PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PPP · 8.4.7 – Concepção de Conhecimento e ... suas dimensões...

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1 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE JOVENS E ADULTOS CEEBJA PALOTINA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PPP ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MODALIDADE EJA PALOTINA 2018

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE JOVENS E ADULTOS – CEEBJA PALOTINA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PPP

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MODALIDADE – EJA

PALOTINA

2018

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IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

1– Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino - CENTRO ESTADUAL DE

EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS - ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO – CEEBJA.

2 – Endereço Completo: Rua Monteiro Lobato, 1038 – Edifício Atenas 1º e 2º Andar

3 - Bairro/Distrito: Centro

4 – Município: Palotina

5 – NRE: Toledo

6- CEP : 85.950 - 000

9 – Telefone: (44) 3649 – 5214 ou (44) 3649 - 1522

10 – E-mail: [email protected]

12 – Site: www.potceebjapalotina.seed.pr.gov.br

13 - Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná

14– CNPJ/MF: 76.416.965/0001-21

Palotina, 03 de Abril de 2018.

______________________________________________________________________

Maristela Piccin

RG: 4.840.511-8

Direção

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SUMÁRIO

I - INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6

II - HISTÓRICO ............................................................................................................................... 8

III - NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO ..................................................................................... 10

Ensino Fundamental – Fase II (6º ao 9º Ano) – Modalidade da EJA ....................................... 10

Ensino Médio (1º ao 3º Ano) – Modalidade da EJA ............................................................ 11

IV – Funcionamento e Organização ............................................................................................ 12

V – Critérios de Formação de Turmas ......................................................................................... 12

VI – Caracterização da Comunidade Escolar ............................................................................... 13

6.1 - Descrição da Realidade Brasileira ................................................................................... 13

6.2 – Descrição da realidade escolar ....................................................................................... 14

6.3 – Perfil dos Educandos ...................................................................................................... 16

6. 4 – Perfil dos Educadores .................................................................................................... 19

6. 5 – Perfil dos Funcionários .................................................................................................. 19

6. 6 Vínculos Funcionais .......................................................................................................... 20

6.7 – Resultados Educacionais ................................................................................................ 22

VII – Relação dos Recursos Físicos e Materiais ........................................................................... 23

Relação de Recusos Físicos...................................................................................................... 23

Relação de Recursos Materiais ............................................................................................... 25

VIII – Objetivos, Fundamentos, Princípios e Concepções Orientadoras das Ações Educacionais

..................................................................................................................................................... 26

8.1 – Objetivos ........................................................................................................................ 26

8.2 – Fundamentos Teóricos ................................................................................................... 26

8.3 – Princípios ........................................................................................................................ 28

8. 4 – Concepções .................................................................................................................... 28

8.4.1 – Concepção de Homem ............................................................................................ 28

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8.4.2 – Concepção de Sociedade ......................................................................................... 29

8.4.3 – Concepção de Mundo ............................................................................................. 29

8.4.4 – Concepção de Educação .......................................................................................... 30

8.4.5 – Concepção de Cultura ............................................................................................. 31

8.4.6 – Concepção de Cidadania ......................................................................................... 31

8.4.7 – Concepção de Conhecimento e Ensino Aprendizagem ........................................... 32

8.4.8 – Concepção de Alfabetização e Letramento ............................................................. 33

8.4.9 – Concepção de Trabalho e Tecnologia...................................................................... 34

8.4.10 – Concepção de Formação Humana Integral ........................................................... 35

8.4.11 – Concepção de Educação Inclusiva e Diversidade .................................................. 36

8.4.12 – Concepção de Gestão Escolar e Princípios de Gestão ........................................... 36

8.4.13 – Concepção de Avaliação e Recuperação de Estudos ............................................ 37

IV – Currículo ............................................................................................................................... 38

9.1 – Concepção de Currículo.................................................................................................. 38

9.2 – Flexibilização do Currículo ............................................................................................. 38

9.2.1 – Concepção de Flexibilização Curricular ................................................................... 38

9.2.2 – Apresentação da Flexibilização Curricular............................................................... 39

9.3 – Matriz Curricular................................................................................................................. 40

Ensino Fundamental – Fase II .................................................................................................. 40

Ensino Médio ........................................................................................................................... 41

X – Desafios Socioeducacionais ................................................................................................... 41

10.1 – História do Paraná (Lei nº13.381/01) ........................................................................... 41

10.2 – História da Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08) ................. 42

10.3 – Música .......................................................................................................................... 43

10.4 – Prevenção ao uso indevido de Drogas ......................................................................... 43

10.5 – Sexualidade Humana .................................................................................................... 45

10.6 – Educação Ambiental (L.F. nº4.201/02) ......................................................................... 46

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10.7 – Educação Fiscal ............................................................................................................. 47

10.8 – Enfrentamento a Violência Contra a Criança e o Adolescente .................................... 47

10.9 – Direitos das Crianças e Adolescentes (L.F.nº11.524/07) .............................................. 48

10.10 – Educação Tributária Dec.1.143/99, Portaria nº 413/02 ............................................. 50

XI – Avaliação .............................................................................................................................. 51

11.1 – Avaliação ...................................................................................................................... 51

11.2 – Recuperação de Estudos .............................................................................................. 52

11.3 – Conselho de Avaliação .................................................................................................. 52

11.4 – Promoção ..................................................................................................................... 53

11.5 – Classificação ................................................................................................................. 54

11.6 – Reclassificação .............................................................................................................. 56

11.7 – Aproveitamento de Estudos ......................................................................................... 57

XII – Atuação das Instâncias Colegiadas ...................................................................................... 58

12.1 – Associação de Professores, Alunos e Funcionários – APAF .......................................... 58

12.2 – Conselho de Avaliação .................................................................................................. 58

12.3 – Conselho Escolar .......................................................................................................... 59

12.4 – Proposta de organização da Hora Atividade ................................................................ 61

12.5 – Grêmio Estudantil ......................................................................................................... 61

XIII – Proposta de Articulação da Instituição com a Família e Comunidade ............................... 62

13.1 – Proposta de Combate a Evasão Escolar ....................................................................... 62

13.2 – Equipe Multidisciplinar ................................................................................................. 63

13.3 – Proposta de Avaliação Institucional ............................................................................. 65

13.4 – Proposta de Inclusão Educacional ................................................................................ 65

13.5– Proposta de Formação Continuada ............................................................................... 66

13.6 – Proposta de Avaliação do Projeto Político Pedagógico ................................................ 66

13.7 – Estágio Não Obrigatório ............................................................................................... 67

13.8 – Plano de Ação da Escola ............................................................................................... 67

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XXIV – Programas/Projetos ......................................................................................................... 67

14.1 – Brigada Escolar ............................................................................................................. 67

XV – Ata de Aprovação do PPP pelo Conselho escolar ........................................................... 70

XVI – Referências bibliográficas .................................................................................................. 70

XVII – Anexos ............................................................................................................................... 72

Anexo I – Plano de abandono da Brigada Escolar ............................................................... 72

Anexo II – Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar .......................................................... 73

Anexo III – Calendário Escolar ............................................................................................. 80

Anexo IV – Plano de Ação da Escola .................................................................................... 82

I - INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do CEEBJA Palotina – Centro de

Educação Básica para Jovens e Adultos que oferta, Ensino Fundamental –

Fase II e Ensino Médio, é construído no seu coletivo, respeitando os três eixos

articuladores propostos nas Diretrizes Curriculres da EJA (Educação de Jovens

e Adultos): Cultura, Trabalho e Tempo, levando em consideração a apropriação

do conhecimento que não deverá ser restringido à transmissão/assimilação de

fatos, conceitos, ideias, príncipios, informações, dentre outros. Por isso,

estabelece-se: o compromisso com a redução das desigualdades sociais; a

articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico,

social, político e cultural da sociedade; a defesa da educação básica e da

escola pública, gratuita e de qualidade como direito fundamental do cidadão; a

articulação de todos os níveis e modalidades de ensino; a compreensão dos

profissionais da educação como sujeitos epistêmicos contemplando todos os

princípios como necessidade de mudança para construção coletiva.

Sendo assim este Projeto Pedagógico é construído pela estrutura formal

e institucional e pelos sujeitos que a produzem e vive o seu cotidiano,

envolvendo aspectos administrativos e pedagógicos organicamente articulados

e delineados pela dimensão instituída (Diretrizes nacionais: LDB a Lei nº

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9394/96. LDB artigo 12, normas, regulamentações e orientações curriculares) e

pela dimensão instituinte, através das ações empreendidas pela comunidade

escolar (alunos, professores, funcionários e pais) que interferem no que foi

instituído conforme suas necessidades propondo inovações.

Visa à identidade e o elemento responsável pela vida da escola em seu

tempo institucional, pois é através dele que se consolida sua autonomia, uma

vez que, os profissionais da educação podem pensar, executar e avaliar o

próprio trabalho sob os princípios norteadores da escola pública.

Sua construção democrática e participativa atenderá o aluno no

processo de ensino aprendizagem conforme os procedimentos filosóficos e

pedagógicos estabelecidos pelo CEEBJA, objetivando a construção da

cidadania plena, com a participação efetiva da comunidade.

O termo Projeto Político Pedagógico denomina este documento, pois

suas dimensões são amplas e irrestritas como tal. Denomina se Projeto por

representar ideais que buscam ser realizados no conjunto do processo

educativo. Político por pressupor compromisso enquanto Instituição Educativa

para com a formação do cidadão. Pedagógico por primar pela disponibilização

dos elementos naturais e culturais necessários à constituição da humanidade

em cada aluno e à descoberta de como atingir seus objetivos. Político e

Pedagógico por serem dimensões indissociáveis e propiciarem a vivência

democrática necessária à participação de todos os membros da comunidade

escolar e ao exercício da cidadania, sendo, portanto, o documento que norteia

as ações na escola. Por tudo isso sua avaliação, bem como sua

implementação acontece, sempre que necessário, sem necessidade de uma

data previa, acompanhada pelos funcionários deste Centro Estadual de

Ensino, nas formações continuadas e replanejamentos, visto que alterações

acorrem durante todo o ano e de que somos parte de um processo que se

encontra em constante crescimento.

O Projeto Político Pedagógico é imprescindível dentro de qualquer

Instituição Educativa por ser o Documento que contém todas as ações

desenvolvidas no “chão” da escola.

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II - HISTÓRICO

Nada mais significativo e importante para a construção da cidadania do

que a compreensão de que a cultura não existiria sem a socialização das

conquistas humanas. O sujeito anônimo é, na verdade, o grande artesão dos

tecidos da história.

Foi neste contexto que em 29/09/1988 foi encaminhada a primeira

correspondência ao então DESU (Departamento de Ensino Supletivo),

solicitando a implantação e criação da Escola. A demanda de alunos que não

conseguiram cursar o ensino regular, em tempo normal era muito grande e a

busca de uma nova possibilidade para continuar seus estudos, em busca da

conclusão da escolarização era esta.

Em 04/10/1988 foi solicitada a criação e autorização do Núcleo

Avançado de Ensino Supletivo de Palotina que iniciou suas atividades no início

de 1989 nas dependências do Centro Cultural e autorizado pela mesma

Resolução os Exames de Equivalência. O NAES de Palotina ficou vinculado ao

CES de Toledo para fins de expedição de documentação escolar e

regulamentação regimental.

A partir de março de 1991, o Parecer Técnico nº 58/91 do DESU,

autorizou a implantação de estudos correspondentes as quatro primeiras séries

do 1º grau em regime de matrícula por disciplina – Resolução nº 3490/91 de

16/10/1991 DOE nº 3629 de 29/10/1991.

Através da Resolução nº 1531/91 de 06/05/1991, mudou-se para o

Seminário São Vicente Palotti, na mesma cidade sendo designada como

diretora a Senhora Iracema Bom Sponchiado.

Em 26/06/1994 assumiu a direção da escola a Senhora Norma M.

Capeletti.

Através da Resolução nº 4693/94 de 30/09/1994 DOE nº 4669 de

19/10/1994 o NAES foi transformado em Centro de Estudos Supletivos de

Palotina atendendo alunos de 1º e 2º graus e passando a funcionar

independente do CES de Toledo, podendo expedir a documentação Escolar.

Em 17/02/1994 a escola mudou de endereço e passou a funcionar na

Rua Monteiro Lobato, 1038, em prédio alugado pela SEED.

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Pela Resolução nº 3689/96 foi autorizado prorrogação de prazo de

autorização de funcionamento dos cursos de 1º e 2º graus.

Em 11/12/1996, através da Resolução nº 4654/96 DOE nº4915 de

03/01/1997 o curso foi reconhecido como Centro de Estudos Supletivos de

Palotina Ensino de 1º e 2º Graus.

Em 1997 a escola assumiu os grupos de descentralização em parceria

com a Prefeitura Municipal, antes, coordenados pelo CES de Toledo no

mesmo ano foi implantado o Projeto de PACs (Projetos Avançados do CES)

seguindo orientações da Deliberação 007/97 inclusive no vizinho Município de

Maripá.

A partir de 1998 o CES de Palotina foi autorizado a aplicar Exames de

Suplência do 2º Segmento do Ensino Fundamental e Ensino Médio e Exames

de Equivalência a nível do 1º Segmento do Ensino Fundamental.

Pela resolução nº 2153/98 de 27/05/1998, assumiu a direção da escola

a professora Marlene Augusta Neiss.

No mesmo ano pela Resolução nº 3120/98 o CES de Palotina passou a

denominar-se: CEAD Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância, e

na data de 27/12/99 pela Resolução nº 4561/99, passa a denominar-se Centro

Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA.

Ainda em 1998 o CEAD de Palotina assumiu a descentralização dos

vizinhos Municípios: Maripá e Terra Roxa.

Pela Resolução nº 00051/2001, assumiu a direção da escola a

professora Ieda Maria Daniel Schreiner.

A partir de 2001 foi firmado Termo de Cooperação Técnica com a

Associação de Moradores de Vila Guarani do Município de Terra Roxa.

Em 2000 e 2001 houve uma ampla discussão para elaboração da

Proposta Pedagógica, fundamentada no Parecer 11/2000 CEB – CNE, das

Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos – a EJA

com Ensino Semipresencial – Ensino Fundamental e Médio. A proposta foi

encaminhada para o Conselho Estadual de Educação através do Parecer nº

1.505/2001. Sendo autorizados e reconhecidos o Ensino Fundamental e Médio,

semipresencial conforme Resolução nº 2.971/2001 de 04/12/2001 DOE nº 6160

de 30/01/2002 e cessação do Ensino Supletivo dos CEEBJA`s. Esta resolução

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com duração por 02 (dois) anos a partir do 1º semestre de 2002.

Pelo Parecer nº 458/04, de 20/09/2004, do Conselho Estadual de

Educação, prorroga até 31/12/2005, os prazos de validade das autorizações

conferidas aos Cursos de Educação de Jovens e Adultos, mantidos pelo Poder

Público Estadual, Municipal e Particular.

No início de 2006 foi implantada a nova Proposta com Ensino Presencial

(forma coletiva e individual, dependendo da condição e disponibilidade de

tempo do educando) com base nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais e

Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos no Estado

do Paraná e Diretrizes da Educação Básica do Estado do Paraná.

Em março de 2015 pela Resolução nº 01.077/2015 assume a direção a

professor Ivânia Lígia da Cruz e em abril de 2017 pela Resolução nº 02058/17

assume a Direção a professora Maristela Piccin.

A escola conta hoje com 39 funcionários sendo: 26 professores, 02

equipe pedagógica, 05 agentes educacionais I, 02 agentes educacionais II, 01

secretário, 01 diretor e 01 diretor auxiliar, para atender a aproximadamente 700

(setecentos) alunos, com direito a matrícula em até quatro disciplinas por vez,

distribuídos nos turnos diurno e noturno.

Contamos ainda com o auxílio da Patrulha Escolar, que atende e

acompanha os três turnos de atendimento da Escola.

Dentro da sua organização e proposta a escola oferece os atendimentos

na forma de Organização Coletiva, Organização Individual e Ações

Pedagógicas Descentralizadas, atendendo o município de Maripá e Exames

Online de acordo com o disposto na Lei 9394/96, obedecendo a edital próprio

para este fim.

III - NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II (6º AO 9º ANO) – MODALIDADE DA EJA

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meio, ora como

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fim do processo de formação humana dos educandos para que os mesmos

possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino

Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

Ensino Médio (1º ao 3º Ano) – Modalidade da EJA

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência

em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98. A

Resolução Nº2 de 07/04/1998 - CNE e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da

Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da

Educação Básica. A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com

necessidades educativas especiais. Considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos, deve-se priorizar ações

educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito

destes no espaço escolar.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes

grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências

permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu

processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de

atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam

necessidades educativas especiais decorrentes de deficiências mental,

física/neuromotora, visual e auditiva; condutas típicas de síndromes e quadros

psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; e superdotação/altas habilidades,

bem como todo tipo de diversidade, sendo importante destacar que “especiais”

devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática

pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e

participação de todos os alunos. (CARVALHO, 2001.)

