PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Colégio Estadual Geremia ... · SEED / NRE e de grupos de estudos...

COLÉGIO ESTADUAL GEREMIA LUNARDELLI - EFMN Av. Rui Barbosa, 721 – Centro – Fone/Fax: (43) 3478-1148 – CEP: 86.935-000 – Lunardelli – PR

E-mail: [email protected] Site: www.ludgeremia.seed.pr.gov.br

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Colégio Estadual Geremia Lunardelli

Ensino Fundamental, Médio e Normal

Lunardelli – Paraná

2007

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INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico diz respeito ao plano global da

instituição. É a própria organização do trabalho pedagógico como um todo,

em suas especificidades, níveis e modalidades construído continuamente

num processo democrático de reflexões e decisões por toda a comunidade

escolar envolvida.

A elaboração deste, visa atender além das exigências da

legislação vigente, a Lei de Diretrizes e Bases de 20 de dezembro de 1996,

a Constituição Federal, as Diretrizes do Conselho Nacional de Educação e

do MEC, as Deliberações do Conselho Estadual de Educação, o Estatuto da

Criança e do Adolescente, bem como as Diretrizes e Princípios do Núcleo

Regional de Educação de Ivaiporã e as necessidades educativas da escola.

Nosso compromisso baseia-se em proporcionarmos à

comunidade escolar um ensino de qualidade que resulte em um processo

de aprendizagem, onde todos tenham acesso ao saber historicamente

produzido pelo homem e a partir dele sejam capazes de construir uma

sociedade justa e democrática.

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mailto:[email protected]

http://www.ludgeremia.seed.pr.gov.br/



APRESENTAÇÃO

Para elaborar o nosso Projeto Político Pedagógico fez-se

necessário buscar um trabalho coletivo. A principio, professores e equipe

pedagógica participaram de cursos de capacitação promovidos pela

SEED / NRE e de grupos de estudos com a finalidade, entre outros

objetivos, adquirir subsídios que auxiliariam na construção do Projeto.

Posteriormente, realizou-se a Capacitação de Estudos

Descentralizada, envolvendo todos os profissionais da educação do

Estabelecimento. Durante os encontros realizados foi destacada a

importância do envolvimento de toda a comunidade escolar na elaboração

do Projeto, pois participação gera comprometimento e todos tendem a se

comprometer com aquilo que ajudam a construir. Nesses encontros

tivemos a oportunidade de refletir e opinar sobre as Diretrizes Curriculares

da Educação. Foi feita também uma análise sobre a prática educativa,

nossa realidade, finalidade da escola, fatores que interferem na

aprendizagem, o papel que cada um desempenha no processo

educacional, ações a serem desenvolvidas para atingir a escola que

almejamos.

O assessoramento prestado pela Equipe de Ensino do Núcleo

Regional de Educação de Ivaiporã foi fator relevante para a construção

deste Projeto.

Desta forma, coerente com as finalidades e objetivos propostos,

o papel desta escola está fundamentalmente voltado para a formação dos

educandos, buscando fornecer meios para que os mesmos tornem-se

ativos, criativos, críticos e democráticos para que possam aprender

permanentemente, agir com responsabilidade, comportar-se de forma

solidária, acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais, enfrentar

problemas apresentando soluções a partir da utilização

metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos

e sócio-culturais.

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IDENTIFICAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL GEREMIA LUNARDELLIEnsino Fundamental, Médio e Normal

Código de Identificação: 00018

Endereço: Avenida Rui Barbosa Número: 721

Bairro: Centro Localização: Urbana

CEP: 86.935-000 Telefone / Fax: (43) 3478-1148Município / UF: Lunardelli /

ParanáCódigo do Município: 1384

NRE: Ivaiporã Código do NRE: 16

Entidade Mantenedora

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ / SEED

Aspectos históricos da instituição

O Colégio Estadual Geremia Lunardelli – Ensino Fundamental,

Médio e Normal está situado no município de Lunardelli, na Região Norte

do Paraná, à 28 km do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Ivaiporã.

Lunardelli é uma cidade de pequeno porte que tem seu poder

econômico baseado essencialmente na agricultura e pequeno comércio,

incluindo as instituições públicas de âmbito municipal e estadual.

Inicialmente fundada pelo Decreto nº 18.705 em 07/04/70,

regida pela Lei nº 4.024/61, com estrutura e capacidade para atender

1.050 alunos, recebeu o nome de Casa Escolar Geremia Lunardelli, em

homenagem ao Comendador Geremia Lunardelli, fundador desta cidade e

considerado grande proprietário de terras do Paraná, conhecido

nacionalmente como “Rei do Café”. Nascido em Treviso, Itália, Geremia

Lunardelli chegou ao Brasil quando tinha dois anos. Era 1886 quando seu

pai, Nicola, desembarcou no País com a família. Aos quatro anos, Geremia

perdeu o pai e foi morar com o resto da família em Sertãozinho (SP), na

Fazenda Dumont, propriedade de Rodolfo Miranda e Cornélio Procópio,

onde foi colono por dez anos.

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No livro biográfico "O Rei do Café", escrito pelo jornalista L. V.

Giovanetti, conta-se que um dos primeiros negócios de Lunardelli foi a

compra e venda de uma manada de leitões. Com o dinheiro arrecadado,

ele comprou uma novilha. Reunindo algumas economias, adquiriu um

pequeno sítio com milhares de pés de café e passou a cultivar o grão.

Começava, assim, a trajetória do homem que passaria a ser conhecido

como "O Rei do Café".

Seu próximo passo foi a compra de sua primeira grande

propriedade, a Fazenda Pau D'Alho, em Olímpia (SP). Na década de 20, já

casado com Albina Furlanetto Lunardelli, possuía não só muitos pés de

café, mas também um bom patrimônio, que incluía um palacete na

Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Lá ele costumava reunir a família. Diziam

os filhos que Geremia era do tipo patriarcal.

Foi em Lunardelli que Benedito Ruy Barbosa se inspirou para

escrever o personagem Geremias Berdinazzi - interpretado pelo ator Raul

Cortez - da novela "O Rei do Gado". Lunardelli voltou poucas vezes a sua

terra natal, sendo que em uma delas aproveitou para fazer contatos para

exportação de café. Morreu em 1962, quando contabilizava 450 mil

hectares de plantações de café. No Paraná, foi responsável por grandes

colonizações. Entre elas, criou a Gleba Ubá, onde hoje situa-se o município

de Lunardelli, onde resolveu investir parte de seus empreendimentos na

educação, construindo o primeiro prédio escolar, onde hoje funciona a

Escola Municipal de Lunardelli.

A implantação da escola se fez necessário porque naquela época,

iniciou-se a colonização e muitos moradores aqui se fixaram. Daí, a

importância de sua construção para melhorar o impulso de

desenvolvimento da cidade.

Posteriormente, a escola passou por várias denominações como:

“Escola Geremia Lunardelli – Ensino de 1º Grau”, fundamentada pela Lei

nº 5.692/71, autorizada a ofertar as séries iniciais do curso ginasial pela

Resolução nº 3.436/81 de 09/10/80. Sua Autorização de Funcionamento foi

regularizada em 25/05/82 pela Resolução nº 3.461/81, reconhecida pela

Resolução nº 2.539/84 de 01/06/84.

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Mantida pelo Governo do Estado do Paraná, a escola passou a

denominar-se “Escola Estadual Geremia Lunardelli – Ensino de 1º Grau”

através da Resolução nº 2.539/84 de 07/05/84. No mesmo ano passou a

chamar-se “Colégio Estadual Geremia Lunardelli – Ensino de 1º e 2º

Graus”, amparado pela mesma Resolução.

No ano de 1990 foi implantado o curso “Educação Geral”,

autorizado a funcionar pela Resolução nº 210/90 de 24/01/90. Nesse

mesmo ano foi criado o curso “Habilitação/Magistério”, regido pela

Resolução nº 3.226/91 de 02/01/91, ficando reconhecido oficialmente pela

Resolução nº 5.143/94 de 24/10/94.

Na seqüência, foi implantado o “Ensino Médio” no ano de 1.999,

através da Resolução nº 210/90 de 31/01/90.

No ano de 2.001 foi criado o curso “Formação de Docentes dos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade

Normal” (Código 0480), autorizado a funcionar pela Resolução nº 3.153/01

de 14/12/2001 e reconhecido pela Resolução nº 1.942/03 de 11/08/2003.

Reconhecido pela Resolução 088/2007, o curso “Formação de

Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental em

Nível Médio, na Modalidade Normal” (Código 0489, que substituiu o Curso

0480) está autorizado a funcionar pela Resolução nº 1.809/05 de

06/07/05.

Em 2005, foi implantado no Ensino Fundamental a Sala de Apoio

às 5ª séries, autorizada a funcionar através da Resolução nº 208/2004 –

SEED, de acordo com a Instrução 04/04 – SUED/DEF.

No ano de 2006, através da Resolução nº 2.137/04, de forma

extracurricular, foi implantado o curso Espanhol na área de Línguas

Estrangeiras Modernas (LEM) com base nas instruções da Secretaria de

Estado da Educação (SEED).

O Colégio Estadual Geremia Lunardelli conta com uma Sala de

Recursos, autorizada a funcionar pela Resolução nº 3837/07, por um

período de 02 (dois) anos, até abril de 2009.

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Caracterização de atendimento

A autonomia e gestão democrática da escola fazem parte da

própria natureza do ato pedagógico, portanto, a caracterização do

atendimento no que se refere aos cursos, turmas e horários devem

corresponder com a necessidade da comunidade escolar em consonância

com as possibilidades da escola, assim distribuídas:

Modalidade Nº Turmas Série Turno Horário

Ensino Fundamental

02020101

5ª6ª7ª8ª

Matutino08:00 às

12:20

02010201

5ª6ª7ª8ª

Vespertino

13:00 às 17:20

010101

5ª6ª8ª

Noturno19:00 às

23:20

Ensino Médio

010101

1º2º3º

Matutino08:00 às

12:20

020201

1º2º3º

Noturno19:00 às

23:20

Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do

Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal

01020201

1º2º3º4º

Noturno19:00 às

23:20

Número de Matrículas por Modalidade

Ensino Fundamental 519 AlunosEnsino Médio 298 Alunos

Formação de Docentes - Normal 160 AlunosSala de Recursos 11 AlunosCELEM (Espanhol) 38 Alunos

Sala de Apoio 44 Alunos

Total de Salas 31 SalasTotal de Alunos 1.070 Alunos

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Recursos Humanos

Corpo Docente e Funcionários

Ensino Fundamental, Médio e Normal

Para atendermos a comunidade escolar, dispomos de profissionais

habilitados, que estão assim distribuídos:

Professores / Funcionários Formação Função

Adhemar Marcelo Brosso Geografia Professor

Adriana Marilda Figueira Pedagogia Professora

Almir Rogério Santos Educação Física Professor

Alvim Novais Geografia Professor

Ana Cláudia Cordeiro Normal Superior Administrativo

Ana Maria de Fátima Machado Pedagogia Eq. Pedagógica

Carmem Cazonato Matemática Professora

Cláudia Aparecida de Carvalho Normal Superior Administrativo

Cleide Silva Garcia Letras Professora

Cleunice Maria da Silva Fundamental Serviços Gerais

Cleusa Maria de Andrade Letras Documentadora

Cleusa Roberto Rodrigues Ciências Professora

Cristiane Sanches de Oliveira Letras / Inglês Professora

Débora Cintia Cazonato de Lima

Educação Física Professora

Débora Marques Educação Artística Professora

Dezemir Elias da Silva Batista Magistério Serviços Gerais

Édina Maria da Silva Andrade Ciências Professora

Elza Aparecida M. de Melo Pedagogia Professora

Elza Goulart de Souza Padagogia Coord. de Estágio

Elza Martins de Oliveira Letras Professora

Glaci Aparecida B. da Rocha Letras Professora

Idnês de Paula Alves Pedagogia Bibliotecária

Jandresmere de Fatima Gonçalves Munhoz

Geografia Professora

Joselina Dias Moita Educação Física Professora

Liege Fernandes Claro Ensino Médio Serviços Gerais

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Lúcia FelicianoLetras

Português/InglêsAdministrativo

Márcio Martins de Oliveira Bortoloci

Ciências/Matemática Diretor

Marcio Nunes dos Passos História Professor

Maria Aldenir dos Santos Ribas História Professora

Maria Aparecida da Silva Catabriga

Pedagogia Professora

Maria Aparecida da S. do Couto Letras Professora

Maria Aparecida Monteiro Pedagogia Coord. de Curso

Maria Aparecida Ribeiro Pedagogia Eq. Pedagógica

Maria Cristina Tratwein Magistério Serviços Gerais

Maria do Carmo Neves Batista Letras Administrativo

Maria do Carmo Pinheiro da Silva

Matemática Professora

Maria Elza Lacerda Matemática Professora

Marlene Correa Ciências/Matemática Professora

Marlene Jardim Ciências Professora

Marli Pezzotti Duarte Letras Professora

Milton Batista Ensino Médio Serviços Gerais

Neusa Cordeiro Hoffmamm Ensino Médio Serviços Gerais

Pedro Ferreira de Freitas História Professor

Raquel Aparecida GalegoLetras

Português/InglêsProfessora

Regiane Aparecida Gonçalves Biologia Professora

Regina GalegoLetras

Português/InglêsSecretária

Reinaldo Grola Ciências/Matemática Administrativo

Rogério Wagner Dariva Normal Superior Administrativo

Rosana Miskalo Lesak de Oliveira

Letras Professora

Rosinei Donati Cadamuro Ensino Médio Serviços Gerais

Silmara Furlan Bastos Ribeiro Ciências Professora

Silmara Jorge de Souza Pedagogia Vice – Diretora

Solange Maria Ponvequi Ciências/Matemática Sala de Recursos

Sônia Maria de Aquino Letras Prof. do CELEM

Terezinha Monteiro Catabriga Ciências Professora

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Organização do espaço físico

O espaço físico compreendido e baseado na construção de salas

de aula, sala de professores, biblioteca, laboratório, pátio e áreas cobertas

corresponde a uma área construída de 1.540 m2.

