PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Centro para Crianças e … · (Norma Técnica dos Serviços...

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Centro para Crianças e

Adolescentes

Espaço Com Viver

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Índice Parte I Introdução Apresentação do projeto História do bairro Público-alvo Localização física do CCA Estrutura e horário de funcionamento

Parte II Missão Visão Valores Parcerias Gestão do CCA Relacionamento entre o CCA e as famílias Relacionamento entre o CCA e a comunidade Equipe CCA

Parte III Diretrizes pedagógicas Fundamentos Dispositivos legais Metodologia Currículo Ambiente educativo Rotina Reuniões Formação das orientadoras socioeducativas

Parte IV Nosso desejo

Parte V Referências bibliográficas

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TecendoaManhã–JoãoCabraldeMeloNeto

Umgalosozinhonaoteceumamanha. Eleprecisarasempredeoutrosgalos. Deumqueapanheessegritoqueele eolanceaoutro;deumoutrogalo queapanheogritoqueumgaloantes eolanceaoutro;edeoutrosgalos

quecommuitosoutrosgalossecruzem osfiosdesoldeseusgritosdegalo,paraqueamanha,desdeumateiatenue,

sevatecendo,entretodososgalos. Eseencorpandoemtela,entretodos, seerguendotenda,ondeentremtodos, seentretendoparatodos,notoldo

(amanha)queplanalivredearmaçao. Amanha,toldodeumtecidotaoaereo que,tecido,seelevaporsi:luzbalao.

Parte I

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Introdução Este projeto tem como objetivo orientar educadores, famílias, igreja e comunidade sobre a atuação do Centro de Crianças e Adolescentes Espaço Com Viver. O Espaço com Viver é um Projeto do NADI - Núcleo Assistencial de Desenvolvimento Integral, que surgiu do desejo de dois pastores da Igreja Cristã da Família de Capão Redondo: Paulo Gomes e Ibrahim Adel Zaidan, no ano de 2002, com a intenção de contribuir de maneira efetiva com as necessidades da comunidade do Bairro Dom José, por meio da utilização dos espaços ociosos da instituição durante a semana. A missão do NADI é “Contribuir para a transformação das comunidades locais, promovendo o desenvolvimento integral de pessoas em situação de risco e vulnerabilidade social”. A visão do NADI é “Ser agente de transformação para o bem-estar integral na sociedade”. Esta proposta vai ao encontro das diretrizes da Prefeitura de São Paulo e Secretaria Nacional de Assistência Social em oferecer para crianças de 6 anos a 11 anos e 11 meses, atividades socioeducativas no horário oposto ao período escolar como forma de cumprir sua missão junto à população de São Paulo. Apresentação do projeto O Projeto Político-Pedagógico pretende definir a identidade do CCA com a indicação de caminhos a serem seguidos, propondo diretrizes de sua atuação por meio de atividades socioeducativas, a fim de estimular crianças, adolescentes e suas famílias em sua vivência como cidadãos de direitos e deveres na sociedade. O CCA é um espaço de referência para o desenvolvimento de ações socioeducativas com crianças e adolescentes, que buscam assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares e o convívio grupal, comunitário e social. (Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo - Assistência Social - Dez. 2012) Esta proposta foi elaborada com a colaboração das crianças participantes do CCA (1 reunião), com as famílias das crianças (1 reunião) e com a equipe (6 reuniões).

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História do bairro

O bairro surgiu não muito distante de M'Boi Mirim, nas imediações da Represa Guarapiranga, onde, segundo depoimento de antigos moradores do Jardim Ângela, as pessoas residiam e trabalhavam no centro da capital paulista. Na segunda década do século XX, o nome de Capão Redondo foi dado ao bairro por seus primeiros moradores.

A primeira ocupação do Capão Redondo aconteceu nas imediações do Parque Santo Dias e da EMEF Ricardo Vitiello nas confluências das Avenidas Solidariedade e Marmeleira da Índia com a Avenida Ellis Maas.

"Capão" é uma "porção de mato isolado no meio de um campo". O termo possui duas etimologias possíveis, ambas baseadas na língua tupi: "mato redondo", através da junção dos termos ka'a (mata) e pu'ã (redondo), e "intervalo de mata", através da junção dos termos ka'a (mata) e pa'um (intervalo).

Capão Redondo é um distrito pertencente à Subprefeitura do Campo Limpo, na região sudoeste do município de São Paulo, no estado de São Paulo - Brasil. Localiza-se a cerca de 18 quilômetros do marco zero da cidade.

