o Projeto de Implantao do Curso e Institucionalizao do Departamento de Enfermagem. Neste projeto relatado que o curso de Enfermagem, oferecido pela Faculdade de Cincias da Sade estava vinculado ao Departamento de Medicina Geral e Comunitria (MDG), apesar de no ter rea fsica definida. Neste ano j haviam 71 alunos vinculados ao curso de Enfermagem aprovados nos primeiros quatro vestibulares oferecidos pela UnB. At este momento as disciplinas, para o curso de Enfermagem, eram oferecidas em quase sua totalidade pelos Departamentos de Biologia Celular, Biologia Animal e Psicologia do Instituto de Cincias Biolgicas, e as disciplinas profissionalizantes, que envolveriam temas da enfermagem, eram oferecidas pelo departamento de MDG. O objetivo geral deste projeto era implementar o curso de Enfermagem na Faculdade de Cincias da Sade, para isto era preciso prover a FS de condies de funcionamento do curso. A meta ento era implantar o Departamento de Enfermagem (ENF) na Faculdade de Cincias da Sade at julho de 1978. Sendo que a criao efetiva do Departamento de Enfermagem (ENF) somente ocorre em 1986, pela Resoluo CONSUNI n. 006, antes disso, o curso era ligado ao Departamento de Sade Coletiva.

    1980: O Conselho Federal de Educao (CFE), atravs do parecer MEC/CFE n. 841, de 05 de agosto, reconhece o Curso de Graduao em Enfermagem Obsttrica.

    1984: criada a Licenciatura em Enfermagem na modalidade plena, pela Resoluo do Conselho Universitrio (CONSUNI) n. 004.

    2010: Para atender as normativas de reformulao curricular, institudas pela Portaria MEC n. 1721/94 e a Resoluo n. 3, de 7 de novembro de 2001, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Enfermagem. Em 2010, o Curso de Enfermagem teve seu nome alterado para Curso de Graduao em Enfermagem, sendo ofertado na temporalidade mnima de 10 semestres (5 anos) e mxima de 15 semestres (12, 5 anos).

    2014: O Curso de Licenciatura em Enfermagem deixa de ofertar vagas em novos processos seletivos.

    2017: O Departamento de Enfermagem que faz parte da Faculdade de Cincias da Sade, na Universidade de Braslia completou 42 anos de sua criao.

    3.2 Insero social do egresso (externo)

    O enfermeiro hoje formado no Curso de Enfermagem da UnB tem uma viso generalista do Sistema de Sade, desde o nvel de menor complexidade de ateno a sade, como o caso dos Programas de Sade da Famlia e Comunidades, at de procedimentos e organizao de servios de maior complexidade como so os casos de Centro Cirrgico e Unidades de Terapia Intensiva, por exemplo.

    A formao para pesquisa e ensino em sade, tambm um grande diferencial, para o egresso que pode buscar a especializao e investir na carreira de pesquisador e docente. Alm de possuir ampla formao prtica durante estgios supervisionados em servios de sade em lugares diversificados do Distrito Federal, que trar um diferencial no mercado de trabalho para o enfermeiro assistencial e gerente.

    O profissional enfermeiro formado na UnB tem inmeras oportunidades

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    prticas, de ensino, pesquisa e extenso, durante sua formao nos cinco anos da graduao.

    Alm disto, o ambiente acadmico favorece novas perspectivas para o acadmico de enfermagem, se especializar e fazer sua ps-graduao na UnB. 4. Polticas Institucionais no mbito do curso

    As polticas institucionais no mbito do curso so implantadas de modo democrtico e participativo, com a organizao de gesto colegiada e representao de todos os segmentos da comunidade acadmica. O curso de enfermagem se faz representar nas diferentes esferas colegiadas. O Colegiado de Graduao da Faculdade de Cincias da Sade tem o propsito de decidir sobre os assuntos comuns aos cinco cursos de graduao e fazer a integrao das reas e decidir sobre assuntos pedaggicos. O Colegiado do Curso de Enfermagem, formado por docentes e representantes discentes e tcnico administrativos, delibera sobre os assuntos pedaggicos e administrativos em reunies sistemticas. O Ncleo Docente Estruturante (NDE), constitudo por professores do curso e a coordenao pedaggica acompanham o desenvolvimento da proposta curricular e junto com o Colegiado do curso promovem a permanente formao e implementao de estratgias e prticas pedaggicas

    4.1 Ingresso

    As formas de ingresso para o curso de enfermagem ocorrem por meio do Programa de Avaliao Seriada (PAS); Sistema de Seleo Unificada do Ministrio da Educao (SISU/MEC); Vestibular tradicional; Vestibular para vagas remanescentes; Vestibular para cursos que exigem Certificao de Habilidade Especfica (VEST HE); Vestibular Indgena; Vestibular para Licenciatura em Educao do Campo; Licenciatura em Lngua de Sinais Brasileira (Libras) ; Ensino a Distncia Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Certificao de habilidade especfica. O estudante pode ingressar tambm por meio de Editais de Transferncia Obrigatria; Transferncia Facultativa; Portadores de Diploma de Curso Superior e via o outras formas de ingresso, tais como, Mobilidade Acadmica Nacional; Acordo Cultural PEC-G; Convnio Interinstitucional Internacional; Matrcula Cortesia; Programa de Estudantes Convnio de Graduao (PEC-G).

    - Vestibular

    o Sistema de seleo Tradicional da instituio, aplicado desde sua fundao, em 1962, e cuja prova elaborada pela prpria Universidade de Braslia. Desde 2014, deixou de ser aplicada duas vezes ao ano, passando a se realizar apenas para ingresso de estudantes no segundo semestre. Nesse sistema de avaliao, qualquer candidato pode participar. As provas acontecem no segundo semestre do ano, mas as inscries so abertas bem antes, divulgadas por meio de edital de seleo pelo Centro de Seleo e de Promoo de Eventos (CESPE). A prova realizada em etapas e aplicada em dois dias, avalia conhecimentos de Lngua Portuguesa e estrangeira, Geografia, Histria, Artes, Filosofia, Sociologia, Biologia, Fsica, Qumica e Matemtica. O candidato ter ainda que elaborar uma redao. Por conta dos concorrentes de outras regies do pas, a avaliao aplicada ainda em quatro cidades alm das que compem a regio administrativa do Distrito Federal: Goinia, Formosa e Valparaso no Estado de Gois e Uberlndia em Minas Gerais. A classificao dos candidatos feita com base no resultado

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    obtido pelo candidato na prova, de acordo com o sistema de concorrncia escolhido pelo participante. A concorrncia no Sistema de Cotas para Escolas Pblicas (Lei n 12.711/2012) se subdivide ainda em outros dois grupos, sendo metade das vagas para candidatos que estudaram integralmente o ensino mdio em escola pblica e possuem renda familiar igual ou inferior a um salrio mnimo e meio per capita, e a outra parte destinada aos que tambm estudaram integralmente o ensino mdio em escola pblica e possuem renda familiar superior a um salrio mnimo e meio per capita. Em ambas as situaes sero consideradas, no processo de classificao, os casos de candidatos que se declararem pretos, pardos ou indgenas (PPI). A colocao dos estudantes definida de acordo com as opes selecionadas no ato da inscrio: sistema de concorrncia, o campus da UnB que quer estudar, o curso e o turno escolhidos. Todas as informaes prestadas no ato da inscrio precisam ser comprovadas. O candidato que no apresentar a documentao especfica que ateste o direito vaga que concorreu poder perd-la. As vagas que no forem ocupadas sero ofertadas pela UnB por meio de vestibular prprio para preenchimento de vagas remanescentes.