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para

o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos

apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de

deficiências, mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas

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desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles

normalmente oferecidos pela educação escolar, garantindo-se, dessa forma,

que a inclusão educacional se realize, assegurando o direito à igualdade com

eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,

mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada

um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

IV – FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO

O CEEBJA Palotina atende nos períodos diurno e noturno, são

ministradas quatro horas aulas com duração de cinquenta minutos cada, por

turno, de segunda à sexta-feira.

A organização da oferta da oferta é feita pela Equipe Pedagógica e

Direção, conforme a demanda de educandos matriculados, uma vez que estes

necessitam que os encaminhamentos metodológicos sejam organizados

conforme sua disponibilidade de tempo.

Quando o educando tem a possibilidade de frequenter aulas com

regularidade, o mesmo é encaminhado para a oferta da Organização Coletiva,

com um cronograma que estipula o período, dias e horários das aulas, com

previsão de inicio e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a

integralização do curriculo. Quando os discentes não tiverem essa

possibilidade, devido às condições de horários diferenciados de trabalho ou

foram matriculados mediante classificação, aproveitamento de estudos,

reclassificados, ou desistentes e não há, no momento de sua matrícula uma

turma que o absorva, este será inserido em um pequeno grupo na Organização

Individual. Podendo esse aluno ir de uma Organização para outra, conforme

Remanejamento entre as organizações contido na Proposta Pedagógica

Curricular.

V – CRITÉRIOS DE FORMAÇÃO DE TURMAS

As turmas são matriculadas de acordo com o cronograma de disciplinas

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organizado semestralmente, onde os alunos que dispõem de tempo, e podem

frequenter aulas com regularidade são matriculados na Organização Coletiva,

onde o número mínimo de alunos por sala é de 20 (vinte) discentes, para os

discentes que irão ser matriculados mediante classificação, aproveitamento de

estudos, reclassificação ou é aluno desistente e no momento de sua matrícula

não possua nenhum grupo em andamento no quale le se encaixe o mesmo

será matriculado na Organização Individual, podendo ir posteriormente para

uma Organização Coletiva, sendo ofertado quarto horas aula dia de cinquenta

minutos de duração cada. São critérios obedecidos para matrícula na

Organização Individual os contidos na Instrução 013/2014 da SEED/SUED no

item 2 (dois) específico sobre a Matrícula.

Atualmente a Escola atende 23 turmas, entre a Organização Coletiva e

Individual, sendo no Período Matutino 2 turmas de Ensino Médio e 4 turmas do

Ensino Fundamental, somando 167 alunos; no período vespertino 3 turmas de

Ensino Médio e 3 turmas de Ensino Fundamental, somando 174 alunos e no

período noturno 6 turmas de Ensino Fundamental e 5 turmas de Ensino Médio,

somando 358 alunos, o que perfaz um total de 699 alunos atendidos nos três

turnos e 1 turma de APED ( Ação Pedagógica Descentralizada) com 24 alunos,

atendendo os alunos do município de Maripá no Colégio Estadual Pio XII.

VI – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

6.1 - DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA

O Brasil passa por um período de mudança política: crise que gera

insegurança e frustrações nos anseios do povo em todos os setores da

sociedade (econômica, social e ambiental). Em contrapartida a sociedade

busca soluções baseada no resgate de valores éticos para o exercício pleno da

cidadania, através de debates, denúncias, exigindo dos dirigentes políticos

nova postura perante a sociedade. O desenvolvimento tecnológico, ao mesmo

tempo em que leva ao esgotamento dos recursos naturais, promove a

desigualdade social com a economia globalizada, exigindo uma maior

qualificação profissional, o que requer das Instituições Educacionais uma nova

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prática educativa.

Em relação à realidade do estado do Paraná, não se difere muito da

realidade do Brasil, pois existem lugares de grandes riquezas, porém a mesma

concentra-se nas mãos de agropecuaristas geralmente de descendência

europeia, moradores da capital ou de cidades maiores na região central –

Palmas, Pinhão, Guarapuava. Enquanto que a região sudoeste está

praticamente isolada, esquecida e o índice de analfabetismo e pessoas sem

documentos é muito elevado.

O município de Palotina é rico, desenvolvido na área da agropecuária

tendo também a presença da agroindústria. Sua população é bastante

miscigenada e aumenta constantemente devido à migração em busca de

trabalho na indústria. Sua infraestrutura habitacional precisa se adequar às

novas perspectivas do crescimento populacional, através de medidas

governamentais e práticas sociais. Grande parte da população reside na zona

urbana e uma pequena parcela da zona rural, onde trabalham e retiram sua

subsistência.

É formado por um grande número de agricultores, autônomos e

profissionais liberais sendo que os mesmos possuem casa própria, porém

dependem do transporte escolar o município agrega um grande número de

famílias carentes moradoras dos bairros mais periféricos, os filhos dessas

famílias frequentam a escola e recebem as condições necessárias e incentivos

por parte de todo o corpo docente, administrativo, direção, equipe pedagógica,

pois entende-se que esses alunos precisam mais do que nunca resgatar sua

auto estima e com isso tornarem-se cidadãos atuantes.

6.2 – DESCRIÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR

As elevadas matrículas de jovens na EJA têm representado desafios

para professores e gestores da modalidade, que buscam conciliar a

heterogeneidade de faixas etárias em uma mesma sala de aula, dando

conta das expectativas, necessidades e ritmos de cada uma delas. A EJA

têm precisado se reinventar ao oferecer também propostas mais ligadas ao

universo juvenil. Cabe salientar, contudo, que se encontra nessa modalidade

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uma diversidade de faixas etárias e sujeitos com as mais variadas

experiências.

O artigo 38 da Lei Federal nº 9.394/1996 determina a idade de ingresso

na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, ou seja, a idade mínima para

matrícula no ensino fundamental é de 15 (quinze) anos completos e, no ensino

médio, a idade mínima é de 18 (dezoito) anos completos. Dentre outros fatores,

essa normatização ocasionou uma mudança significativa na composição da

demanda por essa modalidade de ensino, sobretudo pela presença de

adolescentes. Assim, a lei que hoje rege a educação no Brasil assegura ao

cidadão a continuidade dos estudos nas formas específicas (por módulos,

grupos, turmas, individual, com aproveitamento de estudo...) na EJA.

Na escola CEEBJA é possível visualizar as diferentes faixas etárias

entre os sujeitos da EJA, alunos esses que apresentam idades de 15 anos a 75

anos. Essa heterogeneidade de alunos aponta para o seguinte desafio: há a

necessidade de os docentes e de a própria escola construírem uma educação

mais ampla e flexível, que permita a integração de valores, ideias, tradições,

costumes e aspirações, que assuma a diversidade e a pluralidade existentes

nas turmas da EJA. Sendo assim, as DCE- EJA (2006) mencionam que:

Atualmente, os adolescentes ainda são presença marcante nas escolas de

EJA. A grande maioria é oriunda de um processo educacional fragmentado,

marcado por frequente evasão e reprovação no Ensino Fundamental e Médio

regulares. A EJA tem sido crescentemente procurada por esse público, cujo

perfil vem mudando em relação à idade, expectativas e comportamentos.

Trata-se de adolescentes que, ao completarem 15 anos, são transferidos da

educação regular ou desistem dela e retomam os estudos na EJA. Eles, em

geral, frequentam o período diurno. O período noturno, geralmente, é

frequentado por alunos que trabalham.

Os alunos que trabalham ou que possuem ocupações domésticas

apresentam mais dificuldade para estudar além do tempo escolar. Com isso,

apresentam dificuldades em acompanhar o processo de ensino aprendizagem,

especialmente, de algumas disciplinas, de maior carga horária. De modo geral,

os alunos da instituição apresentaram uma grande rotatividade escolar,

evidenciando-se, também, que esses jovens e adultos se matriculam, estudam

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certo tempo e depois desistem e, por vezes, retornam. O motivo que leva esses

alunos a desistirem, quase sempre, está relacionado ao trabalho e às questões

familiares. Há uma relação entre o que aprendem na escola e a sua

vida/trabalho e que essa relação está presente em todas as disciplinas. É

possível notar que esses alunos do CEEBJA possuem perspectivas de

continuidade nos estudos e considera a relação com os professores algo

cordial, pois reconhecem a importância deles no processo de aprendizagem,

pelo estímulo que transferem aos alunos para continuarem estudando. Isso nos

mostra que devemos conhecer o sujeito-aluno que se apresenta à Educação

de Jovens e Adultos, buscando descobrir e valorizar a riqueza das experiências

de cada aluno.

A situação econômica dos nossos alunos é bem variada, porém a

maioria é de baixa renda. Mais de 90% deles estão imersos no mercado de

trabalho. A necessidade de o aluno trabalhador retornar à sala de aula é uma

exigência da sua própria atividade trabalhista e o motivo é indiscutível: os

tempos atuais exigem uma mão-de-obra melhor preparada, para dar conta dos

novos e cambiantes modelos de atuação nas diversas áreas da atividade

econômica.

A escola atende outro contingente de alunos. Um grande número de

estrangeiros com haitiano, senegaleses e refugiados. Este retrato remete à

escola certos cuidados: acolher, motivar e manter estas pessoas na escola,

estudando, apesar de todos os problemas enfrentados.

Assim, cabe a educação estabelecer uma relação democrática entre a

política e os sujeitos deste paradoxo educacional, a fim de re-ordenar e

reconstruir gradativamente um processo ensino-aprendizagem pautado na

construção e re-construção crítica, reflexiva e democrática dos conhecimentos,

na qual todos os indivíduos presentes neste meio possam desenvolver-se e

constituírem-se como cidadãos atuantes e conscientes.

6.3 – PERFIL DOS EDUCANDOS

Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos –

EJA requer conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como

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um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento

afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou

culturais. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso prematuro no mundo do

trabalho, a evasão ou a repetência escolar.

Nessa perspectiva, a EJA deve contemplar ações pedagógicas

específicas que levem em consideração o perfil do educando adolescente,

jovem, adulto e idoso que não obteve escolarização ou não deu continuidade

aos seus estudos por fatores diversos.

Nossos educandos possuem uma bagagem de conhecimentos

adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único

espaço de produção e socialização dos saberes. Essas experiências de vida

são significativas ao processo educacional e devem ser consideradas para a

elaboração do currículo escolar, que se configura numa forma diferenciada de

ensino-aprendizagem, já que possui características próprias, distintas do

Ensino Regular.

Uma outra demanda a ser atendida pela EJA é a de pessoas idosas que

buscam a escola para desenvolvimento ou aplicação de seus conhecimentos,

bem como outras oportunidades de convivência. Inclui-se aqui o convívio social

e a realização pessoal. São pessoas que possuem uma temporalidade

específica no processo de aprendizagem. Para tanto, deve-se dispensar

atenção especial no atendimento educacional a estes educandos. Além da

característica etária vinculada à EJA, a que se considerar um outro conjunto de

necessidades e especificidades do público que demanda esta modalidade.

Há na EJA uma grande presença de mulher, que durante anos sofreu, e

por diversas vezes ainda sofre as conseqüências de uma sociedade desigual

com predomínio da tradição patriarcal, que a impediu das práticas educativas

em algum momento de sua história de vida, é expressiva a presença da mulher

em nossa Escola – está libertação fortalece a instituição – família, e com

certeza reflete no sistema educacional como um todo.

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com

necessidades educacionais especiais. Considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos, deve-se priorizar ações

educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito

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destes no espaço escolar.

Ao contemplar a educação do campo na EJA, considera-se que “o

campo” retrata uma diversidade sócio-cultural, que se dá a partir dos sujeitos

que nele habitam. A afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui

para a auto-afirmação da identidade destes povos, no sentido da valorização

do seu trabalho, da sua história, da sua cultura e dos seus conhecimentos, a

economia do nosso município está centrada na agropecuária e no agronegócio.

Em síntese, o atendimento à escolarização de adolescentes, jovens,

adultos e idosos, não se refere exclusivamente a uma característica etária,

mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu

público.

Considerando o perfil diferenciado dos educandos da EJA e suas

necessidades, assim como, as características próprias desta modalidade de

ensino, deve-se garantir o retorno e permanência destes educandos à

escolarização formal, pela manutenção da oferta da Educação de Jovens e

Adultos no Estado do Paraná, através de políticas públicas direcionadas

especificamente à este atendimento, de forma permanente e contínua,

enquanto houver demanda.

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos –

CEEBJA Palotina, atende na modalidade educacional de EJA na sede da

escola, na forma hoje presencial, com organização coletiva e individual,

conforme a disponibilidade do espaço físico e demanda.

Quanto aos dados educacionais na Educação de Jovens e Adultos esta

constitui-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de

aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os

mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos

processos educativos formais (organização coletiva e organização individual).

A organização do tempo escolar compreende três dimensões: o tempo

físico, o tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao

calendário escolar organizado em dias letivos, horas/aula, cronograma da

disciplina, que organizam e controlam o tempo da ação pedagógica. O

segundo, diz respeito ao tempo vivido pelo professor nas suas experiências

pedagógica, cursos de formação e formação continuada, bem como o tempo

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vivido pelos educandos nas experiências sociais e escolares. O último

compreende o tempo da organização e socialização do conhecimento e ainda,

o tempo que o aluno dispõe para se dedicar aos afazeres escolares exigidos

pelo processo educativo. Quanto mais o aluno vem para a escola antes ele

conclui o curso, pois outra característica desta modalidade é a matricula por

disciplina, podendo o educando cursar até 4 (quatro) disciplinas ao mesmo

tempo. Assim a aprendizagem está relacionada ao tempo do aluno e aos

saberes que trás (tempo vivido) bem como a aprovação na (s) disciplina(s) na

qual(quais) se matriculou. A palavra reprovação não existe neste contexto.

A evasão existe por diversos fatores, que vão desde dificuldades de

aprendizagem, horário de trabalho, problemas familiares, podendo o aluno

retornar a qualquer momento, podendo aproveitar a carga horária e o

conteúdo já estudados se retornar antes de completar 2 (dois) anos da data da

matricula inicial.

6. 4 – PERFIL DOS EDUCADORES

O Ceebja conta com a colaboração de 30 docentes das disciplinas da

Grade Curricular, inclusive Pedagogos, que atendem os alunos do Ensino

Fundamental e Médio, todos com graduação específica na disciplina de

atuação e especialização e 7 com PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional) sendo 19 QPM (Quadro Próprio do Magistério – Concursados) e

11 PSS (Processo Seletivo Simplificado – Contratos Temporários). São 23 do

sexo feminino e 07 do sexo masculino com idades variando entre 25 e 56

anos.

6. 5 – PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS

O Ceebja conta com o apoio de 8 funcionários, sendo 2 Agentes

Educacionais II – um QFEB (Quadro de Funcioários da Educação Básica –

Concursados) e um PSS (Processo Seletivo Simplificado – Contrato

Temporário) e um Agente Profissional – QPPE. E 5 Agentes Educacionais I,

sendo 3 QFEB (Quadro de Funcioários da Educação Básica – Concursados) e

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2 PSS (Processo Seletivo Simplificado).

Dos funcionários 3 são agentes Educacionais II, todos com graduação e

especialização. Dois agentes I, 2 tem graduação e 3 tem Ensino Médio.

As idades variam entre 40 e 70 anos, sendo 7 do sexo feminino e 1 do

sexo masculino.