Possui cinco pavilhões. No primeiro há quatro salas de aula

equipadas com uma média de trinta e cinco carteiras e cadeiras, quadro-

de-giz, flanelógrafo, cortinas e ventiladores.

No segundo pavilhão há sete salas de aula, equipadas

igualmente ao primeiro. Possui também um laboratório de ciências, física,

química e biologia, equipado regularmente para o seu pleno êxito de

funcionamento. No mesmo pavilhão existe uma área coberta, destinada

ao refeitório contendo oito mesas grandes e dezesseis bancos. Há dois

banheiros para os alunos – um masculino e um feminino. Ao lado do

refeitório, oposto aos banheiros situa-se a cantina, cozinha e despensa,

almoxarifado e dois banheiros para os funcionários.

No terceiro pavilhão há três salas de aula equipadas semelhantes

às dos pavilhões anteriores e uma sala ampla para reuniões. Há também

dois banheiros, sendo um masculino e um feminino.

No quarto pavilhão fica a biblioteca, cujo acervo bibliográfico

contém aproximadamente dois mil volumes de diversos assuntos e

disciplinas. Há dois banheiros para funcionários e professores, sala de

supervisão, secretaria, sala do SERE, sala de direção e de professores.

No quinto pavilhão há três salas e um banheiro. Em uma das

salas funciona a Documentação Escolar do município, sendo outra

destinada à distribuição do “Leite das Crianças”, programa do Governo do

Estado do Paraná que beneficia grande parte da população carente. A

outra sala é destinada à elaboração de projetos e ou trabalhos com

especificidades relacionados ao NRE.

O pátio externo do estabelecimento é amplo e acolhedor,

propiciando aos alunos, o prazer, a descontração e tranqüilidade nos

momentos oportunos.

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OBJETIVOS GERAIS

O Art. 22 da Lei de Diretrizes e Bases define de forma clara qual

deve ser a finalidade da educação, por isso optamos em adotá-lo como

Objetivo Geral a ser conquistado em nossa prática educativa que é:

“desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores”.

Conforme modalidades de ensino distintas, este Estabelecimento

de Ensino oferta: Ensino Fundamental, Ensino Médio e Formação de

Docentes em Nível Médio.

O Ensino Fundamental, conforme o Art. 57 da LDB, é obrigatório

e gratuito e tem por objetivo a formação básica do cidadão mediante:

I. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como

meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,

da tecnologia, das artes e dos valores em que fundamenta a

sociedade;

III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em

vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação

de atitudes e valores;

IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de

solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se

assenta a vida social.

O Ensino Médio, de acordo com o Art. 58 e 59, etapa final da

Educação Básica, com duração mínima de três anos, tem como finalidade:

“a formação que possibilite ao aluno, compreender o mundo em que vive

em sua complexidade, para que nele possa atuar com vistas à sua

transformação e percepção própria como indivíduo e personagem social,

com consciência, reconhecimento da identidade social e uma

compreensão crítica da relação homem-mundo”.

De acordo com o Art. 2º da Resolução nº 02 de 19 de abril de

1999, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de

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Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,

em nível médio, na modalidade normal, determina para os diversos

sistemas de ensino que este curso deverá formar professores capazes de:

I. Integrar-se ao esforço coletivo de elaboração, desenvolvimento e

avaliação da proposta pedagógica da escola, tendo como

perspectiva um projeto global de construção de um patamar de

qualidade para a educação básica no país;

II. Investigar problemas que se colocam no cotidiano escolar e

construir soluções criativas mediante reflexão socialmente

contextualizada e teoricamente fundamentada sobre a prática;

III. Desenvolver práticas educativas que contemplem o modo singular

de inserção dos alunos futuros professores e dos estudantes da

escola campo de estudo no mundo social, considerando

abordagem condizentes com as suas identidades e o exercício da

cidadania plena, ou seja, as especificidades do processo de

pensamento, da realidade sócio econômica, da diversidade

cultural, étnica, de religião e de gênero, nas situações de

aprendizagem;

IV. Avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência,

à luz do processo constitutivo da identidade cidadã de todos os

integrantes da comunidade escolar, das diretrizes curriculares

nacionais da educação básica e das regras da convivência

democrática;

V. Utilizar linguagens tecnológicas em educação, disponibilizando, na

sociedade de comunicação e informação, o acesso democrático a

diversos valores e conhecimentos.

Dessa forma, oportuniza-se um ensino de qualidade, um

aprendizado para a vida, em que o educando ao ter acesso ao

conhecimento, possa fazer as mais diversas leituras de mundo e assim ser

atuante para exercer com dignidade sua cidadania.

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MARCO SITUACIONAL

Organização do tempo e espaço escolar

O calendário determina o tempo que é elemento constitutivo

para a organização do trabalho pedagógico. Com uma estrutura distante

de adequar-se às necessidades educacionais, a escola pública vive hoje

uma triste realidade, não consegue acompanhar os avanços tecnológicos,

científicos e sócio-culturais. Está organizada em série, no Ensino

Fundamental, Médio e Normal, perfazendo duzentos dias letivos anuais,

subdivididos em quatro bimestres. O Ensino Fundamental, Médio e Normal

está distribuído em cinco horas/aula de cinqüenta minutos, com acréscimo

de dez minutos que corresponde ao intervalo. A demanda de nossa escola

atende atualmente, um número de 1.070 alunos.

Para que o trabalho seja desenvolvido de acordo com a Lei de

Diretrizes e Bases, os alunos estão organizados por turma e série

heterogêneas, assegurando a vaga de cada educando, conforme a

disponibilidade de transporte e horário, já que parte deles reside na zona

rural.

Comunidade

Nosso município é pequeno e conta com uma população de

5.082 habitantes.

Esta escola está inserida em uma região predominantemente

agrícola onde grande parte dos educandos vivem em comunidades rurais,

com poucas perspectivas de conquistar empregos. Junta-se a isto a

ausência de opções culturais fazendo com que o rádio e a televisão sejam

praticamente os únicos meios de informações. Seja por falta de

oportunidades ou incentivos, a comunidade tem pouco acesso a jornais,

cinemas, ou outros eventos de cunho cultural, tornando a Escola um

organismo responsável em difundir conhecimentos. Assim seu trabalho

está direcionado no sentido de suprir estas lacunas levando ao educando

trabalhador e num maior âmbito à comunidade, não só as informações

limitadas ao currículo escolar mas também a oportunidade de contato com

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o saber universal, além dos conhecimentos básicos que promovam a

evolução à comunidade como um todo.

Verifica-se um bom entrosamento entre escola e a comunidade

que possibilita o intercâmbio de experiências, colaboração e divulgação,

fazendo com que a mesma atinja seus objetivos, promovendo uma

integração mais concreta, abrindo-se aos diversos segmentos da

sociedade em busca de soluções para os problemas.

Educação do campo

A educação do campo é mais um passo importante na afirmação

da educação como um direito universal, que vem auxiliar o professor a

reorganizar a sua prática administrativa, tornando-a mais próxima da

realidade dos sujeitos do campo, criando assim um sentimento de

pertencimento das crianças, adolescentes e jovens que executarão na

escola um trabalho educativo com sentido em suas vidas. A intenção

dessa política pública é de motivar os professores na observação e

apropriação da riqueza que o campo brasileiro oferece à ampliação dos

conhecimentos escolares.

Os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada,

desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à cultura e às suas

necessidades, humanas e sociais. Sendo assim, essa política denota um

importante instrumento para a construção de uma educação pública e

gratuita de qualidade que respeite a diversidade humana, contribuindo

dessa forma com a construção de uma sociedade cada vez mais justa e

solidária.

Escola

A Escola enquanto produto da história construída pelos

antepassados, faz com que o educando seja sujeito em constante

elaboração a partir da educação que lhe é proporcionada, com objetivos

claros de melhorar a sua condição de vida. É uma organização e como tal

é administrada. Sua ação administrativa refere-se permanentemente à

missão de educar; define-se pelas concepções dos elementos inerentes à

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sua razão de existir que são o homem, a sociedade e o conhecimento.

A Escola proporciona oportunidades para que a comunidade

tenha participação intrínseca no processo educacional, promovendo maior

integração com a comunidade buscando a reciprocidade de

conhecimentos e experiência, usufruindo da mesma como fator de

aprimoramento de conhecimentos e convívio social.

O relacionamento com a comunidade que é contínuo e flexível,

favorece a compreensão dos fatores políticos e sócio-culturais e

psicológicos que se expressam no ambiente escolar. Por isso essa Escola

incentiva as atividades artísticas, culturais, científicas e sociais, na

participação direta dos educandos e comunidade como agentes na

divulgação de conhecimentos que promovam a cultura, o aprimoramento

profissional, o aperfeiçoamento humano, adequando o currículo à prática

de conteúdos que objetivem o aprofundamento de conhecimentos que

promovam o desenvolvimento do educando como ser participativo da

sociedade, de maneira crítica e construtiva.

Apesar das especificidades de cada momento histórico, a Escola

tem sempre uma função básica e universal que deve ser reconhecida por

todos, a de garantir o direito ao saber científico, cultural e ético.

Gestão democrática e instâncias colegiadas

Uma gestão democrática pressupõe a participação de todos os

segmentos da escola na tomada de decisões, por isso é de extrema

importância o fortalecimento das instâncias colegiadas da escola como

mecanismos de gestão democrática e espaços de tomadas de decisões

coletivas.

Este Estabelecimento de Ensino conta com as seguintes

instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF e

Grêmio Estudantil em fase de implantação.

Conselho Escolar – é um órgão colegiado de natureza

consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer no Projeto

Político-Pedagógico da escola, critérios para sua ação, funcionamento e

relacionamento com a comunidade nos limites da legislação em vigor e

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compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela

Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação

entre os vários segmentos da sociedade e os setores deste

estabelecimento de ensino a fim de garantir a eficiência e a qualidade do

seu funcionamento.

Por motivos profissionais e por outras atividades desenvolvidas

pelos membros que compõem o Conselho Escolar, nem sempre é possível

reuní-lo com a freqüência necessária. Isto faz com que as decisões sejam

tomadas mediante a consulta aos professores e outros envolvidos no

processo educacional, fato este que não torna a gestão menos

democrática, pois através da consulta sempre prevalece a vontade da

maioria. Respeitar a vontade da maioria é um princípio democrático,

assegurando o direito da minoria também. Por isso um bom gestor sabe

administrar as questões onde existem conflitos de opiniões garantindo que

se prevaleça o bom senso.

Conselho de Classe – é um órgão de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita do

estabelecimento de ensino tendo por objetivo o processo ensino-

aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados

a cada caso. O Conselho de Classe é uma importante estratégia na busca

de alternativas para a superação dos problemas pedagógicos,

comunitários e administrativos da escola. No Conselho de Classe é

discutido o desempenho de todos os alunos, com apresentação de

sugestões para superar as dificuldades encontradas e novas metodologias

que estimulem os alunos a se dedicarem ainda mais aos estudos.

Entretanto para que as sugestões sejam colocadas em prática, é preciso

contar com o apoio de uma equipe pedagógica completa. Durante este

ano letivo, em virtude das normas estabelecidas pela SEED, para

suprimento de demanda, contamos com o auxilio de apenas uma

pedagoga, com carga horária de 20 horas para atender um número de

1070 alunos. Este fato tem impedido que todas as sugestões propostas

sejam concretizadas, o que acaba por prejudicar a qualidade de

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atendimento prestado a professores e alunos.

APMF – é uma associação civil, um órgão de representação dos

Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino objetivando

prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar. De acordo

com a proposta pedagógica, promovem o entrosamento entre pais,

alunos, professores e funcionários, através de atividades sócio-educativo-

cultural-desportiva, e juntamente com o Conselho Escolar, gerem e

administram os recursos próprios e colaboram com a manutenção e

conservação do prédio escolar.

Eleições para diretor

As eleições para designação de Diretores e Diretores Auxiliares é

realizada de dois em dois anos, através de voto por chapa, direto, secreto

e facultativo dos membros da comunidade escolar aptos a votar, vedado o

voto por representação.

Para a gestão de Diretor e Diretor Auxiliar é admitida apenas

duas reconduções consecutivas.