    - Programa de Avaliao Seriada - PAS

    O Programa de Avaliao Seriada foi criado pela UnB em 1996 como uma alternativa de ingresso na universidade. Objetiva integrar a educao bsica e superior para promover melhorias na qualidade do ensino. Ocorre no final de cada srie do ensino mdio e podem concorrer estudantes devidamente matriculados no ensino mdio em escola pblica ou particular, na modalidade regular de ensino, com durao de trs anos, ou com estrutura curricular de quatro anos completos. necessrio que a instituio esteja credenciada ao programa. As inscries so abertas no segundo semestre, aps publicao de edital de seleo pelo Centro de Seleo e de Promoo de Eventos (CESPE). O ingresso feito no primeiro semestre do ano. Para cada srie do ensino mdio h uma seleo diferente, com provas especficas ao conhecimento adquirido em cada ano de estudo. A classificao dos alunos feita com base na mdia obtida com a soma do resultado das provas realizadas no curso do ensino mdio.

    - SISU- Sistema de Seleo Unificada

    O Sistema de Seleo Unificada (SISU) o mais novo processo de seleo adotado pela Universidade de Braslia. Realizado no primeiro semestre de cada ano, o sistema informatizado implantado pelo Ministrio da Educao (MEC) em 2010 utiliza a nota do ltimo Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem) para classificar os candidatos vaga no ensino superior pblico. A UnB oferece 1.986 vagas em 88 cursos de graduao presenciais distribudos nos quatro campi Darcy Ribeiro, Planaltina, Gama e Ceilndia. As inscries para o SISU ocorrem sempre no incio de cada ano e o estudante pode escolher at dois cursos de graduao em instituies de ensino distintas. No entanto, esto fora da lista de vagas ofertadas pela UnB cursos que exigem uma seleo diferenciada por meio de prova especfica, como Arquitetura e Urbanismo, Artes Cnicas, Artes Plsticas, Desenho Industrial e Msica. Estes requerem que o estudante tenha uma Certificao de Habilidade Especfica e a determinao contradiz o modelo de seleo do SISU, de cunho nacional, uma vez que inviabiliza a participao de candidatos de outras regies do pas, j que a certido s emitida pela UnB mediante realizao de

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    prova objetiva e prtica no prprio campus da universidade. No SISU, o candidato opta por ser classificado em um dos trs sistemas de concorrncia: Ampla Concorrncia (Sistema Universal), Sistema de Cotas para Escolas Pblicas, regido pela Lei 12.711/2012 e o Sistema de Cotas para Negros, ao afirmativa instituda pela UnB em 2003. A concorrncia no Sistema de Cotas para Escolas Pblicas se subdivide em outros dois grupos: metade das vagas para candidatos que estudaram integralmente o ensino mdio em escola pblica e possuem renda familiar igual ou inferior a um salrio mnimo e meio per capita; a outra parte destinada aos que tambm estudaram integralmente o ensino mdio em escola pblica e possuem renda familiar superior a um salrio mnimo e meio per capita. Em ambas as situaes sero consideradas ainda no processo de classificao os casos de candidatos que se declararem pretos, pardos ou indgenas (PPI). Dessa forma, os estudantes pretos podero escolher por um dos dois sistemas de concorrncia do SISU. O resultado dos classificados em primeira chamada pode ser conferido pelo site do Ministrio da Educao, onde constam os dias para realizao do registro do estudante na universidade. A relao com as regras de ingresso e a documentao exigida pode ser consultada no edital publicado pelo Centro de Seleo e de Promoo de Eventos (CESPE). Os candidatos que no apresentarem a documentao especfica que comprove o direito vaga que concorreu podero

    perdela. As vagas que no forem preenchidas aps convocao dos aprovados em duas chamadas sero ofertadas pela UnB por meio de vestibular prprio para preenchimento de vagas remanescentes.

    - Vestibular indgena

    Institudo em 2003 a Universidade de Braslia firmou um convnio com Fundao Nacional do ndio (FUNAI) com o objetivo de promover o ingresso de estudantes indgenas universidade. Desde 2014, a UnB realiza seleo especfica para candidatos que vivem em comunidades indgenas. A prova aplicada aos estudantes indgenas contempla reas como Portugus, Literatura, Matemtica, Biologia, Geografia, Histria, Qumica, Fsica, alm de teste discursivo, com redao. O candidato dever deslocar-se para um municpio prximo da regio em que se localiza a comunidade indgena, onde a avaliao ser feita. Sendo classificado no teste, o estudante passa ento por uma entrevista. Nesta etapa, que eliminatria, os candidatos devero mostrar aos avaliadores seus conhecimentos e envolvimento com a realidade indgena.

    - Transferncia Facultativa

    Forma de ingresso de aluno de outro estabelecimento de ensino superior nacional ou estrangeiro, a critrio da UnB, dependendo da existncia de vaga no curso pleiteado e de classificao do candidato em processo seletivo. Legislao Bsica: Edital DEGCESPE Normas para Admisso, Lei n 7.165, de 14/12/83 e Resoluo CEPE n 038/94, de 12/05/94.

    - Transferncia Obrigatria

    Forma de ingresso de aluno de outras Instituies de Ensino Superior (IES), de origem congnere com a Universidade de Braslia (UnB), ou do exterior, a

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    qualquer tempo e independentemente de vaga, concedida nos termos da lei a servidores pblicos federais, civis e militares, removidos ex-ofcio para o Distrito Federal. Legislao Bsica: Resoluo CEPE n 13/87, de 29/05/87 Portaria MEC n 975/92, de 25/06/92 Lei n 9.394, art. 49, de 20/12/96 Lei n 8.112, art. 99, de 12/12/90 Lei n 9.536/97, de 11/12/97 Parecer MEC/CONJUR 008/00, de 13/01/2000 Resoluo CEPE n 090/2000, de 12/12/2000 Resoluo CEPE n 136/2002, de 26/11/2002.

