PROJETO PEDAGÓGICO O CURSO DE BACHARELADO EM … · comunicaÇÃo visual A disciplina enfoca a...
Transcript of PROJETO PEDAGÓGICO O CURSO DE BACHARELADO EM … · comunicaÇÃo visual A disciplina enfoca a...
1
PROJETO PEDAGÓGICO O CURSO DE BACHARELADO
EM RELAÇÕES PÚBLICAS
CAMPUS DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre/RS, 2018.
2
SUMÁRIO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO........................................................................ 04
2. OBJETIVOS DO CURSO................................................................................................... 04
2.1. Objetivos gerais................................................................................................... 04 2.2 Objetivos específicos 04
3. COMPETENCIAS DA ÁREA DE CONHECIMENTO E DO CURSO.................................. 05
4. PÚBLICO-ALVO................................................................................................................. 05
5. PERFIL DO EGRESSO...................................................................................................... 06
6. ESTRUTURA CURRICULAR............................................................................................. 07
6.1 Disciplinas e Ementário........................................................................................ 08
7. FORMAS DE ASSEGURAR INTERDISCIPLINARIDADE................................................. 17
8. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA................................................ 19
9. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO....................... 24
10. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS.................................................................. 27
10.1 Educação das relações étnico-raciais, ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena....................................................................................................
28
10.2 Libras.................................................................................................................. 28 10.3 Políticas de educação ambiental........................................................................ 28 10.4 Direitos Humanos................................................................................................ 29 10.5 Responsabilidade Social..................................................................................... 29
3
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
NOME DO CURSO:
Curso de Relações Públicas
GRAU CONFERIDO:
Bacharelado.
TÍTULO PROFISSIONAL:
Relações Públicas
MODALIDADE DE ENSINO:
Ensino presencial.
ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:
Portaria do Conselho Superior do UniRitter.
DATA DE PUBLICAÇÃO DO ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:
Criado em 09 de outubro de 2013; Consepe 43; Consupe 156.
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:
- Carga Horária Total: 2.673 horas
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
- Atividades Complementares: 200 horas
DURAÇÃO DO CURSO:
- Integralização Curricular: Duração mínima: 4 anos; Duração máxima: 8 anos.
Máximo: Conforme critério definido no Regimento Institucional.
NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS:
- Vagas anuais: 100
NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS
O número de vagas ofertadas será definido, a cada semestre, levando em conta a
necessidade de oferta por ocasião do processo seletivo, respeitando o número de vagas anuais
autorizadas.
TURNO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO
O curso funcionará nos turnos da manhã e noite com possibilidade no vespertino e aos
sábados conforme oferta semestral.
4
2. OBJETIVOS DO CURSO
2.1. Gerais
Ao contemplar a formação do educando, apto a atuar como cidadão e profissional em uma
realidade em permanente mudança, o curso propõe-se a atingir os seguintes objetivos:
a) domínio das linguagens e das técnicas utilizadas no processo de comunicação e nas
b) diversas mídias, articulando as dimensões de criação, produção e interpretação;
c) capacidade de articular, de forma interdisciplinar, as interfaces existentes nas diferentes
áreas da comunicação, bem como de outros campos do saber, promovendo a integração
teórico-prática;
d) atuação profissional em consonância com os princípios éticos de comunicação para a
cidadania, considerando as questões contemporâneas, voltadas para os direitos humanos
e a sustentabilidade;
e) capacidade de produzir conhecimento científico no campo da comunicação e na área das
relações públicas e de exercer a docência.
2.2. Específicos
a) interesse em desenvolver pesquisas, estratégias e políticas que favoreçam a
interpretação qualificada da conjuntura sócio organizacional;
b) criatividade para gerar, executar e avaliar planos, programas, campanhas e projetos
estratégicos de relações públicas, integrados às demandas organizacionais e da opinião pública;
c) habilidade para sistematizar os repertórios necessários à prática profissional, nos
âmbitos da gestão de processos comunicacionais, da cultura organizacional e das inovações
tecnológicas;
d) conhecimento de técnicas e instrumentos adequados ao desenvolvimento de atividades
específicas: assessoria de imprensa, organização de eventos, cerimonial e protocolo, ouvidoria,
comunicação interna, pesquisa de opinião pública e de mercado;
e) capacidade de realizar serviços de auditoria, consultoria e assessoria de comunicação
de empresas;
f) condições de atuar de forma qualificada em atividades de relações governamentais e de
comunicação pública;
g) habilidade para administrar crises e controvérsias, promovendo ações para a
construção e preservação da imagem e da reputação das organizações.
5
3. COMPETENCIAS DA ÁREA DE CONHECIMENTO E DO CURSO
4. PÚBLICO ALVO
O curso se destina a pessoas interessadas a desenvolver, ampliar ou formalizar
competências e habilidades na área do curso. O mercado tem se comportado de maneira positiva
na absorção de egressos do curso, que podem ocupar posições de trabalho nos setores público,
privado e em organizações do 3º Setor, nas áreas de:
Assessoria de Imprensa e relacionamento com a mídia
Gerenciamento de relacionamentos nas redes sociais
Planejamento estratégico de comunicação
Gerenciamento de imagem e reputação de empresas e pessoas
Gerenciamento de crise
Relacionamento com público interno
Comunicação integrada com públicos estratégicos
Desenvolvimento de estratégias de posicionamento institucional
Planejamento, execução e avaliação de Eventos corporativos
Desenvolvimento de comunicação dirigida
Planejamento de comunicação para instituições do 3º Setor
Desenvolvimento de projetos culturais utilizando leis de incentivo
Organização do relacionamento de empresas com órgãos governamentais
Consultoria empresarial.
6
5. PERFIL DO EGRESSO
O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UniRitter pretende que os egressos de todos
os cursos de graduação do Centro Universitário sejam profissionais e cidadãos capazes de
compreender e atuar com vistas à transformação da sociedade em que vivem, com condições de
responder aos desafios da sociedade contemporânea no contexto da globalização e com
conhecimentos, competências e habilidades específicas de suas respectivas profissões.
O perfil do egresso pretendido para o Curso de Bacharelado em Relações Públicas é
plenamente coerente com os objetivos do curso, atendendo, de forma clara e coerente, às
necessidades sociais da região onde está inserido.