6. 6 VÍNCULOS FUNCIONAIS

PESSOAL ADMINISTRATIVO

Função Nome Habilitação Vínculo

Diretor(a) Maristela Piccin Educação Física QPM

Vice-Diretor(a) Eliane Maria Vicensi

Letras Português / Inglês QPM

Secretário(a) Gerso Gavião Bacharel em Administração

QFEB

Ag. Educ. II Tânia Maria Delai Letras QPPE

Ag. Educ. II Marines Franz Klauck

Pedagogia READ

PESSOAL ESPECIALISTA

Função Nome Habilitação Vínculo

Pedagogo(a) Cláudia Marchioro Piva

Pedagogia QPM

Pedagogo(a) Silvia Benedita Oliveira de Vargas

Pedagogia QPM

PESSOAL DE APOIO

Função Nome Habilitação Vínculo

Ag. Educ. I Eunice Daniel Ensino Médio Completo

QFEB

Ag. Educ. I Lucia Bernardi Ensino Médio Completo

QFEB

Ag. Educ. I Roseli Mafalda Zanella

Tecnologia em Gestão de

QFEB

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Recursos Humanos

Ag. Educ. I Paula Custódio F. de Oliveira

Ensino Superior Completo

READ

Ag. Educ. I Mafalda Schwazer

Ensino Médio Completo

READ

PESSOAL DOCENTE / ENSINO MÉDIO / BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINA PROFESSOR(A) HABILITAÇÃO Vínculo

Língua Portuguesa

Marilene Teresinha Borin Gomes da Silva

Letras QPM

Língua Portuguesa

Rosana Ferreira Terra

Letras QPM

LEM - Inglês Eliane Maria Vicensi

Letras QPM

Arte Esmair Pereira Martins

Artes Visuais REPR

Filosofia Edelar Bulegon Filosofia QPM

Física Cristiane Pereira Química REPR

Sociologia Daniéle Schons Ciências Sociais REPR

Educação Física Vilmar Port Educação Física REPR

Educação Física Tânia R, Hendges Gonçalves Educação Física

QPM

Matemática Tânia Regina Gralha Tessele Ciências

QPM

Matemática Lucinda R. da Silva Freier Ciências Contábeis

QPM

Matemática Ivanir M. Galli Claus Ciências

QPM

Matemática Iliana Salete Delai Ribeiro Ciências

QPM

Química Mônica Alaídes Borchert Kuhl Química

QPM

Biologia Maristela Montanha Ciências REPR

História Dorotéia Pozzatti Welter História

QPM

Geografia Rodrigo Marcos Welter Geografia

QPM

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PESSOAL DOCENTE / ENSINO FUNDAMENTAL – Anos Finais / BASE NACIONAL COMUM

TURMA PROFESSOR(A) HABILITAÇÃO Vínculo

Língua Portuguesa

Rosana Ferreira Terra Letras QPM

Arte Tatiane Soares da Silva Alves

Artes Visuais REPR

Arte Esmair Pereira Martins

Artes Visuais REPR

LEM - Inglês Eliane Maria Vicensi Letras QPM

Educação Física

Jorge Rafael Back Educação Física QPM

Matemática Iliana Salete Delai Ribeiro

Ciências QPM

Matemática Tânia R. Gralha Tessele

Ciências QPM

Matemática Ivanir M. Galli Claus Ciências QPM

Ciências Naturais

Valdevir Bergamini Ciências QPM

Ciências Nayla Bonani Morales

Ciências Biológicas

REPR

História Dorotéia Pozzatti Welter

História QPM

História Edelar Bulegon História QPM

Geografia Ionara Ana Manfrin Geografia QPM

Língua Portuguesa

Alessandra Marino Mistura

Letras REPR

LEM - Inglês Edvane Chaves da Silva

Letras REPR

Professora Readaptada

Luzia Ferreira de Almeida

História QPM

LEM - Inglês Mara Cristina Rodrigues

Letras REPR

História Renata Cristina Delai História QPM

Arte Sérgio Roberto Gomes Viterbo

Arte REPR

6.7 – RESULTADOS EDUCACIONAIS

Índices de Aprovação, Concluintes e Desistentes

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VII – RELAÇÃO DOS RECURSOS FÍSICOS E

MATERIAIS

RELAÇÃO DE RECUSOS FÍSICOS

1 – Número de ambientes pedagógicos 2 – Área destinada a ambientes

- Salas de aula: 7 salas pedagógicos (m²)

- Direção: 1 sala 401,02

- Equipe Pedagógica: 1 sala

- Coordenação 1 sala

3 – Número de ambientes 4 – Área destinada a ambientes

administrativos administrativos (m²)

- Secretaria 1 sala 68,74

- Outros

5 – Relação dos ambientes administrativos

Ambiente Área (m²)

Direção 10,20

Secretaria 41,00

Coordenação Pedagógica e Supervisão 17,50

6 – Área destinada à biblioteca (m²) 7 - Área destinada ao laboratório

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43,51 11,30

8 – Complexo higiênico-sanitário

Banheiro Sexo ao qual se destina N Pias N Mictórios N Vasos

Sanitários

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

01 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

02 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

03 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

04 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

05 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

06 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

07 [ x ] Feminino

Banheiro n [ x ] Masculino 01 01

08 [ x ] Feminino

Banheiro nº [ x ] Masculino 01 01

09 [ x ] Feminino

Banheiro nº [ x ] Masculino 01 01

10 [ x ] Feminino

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Observações: Em cada sala de aula há uma pia e um vaso que são utilizados

por todos os alunos independentes de sexo, e uma pia e um vaso na

biblioteca.

RELAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

DESCRIÇÃO QUANTIDADE

RETROPROJETOR 2

TELEVISOR A CORES 20" PHILCO 1

TELEVISOR CINERAL 20"-NOTA 10 1

TELEVISOR A CORES 21" – FUNDEF 1

TV 29 TELA PLANA.C/ENTRADA USB 7

VIDEO CASSETE 4 CABECA CINERAL 2

VIDEO CASSETE 5 CABECAS-FUNDEF 1

SUPORTE PARA VIDEO E TV 1

BATEDEIRA SEMI-IND.12LTS.FUNDE 1

BEBEDOURO INDUST.CAP. 150LTS 2

FOGAO S/IND.4 B. C/FORNO C.TEC 1

LIQUIDIFICADOR IND. CAP. 4 LTS 1

MANTA AQUECEDORA BALAO 250 ML 1

VENTILADOR DE PAREDE – SUDE 14

RACK P/TV 29 5

AGITADOR MAGNETICO 1

MAQ. ESC.OLIV. LINEA 98 MANUAL 1

MESA DE INFORM.-MDF-COR ARGILA 12

RECEPTOR DECOD MPEG-2 DVB 1

RECEPTOR 1

LNBF 1

GLOBO TERRESTRE 1

ARQUIVO ACO 4 GAVETAS.- SUDE 14

CADEIRA ESTOFADA PRETA-GIRATOR 4

CADEIRA ESTOFADA GIRATORIA 24

CART.UNIVERSIT.TUBO INDUSTRIAL 5

CARTEIRA DE ALUNO MESA/CADEIRA 15

CARTEIRA UNIVERSITARIA 80

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CARTEIRA ESC. EDUC. ESPECIAIS 5

MESA ESCRIVANINHA C/3 GAVETAS 9

CARTEIRA DO PROFESSOR VERDE 4

ARMARIO ACO 2 PORTAS-SUDE 7

ARMARIO 1,20X1,98X4 1

ESTADIOMETRO PORTATIL 1

BALANçA DE PLATAFORMA S/COLUNA 1

BALANCA DIGITAL 2

MEDIDOR DE PH DIGITAL 1

LABORATORIO DE CIENCIAS 1

BALAO FUNDO CHATO 250 ML 4

CONTAINER PARA USO EXTERNO 1

VIII – OBJETIVOS, FUNDAMENTOS, PRINCÍPIOS E

CONCEPÇÕES ORIENTADORAS DAS AÇÕES

EDUCACIONAIS

8.1 – OBJETIVOS

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional,

que atende educandos trabalhadores, tem como objetivo o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos

aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso

político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.

8.2 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Historicamente, a educação formal e não-formal dos diferentes grupos

sociais de trabalhadores tem buscado habilitá-los técnica, social e

ideologicamente para o trabalho, tratando a função social da educação de

forma controlada para responder às necessidades de produção. A fim de

superar esta relação direta da educação com a demanda de trabalho, torna-se

fundamental compreender o sentido desse processo na vida dos educandos

que não tiveram acesso ou continuidade da escolarização na denominada

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idade própria.

O papel fundamental da construção curricular para a formação dos

educandos desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se

afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista

esta função, a educação deve voltar-se a uma formação na qual os educandos

possam: aprender permanentemente; refletir de modo crítico; agir com

responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva;

comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças

sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir do uso metodologicamente adequado de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (KUENZER, 2000, p.

40). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN n. 9394/96),

em seu artigo 37, prescreve que ‘’a Educação de Jovens e Adultos será

destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no

Ensino Fundamental e Médio na idade própria’’. É característica dessa

Modalidade de Ensino a diversidade do perfil dos educandos, com relação à

idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à situação

socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a

escola. O universo da EJA contempla diferentes culturas que devem ser

priorizadas na construção das diretrizes educacionais. Conforme Soares

(1986), o educando passa a ser visto como sujeito sócio-histórico-cultural, com

conhecimentos e experiências acumuladas. Cada sujeito possui um tempo

próprio de formação, apropriando-se de saberes locais e universais, a partir de

uma perspectiva de ressignificação da concepção de mundo e de si mesmo.

Tendo em vista a diversidade desses educandos, com situações socialmente

diferenciadas, é preciso que a Educação de Jovens e Adultos proporcione seu

atendimento por meio de outras formas de socialização dos conhecimentos e

culturas. Considerando-se o diálogo entre as diversas culturas e saberes, é

necessário retirar esta modalidade de ensino de uma estrutura rígida pré-

estabelecida, ou adequá-la a estruturas de ensino já existentes, levando-se em

conta suas especificidades

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8.3 – PRINCÍPIOS

1) Compreender as práticas educativas na dimensão da formação permanente.

2) Garantir a postura ética e responsável no trato com os alunos, garantindo

transparência o compromisso com a aprendizagem.

3) Promover a construção coletiva do conhecimento e valorização das

experiências dos educandos durante todo o seu processo formativo.

4) Garantir o respeito à diversidade sócio-econômica, política e cultural dos

educandos.

5) Respeitar às necessidades individuais de cada aluno, saberes, valores,

tradições, experiências, potencialidades, desafios e à diversidade dos sujeitos

envolvidos.

6) Promover a indissociabilidade da teoria e da prática durante as ações de

educação e de formação dos docentes.

8. 4 – CONCEPÇÕES

8.4.1 – Concepção de Homem

Como pessoa situada na sociedade, com projeto de vida.

Desenvolvendo suas potencialidades e valorizando suas competências e

habilidades, tanto no campo intelectual quanto emocional.

O sistema escolar deverá possibilitar a autonomia, a busca da

identidade, para que os alunos pratiquem e vivam a democracia. Saibam

enfrentar os desafios do mundo do trabalho, gerando para si e para os outros

uma melhoria na qualidade de vida.

Sujeitos históricos que saibam conquistar seu espaço, em condições de

serem empreendedores.

Que busquem no conhecimento e na reflexão crítica as competências e

habilidades para se inserir na globalização do mercado, na competitividade do

mundo dos negócios e avanços científicos e tecnológicos.

Que busquem na cooperação a essência dos quatro alicerces nos quais

se fundamenta a educação: “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender

a viver e aprender a ser”.

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8.4.2 – Concepção de Sociedade

Diante da conjuntura social que o CEEBJA Palotina se insere, faz-se

necessário destacar alguns aspectos de significativa relevância. Primeiro, que

esta referida escolar possui uma história de trabalho e contribuição na

educação e formação de adolescents, jovens, adultos e idosos; segundo, que a

mesma entende que é pela via educacional que se torna possível a ascensão

social dos indivíduos.

Assim, compreende-se que a sociedade a ser construída, depende,

como consequência, da construção de humanos que a compõem. Valores

como caráter, honestidade, defesa da verdade e isso de bom senso são fatores

fundamentais na formação dessa melhor sociedade.

Não basta ser a sociedade composta de gente com alta formação

técnica, a que se propor de forma conjunta rigorismo técnico, a formação

humana.

Defende-se então, uma sociedade que respeite as individualidades, mas

que dessemine a solidariedade como uma especificidade do coletivo.

Uma sociedade que seja composta por humanos de consciência crítica

desenvolvida, para garantir melhores escolhas políticas, deve ser resultado de

trabalho realizado pela escolar. Essa mudança interfere na transformação

cultural da comunidade, que mesmo sendo lenta, precise ser constantemente

perseguida.

Por fim, concebe-se uma sociedade em que seus integrantes que a

constituem sejam instrumentalizados para o mundo do trabalho, e por meio

dele consigam dignidade. A escolar é parte importante na construção dessa

sociedade que em meio a grande evolução técnica, não esquece o princípio do

que é ser gente.

8.4.3 – Concepção de Mundo

Os alunos de EJA se identificam quanto ao fato de não terem

frequentado a escolar na fase da adolescência, por razões diversas. Na sua

grande maioria tiveram os estudos interrompidos devido a necessidade de

ingressar muito cedo no Mercado de trabalho para ajudar no sustento da

família, outros se evadiram por não se enquadrarem nas regras da escolar

regular ou ainda por não terem obtido sucesso escolar e agora adultos voltam

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aos bancos escolares em busca de uma nova Oportunidade.

Atualmente o perfil de alunos de EJA passa por um processo de

rejuvenecimento, pois um número considerável de adolescents egressos do

ensino regular com idade defasada em relação ao ano escolar, e por motivos

variados recorrem a escolar de Jovens e Adultos para obter a escolarização.

A escolar de Jovens e Adultos representa um alunado que apartado da

escolarização regular e compost, em sua maior parte, de trabalhadores que

almejam a conquista de um emprego mais rentável e uma ampliação de sua

visão de mundo por meio da formação escolar. Por outro lado, em termos

culturais, compõe um grupo amplamente diversificado, reunindo pessoas que

diferem entre si quanto ao lugar de origem, a faixa etária, a experiência escolar

eo tipo de trabalho que exercem. Essa diversidade de histórias de vida

promove uma diversidade de conhecimentos, pois os alunos trazem consigo

riquissímas histórias de vida e um conhecimento acumulado a partir de suas

experiências cotidianas adquiridas no mundo informal.

Os professores de Jovens e Adultos devem ser sensíveis a esses sabers

que seus aluos já possuem e reconhecer sua legitimidade.

Considerar os sabers e as experiências de vida dos alunos não

apresenta apenas uma relevância didática, mas contribui para o fortalecimento

da autoimagem de sujeitos que de alguma forma são marcados por

experiências negativas, a valorização dos sabers adquiridos for a da escolar

alimenta a confiança dos alunos nos professores da escolar.

8.4.4 – Concepção de Educação

Entendemos que a educação ocorre ao longo de toda a vida. Onde a

sociedade é educativa, onde tudo pode ser ocasião para aprender e

desenvolver os próprios talentos.

A “educação ao longo de toda a vida”, deve aproveitar todas as

oportunidades oferecidas pela sociedade.

A Escola, como espaço privilegiado, deve primar, pela ação educativa

equilibrada entre a formação de homem cidadão e a construção do

conhecimento num processo interativo. Fazer o saber de racionalidade e do

humanismo, instrumento de sobrevivência da nossa espécie.

A comunicação, a compreensão e investigação, a contextualização

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histórica e sociocultural, permeará esse processo contínuo, visando a

transformação do conhecimento empírico e mais elevado a questionador e

reflexivo. Tendo sempre presente os quatro pilares da educação: o aprender a

conhecer, aprender fazer, aprender a viver, aprender a ser; e os princípios da

estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade.

8.4.5 – Concepção de Cultura

A escola é um ambiente que possui uma diversidade de indivíduos e

cada um deles carrega consigo uma identidade cultural, que advém da sua

família, e seus valores éticos e morais experienciados no cotidiano. Ao adentrar

ao universo escolar esses individuos passam a ter contato com outras culturas,

ou seja, pessoas com outros costumes e hábitos vindos de sua realidade.

Portanto é imprescindível que a escola lide com essa diversidade cultural e

principalmente possa promover uma troca de saberes, em busca do beneficio

mutuo, onde todos aprendem com o que é diferente.

(...) cultura tem dois olhares interligados: para trás e para frente.

Para trás significa a valorização do patrimônio histórico, a

historia vivida, a criação já realizada, que precisam ser

preservadas. Para frente significa a busca de desenvolvimento,

inovação, mudança, componentes próprios de uma história

dinâmica, dialética. (...) não pode debruçar se exclusivamente

em uma ou outra direção, mas deve uni-las numa matriz única,

na qual o desenvolvimento das oportunidades se inspire sempre

na trajetória histórica já percorrida. A razão principal disso é a

identidade cultural, um dos valores maiores da sociedade

humana. (DEMO, 1996 p.34)

Visto que a educação se torna instrumento de identidade cultural, pois através

dela engloba inovações dentro da sociedade. Há no interior da escola um olhar

para o ontem, observando as transformações sociais, sendo isso possível

somente através da comparação, feita através desse olhar do ontem e do hoje.

8.4.6 – Concepção de Cidadania

Considerando que a escolar é o local onde o aluno tem acesso ao saber

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sistematizado, pode esta promover uma aprendizagem compartilhada entre

todos os seus integrantes objetivando a formação de um educando que

reconheça seus direitos e deveres participando ativamente da sociedade na

qual esta inserido.

“(...) representa a habilidade humana de cultivar valores e

fins considerados nobres e éticos. Aponta para a

motivação política da consciência critica e, sobretudo, para

a importância da atuação política das pessoas, ou seja,

para a cidadania. Significa capacidade de elaborar posição

própria, apresentar –se como protagonista da história,

construir alternativas, viver a condição plena do sujeito

autônomo e competente. Para tanto, a instrumentalização

cientifica é crucial. (DEMO, 1996,p.35)

É neste contexto, que a escola, como espaço privilegiado, deve primar,

pela ação educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão e a

construção do conhecimento, num processo interativo.