    - Mobilidade Acadmica

    o programa que permite aos alunos regulares de graduao das Instituies Federais de Ensino Superior - IFES - conveniadas, a cursarem disciplinas em outra instituio, diferente de sua escola de origem. Alunos regulares das IFES conveniadas que desejam cursar disciplinas de curso de graduao em outra instituio.

    - Aluno Especial

    Forma pela qual a UnB admite o ingresso de aluno interessado em cursar disciplinas isoladas, sem constituir vnculo com qualquer curso de graduao da Instituio. Podem participar os portadores de diploma de curso superior; alunos regulares matriculados no ltimo ano do curso superior, com direito a admisso por transferncia obrigatria, nos termos da legislao em vigor; alunos regulares de outra instituio de ensino superior; e interessados com processo de revalidao de diploma em tramitao na UnB.

    4.2 Permanncia

    O Decanato de Assuntos Comunitrios (DAC) tem como competncia por meio da Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS) desenvolver uma poltica de ao comunitria dirigida a comunidade universitria de modo a assegurar o bom desempenho acadmico, a permanncia e a formao com qualidade visando promover melhorias na qualidade de vida e na assistncia universitria. Viabiliza o inter-relacionamento dos integrantes da comunidade universitria, atuando como principal gestor da poltica social, cultural e comunitria da UnB. Prioriza a poltica de qualidade de vida da comunidade e responsvel pelos programas de moradia estudantil, bolsa de permanncia, bolsa alimentao e vale livro, que beneficiam alunos de baixa renda, alm da programao cultural do Campus.

    O DAC est integrado ao Frum de Pr-reitores de Assuntos Comunitrios - FONAPRACE, na defesa do acesso ao ensino pblico, gratuito e de qualidade, aliada a outras aes constantes que viabilizam a permanncia do estudante na universidade, e colaboram efetivamente para sua formao. O Frum est vinculado Associao Nacional dos Docentes das Instituies Federais de Ensino Superior - ANDIFES.

    O curso mantm o acompanhamento dos estudantes, cumprindo o que estabelece a Resoluo da Cmara de Assuntos Comunitrios n 001/2016 que prev a instituio de aes de educao, culturais, de conscientizao, de

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    valorizao e de respeito diversidade de etnia e raa, religio, gnero e orientao sexual, contribuindo com o processo de formao integral.

    4.3 Assistncia A Poltica de Assistncia Estudantil, desenvolvida nos quatro campi da UnB

    (Darcy Ribeiro, Planaltina, Gama e Ceilndia) se constitui em um conjunto de programas e aes que garantem aos estudantes em situao de vulnerabilidade socioeconmica, direitos sociais bsicos, tais como alimentao, moradia, transporte entre outros.

    Abaixo, esto listados os principais programas existentes na universidade:

    - r r ss t t r tu t st ur t Universitrio: para estudantes dos campi Darc Ribeiro, Ceil ndia e Gama com oferta de refeies gratuitas caf da manh, almoo e jantar em parceria com o Restaurante Universitrio (RU);

    - r r ss r stu t r u destinado a estudantes em situao de vulnerabilidade, dos cursos presenciais de graduao dos quatro campi da UnB, cujas famlias residem fora do DF e no possuam im veis no DF.

    A UnB possui uma Casa do Estudante Universitrio CEU/UnB , que composta por dois blocos com 90 apartamentos, sendo dois apartamentos adaptados para pessoas com deficincia, totalizando 360 vagas para atender aos estudantes que participam do Programa de Acesso Moradia Estudantil. O Programa oferece duas modalidades de benefcios: vagas em apartamentos na CEU ou concesso mensal de auxlio no valor de R$ 530,00 (quinhentos e trinta reais). O encaminhamento dos estudantes selecionados feito de acordo com a disponibilidade de vagas ou au lios no Programa.

    - Programa Bolsa Permanncia do Governo: Programa de auxlio financeiro mensal para estudante com renda familiar per capita no superior a um salrio-mnimo e meio; matriculado em cursos de graduao com carga horria mdia superior ou igual a cinco horas dirias; no ter ultrapassado dois semestres do tempo regulamentar do curso de graduao em que estiver matriculado e for estudante indgena ou quilombola.

    - Programa Auxlio Socioeconmico da v rs r s : Os estudantes em situao de vulnerabilidade socioeconmica, podero solicitar inscrio no Programa de Auxlio Socioeconmico da UnB, no endereo eletrnico: www.unb.br/administracao/diretorias/dds/assistencia_estudantil.php Esse Programa concede auxlio financeiro mensal, no valor de R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais), para minimizar as desigualdades sociais e contribuir para a permanncia e a diplomao dos estudantes em situao de vulnerabilidade socioeconmica.

    - Auxlio Emergencial: Concesso de auxlio emergencial no valor de R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais) ao estudante que comprovar junto ao Servio Social/DDS situao socioeconmica emergencial, inesperada e momentnea, que coloca em risco a sua permanncia no ensino superior.

    http://www.unb.br/http://www.fup.unb.br/http://www.fga.unb.br/http://fce.unb.br/http://www.unb.br/administracao/diretorias/dds/assistencia_estudantil.php

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    - r r ss Lngua Estrangeira: Desenvolvido em parceria com a Escola UnB Idiomas, este programa disponibiliza aos estudantes PPAES, em cada semestre letivo, de uma a duas vagas por turma, nos cursos de lnguas oferecidos pela Escola, com iseno de mensalidade.

    - Programa Vale-Livro: Este programa oferece 5 (cinco) vales-livros da Editora UnB, por semestre letivo, para os estudantes PPAES. Cada vale reduz em 10% o valor total na compra dos livros da editora, alm do desconto de 40 j oferecido comunidade acadmica da Universidade de Braslia.

    4.4. Ensino

    As politicas para o ensino no curso de Graduao em Enfermagem buscam formar o profissional enfermeiro com postura transformadora em qualquer nvel de desenvolvimento dos programas de sade, atendendo aos princpios da universalidade, integralidade, equidade, solidariedade e hierarquizao que norteiam o Sistema nico de Sade do pas. O Programa de Educao Tutorial (PET) compromete-se no aprimoramento os cursos de graduao e visa orientar e acompanhar os estudantes nas atividades de Ensino, Cultura, Pesquisa e Extenso, trabalho em equipe envolvendo os estudantes num processo de formao integral. O Curso participa do PET-Sade/GraduaSUS que se prope a apoiar as mudanas curriculares alinhadas s DCNs por meio da qualificao dos processos de integrao ensino-servio-comunidade de forma articulada entre o Sistema nico de Sade. O projeto atua como ponto de fomento e organizao das aes de integrao ensino-servio-comunidade no territrio, de modo a articular suas aes com a de outros projetos que contribuem para fortalecer o movimento de mudana da formao de graduao em sade, aproximando-a do Sistema nico de Sade (SUS), envolvendo atores do SUS e da comunidade acadmica, como professores, estudantes, profissionais de sade e gestores, com foco na interdisciplinaridade, na integrao ensino-servio, na humanizao do cuidado, na integralidade da assistncia, no desenvolvimento das atividades que considerem a diversificao de cenrios de prticas e redes colaborativas na formao para o SUS. O ensino articulado da teoria e prtica na formao do enfermeiro ocorre por meio das disciplinas de Vivencias Integradoras que se prope ao longo do curso a oportunizar o aluno vivenciar as reas da enfermagem: bases e fundamentos de cuidar, processo de cuidar na ateno bsica e gesto do processo de cuidar na ateno bsica e hospitalar e Estgio Curricular 1 e 2, reunindo as competncias previstas nas DCN

