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PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO · 2018. 7. 19. · 1 - Apresentação O Projeto...
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PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
ESCOLA CLASSE SÍTIO DAS ARAUCÁRIAS
Sobradinho-DF 2018
2018
(...) A Liberdade da Terra não é assunto de lavradores.
A Liberdade da Terra é assunto de todos.
Quantos não se alimentam do fruto da terra.
Do que vive, sobrevive do salário.
Do que é impedido de ir à escola.
Dos meninos e meninas de rua.
Dos ameaçados pela cólera.
Dos que amargam o desemprego.
Dos que recusam a morte do sonho.
A Liberdade da Terra e a Paz no campo tem um nome.
Hoje viemos cantar no coração da cidade para que ela ouça nossas canções.
Pedro Tierra
Sumário
1 - Apresentação ........................................................................................................... 6
2- Historicidade da escola ............................................................................................ 6
3 - Diagnóstico da realidade escolar .......................................................................... 10
Educação Infantil ..................................................................................................... 13
Ensino Fundamental de 9 anos .............................................................................. 15
4 - Função Social ........................................................................................................ 17
6 - Objetivos ................................................................................................................ 20
8 - Organização pedagógica da educação e do ensino oferecido............................. 25
9 – Concepções práticas e estratégicas de avaliação de ensino e aprendizagem ... 27
10 - Organização curricular da escola ........................................................................ 29
Referencias bibliográficas ........................................................................................... 34
APÊNDICE A .................................................................................................................. 36
Plano de ação para implementação do Projeto Político Pedagógico ........................ 37
Plano de trabalho para a gestão escola 2017/2019................................................... 37
Unidade Escolar: Escola Classe Sítio das Araucárias ........................................... 37
Níveis/Modalidade de Ensino:Educação Infantil, Ensino Fundamental Séries-Anos
Iniciais Localização: DF 440 VC 257 KM 13 Sítio Araucárias- Zona Rural de
Sobradinho .............................................................................................................. 37
Cargo: Professor Classe A ...................................................................................... 37
Cargo: Professor Classe A ...................................................................................... 38
Objetivos .................................................................................................................. 38
Metas ....................................................................................................................... 39
Objetivos .................................................................................................................. 41
Metas ....................................................................................................................... 41
Objetivos .................................................................................................................. 42
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP ........................................................ 43
Apêndice 2 ...................................................................................................................... 44
1. Objetivo Geral ......................................................................................................... 46
1.1 Objetivos Específicos ........................................................................................ 46
2. Justificativa .............................................................................................................. 47
3. Fundamentação Teórica ......................................................................................... 48
4. Desenvolvimento Metodológico .............................................................................. 49
5. Recursos ................................................................................................................. 51
6. Cronograma ............................................................................................................ 51
9. Avaliação ................................................................................................................. 53
PROJETO SÍTIO ECOLÓGICO.................................................................................. 55
PROJETO RECREIO ANIMADO/LUDOTECA ....................................................... 59
PROJETO DE LEITURA ............................................................................................. 70
Objetivos .................................................................................................................. 71
1 – Justificativa ........................................................................................................ 71
2 – Metas ................................................................................................................. 72
Público-alvo ............................................................................................................. 72
Recursos materiais .................................................................................................. 72
Metodologia ............................................................................................................. 72
Avaliação ................................................................................................................. 73
Abertura do Projeto em 2017 Visita da autora Giulieny .............. 73
PROJETO ................................................................................................................... 75
OBJETIVOS ............................................................................................................ 76
JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 76
METODOLOGIA ...................................................................................................... 77
Planejamento de estudo sobre os ciganos ................................................................ 117
Ao longo do tempo a Região da Rota do Cavalo vem sendo ocupada por outros
Trabalhadores do Campo e Trabalhadores de Movimentos Sociais. Dentre eles estão:
...................................................................................................................................... 118
Ciganos ..................................................................................................................... 118
Pré-assentamento Renascer (do MATR- Movimento Agrário de Trabalhadores
Rurais): ......................................................................................................................... 124
Produção de Texto do Aluno do 4º Ano (Professora Simone) .................................... 125
Os alunos pesquisaram e conheceram um pouco mais sobre a história da escola e
fizeram atividades como: .............................................................................................. 150
Maquete: .................................................................................................................... 150
Linhas do tempo da escola: ...................................................................................... 150
Desenhos (1º e 2º Perído) ........................................................................................ 152
E produções textuais ................................................................................................ 154
ANEXO 3 ...................................................................................................................... 157
Plano de ação da coordenação pedagógica ............................................................ 158
Plano de ação da sala de recurso ............................................................................ 162
3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 162
4 - INTRODUÇÃO ................................................................................................. 162
5 - PERÍODO ......................................................................................................... 163
1 - Apresentação
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola Classe Sítio das
Araucárias, além de ser uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, permite
a revelação da identidade da Instituição. Além da LDB, este PPP define o papel
socioeducativo, cultural, político e ambiental da Escola, bem como sua
organização.