8.4.7 – Concepção de Conhecimento e Ensino Aprendizagem

O conhecimento é um ato coletivo construído pelo ser humano através

de suas interações. “(...) a escola passa a ser o local de confronto e dialogo

entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano

popular. Essas são fontes sócio-históricas do conhecimento em sua

complexidade” (DCN, 2009, p. 23). O é o papel da escolar é primar pelo

conhecimento sistematizado, valorizar o que o aluno já sabe, mas é necessário

aprimorar e assim demonstrar ao aluno a necessidade de que ele possa sair do

seu senso comum e ter acesso ao saber sistematizado. E a escola, através de

uma pratica transformadora tem a função de fornecer acesso ao conhecimento

elaborado, e permitir ao aluno a construção de seu próprio conhecimento. Caso

este aluno não produza nada terá apenas uma educação bancaria (Cf.FREIRE,

1983). A organização do trabalho escolar é, por sua vez, mediação entre o

trabalho docente e a prática social. É pelo trabalho docente que se dá o

encontro formativo entre o aluno e a matéria de ensino, ele é intencional e

sistemático. O Professor desempenha a função de mediação entre o educando

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e o mundo social, adulto, possibilitando a ele o confronto entre ambos, fazendo

com que ele vá adquirindo a capacidade de compreender e transformar os

saberes.

O amago do trabalho docente é o ensinar, e ensinar de modo que os

alunos aprendam, para isso, se faz necessário pensarmos uma educação

emancipadora, que busca a transformação da realidade, onde o conhecimento

passa a ser fruto de uma construção coletiva e o professor deixa de ser um

mero “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire movimento de

troca decrescimento mútuo.

O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento

próprio de vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as

variáveis que interferem nesse processo, tais como as condições materiais,

relações simbólicas... E toda essa complexidade deve ser compreendida e

trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano escolar. Sendo assim, a

responsabilidade pela aprendizagem escolar dos estudantes é igualmente

dividida com todos que fazem parte desse universo: gestores, professores,

estudantes e pais, bem como a própria comunidade escolar.

8.4.8 – Concepção de Alfabetização e Letramento

É importante considerarmos que a base para o processo de construção

do conhecimento e ensino-aprendizagem se inicia com a alfabetização e

letramento de nossos educandos. Esse processo se dá a partir do momento

que a criança ingressa nas séries iniciais do ensino fundamental, se

expandindo até as séries finais, exigindo por parte da escola e dos profissionais

da educação uma análise e reflexão crítica e consciente a respeito das práticas

pedagógicas e das necessidades dos mesmos.

Nesse sentido é fundamental destacar as diferenças entre alfabetização

e letramento: a alfabetização pode ser definida como uma “... ação de se

apropriar do alfabeto, da ortografia da língua que se fala...” (ROJO, 2010, p.23)

e o letramento são “... os modos culturais de se utilizar a linguagem escrita com

que as pessoas lidam em suas vidas cotidianas” (ROJO, 2010, p.26).

Durante décadas para ser considerado alfabetizado, bastava saber

assinar o próprio nome e saber ler algumas palavras. Mas com o crescimento e

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ampliação do trabalho nas indústrias e a intensificação das práticas letradas

nas cidades, isso passou a ser insuficiente.

Diante dessa nova perspectiva de desenvolvimento social, econômico,

cultural, não bastava ser alfabetizado, era necessário ir além e dar sentido a

leitura e a escrita no cotidiano, isto é, ser letrado. Segundo Magda Soares,

“Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto

onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”, ou

seja, o educando deve saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e

escrita em seu contexto social diário (SOARES, 2003, p. 3). Sendo assim, a

escola possui um papel de democratizar os letramentos, em suas diferentes

disciplinas, proporcionando o acesso qualitativo a prática social da leitura e da

escrita, através de livros, jornais, revistas, mapas, gráficos, para “... garantir

que os estudantes tenham direito de aprender a ler e escrever de maneira

contextualizada, assim como é essencial buscar assegurar a formação de

estudantes que leem, escrevem , interpretam, compreendem e fazem uso

social desses saberes e, por isso, têm maiores condições de atuar como

cidadãos nos tempos e espaços além da escola” (BEAUCHAMP, 2007, p. 11).

Letrar na escola consiste, portanto, “... em criar eventos que possam

integrar os alunos a práticas de leitura e escrita socialmente relevantes que

estes ainda não dominam” (ROJO, 2010, p.26). Significa dizer que é importante

conectar-se a cultura local dos alunos e buscar compreendê-la para relacioná-

la à cultura e bens culturais que estes ainda não tiveram acesso, levando em

consideração suas necessidades e interesses.

8.4.9 – Concepção de Trabalho e Tecnologia

O trabalho tem um valor social infinito, pois é através dele que o ser

humano se humaniza, é um ato de liberdade e de emancipação humana, sendo

assim também é instrumento de superação da alienação e de determinismos

sociais. É através dele que o homem domina a natureza e dela retira seu

sustento, assim aprende que tem domínio sobre si próprio conhecendo sua

força e seus limites. E é no ambiente de trabalho que o homem produz

relações com seus pares e produz bens para suprir suas necessidades, dentre

suas produções está a tecnologia que, como qualquer artefato, método ou

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técnica criado pelo homem para tornar seu trabalho mais leve, sua locomoção

e sua comunicação mais fáceis, ou simplesmente sua vida mais agradável e

divertida.

A tecnologia, não é algo novo – na verdade, é quase tão velha quanto o

próprio homem, visto como homo creator. Nem todas as tecnologias inventadas

pelo homem são relevantes para a educação. Algumas apenas estendem sua

força física, seus músculos. Outras apenas lhe permitem mover-se pelo espaço

mais rapidamente e/ou com menor esforço. Outras ainda aumentam os seus

poderes intelectuais: sua capacidade de adquirir, organizar, armazenar,

analisar, relacionar, integrar, aplicar e transmitir informação. As tecnologias que

grandemente amplificam os poderes sensoriais do homem (como o telescópio,

o microscópio, e todos os outros instrumentos que amplificam os órgãos dos

sentidos humanos) são relativamente recentes e foram eles que, em grande

medida, tornaram possível a ciência moderna, experimental e são elas que

devem servir de suporte para dinamizar o processo de ensino aprendizagem no

chão da escolar.

8.4.10 – Concepção de Formação Humana Integral

A concepção de desenvolvimento humano na Educação de jovens e

adultos traz uma maneira acolhedora aos jovens e adultos desta escola, pois

os sujeitos nos apresentam cada um com uma história de exclusão e fracasso,

onde se faz necessário pensar em propostas curriculares que atendam suas

especificidades. Um currículo que considere suas experiências de vida e de

trabalho e as condições em que exercem esse trabalho, sua forma de ver o

mundo, as razões pelas quais não frequentaram ou deixaram de frequentar a

escola, as razões que os motivaram a iniciar ou a retornar o processo de

escolarização. Um currículo que se preocupe em despertar a consciência do

seu lugar e papel na história, para que assim possam atuar em suas realidades

contribuindo com mudanças significativas. A trajetória dos sujeitos do Eja

constitui o desenvolvimento humano como algo que acontece por conta das

aprendizagens que ocorrem na escola e fora dela, caracterizando-se pelas

transformações biológicas, emocionais, sociais, psicológicas e culturais que

ocorrem ao longo da vida. A escola se organiza pedagogicamente para atender

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às necessidades do desenvolvimento humano relacionadas com suas

experiências de vida. Todos os alunos do Eja são considerados sujeitos

singulares, possuidores de uma história e de uma cultura que na qual são

transformados em sujeitos ativos na sociedade.

8.4.11 – Concepção de Educação Inclusiva e Diversidade

Para atender as diferenças culturais, sociais, bem como a diferença na

faixa etária, a escola procura organizar um currículo de acordo com as

exigências da realidade atual de EJA, sem que ela perca seu papel

fundamental que é o conhecimento, integrando todas as áreas, mas de forma

aberta para receber as diversidades, promovendo a todos de forma igualitária o

acesso ao que a constituição garante a todo cidadão.

Sendo assim o CEEBJA promove ações para que todos sejam

assistidos, buscando cada dia melhorar o espaço das salas de aula,

laboratórios, biblioteca, material pedagógico atualizado, material de apoio,

capacitação para os profissionais da educação. Ter disponível, de acordo com

as necessidades, profissionais, que ofereçam atendimento específico para

alunos que apresentem necessidades especiais, visando à inclusão dos

mesmos.

8.4.12 – Concepção de Gestão Escolar e Princípios de Gestão

A Gestão Escolar está diretamente ligada ao ato de promover a

organização, a mobilização e a articulação das condições essenciais a fim de

garantir uma apredizagem efetiva, buscando garantir as condições necessárias

para que a mesma possa cumprir seu real papel, ou seja ensinar com

qualidade e formar cidadãos com as competências e habilidades

indispensáveis para a vida pessoal e professional. Por outro lado, o foco da

gestão escolar necessita estar voltado também para as questões da orientação

para resultados, na busca pela liderança, motivação da equipe para alcançar

os objetivos, ênfase na qualidade do currículo e foco na participação dos pais

para atingir a excelência no ensino. Ainda conforme Heloísa Luck, esta se

divide em seis pilares principais que buscam a autonomia administrativa,

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financeira, pedagógica e a otmização de tempo e processos.

Para que esta gestão seja efetiva, faz-se necessário o gestor estar

atento aos princípis da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência que são os caminhos para uma boa gestão.

8.4.13 – Concepção de Avaliação e Recuperação de Estudos

A avaliação é uma prática pedagógica que acontece durante o processo

de ensino-aprendizagem, e deve ser diagnóstica, contínua, sistemática,

abrangente e permanente, utilizando técnicas e instrumentos diversificados.

Deve ser compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção

pedagógica e pela qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem

por finalidade acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor.

Dessa forma, o educador tem em suas mãos um instrumento que

possibilita a retomada de ações pedagógicas em favor de uma aprendizagem

significativa e será sempre realizada em função dos conteúdos expressos nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Já a recuperação de estudos

significa encarar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de

aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação

dos estudos. Ela se dará concomitante ao processo de ensino-aprendizagem,

considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, como um direito de

todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

Podendo esta ser individualizada, organizada com atividades significativas,

com indicação de roteiro de estudos e entrevistas para melhor diagnosticar o

nível de aprendizagem de cada educando, desta forma, os educandos que não

se apropriaram dos conteúdos básicos, terá oportunizada a recuperação de

estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades

significativas e de novos instrumentos de avaliação.

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IV – CURRÍCULO

9.1 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Entende-se por currículo os diferentes conteúdos a serem ensinados e

aprendidos; as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos

estudantes; os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e

sistemas educacionais; os objetivos a serem alcançados por meio do processo

de ensino; os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e

nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização.

9.2 – FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO

9.2.1 – Concepção de Flexibilização Curricular

A flexibilização curricular vincula-se à necessidade de conceder maior

plasticidade, maior maleabilidade, destituindo-a da rigidez tradicional do

currículo escolar. As expressões que esta adquire, expressam modos através

dos quais a escola procura atenuar desvantagens que a sociedade causa,

sendo assim devem pautar-se pela flexibilidade tanto de currículo, quanto de

tempo e de espaço.

É a adequação no currículo ou no planejamento de cada aula com o

objetivo de garantir que estudantes com necessidades educacionais especiais

ou com dificuldades de aprendizagem devido ao longo tempo afastados da

escola aprendam os conteúdos aplicados e consigam enfrentar desafios

encontrados com o auxilio de materiais didáticos ou de outras estratégias para

assimilar determinados conteúdos, facilitando a aprendizagem. Uma aula bem

sistematizada, com muitas flexibilizações beneficiam não só os que têm

dificuldade de aprendizagem, mas a turma inteira.

A EJA deve ter uma estrutura flexível e ser capaz de contemplar

inovações que tenham conteúdos significativos. Nesta perspectiva, há um

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tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos. Os

limites e possibilidades de cada educando devem ser respeitados; portanto, é

desafio apresentar propostas viáveis para que o acesso, a permanência e o

sucesso do educando nos estudos estejam assegurados.

9.2.2 – Apresentação da Flexibilização Curricular

O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento

mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e

de cultura. Portanto, passa a se reconhecer como sujeito do processo e a

confirmar saberes adquiridos para além da educação escolar, na própria vida.

Trata-se de uma consistente comprovação de que esta modalidade de ensino

pode permitir a construção e a apropriação de conhecimentos para o mundo do

trabalho e o exercício da cidadania, de modo que o educando ressignifique

suas experiências socioculturais.

A escola atende, dentre todos, menores infratores que retornaram do

CENSE, alunos com necessidades educativas especiais, alunos atendidos no

SAREH, estudantes afastados pelo Decreto Lei nº 1044/69 e pela Lei nº

6202/75, pessoas com liberdade provisória acompanhando-os individualmente

no período que se encontram na escola, com contato direto e constante com

CRAS/CREAS e entidades responsáveis, bem como com as famílias e/ou

responsáveis, com Plano de Estudos diferenciado de acordo com as

necessidades de cada aluno.

No caso das Doenças Infecto-contagiosas e Licença Maternidade, os

atestados são encaminhados ao NRE juntamente com o Processo de

atendimento domiciliar. Estes alunos recebem os conteúdos e as atividades em

casa e quando tem dúvidas recorrem ao professor para saná-las. Este contato

professor x aluno é semanal e realizado também acompanhamento diário da

Equipe Pedagógica.

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9.3 – MATRIZ CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: CEEBJA PALOTINA – ENS. FUND. E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Palotina NRE: Toledo

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Semestre/2015 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1616 HORAS ou 1920/1932 H/A

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM – INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

TOTAL 1600/1610 horas 1920/1932 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELA INSTITUIÇÃO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA

PARA O EDUCANDO

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ENSINO MÉDIO

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JONVES E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA PALOTINA – ENS. FUND. E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Palotina NRE: Toledo

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Semestre/2015 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

* DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELA INSTITUIÇÃO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

X – DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS

10.1 – HISTÓRIA DO PARANÁ (LEI Nº13.381/01)

Torna-se obrigatório, no Ensino Fundamental de Nove Anos e Ensino

Médio da Rede Pública Estadual de Ensino conteúdos da disciplina História do

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Paraná, conforme Lei 13.381/01. No seu Art. 1° - Torna – se obrigatório um

novo tratamento, na Rede Pública Estadual de Ensino, dos conteúdos da

disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental de Nove anos e Ensino

Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade,

potencial e valorização do nosso Estado.

A Escola desenvolve os conteúdos de história do Paraná dentro das

disciplinas de Geografia, História e Artes.

10.2 – HISTÓRIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA

(LEI Nº11.645/08)

Faz-se necessário e urgente o trabalho para a implementação da Lei

10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE.

Assim, o trabalho com esse desafio tem como intuito promover o

reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra

paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao

lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino da História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana. A Lei N° 11.645/08 que estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no Currículo oficial da

rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira

e Indígena”.

A educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre

brancos, negros e indígenas, trocas de conhecimentos, quebra de confianças e

um projeto conjunto para construção de uma sociedade justa e igualitária.

Sendo assim, através do trabalho das disciplinas será desenvolvido um

trabalho de forma a promover o reconhecimento da identidade, a história e da

cultura da população negra paranaense afim de assegurar a igualdade e

valorização das raízes africanas, indígenas, européias e asiáticas, por isso

serão estudados os seguintes assuntos: hábitos; costumes; religião;

alimentação; música; danças; formação étnica das populações, migrações;

liderança negra; famosos; na situação sócio-econômica relacionada a questão

étnica; no racismo; estudo de personagens folclóricos, mitos e lendas

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brasileiras, como por exemplo Zumbi dos Palmares; análise, produção textual,

resenha, sinopse, poemas, produção de bibliografias; filmes indicados:

Amistad, Em nome de Deus, As missões, Procurando Forrester, 1492 – A

conquista do Paraíso; bibliografias de personalidades negras e indígenas

famosas que se destacaram na história; pesquisa de tipos de trabalho

desenvolvido por afro-descendentes na sociedade, quantidade de afro-

descendentes e indígenas em diversos setores da sociedade (escola,

empresas, universidades,etc) e discussão de cotas, dentre outras.

10.3 – MÚSICA

A música deve ser compreendida e trabalhada em duas dimensões:

como forma de conhecimento e como linguagem. Como forma de

conhecimento, deve proporcionar um contato com os sons existentes no

mundo e com as produções musicais, tanto do ambiente onde os indivíduos

estão inseridos, quanto de outros ambientes ou lugares desconhecidos.

Enquanto linguagem deve visar o desenvolvimento das competências de

expressão musical e da sensibilidade de escutar, bem como, favorecer a

reflexão a respeito das produções musicais e a capacidade de produzir música

nos indivíduos.

Neste caso, entende-se que aprender música implica em ampliar as

capacidades perceptivas, expressivas e reflexivas a partir de experiências

como: ouvir música, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos,

encaminhando tais capacidades para níveis cada vez mais elaborados. Isto por

meio da familiarização cultural que poderá promover o desenvolvimento dos

indivíduos, possibilitando a superação de valores estereotipados e cristalizados

pela sociedade e tidos por muitos indivíduos como absolutos e não relativos.