O curso de Relações Públicas objetiva formar profissionais generalistas, críticos,
reflexivos, éticos e proativos, capazes de criar, empreender, analisar, planejar, gerenciar e
executar processos orientados de comunicação no contexto das empresas, organizações e/ou
instituições considerando os públicos envolvidos nesses processos, observando e antecipando
tendências, implementando novas ideias e desenvolvendo soluções, sendo aptos a:
Identificar riscos e oportunidades para as empresas, organizações e instituições,
atuando de forma preventiva para a construção e manutenção de sua imagem
no(s) seu(s) mercado(s);
Detectar novas oportunidades no mercado;
Utilizar diversificados meios de comunicação;
Elaborar, executar, conduzir e analisar pesquisas de mercado, interpretando os
comportamentos dos públicos e suas tendências, considerando o cenário
econômico e competitivo;
Observar oportunidades de diferenciação e aumento da competitividade através da
comunicação;
Trabalhar de forma integrada com as diversas áreas e setores das empresas,
organizações e instituições, atuando em equipes multidisciplinares, visando
objetivos, prazos e metas;
Criar estratégias de comunicação e motivação interna, mobilizando todos em
direção aos objetivos organizacionais;
Adaptar-se com facilidade às novas tendências locais e globais;
Estruturar equipes de trabalho e programar planos de comunicação interna e
externa, tendo como foco resultados organizacionais;
Representar organizações nacionais e internacionais em todos os níveis;
Auxiliar no desenvolvimento de planos de Marketing e elaborar Plano Estratégico,
definindo planos tático-operacionais;
7
Articulação política e negociação para permitir ao profissional atuar de forma a
minimizar os níveis de conflito entre os integrantes da
empresa/organização/instituição e com os seus ambientes externo e interno;
Observar, diagnosticar e planejar o uso da tecnologia como elemento de
estratégias e táticas de mercado com vistas ao incremento de resultados e
facilitação de processos operacionais;
Lidar com a comunicação em nível interno e externo, de forma a manter o
alinhamento estratégico da empresa em todos os níveis;
Ter uma visão sistêmica, ampla e atualizada do mundo, que permita ao profissional
compreender as variáveis políticas, sociais, econômicas, legais, culturais,
tecnológicas e ecológicas do macro ambiente, buscando implementar estratégias
globais compatíveis com a realidade ambiental, numa perspectiva de adequação
constante;
Além disso, deve estar preparado para lidar com a comunicação num cenário cada dia
mais globalizado e sem fronteiras. Neste sentido, as oportunidades de aprendizagem e vivência
nas diversas e diferenciadas instituições que compõem a Rede Laureate International Universities
se mostram como um fundamental diferencial competitivo na formação dos futuros discentes do
curso de Relações Públicas.
6. ESTRUTURA CURRICULAR
O currículo do Curso de Relações Públicas do UniRitter possui carga-horária total de 2.873
horas. Dessas, 99 são dedicadas a estágio curricular obrigatório e 200 são de atividades
complementares.
O tempo mínimo previsto para a integralização curricular é de 4 anos e o máximo
corresponde a 8 anos. A integralização curricular é pautada, basicamente, por três princípios: o
da flexibilidade, o da horizontalidade e o da integração entre teoria e prática.
O UniRitter elaborou um currículo inovador para o seu Curso de Relações Públicas. Isso
ocorreu por meio de uma organização das disciplinas obrigatórias, valorizando-se a formação
fundamental do discente e a adaptação dos seus conhecimentos às novas realidades que se
apresentam a cada dia.
As atividades complementares representam outro espaço disponibilizado ao discente de
autonomia e de flexibilidade; podem ser realizadas nas diferentes modalidades previstas no
regulamento institucional.
Essa possibilidade de conformação individual dos currículos atende ao outro princípio de
integração curricular: a flexibilidade. De acordo com esse princípio, cada discente deverá ter a
possibilidade de individualizar o próprio currículo segundo suas expectativas para o futuro e sua
8
vocação profissional, considerando que o Curso de Bacharelado em Relações Públicas
oportuniza aos bacharéis a possibilidade de seguir as mais diversas carreiras.
Por fim, destaca-se que o currículo contempla os conteúdos previstos como requisitos
legais normativos: LIBRAS, Identidades e Diversidade Étnico-racial e a abordagem transversal
envolvendo a temática da educação ambiental. Tem-se ainda a disciplina de Língua Brasileira de
Sinais – Libras conforme Decreto nº 5.626 de 22/12/05.
6.1.DISCIPLINAS E EMENTÁRIO
ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA
Trata da construção do conhecimento antropológico e o objeto da antropologia. Analisa a
constituição da sociedade brasileira em suas dimensões histórica, política e sociocultural; a
diversidade da cultura brasileira e o papel dos grupos indígena, africano e europeu na formação
do Brasil. Enfatiza o papel dos Direitos Humanos.
ARTE, CULTURA E ESTÉTICA
Contextualiza as diferentes linguagens manifestas na cultura e na arte propondo reflexão e
análise crítica. Apresenta a evolução histórica dos movimentos e das vanguardas das
representações artísticas ao longo dos anos visando a ampliação do repertório cultural e a
discussão de suas implicações na contemporaneidade.
COMPORTAMENTO, CERIMONIAL E PROTOCOLO
Analisa situações que abrangem a vida social e profissional, a comunicação oral e
corporal. Apresenta os cerimoniais de negócios e de eventos sociais, abordando ainda o
multiculturalismo, normas e leis do protocolo, além de aspectos da etiqueta pessoal e profissional
como ferramentas que auxiliam o profissional na sua atuação no mercado.
COMUNICAÇÃO
Estuda o processo comunicativo em diferentes contextos sociais. Discute o uso de
elementos linguísticos adequados às peculiaridades de cada tipo de texto e situação
comunicativa. Identifica e reflete sobre as estratégias linguístico-textuais em gêneros
diversificados da oralidade e da escrita.
9
COMUNICAÇÃO VISUAL
A disciplina enfoca a sintaxe construtiva da linguagem visual, desde a teoria das cores e
tipografias até os elementos técnicos para a materialização de ideias criativas. Mostra a união
entre a teoria e a prática da comunicação visual visando formas de desenvolvimento de projetos
visuais.
CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS
Discute processos comunicacionais na perspectiva da convergência de mídias. Analisa
formatos e concepções de narrativas interativas hipermidiáticas e as distintas abordagens de
convergência. Trabalha aplicações para a web, com edição de texto, imagem (estática e em
movimento) e áudio.
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
Estuda temas relevantes da contemporaneidade como o processo de construção da
cidadania e suas respectivas interfaces com os direitos humanos, ética e diversidade. Analisa as
interferências antrópicas no meio ambiente e discute o desenvolvimento sustentável e o impacto
das inovações tecnológicas. Aborda ainda tendências e diretrizes sociopolíticas, e questões de
responsabilidade social e justiça.
DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL
Analisa as representações sociais e construções de identidade nos diferentes ambientes e
suas inter-relações e influências no desenvolvimento humano. Discute desafios e avanços na
sociedade brasileira dos grupos sociais tradicionalmente excluídos. Explora processos e práticas
por meio dos quais os sujeitos constroem e reconstroem conhecimentos nos diferentes contextos
formativos de seu cotidiano.
ESTATÍSTICA E PESQUISA DE OPINIÃO
Aborda a criação do conceito de opinião pública e sua adoção em Relações Públicas,
fornecendo subsídios para o planejamento e execução de uma pesquisa de opinião apresentando
os grupos de pressão na interpretação dos dados, as técnicas e as aplicações desse tipo de
pesquisa.
10
FOTOGRAFIA
Promove análises e reflexões sobre a fotografia e sua utilização como recurso de
linguagem na produção audiovisual dando ênfase para o domínio tecnológico dos equipamentos
disponíveis para o exercício consciente e responsável do fotógrafo.
FUNDAMENTOS DE MARKETING
Discute o processo de planejamento, implantação e gestão de marketing, abordando o
conceito e o papel do marketing nas organizações, as questões referentes à segmentação, o
posicionamento e a colocação no mercado, além de descrever o composto do marketing. Enfatiza
ainda a manutenção e o crescimento em mercados correntes e a abertura de novos mercados.
GESTÃO DE CRISES E RISCO
A disciplina resgata e discute as diversas linhas de teorização acerca da gestão de crise
organizacional, refletindo sobre o papel do comunicador na gestão de relacionamentos como
ação institucional. Dá ênfase aos processos da comunicação interpessoal, às práticas de gestão
de crises de imagem e de reputação e seus desdobramentos à luz do cenário organizacional.
GESTÃO DE IDENTIDADE E MARCA EM RP
Apresenta as estratégias corporativas para criação, elaboração e manutenção da
identidade de marcas, seus aspectos críticos com relação ao marketing e comunicação. Discute
as diferenças de marcas corporativas, de produtos e de serviços e a percepção da sociedade de
consumo sobre as identidades corporativas.
HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Apresenta a história da comunicação enfatizando particularmente o campo das Relações
Públicas e aspectos da formação da profissão. Trata ainda de traçar um percurso histórico da
profissão no Brasil e no mundo de seu início até os dias atuais.
LINGUAGEM AUDIOVISUAL
Focaliza as diferenças entre expressão verbal da palavra escrita e recursos da narrativa
por meio de som e imagens. Aborda os fundamentos da linguagem audiovisual como
enquadramentos, movimentos de câmera, decupagem e storyboard. Oferece noções básicas de
11
edição/montagem e discute concepções estéticas para cinema, TV e internet, examinando-as no
contexto da história do audiovisual.
LINGUAGEM E DISCURSO
Discute e aprofunda o estudo das linguagens e discursos em diferentes meios, com
direção à comunicação organizacional, tendo como foco as estratégias institucionais,
mercadológicas, de comunicação interna e operacionais. Trata ainda de aprofundar o
entendimento das linguagens e estruturas dos discursos audiovisuais e digitais, sempre com foco
em Relações Públicas.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
A disciplina discute o conhecimento e o método científico. O enfoque recai nas etapas de
pesquisa científica e as normas de apresentação de trabalhos acadêmicos. Versa ainda sobre os
gêneros textuais científicos e aspectos éticos na pesquisa.
MÉTRICAS EM COMUNICAÇÃO
A disciplina apresenta os conceitos e métodos do sistema de medição como forma de
monitorar a comunicação nos meios sociais digitais. Através do monitoramento das ações em
Comunicação na web, podemos identificar quais são os melhores caminhos para ser seguido por
um produto ou serviço ou ter uma percepção exata do conceito da marca junto ao público-alvo.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP I
Orienta a aplicação do conhecimento teórico e técnico na criação de planejamento
estratégico em Relações Públicas com o desenvolvimento de peças do meio impresso sobre o
tema do projeto ou a ele correlato, envolvendo diferentes públicos de interesse.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP II
Orienta a aplicação do conhecimento teórico e técnico na criação de planejamento
estratégico em Relações Públicas com o desenvolvimento de peças do meio digital sobre o tema
do projeto ou a ele correlato, envolvendo diferentes públicos de interesse.
12
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP III
Propõe a aplicação do conhecimento teórico e técnico na criação de um planejamento em
Relações Públicas com o desenvolvimento de peças hipermidiáticas, sobre o tema do projeto ou
correlato a ele, envolvendo diferentes públicos de interesse.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP IV
A disciplina propõe a aplicação do conhecimento teórico e técnico na criação de um
planejamento em Relações Públicas. Retoma as diferentes mídias utilizadas nos projetos
anteriores e diferentes públicos de interesse. Foca o projeto na comunicação mercadológica.
Introduz a linguagem publicitária utilizada nesse tipo de comunicação.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP V
Orienta a aplicação do conhecimento teórico e técnico na criação de um planejamento
estratégico em Relações Públicas, retomando as diferentes mídias utilizadas nos projetos
anteriores e seus diferentes públicos de interesse. Foca na comunicação interna como
articuladora de relacionamentos e introduz a teoria e prática das mensagens jornalísticas como
ferramenta de interação.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP VI
Desenvolve a aplicação do conhecimento teórico e técnico na criação de um planejamento
estratégico em Relações Públicas, retomando as diferentes mídias utilizadas nos projetos
anteriores e seus diversos públicos de interesse. Discute e aplica a formação de imagem
institucional e o discurso organizacional na construção da percepção positiva dos públicos.
PRODUÇÃO EM MULTIMEIOS
Apoia a realização de projetos em multimeios focando na produção das peças, integrantes
da estratégia baseada na pesquisa temática já desenvolvida ao longo do trabalho de conclusão
de curso, apoiando a produção do material gráfico, impresso e digital.
13
REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS
Introduz a prática da redação, argumentação e linguagem como discurso a ser
apresentado a diferentes públicos estratégicos, enfatizando estilos e gêneros, sobretudo no que
concerne à comunicação integrada.
RELACIONAMENTO COM A MÍDIA E GESTÃO DE CRISES
Aborda a evolução histórica, atual configuração e perspectivas futuras do relacionamento
com as mídias no contexto organizacional, governamental e do terceiro setor, incluindo na gestão
de crises em comunicação. Discute o papel das novas "agências de comunicação" na sociedade
e suas relações com os grupos de poder (político, econômico e imprensa).
TÉCNICAS DE RP
A disciplina introduz as principais técnicas de Relações Públicas. Discute o papel do
profissional como estrategista que prevê e articula os recursos comunicacionais. Elabora ainda o
mapeamento dos públicos mediante diferentes tipologias.
TEORIAS DE RP
Aprofunda os conhecimentos sobre teorias de Relações Públicas com a discussão de
processos comunicacionais e relacionamentos com públicos de interesse. Discute ainda os novos
paradigmas e as teorias contemporâneas de Relações Públicas e sua influência na atualidade.
Discute modelos de avaliação de diferentes autores.
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Discute as principais escolas e teorias que estudam o desenvolvimento e a aplicação da
Comunicação Social nos aspectos políticos, sociais, tecnológicos e econômicos. Apresenta as
características das representações e seus efeitos estéticos, persuasivos e informacionais. Discute
princípios de direitos humanos e a representação das minorias nas mídias tradicionais e
alternativas.
TEORIAS ORGANIZACIONAIS, ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM RP
Introduz temas filosóficos e aborda a formação conceitual básica da Filosofia. Apresenta
os primeiros filósofos, o surgimento da lógica formal e da lógica dialética. Discute a ética na
14
antiguidade, na modernidade e na contemporaneidade, com reflexões sobre moral, virtudes
éticas, ética profissional. Explora códigos e leis específicos das profissões.
Trabalho de Conclusão de Curso I
A disciplina introduz os conceitos teóricos que subsidiam a execução do Trabalho de
Conclusão de Curso. Orienta a realização do trabalho em todas as suas fases, bem como discute
e organiza a aplicação dos conceitos nas outras disciplinas de apoio.
Trabalho de Conclusão de Curso II
A disciplina harmoniza os aspectos teóricos propiciados pelo conjunto das disciplinas do
currículo, atuando como avaliadora, mediadora e catalisadora do desenvolvimento do curso.
Orienta e conduz a execução da segunda parte do Trabalho de Conclusão de Curso.
OPTATIVA TRILHA 1 - GESTÃO DE EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO
Discute organização e utilização de recursos humanos, físicos, tecnológicos e financeiros
de empresas de Comunicação oferecendo noções de planejamento estratégico e de plano de
negócios atentando para os aspectos legais e financeiros. Contextualiza principais segmentos
empresariais do mercado de Comunicação em âmbito local, nacional e internacional explicitando
relações profissionais existentes.
OPTATIVA TRILHA 1 - PROJETOS MERCADOLÓGICOS E CULTURAIS
Contextualiza etapas de elaboração e execução de projetos em Artes e Comunicação a
partir da captação de recursos da iniciativa privada ou por meio de mecanismos de legislação de
incentivo à cultura em âmbito nacional, estadual e municipal. Aborda cuidados e trâmites
relacionados a direitos autorais e a registro de marcas estimulando projetos criativos e viáveis
(educativo-cultural ou comercial).