Localização física do CCA Capão Redondo

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Área 13,6 km²

População (5°) 275.230 hab.(2010)

Densidade 202,38 hab/ha

Renda média R$ 711,37

IDH 0,782 - médio (79°)

Subprefeitura Campo Limpo

Região Administrativa Sul

Área Geográfica 7 (Sudoeste)

Público Alvo O CCA atende crianças 65 crianças de 6 a 12 anos e 11 meses da comunidade do bairro Dom José, da comunidade da igreja e pretende alcançar crianças em situação de risco de vulnerabilidade social assim que conseguir o convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo. Estrutura e horário de funcionamento Funciona na Igreja Cristã da Família de Capão Redondo, utilizando as dependências do Ministério Infantil no andar térreo da instituição. No período da manhã utilizamos 1 sala para a turma de 6 e 7 anos. No período da tarde utilizamos três salas: 1 sala para a idade de 6 e 7 anos, 1 sala para a idade de 8 e 9 anos e 1 sala para a idade de 10 a 12 anos e 11 meses, no período da tarde. Também são utilizados os banheiros, a cozinha, sala de biblioteca, espaço do salão de culto no andar superior e uma quadra ao lado da Igreja.

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O CCA Espaço Com Viver funciona de segunda a sexta-feira, das 8h00 – 12h30 e das 12h30 às 17h30. No último sábado de cada mês, realizamos uma reunião com as famílias com objetivo socioeducativo.

Parte II Missão Promoveroprotagonismosocialdascriançasesuasfamıliascomatuaçaonasociedadedeformaeticaecomexcelencia. Visão Ser referência na viabilidade do protagonismo social por meio de princípios e valores cristãos. Valores Amor ao próximo Ética e integridade Participação social Qualidade nas ações socioeducativas Parcerias O CCA constitui parceria com a Missão Aliança (www.missaoalianca.org.br), da qual recebe patrocínio para a manutenção de 70% do projeto, com a empresa PubliVídeo Nascimentos (www.publivideo.com.br) por meio de patrocínio financeiro, com o NCCV (www.nccv.org.br) com orientação institucional. Gestão do CCA A gestão do CCA é realizada pelo presidente da organização NADI, pela gerente do CCA, apoiada por consultoria externa nas áreas da Assistência Social, Gestão Organizacional e Gestão Socioeducativa. Tem-se como proposta, efetivar a gestão de forma participativa com a atuação sistemática de todos os participantes do Centro de Crianças e Adolescentes.

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“Em síntese: o planejamento é um processo “participativo”, em que participar significa compartilhar uma ação, fazer parte, tomar parte de um processo e não apenas estar presente em determinado espaço, emitir opinião, concordar, discordar, propor, decidir, avaliar. A participação fortalece a própria ação do planejamento, assim como lhe confere maior concretude e interface com a realidade”. (Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo - Assistência Social - Dez. 2012) Relacionamento com as famílias Pretendemos estabelecer contato próximo junto às famílias das crianças participantes do CCA, para o desenvolvimento de sua autonomia, auxiliando-as, com a finalidade de garantir seu acesso à proteção social e aos direitos socioassistenciais, no empoderamento e na ampliação de sua capacidade protetiva; fortalecendo vínculos familiares e comunitários, favorecendo a ampliação de perspectivas de vida das famílias mais vulneráveis e o acesso a oportunidades. O acompanhamento familiar consiste no desenvolvimento de intervenções desenvolvidas em serviços continuados, com objetivos estabelecidos, que possibilita à família o acesso a um espaço onde possa refletir sobre sua realidade, construir novos projetos de vida e transformar suas relações – sejam familiares ou comunitárias (BRASIL, 2009, p. 20). (Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo - Assistência Social - Dez. 2012) Por essa razão, temos a prática de visitas domiciliares como forma de criar e fortalecer vínculos com as famílias por uma Assistente Social; assim como reuniões sistemáticas ao longo do ano com a proposta de promover encontros sobre temas orientadores, atividades culturais e atendimento individualizado. Relacionamento com a comunidade A comunidade do entorno é um fator fundamental para o bom funcionamento do CCA. Dessa forma, temos como visão manter um ótimo relacionamento com os vizinhos, empresas, poder público, escolas e outros CCAs do entorno da instituição.