    4.5 Extenso

    As atividades de extenso desenvolvidas na UnB abrangem as oito reas

    temticas da extenso universitria no pas: comunicao, cultura, direitos humanos e justia, educao, meio ambiente, sade, tecnologia e trabalho. Mais do que repassar o conhecimento produzido e beneficiar a sociedade, a extenso absorve e se apodera do conhecimento da sociedade, gerando novos conhecimentos.

    As propostas de extenso so institucionalizadas pelo Colegiado do Curso e pela Coordenao de Extenso da Faculdade de Cincias da Sade. As atividades so propostas durante todo o perodo letivo e realizada a Semana de Extenso

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    Universitria que culmina com a apresentao de projetos, programas e aes desenvolvidas pelos docentes e alunos.

    Alm disso, funcionam a Cmara de Ensino de Graduao e outras instncias deliberativas da UnB tais como, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso e o Conselho Universitrio (CONSUNI), que delibera a respeito de temas que envolvem toda comunidade universitria.

    A proposta da Extenso Universitria melhorar a realidade social por meio de aes concretas da comunidade acadmica. Na UnB, a extenso pilar essencial para colocar em prtica o aprendizado, promover a integrao e entender as necessidades do pas. Numerosos programas, projetos e eventos conduzidos pela instituio produzem resultados dirios e ajudam a transformar a vida das pessoas. As atividades destinadas extenso, no mbito do curso, abrangem: Cursos de extenso; Eventos; Projetos de extenso de ao contnua (PEACs); Semana Universitria SEME . O estudante de graduao do curso de enfermagem vinculado a um projeto/programa concorre a bolsas de extenso do Programa Institucional de Bolsas de Extenso (PIBEX). A atividade extensionista pode ser revertida na concesso de at 4 (quatro) crditos acadmicos em extenso por semestre, atuando 15 horas semanais nos Projetos de Extenso de Ao Contnua (PEACs). O Curso de Enfermagem desenvolve por meio de seus professores, atualmente, os projetos de extenso e as ligas com a participao de discentes do curso e de outras reas afins (A reestruturao do Hospital Universitrio de Braslia como campo de construo de novas prticas e saberes para a gesto em enfermagem; Acolhimento com avaliao e classificao de risco no componente ambulatrio de enfermagem geritrica e gerontolgica; Cuidando dos idosos e de seus cuidadores no centro de medicina do idoso do HUB; Enfermagem e a educao em urgncia, emergncia e trauma; Cuidado em urgncia, emergncia e trauma; Promoo da sade sexual e reprodutiva no HUB grupo de gestante e casais grvidos; Servio ambulatorial de enfermagem em estomaterapia; Liga acadmica de gerontologia da unb; Liga acadmica de pediatria em sade; Liga de humanizao ao parto e nascimento, Liga do riso da UnB, Liga do combate ao cncer na UnB); Liga Acadmica de Sade e Espiritualidade.

    Abaixo, esto listadas as principais atividades extensionistas desenvolvidas na universidade:

    Tipos de Aes de Extenso

    a) Cursos de extenso: so aqueles ministrados na UnB e que respondem a demandas no atendidas pela atividade regular do ensino formal de graduao ou de p s-graduao. Esses cursos podem ser presenciais ou distncia.

    b) Eventos: so atividades de curta durao palestras, seminrios, exposies, congressos, workshops, entre outras, que contribuem para a disseminao do conhecimento.

    c) Projetos de extenso de ao contnua: tm como objetivo o desenvolvimento de comunidades, a integrao social e a integrao com instituies de ensino. So projetos desenvolvidos ao longo do ano letivo, podendo ser renovados no ano seguinte, mediante solicitao encaminhada Cmara de Extenso (CEX).

    d) Programas especiais: compreendem atividades de durao determinada que, inicialmente, no se enquadram na estrutura bsica das atividades previstas pelo Decanato de Extenso (DEX).

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    e) Programas permanentes: so empreendimentos que se caracterizam por uma organizao estvel e por disponibilizarem uma infraestrutura para a divulgao cientfica, artstica e cultural.

    f) v rs t r

    H mais de uma dcada, a Universidade de Braslia, por meio das unidades acadmicas e administrativas, sob a coordenao do DEX, promove este evento anual que integra comunidade, alunos e professores e oferece uma programao gratuita para a populao do DF e Entorno. So divulgados os trabalhos produzidos pela universidade e ocorre a promoo do dilogo com diferentes grupos sociais em torno de grandes questes que veem pautando a Poltica de Educao no pas. Com mesas-redondas, palestras, oficinas e atraes artsticas, a Semana Universitria da Universidade de Braslia acontece nos campi da UnB da Asa Norte, de Planaltina, da Ceil ndia e do Gama. A maior concentrao de atividades no campus Darc Ribeiro.

    O estudante de graduao vinculado a um projeto/programa concorre a bolsas de extenso do Programa Institucional de Bolsas de Extenso (PIBEX). A atividade extensionista pode ser revertida na concesso de at 4 quatro crditos acadmicos em extenso por semestre, atuando 15 horas semanais nos Projetos de Extenso de Ao Contnua (PPEACs).

    4.6 Iniciao Cientfica

    Em relao Pesquisa o Curso de enfermagem participa do Programa de Iniciao Cientifica (PROIC) que visa desenvolver e despertar a vocao cientfica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduao mediante sua participao em projetos de pesquisa preparando-os para o ingresso na ps-graduao. Ainda, os docentes participam de Grupos de pesquisa (Laboratrio de Processos e Prticas Cientficas em Sade; Fundamentos e Tecnologias do Cuidar em Enfermagem; Laboratrio Interdisciplinar de Pesquisa aplicada Prtica Clnica em Oncologia; Laboratrio de Biotica e tica em Pesquisa; Laboratrio de Estudos e Pesquisas Multidisciplinares em Segurana do Paciente; Laboratrio de Gesto dos Servios de Saude: ateno bsica e hospitalar (LABGEST); Grupo de estudos em sade da criana, adolescente e famlia (GESCAF); Laboratrio de Estudos Avanados: Cuidado, Mente e Linguagem, Grupo de Estudos e Pesquisa em Formao e Integrao Ensino-Servio e Comunidade (GEFIESCO). Outros programas em que os discentes participam: Programa Jovens Talentos; Mobilidade nacional e internacional; Projeto Rondon; Programa Cincia sem Fronteiras; Cooperao interinstitucional.