OPTATIVA TRILHA 2 - ESTRATÉGIAS E CONTEÚDOS PARA REDES SOCIAIS
Analisa evolução e implicações socioculturais de redes sociais e aplicativos a partir de
funcionalidades e estratégias de produção e publicação de conteúdo. Relaciona linguagens
textuais, sonoras, visuais e audiovisuais com a concepção de formatos específicos e de
conteúdos customizados para cada plataforma a fim de promover a interação entre usuários
estimulando o engajamento.
15
OPTATIVA TRILHA 2 - MÉTRICAS E ENGAJAMENTO NA INTERNET
Apresenta técnicas para mensurar a exposição de uma marca (e a percepção dela pelos
clientes) visando ao convencimento, à interação e à propagação de conteúdo por parte do
público-alvo. Introduz métricas cognitivas, emocionais e comportamentais para proposição e
atingimento de metas por parte de empresas e projetos de comunicação a partir de conceitos de
visibilidade, engajamento e influência.
GESTÃO DE EVENTOS
Oferece um panorama histórico dos eventos para abordar as tipologias e os conceitos de
eventos sociais, corporativos, culturais, esportivos, técnico-científicos. Apresenta ainda a
importância das etapas do planejamento de um evento, abordando a análise de custos, a
produção, a logística e o retorno do investimento.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Atividades práticas e/ou teóricas, relacionadas ao contexto do curso que contribuem na
formação profissional mais ampla do aluno, envolvendo alternativa ou simultaneamente,
produção, pesquisa, intercâmbio, visitas técnicas, participação em eventos e outras consideradas
próprias ao curso.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
OPTATIVA
16
MATRIZ CURRICULAR RELAÇÕES PÚBLICAS
MATRIZ NACIONAL - 2018
CÓDIGO DISCIPLINA 0
1º SEMESTRE
AIM0205 COMUNICAÇÃO (EAD) 88
AIM1030 TEORIAS DE RP 66
AIM0639 LINGUAGEM AUDIOVISUAL 66
AIM0548 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DAS RELAÇÕES PÚBLICAS 66
AIM0780 Planejamento Estratégico de RP I 66
352
2º SEMESTRE
AIM0687 METODOLOGIA CIENTÍFICA (EAD) 88
AIM1005 TÉCNICAS DE RP 66
AIM0210 COMUNICAÇÃO VISUAL 66
AIM1033 TEORIAS ORGANIZACIONAIS, ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM RP 66
AIM0781 Planejamento Estratégico de RP II 66
352
3º SEMESTRE
AIM0122 ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA (EAD) 88
AIM1028 TEORIAS DA COMUNICAÇÃO 66
AIM0398 ESTATÍSTICA E PESQUISA DE OPINIÃO 66
AIM0232 CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS 66
AIM0782 Planejamento Estratégico de RP III 66
352
4º SEMESTRE
AIM0261 DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL (EAD) 88
AIM0472 FUNDAMENTOS DE MARKETING 66
AIM0640 LINGUAGEM E DISCURSO 66
AIM0926 REDAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS I 66
AIM0783 Planejamento Estratégico de RP IV 66
352
5º SEMESTRE
AIM0747 OPTATIVA (EAD - Libras) 88
AIM0933 RELACIONAMENTO COM A MÍDIA E GESTÃO DE CRISES 66
AIM0130 ARTE, ESTÉTICA E COMUNICAÇÃO 66
AIM0784 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP V 66
AIM0739 TRILHA 01 66
352
6º SEMESTRE
AIM0249 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS (EAD) 88
AIM0506 GESTÃO DE CRISES E RISCO 66
AIM0458 FOTOGRAFIA 66
AIM0785 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE RP VI 66
17
AIM0740 TRILHA 02 66
352
7º SEMESTRE
AIM0198 COMPORTAMENTO, CERIMONIAL E PROTOCOLO 66
AIM0508 GESTÃO DE EVENTOS 66
AIM1061 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I 66
AIM0509 GESTÃO DE IDENTIDADE E MARCA EM RP 66
264
8º SEMESTRE
AIM0843 PRODUÇÃO EM MULTIMEIOS 66
AIM0705 MÉTRICAS EM COMUNICAÇÃO 66
AIM1063 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II 66
AIM0369 ESTÁGIO SUPERVISIONADO (DCN 200h) 99
297
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (DCN 200h) 200
7. FORMAS DE ASSEGURAR INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade passou a ser foco de atenção na produção do conhecimento
científico, no início do século XX, pela necessidade de superar a fragmentação causada pela
epistemologia positivista, que dividiu as ciências em muitas disciplinas, dificultando a
compreensão da complexidade das experiências humanas e dos fenômenos da natureza.
A separação entre as ciências e as necessidades da vida cotidiana, determinadas pela
hiperespecialização dos saberes científicos, apresentam na interdisciplinaridade a possibilidade
de construção de um novo paradigma, que indaga continuamente o conhecimento existente, ao
problematizar a realidade, e busca, através do intercâmbio e da cooperação, a construção de
novas respostas e intervenções que religam e superam os saberes existentes.
A interdisciplinaridade, no UniRitter, é encarada como uma nova postura frente ao
conhecimento, ao processo ensino-aprendizagem e à própria organização curricular. Pode ser
analisada como definidora de princípios e como indicadora de procedimentos e práticas no projeto
pedagógico institucional.
O movimento da interdisciplinaridade permite uma evolução na ideia de integração
curricular, visto que exige um novo olhar sobre essa integração. Docentes e discentes adotam
uma postura de aprendentes, daqueles que aprendem, pesquisando. A interdisciplinaridade, pois,
é um modelo dinâmico que suscita uma nova ordem no projeto curricular.
18
Entende-se que, para se adotar uma atitude interdisciplinar na Educação Superior, é
necessário conhecer o contexto da política educacional em seu desenvolvimento, possuir uma
acurada leitura disciplinar e ter comprometimento com o ensino contextualizado às necessidades
e às demandas da realidade - isso envolve um ensino ligado à pesquisa e à extensão.
Pautando-se em uma ação em movimento, a interdisciplinaridade exige um enfrentamento
das contradições, o exercício do questionamento, uma postura dotada de humildade, desapego,
espera, respeito, cooperação e busca de coerência. Ela leva os cursos e seus docentes às
parcerias e às trocas intersubjetivas. Uma das formas de organização curricular que tem
privilegiado a interdisciplinaridade é aquela que busca articular as disciplinas em torno de eixos
temáticos que enfatizam a relação teoria-prática, superando os modelos tradicionalmente
adotados, através dos departamentos.
No contexto da internacionalização da Educação Superior, a interdisciplinaridade assume
um papel importante nas trocas que são feitas entre docentes-pesquisadores e a Instituição.
Em quaisquer das dimensões que se enfoque, porém, é necessária que se tenha a seu
respeito, bastante clareza conceitual, adquirida graças a um sólido processo de reflexão.
Tanto a pesquisa como as didáticas interdisciplinares implicam a necessidade de um novo
movimento que não pode negar o antigo, do qual se gerou, mas que precisa explicitar-se
adequadamente. Ao revisitar as rotinas antigas, somente disciplinares, abre-se a possibilidade
para superá-las. O trabalho com conceitos, tanto na pesquisa como na didática interdisciplinar,
permite ao docente que questione as suas proposições paradigmáticas e as suas próprias
matrizes pedagógicas em sua consistência.
Com a nova postura dialética, no diálogo com as produções e nas parcerias estabelecidas,
surgem novas sínteses, em que um pensar é complementado por outros pensares. Busca-se a
totalidade do conhecimento, sempre em construção, através da não-fragmentação de saberes,
respeitando-se, contudo, a especificidade das disciplinas, que é preservada. O todo, no entanto,
sempre será maior do que apenas a soma das partes, e a realidade, mais complexa do que
qualquer teoria.