A importância do PPP desta Instituição de Ensino leva em conta a
trajetória da sua comunidade escolar que é rural, sua história e cultura, para
garantir um percurso formativo de sucesso aos alunos, para cumprir o seu
compromisso social. A base teórica deste documento está fundamentada no
Projeto Político Pedagógico da Secretaria de Educação do DF. Esse documento
subsidiou o processo de construção coletiva das ações pedagógicas na escola
e ajudou a ampliar a compreensão sobre os caminhos a serem percorridos na
educação pública, nessa escola do Campo.
Este Projeto Político Pedagógico foi elaborado com objetivos, metas e
estratégias relacionadas às carências diagnosticadas nesta Unidade de Ensino.
As necessidades estão basicamente voltadas à educação ambiental, ao
letramento, à cultura, ciências e informação. Com isso, propomos parcerias com
os produtores locais e órgãos governamentais como o Conselho Tutelar, CRAS,
Secretaria de Saúde, Emater entre outros, para que nossas ações possam
gradativamente atingir o êxito necessário.
2- Historicidade da escola
A Escola Classe Sítio das Araucárias está localizada no Núcleo Rural 1,
Córrego do Meio DF 440 VC257, no Sitio Araucárias na Zona Rural de
Sobradinho é uma Instituição Educacional da Secretaria de Estado de Educação
do Distrito Federal vinculada à Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho.
Consta que a data da fundação da escola foi no ano de 1985, funcionava
numa casa de alvenaria cedida pela empresa Mareisa- Materiais de Construção-
LTDA, adaptada para fins escolares.
O esforço de uma moradora local, Dona Maria Helena, foi fundamental
para a criação desta escola. Ela observou que muitas crianças da região,
inclusive seus filhos, estavam sem estudar, então, decidiu procurar o
Administrador da Cidade de Sobradinho, na época Padre Jonas, e colocou as
necessidades desta comunidade rural. Com empenho, conquistou uma casa,
que adaptada, tornou-se escola.
Dona Maria Helena foi em busca das crianças que não estudavam para
formar as primeiras turmas. Enfim, o sonho foi realizado. A Fundação
Educacional do Distrito Federal fez uma pequena reforma na casa e com o Ato
de Criação-Resolução nº. 1.474-CD, de 28/08/1985 (DODF nº. 172, de
10/09/1985) a escola foi denominada Escola Classe Sítio das Araucárias, devido
a sua localização no Sítio Araucárias, no Núcleo Rural de Sobradinho.
A primeira professora chamava-se Selma, que atendia turmas
multisseriadas, sendo os alunos de 1ª e 2ª séries, no turno matutino, e 3ª e 4ª
séries, no vespertino. A primeira merendeira foi Dona Maria Helena, a mesma
que lutou pelo funcionamento da escola.
A escola funcionou durante muitos anos na casa adaptada. No dia 29
de setembro de 2004, a comunidade recebeu o novo Prédio Escolar, com salas
específicas e ambientes adequados ao atendimento de crianças da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental. No entanto, a casa adaptada foi preservada,
recebeu reforma e serve como depósito, como sala de reforço, etc.
São muitos os educadores e líderes locais que fizeram advir esta
conquista, por isso registramos abaixo, os nomes dos Diretores que passaram
pela Escola Sítio das Araucárias. O Diretor é agente que assume papel
relevante, e que deve conjugar o compromisso político que o fazer educativo
exige com a sua competência técnica e de todos os demais agentes
educacionais, como forma de atender bem à comunidade que a busca:
Nome do Diretor Chegada Saída Motivo
Professora Selma 28/05/1985
Não conta
nos
registros
Diretora Efetiva
Professora Márcia Amaura Araújo
Pinto 13/02/1992 01/02/2001 Diretora Efetiva
Professora Aline Motta Santos 14/04/1999 11/08/1999 Substituição Provisória
Professora Eliana Romão Batista 01/02/2001 27/11/2001 Diretora Efetiva
Professora Josette Rocha Soares 06/08/2001 19/11/2001 Substituição Provisória
Professora Iassana Rodrigues
Soares 28/11/2001 23/02/2006 Diretora Efetiva
Professora Esmeralda Mazaconte
de
S. Oliveira.
24/02/2006 07/01/2008 Diretora Efetiva
Professoras Iassana Rodrigues
Soares e Evaíde Flores Campos 07/01/2008 10/09/2012
Diretoras efetivas
Gestão Compartilhada
Professora Evaíde Flores Campos
e Marcônio de Souza Fonseca
10/09/2012
Diretores eleitos na Gestão
Democrática nas escolas
públicas do DF.