No caso de afastamento temporário do Diretor, a substituição é

feita pelo diretor auxiliar que ocupar a primeira posição no registro da

chapa. Em caso de desistência do Diretor, o Diretor Auxiliar é designado

como Diretor e completará a gestão, obedecendo a ordem de inscrição da

chapa e assim, sucessivamente.

Necessidades da escola

Em relação aos equipamentos físicos e pedagógicos, a escola

apresenta necessidades como: ampliação do acervo bibliográfico com

publicações recentes nas diversas áreas de conhecimento, pintura do

prédio escolar, manutenção da rede elétrica e hidráulica e liberação de

recursos com a finalidade de enriquecer o material didático-pedagógico.

A escola também precisa de funcionários de apoio que são,

inspetores de alunos, merendeiras e vigias. Por isso, há necessidade de

disponibilizar outros funcionários para suprir estas funções. A falta de

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recursos humanos dificulta todo o trabalho no processo educativo.

Avaliação

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir

o desenvolvimento global do aluno, considerando as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação como instrumento didático-pedagógico é fator

elementar no processo ensino-aprendizagem. É por meio dela que se

sustenta a qualidade do ensino, carregando condições para o real

exercício da cidadania, pois a noção de qualidade em educação não se

separa da noção de cidadania.

Ao possibilitar aos alunos o domínio dos conhecimentos culturais

e científicos, a educação escolar socializa o saber sistematizado e

desenvolve capacidades cognitivas e operativas para se atuar no trabalho

e na sociedade, pelos direitos e na conquista da cidadania; na pratica,

trata-se de o professor estabelecer objetivos e expectativas de

desempenho a partir do limite superior de possibilidades reais de

desenvolvimento e aproveitamento escolar dos alunos.

A recuperação é contínua e concomitante aos conteúdos

trabalhados.

Após análise sobre o rendimento escolar do aluno em conselho

de classe, os resultados são comunicados aos alunos através da entrega

de boletins. E aos pais, através de reuniões ao final de cada bimestre;

situação que envolve a intervenção da equipe-técnico-pedagógica, de

acordo com cada caso na sua individualidade.

Hora - atividade

A hora-atividade é o tempo reservado ao professor em exercício

de docência, para estudos, planejamentos, avaliação e outras atividades

de caráter pedagógico. Considerando a finalidade a que se destina, está

organizada de forma que possibilite ao professor a troca de experiências e

informações com outros professores. Tal organização cria condições para

que os professores da mesma área de conhecimento possam se encontrar

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para discutirem e planejarem juntos as suas ações.

Nesse contexto, a hora-atividade é também entendida como um

elemento no processo de formação continuada, uma vez que ela

possibilita ao professor um momento para estudos que sem dúvidas é

parte integrante no processo de atualização profissional.

Aluno

Compreender o perfil do aluno requer conhecer a sua história,

cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes

experiências de vida.

Grande número dos alunos desse Estabelecimento de Ensino

provém da zona rural. Sua locomoção é através de ônibus da Prefeitura e

outros veículos locados pela mesma.

Parte desses alunos são trabalhadores da agricultura. Isso pede

uma adequação de conteúdos e estratégias, visando um atendimento

especial e direcionado à formação global do mesmo, que satisfaça suas

necessidades culturais e profissionais. De forma racional, procura-se

adequar os conteúdos à realidade do aluno trabalhador, dando ênfase ao

seu aperfeiçoamento profissional, procurando não limitá-lo à sua realidade

imediata, mas, ampliando seu campo de conhecimento.

A equipe pedagógica desenvolve um trabalho com o intuito de

minimizar a evasão escolar do aluno trabalhador, que coloca o trabalho

como motivo de desistência. Tem-se procurado conscientizá-lo de que o

Ensino Fundamental não é mera etapa de estudos aleatórios para se

conseguir um diploma e sim um importante meio de aquisição de

conhecimentos e experiências que o farão crescer como ser humano e

como membro ativo da sociedade, interando tais conhecimentos à sua

prática.

Para garantir o sucesso do aluno na escola, são planejadas desde

o início do ano letivo várias ações: sala de apoio no contra-turno para

alunos de 5ª séries, projeto de incentivo, visitas aos pais dos alunos com

baixo rendimento e uma sala de recursos para alunos de 5ª a 8ª séries

com dificuldades de aprendizagem.

19



No que se refere à Sala de Recursos, em adequação,

fundamenta-se no conhecimento construído pelo aluno através da

interação social que lhe permite interpretar a realidade e construir

significados. O trabalho é desenvolvido em conjunto com todas as

atividades propostas pelo Estabelecimento.

O Ensino Especial conta com o acompanhamento da equipe

pedagógica da escola e do Núcleo Regional de Educação através de

encontros e reuniões.

Portanto, num sentido amplo, essa Escola procura fazer com que

o ensino se realize de forma completa, não limitando-se a currículos

específicos.

Inclusão social

A educação escolar desempenha relevante papel no processo de

inclusão social ao promover, sempre que possível, aprendizagem conjunta

de todos os alunos, independente de suas dificuldades e diferenças.

Alguns alunos exigem apoio adicional, outros, adaptações, ou seja, um

tratamento diferenciado a fim de atender suas necessidades. Estes são

procedimentos possíveis para uma escola que busca alternativas com

vistas a atender à diversidade. Neste grupo, encontram-se alunos com

necessidades educacionais especiais.

Estar atento à diversidade é considerar não somente as

capacidades intelectuais e os conhecimentos de que o aluno dispõe, mas

também as de seus interesses e motivações. Esse conjunto constitui a

capacidade geral do aluno para a aprendizagem em um determinado

momento.

A escola ao considerar a diversidade, tem como valor o respeito

às diferenças que não são obstáculos para o cumprimento da ação

educativa, mas sim, um fator para o seu enriquecimento. Deve-se dar

especial atenção ao aluno que demonstrar a necessidade de resgatar a

auto-estima. Trata-se de garantir condições de aprendizagem a todos os

alunos, seja através de incrementos na intervenção pedagógica, ou de

medidas extras que atendam às necessidades individuais. A atenção à

20



diversidade é um princípio comprometido com a eqüidade, ou seja, com

direito de todos os alunos realizarem aprendizagens fundamentais para o

seu desenvolvimento, socialização e cidadania.

Professor / formação continuada

Como parte integrante do processo educativo existe a figura do

professor cujo papel é muito importante no desempenho escolar. Realiza

atividades curriculares de forma articulada, promovendo o educando a

uma interpretação ampla. Essa postura visa no dia-a-dia descrever da

melhor maneira possível, os fatos, as falas e as expressões ocorridos no

ambiente escolar.

A formação do professor é base fundamental para a melhoria da

qualidade de ensino. O professor deve compreender as transformações

que ocorrem no mundo e sentir necessidades de acompanhá-las. Sua

formação de modo geral é específica de acordo com a área em que atua.

Todos são pós-graduados, preparados para trabalhar a formação integral

do aluno.

Aos professores são garantidos espaços para leitura, estudos e

reflexão, acesso às informações atuais na área da educação, troca de

experiências e exposição das dificuldades em busca de soluções.

Quanto à sua assiduidade, tem sido relativamente satisfatória;

raramente ocorrem faltas.

Relação professor - aluno

A relação professor – aluno consiste no “modo de ser e de fazer”

da escola, construído pelas relações inter-pessoais, pelos valores e

atitudes que orientam sua atuação, pelas suas crenças, modo de pensar e

modo de encarar e resolver desafios. Nesse contexto, constitui-se um

ambiente que por suas características condiciona a orientação dos alunos,

sendo determinante na formação de atitudes que favoreçam à

aprendizagem.

No espaço da sala de aula especialmente, é que acontecem os

grandes momentos: a troca de experiências, as discussões e as interações

21



entre os alunos. Também é nesse espaço que o professor observa com

mais assiduidade os seus alunos; identifica as suas conquistas e suas

dificuldades. O ambiente da sala de aula é como uma oficina de trabalho

de professores e alunos; um espaço organizado, de trabalho sério e

estímulos.

O professor já não vê o aluno como alguém a ser moldado, a ser

preenchido de saber, mas como um ser em construção que também tem

muito a dizer e a fazer no processo educativo. Desenvolve projetos na

perspectiva de resgatar sonhos, objetivos de vida, valorização de talento,

procurando despertar nos alunos o espírito de solidariedade, reciprocidade

e a convivência democrática no ambiente escolar, bem como o

desempenho, o raciocínio e a resolução de problemáticas de conflito

entre si e o outro, buscando transformar os conflitos do dia-a-dia em

espaços autônomos de reflexão e ações práticas.

Processo ensino - aprendizagem

No processo-aprendizagem, o conhecimento é resultado da

atividade humana, compreendida em sua dimensão prática como

articulação entre sujeito e objeto, pensamento e ação, teoria e prática,

homem e sociedade, portanto, é propósito dessa instituição, superar o

trabalho escolar enquanto contemplação, absorção de sistemas

complexos desvinculados da realidade histórico-social, organizando

através do professor, situações significativas de aprendizagem, nas quais

essas dimensões estejam articuladas, possibilitando em particular, a

inserção do aluno na prática social a partir de sua comunidade e

conseqüentemente ele possa dimensionar a possibilidade de

transformação, tendo como ponto de partida o conhecimento e o

compromisso político da organização. Nesse contexto, são mobilizadas

capacidades cognitivas, tendo em vista a produção de uma resposta

através da busca de informações, de discussões com os colegas, com o

professor ou com membros da comunidade no intuito de superar o senso

comum buscando o conhecimento científico. Para que isso aconteça, além

de exercer o papel de organizador de atividades mediadoras, propondo

22



questões, disponibilizando informações, discutindo e orientando; o

professor é um estimulador de motivações e desejos. Não basta a

consciência da necessidade de conhecer, é preciso ter o desejo de fazê-lo.

A aprendizagem depende do desenvolvimento da capacidade de construir

o caminho metodológico através da relação entre concreto e abstrato e

entre o lógico e o histórico. Contudo, a escola ainda apresenta um índice

considerado elevado de repetência e evasão escolar, conforme quadro

estatístico a seguir:

Modalidade de Ensino Fundamental Médio

Formação de Docentes (Normal)

ANO REP. DES. REP. DES. REP. DES.

2003 4,5 % 2,9 % 7,2 % 5,7 % 0,5 % 5,4 %

2004 6,6 % 2,9 % 2,5 % 0,3 % 2,0 % -

2005 8,2 % 5,9 % 1,6 % 11,5 % 2,8 % 18,5 %

2006 10,1% 11,2% 6,7% 10,8% 1,8% 26,2%

Os motivos desses índices estão diretamente voltados para a

condição social do aluno. Muitos alunos, principalmente adolescentes do

noturno, durante a safra afastam-se das atividades escolares a fim de

trabalhar nas diversas colheitas (café, maçã, algodão), visto a necessidade

de trabalho. Por essa razão acabam não retornando por se sentirem

inaptos a continuar com os estudos. Outro fator que contribui para esse

resultado, mas, em pequena proporção, é a gravidez na adolescência.

Os alunos ainda participam de provas e concursos em níveis

estadual e federal como: Olimpíadas da Matemática (para alunos do

Ensino Fundamental, Médio e Normal) e ENEM (para alunos do Ensino

Médio). Nas provas do ENEM, os resultados obtidos por nossos alunos têm

sido próximos à média geral do Estado. Nas Olimpíadas da Matemática a

escola participou, sendo desclassificada na segunda fase. A escola

participou também do Projeto Agrinho, desenvolvendo o tema

“Cidadania”, alcançando a terceira colocação em nível estadual.

Apesar de todos os esforços e empenhos, a evasão, a repetência

e a indisciplina são situações-problemas que continuam fazendo parte do

23



nosso cotidiano.

Hoje mais do que nunca são reivindicadas e esperadas melhorias

na qualidade dos serviços educacionais de modo geral, e da formação

básica de modo particular, apostando e considerando a capacidade de

cada pessoa para a construção do conhecimento na condição de agente,

de sujeito que pensa, age e faz. Dessa forma, a escola não termina em si

mesmo, está sempre a serviço da comunidade.

Formas de convivência

Nos fundamentos didáticos-pedagógicos, as “Diretrizes para uma

Pedagogia de Qualidade” apontam para a identidade, diversidade e

autonomia. Os conhecimentos construídos no ambiente escolar ganham

sentido pela interação contínua e permanente entre o saber escolar e os

saberes da comunidade.

Pais e comunidade interagem no processo educacional

exercendo um papel fundamental, através de reuniões e eventos, estando

sempre presente, pois a família na escola proporciona segurança aos

filhos e oferece à direção e professores o incentivo de um trabalho

continuado.

Com o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com

competência e dignidade na sociedade, a escola busca estratégias que

estejam em consonância com as questões sociais que marcam o momento

histórico, cuja aprendizagem e assimilação são consideradas essenciais

para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres.