    - Programa de Iniciao Cientifica (PROIC)

    O Programa de Iniciao Cientfica uma oportunidade enriquecedora para os alunos, contribuindo para envolv-los nas atividades cientficas e tecnolgicas e tambm para form-los como futuros pesquisadores, incentivando talentos potenciais, despertando vocao cientfica e o pensar cientfico. Dessa forma, o Programa de Iniciao Cientfica visa despertar vocao cientfica entre estudantes de graduao e incentivar novos talentos potenciais por meio da participao em projetos de pesquisa, preparando-os para o ingresso na p s-graduao.

    O Programa apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgicos (CNPq), rgo vinculado ao Ministrio de Cincia, Tecnologia e Inovao, que concede bolsas de estudos pela participao em projetos de pesquisa

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    e iniciao cientfica. H tambm a possibilidade de atuar como pesquisador voluntrio, isto , sem concesso de bolsa.

    - Programa Jovens Talentos

    O programa oferece bolsas de estudo para alunos que esto cursando o primeiro ano do curso com o objetivo de incentivar os estudantes, j no primeiro contato com a vida acadmica, a se interessarem pela pesquisa cientfica. O programa tem o apoio da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes) e a seleo dos bolsistas ocorre por meio de uma prova de conhecimentos gerais elaborada pela Capes. Os estudantes selecionados recebem bolsa mensal de R$ 400,00 durante um ano. A nota na prova de seleo do programa tambm pode ser utilizada para futuras classificaes para bolsas do Programa Cincia Sem Fronteiras, lanado pelo Ministrio da Educao e Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao.

    4.7 Mobilidade nacional e internacional

    Existe a possibilidade de realizao de seus estudos em outras instituies de

    ensino superior brasileiras. Para participar do programa de mobilidade, o estudante deve ter concludo, pelo menos, 20% da carga horria de integralizao do curso de origem e ter, no mximo, duas reprovaes acumuladas nos dois perodos letivos que antecedem o pedido de mobilidade. O estudante da UnB, ao ser registrado em outra IFES, dever seguir as normas acadmicas da instituio que o receber. Entre as possibilidades para a mobilidade estudantil no territrio nacional e internacional, podemos destacar as seguintes atividades:

    - Ncleo Projeto Rondon: O Ncleo Projeto Rondon um programa de

    integrao social, parceria entre a UnB e o Ministrio da Defesa, o qual organiza operaes semestrais, com atividades voluntrias de universitrios em comunidades carentes. A gesto do projeto vinculado ao DE na forma de um ncleo para gerir a participao dos estudantes da UnB nas operaes e em atividades locais, a partir da oferta da disciplina de Construo de Projetos Sociais Multidisciplinares, oferecida em mdulo livre pelo DEX, condio essencial para o estudante de graduao participar de operaes do Rondon.

    - Programa Cincia sem Fronteiras: H tambm outros programas de

    intercmbio, como o Cincia sem Fronteiras, que busca promover a consolidao, expanso e internacionalizao da cincia e tecnologia, da inovao e da competitividade brasileira por meio do intercmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa fruto de esforo conjunto do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao (MCTI) e do Ministrio da Educao (MEC), por meio de suas respectivas instituies de fomento CNPq e Capes , e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnolgico do MEC. O programa pretende promover intercmbio, de forma que alunos de graduao e p s-graduao faam disciplinas e estgio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relao tecnologia e inovao. Alm disso, o programa busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas reas prioritrias definidas no Programa, bem como

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    criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.

    4.8 Insero no mercado de trabalho

    Informaes no sistematizadas permitem afirmar que, de maneira geral os egressos do Curso de Enfermagem ocupam cargos de destaque na assistncia, no ensino, na pesquisa, no planejamento e na gesto da sade. Esto presentes nas diferentes unidades da rede sade do SES/DF (chefias de unidades, direo, coordenadores em unidades assistenciais, etc.); bem como em rgos do poder federal (Ministrios, ANVISA, Cmara, Tribunais Federais, Senado) e distrital (Tribunal de justia eleitoral, cmara de deputados e outros). Atuam nas diferentes entidades da categoria profissional tais como: Conselho Regional de Enfermagem, Associao Brasileira de enfermagem, associaes e sociedades de enfermeiros especialistas e outros. Tambm atuam na rea de ensino em diferentes nveis assumindo coordenao de faculdades particulares e de ensino mdio inclusive como professores. Vale destacar que, em processos seletivos para ingresso em diferentes setores da rede privada de sade, nossos egressos alcanam resultados de excelncia, sendo elogiados e muito bem recebidos pela sua postura, viso crtica e competncia tcnica.

    4.9 Cooperao interinstitucional

    - Diretoria de Desenvolvimento e Integrao Regional (DDIR): A DDIR expressa a vontade poltica e o empenho da UnB em atuar no desenvolvimento e integrao regionais, contribuindo para o desenvolvimento sustentvel em prol de comunidades do DF, da RIDE e Regio Centro-Oeste, pela articulao de redes colaborativas por meio de plos e ncleos. Para tanto, visa estimular e apoiar aes de extenso dos quatro campi da UnB, intervindo com articulaes diretas com instituies de fomento publicas e privadas, para a consolidao de convnios e termos de cooperao, bem como na promoo de editais de fomento como Proext e Mais Cultura para as Universidades, e outros.

    Princpios e diretrizes gerais do curso e o PDI

    A Instituio de Ensino Superior Universidade de Braslia contempla

    claramente em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) as polticas de ensino, pesquisa e extenso universitria visando formar cidados para o exerccio profissional, empenhados na busca de solues democrticas para os problemas nacionais.

    5.1. Interdisciplinaridade

    Interdisciplinaridade e a Dinmica Curricular Integrada

    A interdisciplinaridade e a dinmica curricular integrada na UnB orientam a busca pela diversidade, pela criatividade e pela troca de conhecimento. Tambm amplia a formao dos estudantes e implica na articulao e integrao de diferencias instncias que existem na Universidade, tais como os diferentes campos

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    de conhecimento e os diferentes contextos pedaggico, acadmico, administrativo e social.

    5.2. Multi, inter e transculturalidade: caracterizados pela internacionalizao, interculturalidade e mobilidade na educao superior.