Ainda, como diz Garcia (2000, p.12), é importante trabalhar a música

para “deixar fluir a imaginação, a intuição e a sensibilidade dos alunos, pois, só

assim lhes será oferecida a possibilidade de diversidade de pensamentos e

linguagens”.

10.4 – PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que

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requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de

pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do

conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a

legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional

contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano

como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de

drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros. Trabalhar com

a prevenção ao uso indevido de drogas no âmbito da política educacional do

Estado do Paraná implica em compreender, primeiramente, que o trabalho é

com o conhecimento escolar, o qual “é específico, advindo da produção

intelectual dos homens, mas que serve para possibilitar também o

conhecimento amplo, elaborado na ação humana coletiva, numa teia de

relações sociais que geram novas necessidades de reflexões e elaborações

teóricas” (PARANÁ, 2006, p. 12). Portanto, o trabalho pedagógico requer um

razoável entendimento teórico, e para isso, os professores e demais

profissionais da educação precisam de fundamentação teórica e formação

continuada para contribuir no processo de prevenção ao uso indevido de

drogas, numa perspectiva crítica, histórica e pedagógica, a qual objetiva no

processo de socialização do conhecimento não revelar a verdade absoluta e

sim, como nos diz Andrew Weil (1986, p. 20): “descobrir maneiras mais úteis de

pensar sobre os fenômenos” que envolvem as drogas.

Na medida em que se compreende, no processo de formação dos

sujeitos, a prevenção ao uso indevido de drogas como conhecimento que

supere a perspectiva do conservadorismo e da mera reprodução prioriza-se

“fazer com que o jovem pense e reflita de maneira crítica sobre sua vida, suas

escolhas, seus desejos, suas frustrações e futuro” (SODELLI, s/d, p. 2). Além

da clareza de concepção de educação, os professores devem estar seguros

quanto à “concepção de mundo, de escola e de homem (...) bem como a

identificação da escola pública e sua função na sociedade, entendidos como

elementos fundantes da práxis educativa” (PARANÁ, 2006, p. 39). Assim, o

entendimento sobre a prevenção ao uso indevido de drogas vai além das

discussões do campo biológico, e perpassa outras áreas do conhecimento

como as Ciências Humanas e Exatas, possibilitando que as diferentes

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disciplinas da matriz curricular possam contribuir por meio de seus conteúdos.

Portanto, é preciso buscar constantemente conhecimentos científicos e

práticas preventivas que possam, de fato, fazer sentido para os sujeitos

envolvidos. Dessa maneira, professores podem minimizar a insegurança ao

lidarem com o complexo assunto das drogas, trazendo maior tranqüilidade e

qualidade pedagógica na prevenção ao uso indevido de drogas nas escolas.

O tratamento pedagógico da prevenção ao uso indevido de drogas

constitui-se um desafio para a escola, tendo em vista a sua dimensão e as

situações diárias vivenciadas no cotidiano escolar.

Nesse sentido, a intervenção que se faz e/ou as ações preventivas

desenvolvidas precisam partir do que está sendo vivido, pensado e realizado

pela comunidade escolar, há diferentes possibilidades de abordagens sobre a

prevenção ao uso indevido de drogas presentes na sociedade e na escola.

Para tanto, precisa-se considerar uma prática escolar fundamentada

numa relação dialógica entre professores e alunos e destes com o mundo. Por

meio desta prática ambos podem refletir sobre compromisso político e produzir

o próprio conhecimento em torno das implicações das drogas na sociedade.

O trabalho preventivo será realizado em consonância com os conteúdos

de cada disciplina.

10.5 – SEXUALIDADE HUMANA

A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e

cultural, precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento

pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. O trabalho educativo

com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, deve

considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

Na educação escolar, trabalhar na perspectiva da diversidade cultural significa

realizar uma ação pedagógica que vai além do reconhecimento de que alunos

sentados nas cadeiras de uma sala de aula são diferentes, por terem suas

características individuais e pertencentes a um grupo social, mas é preciso

efetivar uma pedagogia da valorização das diferenças. Entendendo que o

primeiro passo para isso é a defesa de uma educação questionadora dos

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conceitos existentes e tratá-los como categorias socialmente construídas no

decorrer dos discursos históricos.

É necessário também, haver políticas eficientes capazes de igualar

todos os seres humanos independente de condições sociais, cor de pele e

raça, oferecendo ensino público de qualidade para todas as faixas etárias,

visando formar cidadãos críticos, capazes de lutar por seus direitos e sendo

cumpridores de seus deveres.

A escola como instituição de saber, com todo o corpo docente deve

priorizar a análise de sua prática, redirecionando o que for necessário para

melhor trabalhar com as diferenças que geram discriminação e em alguns

casos até a evasão escolar.

O trabalho preventivo será realizado em consonância com os conteúdos

de cada disciplina.

10.6 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL (L.F. Nº4.201/02)

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental, visa implementar a

Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um

processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a

preservação do equilíbrio ambiental, para qualidade de vida e para a

compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico, bem como para

os problemas relacionados a estes fatores. Para concretizar esse intento, os

educadores necessitam de subsídios para que, a partir de uma compreensão

crítica e histórica das questões relacionadas ao meio ambiente, possam por

meio do tratamento pedagógico e orientados pelas Diretrizes Curriculares da

Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, construir a identidade

da Educação Ambiental na escola pública. A Lei N° 9705/99 que dispõe sobre

a Educação Ambiental nos seus artigos: Art. 1° - Entende-se por educação

ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constrói

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas

para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial

à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2° - A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,

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devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades

do processo educativo, em caráter formal e não formal.

Com o objetivo de buscar a preservação e o equilíbrio, a qualidade de

vida e a compreensão das relações do homem com a natureza, serão

trabalhados nas diversas disciplinas temas como: aquecimento global;

desmatamento, reflorestamento e mata ciliar; erosão; destinação dos resíduos

sólidos; preservação nas nascentes; poluição (ar, água, solo...), efeito estufa,

chuva ácida; biodiversidade – preservação; resgate da Agenda 21 Escolar;

arborização urbana – estudo das espécies.

10.7 – EDUCAÇÃO FISCAL

O programa visa despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e

deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado

democrático.

A dinâmica de arrecadação de recursos pelo Estado e o papel dos

cidadãos no acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em

benefícios da sociedade são questões a serem tratadas e desenvolvidas.

A abordagem pedagógica desses assuntos a partir dos conteúdos

historicamente acumulados são a tônica da Educação Fiscal nas escolas, que

serão trabalhados dentro das disciplinas no dia a dia.

10.8 – ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O

ADOLESCENTE

Ao trabalhar esse desafio, buscar-se-á a ampliação da compreensão e

formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola

em espaço onde o conhecimento toma o lugar da força.

O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos

profissionais da educação sobre as causas da violência e suas manifestações,

bem como a produção de material de apoio didático-pedagógico. A Violência

no âmbito das escolas deve ser entendida como um processo complexo e

desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado

teoricamente, por meio de conhecimentos científicos, desprovidos de

preconceitos e discriminações.

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A escola, para vencer seus desafios, precisa atualizar-se e transformar-

se no que Juliatto (2007) denominou de “agência social especializada na

formação integral das pessoas”.

Como tal, deverá reunir em suas funções, não só instruir, mas educar e

garantir direitos como comunidade que é, adequando-se aos direitos de

crianças e adolescentes que despontaram com a reforma constitucional de

1988. Para que os preceitos constitucionais e legais sejam cumpridos, é

fundamental que os professores e toda a equipe que trabalha nas escolas

estejam preparados para identificar os sinais que, muitas vezes, não são

visíveis a não ser com um olhar mais atencioso que veja a “alma” deste

educando que, de uma forma ou de outra, revela o sofrimento ao qual está

sendo submetido.

A escola ainda é um lugar privilegiado, para não só instruir e educar,

mas também para enfrentar a violência doméstica e, em especial, o abuso

sexual intrafamiliar. Repensar esta ampliação do papel da escola e de sua

função, para além da promoção da mera instrução formal, é um passo

imprescindível para a concretização da proteção integral da criança e do

adolescente com a intervenção dos profissionais da Educação a partir de uma

atualização da visão da escola e de suas atribuições. Só assim, a partir de uma

verdadeira união dos que compõem o espaço escolar, em prol prioritariamente

dos interesses da proteção e formação integral dos alunos, é que se

consubstanciará a verdadeira comunidade escolar que junto com a família, ou

na falta desta, estará apta para cumprir a missão de promover um

desenvolvimento pleno e sadio da infância à juventude.

Buscar-se-a as causas e a compreensão sobre a violência, afim de

transformar o espaço escolar num ambiente saudável e equilibrado

sensibilizando a comunidade escolar.

10.9 – DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES (L.F.Nº11.524/07)

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) dispõe sobre a proteção

integral à criança e ao adolescente, sendo fruto da lei 8.069 de 13 de julho de

1990, que no ano de 2008 completou “maioridade” de existência.

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Consoante a própria Lei, é caracterizada na condição de criança àquele

de idade até doze anos incompletos, e adolescente é àquele que estiver entre

doze e dezoito anos de idade, determinando que ambos devem usufruir de

todos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da

proteção integral. O ECA também estabelece que é dever da família, da

comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com

absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à

alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

A absoluta prioridade que trata a Lei compreende a primazia de receber

proteção e socorro em quaisquer circunstâncias, a precedência de atendimento

nos serviços públicos ou de relevância pública, a preferência na formulação e

na execução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de

recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à

juventude.

Destaca que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer

forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e

opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos

seus direitos fundamentais. Acrescente-se que também no seu artigo 7o.,

disciplina que a criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à

saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o

nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de

existência.

No que se refere à questão da saúde pública, além de estabelecer a

necessidade de tratamento prioritário, informa que o adolescente com

deficiência receberá atendimento especializado, definido na obrigação do poder

público de fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos,

próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

Da mesma forma, determina que os estabelecimentos de atendimento à saúde

deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um

dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.

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10.10 – EDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA DEC.1.143/99, PORTARIA Nº 413/02

O tema Educação Tributária vem sendo discutido, no País, no sentido de

vencer a resistência do brasileiro à função do Estado de arrecadar tributos e o

conseqüente dever dos cidadãos contribuintes de pagar tributos.

Atualmente, a Educação Tributária ganha espaços importantes na mídia

e nos meios escolares. O estudo do tema tem culminado com a

implementação, em alguns estados brasileiros, de programas de educação

tributária nas escolas, e campanhas educativas junto à sociedade, chamando

atenção para o cumprimento das obrigações tributárias pelos cidadãos

contribuintes.

Entender a Educação Tributária como uma luta contra resistências não é

a melhor forma de encará-la. Educação Tributária é sim, um desafio,

quando se trata de um processo de inserção de valores na sociedade com o

retorno de longo prazo: da formação de futuros cidadãos conscientes do seu

dever de cumprimento das obrigações tributárias, e do seu direito ao exercício

da cidadania mediante a cobrança da coerente destinação dos recursos

provenientes dos tributos arrecadados pelo Estado.

O conhecimento do papel social do tributo através da conscientização

para o exercício da cidadania deve ser o objetivo primordial de um Programa

de Educação Tributária - PET. Alterar a visão da sociedade é tarefa árdua; e

para tanto, é imprescindível colocar a educação ao alcance de todos. Como

perceber o tributo como meio de assegurar o desenvolvimento econômico e

social, sem o devido conhecimento do seu conceito, da sua função, e da sua

aplicação?

A Educação Tributária deve caminhar nesse sentido: informar,

para que todos conheçam; educar, para que todos pratiquem. O Estado deve

exercer, além do papel de fornecedor de condições sociais básicas, o de

provedor de informações e valores, na missão de promover o exercício da

cidadania por cada membro da sociedade.

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XI – AVALIAÇÃO

11.1 – AVALIAÇÃO

Entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o(a) professor(a)

estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

(as) estudantes, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor

que incindirá sobre o desempenho do(a) estudante em diferentes situações de

aprendizagem, utilizar-se-á técnicas e instrumentos diversificados, sendo

vedado submeter o(a) estudante a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

Para que a mesma cumpra sua finalidade educativa, deverá ser

contínua, permanente, cumulativa e diagnóstica, com o objetivo de

acompanhar o desenvolvimento educacional do(a) estudante, considerando

suas características individuais em relação ao conjunto dos componentes

curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

Para o processo avaliativo será utilizado sistema somatório, sendo que

os resultados das atividades avaliativas: avaliações escritas (com questões

discursivas/abertas e questões subjetivas/fechadas, leitura e compreensão de

textos, prática discursiva da escrita/produção de textos, trabalhos em grupo,

pesquisas, relatórios, seminários/apresentações orais, questionários, estudos

de casos, webquest e trabalhos manuais...), sendo 6,0 (seis vírgula zero) para

avaliações, com obrigatoriedade de no mínimo 1 (uma) avaliaçõ e 4,0 (quatro

vírgils zero) para trabalhos, com obrigatoriedade de no mínimo 1(um) trabalho,

cumprindo a obrigatoriedade de no mínimo 2 (dois) instrumentos diferenciados

de avaliação que serão analisados no decorrer de cada Registro de Notas,

observando-se os avanços e as necessidades detectadas, para estabelecer as

novas ações pedagógicas.

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11.2 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Recuperação de Estudos acontece de forma permanente e

concomitante ao processo ensino aprendizagem, a qual é realizada ao longo

de cada Rrgistro de Notas, assegurndo ao (a) estudante, desta forma, novas

oportunidades de aprendizagem dos conteúdos não-apreendidos, ficando

vedada a aplicação de novo instrumento de reavaliação sem a retomada dos

conteúdos.

Recuperação esta entendida como um dos aspectos do processo

ensino-aprendizagem pelo qual o (a) professor (a) reorganizará sua

metodologia em função das dificuldades dos (as) estudantes, de forma a

oportunizar a todos (as) a apropriação efetiva dos conteúdos.

Lembrando que a Recuperação de Estudos, bem como a sua oferta, é

direito de todos (as) os (as) estudantes, independente do nível de apropriação

dos conhecimentos básicos, sendo sua oferta obrigatória.

Sendo também vedado oportunizar um único momento de Recuperação

de Estudos ao longo dos Registros de Notas de cada disciplina, a considerar

que o processo visa recuperar 100% (cem por cento), ou seja a totalidade dos

conteúdos trabalhados.

Terá predominância como nota ao final de cada Registro de Notas, a

maior nota obtida pelo mesmo, ou seja, caso o estudante tenha obtido, no

processo de recuperação, um valor acima daquele anteriormente atribuído, a

nota deverá ser substituída, considerando que o maior valor expressa o melhor

momento do (a) estudante em relação à aprendizagem.

11.3 – CONSELHO DE AVALIAÇÃO

O Conselho de Avaliação é um órgão colegiado de natureza consultiva

em assuntos didático-pedagógicos, com atuação dirigida a cada educando da

instituição de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e de

aprendizagem, que tem por finalidade analisar os dados resultantes do

processo de ensino e de aprendizagem, constantes nesta proposta, propondo o

aperfeiçoamento do mesmo, de tal forma que vise assegurar a apropriação dos

conteúdos estabelecidos.

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O mesmo será constituído por todos os professores que ministram aulas

nas disciplinas constantes na matriz curricular, por educandos (pelo menos

dois de cada nível de ensino), pela equipe de professores pedagogos e reunir-

se-á sempre que um fato o exigir, e deverá ser secretariado por um conselheiro

ad hoc, sendo lavrada ata, em livro próprio, para registro, divulgação ou

comunicação aos interessados.

A convocação para as reuniões será feita com antecedência de 48

(quarenta e oito) horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os

membros convocados.

Compete ao Conselho de Avaliação:

I. emitir parecer sobre assuntos referentes ao aproveitamento pedagógico dos

educandos, respondendo a consultas feitas pelo diretor, pela equipe

pedagógica ou pelo educando interessado;

II. analisar as informações apresentadas pelos diversos professores sobre

cada educando, quanto às atitudes e domínio dos conteúdos, que afetem o

rendimento escolar na (s) disciplina (s) em curso;

III. analisar o desempenho dos educandos e dos professores, face aos

conteúdos e aos encaminhamentos metodológicos;

IV. propor medidas para melhoria do aproveitamento, integração e

relacionamento dos educandos e professores;

V. estabelecer projetos viáveis de recuperação dos educandos, em

consonância com a proposta curricular;

VI. opinar sobre os procedimentos a serem utilizados nas diversas Áreas de

Conhecimento.

11.4 – PROMOÇÃO

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

educando, aliada a apuração de sua frequência, onde serão registrados, no

Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, de 02 (duas) a 06 (seis)

notas por disciplina, que corresponderá ao processo avaliativo descrito no item

12.1 (doze ponto um), aos quais, obrigatoriamente, o aluno submeter-se-à na

presença do professor.