Professora Evaide Flores Campos
e Marcelo Soares de Oliveira
10/09/2012
Em gestão
atual
Diretores eleitos na Gestão
Democrática nas escolas
públicas do DF.
Atualmente esta Instituição de Ensino é composta por:
01 Diretora
01 Vice-Diretor
01 Secretário Escolar
02 Coordenadores Pedagógicos
09 Professores Regentes
01 Professora da Sala de Recursos Itinerante
01 Servidora readaptada em Sala de Leitura
01 Servidora readaptada Apoio Pedagógico
02 Servidora de Copa e Cozinha- Empresas Confere e G&E
03 Servidores de Conservação e Limpeza- Juiz de Fora
04 Auxiliares de Portaria/ Vigilância-Empresa Global
O ensino ofertado é do 1º Período até o 5º ano do Ensino Fundamental,
sendo que funciona em dois turnos:
Matutino
Educação Infantil- 1º e 2º Período:
1º Período: Hermínia Gomes Guedes – 0206.043-4
2º Período: Iassana Rodrigues Soares – 0039.602-8
Ensino Fundamental 1º, 2º e 3º ano “A”:
1º Ano: professora Marcia da S. Ramos – 0026.833-X
2º Ano: Surama Chalub de Melo – 0023.784-1
3º Ano A: Maria de Fátima de A. Fonseca – 0026.425-3
Vespertino
Ensino Fundamental 4º e 5º anos:
3º Ano “B: Ruth Soares Gonçalves Santos – 0034.959-3
4º Ano “A” : Kelly de Farias Souza – 0205.406-X
4º Ano “B” Kelly Gonçalves A. Teotônio – 6043.764-4
5º Ano: José Guilherme Fernandes Alves – 0239.079-5
A escola possui dois blocos escolares, o primeiro mais antigo, funciona
como Anexo contendo:
2 salas adaptadas para Bazar e Escolas de Pais
2 banheiros;
.
O Prédio escolar é constituído por:
5 salas de aulas, sendo que 1 sala adaptada para sala de aula, no local
da Direção escolar, para atender à crescente demanda por vagas na
escola no ano de 2018.
Sala de leitura e sala de informática;
Sala de Professores;
Sala de Apoio Especializado;
Sala de Recursos;
Direção;
Secretaria;
Cantina com depósito de alimentos;
Depósitos de Limpeza e Pedagógico;
Banheiros masculino e feminino para alunos, adaptado para ANEEs,
Banheiro masculino e feminino para servidores;
Horta;
Jardim;
Pátio Coberto.
3 - Diagnóstico da realidade escolar
A Escola Classe Sítio das Araucárias é uma Unidade de Ensino que
desde sua criação vem passando por adaptações necessárias para que a
demanda local seja completamente atendida. A escola funciona num bloco
escolar com estrutura própria, mantida anualmente com recursos financeiros do
PDAF e PDDE.
Visando o retorno da interação e participação da comunidade que
originou esta Instituição de Ensino foi sugerida como meta no plano de Ação da
atual Gestão a oferta de uma educação completa, inclusiva, visando formação
cultural, atendendo a proposta de Educação Pública de qualidade. O maior
objetivo desta instituição é o desenvolvimento global dos nossos alunos. Para
isso, não queremos impor nenhum conhecimento. Propomos agregar às nossas
estratégias diárias ações práticas, necessárias, realistas e funcionais para a
comunidade escolar.
No decorrer dos anos tem sido observado pelo grupo de professores e
direção um grande número de crianças que necessitam de atendimento
especializado para superar as dificuldades de concentração, agressividade,
problemas emocionais, de aprendizagem e de risco social. Diante da
observação destes aspectos foi solicitada junto à CRE de Sobradinho, a
abertura de uma Sala de Recursos nesta Unidade de Ensino e que tenha um
professor que apresenta perfil e a profissionalização necessária para este
atendimento. Até a presente data, a escola não conta com os profissionais de
Atendimento pedagógico, psicólogo ou Orientador Educacional, apesar dos
vários requerimentos solicitando a lotação destes profissionais para atender a
diversidade de alunos da escola, que são comprometidos e necessitam dos
atendimentos com urgência.
A escola acolhe todo ano uma média de 10 alunos oriundos do
Abrigo Jesus Menino, mantido pelo Grupo Luz e Cura. Este faz parte do
Convênio com a Vara de Infância e Juventude, atendendo crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade social, cujos direitos tenham sido
ameaçados ou violados por ação ou omissão da família, sociedade e do Estado
ou em razão de sua conduta. Estas crianças se encontram acolhidos, em caráter
provisório e excepcional. Todos os alunos do Abrigo Institucional têm
acompanhamento psicológico e assistente social da instituição, que fica próxima
à Escola Sítio das Araucárias.