O professor busca alinhavar a teoria e a prática, evitando

contradições e conflitos utilizando-se de metodologias que priorizam

estratégias de verificação e comprovação de hipóteses, na construção do

conhecimento e argumentação capaz de controlar os resultados do

processo, o desenvolvimento do espírito crítico que favoreçam também o

desenvolvimento da autonomia do sujeito, para que o aluno se sinta

seguro em relação às próprias capacidades interagindo num trabalho de

equipe com capacidade de atuar em níveis complexos e diferenciados.

A organização e distribuição de turmas encontram-se em

24



consonância com as normas vigentes, ou seja, as turmas por série e

professores conforme classificação emitida pela SEED/NRE.

25



MARCO CONCEITUAL

Gestão democrática

Os princípios e regras desta prática, embora ligados à natureza

universal dos valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca

ligada à natureza da escola e ao Projeto Político Pedagógico do sistema

escolar. A escola não é democrática só por sua prática administrativa. Ela

torna-se democrática por toda sua ação pedagógica, essencialmente

educativa. Por isso, está em seus anseios, ser concebida não mais como

organização burocrática, mas, como instância de articulação de projetos

pedagógicos partilhados por direção, professores, alunos e comunidade.

Nela, os envolvidos são cidadãos co-autores que têm participação efetiva

no processo de construção da educação. Nesta concepção, a escola

propicia aos educandos uma aprendizagem significativa, já que a oferta de

possibilidades é múltipla para a interação educativa.

A sociedade atual impõe novas dimensões no exercício da

cidadania, isto é, implica a formação de uma nova mentalidade de modo a

fortalecer suas instituições como fonte criadora de ordem social, no intuito

de garantir os direitos de cada cidadão e de fornecer canais para a

transformação das relações sociais, definindo novas ações, de ser e atuar

em conjunto.

O homem em suas relações sociais necessita de envolvimento,

organização e compromisso que o leve à produção dos bens necessários à

vida. No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se

dialeticamente. É nessa dimensão que está posta a formação do homem.

A educação é uma prática social, cuja atividade específica do

homem, situa-se dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo

pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho.

Vista como um processo de desenvolvimento de natureza humana, a

educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do

homem que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade.

A escola é um local onde se busca, de forma sistemática e

26



organizada, a apropriação do saber historicamente produzido, mas seu

compromisso vai além do atendimento pedagógico, ela assume

responsabilidades que superam o “simples ensinar”. Inspirada nos

princípios de liberdade e ideais de solidariedade humana, procura

desenvolver no aluno o senso crítico e autonomia para interagir na

sociedade.

O conhecimento por sua vez, é uma atividade humana que busca

explicitar as relações entre o homem e a natureza. Desta forma, é

produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho. O conhecimento

pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais

que o geram, configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente

nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obter o

conhecimento e assim, conseqüentemente, mudando a forma de interferir

na realidade. No que se refere ao professor, o conhecimento escolar é

dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que

se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos, mas sim ao

resultado de fatos, conceitos, generalizações, sendo portanto, objeto de

trabalho do professor.

A escola em sua proposta pedagógica tem como meta, a

inserção da relação sujeito – aprendiz – conhecimento e contexto histórico-

social, mediada pelo professor no que se refere ao conhecimento do aluno

propriamente dito, estabelecendo como meio principal, o uso constante do

diálogo, onde o professor articula o processo para aquisição do

conhecimento, colocando em evidência o papel recíproco dos sujeitos da

aprendizagem. Busca-se inter-relacionar a realidade de nossos alunos, que

em sua maioria provém do meio rural, sendo que a agricultura é que

articula o comércio do município e região, com o conhecimento

sistematizado que a escola propõe. A escola trabalha os conteúdos com a

mediação do professor, intervindo na elaboração dos conceitos, levando o

aluno, do conhecimento assistemático ao conhecimento científico. Para se

concretizar uma proposta voltada para essa direção, a escola depende de

um grande fortalecimento no processo ensino-aprendizagem, que diz

27



respeito ao aspecto físico sim, mas principalmente ao pedagógico, que no

decorrer do seu desenvolvimento, articula cuidadosamente as múltiplas

faces do seu funcionamento como gestão democrática e constituição de

seu projeto político pedagógico, suas relações com o meio social,

econômico e cultural dos alunos, a organização do espaço e do tempo, o

currículo e suas metodologias de ensino, as rotinas de trabalho e

avaliação, as condições de trabalho e a formação continuada de

professores e funcionários.

Na concepção de cidadania, o Brasil foi historicamente

construído de cima para baixo e de fora para dentro – poderes coloniais,

elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e agravando

as inclusões. Neste momento, sequer construir uma ou outra base social,

constituída por aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-

se na sociedade civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam

força e conseguiram expressar-se, tomando as rédeas do seu destino,

criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e à participação.

De acordo com Boff (2000, p.51), cidadania é um processo

histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de

consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas

no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito

histórico, plasmador de seu próprio destino.

Segundo Martins (2000, p. 54), pode-se afirmar que “aquela

relação entre cidadania e democracia” explicita-se no fato de que ambas

são processos; o processo não se dá num vazio, a cidadania exige

instituições, mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na

criação de espaços sociais de luta na definição de instituições

permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a

cidadania passiva, aquela que é autorgada pelo Estado, com a idéia moral

do tema e do favor. Cidadania-ativa – aquela que institui o cidadão como

portador de direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos, de

abrir espaços de participação. Confirma ainda, que a cidadania requer a

consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências

colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a educação

28



formal – pode ser um locus excelente para a construção da cidadania.

Nesse contexto e concepção, cidadania tem relação com a conquista de

qualidade de vida procurando buscar a dignidade da vida humana. Tem

portanto, relação com a busca de justiça, através da distribuição da

riqueza produzida, condição para melhor desenvolvimento da

potencialidade e capacidade humanas.

Concepção de avaliação

A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino pelo

qual o professor interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e

atribuir valores. A relevância da avaliação está centrada na aquisição e

assimilação de conhecimentos significativos e também como habilidades

para transformar e aplicar tais conhecimentos no contexto de uma prática

social. É realizada em função dos conteúdos, utilizando-se de métodos e

instrumentos diversificados, coerente com as concepções e finalidades

educativas.

Recuperação de estudos

“avaliação contínua e cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos

e dos resultados ao longo, do período sobre

os de eventuais provas finais;” (LDB, ART 24

INCISO V)

A recuperação de estudos é direito dos alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e

se dá de forma permanente e concomitante ao processo ensino e

aprendizagem. É organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados.

29



Diferentes práticas de avaliação

As teorias sobre desenvolvimento e aprendizagem identificam

caminhos a percorrer por professores e alunos. Desta forma, uma prática

avaliativa coerente exige do professor o aprofundamento em teorias do

conhecimento. Exige também visão ampla e detalhada de sua disciplina e

dos fundamentos teóricos que permitam conectar as hipóteses formuladas

pelos alunos e a base científica do conhecimento. Para os teóricos

construtivistas, a aprendizagem acontece quando já se tem um certo nível

de desenvolvimento, de modo que à aprendizagem está sempre a reboque

do desenvolvimento. Na atualidade, a avaliação é objeto de constantes

pesquisas, voltadas para enfoques variados: político, filosófico, tecnológico

e sociológico. Luckesi define o conceito de avaliação da aprendizagem,

tendo como objetivo uma maior relevância aos seus pontos críticos.

Luckesi se refere à avaliação como juízo de valor sobre dados relevantes

para uma tomada de decisão. Ele afirma, que a avaliação não se dá em

separado do projeto pedagógico.

A avaliação inclui, antes de tudo, um julgamento a respeito do

significado do resultado, que é feito a partir de algum critério, expectativa

ou padrão de desempenho estabelecido. O julgamento deve levar a um

diagnostico sobre os problemas apontados pelo resultado e também a

uma ação corretiva. Para que isso ocorra, os instrumentos; métodos de

avaliação devem ser muito bem elaborados, de forma que professores e

alunos possam compreender os problemas de desempenho e procurar

soluções para superá-los. Desta forma, uma das maiores preocupações é o

ensino de qualidade, como diferencial na vida dos alunos. Espera-se que o

aluno seja capaz de saber mais sobre si e que consiga refletir sobre a

realidade que o cerca, que tenha discernimento do justo, que seja

coerente e conseqüente. Para isso, a escola deve ser responsável pelo

desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos alunos. É fundamental que

estes aprendam e se desenvolvam, vencendo seus limites e dificuldades

de aprendizagem. Assim se cumpria o papel da escola.

Para os teóricos sociointeracionistas, como Vygotsky e Piaget, a

aprendizagem estimula e fomenta processos de desenvolvimento que,

30



uma vez realizados, criam novas possibilidades de aprendizagem. Nessa

perspectiva, é por meio da própria história de vida, do cotidiano,

resolvendo questões, descobrindo, tentando, pensando e representando

que o sujeito que aprende chega ao conhecimento, pois aprender é

descobrir com os seus próprios pensamentos, conhecimentos

institucionalizados socialmente. A teoria de Vygotsky amplia o horizonte

dos responsáveis pelo ensino, pois na prática, na relação entre professores

e alunos ou de alunos com alunos, o ensino bem planejado se preocupa

em promover o aprendizado considerando-se o que os alunos já sabem –

conhecimento prévio, portanto, estabelecendo uma ponte entre

conhecimentos novos. Desta forma, os alunos terão melhor rendimento

escolar e na avaliação apresentarão melhores resultados. Uma nova

perspectiva de avaliação exige do educador uma concepção de criança, de

jovem e adulto, como sujeitos do seu próprio desenvolvimento, inseridos

no contexto de sua realidade social, política e cultural.

Segundo Demo (2000), o erro não é um corpo estranho, uma

falha na aprendizagem. Ele é essencial, é parte do processo. Ninguém

aprende sem errar. O homem tem uma estrutura cerebral ligada ao erro, é

intrínseco ao saber-pensar a capacidade de avaliar e refinar, por acerto ou

erro, até chegar a uma aproximação final. Para quem tem uma idéia de

aprendizagem como produto final, o erro está fora dela, mas para quem

vê como um processo, ele faz parte. Nessa dimensão educativa, em que o

aluno é sujeito do conhecimento, os erros e dúvidas dos alunos são

considerados episódios significativos e impulsionadores da ação

educativa.

Instâncias colegiadas

A nossa instituição escolar tem como instrumento de

participação os seguintes órgãos colegiados:

Conselho Escolar;

Conselho de Classe;

APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários;

Grêmio Estudantil.

31



O grande desafio desse projeto de educação consiste na

reinvenção da solidariedade, do companheirismo, da reciprocidade, da

democracia e da justiça social que sugere e orienta práticas educativas

eticamente articuladas com os conteúdos da docência que realizam

mudanças nas formas de participação e responsabilidade popular. No

universo da escola, podemos afirmar que as práticas pedagógicas são

emancipatórias porque trabalham pela revalorização das relações

interpessoais de solidariedade e de cooperação e pelo conhecimento dos

processos de organização de conhecimento e de construção de

identidade.

Conselho Escolar – O Conselho Escolar é um órgão colegiado

de natureza consultiva, deliberativa, avaliativa e fiscalizadora sobre a

organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da

instituição escolar, em conformidade com as políticas e as diretrizes

educacionais da Secretaria de Estado da Educação, a Constituição Federal,

a Constituição Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento Escolar. É composto por representantes da comunidade escolar

e de representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos

com a educação pública presentes na comunidade, sendo presidida pelo

Diretor do Estabelecimento de Ensino.

Conselho de Classe – O Conselho de Classe é um órgão

colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-

pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no

Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações

educacionais indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do

processo ensino e aprendizagem. Constitui-se em um espaço de reflexão

pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma

coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que

possam vir a sanar necessidades-dificuldades no processo ensino e

aprendizagem. É composto pelo Diretor ou Diretor Auxiliar, pelos

professores pedagogos, por todos os professores e por alunos

representantes de turmas. É responsabilidade da Direção presidir o

32



Conselho de Classe e cabe ao pedagogo organizar as informações e dados

coletados a serem estudados no Conselho de Classe.

APMF – A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres

e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, sem caráter político

partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados

os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo

indeterminado. É regida por Estatuto próprio aprovado e homologado em

assembléia geral convocada especialmente para esse fim. O objetivo do

trabalho da APMF é a integração entre a família, educadores e escola.

Grêmio Estudantil – O Grêmio Estudantil é uma organização

sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e que tem

fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. É o órgão

máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, o

educando defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania

na prática. É formado apenas por alunos de forma independente,

desenvolvendo atividades culturais e esportivas.

Questão curricular no plano educativo

Para elaborar um currículo, evidencia-se a necessidade de

compromisso efetivo. Um aporte fundamental é o de entender o currículo

como um instrumento que responda às necessidades sociais da

comunidade. É um elemento importante e constitutivo da organização

escolar. Dessa forma, implica necessariamente na interação entre sujeitos

que têm objetivos comuns e a opção por um referencial teórico que lhe dê

suporte.

Segundo Celso dos S. Vasconcellos: “Deve-se possibilitar o

confronto de conhecimento entre o sujeito e o objeto, onde o educando

possa penetrar no objeto, compreendê-lo em suas relações internas e

externas, capitar-lhes a essência”.