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Equipe CCA A equipe do CCA é composta por: Presidente do Nadi 3 Orientadoras socioeducativas 1 Gerente 1 Faxineira 1 Oficineiro de esporte 3 Consultoras - Área de Assistência Social, Organizacional, Socioeducativa e Psicológica Parte III Diretrizes Concepção - Baseamos nossa concepção de atuação nos autores: Paulo Freire, Piaget, Escola da Ponte e Vygotsky. Fundamentos Papeldaeducaçao–contribuirparaodesenvolvimentoecrescimentointegraldecadaserhumanoemqualqueretapadavida. Concepçao de aprendizagem – se da pela vivencia de experiencias que fazem sentido etenham significado na pratica do dia a dia e no desenvolvimento de conhecimentos,habilidadeseatitudes. Criança - participante como centro da proposta de trabalho. Promoçao da busca daautonomiaedoprotagonismo.Perspectivadequeascriançastemconhecimentoprevioepodemconstruirseuconhecimentopormeiodainteraçaoeintegraçao. OrientadoraSocioeducativa– e facilitadoradosprocessosdaaprendizagem, contribuindopara que as crianças/adolescentes descubram novos caminhos, vislumbrandopossibilidadesealternativasparasuapropriavidaapartirdoprocessodepensamentoparareflexao-açao-avaliaçaodosseuspropriosatos,responsabilidades,direitosedeveres. Papel do CCA “Ateoriaemsi[...]naotransformaomundo.Podecontribuirparasuatransformaçao,masparaissotemquesairdesimesma,e,emprimeirolugar,temqueserassimiladapelosquevaoocasionar,comseusatosreais,efetivos,taltransformaçao.Entreateoriaeaatividade

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praticatransformadoraseinsereumtrabalhodeeducaçaodasconsciencias,deorganizaçaodosmeiosmateriais eplanosconcretosdeaçao:tudo issocomopassagemindispensavelparadesenvolveraçoesreais,efetivas.Nessesentido,umateoriaepraticanamedidaemquematerializa, atravesdeumaseriedemediaçoes, oqueantes so existia idealmente, comoconhecimentodarealidadeouantecipaçaoidealdesuatransformaçao”(VAZQUEZ,1977,p.207). Por meio de açoes socioeducativas, consideramos que o CCA e um espaço dedesenvolvimento integral:corpo,almaeespırito, tendocomofocodetrabalhoavidadascrianças,adolescentes,suasfamıliasecomunidades. Eumespaçoparadespertaraautonomia, abuscade soluçoesparaosproblemasqueseapresentamnodiaadianosentidodeseremresponsaveisnapromoçaodoprotagonismosocialnascomunidadesemquevivem. Umespaçoparapromoveracooperaçao,asolidariedade,aexcelencianosrelacionamentos,abuscadajustiçaealutaporumasociedademelhor,emquetodossaorespeitados,ouvidos,acolhidosemsuasdificuldadeseconvidadosaparticiparativamenteparapossibilidadesdemudançasetransformaçoesemsuasvidas. OpapeldoCCAEspaçoComviverefortalecidoporsuamissaodepromoveroprotagonismosocialdascriançasesuasfamılias,comatuaçaonasociedadedeformaeticaeexcelencia,edesejaser referência na viabilidade do protagonismo social por meio de princípios e valores cristãos. Dispositivos legais Seguimos a proposta da Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo - Assistência Social - Dez. 2012 - Centro para Crianças e Adolescentes - CCA. Metodologia Acreditamos nos seguintes princípios teóricos: a) no usuário como sujeito de direitos, que expressa desejos e vontades e é produtor de conhecimento; b) na horizontalidade do processo educativo, baseada no “diálogo” entre diversos atores sociais;