Atendemos uma comunidade rural, com particularidades e necessidades
específicas de uma clientela economicamente e culturalmente carente, no
entanto, um grupo receptivo e aberto em adquirir conhecimentos e conviverem
harmoniosamente, vários destes alunos, oriundos: das chácaras da vizinhança,
comunidade cigana, dos condomínios Nova Colina, Serra Verde, de
Acampamentos de Sem-Terra e do Abrigo Menino Jesus, que acolhe muitas
crianças e adolescentes em situação de risco, vulnerabilidade social e
abandono familiar, além da precariedade econômica. (Grifo nosso)
Diante da situação socioeconômica da clientela dessa escola rural, desde
o ano de 2012 todos aos alunos fazem duas refeições na escola. Sendo
atendida, uma média de 180 alunos, que utilizam o transporte escolar locado,
oferecido pela Secretaria de Educação do DF, devido às distâncias e as
dificuldades de acesso à escola serem grandes e o entorno não dispor de linhas
de ônibus do transporte público.
A demanda da escola vem crescendo a cada ano, devido aos vários
Movimentos Sociais que se assentaram na vizinhança da escola. Tanto cresceu
a demanda por vagas que a escola está com espaço de sala de aula limitado,
com o máximo de alunos por turma. Observa-se o fenômeno da rotatividade de
famílias na comunidade, compostas na grande maioria de migrantes (conforme
o censo escolar), destaca-se como fator relevante no rendimento dos alunos. Um
fenômeno influenciador no número de matrículas e até mesmo o causador
principal da evasão e do abandono escolar. Mesmo com esta realidade, nosso
esforço é para que juntos possamos desenvolver estratégias pedagógicas em
conjunto e com o apoio de parceiros da escola, como a própria família,
empreendedores locais, programas de Saúde da Família, para oferecer
melhorias na qualidade de ensino atividades que visem contribuir para tal.
Por vezes muitas crianças que são atendidas nesta Instituição de Ensino
passam por situações de risco. Devido este fato no letivo ano de 2018 a Escola
Classe Sítio das Araucárias participará do Programa Saúde na Escola (PSE). É
uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde que atenderá nossos alunos
aplicando flúor, pesando, promovendo palestras, seminários etc
O Programa Saúde na Escola (PSE) vem contribuir para o fortalecimento
de ações na perspectiva do desenvolvimento integral e proporcionar à
comunidade escolar a participação em programas e projetos que articulem
saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que
comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens
brasileiros. Essa iniciativa reconhece e acolhe as ações de integração entre
saúde e educação já existentes e que têm impactado positivamente na qualidade
de vida dos educandos. A escola é um espaço privilegiado para práticas de
promoção de saúde e de prevenção de agravos à saúde e de doenças. A
articulação entre escola e unidade de saúde é, portanto, uma importante
demanda do Programa Saúde na Escola.
Neste ano esta Instituição de Ensino atenderá a clientela formada por
crianças na faixa etária de 4 a 13 anos, nas modalidades de Educação Infantil e
Ensino Fundamental, compreendendo um total aproximado de 185 alunos
distribuídos em dois turnos, nas seguintes turmas:
02 turmas e Educação Infantil;
01 turma de 1º. Ano do Ensino Fundamental - Etapa
I- BIA;
01 turma de 2º. Ano do E. Fundamental – Etapa II –
BIA;
02 turmas de 3º. Ano do Ensino Fundamental - Etapa
III- BIA;
02 turma de 4º. Ano do Ensino Fundamental - Ciclos;
01 turma de 5º Ano do Ensino Fundamental - Ciclos
Educação Infantil
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de idade
em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social,
complementando a ação da família e da comunidade (Lei nº 9.394/96, art. 29).
A criança, no processo de educação, é sujeito histórico e de direitos. Nas
instituições de Ensino, ela desenvolve-se pelas relações e práticas educativas
e pelas nterações estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades.
Essas práticas e interações fundamentam-se na indissociabilidade entre
o cuidar e o educar e na valorização do brincar como meio de expressão e de
crescimento da criança.