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Os Registros de Notas, para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino

Médio constituir-se-ão de:

I. 06 (seis) Registros de Notas, nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática;

II. 04 (quatro) Registro de Notas, nas disciplinas de História, Geografia,

Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Química,

Física, Biologia;

III. 02 (dois) Registro de Notas, nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia

e Educação Física.

O educando deverá atingir no mínimo a nota 6,0 (seis vígula zero) em cada

Registro de Nota resultante das avaliações processuais, ao que não atingir

será ofertado concomitantemente a Recuperação de Estudos, conforme

descrito no item 12.2 (doze ponto dois).

A Média Final (MF) para cada disciplina corresponderá à média

aritmética dos Registros de Notas, resultantes das avaliações realizadas.

Média Final = Soma dos Registros de Notas

Número de Registro de notas

Para ser promovido na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, a

nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina e frequência

mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada

disciplina na Organização Coletiva e 100% (cem por cento) na Organização

Individual.

11.5 – CLASSIFICAÇÃO

De acordo com o previsto no Art. 22 da Deliberação nº 09/01, do

Conselho Estadual de Educação/PR, a Classificação é um procedimento que a

instituição de ensino adota para avaliar e posicionar o aluno no nível de ensino

compatível com seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por

meios formais, não-formais e/ou informais.

Desde 2009, a Proposta Pedagógica - Curricular da EJA, aprovada pelo

CEE/PR, assim como o Regimento Escolar, contemplam o aproveitamento de

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série/ período/ etapa/ semestre, para os alunos que apresentarem documentos

que comprovem os conhecimentos concluídos com êxito e adquiridos

formalmente (Histórico Escolar). No entanto, a aplicação da classificação

deverá ser considerada um procedimento de exceção e só deverá ser

indicada pelo professor pedagogo ao pretendente à matrícula que apresentar

conhecimentos “escolares” adquiridos não-formal ou informalmente e que não

possuam documentos comprobatórios, possibilitando o seu posicionamento em

um percentual de carga horária adequado às suas experiências e

conhecimentos adquiridos na disciplina em que deseja ser matriculado.

Como a classificação tem caráter pedagógico centrado na

aprendizagem, antes da efetivação da matrícula, o professor pedagogo deverá

proceder à avaliação diagnóstica. Para essa avaliação, o educador da

disciplina e o professor pedagogo deverão elaborar um instrumento de

avaliação inédito contemplando os conteúdos essenciais exigidos para

aprovação no nível de ensino da disciplina com questões discursivas e

objetivas.

Após análise dos resultados da avaliação, para fins de classificação,

deverá ser lavrada Ata em que conste o registro do percentual de avanço

obtido na carga horária da disciplina, data e assinaturas do professor da

disciplina, do professor pedagogo, da direção e do secretário. Mediante essa

Ata, a matrícula na disciplina será inserida no Sistema SEJA com o percentual

de avanço obtido na carga horária total da disciplina (enquadramento): 25%,

50%, 75% ou 100%, quando for disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e;

25%, 50% ou 75% da carga horária total, quando for disciplina do Ensino

Médio. A Ata dos resultados da avaliação para fins de classificação e o

instrumento de avaliação aplicado, deverão ser arquivados na Pasta Individual

do (a) educando (a), mesmo que este tenha obtido 0% de avanço no total da

carga horária da disciplina.

Do total da carga horária restante a ser cursada na disciplina na qual o

(a) educando (a) foi matriculado(a) mediante classificação, é obrigatória a

frequência de, no mínimo, 75% na organização coletiva e de 100% na

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organização individual e obter o número de registros de notas, conforme

descrito no Regimento Escolar. Nas classificações com 100% de êxito no total

da carga horária em todas as disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o

educando estará apto a realizar matrícula inicial em até quatro disciplinas do

Ensino Médio.

Educando que participou do processo de classificação, após a matrícula

na disciplina inserida no Sistema SEJA e ter cumprido o mínimo de carga

horária, poderá aproveitá-la ao ser transferido para outra instituição de ensino

que oferta EJA.

11.6 – RECLASSIFICAÇÃO

A reclassificação é o processo pelo qual a instituição de ensino avalia os

conteúdos apropriados (formal, não-formal e informalmente) pelo educando

matriculado após ter frequentado, no mínimo, 25% do total da carga horária

definida para cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II ou do Ensino

Médio. Ela possibilita o avanço ou posicionamento em um percentual de carga

horária alcançado com a apropriação de conteúdos básicos em certa disciplina,

devendo cursar a carga horária restante para a concluí-la.

O educador da disciplina, no decorrer dos 25% da carga horária inicial,

após constatar as capacidades do educando e verificar a possibilidade de

avanço na carga horária, deverá notificar ao NRE para que este proceda à

orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das

normas que fundamentam os procedimentos de Reclassificação.

O processo de reclassificação poderá posicionar o educando em 25%,

50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental –

Fase II e em 25% ou 50% da carga horária total de cada disciplina, no Ensino

Médio.

A Ata assinada pela comissão responsável pelo processo e o

instrumento de avaliação aplicado deverão ser arquivados na Pasta Individual

do educando e no Sistema SEJA através da rotina “matrícula>alteração de

matrícula”, inserir os resultados da reclassificação e, automaticamente, o SEJA

informará a carga horária e o número de registros de notas faltantes para a

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conclusão da disciplina. A conclusão do Ensino Médio por meio de processo de

classificação e reclassificação não é permitida.

A normatização do registro na documentação escolar e dos

procedimentos realizados na Classificação e Reclassificação é feita pela

Instrução nº 02/2009 – SEED/DAE/CDE e a Instrução nº 020/2008 –

SUED/SEED, também, estabelece os procedimentos para o processo de

Reclassificação de educandos.

Ressaltamos que o educando que submeteu ao processo de classificação

em determinada disciplina não poderá ser reclassificado nessa mesma

disciplina.

11.7 – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

No ato da matrícula, o (a) educando (a) poderá requerer aproveitamento de

estudos de disciplinas, mediante apresentação de documento comprobatório

de:

• Conclusão com êxito de série/período/etapa/semestre a ser aproveitada;

• Disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por

disciplina ou por Exames EJA, ENCCEJA e ENEM.

Para cada série e período/etapa/semestre equivalente à conclusão, com

êxito de uma série do ensino regular, será feito aproveitamento de 25% da

carga horária total de cada disciplina constante na Matriz Curricular da EJA. Se

o Histórico Escolar não constar as disciplinas de Filosofia e Sociologia, o (a)

educando (a) deverá cursá-las, integralmente, para concluir o Ensino Médio.

Série concluída com disciplina em dependência (resultado AP-D -

Aprovado com dependência - Progressão Parcial) não será aproveitada na

EJA.

Para os estudos realizados no Ensino Médio organizado por blocos de

disciplinas, são necessários dois blocos completos (correspondente a 200 dias

letivos e 800 horas) concluídos com êxito, para aproveitar 25% da carga

horária total de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos - EJA. Para

as disciplinas, cuja carga horária foi cumprida em apenas um bloco, não será

realizado o aproveitamento.

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XII – ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

12.1 – ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES, ALUNOS E FUNCIONÁRIOS –

APAF

Sendo a função da Associação de Professores, Alunos e Funcionários

discutir ações que possam contribuir para a qualidade do ensino e integrar

família, escola e comunidade, viabilizando a participação de todos na gestão da

escola pública, esta Associação desenvolve no seu cotidiano ações como:

• Estar em sintonia com a Proposta Pedagógica da escola e com a

realidade e interesses da comunidade escolar;

• Dicidir e acompanhar a aplicação das receitas oriundas de qualquer

recurso e/ou doação;

• Definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escolar mediante

Planos de Aplicação, bem como prestação de contas desses recursos,

em ação conjunta com o Conselho Escolar;

• Colaborar com a manutenção e a conservação das instalações da

escola, bem como conscientizar quanto as atitudes de preservação;

• Realizar projetos envolvendo toda a comunidade, de forma a contribuir

para o maior aproveitamento escolar do estudante;

• Convocar Assembleia Geral para discutir e decider sobre as

necessidades da instituição;

• Aprovar prestação de contas da aplicação de recursos das contribuições

comunitárias;

• Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o comprovante

(recibo);

• Fazer reuniões semestrais para prestação de contas à comunidade

escolar;

• Dentre outras necessiddes do dia a dia.

12.2 – CONSELHO DE AVALIAÇÃO

O Conselho de Avaliação é um órgão colegiado de natureza consultiva

em assuntos didáticos-pedagógicos, com atuação dirigida a cada educando da

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instituição de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e de

aprendizagem. Como atendemos por disciplina e cada disciplina é dividida em

Registros de Notas, tudo é muito rápido, sendo assim o Conselho de Avaliação

não se reune emu ma data especifica, mas sempre que há necessidade para

traçar novas estratégias e encaminhamentos para que a aprendizagem

aconteça a contento.

Dentre as ações do Conselho Escolar podemos destacar a de:

• Emitir parecer sobre assuntos referentes ao aproveitamento pedagógico

dos educandos, respondendo a consultas feitas pelo diretor, pela equipe

pedagógica ou pelo educando interessado;

• Analisar as informações apresentadas pelos diversos professores sobre

cada educando, quanto às atitudes e domínio dos conteúdos, que

afetem o rendimento escolar na (s) disciplina (s) em curso;

• Analisar o desempenho dos educandos e dos professores, face aos

conteúdos e aos encaminhamentos metodológicos;

• Propor medidas para melhoria do aproveitamento, integração e

relacionamento dos educandos e professores;

• Estabelecer projetos viáveis de recuperação dos educandos, em

consonância com a proposta curricular;

• Opinar sobre os procedimentos a serem utilizados nas diversas Áreas de

conhecimento.

12.3 – CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é o órgão máximo para a tomada de decisões

realizadas no interior de uma escola. Este por sua vez é formado pela

representação de todos os segmentos que compõem a comunidade escolar. E

desempenha funções tais como:

• Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola e

acompanhar sua execução;

• Discutir junto à comunidade geral sobre a proposta educativa e os

encaminhamentos realizados para combater eventuais problemas e

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desafios que encontram no desenvolvimento da educação no âmbito da

instituição;

• Acompanhar a execução das ações pedagógicas, administrativas e

financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas das

escolas e a qualidade social do cotidiano escolar;

• Aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário Escolar, observada

a legislação vigente e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da

Educação;

• Zelar pelo cumprimento e defesa dos direitos dos Adolescentes, com

base na Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente;

• Promover a participação, de forma integrada, dos segmentos

representativos da escola e da comunidade local em diversas atividades;

• Acompanhar e colaborar na elaboração do Plano de Ação Annual da

instituição;

• Definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escolar mediante

Planos de Aplicação, bem como prestação de contas desses recursos,

em ação conjunta com a Associação de Professores, Alunos e

Funcionários – APAF;

• Dentre outras necessidades do dia a dia.

XIV – Proposta de Articulação de Transição

Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos

(EJA) requer conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como

um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento

afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou

culturais.

A EJA deve contemplar ações pedagógicas específicas que levem em

consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não obteve

escolarização ou não deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas

vezes, alheios à sua vontade, e para que esse “retorno” ou ingresso a esta

modalidade seja tranquila são realizados atendimentos individualizados e

encaminhamentos de acordo com as especificidades e necessidades de cada

aluno.

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12.4 – PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

A Hora Atividade constitui-se no tempo reservado aos professores em

exercicío de docência para:

• Participar de cursos de Formação Continuada ofertados pela

mantenedora;

• Planejar ações e intervenções com base no diagnóstico da realidade

escolar, tendo como subsídios o Projeto Pelítico Pedagógico, a Proposta

Pedagógica Curricular, o Plano de Trabalho Docente e o Plano de Ação

da instituição de ensino;

• Participar em atividades de estudos, reuniões técnicas pedagógicas;

• Participar de grupos disciplinares e interdisciplinares de professores,

objetivando o planejamento e o desenvolvimento de ações necessárias,

relativas ao Plano de Ação da instituição;

• Planejar ações de intervenção didático-pedagógicas para os(as)

estudantes com dificuldades no seu desempenho escolar;

• Discutir e planejar encaminhamentos teóricos-metodológicos no intuit de

obter uma prática pedagógica interdisciplinary;

• Implementar ações pedagógicas, inerentes a hora-atividade, definidas

pelo coletivo escolar e também solicitadas pela equipe pedagógica,

direção, Núcleo Regional de Educação e Secretaria Estadual de

Educação;

• Analisar e planejar ações de intervenção sobre os resultados avaliativos

internos e externos dos (as) estudantes, com vista ao planejamento das

ações pedagógicas, a fim de melhorar o processo de ensino-

aprendizagem.

A mesma será organizada de forma concentrada de acordo com a instrução

10/2016 – SUED/SEED, respeitando-se as particularidades da Modalidade e de

acordo com orientações da EJA, considerando as especificidades desta

modalidade.

12.5 – GRÊMIO ESTUDANTIL

O grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse

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dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e

sociais, sem caráter político -partidário, religioso e racial.

O grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola.

Atuando nele, o aluno defende seus direitos e interesses e aprende ética e

cidadania na prática, além de apoio na gestão colegiada democrática, sendo

considerados sócios todos os alunos matriculados com frequência.

De acordo com o Estatuto do Gremio Estudantil deste estabelecimento de

ensino os mandatos de cada chapa eleita terão a duração de dois anos.

Os Grêmios Estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da

nossa juventude. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes

estabelecimentos de ensino secundário, nasceram também os Grêmios

Estudantis, que cumpriram sempre um importante papel na formação e no

desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude,

organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios

esportivos e outras festividades.

As atividades dos Grêmios Estudantis representam para muitos jovens os

primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os Grêmios

contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional

de grande parcela da nossa juventude.

Com a redemocratização brasileira, as entidades estudantis voltaram a ser

livres, legais, ganhando reconhecimento de seu importante papel na formação

da nossa juventude. Em 1985, por ato do Poder Legislativo, o funcionamento

dos Grêmios Estudantis ficou assegurado pela Lei n. 7.398, como entidades

autônomas de representação dos estudantes.

O Grêmio Estudantil deverá ser composto por alunos e acompanhado por

um gestor/professor ou funcionário da escola.

XIII – PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE

13.1 – PROPOSTA DE COMBATE A EVASÃO ESCOLAR

Levando em conta que os sujeitos da EJA representam as mais variadas

e distintas situações vividas em seu cotidiano e que, embora únicos em suas

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características de existência, compartilham de uma mesma realidade social

marcada pelo trabalho como prioridade em suas vidas, é que se baseia o

objetivo do trabalho dos docentes e da EJA, buscando identificar causas,

analisar consequências e propor alternativas para a diminuição do índice de

evasão escolar de alunos trabalhadores na Educação de Jovens e Adultos e

para que este alcance o aprendizado significativo e entenda-se como ator de

sua própria história.

É feito acompanhamento constante da frequência e aproveitamento de

cada aluno através de ligações para as famílias, convocações para reuniões e

conversas na escola, adequação de cronograma individual para atender as

necessidades de cada aluno, até o encaminhamento ao Projeto Presença, que

é uma iniciativa e parceria entre o Juiz de Direito da Vara Criminal e Anexos,

Dr. Sérgio Decker, A Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal

de Assistência Social e a Secretaria Municipal de Saúde do Município de

Palotina. Trata-se de um Programa Social que tem por objetivo combater o

absenteísmo escolar, grave problema que assola nossas comunidades e do

qual indefectivelmente deriva a evasão, a baixa capacitação técnica, a

dificuldade para a inserção no mercado de trabalho, a dependência tóxica e o

ingresso na criminalidade. Este projeto tem caráter interdisciplinar e visa a

coibir as faltas discentes que extrapolem duas ocorrências.

O acompanhamento constante de cada aluno faz parte do cotidiano da

EJA, pois a evasão é muito presente, causada por N motivos, desde falta de

interesse até implicações do trabalho ou mudanças de horário.

13.2 – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Conforme estabelece a Lei 10.639/03 e a Lei nº 11.645/08 que institui a

obrigatoriedade do ensino de história e cultura Afro-brasileira, africana e

indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio estaduais e

particulares, a Resolução Nº 3399/2010 – GS/SEED que foi alterada pela e

Orientação nº 001/2014 – DEDI/CERDE/CEEI que regulamenta a composição

das equipes multidisciplinares (EM) nos estabelecimentos de ensino da rede

estadual de educação e a Instrução 010/2010 – SUED/SEED que define as

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atribuições e a organização das equipes multidisciplinares, fica assim composta

a EM do CEEBJA PALOTINA, seguindo os critérios abaixo: Estabelecimentos

de Ensino que tenham de 501 a 1000 alunas(os) a EM deve ser constituída por

22 integrantes, sendo 18 da rede estadual, respeitando a representatividade de

cada segmento (02 pedagogas(os), 02 agentes educacionais I e 02 Agentes

educacionais II, 03 professoras(es) da área humana, 03 da área de exatas e 03

da área de biológicas) e 02 convidadas(os) (instancias colegiadas, movimentos

sociais negros, quilombolas e indígenas, quando houver) e obrigatoriamente 02

representantes dos alunos.