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c) na equidade, considerando que as pessoas necessitam de níveis de atenção diversificados e portanto, carecem de diferentes recursos técnicos, profissionais e institucionais; d) na construção de conhecimentos e compreensões sobre a realidade social, ao invés da mera “transmissão” do conhecimento científico; e) que o ser humano é por natureza um “ser inacabado”, pois está em constante processo de criação e recriação; portanto, as intervenções sociais são processuais. Em qualquer plano, a dosagem metodológica é fundamental. Teoria e vivência devem estar alternadas, proporcionando a mudança de clima, favorecendo a produtividade do grupo e a manutenção da motivação. (Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo - Assistência Social - Dez. 2012). Consideramos também a convivência como processo e metodologia por meio das estratégias de: escuta, postura de valorização e reconhecimento, situações de produção coletiva, experiência de aprender e ensinar horizontalmente, experiência de reconhecer e nominar suas emoções nas situações vividas, experiência de reconhecer e admirar a diferença, exercício de escolhas, tomada de decisão sobre a própria vida e de seu grupo, experiência de diálogo na resolução de conflitos e divergências, reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas, experiência de escolher e decidir coletivamente, conforme indicado pela documento - Concepção de Convivência e Fortalecimento de vínculos (Ministério de Desenvolvimento Social). As atividades do CCA são elaboradas tendo em vista cada tópico sugerido pelo documento e se desdobram na rotina diária das crianças e suas famílias. Educação por Princípios É uma maneira de ensinar e aprender que coloca a Palavra de Deus no coração de cada matéria e ensina o aluno a pensar e aprender por princípios. É um método de educação que libera o potencial do indivíduo, forma caráter cristão, constrói uma erudição baseada na cosmovisão cristã e habilita líderes servidores. Aborda todas as áreas da vida sob uma perspectiva cristã, fundamentada na aplicação de princípios bíblicos. Nessa proposta de trabalho sempre são seguidos 4 passos em todas as atividades: pesquisar, raciocinar, relacionar e registrar. É considerado um método de estudo e investigação que traz à luz os princípios absolutos a partir dos quais se pode raciocinar em qualquer área da vida. As atividades desenvolvidas seguirão os seguintes passos em todas as suas etapas nos temas geradores escolhidos para cada trabalho e no desenvolvimento dos projetos escolhidos pelas crianças e orientadoras

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socioeducativas. (AECEP - Associação das Escolas Cristãs de Educação por Princípios - Caderno de Capacitação Regional - São Paulo, 2012). Sugestão de passos a serem seguidos no desenvolvimento das atividades socioeducativas 1- Considerar os Cadernos 1, 2 e 3 - CENPEC (Norma Técnica dos Serviços

Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo- Assistência Social - Dez. 2012).

2- Trabalhar por meio de projetos didáticos e temas geradores. 3- Relacionar os temas geradores dos cadernos com os 7 princípios da proposta de trabalho

de educação por princípios da AECEP. 4- Considerar em todas as atividades os 4 passos estruturados pela AECEP. 5- Partir do conjunto de interesses das crianças em suas necessidades de aprendizagem

para que as orientadoras socioeducativas elaborem propostas através de suas observações, estudos e pesquisas sobre o perfil das crianças com as quais trabalha.

6- Organizar as atividades de acordo com o contexto social no qual as crianças estão

inseridas. 7- Organizar previamente todas as atividades a serem realizadas, otimizando o tempo de

trabalho. 8- Ter a roda de conversa e roda de leitura como uma atividade sistemática na rotina

atividades. 9- Utilizar as atividades socioeducativas como um espaço de diálogo e convívio social,

sempre aproveitando as oportunidades surgidas em sala de aula, visando o crescimento e desenvolvimento das crianças.

10-Manter a rotina estabelecida previamente como forma de organização da turma e das crianças.

11-Considerar que o papel da orientadora socioeducativa é de autoridade e que promove a segurança das crianças como facilitadora, orientadora e condutora das atividades da turma.

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12- Realizar todas as atividades tendo como cenário a missão, a visão e os valores do CCA.

13- Considerar a vivência das atividades como fator fundamental na função da aprendizagem, considerando o processo de reflexão - ação - reflexão na busca de significados para a construção do conhecimento. Currículo “Para a constituição do espaço de convivência, as crianças e adolescentes são considerados como sujeitos de direitos, reconhecendo-se a condição peculiar de desenvolvimento dos ciclos de vida, garantindo cuidados, processos educativos de socialização e de experimentação. As vivências e atividades oferecidas no serviço visam ao alcance da autonomia e ao protagonismo social, possibilitando a constituição de espaço de convívio a partir dos interesses, demandas e potencialidades de cada faixa etária, através de experiências lúdicas, culturais e esportivas, como forma de expressão, que favorecem o desenvolvimento de sociabilidades e a prevenção da situação de risco social”. “Podemos definir ações socioeducativas como sendo aquelas que concretizam a educação integral e se dão por meio do entrelaçamento da proteção social às características das práticas educacionais e culturais. Desta forma, o termo socioeducativo é o que qualifica a ação, propiciando um campo de aprendizagens socioeducativas voltado para o desenvolvimento de capacidades substantivas e de valores éticos, estéticos e políticos. As aprendizagens socioeducativas constituem-se pela ação e na ação. A apropriação e a expansão de conceitos, atitudes, valores e competências pessoais e sociais ocorrem em contextos intencionais, quando as necessidades e propósitos de aprendizagem são significativos, partilhados pelos envolvidos e apresentam sentidos reais”. (Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção Social Básica - Prefeitura de São Paulo - Assistência Social - Dez. 2012) Ambiente educativo Consideramos que o ambiente em que as crianças e adolescentes participam das atividades socioeducativas precisa promover o convívio social entre as idades, promover a leitura e a escrita como forma de avanço na comunicação, interpretação das linguagens, organização