A Educação Infantil é ofertada nesta Instituição de Ensino, I e II Período
para crianças de 4 a 5 anos de idade, de acordo com a demanda anual, pois
não existem Centros de Educação Infantil na localidade. Levando-se em conta
ainda que as crianças que eram matriculadas na Etapa I do BIA no Ensino
Fundamental apontavam dificuldades para alfabetização pela falta de uma pré-
escolarização. Por isso, desde as gestões anteriores, houve a sensibilização
quanto à necessidade de abertura de turma de Educação Infantil. A iniciativa já
demonstrou resultados positivo segundo as professoras regentes do 1º Ano do
EF, pois comprovaram isto após testes diagnósticos identificaram avanços
consideráveis nos alunos que frequentaram a Educação Infantil. Fato
preponderante no processo de alfabetização dos alunos dos Anos Iniciais.
Acreditando que o ingresso no ambiente educacional deve
transcorrer desde os 4 anos de idade de maneira agradável e cuidadosa,
inclusive como preconiza o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
“ acolher pais e alunos com as suas dúvidas, angústias e ansiedades,
oferecendo apoio e tranquilidade,” para que ambos, mas principalmente a
criança sinta-se segura nos primeiros anos escolares, de maneira que o
acolhimento ofertado nos anos da Educação Infantil favoreça a adaptação à
alfabetização no Ensino Fundamental.
A metodologia de trabalho para o ensino na Educação Infantil
estará voltado para o lúdico, o brincar e o pensar, priorizando as vivências, o
desenvolvimento da psicomotricidade, a socialização, a integração, a
independência, a autonomia, a observação, a experimentação e o respeito às
diversidades, conforme os seguintes princípios norteadores:
Princípios éticos: valorização da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum,
ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e
singularidades.
Princípios políticos: dos direitos de cidadania, do
exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
Princípios estéticos: valorização da sensibilidade,
da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações
artísticas e culturais.
Na perspectiva da gestão democrática, as instituições de Educação
Infantil devem assegurar, em seu projeto político pedagógico, espaços e tempos
para participação, diálogo e a escuta das famílias e responsáveis. Assim, vai
sendo tecida uma relação de respeito entre os adultos que educam e cuidam
das crianças pequenas.
A educação constitui-se como uma das políticas para a Primeira Infância
que tanto a sociedade civil quanto o Estado devem assumir. Ofertar Educação
Infantil de qualidade é um dos caminhos para construir, cotidianamente, um
mundo melhor.
O desafio é pensar para os alunos do Ensino Fundamental, na forma de
uma prática que garanta a todos a aquisição de conhecimentos nas dimensões
artística, filosófica e científica, papel pedagógico importante da instituição
escolar. Desta forma, propomos análise sistemática do Currículo; reorganização
do Projeto Político Pedagógico; adequação do espaço físico, mobiliário,
equipamentos, acervo bibliográfico e materiais de apoio pedagógico; formação
continuada para os profissionais da educação. Entendemos essas ações como
fundamentais para a compreensão do ensino fundamental de nove anos, mas
para que isso se efetive, é importante ter claro a importância do compromisso
das famílias e dos profissionais da educação, como forma de garantir ao aluno
um aprendizado pautado no entendimento e na seriedade.
Ensino Fundamental de 9 anos
As ações pedagógicas no Ensino Fundamental estão pautadas na
Resolução
CNE/CEB nº 07/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para
o Ensino Fundamental de 9 anos (BRASIL, 2010b). De acordo com a Resolução
acima citada, o Ensino Fundamental representa o direito à educação, entendido
como bem inalienável para a formação do Ser Humano, tendo como norteadores
das ações pedagógicas princípios éticos, políticos e estéticos. (BRASIL, 2010b).
Ainda de acordo com os princípios citados e, em conformidade com os
Artigos 22 e 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, são
objetivos dessa etapa de escolarização:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,
das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de
atitudes e valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
(BRASIL, 2010; IECLB, 2005; BRASIL, 1996).
No que diz respeito à dimensão do conhecimento, a proposta
pedagógica deve considerar a educação como:
a) integral, porque vê o ser humano como um todo, respeitando-o
como sujeito histórico e relacional;
b) integradora, porque respeita, contextualiza e inter-relaciona
diferentes saberes e conhecimentos;
c) integrada, porque está aberta para a diversidade e a
multiplicidade.
Em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental
de 9 anos (BRASIL, 2010b), a proposta pedagógica do Ensino Fundamental, na
Escola Sítio das Araucárias, considera essa etapa da educação como aquela
capaz de assegurar a todos o acesso ao conhecimento e aos elementos da
cultura, importantes para o desenvolvimento pessoal e para a vida em
sociedade. Nessa etapa de ensino, o cuidar e o educar também são
considerados indissociáveis nas funções da escola. Ações integradas entre os
diversos setores e os serviços disponíveis na Escola se articulam para
assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o desenvolvimento do aluno em todas
as suas dimensões.