    - Flexibilizao e uso das TICs

    A estrutura curricular da UnB, para todos os cursos, organizada em Mdulo Integrante e Mdulo Livre. O primeiro constitudo pela rea de Concentrao e pela rea Conexa; e o segundo, pelos contedos de reas de conhecimento e campos de atuao que despertem o interesse do estudante. So permitidos ao estudante cursar at 36 crditos no Mdulo Livre. Tal flexibilidade curricular permite ao aluno cursar disciplinas vinculadas aos diferentes Institutos e Faculdades que integram a estrutura da Universidade. Esse princpio um componente essencial na organizao dos projetos pedaggicos dos cursos de graduao na UnB e decorre das diversas transformaes vividas pela sociedade que influenciam no perfil dos profissionais desejados pelo mercado.

    As Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs) durante o processo ensino-aprendizagem so utilizadas, conforme o objetivo das disciplinas, com intuito de desenvolver habilidades no aluno para o seu uso em diferentes contextos de atuao. Todas as disciplinas incentivam a prtica de pesquisa cientfica pelos alunos para a execuo de trabalhos individuais e/ou coletivos e, durante as aulas tericas, frequente o uso de tecnologias como computadores, Datashow e outros aparelhos de multimdia. O uso de outras tecnologias da informao e comunicao ocorrem junto as parcerias para estgio, no sentido de possibilitar aos discentes o contato com pronturio eletrnico do paciente, com os sistemas de vigilncia epidemiolgica, dentre outros, de acordo com o campo de pratica. Para garantir acesso e domnio das TICs, um dos objetivos do PDI o desenvolvimento da tecnologia da Informao e, para isso, em 2013 foi constitudo o Comit Gestor de Tecnologia da Informao na Universidade de Braslia, que tem como uma das prioridades a elaborao de um Plano de Desenvolvimento de TI (PDTI). Sobre o uso das TICs na rea acadmica, o Centro de Informtica (CPD) da UnB fica responsvel pela atualizao dos sistemas existentes e gerencia a rede de computadores, o servio de correio eletrnico e oferece suporte aos usurios internos. A unidade atua, ainda, na disseminao das reas de tecnologia e no uso da informtica nos diferentes nveis, contribuindo para a qualificao de novos profissionais e para a incluso digital. Em 1996, o CPD implantou a Escola de Informtica da UnB para atender tanto a comunidade universitria como a sociedade em geral. A Escola conta com didtica especial e com um mtodo de ensino diferenciado. Alm das prticas citadas, h um projeto em implantao para acolhimento dos estudantes, professores e servidores. As diretrizes orientadoras desse projeto so a melhoria contnua da qualidade do processo de ensino-aprendizagem na perspectiva da inovao pedaggica, o que inclui o desenvolvimento de metodologias de ensino-aprendizagem e recursos didticos e pedaggicos apoiados em tecnologias de informao e comunicao.

    No processo de ensino aprendizagem do Curso de Enfermagem da UnB so utilizadas diversas tecnologias de informao e comunicao:

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    Plataformas de gesto de aprendizagem tambm designadas como LMS (LearningManagementSystem), ou como VLE (Virtual LearningEnvironment) ou ainda, em Portugus, como plataformas de eLearning(Dias, 2010). Adota-se a plataforma Moodle (Open-sourcelearningplatform - https://moodle.org/ ) verso 2.4 situada no endereo eletrnico www.aprender.unb.br. Com o uso da plataforma Moodle, os alunos tm acesso a diversas disciplinas de graduao e outros programas e projetos de Extenso, Iniciao Cientfica, entre outros.

    Centro de Tecnologias Educacionais e Interativas em Cincias da Sade (CENTEIAS) atua como suporte s diversas iniciativas pedaggicas de uso das Tecnologias da Informao e Comunicao em Sade (TICS), promovendo a sustentabilidade de seu parque tecnolgico, hoje composto por 670 terminais conectados e distribudos em quatro redes, e ainda viabilizando a produo e inovao tcnico-cientfica na rea de Cincias da Sade. Apoia a realizao de cursos e oficinas em parceria com a Biblioteca Virtual de Sade (BVS), do Ministrio da Sade; firmou parceria para a implantao do Sistema Eletrnico de Editorao de Revistas (SEER), do Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia (IBICT), entre outras iniciativas indutoras dos processos de informao, educao e comunicao em sade mediadas por tecnologias. Outra parceria importante se d com a Unidade de Tecnologias da Informao e Comunicao em Sade (UTICS), do Ncleo de Estudos em Sade Pblica (NESP), a partir da qual tem sido possvel o atendimento a inmeros desafios trazidos ao Centro, alm dos j assumidos no mbito do suporte conexo e servios de informtica. Destacam-se o assessoramento a eventos no registro audiovisual, produo de vdeo-aulas, digitalizao de vdeos, entre outros.

    A Faculdade de Cincias da Sade (FS), por meio de seu Centro de Tecnologias

    Educacionais e Interativas em Sade (Centeias) tambm disponibiliza aos seus alunos os seguintes programas:

    BrOffice sute de aplicaes de escritrio destinada tanto utilizao pessoal quanto profissional. Compatvel com as principais sutes de escritrio do mercado. Oferece todas as funes esperadas de uma sute profissional: editor de textos, planilha, editor de apresentaes editor de desenhos e banco de dados.

    SPSS Statistical Package for the Social Sciences software estatstico especialmente desenvolvido para a utilizao por profissionais de cincias humanas e exatas.

    SAS/STAT Statistical Analysis System software estatstico.

    Avogadro - software editor de estruturas qumicas orgnicas e inorgnicas que permite editar molculas e montar as suas ligaes.

    Todos os computadores esto ligados a rede da FS com uma velocidade de 100 MB, com correio eletrnico disponvel para todos.

    Alm do espaos de comunicao e interatividade como a sala de informtica e a sala de videoconferncia, dentre as principais aes do CENTEIAS de suporte ao processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias de informao e comunicao destaca-se:

    a. Receber, reunir, sistematizar, alimentar e atualizar as informaes do site da FS e dos departamentos;

    https://moodle.org/http://www.aprender.unb.br/

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    b. Elaborar e ministrar no Laboratrio de Informtica (LIS), palestras que apresentem aos interessados as estratgias de buscas de publicaes cientficas na Internet;

    c. Sustentar as quatro redes fsica e lgica da FS; d. Garantir o suporte aos usurios; e. Diagramao de publicaes; f. Comunicao visual; g. Vdeo-aula; h. Cobertura e transmisso ao vivo(internet); i. Suporte nas mais variadas vertentes para ensino e pesquisa; j. Fortalecimento da IntraNet FS; k. Desenvolvimento de sistemas de informaes que atendam toda a FS e

    seus departamentos (documentos oficiais pela FSD, acervo documental, etc);

    l. Implementao URLib; m. Repositrio Dspace.