Cabe destacar que a interdisciplinaridade exige rigor acadêmico, intencionalidade, vontade
de integrar-se e projetos curriculares que a viabilizem - projetos esses que tenham um conteúdo,
um processo de elaboração, uma execução e uma avaliação. Deve-se cultivar a postura de ação
coletiva, com base no princípio de que várias ciências têm algo a contribuir no estudo de um
determinado tema ou eixo temático, que orienta todo o trabalho de um grupo de docentes, em um
determinado espaço de tempo. Neste sentido, uma forma cooperativa e solidária de trabalho
substitui procedimentos individualistas. Essa proposta relaciona-se com a linha de ação
participativa adotada pelo UniRitter.
19
A metodologia empregada pelo curso de Relações Públicas do UniRitter leva em
consideração o princípio da interdisciplinaridade, próprio de sua estrutura curricular. Essa
perspectiva supera o paradigma tradicional de constituição de conhecimento fragmentado e
permite a integração de saberes. Docentes e discentes adotam uma postura daqueles que
aprendem, pesquisando. A interdisciplinaridade é um modelo dinâmico que suscita uma nova
ordem no projeto curricular. A interdisciplinaridade é algo presente no Currículo do Curso de
Relações Públicas e verificável a partir de uma análise de sua estrutura
Para que essa convergência entre os conteúdos possa ficar evidenciada aos discentes,
preliminarmente e, também, durante o desenvolvimento do processo, cabe aos docentes uma
atuação alicerçada no conhecimento dos conteúdos ministrados pelas demais disciplinas para
que possam fomentar nos discentes uma aprendizagem que seja também interdisciplinar.
Dentre as técnicas metodológicas empregadas para promover a interdisciplinaridade,
destacam-se a realização de trabalhos/atividades conjuntas; a exibição e análise de vídeos que
auxiliem no aprendizado dos conteúdos em sala de aula; a utilização de reportagens de jornais
que vinculem o conteúdo com a prática; os seminários e as aulas expositivas e dialogadas e as
atividades práticas de laboratório.
8. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
Além da flexibilidade e da horizontalidade, o princípio pedagógico da integração teoria-
prática é central para a concepção do ensino de Relações Públicas do UniRitter e de sua
organização didático-pedagógica.
Pois, compreender e praticar a atividade profissional de relações públicas (exercida pelo
futuro profissional formado neste curso) implica em teoria e em atividade prática e, portanto,
integra aspectos conceituais (teóricos) com os operacionais (práticos) – denominado por: práxis
das relações públicas – íntima unidade entre teoria e prática.
Como a atividade profissional/habilitação de relações públicas é adquirida no âmbito
universitário envolve ciência e, esta, o intervir no fenômeno social específico (na relação política
no sistema organização-públicos). Suas disciplinas articulam-se em função de um processo que
contém o fenômeno em si com seu entorno e de programas formados por políticas a serem
definidas pós-análise do processo. No processo encontram-se os objetos das disciplinas – as
organizações e os públicos – e estuda-se o estado do sistema – cooperação e/ou conflito –
dinâmica condicionada nas relações de poder contidas no sistema. E nos programas as ações
conscientes e intencionais de intervenção do profissional de relações públicas no processo para
20
mantê-lo ou redirecioná-lo, nele estão contidas as ações de explicar e justificar as
organizações/instituições.
Concomitantemente com as ideias de currículo e grade curricular, o princípio que rege a
estruturação do curso de Relações Públicas é o da associação entre teoria e prática, que se
reflete no processo de aprendizagem do meio do qual se originam os discentes e para a qual
devem retornar com alguma qualificação.
Ao relacionar essas considerações à área, apreende-se a práxis das relações públicas –
íntima unidade entre teoria e prática –, a partir de quatro níveis de práxis considerados nos
critérios didáticos-pedagógicos: a) o grau de penetração da consciência do discente ativo no
processo e b) o grau de criação da matéria transformada – passíveis de serem evidenciados no
produto real da atividade prática. Esses critérios a e b nivelam quatros práxis: 1) práxis criadora;
2) práxis reiterativa/imitativa; 3) práxis espontânea e; 4) práxis reflexiva.
- O nível da práxis criadora: corresponde à criação de um produto inédito através de uma
teoria inexistente previamente. Por exemplo, como o indivíduo necessita inventar/criar
constantemente novas soluções ao encontrá-la não lhe basta repeti-la ou imitá-la já que seu
problema está resolvido. Ou até mesmo porque aquela necessidade inicial já está saciada e ao
saciá-la, consequentemente, foi criada outra necessidade que, em consequência, irá invalidar
aquela primeira. Ou podem vir a ocorrer outras exigências resultantes do curso natural da vida
dos indivíduos, que invalidariam também aquela primeira solução. O processo prático no seu
transcorrer vai aprofundando o distanciamento entre o modelo ideal (resultado idealizado) com o
produto (resultado real). Logo, nesse modelo ideal há toda uma “carga” de incerteza que
determinara perdas inevitáveis na finalidade original no processo prático. A sujeição do processo
criador a uma teoria, que será conhecida somente ao seu fim, pois esta teoria, por sua vez, não
pode ser igualada com a que iniciou a reger aqueles primeiros atos práticos. Isso é que irá
garantir a ela, ao processo prático regido por ela e ao seu produto, o caráter único, imprevisível e
repetível – elemento essencial que caracteriza a práxis criadora.
- O nível da práxis reiterativa/imitativa: obtenção de produtos análogos por meio de uma
teoria e prática já estabelecidas. Rompe com a unidade do processo, primeiramente, o projeto
pré-existente de modo acabado à sua realização. O real será justificado por sua adequação ao
ideal, isto é, nesse nível, o ideal permanece inalterado, com o produto acabado antecipadamente,
e não é afetado pelo processo prático. Pois, o ser humano não está em estado de criação
constante, ele somente irá criar algo novo/inédito quando houver necessidade. Deste modo, a
atividade prática do indivíduo possui duas faces: a do caráter criador e a do caráter imitador.
Nesse nível da práxis (reiterativa) não há, portanto, a invenção do modo de fazer, pois seu modo
já está estabelecido, é conhecido e já foi criado em um tempo anterior. Como a teoria já está
estabelecida e é amplamente conhecida caberá ao discente sujeitar-se a ela pelo caminho já
21
explorado anteriormente, bastando a ele repetir o processo a priori e obter produtos análogos. A
contribuição que se pode encontrar nesse nível de práxis reiterativa encontra-se no fato dela ser
responsável pela ampliação do já criado.
- O nível da práxis espontânea: está interligada pelo fator da consciência prática e da
consciência da práxis, ou seja, a consciência entendida como prática equivale à consciência, na
medida em que se traça uma finalidade/produto/projeto ideal que se buscará realizar. E
consequentemente, irá se modificar ao longo de todo o processo de sua realização, pois
considerará e atenderá as exigências imprevisíveis impostas pelo processo prático. Portanto, se o
grau de consciência do discente for baixo ou quase nulo no processo da atividade prática a qual
está desenvolvendo, este se encontrará no nível da práxis espontânea.