Para Freire: “O ensino deve sempre respeitar os diferentes níveis

de conhecimento que o aluno traz consigo para a escola. Tais

conhecimentos exprimem o que poderíamos chamar de idade cultural do

aluno, ligada evidentemente ao conceito sociológico de classe. O educador

33



deve considerar essa leitura de mundo inicial que o aluno traz consigo, ou

melhor, em si”.

Os conteúdos inseridos no ensino compõem-se pela realidade

social do aluno, bem como, os conhecimentos de cunho científico, que são

incorporados pela humanidade. Oportuniza ainda, as flexibilizações e

adaptações curriculares (de conteúdos, métodos e avaliação), de modo a

contemplar a participação de todos os alunos, considerando seus

conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o

contexto social.

Ações curriculares

Todo currículo gira em torno de “como” e “com que recursos” as

atividades são propostas a partir de determinados pressupostos e

objetivos. São dimensões que possibilitam organizar as atividades e

desenvolvê-las. O currículo tem sentido amplo e suas partes, quaisquer

que sejam, estão unificadas pelo sentido de globalidade e deve ser

conectado às experiências dos alunos para que sejam coerentes.

Conforme o Artigo 27 da LDB 9394/96, os conteúdos curriculares

da educação básica, são cumpridos de acordo com as seguintes diretrizes:

I. A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos

direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à

ordem democrática;

II. Consideração das condições de escolaridade dos alunos, em cada

estabelecimento;

III. Orientação para o trabalho;

IV. Promoção do desporto educacional e apoio às práticas

desportivas não-formais;

Para o Ensino Médio, a LDB traz ainda, em seu Artigo 36, § 1º -

Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão

organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando

demonstre:

I. Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a

produção moderna;

34



II. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

III. Domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia

necessários ao exercício da cidadania.

O aluno é sujeito do processo ensino-aprendizagem. Como tal,

suas características e necessidades pessoais deverão ser conhecidas e

respeitadas para a organização do ensino, vistas à qualidade de sua

aprendizagem.

O primeiro passo caracteriza-se pela preparação e mobilização

do aluno para a construção do conhecimento escolar. O professor

apresenta o conteúdo e observa a bagagem de conhecimento que o aluno

traz para poder “propor mais”. É a primeira leitura da realidade, um

contato inicial com o tema a ser estudado.

O segundo passo é o de que o currículo não pode ser separado

do contexto social, uma vez que ele é historicamente situado e

culturalmente determinado. Nesse passo, a problematização é o elemento

chave na transição entre a teoria e a prática, entre o fazer cotidiano e a

cultura elaborado. É o momento do processo em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada, levando em consideração o

conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicar tal

conhecimento. Nesta fase, o professor passa aos educandos uma primeira

visão, uma primeira definição dos conceitos da questão ainda que

simplificada. Esta fase é responsável em preparar o educando para

analisar e aprender o conteúdo em suas múltiplas dimensões, histórica,

cultural, científica, ética, legal, literária, econômica, política, afetiva, etc.

Trata-se da interdisciplinaridade.

O terceiro passo, refere-se aos atos docentes e discentes

necessários para a construção do conhecimento científico. Esta fase

consiste na apreensão dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao

equacionamento dos problemas detectados e que são considerados

fundamentais na fase “da problematização”. Uma das operações básicas

para a construção do conhecimento é a análise. Realiza-se nesta fase, a

operação fundamental que é a síntese – do cotidiano científico, do teórico

e do prático, a que o aluno chegou, marcando uma nova posição em

35



relação ao conteúdo e à forma de sua construção social e sua

reconstrução na escola. É a expressão teórica dessa postura mental do

aluno que evidencia a elaboração da totalidade concreta em grau mais

elevado de compreensão. Significa outrossim, a conclusão, o resumo que

ele faz do conteúdo apreendido recentemente. É o ponto de chegada do

processo pedagógico na perspectiva histórico-crítica; é o retorno à prática

social. Esta fase representa a transposição do teórico ao prático dos

objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e conceitos

adquiridos. Professores e alunos modificam-se intelectual e

qualitativamente em relação aos conteúdos que reconstruíram, passando

de um estágio de menor compreensão científica para uma fase de maior

clareza e compreensão na concepção da totalidade. Há portanto, uma

nova posição perante a prática social do conteúdo adquirido.

Relação entre concepções e a finalidade dos conteúdos

O ensino é propiciado de forma que a assimilação ocorra de

maneira progressiva, onde o aluno, através do processo, acompanha as

etapas compatíveis, de acordo com a capacidade de cada um num

contexto de totalidade. A avaliação e a aprendizagem em múltipla

construção, valorizam e respaldam a gestão escolar, reconhecendo o

científico, pois, quando dominadas vão além da sala de aula, transpassam

as divisas da instituição escolar, na perspectiva de buscar melhores

resultados.

Averigua-se na escola, a aprendizagem adquirida após o ensino

do conteúdo ofertado, de forma que a construção do ensino seja

sistematizada, através do currículo e, organizada academicamente com

instrumentos próprios, de fácil domínio como: observação contínua em

sala de aula, biblioteca e outros lugares internos e externos da escola, que

propiciem a aprendizagem através de trabalhos direcionados ou não pelo

professor.

Em relação à identidade cultural do aluno, na perspectiva da

diversidade cultural, é importante reconhecer a diversidade da

comunidade a ser atendida e buscar formas de acolhimento que requer

36



compromisso político com a educação, o que envolve a valorização dos

conhecimentos e forma de expressão de cada aluno como processo de

socialização.

No que se refere à articulação dos saberes das áreas do

conhecimento do aluno, do contexto histórico social e a função da

mediação professor, consideramos as mudanças estruturais e a

organização da sociedade necessárias para a construção de uma

educação que esteja voltada para a cidadania. Compreendê-la como

participação social e política, assim como o exercício de direitos e deveres

políticos, civis e sociais, adotando no dia-a-dia valores que facilitem o

relacionamento com as pessoas.

O papel do professor como mediador no contexto histórico-social

do aluno é relevante. Expressar e comunicar idéias, entender as diferentes

intenções e situações de comunicação; saber utilizar diferentes fontes de

informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir

conhecimentos; questionar a realidade formulando-se problemas e

tratando de resolvê-los. Aprender a conhecer e aprender a fazer são ações

permanentes.

A formação continuada é parte essencial da estratégia de

melhoria permanente da qualidade de educação que visa a abertura de

novos horizontes na atuação profissional. Direção, Equipe Pedagógica,

Professores e Funcionários são agentes construtores do coletivo, capazes

de refletir sobre o seu fazer educacional; conduzem o processo de

formação de cidadãos e de transformação, por isso, precisam estar

sempre buscando o aperfeiçoamento profissional continuado.

Os vínculos entre educação, escola e trabalho situam-se numa

perspectiva ampla, tendo em vista a construção histórica do ser humano,

de sua formação intelectual e moral, de sua autonomia e liberdade

individual e coletiva, e de sua emancipação.

A discussão continuada e coletiva da prática pedagógica;

intervenção constante do professor no processo aprendizagem do aluno

desempenham um papel importante na construção de elos de ligação

entre as noções intuitivas dos alunos e a linguagem simbólica da escola.

37



No que diz respeito ao processo de aprendizagem do aluno, a

interação é fundamental; auxilia-o a construir seu conhecimento, a

aprender outras formas de pensar, tornar mais claro o seu próprio

pensamento. Ajuda-o a construir significados. Nessa perspectiva, o

trabalho do professor não consiste em apenas resolver problemas e tomar

decisões sozinho. Ele mantém a rede de conversas e coordena as ações.

A ação pedagógica não é padronizada, pois cada professor se

revela e faz sentido no contexto de sua sala de aula para o conjunto de

necessidades suas e de seus alunos. Por isso, os procedimentos adotados

para desenvolver as ações em sala de aula são compatíveis com a

concepção de educação de cada professor, de cada projeto escolar.

Em relação ao aluno, a consciência dos acertos, erros e lacunas,

ajuda-o a compreender seu próprio processo de aprendizagem,

desenvolvendo sua autonomia para continuar a aprender. A intervenção

do professor é constante no intuito de favorecer tais possibilidades.

38



MARCO OPERACIONAL

Gestão democrática

A educação escolar é um processo de socialização do saber

historicamente construído, a partir da perspectiva da formação humana e

da cidadania, inseridas na realidade social com suas contradições

econômicas, sociais e políticas. A formação humana por conhecimento é

fundamentada nas dimensões cultural, política, simbólica, técnica e social

da educação, para a construção da autonomia e da emancipação

humanas. Sendo assim, a escola pública, sob a égide da gratuidade e da

obrigatoriedade tem por finalidade a viabilização das condições de

aquisição do saber elaborado, de modo que crianças, jovens e adultos se

apropriem gradativa e qualitativamente do conhecimento para o seu

avanço material e cultural.

A tematização da realidade será feita com base em problemas e

necessidades que se evidenciam na comunidade, articulando toda a ação

pedagógica da escola num espaço-tempo suficiente para que haja

construção de conhecimentos, conscientização e envolvimento da

comunidade na busca de soluções para seus problemas.

Em sua dinâmica e autonomia, a escola continuará promovendo

reuniões a cada bimestre com pais, professores, alunos e funcionários

para explicitar os problemas nela existente e buscar possíveis soluções. A

comunidade escolar também é responsável pela vida do aluno, portanto,

dará seqüência em auxiliar os professores e equipe pedagógica nas ações

que envolvem o cotidiano dentro da escola. Seu êxito dependerá portanto,

não apenas do exercício democrático de seu interior, de gestão

participativa, de instruções, de inovações técnicas, mas basicamente da

qualidade que operará o ensino-aprendizagem, propiciando ao aluno o

conhecimento e a condição de igualdade.

Para funcionar em uma perspectiva democrática, os Conselhos,

de composição paritária, serão respaldados em uma prática participativa

de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos, funcionários).

39



Para tal, é importante que todos tenham acesso às informações relevantes

para a tomada de decisões com transparência nas negociações entre os

representantes dos interesses, muitas vezes legitimamente conflitantes,

dos diferentes segmentos da comunidade escolar. Os conselhos e

assembléias escolares serão deliberativos, consultivos e fiscalizadores, de

modo que possam dirigir e avaliar todo o processo de gestão escolar e não

apenas funcionar como instância de consulta.

A gestão democrática da escola, portanto, se configurará através

da conjunção entre instrumentos formais - eleição de direção, conselho

escolar, descentralização financeira - e práticas efetivas de participação,

que conferem a escola, sua singularidade, articuladas em um sistema de

ensino que igualmente promova a participação nas políticas educacionais

mais amplas.

A escola estará aberta à comunidade externa caso queira

participar das ações como voluntária, buscando nessa parceria a

contribuição e compromisso no processo educacional.

Eleições para diretor

As eleições para designação de Diretores e Diretores Auxiliares

será realizada de dois em dois anos, através de voto por chapa, direto,

secreto e facultativo dos membros da comunidade escolar aptos a votar,

vedado o voto por representação.

Para a gestão de Diretor e Diretor Auxiliar será admitida apenas

duas reconduções consecutivas. No caso de afastamento temporário do

Diretor, a substituição será feita pelo diretor auxiliar que ocupar a primeira

posição no registro da chapa. Em caso de desistência do Diretor, o Diretor

Auxiliar será designado como Diretor e completará a gestão, obedecendo

a ordem de inscrição da chapa e assim, sucessivamente.

Ações curriculares

Pensando ainda na qualidade do ensino e da escola, serão

implantadas novas teorias de aprendizagem, de forma que aconteça a

interdisciplinaridade. Trataremos de um currículo centrado no aluno, em

40



questões relevantes, o qual priorizará os contextos sobre os conteúdos; os

conceitos sobre os fatos; as perguntas sobre as respostas; a imaginação

sobre o conhecimento; a intuição sobre a lógica racional; os processos

sobre o produto da aprendizagem; a qualidade sobre a quantidade de

informação.

O processo educacional e qualidade curricular estarão centrados

no “aprender a conhecer, a fazer, a viver e a ser”. Este será portanto, o

paradigma que redimensionará a educação em relação aos princípios da

cidadania, que deverão ser exercidos na sua plenitude. Faremos a auto-

avaliação através de questionamentos e reflexões que são imprescindíveis

para subsidiar o desenvolvimento no processo educativo.

O currículo irá constituir o elemento nuclear do Projeto Político

Pedagógico, portanto, viabilizará o processo-aprendizagem.

A proposta pedagógica será adequada à maneira de trabalhar

em sala de aula, à maneira de avaliar os alunos, desenvolvida conforme a

matriz curricular, utilizando como meio norteador o DCE (Diretrizes

Curriculares do Estado), através de projetos como: Agenda 21, FERA, Com

Ciência, Jogos Escolares Inter-Classes, FESTMMEN (Festival de Música

Mensagem), Poetas da Escola, de forma a envolver a interdisciplinaridade

e conteúdos existentes no planejamento. A avaliação geral do

desempenho dos professores, pedagogos e funcionários se dará através

de sua prática pedagógica, da auto-avaliação, da assiduidade e

comprometimento efetivo com a escola.