    6. Objetivos do curso

    O Curso de Graduao em Enfermagem da UnB tem como objetivo formar enfermeiros, com competncias e habilidades para:

    Atuar em diferentes nveis da ateno sade prestar assistncia sistematizada de enfermagem individual e coletiva, por meio de aes integrais de promoo, preveno, e tratamento e reabilitao em diferentes fases do ciclo vital.

    Tomar decises com base em informaes sistematizadas em sade para o planejamento das aes em nvel individual e coletivo, por meio do trabalho em equipe interdisciplinar.

    Desenvolver gesto dos sistemas e dos servios de sade articulando a fora de trabalho, recursos fsicos e materiais e a de sistemas de informao.

    Assumir posies de liderana no trabalho em equipe multidisciplinar, visando o bem-estar do indivduo e da coletividade. Alm disso, proporcionar equipe educao permanente, a fim de mant-la atualizada quanto s inovaes cientficas, tecnolgicas e de informaes.

    6.1. Perfil profissional do egresso O curso de Graduao em Enfermagem do Departamento de Enfermagem,

    da Faculdade de Cincias da Sade, da Universidade de Braslia busca formar o profissional enfermeiro com postura transformadora em qualquer nvel de desenvolvimento dos programas de sade, atendendo aos princpios da universalidade, integralidade, equidade, solidariedade e hierarquizao que norteiam o Sistema nico de Sade do pas.

    O enfermeiro graduado pelo Departamento de Enfermagem, da Faculdade de Cincias da Sade, da Universidade de Braslia um profissional com formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, para atuar com senso de responsabilidade social e como promotor da sade integral do ser humano nas diversas fases do ciclo vital, assegurando a integralidade, qualidade e humanizao da ateno sade,

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    pautadas nos fundamentos ticos que norteiam a profisso; capaz de desenvolver aes assistenciais, educativas, de gesto e de pesquisa, com base nos princpios do Sistema nico de Sade.

    6.2. reas de atuao

    Os egressos do Curso de Enfermagem da UnB desenvolvem suas atividades profissionais de acordo com suas atribuies que a carreira permite, na iniciativa privada e rgos pblicos estaduais e federais.

    A formao prtica, nos diversos Servios de Sade do Distrito Federal, durante os estgios supervisionados, proporciona um diferencial no mercado de trabalho para o enfermeiro assistencial e gestor. Alm disso, pode buscar a especializao e investir na carreira de pesquisador e docente.

    Os Enfermeiros egressos da UnB tm uma viso generalista do Sistema de Sade, desde o nvel de menor complexidade de ateno a sade, como o caso dos Programas de Sade da Famlia e Comunidades, at de procedimentos e organizao de servios de maior complexidade como so os casos de Centro Cirrgico e Unidades de Terapia Intensiva, por exemplo. (site. UnB)

    Desta forma, os locais onde o enfermeiro egresso da UnB desenvolve sua profisso so:

    - Sade do Trabalhador na Ateno Bsica e Hospitalar em Empresas Pblicas e Privadas;

    - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria;

    - Servio Mdico da Presidncia da Repblica Federativa do Brasil;

    - Servio Mdico do Senado Federal;

    - Servio Mdico do Supremo Tribunal Federal;

    - Servio Mdico do Tribunal da Justia Federal;

    - Servio Mdico do Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios;

    - Servio Mdico do Tribunal de Justia Eleitoral do Distrito Federal e Territrios;

    - Servio Mdico da Cmara dos Deputados Federais;

    - Servio Mdico da Cmara dos Deputados Distritais;

    - Servio Mdico de cada ministrio;

    - Servio Mdico do Sistema Prisional do Distrito Federal Penitenciria Papuda;

    - Consultor Tcnico e Responsabilidade Tcnica de Empresas que fabricam, comercializam, produtos;

    - Empresas especializadas em esterilizao de materiais e roupas hospitalares, consultrios odontolgicos, clnicas e outros.

    - Central de material esterilizado e processamento de produtos para sade.

    Obs. Considerando que o Distrito Federal acolhe pessoas de todas as regies do pas, muitos enfermeiros retornam aos seus Estados de origem ou de seus familiares.

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    7. Metodologia e princpios pedaggicos

    O Projeto Poltico Pedaggico toma por base as metodologias ativas de ensino-aprendizagem (abordagem significativa e problematizadora). Tem como eixo principal a construo de competncias e habilidades a partir de prticas contextualizadas, valorizando o significado da experincia do aluno e a sua individualidade.

    Neste enfoque, na interveno pedaggica so valorizados os princpios da aprendizagem significativa. De forma a oferecer ao aluno a base necessria para compreenso e proposio de solues, estimulando-o a reflexo sobre os novos acontecimentos, com os que ele j possui, e assim, oferecer-lhe suporte pedaggico que possibilite utilizar estes novos conhecimentos em diferentes contextos.

    Os contedos so entendidos como fatos, conceitos, princpios, procedimentos, normas e valores. Possibilitando assim, o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e socioafetivas (Roegiers, De Ketele, 2004)4.

    As competncias, entendidas como habilidades para mobilizar diferentes capacidades para a tomada de decises do trabalho do enfermeiro (a). Trata-se de um conjunto de atributos do domnio cognitivo/conhecimentos (saber); do domnio psicomotor/habilidades (saber fazer); e do domnio afetivo/atitudes (saber ser, saber conviver). Ou seja, como um conjunto de saberes a serem desenvolvidos por meio da integrao, a partir de situaes significativas (no contexto do ensino e do servio) levando o aluno a integrar os contedos e as atividades a serem exercidas, desta forma coloca em evidncia que a base para a construo de competncias se faz na integrao (Roegiers, De Ketele, 2004; Le Boterf, 20035).

    Neste projeto entende-se que o mtodo de ensino-aprendizagem no nico. Ele deve perpassar vrios mtodos para uma formao qualificada para o enfrentamento das questes inerentes e complexas do processo sade-doena e da organizao social. Entretanto, as estratgias metodolgicas devem possibilitar a integrao do ensino, da pesquisa e da extenso, reconhecimento das necessidades da realidade local, estabelecimento de parcerias com a comunidade, a partir do envolvimento dos servios no processo de formao, como a participao dos profissionais da rede de sade, no papel de preceptores.

    No que se refere s prticas curriculares, estas so desenvolvidas ao longo da formao, realizadas em hospitais gerais e especializados, ambulatrios, rede bsica de servios de sade e comunidades. Para tanto, a matriz curricular do curso est organizada em disciplinas denominadas Vivncias Integradoras 1 a 7 , iniciando no 2 semestre do curso at o 8 semestre. Tem como objetivo a articulao teoria-prtica pela aproximao do estudante aos diversos cenrios do Sistema nico de Sade (SUS), da prtica profissional nos diferentes nveis da ateno sade (ateno bsica, mdia e alta complexidade de servios de sade). Tem como foco o cuidar e a

    4ROEGIERS, X. DE KETELE, JM. Uma pedagogia da integrao: competncias e aquisio no ensino. 2 Edio, Porto

    Alegre: Artmed, 2004. 5LE BOTERF, G. Desenvolvendo competncia dos profissionais. 3 Edio, Porto Alegre: Artmed, 2003.