- O nível da práxis reflexiva: envolvimento da consciência elevada sobre a atividade
prática. A atividade prática nesse nível obedece a um objetivo prévio traçado, já o seu resultado
tratará da objetivação do discente prático (individual ou coletivo) ocorrendo adequações entre
objetivos e resultados. Na medida em que a atividade do discente é considerada como prática e
tendo o resultado como seu determinante – o objetivado (materializado) como resultado dessa
atividade o que contará não é o seu projeto original ou o nível de sua realização e sim o seu
resultado. A práxis reflexiva requer uma atividade de consciência ao longo do processo, pois se
está exposto a possíveis exigências requeridas pela resistência da matéria que se deseja
transformar, em consequência, se está frente à problematicidades, incertezas e imprevisibilidades
relativas ao resultado. Pois, a prática está implicada na intervenção da consciência: no 1º plano
do resultado ideal – o produto da consciência no qual os atos do processo estão articulados e
estruturados visando o resultado ideal, ou seja, nesse plano encontramos a antecipação do
resultado pretendido; já no 2º plano do resultado real – o produto final e, este, pode ou não ser
igual ao ideal. Portanto, a atividade prática possui o caráter objetivo passível de ser visualizado na
matéria-prima modificada, nos instrumentos que os discentes exercem suas ações e no seu
resultado o produto final.
A teoria é encarada como justificação e não como mero guia para uma atividade prática,
uma vez que, o conhecimento é considerado como algo útil para o discente/futuro profissional
transformar a realidade a base dele – práxis. E como a atividade das relações públicas não
significa exclusivamente o exercício de técnicas e sim em uma tecnologia fundamentada em uma
teoria política em sua essência exercida pelo profissional este como estrategista nas relações de
poder.
As distinções nesses níveis não eliminam possíveis vínculos mútuos que possam vir a
ocorrer entre essas práxis como também entre seus níveis. Por exemplo, a práxis
reiterativa/imitativa pode ter vinculação com a práxis espontânea e a criadora, por sua vez, com a
reflexiva. Mas, ressalva-se que esses vínculos se dão por meio do contexto, ou seja, nas relações
22
sociais. Consequentemente, são observados o discente e o objeto
(organização/instituição/públicos/sociedade) como unidade indissolúvel na relação prática como
também a sua estreita relação concernente aos critérios uns com os outros.
A práxis compreendida através da atividade prática que transforma a realidade implicada
no conhecimento (teoria) acerca dessa realidade a ser transformada está para esses quatro
níveis. Que nos introduz na dinâmica: do subjetivo (da teoria) que se objetiva (atividade prática) e
do objetivo (atividade prática) que subjetiva (teoria). Pois, esse processo “exige” consciência
sobre a atividade prática, já que estamos expostos a problematicidades, incertezas e
imprevisibilidades relativas ao sistema (sociedade). Propõem-se, portanto, o princípio pedagógico
do Curso de Relações Públicas da UniRitter por meio de sua teoria e prática e a reflexão sobre
esse duplo movimento íntimo, isto é, sobre sua práxis.
O Curso de Relações Públicas da UniRitter, atento a academia e ao mercado, estabeleceu
o princípio da integração teoria-prática como ponto de partida para toda a ação didático-
pedagógica e o concretiza, dando forma ao currículo pleno com atividades complementares e
práticas de relações públicas, e também através da prática docente.
A integração teoria-prática reflete-se na organização curricular ao dispor-se as disciplinas
práticas ao decorrer do curso, concomitantes às disciplinas teóricas. A organização horizontal das
unidades de ensino/aprendizagem propicia que o estudo teórico possa ser potencializado pela
prática de determinadas habilidades ou pela verificação em concreto de determinadas
possibilidades de solução para uma situação real. A distinção entre disciplinas teóricas e práticas
dentro de um mesmo Eixo Temático diz respeito unicamente ao enfoque dado ao tema comum, a
saber, as primeiras tratam dos conceitos necessários à abordagem das situações, e as segundas,
sem prescindir das anteriores, mas concomitantemente, dão ênfase a habilidades e competências
fundamentais para o manuseio profícuo das teorias aprendidas.
Com base nesse princípio, estabelecem-se duas modalidades de prática: a simulada e a
real. Nas disciplinas de prática simulada, moldadas ao tema do eixo em que são oferecidas, os
estudantes desenvolvem habilidades através da metodologia de workshop, ao passo que, nas
disciplinas de prática real (Técnicas de Relações Públicas e disciplinas de Planejamento
Estratégico em RP), são desenvolvidas habilidades no atendimento às demandas reais de
instituições/organizações do primeiro, do segundo e do terceiro setores.
Além das atividades de prática de relações públicas, diversas atividades complementares
concretizam o princípio de integração teoria-prática através de projetos de extensão universitária
que possibilitam o contato dos discentes com situações reais que demandam um posicionamento
do discente de relações públicas. As situações problemáticas reais põem à prova não só teorias
específicas, mas também o conhecimento da área como um todo.
23
Teoria e Prática devem estar integrados tanto na organização do Currículo Pleno quanto
na prática pedagógica que explora as possibilidades de interdisciplinaridade e de contato com a
realidade. A organização de cada disciplina, ao moldar-se ao princípio, estrutura o processo de
ensino/aprendizagem de forma a mesclar os conteúdos teóricos com as habilidades e
competências que lhes dizem respeito.
Além da estruturação dos planos das disciplinas, a utilização de metodologias de ensino
que privilegiam o desenvolvimento de habilidades e competências em conjunto com os
conhecimentos teóricos é outra forma de concretização dos princípios pedagógicos. A pesquisa,
tanto teórica quanto empírica, como método de produção do conhecimento, coloca o discente na
posição daquele que tem o ônus de encontrar a solução e desenvolve o senso de
contextualização necessária a qualquer solução que envolva as relações públicas em contextos
organizacionais e institucionais.
A prática de relações públicas é o espaço do exercício profissional: do aprender fazendo,
experimentando a aplicação da teoria a situações-problema e/ou oportunidade. Nessa medida,
deve mostrar-se um fazer efetivo, que supere um modelo predominante de aulas teóricas
expositivas, associadas a aulas práticas demonstrativas, sempre conduzidas pelo docente sem
oportunizar o exercício efetivo pelo discente. Uma tal prática exige um modelo no qual às aulas
expositivas dialogadas integrem-se atividades de prática profissionalizante efetiva, seja por meio
do recurso à simulação (nos workshops de relações públicas e estudos de cases), seja por meio
da prática real, que se realiza no atendimento à instituições/organizações do primeiro, do segundo
e do terceiro setores (no espaço dos laboratórios de práticas de relações públicas).
Esse processo de ensino voltado para a dinâmica da integração teórico-prática desloca o
centro do processo de ensino-aprendizagem do docente para o discente atuante, do ensinar para
o aprender, fazendo do docente, de fato, um orientador, um facilitador na construção do
conhecimento interdisciplinar. A conexão entre a teoria estudada e a prática ocorre por meio da
adoção das seguintes técnicas metodológicas de ensino e aprendizagem:
- Pesquisas empíricas;
- Visitas técnicas;
- Estudos de cases (simulação da prática a partir do estudo de um caso concreto);
- Elaboração de diagnósticos e de projetos com execução e avaliação dos mesmos;
- Atuação voluntárias em instituições/organizações do primeiro, do segundo e do terceiro
setores
- Atuação em agência experimental;
24
Essas possiblidades técnicas metodológicas aplicadas no ensino e aprendizagem do curso
de Relações Públicas da UniRitter, visam integrar a teoria à prática, logo se trata de práxis. Isto é,
da prática que transforma realidades e que implica em certo grau de conhecimento sobre a
realidade a ser transformada. Consequentemente, da dupla dinâmica do subjetivo (teoria) que se
objetiva (atividade prática) e do objetivo (atividade prática) que se subjetiva (teoria). Pois, por
teórico entende-se uma habilidade conceitual capaz de construir o arcabouço do conhecimento
necessário para modificar e/ou transformar realidades. Por conseguinte, vincula-se às
repercussões que esse conhecimento teórico pode gerar a partir das práticas, ou seja, o
conhecimento que abarque a realidade social a ser transformada e/ou modificada. Portanto, o
curso de Relações Públicas da UniRitter objetiva diplomar os futuros profissionais dessa área com
uma perspectiva interpretativa e crítica que considere as relações teórico-práticas na esfera das
organizações/instituições sociedade.
9. MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E
EXTENSÃO
Esse princípio vincula-se ao desenvolvimento das atividades-fim das IES: ensino, pesquisa
e extensão e à sua indissociabilidade, buscada, historicamente, na Educação Superior
universitária.
A indissociabilidade entre as atividades-fim da Universidade é condição sine qua non para
a tipologia de Universidade e, consequentemente, para um Centro que pretenda ser universitário.
Sua exigência parte do artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e deve ser vista sob dois
enfoques:
1º) como princípio pedagógico de desenvolvimento do ensino na Graduação e na Pós-
Graduação;
2º) em termos mais amplos, quando assume um âmbito institucional e envolve a pesquisa
docente institucionalizada e a extensão de cunho universitário propriamente dito.
O primeiro enfoque, quando a adoção da indissociabilidade das atividades-fim é vista
como princípio pedagógico fundamental da Graduação e da Pós-Graduação, refere-se
especificamente aos processos de ensino e de aprendizagem no nível da Educação Superior. A
aprendizagem que resulta desse processo implica a apropriação crítica dos saberes pelos
discentes. Isso está associado a métodos nos quais a construção dos saberes envolve uma
25
dimensão política, que diz respeito aos interesses da sociedade ou de um grupo da mesma, que
venha a se beneficiar desse saber.
Ensino e pesquisa, unidos, não significa apenas que a pesquisa dá suporte ao ensino. Tal
união representa, também, o fato de que o método investigativo praticado ao longo de todo o
curso é condição essencial para todos os discentes (e não só para os de Iniciação Científica, que
o aprofundam na Graduação), por ser fundamental para o seu processo de aprendizagem
permanente, condição da formação continuada requerida pela globalização e pelo caráter
vertiginoso das mudanças. Ensino com pesquisa envolve o docente e o discente na construção
de conhecimentos, como parceiros no contexto de suas atividades curriculares. Isso é muito mais
importante do que apenas ensinar determinados saberes, uma vez que instiga o discente a
aprender a aprender e, ao adquirir autonomia intelectual, ele poderá aprender sempre. Desta
maneira, o ensino pode nutrir-se de inúmeras formas a partir da pesquisa.
Ensino e extensão, unidos, por sua vez, asseguram a percepção política, por inserir o
discente na realidade social da sua área de formação. Através dessa relação, o discente passa a
identificar tanto as necessidades sociais como os interesses gerais e particulares existentes no
âmbito de sua profissão. Pelo ensino com extensão, em seus aspectos comunitários, o discente
compreende que um saber nunca é neutro. A extensão, como princípio pedagógico, implica a
prática como componente curricular, desenvolvida ao longo do curso, através da produção
contextualizada do conhecimento, desenvolvida em diferentes formas de atividades práticas
vinculadas a teorias (ação/reflexão/ação), estágios curriculares, atuação em projetos
extensionistas ou em núcleos comunitários institucionais e outras atividades. Esses projetos e
núcleos possuem função pedagógica, uma vez que servem ao ensino com extensão, na área
profissional para a qual o discente está sendo formado; porém, através de sua função
pedagógica, relacionada com o exercício profissional atendem, também, à responsabilidade social
da Educação Superior.
O ensino com extensão também é oportunizado por meio da flexibilização curricular. Essa
foi obtida pela Educação Superior, quando da passagem da exigência de “currículos mínimos”
para as “diretrizes curriculares nacionais”. A flexibilização dos currículos permitiu o
desenvolvimento de atividades complementares de integralização curricular que podem ser
oportunizadas por atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, embora, via de regra,
ocorram pela extensão.
Há, pois, uma correspondência biunívoca: o ensino é flexibilizado e apresenta a sua
dimensão teórico/prática garantida via pesquisa e extensão e, ao mesmo tempo, nutre ambas
atividades no curso, com o desenvolvimento que assegura à vocação definida para o mesmo. A
26
pesquisa, por sua vez, realimenta e qualifica tanto a formação inicial do ensino como a formação
continuada e, simultaneamente, as relações comunitárias da extensão.
A adoção do princípio pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
em cada curso de Graduação e de Pós-Graduação das unidades que integram o Centro
Universitário requer uma gestão pedagógica em que cada docente se reconheça como parte de
um todo maior de curso. A estrutura curricular de um curso é um todo, que é muito maior do que a
soma das partes.
Quanto ao segundo enfoque da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão, vistas no seu âmbito institucional 1, aplica-se o mesmo raciocínio acerca do todo. Cada
uma dessas atividades-fim precisa ter o entendimento de que faz parte de um todo, que é a IES,
com a sua missão, a sua visão, a sua ação educativa desenvolvida sobre referências e políticas,
enfim, com a sua identidade. Essa identidade institucional é construída e desenvolvida através de
uma ação coletiva, que exige corresponsabilidade e participação.
Vale ratificar que, no âmbito institucional, a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da
extensão, enquanto atividades-fim exige:
- políticas institucionais que regulamentem o ensino, a pesquisa e a extensão e que se
articulem entre si;
- ação educativa desenvolvida sob o paradigma conceitual da Instituição, comprometida
com a ação coletiva, coerente com os princípios de participação ativa;
- estrutura interna articulada e integradora.
Atendidos os aspectos acima citados, a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão, no âmbito institucional, concretiza-se na forma como são estabelecidas as suas
interfaces.
O ensino é desenvolvido com base na vocação de cada curso. Assim como ela dá origem
à sua estrutura curricular, ela gera as suas linhas de pesquisa que, por sua vez, dão origem aos
grupos que as desenvolvem. Pesquisa e ensino estão, pois, intimamente imbricados um ao outro
não só no interior dos cursos como no âmbito institucional.
A extensão, por sua vez, com seus programas de educação continuada, de relações
comunitárias e de parcerias interinstitucionais, é alimentada pelo desenvolvimento da vocação
dos cursos e pelo conhecimento construído e disseminado, reforçando a articulação das duas
1 A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, vista sob enfoque institucional, é um princípio constitucional (artigo 207), exigido para todas as universidades, como tipologia mais completa de IES.
27
outras atividades-fim com a comunidade regional, nacional e internacional. É a extensão que
impede a construção de barreiras entre a formação inicial e a continuada dos discentes (uma vez
discente, discente sempre, sem a dimensão de ex), estabelecendo as pontes necessárias que
permitirão a permanência de sua formação.
10. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi elaborado a partir das disposições do Projeto
Pedagógico Institucional (PPI), parte integrante do Plano de Desenvolvimento Institucional
20012/2016. O PPC atende, também, às Diretrizes Curriculares Nacionais / DCN para o Curso de
Bacharelado em Relações Públicas (Resolução CNE/CES 2/2013 ).
Tal Resolução exige que a proposta pedagógica dos cursos de Relações Públicas
assegure a formação de profissionais generalistas, capazes: de atuar nas áreas de comunicação
nas organizações públicas, privadas e do terceiro setor, por meio do estabelecimento de políticas,
estratégicas e instrumentos de comunicação e relacionamento; de realizar atividades de pesquisa
e análise, de assessoria e consultoria, de planejamento e divulgação, podendo ser também
empreendedor da área para diversos segmentos.