Avaliação

O processo de avaliação assegurará a individualidade do aluno e

o domínio dos conteúdos básicos necessários para o desenvolvimento

formativo e cultural, levando em consideração, o desempenho e a

participação do aluno nas atividades realizadas, devendo ser

diagnosticativa, priorizando a qualidade e o próprio processo de

aprendizagem, através da observação constante do aluno em diferentes

experiências de aprendizagem como: debates, provas, experiências,

tarefas específicas, trabalhos práticos de pesquisas, de participação

41



coletiva e/ou individual, cumprindo a sua finalidade de ser contínua,

permanente e cumulativa. A avaliação funcionará como instrumento que

possibilite também ao professor analisar criticamente sua prática

educativa e que apresente ao aluno possibilidades de autocrítica e

conhecimento de seus avanços e dificuldades. Nesse sentido, a avaliação

será fonte principal de informações e inspiração para a formulação e

reformulação de práticas educativas que levem à formação global de cada

aluno. A avaliação será registrada em documentos próprios através de

livros-registro, sem rasuras, a fim de assegurar a autenticidade da vida

escolar do aluno.

Recuperação de estudos

A recuperação é um dos aspectos de aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, ao qual o aluno com aproveitamento

insuficiente, recebe condições disponibilizadas pela escola, que lhe

possibilite a apreensão de conteúdos básicos, com subsídios necessários

para sua execução, garantidos pelo órgão mantenedor que é o Estado.

Terá garantia legal, prevista na LDB, o aluno cujo aproveitamento escolar

for insuficiente. A proposta de recuperação de estudos indica os conteúdos

da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado

insuficiente.

A escola proporcionará a recuperação de estudos

concomitantemente ao período letivo, assegurando toda condição

pedagógica necessária, constituindo um conjunto integrado no processo

ensino-aprendizagem, além de adequar-se às necessidades dos alunos. A

recuperação será planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao

processo de ensino, além de adequar-se às dificuldades dos alunos. O

professor considerará a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e,

para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e da recuperação,

prevalecerá a maior. A recuperação será realizada por meio de trabalhos

de pesquisa extra-classe, vídeos, relatórios e avaliações elaboradas e

orientadas pelo professor.

Os resultados da recuperação serão incorporados aos da

42



avaliação, efetuadas durante o ano letivo, constituindo-se mais um

componente de apoio ao aproveitamento escolar. A proporcionalidade e

integração entre os resultados da avaliação e da recuperação estarão pré-

estabelecidas no Regimento Escolar.

Regime de progressão parcial

A matrícula por Progressão Parcial é aquela por meio da qual ao

aluno, reprovado em até três disciplinas ou áreas de conhecimento da

série, será permitido cursar, o período subseqüente, concomitantemente

às disciplinas ou áreas nas quais reprovou.

Será vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com

dependência do Ensino Fundamental. O regime de Progressão Parcial

exige, para aprovação, a freqüência e o aproveitamento previsto em lei.

Na impossibilidade da disciplina em dependência ser cursada em horário

compatível com o da série em que o aluno estiver cursando, estabelecer-

se-á um plano especial de estudos, registrados em relatório que integrará

a pasta individual do educando.

O aluno contemplado pela Progressão Parcial em até três

disciplinas, estará reprovado caso fique retido em uma delas, não

podendo, assim, acumular disciplinas para o ano seguinte, devendo cursar

novamente a série.

Plano de ação do professor

O professor, como profissional que presta serviço à educação,

precisa estar inovando o seu saber, cuja ação deve repercutir

especialmente no aluno.

Compete ao professor:

desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a

apreensão do conhecimento pelo aluno;

organizar o registro de classe anotando as atividades em sala

de aula juntamente com a freqüência e menções dos alunos;

proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a

43



apropriação ativa e crítica do conhecimento filosófico

científico pelo aluno;

promover e participar de reuniões de estudos, encontros,

cursos e outros eventos, tendo em vista o seu constante

aperfeiçoamento profissional;

assegurar que, no âmbito escolar não ocorra tratamento

discriminativo de cor, raça, sexo, religião e classe social;

estabelecer processo de ensino-aprendizagem resguardando

sempre o respeito humano ao aluno;

manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho,

com seus colegas, com alunos, pais e com diversos

segmentos da comunidade;

participar da elaboração do Projeto de Recuperação a serem

proporcionados aos alunos, que obtiverem resultados abaixo

dos desejados;

proceder a processos coletivos de avaliação do próprio

trabalho e da escola com vistas a melhorar o processo ensino-

aprendizagem;

Precisa estar incluído nos objetivos da educação, a valorização

do profissional qualificado, oferecendo-lhe condições básicas para atender

as necessidades do processo pedagógico através da formação continuada,

contribuindo assim, para o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica.

O investimento na formação do professor é fundamental e

indispensável para a transformação social.

Haverá incentivo para todos os profissionais envolvidos na

educação com a participação em cursos, grupos de estudos oferecidos

pela SEED / NRE, de acordo com o calendário pré-estabelecido.

Plano de ação da direção

Por ser uma escola de grande porte, cabe à direção 40

(quarenta) horas de trabalho semanais e 20 (vinte) à direção-auxiliar,

44



perfazendo um total de 60 (sessenta) horas. Direção e Direção-Auxiliar

têm como pressuposto, ação cooperativa, procurando integrar

constantemente, equipe pedagógica, professores e funcionários.

O Diretor como líder, dará liberdade de ação a cada profissional

sendo o maior elo de ligação entre comunidade e escola, porém, as

decisões serão tomadas sempre em conjunto. Compete ao diretor, a

gestão de todos os setores da escola, assegurando o alcance dos objetivos

educacionais propostos pelo estabelecimento de ensino, já definidos na

proposta pedagógica.

Plano de ação da supervisão

É atribuição da equipe pedagógica, a assistência pedagógico-

didática aos professores, tendo em vista a qualidade de ensino,

auxiliando-os na construção e administração e situações de aprendizagem

conforme as necessidades educacionais do aluno, através da reflexão,

cujo trabalho deve ser norteado com base na legislação vigente.

A supervisão estará encarregada de desenvolver as seguintes

atividades:

Coordenar a elaboração coletiva e a efetivação do projeto político-

pedagógico e da proposta curricular da escola, a partir das políticas

educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares Nacionais;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico;

Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os

profissionais da escola, tendo como finalidade o aprimoramento do

trabalho pedagógico escolar;

Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na

escola;

Coordenar a organização do espaço-tempo escolar, a partir do projeto

político-pedagógico, intervindo na elaboração do calendário escolar, na

formação das turmas, na definição do horário das aulas e da hora-

atividade;

Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimos e

45



seleção de materiais , equipamentos e livros de uso didático-

pedagógico;

Participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim

como do processo de aquisição de livros e periódicos;

Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto

ao coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos

e trocas de experiências;

Organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de

maneira pedagógico desenvolvido em sala de aula;

Atuar junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de

recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem

identificadas em sala de aulas;

Organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um

processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico

desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a

elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo;

Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do

aproveitamento escolar, por meio de gráficos e entrega dos boletins, de

forma a promover o processo de reflexão sobre os mesmos para

garantir a aprendizagem de todos os alunos;

Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar da escola, garantindo a participação democrática de

toda a comunidade escolar;

Sugerir atividades que promovam a interação escola-comunidade, de

forma a ampliar os espaços de participação e melhoria das condições

de vida da população (através de palestras, etc);

Observar os preceitos constitucionais e a legislação educacional em

vigor, bem como o Estatuto da Criança e do adolescente, como

fundamentos da prática educativa.

Funcionários

O papel do funcionário na implementação do PPP é tão

importante e indispensável à organização e bom funcionamento da escola

46



como todos os outros nela envolvidos. Além das atividades específicas que

desempenham, ele poderá sugerir adequação no âmbito administrativo e

também no que se refere ao comportamento dos alunos em relação aos

seus valores, éticos e morais dentro do ambiente escolar.

Os funcionários participaram na implementação do PPP, através

de momentos de capacitação, com o objetivo de refletir sobre as questões

legais e históricas que sustentam suas atividades. Permanentemente

envolvidos no processo de reconstrução da educação, os funcionários

procuram esgotar todas suas possibilidades para desenvolver o seu

trabalho, não limitando-se somente às suas funções. Sua prática vai muito

além, como: o atendimento aos alunos em salas de aulas na ausência dos

professores, o atendimento aos alunos no pátio no horário do intervalo

para o recreio, na cantina, servindo a merenda escolar e outros. São

fatores essenciais no processo de gestão democrática na escola: a

participação e comprometimentos efetivos dos funcionários,

entrosamento, cooperação e respeito mútuo entre os colegas, respeitando

o espaço do outro, promovendo reuniões periodicamente com a direção

para discussões e reflexões sobre os problemas do cotidiano, procurando

buscar soluções para os mesmos.

Formação Continuada

O professor como agente da escola, co-responsável na sua

organização, também terá que reaprender, reinventar seu campo de

conhecimento a cada dia. Essa reflexão tem lugar na escola e nasce do

esforço de encontrar respostas para os problemas educativos.

A formação continuada deverá expressar um projeto de

Educação com reflexões sobre a prática cotidiana da escola, que

contribuirá para um processo de ação-reflexão-ação acerca da educação

que se tem e que se quer ter. Para que isso aconteça, serão promovidas

atividades diversificadas envolvendo toda a comunidade escolar como:

• palestras com profissionais da área em questão;

• cursos de capacitação;

• semanas pedagógicas;

47



• grupos de estudo;

• cursos oferecidos pelas Universidades Estaduais, sem

necessidade do PDE.

Também fará parte da Proposta de Formação Continuada, o

atendimento às necessidades emergentes da escola, através de trabalho

com fatos e ou episódios acontecidos no ambiente escolar, que exijam

esclarecimentos, com o objetivo de conscientização, divulgação e

orientação à comunidade escolar.

A hora - atividade

A hora-atividade é um espaço fundamental para o crescimento e

aperfeiçoamento do professor, será desenvolvida através de reuniões de

professores por disciplina para discussões de suas práticas (preparação

das aulas, reunião para troca de idéias, de experiências e estudos),

ficando estabelecido que se cumpra o seguinte cronograma para 2007:

• Segunda-feira: Português / Inglês

• Terça-feira: Educação Física / Arte / Artes

• Quarta-feira: Matemática / Física / Química / Ciências /

Biologia

• Quinta-feira: História / Geografia / Sociologia / Filosofia /

Ensino Religioso

Instâncias colegiadas

O Colegiado é uma forma de organizar a gestão escolar através

da divisão de responsabilidades. É ele quem tomará as decisões que

interferirão na vida da comunidade escolar. Através do colegiado serão

reforçados os compromissos e as possibilidades de solução para os

problemas.

O Colégio Estadual Geremia Lunardelli dispõe de instâncias

colegiadas que auxiliam para o sucesso da escola. São elas:

Conselho Escolar;

Conselho de Classe;

48



APMF;

Grêmio Estudantil.

Conselho Escolar - O Conselho Escolar é um órgão colegiado,

organizado para promover a democracia no interior da escola. É o maior

órgão da gestão escolar, pois tem como função discutir, aconselhar,

deliberar e normatizar as questões mais importantes do cotidiano escolar.

Os representantes dos diferentes segmentos - familiares, professores,

funcionários, alunos, direção e equipe pedagógica, se reunirão para decidir

as questões pedagógicas, administrativas e financeiras, definindo a

política de ação da escola.

As reuniões se darão através de encontros extraordinários

conforme a necessidade da mesma que garantirá e valorizará a integração

de todo trabalho do estudante e patrimônio cultural da comunidade

escolar. A autonomia do Conselho Escolar é bastante abrangente e será

exercida com base nos seguintes compromissos: a legislação em vigor, a

democratização da gestão escolar e as oportunidades de acesso,

permanência e qualidade de ensino na escola pública, de todos que a ela

têm direito.

Dentre as principais funções do Conselho, depois de debatidos

coletivamente pela escola, estão: construir e reconstruir o Regimento

Interno da Escola; acompanhar as ações administrativas; definir e

fiscalizar as aplicações financeiras; acompanhar os aspectos pedagógicos;

e debater e aprovar em última instância, o Currículo e o Plano de Ação da

escola.

Conselho de Classe - O Conselho de Classe é um órgão

colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didáticos-

pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de

ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem, na

relação professor - aluno e os procedimentos adequados a cada caso; ele

propicia momentos de reflexão e análise sobre a prática desenvolvida pela

escola.

O Conselho de Classe será reunido ordinariamente por bimestre

em data prevista no calendário escolar, e, extraordinariamente sempre

49



que um fato relevante o exigir para análise do desempenho escolar do

aluno no que se refere à disciplina, interesse, rendimento e freqüência a

fim de detectar em tempo o problema das turmas e dos alunos para

resolvê-los ou amenizá-los. A partir dos dados coletados, a direção reunir-

se-á com os alunos e posteriormente com os pais para repassar os

resultados sobre o desenvolvimento dos mesmos no processo ensino-

aprendizagem.

APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) - A

APMF é uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo prestar

assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes

melhores condições de eficiência escolar; de acordo com a proposta

pedagógica, promoverá entrosamento entre pais, alunos, professores e

funcionários através de atividades sócio – educativas – culturais –

desportivas. Ouvindo o Conselho Escolar, gerir e administrar recursos

próprios e/ou de convênios com o órgão público e colaborar com a

manutenção e conservação do prédio escolar.