Silvia Benedita Oliveira de Vargas

Cláudia Marchioro Piva

5.751.679-8

7.592.072-5

Representantes da Equipe Pedagógica

Ionara Ana Manfrin

Renata Cristina Delai

Edelar Bulegon

Luzia Ferreira de Almeida

6.176.426-7

5.751.747-6

5.506.602-7

4.236.807-5

Representantes da Área de Ciências Humanas

Tânia Maria Delai

Gerso Gavião

3.511.248-0

5.751.719-0

Representantes dos Agentes Educacionais II

Eunice Daniel

Paula Custódio Furtado de Oliveira

4.238.237-0

8.564.240-5

Representantes dos Agentes Educacionais I

Rodrigo Marcos Welter

Roseli Mafalda Zanella

6.502.150-1

714.862-9

Representantes das Instâncias Colegiadas

Eliane Maria Vicensi

Rosana Ferreira Terra

Marilene Terezinha Borin

Maristela Piccin

5.820.705-5

3.992.084-0

4.840.511-8

7.910.519-8

Representantes da Área de Linguagens

Iliana Salete Delai Ribeiro

Lucinda Rodrigues da Silva Freier

3.022.717-4

4.904.455-0

Representantes da Área de Exatas

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Luciane Borges Hidalgo

Valéria Cristina Zimmermann

12.339.445-0

9.520.717-0

Representantes dos Alunos

13.3 – PROPOSTA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

“É um processo sistemático de identificação de méritos e de valores, de

fatos e de expectativas; é uma atividade complexa que envolve: múltiplos

instrumentos; diferentes momentos; diferentes agentes” (INEP/CONAES 2006).

A Avaliação Institucional será realizada anualmente envolvendo todos os

segmentos da comunidade escolar com o objetivo de avaliar ações

pedagógicas desenvolvidas na instituição de ensino para redimensionar o

processo educativo com vistas à melhoria na qualidade da educação.

13.4 – PROPOSTA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL

Pensando na realidade atual em que a EJA se torna aos poucos cada

vez mais inclusiva, e recebe cada vez mais alunos com necessidades

educacionais especiais?

Segundo Freire (1987) o direito à educação não se reduz somente a

estar na escola, mas sim em aprender. E, aprender para tomar consciência de

seu estado de opressão, para que assim possa se libertar daqueles que o

oprimem. E para que os jovens e adultos possam aprender adequadamente, é

preciso considerar o conhecimento que estes estudantes possuem. Em geral,

os estudantes da EJA possuem uma considerável experiência de vida e já

aprenderam diferentes coisas em diferentes contextos pela necessidade que a

vida lhes impõe estes alunos têm conhecimento, ainda que inadequados do

ponto de vista escolar, daquilo que se discute em sala de aula. Se para uma

criança, que possui uma experiência de vida menor, este conhecimento é de

grande relevância para a aprendizagem e motivação, não seria diferente para

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um jovem ou adulto que está na sala de aula como estudante. Franzi (2010,

p.2) explica que “não é tarefa fácil o reconhecimento do sujeito jovem e adulto

que tem pouca ou nenhuma inserção no mundo escolar como um sujeito que

possui saberes”. Apesar disto, desconsiderar esta realidade pode, não

somente tornar o processo de aprendizagem menos efetivo, mas também,

desmotivar os alunos.

Respeitando a Deliberação CEE/PR 02/2003 e o Parecer 04/14 –

CEE/PR, os alunos são atendidos por cada professor de cada disciplina de

acordo com as suas possibilidades, individualmente, mesmo na Organização

Coletiva, para que eles tenham uma aprendizagem significativa.

Além da flexibilização curricular são levados em conta os conhecimentos

prévios dos alunos e as dificuldades específicas, feita adaptação de

metodologias e atividades bem como o acompanhamento da Equipe

Pedagógica e da Equipe Diretiva.

13.5– PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada é um desafio para todas as redes e níveis de

ensino. Os professores da rede pública estadual de ensino do Paraná tem

acesso á Formação Continuada garantiada em Calendário Escolar, as

formações disponíveis por disciplinas no site Dia a Dia e nas Horas-atividades

Concentradas, bem como nas capacitações que cada profissional busca

individualmente.

13.6 – PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico deve ser revisto anualmente face as

estratégias utilizadas no diagnóstico, os princípios didáticos-pedagógicos

definidos, o planejamento das ações, as tomadas de decisões coletivas e a

execução das ações por todos os segmentos da comunidade escolar.

O P.P.P. será avaliado a cada ano nas paradas pedagógicas da Escola

ou sempre que se fizer necessário, com o envolvimento dos Professores,

Funcionários, Equipe Pedagógica, APAF, Conselho Escolar e Direção.

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13.7 – ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da

SEED, oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional,

desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25

de setembro de 2008.

13.8 – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

O Plano de Ação visa avaliar a interação da escola com a comunidade,

(Re)conhecer ferramentas de gestão da escola na perspectiva da sociedade de

direitos, Planejar o envolvimento da comunidade escolar nas metas da escola,

rever ações que foram planejadas; propor situações que merecem destaque e

investimento. O Plano de Ação é revisto e realimentado semestralmente com a

participação de toda comunidadade escolar. (Plano de Ação da Escola em

anexo).

XXIV – PROGRAMAS/PROJETOS

14.1 – BRIGADA ESCOLAR

O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria

da Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria –

Divisão de Defesa Civil, que visa promover a conscientização e a capacitação

da Comunidade Escolar do Estado do Paraná, para ações de enfrentamento de

eventos danosos, naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de

situações emergenciais no interior das escolas.

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O Plano de Abandono consiste na retirada, de forma segura, de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio de execução de

exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em

calendário escolar.

Este programa tem como objetivos: construir uma cultura de prevenção

a partir do ambiente escolar; proporcionar aos alunos da rede estadual de

ensino condições mínimas para enfrentamento de situações emergenciais no

interior das escolas; promover o levantamento das necessidades de adequação

do ambiente escolar; articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil

Estadual, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar

Comunitária) e dos Núcleos de Educação; adequar as edificações escolares

estaduais às normas mais recentes de prevenção contra incêndio e pânico do

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.

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14.2 – PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLAR

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XV – ATA DE APROVAÇÃO DO PPP PELO CONSELHO ESCOLAR

XVI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica

para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São

Paulo : Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. (5ª)

Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).

Conselho Estadual de Educação - PR

- Deliberação 011/99 – CEE.

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- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 005/98 –CEE.

- Deliberação 008/00 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.

- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

Resolução 03/98 – CEB. Constituição Brasileira – Artigo 205. DELORS, J.

Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC :

UNESCO, 1998. DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas,

SP : Papirus, 1997. DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA

Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. mimeog. DI PIERRO;

Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog. DI PIERRO;

Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de

Jovens e Adultos. mimeog.

- Decreto 2494/98 da Presidência da República.

- Decreto 2494/98 da Presidência da República. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

2005. LDBEN nº 9394/96. OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação

Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004. Parâmetros

Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros

Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros

Curriculares Nacionais Ensino Médio. Plano Nacional de Educação – Educação de

Jovens e Adultos. SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.

SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova

LDBEN. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como

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72

entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição. PARANÁ,

Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar. Curitiba,

2004. PÉREZ, Maria Paz. Como Detector las Necesidades de Intervicion –

Socioeducativo. Narcea, Madrid, 1991.

www.fisica.furg.br/mea/remea/vol4c/daneil,htm. Metodologia para

Implementação da EA em Escolas. Acessado em 01/07/2004.

www.manuelzão.ufmg.br/subprojetos/cartilha/cap/cap14.htm. Capítulo 14.

Manuelzão vai à Escola: A Participação da Educação. Acessado 20/01/2004.

XVII – ANEXOS

Anexo I – Plano de abandono da Brigada Escolar

PLANO DE ABANDONO – CEEBJA PALOTINA

ORIENTAÇÕES:

1 – Ao ouvir dois sinais curtos e um longo iniciar o procedimento de evacuação do prédio;

2 - A saída começará primeiro pelo térreo e primeiro piso e em seguida o segundo piso, sempre pela primeira sala próxima a saída e assim sucessivamente;

3 – A ordem de saída da sala começará pelo aluno que estiver mais próximo da porta, todos seguindo em fila indiana e pela direita até o ponto de encontro;

4 – Todos os alunos sairão com os braços cruzados sobre o peito, conforme figura

5 – O professor será o último a sair, somente depois de conferir se não tem mais ninguém na sala, fechará a porta e fazer um traço na diagonal na mesma;

6 – Os alunos permanecerão em fila e o professor deverá conferir se todos os alunos que estavam na sala estão no Ponto de Encontro;

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Anexo II – Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar

PLANO DE AÇÃO – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR – 2016/2018

1 – IDENTIFICAÇÃO

* DENOMINAÇÃO: Centro Estadual de Educação para Jovens e Adultos /

Palotina

* ENDEREÇO: Rua Monteiro Lobato – 1038 / Centro

* CEP: 85950-000

* TELEFONE: (44) 3649-5214

* E-MAIL: [email protected]

* MUNICÍPIO: Palotina – Paraná

* LOCALIZAÇÃO: Zona Urbana

* NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO: Toledo

* ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

* PERÍODO DA ATUAÇÃO: 2016 a 2018

* EQUIPE MULTIDISCIPLINAR:

Silvia Benedita Oliveira de Vargas

Cláudia Marchioro Piva

5.751.679-8

7.592.072-5

Representantes da Equipe Pedagógica

Ionara Ana Manfrin

Renata Cristina Delai

6.176.426-7

5.751.747-6

Representantes da Área de Ciências Humanas

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Edelar Bulegon

Luzia Ferreira de Almeida

5.506.602-7

4.236.807-5

Tânia Maria Delai

Gerso Gavião

3.511.248-0

5.751.719-0

Representantes dos Agentes Educacionais II

Eunice Daniel

Paula Custódio Furtado de Oliveira

4.238.237-0

8.564.240-5

Representantes dos Agentes Educacionais I

Rodrigo Marcos Welter

Roseli Mafalda Zanella

6.502.150-1

714.862-9

Representantes das Instâncias Colegiadas

Eliane Maria Vicensi

Rosana Ferreira Terra

Marilene Terezinha Borin

Maristela Piccin

5.820.705-5

3.992.084-0

4.840.511-8

7.910.519-8

Representantes da Área de Linguagens

Iliana Salete Delai Ribeiro

Lucinda Rodrigues da Silva Freier

3.022.717-4

4.904.455-0

Representantes da Área de Exatas

Luciane Borges Hidalgo

Valéria Cristina Zimmermann

12.339.445-0

9.520.717-0

Representantes dos Alunos

Silvia Benedita Oliveira de Vargas

Cláudia Marchioro Piva

5.751.679-8

7.592.072-5

Representantes da Equipe Pedagógica

2- INTRODUÇÃO

A Equipe Multidisciplinar é legitimada pelo Artigo 26A da LDB, Lei nº

9394/96, pela Deliberação nº 04/06 CEE/PR, pela Instrução nº 017/06

SUED/SEED, pela Resolução nº 3399/10 SUED/SEED e a Instrução nº 010/10

SUED/SEED, sendo um espaço de debate, e de ações pedagógicas que

fortaleçam a implementação da Lei nº 10.639/03 e da Lei nº 11.645/08, bem

como das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena no currículo escolar das instituições de ensino da rede pública

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estadual e escolas conveniadas do Paraná. (Acesso em 10 de novembro de

2015. (Disponível em www.diaadiaeducacao.pr.gov.br).

Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade, da

consolidação da política educacional e da construção de uma cultura escolar

que conhece, reconhece, valoriza e respeita a diversidade étnico-racial, as

Equipes Multidisciplinares tem como prerrogativa articular os segmentos

profissionais da educação, instâncias colegiadas e comunidade escolar e levar

aos educandos a perspectiva da valorização dos povos Indígenas e Africanos e

afrodescendentes na formação do Povo Brasileiro e da cultura de nossa

Nação.

3 – OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS

* Atender ao disposto na Instrução nº 010/2010 – SUED/SEED, que prevê

as competências das Equipes Multidisciplinares das Escolas Estaduais e

sua organização de trabalho.

* Divulgar e produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que

garantam o respeito à pluralidade étnico-racial coibindo atitudes de

discriminação no ambiente escolar.

* Reorganizar os conteúdos programáticos e as atividades pedagógicas

juntamente com o corpo docente, de modo a incluir no Plano de

Trabalho Docente, na Proposta Pedagógica Curricular e no Projeto

Político-Pedagógico, estudos sobre história e cultura afro-brasileira e

indígena, desigualdades e relações raciais no Brasil.

* Selecionar materiais de estudo, divulgar aos professores e incentivar o

acesso aos sites do DEDI – Departamento da Diversidade.

* Promover debates, palestras e exposições sobre Relações Raciais,

História e Culturas Afro-brasileiras e Indígenas, além das diversas raças

que constituem o Brasil e a diversidade sexual.

* Compreender que as condições de preconceito, racismo, discriminação

em relação à população negra, indígena ou de qualquer outra raça,

provocaram desvantagem, fragilidade e vulnerabilidade aos sujeitos;

* Mobilizar e sensibilizar os profissionais da educação para a reeducação

do olhar sobre as contribuições próprias da História e Cultura Africana,

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Afro-brasileira, Indígena e multiétnica as quais contribuem para o

desenvolvimento de uma sociedade democrática, multicultural e

pluriétnica.

* Participar do evento da Equipe Multidisciplinar – 2013 com carga horária

de 60 horas.

* Organizar a Semana da Consciência Negra e Multiétnica.

* Reservar, no ambiente de trabalho, um espaço para organização do

acervo bibliográfico e outros materiais a serem utilizados no referido

trabalho, sendo de conhecimento e acesso de todos os profissionais da

Educação.

* Dialogar e informar a comunidade escolar para que as ações

estabelecidas pela Equipe Multidisciplinar sejam efetivamente

desenvolvidas.

* Primar pela Formação Continuada da Equipe.

3 – JUSTIFICATIVA DAS AÇÕES A SEREM REALIZADAS

O presente plano de ação atende os dispositivos da Lei 10.639/2003 e a

Lei 11.645/2008, que determinou a obrigatoriedade da temática “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial da rede de Ensino

Fundamental e Médio nas escolas. Pensar na possibilidade de implantação de

uma educação mais inclusiva, inserindo a Educação para as Relações

Etnicorraciais (ERER), impõe uma organização nas práticas educativas e para

isso, se faz necessário, promover fundamentações teóricas e metodológicas

sobre o tema.

Considerando que a instituição escolar é um espaço de formação de

cidadãos, tal medida é de suma importância para valorizar e respeitar a

diversidade ética e cultural da história dos povos africanos, indígenas e da

cultura afro-brasileira, estes conteúdos serão trabalhados em sala de aula em

sistema de oficinas, debates, seminários, atividades artísticas e/ou culturais,

entre outras para levar a todos a compreensão das leis 10.639 e 11.645 e suas

implicações no dia a dia, bem como a necessidade de retomar a importância e

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valorização destes povos para a formação do povo, da cultura e do nosso país,

enquanto nação.

Nessa perspectiva, será voltado à reflexão e conscientização das

Relações Étnico- Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena, promovendo uma mudança de comportamento de maneira

positiva, em relação à posição ocupada pelos negros e indígenas na

sociedade. Além disso, outros povos e raças também serão estudados, uma

vez que o preconceito não se faz presente somente em relação aos indígenas

ou afro-brasileiros, mas também aos japoneses, chineses, árabes, entre outros.

Todas as ações contempladas no Plano serão embasadas pela

concepção de educação proposta no PPP da escola e Legislação vigente.

Trata-se principalmente de desenvolver na prática pedagógica, ações que

estabelecem o respeito entre os seres humanos.

Os encontros da Equipe Multidisciplinar propiciaram além do debate e do

estudo das questões relativas ás Leis 10.639 e 11.645, a troca de ideias e

experiências e a intervenção junto aos demais colegas da escola para o

desenvolvimento de atividades relativas á temática que estimulassem a

mudança de opinião e a valorização destes povos, entendendo suas

individualidades e perspectivas.

4 – AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

* Acompanhamento juntamente com o Conselho Escolar no

enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente

escolar.

* Estabelecimento de ações atribuídas pelo Plano Nacional de

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e

para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

* Disponibilizar um período na Semana Pedagógica para trabalhar

educação das relações étnico-raciais.

* Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de

detectar se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações

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Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana

e Indígena.

* Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura

Afro-brasileira, Africana, Indígena, Multiétnica e a diversidade sexual

com o envolvimento de todas as disciplinas.

* Participação do evento da Equipe Multidisciplinar – 2013 com carga

horária de 60 horas.

* Reservar, no ambiente de trabalho, um espaço para organização do

acervo bibliográfico e outros materiais a serem utilizados no referido

trabalho, sendo de conhecimento e acesso de todos os profissionais da

Educação.