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    gesto do processo de cuidar o indivduo e comunidade, nos diferentes ciclos da vida (criana, adolescente, mulher, adulto e idoso).

    A programao das atividades e a superviso realizada pelos professores do curso, atendendo aos princpios ticos da formao e atuao profissional. Nas prticas de vivencias integradoras a relao alunos/docente de 5/1. A organizao das prticas considera a acessibilidade pedaggica, desenvolvendo atividades adequadas s necessidades dos estudantes e promovendo a eliminao de barreiras atitudinais para o trabalho em equipe, oportunizando o desenvolvimento de suas potencialidades.

    A avaliao um aspecto formativo que considera o aspecto individual e coletivo dos estudantes, visando o desenvolvimento pleno das suas competncias e habilidades. A integrao professor-aluno fundamental para fortalecer o processo de integrao ensino-servio e comunidade. Como metodologia de aprendizagem do Estgio Curricular 1 e 2, tm-se: Estudo Independente; Planejamento do Processo de Trabalho no Cenrio da Prtica; Anlise Crtica do Estgio no Cenrio da Prtica; Discusso terica nas supervises semanais de temas relacionados ao objetivo da disciplina/campo de prtica de ensino, sendo desenvolvido sob a superviso direta do enfermeiro do servio/unidade de sade (Enfermeiro Supervisor) e indireta do Docente do Departamento de Enfermagem (Professor Supervisor).

    7.1. Proposta pedaggica

    7.1.1. Bases e Fundamentos

    O Curso de Graduao de Enfermagem da Universidade de Braslia toma como base os seguintes princpios:

    - Educao

    A educao como um processo intencional que tem como finalidade a promoo do crescimento das pessoas, considerando-as como sujeitos histricos de um processo que caminha em direo sua transformao, a fim de que possam tornar-se membros ativos da sociedade, agentes de mudana e criao cultural (COLL, 1996)6.

    A educao na rea de sade, como um processo que considera o conhecimento socialmente produzido (fatos, conceitos e princpios), que possibilita uma maior compreenso e interveno na realidade. Para tanto, devem ser utilizadas, promover o crescimento das pessoas (atitudes, normas, valores e procedimentos).

    - Sade

    A sade entendida em seu sentido amplo, como componente da qualidade de vida/modos de vida e do exerccio da cidadania, que toma como objeto as necessidades sociais e o direito sade. A sade como resultante dos determinantes

    6COLL,C. PSICOLOGIA E CURRICULO. SO PAULO: EDITORA TICA, 1996.

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    histricos e sociais, envolve distintas conceituaes tericas, que implicam em um conjunto de prticas sanitrias sobre as situaes em sade. A noo de sade adotada no processo de formao pretende avanar para o campo da Promoo da Sade, com prticas de preveno de riscos e danos, de promoo e proteo da sade.

    - Processo Sade - Doena

    A sade - doena como processo, oriundo no s dos fenmenos biolgicos, mas tambm, resultante do modo como as pessoas estabelecem relaes com o seu meio social. Um processo dinmico que compreende a vida, o adoecimento e a morte, em suas dimenses biolgicas, psicolgicas, espirituais, relacionais e ticas.

    - Ateno Sade

    A ateno sade na perspectiva da integralidade das aes, no trabalho em equipe interdisciplinar, centrada em atitudes tica e poltica, visando intersetorialidade e reconhecendo os limites do conhecimento e das tecnologias, a fim de possibilitar a construo de relaes contnuas como forma de responder s necessidades sociais.

    - Cuidado Humano

    O cuidado das pessoas, como uma relao de troca permanente (incluindo a relao docente e discente), o sentido e o experienciado. O cuidar como objeto do trabalho do (a) Enfermeiro (a) que envolve criatividade, sensibilidade, intuio, aes, atitudes, habilidades e pensamento crtico, com base no conhecimento cientfico e tecnolgico. O cuidado que deve promover manter e/ou recuperar a dignidade e totalidade humana (fsica, mental, social, emocional, espiritual, intelectual) nas fases do viver e do morrer. Neste cenrio, o cuidado humano abordado como um processo de transformao que se d entre as pessoas (relaes interpessoais). Assim, o ensino do cuidado deve perpassar todo o currculo.

    - Enfermagem e o Enfermeiro

    A Enfermagem como uma prtica social articulada s demais prticas de sade, integrando o coletivo do trabalho em sade.

    A (o) Enfermeira (o) um profissional que integra e participa da equipe de sade, envolvido na ateno e na gesto da sade. Desenvolvendo aes especficas, com compromisso social e fundamentado em valores ticos, no mbito do cuidado; da educao; da gesto e da pesquisa.

    - Projeto Curricular

    O Projeto Curricular apresenta-se como um instrumento que guia as atividades, define as bases filosficas e tericas, estabelece um plano para a sua concretizao, com estrutura flexvel, aberta s modificaes e adequaes que

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    surgem no desenvolvimento do projeto. Deve estar em consonncia com as caractersticas, singularidades e experincias dos discentes; com as necessidades de sade do contexto regional, possibilitando assim, uma formao integral.

    8. Estrutura Curricular

    O curso tem carga horria total de 4.020 horas, distribudas entre contedos organizados em atividades obrigatrias, optativas e de mdulo livre, a serem desenvolvidas em um mnimo de 10 semestres (cinco anos) e mximo de 15 semestres (sete anos e meio).

    As disciplinas tericas e prticas obrigatrias e o Trabalho de Concluso de Curso (TCC), ocorrem com 2.340 horas, destas 1.215 tericas e 1.125 prticas. O Estgio Curricular Supervisionado e as Atividades Complementares totalizam 960 horas. As Disciplinas Optativas e Mdulo Livre somam 720 horas, integralizando 4.020 horas.

    A estrutura da proposta curricular no formato de Matriz Curricular est organizada em trs ncleos de contedos integrados e inter-relacionados Bases e fundamentos do processo de cuidar; Processo de cuidar e Gesto do processo de cuidar - em consonncia com os princpios que norteiam o presente projeto pedaggico, assim como, os contedos essenciais definidos pelas diretrizes curriculares nacionais/DCN. A organizao da proposta curricular busca estabelecer, por meio das atividades de ensino, da pesquisa e da extenso, a articulao entre teoria e prtica. Dessa forma, os ncleos representam a organizao de um conjunto de contedos tericos e prticos, apresentados em forma de disciplinas, articulados em torno da temtica central de cada um dos ncleos e dos seus objetivos.

    Os ncleos de contedos sero coordenados por professores envolvidos com a sua execuo, com o obje