Tanto o Conselho Escolar como a APMF desempenham funções

consultivas, normativas e fiscalizadoras em questões pedagógicas,

administrativas e financeiras. Assim, o envolvimento de todos possibilitará

uma gestão articulada entre o público e o privado do conjunto de assuntos

da escola, dos recursos financeiros e dos aspectos pedagógicos e

administrativos, partindo de problemas vivenciados pela comunidade.

Desta forma, os pais dos alunos passarão a compreender melhor as

questões educacionais e conseqüentemente melhorarão sua participação

na escola.

Grêmio Estudantil - O Grêmio Estudantil é uma organização

sem fins lucrativos, que representa os interesses dos estudantes tendo

fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais; é o órgão

máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, o

educando defenderá seus direitos e interesses, aprendendo na prática,

ética e cidadania. Este parceiro contribuirá com sua efetiva participação,

na organização dos alunos, nas atividades educacionais, nas promoções

realizadas e nas tomadas de decisões.

50



Aos líderes de turmas serão proporcionados momentos de

discussão e avaliação das atividades e do processo como fatores positivos

e negativos nas salas de aula, do desempenho de turmas e atividades

realizadas.

Haverá reuniões periódicas, a cada dois meses entre o Grêmio

estudantil e Direção do estabelecimento para avaliação coletiva das

atividades desenvolvidas e da atuação do referido órgão.

Inclusão

É fundamental a efetivação de políticas educacionais que

incluam, de forma adequada, humana e com dignidade, as crianças e

adolescentes com necessidades especiais em salas regulares. As pessoas

com necessidades especiais de aprendizagem ou de locomoção, terão

direito ao acesso à educação de qualidade e que, suas singularidade seja

respeitada de forma a superar toda a série de preconceitos e limitações

estruturais e de recursos humanos para recebê-los com qualidade,

considerando que a escola pública (não especializada) precisará de

suportes para inserir na mesma, alunos com tais necessidades. Para o

bom funcionamento da inclusão, consideramos importante destacar:

adequação curricular; recursos humanos e financeiros; material

especializado para as diferenças deficiências; instalações físicas e

próprias; transportes específicos; equipes interdisciplinares e de saúde;

avaliação diagnóstica e relação do número de alunos por professor(a)

adequada.

O grande desafio da inclusão não se limitará portanto, apenas

aos direitos dos alunos com tais necessidades, mas ao empenho de todos

os envolvidos com efetividade na expectativa de atingir o sucesso. O

principal objetivo da avaliação no processo de inclusão será: ajudar os

alunos com necessidades especiais, na sua formação integral de sujeito

pela mediação da efetiva construção do conhecimento; a aprendizagem.

Em sentido amplo, serão avaliados para aprender mais e melhor,

considerando tudo o que foi e estará sendo construído pelo aluno, nas

diversas instâncias e a partir de outras mediações.

51



Para evitar o preconceito em relação aos alunos com

necessidades educacionais especiais, o Colégio Estadual Geremia

Lunardelli propõe:

• Maximizar a aceitação e valorização de todo o indivíduo,

oportunizando-lhe o ingresso e a permanência escolar;

• Apresentar referências de pessoas bem sucedidas que são

portadoras de necessidades educacionais especiais;

• Proporcionar atividades extra-curriculares, objetivando a

integração do aluno com necessidades educacionais especiais

aos outros alunos;

• Estimular a troca de experiências inter-escolas;

• Promover reuniões com os pais, procurando buscar parceria

na educação dos filhos.

Assim, a avaliação será contínua e cumulativa, também com a

função de diagnosticar:

• o que são capazes de resolver / solucionar / aplicar sozinhos;

• o que são capazes de resolver / solucionar / aplicar com o

auxílio de professores, companheiros, materiais didáticos e

outros elementos de mediação externa;

• o que é necessário para que construam conhecimentos e

valores.

Em função dos objetivos propostos, a avaliação deverá ser

progressiva, através da observação diária na participação dos alunos nas

aulas, das tarefas extra-classe, dos trabalhos em grupos e individuais,

proporcionando ao professor uma visão maior sobre o processo de

desenvolvimento e aprendizagem do aluno, seja do ponto de vista

cognitivo, afetivo ou psicomotor. O professor estará disponibilizando o uso

de instrumentos que facilitem a descoberta de habilidades e

pontencialidades dos alunos, avaliando-os nos seguintes aspectos:

• conteúdos de conhecimentos específicos;

• capacidade de aplicar os conhecimentos em situações do

cotidiano;

• capacidade de formular hipóteses e de decidir sobre a mais

52



apropriada às diferentes situações-problemas;

• conduta social e envolvimento no decorrer do processo

ensino-aprendizagem.

Ações de inclusão e das adaptações curriculares

Aos alunos com necessidades educacionais especiais serão

oferecidas oportunidades favoráveis, que busquem promover a

participação dos mesmos nas atividades desenvolvidas pelos demais

colegas. Não necessariamente do mesmo modo, no mesmo tempo, não

com a mesma ação ou grau de abstração, implicam flexibilidade curricular

e trabalho simultâneo, cooperativo e participativo.

As práticas desta instituição permitirão ao aluno aprender e ter

reconhecidos e valorizados os conhecimentos que é capaz de produzir,

segundo suas próprias possibilidades.

A adaptação do conteúdo escolar será realizada pelo aluno que

testemunha a sua emancipação intelectual. Essa emancipação é

conseqüência do processo de auto-regulação da aprendizagem, em que o

aluno assimila o novo conhecimento de acordo com as suas possibilidades

de incorporá-lo ao que já conhece.

As adaptações curriculares serão de pequeno porte, tendo em

vista a menor alteração no currículo regular. A maior parte, constituindo

pequenos ajustes na programação do contexto natural da sala de aula.

Na perspectiva da educação inclusiva o professor preparará

atividades diversas para seus alunos, ao trabalhar um mesmo conteúdo

curricular.

As adaptações curriculares serão desenvolvidas em três níveis:

1 – No âmbito do projeto pedagógico, organização escolar e serviços de

apoio, possibilitará:

• flexibilização de critérios e procedimentos pedagógicos,

considerando a diversidade do aluno;

• diversificação de técnicas, procedimentos e estratégias de

ensino.

2 – No âmbito da sala de aula:

53



• destinam-se à programação da classe;

• visam a real participação do aluno e sua aprendizagem.

3 – No âmbito individual:

• focalizam a atuação do professor na avaliação e no

atendimento do aluno;

• consideram seu nível de competência curricular e os fatores

que interferem no processo de ensino-aprendizagem.

Alguns aspectos serão previamente considerados para se

identificar a necessidade de utilização das adaptações curriculares, em

qualquer nível:

• a real necessidade;

• a avaliação do nível de competência curricular do aluno,

tendo como referencia o currículo regular;

• seu caráter processual, permitindo alterações constantes e

graduais nas tomadas de decisão.

Alunos com dificuldades de aprendizagem

Os alunos de 5ª série que apresentam dificuldade de

aprendizagem serão submetidos a estudos em Sala de Apoio,

acompanhados por professores das áreas específicas de Português e

Matemática, orientados a trabalhar exclusivamente a Leitura e Escrita na

disciplina de Português e Cálculos na disciplina de Matemática. Dentro

dessa proposta os alunos terão a oportunidade de reforçar a sua

aprendizagem.

A Sala de Recursos, de forma especial, estará atendendo alunos

de 5ª a 8ª séries com distúrbios de aprendizagem. A proposta pedagógica

do Colégio, em adequação, se fundamentará no conhecimento construído

pelo aluno através da intervenção social que lhe permitirá interpretar a

realidade e construir significados. O trabalho será desenvolvido em

conjunto com todas as atividades propostas pela Escola. O Ensino,

Especial, contará com o acompanhamento da Equipe Pedagógica através

de encontros e reuniões.

No programa a ser desenvolvido, estarão inseridas algumas

54



sínteses que serão trabalhadas através:

• de atividades curtas e concretas, adequadas ao nível de

interesse do aluno, de forma prazerosa e significativa,

proporcionando um desenvolvimento com a tarefa, através do

qual possa refletir antes de responder, aumentando

gradativamente a complexidade e a abstração das tarefas

propostas;,

• de exercícios apropriados à coordenação motora fina e

visomotora, como: recorte, modelagem, pintura, jogo de

encaixe de pequenas peças, desenhos, picotes de papéis,

realização de exercícios grafomotores, entre outros;

• do uso de dicionários e outras fontes escritas impressas para

resolver dúvidas ortográficas;

• de atividades de fixação ortográfica por intermédio de

palavras cruzadas, caça-palavras, dominó de palavras;

• de revisão de sentenças matemáticas, partindo de situações

concretas;

• de exercícios de associação de idéias que completem frases

oralmente, descrevem oralmente objetos e pessoas, contam e

interpretam histórias ouvidas, bem como, criam novas

histórias, estimulando o desenvolvimento da linguagem e

ampliando o vocabulário receptivo e expressivo;

• do fornecimento de subsídios para a socialização através de

atividades físico recreativas coletivas, incentivando sua

participação, na sua formação de atitudes sociais, senso de

responsabilidade, solidariedade e iniciativa pessoal.

Nessa perspectiva, a escola estará buscando constantemente

melhorar a qualidade de ensino no processo ensino-aprendizagem.

Evasão escolar

A princípio buscou-se as causas dos problemas dos alunos

mediante instrumentos e mecanismos que possibilitaram a análise

profunda dos motivos que os levaram à exclusão, observando o contexto

55



de cada realidade.

Nesta perspectiva, buscar-se-á, parcerias para que esta ação se

constitua como democrática, necessária, participativa e efetiva por todos

que direta ou indiretamente estejam adeptos a ela, através de um

trabalho voltado para a conscientização da comunidade escolar,

procurando buscar a redução deste índice.

Para consecução desta proposta, contaremos com a presença do

Conselho Tutelar em parceria com o Conselho dos Direitos da Criança e do

Adolescente, Ministério Público do Paraná, Tribunal de Justiça do Paraná e

Conselho Municipal de Assistência Social.

Indisciplina

A indisciplina no contexto escolar será trabalhada de forma que

o professor, a partir do seu conhecimento, estará retomando

continuamente os conteúdos, as metodologias e a relação professor-aluno.

Educação indígena

A população indígena no Brasil, hoje, é de 550.438 pessoas,

distribuídas em 225 povos que falam em média 180 idiomas. Cerca de 350

mil índios vivem em seus territórios e outros 191 mil migraram para os

centros urbanos. Calcula-se que 900 pertencem a povos ainda não

constatados.

Embora o nosso município não possua população indígena,

sabemos do seu direito assegurado a uma educação escolar diferenciada

intercultural e bilíngue. A partir da Constituição de 1988, a educação

indígena vem sendo regulamentada através de vários textos legais, a

começar pelo Decreto 26/91, que retirou a incumbência exclusiva da

FUNAI em conduzir processos de educação escolar junto às sociedades

indígenas, atribuindo ao MEC a coordenação das ações e sua execução. A

LDB em seus artigos 26, 32, 78 e 79, trata da educação intercultural para

as comunidades indígenas.

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A cultura afro-brasileira e africana

A escola, enquanto instituição social responsável por assegurar o

direito da educação a todo e qualquer cidadão, deverá se posicionar

politicamente, contra toda e qualquer forma de discriminação. A luta pela

superação do racismo e da discriminação racial será, pois, tarefa de todo e

qualquer educador, independentemente do seu pertencimento étnico-

racial, crença religiosa ou posição política. Para desenvolver a consciência

política e história da diversidade, a escola estabelecerá princípios que

deverão conduzir a igualdade básica de pessoa humana como sujeito de

direitos; à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que

pertencem a grupos étnicos-raciais distintos, que possuem culturas e

histórias próprias, igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na

nação brasileira, sua história, garantindo a igualdade de valorização das

raízes africanas da nação brasileira através de: atividades culturais

(danças, músicas, filmes, teatros e pesquisas); confecção de painéis com a

Declaração dos Direitos Essenciais da Criança Negra na Escola; debates

em salas de aulas; desfile de trajes afro-descendentes, com roupas

africanas (os alunos desfilarão carregando faixas com o nome de

personalidades negras famosas, a Declaração dos Direitos Essenciais da

Criança Negra na Escola, mapa do Brasil mostrando a diversidade étnica

do país); palestra sobre o tema, com a presença de profissionais negros,

ressaltando a diversidade racial existente na escola (utilizar bonecos de

diversas etnias); organização de painéis no dia 20 de novembro (Dia

Nacional da Consciência Negra), objetivando atingir a formação integral do

cidadão reflexivo, ativo e responsável, tendo em vista a construção de um

mundo mais humanizado.