Ainda neste ano a escola contará com a parceria da EMATER que
contribuirá com Projeto Horta Verde Saudável: Plantar e Colher, onde eles darão
todo suporte desde o início da preparação de canteiros, plantação até a colheita
ensinando nossos as alunos a preparar a terra, manusear ferramentas, plantar
e cuidar da horta.
Contamos ainda, com o voluntariado do Estudante de Educação do
Campo- UnB, Jaime Taylor, que desenvolve a proposta de Agroecologia
com os alunos e professores da Escola.
Funcionários da EMATER-DF
4 - Função Social
A Escola Classe Sítio das Araucárias tem certeza de que sua missão é
“educar favorecendo a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos,
bem como a construção de valores, por meio de práticas pedagógicas, que
propiciem o exercício da cidadania.” Nosso objetivo é promover uma
educação voltada para a formação da pessoa humana como um ser que se
expressa na sua totalidade, contribuindo para o desenvolvimento integral do
educando na sociedade, oferecendo à comunidade rural uma educação rica em
estímulos, sem ficar devendo a qualquer escola do centro urbano, obviamente
respeitando a cultura local e ampliando no que for possível seu leque de
conhecimento.
A equipe gestora desta Unidade Escolar busca envolver a comunidade
escolar na cultura da participação, do envolvimento e do compartilhamento de
responsabilidades, mediante o redimensionamento de papéis dentro da rotina
escolar oferecendo condições e suporte para uma educação comprometida com
a qualidade. Gerenciando os recursos materiais, financeiros, humanos, de forma
legal e com transparência, de modo a preservar os bens públicos e garantir o
avanço no processo pedagógico. Desta forma, tentamos envolver a comunidade
nos processos decisórios, deixando-a sentir-se usuária e proprietária da coisa
pública.
Diante dos conflitos e tensões que vivemos, a escola deve ter um
ambiente apto a enfrentar esta realidade, de um mundo fragmentado, que ao
mesmo tempo exige dos alunos a aquisição de conhecimentos, tecnologias para
conviver num mundo competitivo. Prima pela formação voltada ao
desenvolvimento dos princípios éticos, o exercício da cidadania com
consciência crítica, liberdade, responsabilidade, fraternidade, consciência
ecológica e responsabilidade esquecendo que muitas vezes, educar é contrariar
interesses.
Princípios orientadores das práticas pedagógicas foram repensados na
escola. Para serem capazes de libertar o homem das relações de opressão e
dominação, a educação escolar, no seu fazer pedagógico, tem o compromisso
político com a formação de sujeitos críticos e reflexivos que, mediante a
apropriação do conhecimento, sejam capazes de perceberem-se como sujeitos
históricos, imbuídos de um espírito cada vez mais comprometido com a
construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e inclusiva.
Considerando ainda que a educação possibilita ao ser humano, em sua
permanente busca do conhecimento, uma relação de autonomia com o mundo
em que vive, então, conhecer é o grande motor do desenvolvimento do homem.
Há conhecimento quando ocorre o fenômeno da apreensão significativa do
objeto cognoscível.
O processo do conhecimento, assim descrito, recebe das diferentes
vertentes filosóficas interpretações diversas. Para a vertente racionalista, o
maior peso dessa interrelação situa-se no sujeito. A verdade é estabelecida pela
razão que determina o objeto. Para a vertente empirista, positivista, por sua vez,
a força está no objeto que se impõe ao sujeito, determinando o conhecimento.
Essas vertentes, ao admitirem uma relação sujeito-objeto sem interferência
mútua, ou seja, ao prescreverem uma relação neutra, recaem no mecanicismo
e, consequentemente, no empobrecimento dessa relação.
Outras perspectivas, como a epistemologia crítica, identificam entre o
sujeito e o objeto uma relação problematizada, denotando que o sujeito reflete
na apreensão do objeto, aspectos psíquicos, sociais e culturais. Colocam o
sujeito “conhecedor” em relação com o objeto do conhecimento em contínuo
processo, em todas as suas dimensões, e admitem que condicionantes
socioculturais e ideológicas marcam a produção do saber sistematizado.
De forma que a Escola Classe Sítio das Araucárias, em sua gestão
democrática, pretende continuar adotando uma filosofia que caracterize a visão
crítica no fazer pedagógico, de modo que os conflitos administrados conduzam
ao desenvolvimento da sociedade, preconizando um fazer educação dialógico.
A educação visa proporcionar ao aluno a compreensão crítica da
realidade, tanto física como social, na busca do significado do conteúdo
apreendido. Assim, além da escola ter a função de transmitir o saber universal
e sistematizado, tem, também, a de proporcionar condições para renovação e
transformação pessoal e social. Nessa perspectiva, o desenvolvimento deve ser
compreendido como um processo contínuo, multidimensional e dinâmico, que
está sempre em movimento.