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do pensamento, formas de linguagem e autonomia, entre outras habilidades que podem ser desenvolvidas por meio do próprio ambiente. Desta forma, é necessário que durante as atividades estabelecidas pelas educadoras socioeducativas haja registros dos trabalhos efetivados, das leituras, dos combinados dos grupos, das notícias, e que sejam expostas para todos que fazem parte do CCA. Rotina A rotina considera as atividades de: devocional, rodas de conversa, rodas de leitura, projetos didáticos com temas geradores, oficinas de artes, música, jogos, brincadeiras, culinária e esportes. Reuniões com famílias São realizadas mensalmente com proposta socioeducativa. Formação da equipe São realizadas paradas pedagógicas com o objetivo de orientação para a equipe, uma vez ao mês, no horário de funcionamento do CCA. Na formação, são discutidos temas de interesse e necessidades da equipe e temas importantes para o bom desenvolvimento das atividades socioeducativas. A cada semestre, realizamos o planejamento estratégico do CCA.

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Parte IV Nosso desejo: Contribuir para a formação das crianças e adolescentes em sua trajetória de vida, considerando a educação como força propulsora para o desenvolvimento integral. A educação que se propõe por atividades socioeducativas prioriza o convívio social, o respeito pelos outros, a troca mútua, o compartilhamento de experiências, o apoio à construção do conhecimento, com sentido e significados práticos e reais para cada uma delas. Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser nos faz sonhar com a busca por uma sociedade justa, ética, com transparência, pela prática da espiritualidade, pela luta incessante pela erradicação da pobreza, pela justiça social e exercício dos direitos e deveres humanos. O CCA Espaço Com viver propõe como visão ser um agente de transformação para que esse desejo seja potencializado no Bairro Dom José.

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Parte V Referências bibliográficas o Prefeitura de São Paulo. Norma Técnica dos Serviços Socioassistenciais - Proteção

Social Básica - Assistência Social. (2012). o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. Secretaria Nacional de

Assistência Social – Departamento de Proteção Social Básica. Concepção de convivência e fortalecimento de vínculos.

o Machado,Nilson(2000).EducaçãoProjetoseValores.EscriturasEditora.

o Vygotsky, S.L. (1984). A Formação Social da Mente. Editora Martins Fontes.

o Freire, Paulo. (1967). Educação como Prática da Liberdade. Editora Paz e Terra.

o Freire, Paulo. (1996). Pedagogia da Autonomia. Editora Paz e Terra.

o RedeNossaSaoPaulo-www.nossasaopaulo.org.br-ObservatórioCidadão.

o Parâmetros socioeducativos: proteção social para crianças, adolescentes e jovens;

Igualdade como direito, diferença como riqueza; Caderno 1: Síntese; Caderno 2: Conceitos e políticas; Caderno 3: O trabalho socioeducativo com crianças e adolescentes– 6 a 15 anos. /CENPEC – São Paulo: SMADS; CENPEC; Fundação Itaú Social, 2007.

o RevistaEducaçao:www.revistaeducacao.uol.com.br o Revista Escola Abril - www.revistaescolaabril.com.br

o Nossa Escola - www.nossaescola.com.br

o PCNS-http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro082.pdf

o AECEPE - Associaçao de Escolas Cristas de Educaçao por Princıpios. Caderno

CapacitaçãoRegionalEducaçãoporPrincípios.(2012).

o Centro de Referência Educacional - Paulo Freire e Educação. http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-alfabetizar-letrar/lecto-escrita/teorias-teoricos/paulo-freire-educacao.pdf.

o Unesco - Pilares da educação - www.unesco.org/new/pt/brasilia/

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Documento elaborado por: Solange Rubio Contato: [email protected] Apoio Cristina Santos Denise Freitas Graziela Ribeiro Renata Hida Alves Paulo Gomes Crianças e famílias participantes do CCA www.nadi.org.br São Paulo, 17 de setembro de 2014 e revisado em 22 de julho de 2016.