Competirá ao estabelecimento de ensino, garantir no Projeto

Político Pedagógico, a organização de conteúdos das disciplinas da matriz

curricular e que contemplem obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a

Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino da História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma

educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e

pluriétnica; registrar no requerimento de matrícula do aluno, seu

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pertencimento étnico-racial, garantindo-lhe o registro de sua auto-

declaração; compor equipe multidiciplinar, que poderá envolver direção,

equipe pedagógica, professores e funcionários, para orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-

Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao

longo do ano letivo; elaborar e arquivar o relatório das ações

desenvolvidas; estabelecer, no calendário escolar, o dia 20 de dezembro

como Dia Nacional da Consciência Negra, como momento de culminância

das atividades desenvolvidas ao longo do ano.

Caberá aos professores, fazer abordagens positivas, na

perspectiva de contribuir para que o aluno negro-descendente mire-se

positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura de

matriz africana e da contribuição para o país e para a humanidade.

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico traduz a vontade coletiva de

ensinar e aprender no contexto da escola, de um bairro, de uma

sociedade, num determinado momento histórico da comunidade em

consonância com o Regimento Escolar, portanto, a avaliação do projeto

será de forma compartilhada, através da qual, os procedimentos e

decisões serão acompanhados e avaliados, com base na realidade da

instituição. Farão parte do processo, o diretor, equipe pedagógica e todo o

colegiado que irão avaliar as ações da escola e criar mecanismos para

desenvolver o trabalho proposto. Os resultados, positivos ou negativos,

servirão para subsidiar a formulação de novas propostas, já que o projeto

poderá ser modificado e adequado às necessidades da escola.

O conjunto de ações de organização do trabalho escolar é

relevante, pois, está voltado para as ações pedagógicas didáticas em

função dos objetivos básicos da escola. É necessário que todos contribuam

assiduamente, com competências e habilidades, ao compromisso

profissional.

Será prioridade dessa proposta, construir no cotidiano escolar,

uma gestão democrática, responsável e comprometida, na perspectiva de

promover uma nova escola em busca de melhoria no processo ensino /

aprendizagem.

Condições físicas, materiais e didáticas e qualificação dos

equipamentos pedagógicos

O Colégio Estadual Geremia Lunardelli – EFMN, possui

atualmente: 2 blocos constituídos e utilizados para à administração,

documentação escolar, almoxarifado, biblioteca e sala de informática e

outros 3 blocos, os quais comportam as dependências da cozinha e

cantina, refeitório, banheiros, salas de aula, circulação, laboratório de

ciências e sala pedagógica. Conta, também, com quadra coberta e casa do

zelador.

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Todos esses ambientes se encontram em bom estado de

conservação, embora sejam necessárias algumas pequenas reformas e

pintura. A sala da biblioteca, recentemente precisou ser dividida para

comportar também o laboratório de informática, ficando assim, com

espaço insuficiente para atender a contento a comunidade escolar que

dela faz uso durante os três períodos de funcionamento do

estabelecimento de ensino. As demais dependências administrativas

(direção, secretaria, SERE, orientação e supervisão, sala dos professores,

documentação escolar e almoxarifado, etc) foram reorganizados e

atendem bem a seu propósito, estando bem conservados.

A cozinha e demais dependências estão equipadas a contento,

porém necessitam de pintura.

O pátio externo e o refeitório foram completamente

reestruturados pela comunidade escolar.

A quadra poliesportiva necessita da construção de banheiros e

vestiários e a grade que a circunda necessita de reparos e pintura, pois,

pela exposição às intempéries, está bastante danificada pela ferrugem.

As salas de aula estão bem conservadas, mas precisam de

mesas do professor e reformas em alguns conjuntos de carteiras/cadeiras,

portas e ventiladores, bem como de manutenção na pintura.

O laboratório de informática é novo, sendo que ainda não entrou

em funcionamento. O laboratório de ciências está adequado e equipado,

em condições de uso por alunos e professores.

Conta-se, também, com equipamentos pedagógicos adequados

para o desenvolvimento das aulas (TV Escola, DVD, retroprojetores, etc),

no entanto, a literatura deve ser enriquecida.

Entretanto, a comunidade escolar tem buscado superar as

dificuldades com criatividade e disposição, envolvendo a APMF e demais

componentes da própria comunidade.

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Referências Bibliográficas

VEIGA, Ilma P.A. (org.). Projeto Político Pedagógico da escola: Uma

construção possível. Campinas, SP: Papirus, 1995 – (Coleção Magistério:

Formação e Trabalho Pedagógico)

GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da Escola: princípios

e propostas – 6. ed. – São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2004. –

(Guia da Escola Cidadã; v. 1).

VASCONCELLOS, Celso dos Santos, 1956 – Avaliação: concepção dialética

– libertadora do processo de avaliação escolar 15ª ed. – São Paulo:

Libertad 2005. – (Cadernos Pedagógicos do Libertad; v. 3).

VEIGA, J. Projeto Político Pedagógico e escola cidadã. São Paulo, Vozes,

1998.

Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96).

ÁLVAREZ, Manuel. O projeto educativo da escola. Porto Alegre: Artmed,

2004.

FREIRE, P. Projeto Pedagógico. In: FREIRE, P. A Educação na cidade. São

Paulo: Cortez, 1995.

FRIGOTTO, G. Fundamentos de um Projeto Político Pedagógico. São Paulo,

Cortez, 1994.

CONSOLARO, Alberto. O “Ser” Professor: arte e ciência do ensinar e

aprender – 4. ed. – Maringá: Editora Dental Press, 2005.

PARO, Vitor Henrique – Gestão Democrática da Escola Pública – São Paulo,

editora ática – 2004. – (3ª edição – 8ª impressão).

AQUINO, Julio Groppa (org.). Indisciplina na Escola: Alternativas teóricas e

práticas / Organização. – São Paulo: Summus, 1996.

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ANEXOS

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Trabalhando com Projetos

O trabalho com projetos é uma das formas que podemos utilizar

para desenvolver as ações pedagógicas na escola de modo que as

diversas competências cognitivas estejam envolvidas naturalmente.

A execução e a elaboração de um projeto encontram-se

necessariamente ligadas a uma investigação/ação que deve ser

simultaneamente um ato de transformação, uma ocasião de investigação

e de formação, tornando-se, portanto, uma produção intelectual, exigindo

cooperação, esforço pessoal, desenvolvimento de estratégias e

planejamento para execução. Também auxilia o aluno a ganhar

experiência em obter informações, em trabalhar de modo autônomo,

organizar e apresentar suas idéias.

Os projetos são organizados em torno de tópicos que levam os

alunos a buscar e criar laços temáticos entre as disciplinas. As atividades

dos projetos procuram estimular uma variedade de inteligências e usar

diversos recursos para desenvolver habilidades de linguagem, explorações

numéricas e geométricas, noções de ciências, estudos sociais e artes.

Na execução dos projetos fica explicita a possibilidade de

mobilizar diferentes áreas do conhecimento para atingir os objetivos

traçados e resolver os problemas que surgem. A interação entre as

diferentes áreas do conhecimento ocorre naturalmente, por necessidade

real.

Nesse âmbito, o Colégio Estadual Geremia Lunardelli irá

desenvolver no decorrer do ano letivo, projetos que objetivem a interação

dos alunos, o desenvolvimento social e psicológico, o crescimento cultural

e humanístico, como veremos nos propostos traçados a seguir.

Agenda 21

No Colégio Estadual Geremia Lunardelli, a Agenda 21 será

trabalhada de acordo com os eixos norteadores da mesma no Estado do

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Paraná, destacando desses eixos, os temas: água, lixo, desperdício, ética e

solidariedade, saneamento ambiental e trabalho para a vida.

Nesse sentido faz-se necessário um trabalho de conscientização

e de informação sobre as questões ambientais, desenvolvendo propostas

de trabalho que envolva toda a comunidade escolar nas soluções dos

problemas ambientais diagnosticado na escola.

O trabalho será desenvolvido de forma interdisciplinar e

multidisciplinar, correlacionado aos objetivos do ensino de cada disciplina.

No futuro, o conhecimento do meio, o qual vivemos, será transmitido e

aceito com mais precisão, e naturalmente a preocupação com o ambiente

será realidade constante na sociedade;

A execução desse trabalho se fará através de projetos que

surgirão durante o ano, sendo desenvolvido por toda a comunidade

escolar. Os resultados obtidos serão expostos para conhecimento de

todos. A organização pedagógica se dará a partir da elaboração de

atividades e cronogramas realizados pela equipe pedagógica juntamente

com os professores.

No final do ano letivo, a comunidade escolar deverá estar

consciente da importância e influencia que o meio ambiente tem acerca

de nossas vidas. Buscar-se-á também mudança de comportamento nas

atitudes dos alunos em suas vivências, tendo condições de se manifestar

com responsabilidade perante os problemas ambientais, na sociedade.

O projeto terá como finalidade, construir procedimentos de

observação, descrição, registro, comparação, análise e síntese,

fundamentais para a compreensão das relações entre a sociedade e a

natureza na construção do espaço geográfico e reconhecer os efeitos da

ação humana sobre a natureza e suas conseqüências.

A formação da comunidade será vista como uma conquista de

cidadania, prevalecendo a qualidade do processo de ensino

aprendizagem, bem como a afirmação de posicionamentos, segundo as

problemáticas vigentes em cada espaço.

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FERA

O Festival de Arte da Rede Estudantil – FERA, é iniciativa de um

programa da administração pública do Paraná, que acredita na

democratização do conhecimento, na interação e no desenvolvimento

social. O talento e a participação são essenciais para o sucesso do evento.

Nossa escola entende o quanto é importante e fácil mobilizar a

comunidade em torno dos seus valores culturais. Assim, o Colégio

Estadual Geremia Lunardelli propõe-se a participar dos eventos em níveis

regionais, desenvolvendo os temas propostos pela organização geral.

ComCiência

O Projeto Educação Com Ciência é um encontro anual que

envolve trabalhos de estudantes do Ensino Fundamental e Médio das

escolas da rede pública estadual do Paraná e instituições públicas e

particulares que estejam desenvolvendo projetos e trabalhos de

relevância em pesquisa e tecnologia. Apresenta como objetivo principal

favorecer a democratização do conhecimento, valorizando as atividades

pedagógicas desenvolvidas por professores e alunos da rede pública

estadual, propiciando o envolvimento deste coletivo com a apresentação

de trabalhos, visitação, participação em palestras e oficinas e demais

atividades que compõem o evento.

Nossa escola promoverá o projeto como uma atividade de

culminância da Secretaria de Estado da Educação, dentro da diretriz de

criar espaços e tempos de aprendizagem, além da sala de aula,

incentivando o aluno à prática de pesquisa, procurando criar um ambiente

favorável para o trabalho cooperativo, principalmente no que concerne à

discussão e pesquisa de temas relevantes.

Jogos Escolares Inter-Classes

O esporte é capaz de, além de descontrair, estreitar ainda mais a

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união e a amizade entre os alunos, despertando entre eles a interação,

proporcionando a descontração e o lazer. Nesse sentido, o Colégio

Estadual Geremia Lunardelli desenvolverá os Jogos Escolares Inter-

Classes, de forma que envolva toda a comunidade escolar, incentivando

os alunos à prática de esportes e promovendo uma ação coletiva, onde

estará buscando combater signos sociais que expressam preconceitos

raciais e/ou étnicos, discriminação entre gêneros e violência moral

decorrente de singularidades entre o grupo.

Poetas da Escola

O Projeto será desenvolvido com alunos de 5ª a 8ª séries do

Ensino Fundamental, durante o ano letivo, em parceria com a comunidade

escolar, com o intuito de desenvolver o prazer, a sensibilidade, o valor da

palavra e também, levar o aluno a conhecer a vida e obras de alguns

poetas.

O principal objetivo é que o aluno realize ao final do projeto, a

produção de um poema, organizando um mural e declamando suas

poesias.

No desenvolvimento do projeto, a escola tem a expectativa de

que o aluno amplie o repertório de poesia; familiarize-se com poemas

consagrados da Língua Portuguesa; produza um poema que expresse sua

emoção; resgate os sentimentos presentes na infância; analise poemas de

diferentes autores sobre o mesmo tema e identifique recursos poéticos

como: comparação, imagem, metáforas, etc.

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FESTMMEN (Festival de Música Mensagem)

Através deste trabalho, os alunos realizarão apresentações com

músicas e danças que promovam a paz, união, fraternidade, esperança,

humanidade, respeito, Deus e/ou outros temas relacionados a estes,

despertando a coerência entre “o que está sendo apresentado e o que

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está sendo vivido”.

Participarão desse projeto todas as turmas do Ensino

Fundamental, Médio e Normal, contemplando os alunos efetivamente

matriculados e ativos, sendo vedado a participação de alunos em outras

turmas que não seja a sua.

O projeto será realizado na perspectiva de: possibilitar o

desenvolvimento da capacidade de produção dos alunos para expressar

situações de comunicação através da música; propiciar a socialização

entre alunos; levar o aluno a respeitar as diferenças de crenças e valores;

desenvolver a expressão corporal; criar condições para que o aluno

encontre-se consigo mesmo, buscando um ideal; despertar a

sensibilidade, solidariedade e fraternidade; possibilitar a descoberta da

realidade musical e criatividade, promovendo a interdisciplinaridade.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Colégio Estadual Geremia ... · SEED / NRE e de grupos de estudos...

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