Esta Instituição almeja a qualidade de ensino, e para esse fim, há que se
ter clareza acerca do homem que se quer formar para avançar e dos tipos de
aprendizagem que precisam ser desenvolvidos. Obviamente, essa percepção
deve ser compartilhada pelo conjunto da sociedade e, mais especificamente,
por toda a comunidade envolvida no processo educacional de nossa escola.
É necessário identificar as aprendizagens básicas desejáveis. A ideia é
dedicar maior atenção às competências que fundamentam as aprendizagens
consideradas relevantes, que estão vinculadas aos conteúdos fundamentais e
ao domínio das habilidades.
Segundo a UNESCO, outro parâmetro de qualidade de educação está
na pertinência, relacionada à acessibilidade, à disponibilidade e à aceitabilidade.
Entendendo-se por pertinência todos os recursos pedagógicos, administrativos
e funcionais que coloquem o aluno no centro de todo o processo de ensino e de
aprendizagem, flexível e adaptado aos mais diversos contextos educacionais e
às especificidades de cada um.
Enfim, entender que não há professor sem aluno, e que colocar o
educando como centro, não é um exercício de mera retórica, como bem colocou
em sua reflexão crítica, o professor Paulo Freire:
“... ensinar não é transferir conhecimentos,
conteúdos, nem formar, é ação pela qual um sujeito
criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso
e acomodado. Não há docência sem discência, as
duas se explicam e seus sujeitos apesar das
diferenças que os conotam, não se reduzem à
condição de objeto, um do outro. Quem ensina
aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao
aprender. Quem ensina, ensina alguma coisa a
alguém. Por isso é que, do ponto de vista
gramatical, o verbo ensinar é um verbo transitivo-
relativo. Verbo que pede um objeto direto – alguma
coisa – e um objeto indireto – a alguém.” (Freire,
Paulo. 2007).
Sabemos que nossos alunos desde a primeira infância devem ter a
oportunidade de vivenciar experiências significativas de aprendizagem adquirindo
experiências e ampliando sua estrutura mental e emocional, apropriando-se de
maneiras novas de pensar e agregar valor ao seu estilo de resolver problemas e
compartilhar a afetividade. Além disso, devem aprender a utilizar estratégias
metacognitivas e desenvolver habilidades cada vez mais refinadas ao longo do
percurso escolar. Sendo preparados para exercer sua autonomia em direção a tarefas
sociais e afetivas que conduzirão à juventude bem-sucedida e à vida adulta de sucesso.
Durante o percurso educacional, nossos alunos terão oportunidade de se conhecerem,
de manifestarem seus desejos e de alcançá-los de forma ativa. Enfim, que nossos
alunos possam expressar de seus talentos, e afirmar seus valores sociais, sua
criatividade e suas capacidades de criação e crescimento.
6 - Objetivos
Na expectativa de garantir a melhoria e a qualidade do ensino na escola,
sugerimos constante discussão democrática ao longo do ano em busca de
atingir os objetivos propostos. O nosso trabalho busca construir uma educação
de qualidade, oferecendo uma escola de Ensino Fundamental, que atenda
também a Educação Infantil, estruturada em projetos específicos e
interdisciplinares, para execução ao longo do ano letivo. Tendo em vista a
necessidade de incrementar a atuação pedagógica, o desempenho dos alunos,
o prazer de ensinar/aprender possibilitando momentos de auto avaliação, para
verificar o percurso das ações, corrigir rumos, analisar resultados e ampliar
metas. Para isso, serão alguns dos nossos objetivos:
Aperfeiçoar as ações do Conselho Escolar e do Conselho Local de
Promoção da Cidadania e da Cultura da Paz;
Apresentar temas, abordagens e atividades pedagógicas que
contribuam para o desenvolvimento global dos alunos por meio de atividades
didáticas adaptadas;
Reduzir o percentual dos índices de reprovação, distorção
série/idade, evasão e indisciplina;
Fortalecer o atendimento escolar, primando o desenvolvimento
integral do aluno;
Fortalecer a participação dos pais por meio do Projeto Escola de
Pais estabelecendo uma nova relação entre a escola e família;
Fortalecer o compromisso com a proposta educacional
estabelecida pelo Currículo em Movimento e organização em Ciclos;
Garantir a autonomia da Unidade Escolar em todos os seus
aspectos procurando aperfeiçoar a coletividade em função da sua melhoria;
Incentivar a leitura, oportunizando aos alunos acesso a variados
espaços de leitura: sala de leitura, cantinho da leitura e feiras do livro;
Priorizar projetos escolares específicos para melhorar o
desempenho de nossos alunos quanto às suas dificuldades;