O currículo deve contemplar os eixos de formação geral; Comunicação; Relações
Públicas; formação suplementar. O curso do UniRitter atende os quatro eixos propostos de forma
equilibrada e valorizando as diferentes possibilidades de atuação do relações-públicas e a visão
sistêmica de comunicação organizacional, por meio de conteúdos teóricos e técnicos. As
disciplinas de laboratórios oportunizam a prática das Relações Públicas e conteúdos como
Ouvidoria e Crises podem ser considerados temas emergentes, nem sempre presente nos
currículos tradicionais deste curso, mas que ganham espaço nesta proposta.
Também os estágios supervisionados e as atividades complementares são atendidos no
curso do UniRitter na exigência da lei, oportunizando ao discente experiências extraclasse
importantes e consolidadoras dos conteúdos desenvolvidos durante o curso.
28
10.1. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, ENSINO DE
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
O presente PPC do Curso de Relações Públicas observa o disposto nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de 10/03/2008 e pela Resolução
CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, que trata da Educação das Relações Étnico-raciais, bem
como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos afrodescendentes. Estas
ações estão previstas nas disciplinas e atividades curriculares do curso.
Vale destacar, em primeiro lugar, que, conforme Resolução Nº 35-2012, aprovada na
Sessão 142º do CONSUPE, realizada em 23 de maio de 2012, iniciou-se a oferta da disciplina de
Identidades e Diversidade Étnico-raciais (PED0486) na estrutura curricular como disciplina eletiva
do curso de Relações Públicas. Essa disciplina propõe o estudo das questões de identidades e
diversidade étnico-raciais, a partir das etnias afro e indígena, caracterizando-se pela leitura e pelo
debate. Estuda a história e os movimentos sociais e culturais relacionados com as questões
étnico-raciais no contexto brasileiro. Seu plano de ensino está disponível em anexo.
Para além desta disciplina eletiva, o Curso oferece, ainda, outras oportunidades do
discente aprofundar os debates e conteúdos quanto às relações Étnico-raciais, em especial, em
disciplinas como Técnicas de Relações Públicas, Gestão de Crises e Risco, Comportamento,
Cerimonial e Protocolo, Planejamento Estratégico em Relações Públicas VI.
10.2. LIBRAS
A estrutura curricular contempla a disciplina de “LIBRAS” – Língua Brasileira de Sinais
como componente curricular eletivo. Desta forma, o Curso atende ao disposto no Decreto nº
5.626/2005. Essa disciplina está registrada sob o código LET0540 e pode ser cursada pelo
discente como disciplina Eletiva.
10.3 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O Curso de Relações Públicas aborda questões relacionadas às Políticas de Educação
Ambiental de que trata a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281 de 25 de junho
de 2002, onde atenta para o tratamento da integração da educação ambiental às disciplinas do
curso de modo transversal de modo contínuo e/ou permanente.
29
A educação ambiental está presente de forma transversal na estrutura curricular do Curso
de Relações Públicas em diversas disciplinas que contemplam a questão ambiental em seu
programa a exemplo de Técnicas de Relações Públicas, Planejamento Estratégico em RP VI,
Gestão de Crises e Risco. Nas demais disciplinas, os docentes também são incentivados a
abordar o seu programa considerando a inserção da temática ambiental. Dessa forma, o Curso de
Relações Públicas procura enfocar temas importantes e necessários para o século XXI.
10.4 DIREITOS HUMANOS
Tomando como referência o Parecer CNE/CP nº 8/2012 e a Resolução CP/CNE nº 1, de
30/05/2012, embasada pelo Parecer CP/CNE nº 8, de 06/03/2012, o Curso de Relações Públicas
do UniRitter contempla em seu PPC as orientações e referências pedagógicas e acadêmicas para
a educação em Direitos Humanos.
Converge ainda a visão do Centro Universitário UniRitter, ao buscar consolidar-se como
instituição de excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, aliando inovação ao
compromisso com transformação social reiterando dessa forma o disposto no artigo 5º do
parecer em foco que estabelece com finalidade da Educação em Direitos Humanos a formação
para a vida e a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos Humanos como forma de vida e
de organização social, política, econômica e cultural nos níveis regionais, nacionais e planetário.
11. RESPONSABILIDADE SOCIAL
O curso de Relações Públicas do UniRitter promove a responsabilidade social como tema
transversal no currículo do curso de graduação. Esta abordagem proporciona ao corpo discente
possibilidades de atuação e reconhecimento das necessidades da comunidade em que a
instituição está inserida. O compromisso institucional com a temática transcende as ações de
Extensão e Pesquisa, abrangendo também o estudo e o foco de atuação para o ensino da
graduação, especialmente para o curso de Relações Públicas.
Considerando que o profissional de Relações Públicas, dentre todas as suas funções,
prima pela imagem das organizações perante seus diferentes públicos, a atuação profissional
encontra um campo fértil no Terceiro Setor. O corpo discente tem a oportunidade de vivências
prática e teórica em no mínimo duas disciplinas do currículo: Técnicas de Relações Públicas,
Planejamento Estratégico em RP I, II e VI, Gestão de Crises e Risco. No âmbito destas
disciplinas, os discentes têm a possibilidade de interação com a realidade do mercado
correlacionando os aspectos teóricos na aplicabilidade de ações de comunicação voltadas à
30
responsabilidade social nas organizações. Além disto, a responsabilidade social é disseminada
como tema transversal de outras disciplinas específicas do curso de Relações Públicas, haja vista
que os alicerces teóricos necessitam uma abordagem direcionada para estes tipos de
organizações.
O tema também foi pauta de ações realizadas pelo Curso de Relações Públicas, no
primeiro semestre de 2015, em duas situações distintas: a terceira edição do Momento RP e a
disciplina de Redação em Relações Públicas II à época. A primeira ação citada trata-se da
terceira edição de um momento dedicado aos discentes de Relações Públicas para
acompanharem os rumos da profissão e vislumbrar a realidade do mercado de trabalho frente aos
pressupostos teóricos trabalhados em sala de aula. Na terceira edição do Momento RP, evento
realizado no dia 20 de maio de 2015, no Auditório do Prédio D desta instituição, o curso contou
com a presença da Relações-Públicas Rosélia Vianna Sócia-Diretora da Gênese Social
Consultoria em Sustentabilidade como mediadora de um debate entre Elisângela Cerutti
Coordenadora Social da Fundação Francisco Xavier Kunst e Pedro Henrique Freitas Coordenador
de Marketing e Comunicação da ONG Parceiros Voluntários. O evento que teve como tema
Comunicação Responsável para o Terceiro Setor foi organizado pelas alunas da Agência
Experimental com a orientação da Profª. Ms. Tânia Almeida e recebeu o corpo docente e discente
do curso de Relações Públicas.
Outra atividade desenvolvida também no primeiro semestre letivo de 2015 foi a produção
de vídeos institucionais na disciplina de Redação em Relações Públicas II, composta por
discentes do 3º semestre do curso. A disciplina, ministrada pelo Prof. Esp. Marcelo Tavares, tem
como objetivo de conclusão a produção de um vídeo institucional oportunizando ao corpo
discente a prática dos conceitos abordados em sala de aula. Neste semestre, a discussão da
responsabilidade social, emanada pela terceira edição do Momento RP, provocou a aplicação da
disciplina e realização dos vídeos em organizações do Terceiro Setor.