* Estudo dos materiais orientadores do trabalho dispostos na orientação

002/DEDI.

* Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência

Negra que será aplicada também como Semana Multiétnica.

* Divulgação das atividades realizadas no site da Escola.

5 – CRONOGRAMA

Mês Ação

Junho * Adequações do Plano de Ação; * Apresentação dos temas que serão abordados.

Julho a Outubro

* Reuniões e grupos de estudos para análise de documentos relacionados aos temas;

* Pesquisas bibliográficas buscando enriquecer o trabalho dos professores em suas respectivas disciplinas;

* Participação em reuniões e encontros promovidos pelo NRE e SEED;

* Elaboração de material referente à questão da cultura afro e indígena para subsidiar o trabalho dos professores;

* Elaboração de atividades artísticas referentes a cultura afro-brasileira e outras culturas.

Novembro * Promoção de eventos artísticos e culturais relacionados ao Dia da Consciência Negra e Multiétnica.

* Seminário

6 – AVALIAÇÕES DAS AÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE

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As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar,

considerando que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de

planejamento. Nessa perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva

em reuniões juntamente com os membros do Conselho Escolar e pela

comunidade escolar.

As avaliações servirão como subsídios para rever as ações

implementadas no decorrer do ano letivo.

A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do

trabalho, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem

tomadas. É parte integrante do processo de construção das ações e

compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e

sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É

também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a

dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto

de chegada.

A avaliação do trabalho da Equipe ocorrerá em grupos de discussões e

análises dos resultados alcançados, bem como do empenho e participação

ativa de todos os membros que compõem a equipe nas ações realizadas.

Avaliação do trabalho da equipe pela comunidade escolar acontecerá ao

término dos eventos realizados como: seminários, palestras e outros eventos

artísticos organizados (por meio de fichas de avaliação do desempenho e

sugestões).

Referências Bibliográficas

BRASIL. Lei no 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm >. Acesso em: 30 abr.

2013.

JAROSKEVICZ. E.M.I. RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAS, HISTÓRIA, CULTURA

AFRICANA E AFRO- BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO PÚBLICA: DA

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LEGALIDADE À REALIDADE. Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivo

s/229-4.pdf. > Acesso em: 30 abr. 2013.

Lei n.° 11. 645, de 10 de março de 2008. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso em:

30 abr. 2013.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação do Campo.

Disponível em: <

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/caderno_te

matico_campo01.HYPERLINK

"http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/caderno_t

ematico_campo01.pdf"pdf > Acesso em: 25 abr. 2013.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação Escolar Indígena.

Disponível em: <

http://educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/educacao_escolar_indigena.

pdf> Acesso em: 29 abr. 2013

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educando para as relações

étnico- raciais. Disponível em: <

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cader

nos_tematicos/caderno_tematico_raciais.pdf > Acesso em: 25 abr. 2013

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Sexualidade. Disponível em: <

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/cad

erno_tematico_sexualidade.pdf. > Acesso em: 25 abr. 2013

CUNHA,Jr. Henrique. Tecnologias Africanas. CEAP:Rio de Janeiro, 2010

Anexo III – Calendário Escolar

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE- Toledo

CEEBJA PALOTINA

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Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos

Município: Palotina

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018

Efetivo trabalho escolar – Delib. 02/02-CEE/PR: semana pedagógica (04 dias); formação em ação (01 dia); planejamento (02) dias; formação em ação disciplinar (01 dia). Dias e horas não computados para cumprimento da exigência legal para os alunos.

Janeiro

Fevereiro

Março

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6

1 2 3

1 2 3

7 8 9 10 11 12 13

4 5 6 7 8 9 10 10 4 5 6 7 8 9 10 20

14 15 16 17 18 19 20

11 12 13 14 15 16 17 Dias 11 12 13 14 15 16 17 Dias

21 22 23 24 25 26 27

18 19 20 21 22 23 24

18 19 20 21 22 23 24 28 29 30 31

25 26 27 28

25 26 27 28 29 30 31

1 Dia Mundial da Paz

13 - Carnaval - 14 - Cinzas

29 - Feriado Municipal 30 - Paixão

Abril

Maio

Junho

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7

1 2 3 4 5

1 2

8 9 10 11 12 13 14 20 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 20

15 16 17 18 19 20 21 Dias 13 14 15 16 17 18 19 Dias 10 11 12 13 14 15 16 Dias

22 23 24 25 26 27 28

20 21 22 23 24 25 26

17 18 19 20 21 22 23

29 30

27 28 29 30 31

24 25 26 27 28 29 30

1 - Páscoa 21 Tiradentes

1 Dia do Trabalho - 31 Corpus Christi

Julho

Agosto

Setembro

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7 10 1 2 3 4

1

8 9 10 11 12 13 14 Dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 21

12 13 14 15 16 17 18 Dias 9 10 11 12 13 14 15 Dias

22 23 24 25 26 27 28 4 19 20 21 22 23 24 25

16 17 18 19 20 21 22

29 30 31

Dias 26 27 28 29 30 31

23 24 25 26 27 28 29

30

25 - Feriado Municipal

7 Dia do Funcionário de Escola

7 Independência

Outubro

Novembro

Dezembro

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

1 2 3

1

7 8 9 10 11 12 13 20 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 13

14 15 16 17 18 19 20 Dias 11 12 13 14 15 16 17 Dias 9 10 11 12 13 14 15 Dias

21 22 23 24 25 26 27

18 19 20 21 22 23 24

16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 31

25 26 27 28 29 30

23 24 25 26 27 28 29

30 31

12 N. S. Aparecida

2 Finados

19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor

15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Início/Término das aulas Férias Discentes

Férias/Recesso/Docentes

Planejamento

MÊS DIAS

MÊS DIAS

Férias

janeiro/fev 44

janeiro/ férias 30

Recesso

julho 8

fev/recesso 12

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Semana Pedagógica

dezembro 10

julho/recesso 7

Feriados

recessos 3 dez/recesso 6

Formação e Ação

Total 65 outros recessos 3

Fechamento do ano letivo

Total 58 Formação disciplinar - 01 (um) dia, a ser determinado pelo NRE e DEB/SUED

Plano de abandono

Consciência Negra

Dias Letivos 1º Semestre 101

Atividade Recreativa

Dias Letivos 2º Semestre 99

Total Dias Letivos 200

Palotina, 30 de Outubro de 2017

Anexo IV – Plano de Ação da Escola

DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA

Reflexão

Desafios

PÚBLICO ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA

RESPONSÁVEL

torná-la conhecida dos novos professores que integram o quadro para 2016, rever com todo o grupo, realimentar e readequar se necessário.

A Proposta pedagógica curricular (PPC) é definida e conhecida por todos?

Direção, Professores, Equipe Pedagógica e Administrativa.

Leituras, discussões e realimentação se for necessário.

Reunião Pedagógica

Direção,Professores, Equipe Pedagógica e Administrativa

Os docentes elaboram e cumprem o que está pevisto no PTD?

Reelaboração do PTD Professores e Equipe Pedagógica

Leituras, discussões e realimentação do PTD em consonância com a PPC e o PPP

Início do Ano Letivo ( Planejamento)

Direção, Professores e Equipe Pedagógica.

Há contextualização dos conteúdos disciplinares?

Encontrar os pontos convergentes de cada disciplina - trabalho interdisciplinar.

Professores e Equipe Pedagógica

Discussões, encontro entre as diferentes disciplinas, troca de experiências.

Nas horas-atividade (Ano letivo)

Professores, Equipe Pedagógica

Há variedades de estratégias e recursos de ensino-aprendizagem utilizados pelos docentes?

Continuar desenvolvendo atividades diversificadas e significativas

Alunos

Pesquisa, elaboração de atividades, filmes, laboratórios, internet...

Durante o ano letivo

Professores, Equipe Pedagógica e Direção

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Há atendimento Educacional Especializado/AEE

Termos um profissional contratado para desenvolver esse trabalho.

Alunos

Discutir junto ao Departamento de Educação Especial a necessidade e urgência em termos esse profissional atuando dentro da EJA.

No início do ano letivo

Seed/NRE

As questões socio-educacionais são consideradas nas práticas pedagógicas?

Levar o aluno a perceber que ele pode mudar de vida através do conhecimento(escola) na medida que ele é capaz de tomar decisões.

alunos

orientar o aluno quanto as consequências de seus atos; mostrar que através de atos de responsabilidade ele pode estudar e mudar de vida, ajudar a se fortalecer e tomar decisões; apontar-lhe caminhos...

Durante o ano letivo

Direção, Equipe Pedagógica e Professores

Há um

planejamento da

equipe

pedagógica

acerca da

conclusão do

nível de ensino

para o

estudante da

EJA?

Levar o educando a entender a importancia de seguir o cronograma, participar das aulas, cumprir aos deveres de alunos e ser assiduo ao seu compromisso. Alunos

Explicar o cronograma e mostrar as diversas possibilidades de conclusão das disciplinas ( atendimento da Organização Coletiva, Individual, ENEM, Encceja, On Line...)

Quando do ingresso do aluno

Direção, Equipe Pedagógica e Professores

Planejamento e Elaboração dos PTDs Alunos Conhecer a PPC, PPP, DCEs e elaborar o PTD

Semana Pedagógica

Direção, Equipe Pedagógica e Professores

replanejamento em consonância com

a PPC, PPP e DCEs

DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

Reflexão DESAFIOS PÚBLICO ALVO

Ações a serem realizadas

CRONOGRAMA

RESPONSÁVEL

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É realizado o acompanhamento periódico e contínuo do processo de aprendizagem dos alunos e promovida a recuperação paralela, se necessária, pelos docentes ?

Conscientizar os alunos da importância das avaliações para seu processo de aprendizagem

Alunos

Conversas individuais, feedback, acompanhamento da frequência e rendimento, contato com os pais/responsáveis

A cada Registro de Nota.

Equipe Pedagógica, Professores e Direção

Há diversificação dos instrumentos de avaliação dos alunos, considerando as especificidades e metodologias utilizadas pelos docentes?

Continuar buscando instrumentos de avaliação diversificados que atendam as especificidades da modalidade.

Alunos

Pesquisas e troca de materiais e experiências entre os professores

Durante o Ano Letivo

Professores e Equipe Pedagógica

São utilizados os indicadores oficiais de avaliação das escolas e redes de ensino para (re)planejamento da prática pedagógica?

não participamos dos indicadores

não participamos dos indicadores

não participamos dos indicadores

não participamos dos indicadores

não participamos dos indicadores

Há formas de avaliação da atuação dos profissionais da escola?

Instituir uma forma de avaliação Institucional interna da Escola de todos os profissionais da Educação

Professores e funcionários

Elaborar uma ficha de avaliação Institucional

Semestral Direção e Equipe Pedagógica

Há inserção dos alunos no mundo do trabalho? (para os colégios com Educação profissional)

Não atendemos Educação Profissional

Não atendemos Educação Profissional

Não atendemos Educação Profissional

Não atendemos Educação Profissional

Não atendemos Educação Profissional

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OUTROS

DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

REFLEXÃO

DESAFIOS

PÚBLICO ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS

CRONOGRAMA

RESPONSÁVEL

Há abandono da escola pelos alunos? O documento Caderno do Programa Combate ao Abandono Escolar é conhecido e suas orientaçãoe são efetivadas?

Diminuir o índice de evasão escolar

Alunos

Conscientização de horários de chegada e saída, bem como da importância do estudo. Conversa com os pais, encaminhamentos conforme Regimento Escolar.

Durante o Ano Letivo

Direção, Equipe Pedagógica e Professores

Há formas de acolhimento e de recuperação de conteúdos para os alunos que retornam do abandono?

Retomar todos os conteúdos de forma significativa e adaptação de novo cronograma

Alunos

Encaminhar para retomada de conteúdos para a Organização Individual, montar novo cronograma de aulas e disciplinas para adequar as possibilidades do aluno

Durante o Ano Letivo

Equipe Pedagógica e Professores

A escola tem formas de atender aos alunos com

Falta de professor especialista em Educação Especial para

Alunos com necessidades Especiais e com

Contratação de professor Especialista

Início do Ano Letivo

SEED/NRE

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defasagem de aprendizagem?

atender a demanda da Escola

dificuldades de aprendizagem

A escola com educação profissional possui parcerias para estágios?

Não atendemos esta modalidade

Não atendemos esta modalidade

Não atendemos esta modalidade

Não atendemos esta modalidade

Não atendemos esta modalidade

A escola propõe formas de melhorar a qualidade de ensino e a taxa de aprovação?

Incentivar a permanência dos alunos na escola e aumentar a taxa de concluintes das disciplinas.

Alunos

Trabalhar de forma diversificada ( dinâmicas de grupo, palestras, jogos) que proporcione aprendizagem significativa.

Durante o Ano Letivo

Direção, Equipe Pedagógica e Professores

Outros

DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO

AÇÕES CRONO-

RESPONSÁVEL AÇÕES A SEREM

REALIZADAS GRAMA

(QUANDO

FAZER)

O ambiente da escola é cooperativo e solidário?

Manutenção deste ambiente saudável entre professores, alunos e comunidade escolar.

Professores, Funcionários, Alunos e Comunidade Escolar.

Promover palestras, atividades integradoras, visitas, dinâmicas, filmes, debates, seminários, campanhas.

Durante o Ano Letivo

Direção, Equipe Pedagógica, Professores.

Há Continuar o processo Alunos e Pais Apresentação da Início e Direção, Equipe

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comprometimento entre professores, alunos e pais?

de conscientização de alunos e pais quanto ao compromisso com a escola e com o aprendizado.

Escola, das formas de atendimentos, do regulamento, acompanhamento da aprendizagem e da frequência. Conversa com pais, palestras (Juiz, Promotor, Agentes de Saúde)

durante o ano letivo

Pedagógica, Professores.

Há respeito entre todos na escola?

Continuar o processo de conscientização de alunos a aprender a conviver com as diferenças.

Alunos

Palestras com especialistas, dinâmicas de grupos, atividades coletivas, visitas, conversas individualizadas

Durante o Ano Letivo

Direção, Equipe Pedagógica, Professores.

Há discriminação ou preconceito evidenciado na escola?

Continuar o processo de conscientização de alunos a aprender a conviver com as diferenças.

Alunos

Palestras com especialistas, dinâmicas de grupos, atividades coletivas, visitas, conversas individualizadas

Durante o Ano Letivo

Direção, Equipe Pedagógica, Professores.

A disciplina existente no espaço escolar permite a atenção necessária aos processo de ensino eaprendizagem?

Desenvolver o interesse do aluno no processo de ensino aprendizagem.

Alunos Trabalhar o Regimento Escolar

Durante o Ano Letivo

Direção, Equipe Pedagógica, Professores.

OUTROS

DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)

REFLEXÂO DESAFIOS PÚBLICO ALVO

AÇÕES CRONO-

RESPONSÁVEL (O QUE FAZER) GRAMA

(QUANDO

FAZER)

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Todos os profissionais da escola participam da Semana Pedagógica?

Todos os profissionais tenham a possibilidade de participar, tanto Efetivos como Contratados.

Professores e Funcionários Efetivos e Contratados

Distribuição de aulas e funções com tempo hábil para que todos participem da SP.

Anterior a SP

SEED e NRE

Todos os profissionais da escola partticipam do Formação em Ação?

Continuar incentivando a participação

Professores e Funcionários Efetivos e Contratados

Proporcionar as capacitações por áreas e/ou disciplinas e funções.

Durante o ano letivo

SEED e NRE

A hora atividade é utilizada para cumprir seus objetivos, segundo a legislação?

Como a EJA trabalha por disciplinas, conciliar os dias conforme o cronograma de Hora Atividade (Res. 08/2015).

Professores

Dar autonomia para que a escola possa se organizar de acordo com suas necessidades especificas.

Início do ano letivo

SEED, NRE, Direção e Equipe Pedagógica

Há equipe multidisciplinar atuante na escola?

Sobrecarga de eventos que os professores participam.

Professores, Funcionários, Órgãos Colegiados e Comunidade Escolar

Sistema de curso semipresencial.

Durante o ano letivo

SEED, NRE, Direção e Equipe Pedagógica

Os estudos de Formação do professor PDE revertem em ações relevantes para a escola?

Otimizar a implentação dos projetos no cotidiano escolar.

Professores PDE, professores de sala.

Dar suporte, criar condições para que o professor consiga desenvolver o projeto.

Durante o ano letivo

SEED, NRE, Direção e Equipe Pedagógica, Professor PDE e Professores de Sala.

Os materiais disponíveis no portal da SEED são utilizados no formação dos professores?

Incentivar a utilização dos materiais por todos os professores.

Professores (PSS e concursos novos) e Equipe Pedagogica

Capacitação através do CRTE para utilização do portal.

Durante o ano letivo

SEED, NRE

A formação do professor especialista em

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Educação Especial ocorre de forma colaborativa com os professores das disciplinas?

Outros