Garantir a inclusão e o acesso do aluno com necessidades
especiais à escola, favorecendo a ele o Atendimento Educacional
Especializado;
Oferecer aos alunos outros espaços e momentos para a
aprendizagem de forma lúdica, sistematizada e complementar;
Promover momentos de estudo, lazer, descontração e reflexão aos
Profissionais de Educação, como forma de reduzir as tensões do trabalho e
melhorar a qualidade
d
e
vida;
Fortalecer as coordenações pedagógicas, oferecendo oficinas,
grupos de estudo e formação continuada, potencializando os conhecimentos
dos docentes;
Valorizar, incentivar, apoiar o professor, chave do sucesso de
qualquer política educacional, oportunizando momentos de reflexões,
aprendizagens e trocas de experiências sobre as questões educacionais;
Viabilizar a prática de Programas Educacionais da SEDF em
consonância com este Projeto Político Pedagógico: Programa Nacional de
Educação do Campo –
PRONACAMPO, Correção de fluxo, Projeto Interventivo, Educação
Integral, Programa Educador Voluntário, etc;
Promover reunião bimestral informativa e de sensibilização com os
pais dos alunos;
Dinamizar a APAM, Bazares e os Recursos Financeiros
repassados à unidade pelo Governo Federal e Distrital;
Propor experiências culturais simples e diferenciadas (celebração
da páscoa, momento musical: reflexão musical com a comunidade, festa junina,
semana da conscientização do Uso Sustentável da Água, de educação para
vida, da criança e da inclusão, formatura dos alunos, festa da família,
culminância do Projeto de Leitura, etc.).
Discutir e melhorar desempenho quanto aos Sistemas de
Avaliação das Instituições Educacionais da SEDF;
Realizar de Conselhos de Classe bimestrais que possibilitem uma
visualização em conjunto das dificuldades apresentadas pelos alunos;
Resgatar os parceiros da escola: profissionais da Saúde, Serviço
Social, Segurança Pública, Igrejas, Associações e principalmente a família,
desenvolvendo com eles trabalho direcionado à melhoria da estrutura
administrativa e do trabalho pedagógico, visando uma educação de qualidade;
Garantir as condições básicas de infraestrutura, limpeza,
segurança, merenda e transporte, entre outras, para execução do Projeto
Político Pedagógico desta Instituição Educacional.
Concepções teóricas que fundamentam as práticas pedagógicas
Desde 2012, foram realizadas eleições diretas para Diretores e
Conselhos Escolares e instituído o Fórum de Educação do Distrito Federal,
previstos na Lei 4.751 de 2012 – Lei da Gestão Democrática. Assim, em um
processo de reformulação da dinâmica da gestão da educação e defendendo os
princípios da cidadania, da diversidade, da aprendizagem e da sustentabilidade
humana, o Currículo em Movimento passou por um processo de socialização e
validação democrática pela Comunidade Escolar, por meio de curso de
formação continuada, ministrado pelo Professor Marcelo Soares.
Na perspectiva de Currículo em movimento, o grupo buscou questionar
saberes e práticas pedagógicas; a discutir a função social da escola; a romper
com a concepção conservadora de ciência e currículo e de fragmentação do
conhecimento; a reinventar, compreendendo que a educação é construção
coletiva. [...] o currículo corporifica os nexos entre saber, poder e identidade.
(SILVA, 2003)
O Projeto Político-Pedagógico Carlos Mota (2011) propõe “o currículo
como um instrumento aberto, em que os conhecimentos dialogam entre si, [...].
Que busque estimular a pesquisa, a inovação, à utilização de recursos e práticas
pedagógicas mais criativas, flexíveis e humanizadas [...]”.
Conforme o disposto no Art. 206, VI, da Constituição Federal, nos Art. 3º,
VIII, e 14 da LDB, e no Art. 222 da Lei Orgânica do Distrito Federal, lembrando
o que estabelece a Constituição Federal no art. 205, no que trata da Educação
Integral e o Dec. nº 28.504, de 4 de dezembro de 2007, do GDF. Objetivando
promover a melhoria qualitativa e quantitativa da oferta educacional, orientada
pelas diretrizes curriculares proposta pela Secretaria de Estado de Educação,
no intuito de oferecer uma educação de qualidade, inspirada no currículo da
Educação Básica e em projetos pedagógicos específicos para a nossa clientela.
A Educação Integral e em tempo integral está presente na legislação
brasileira, conforme observamos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB, sendo que a necessidade da oferta de educação em tempo
integral está expressa também na Lei Orgânica do Distrito Federal, em seu
artigo 221, enfatizado no Decreto nº 33.329, de 10/11/2011, que regulamenta a
Lei Federal nº 4.601, de 14 de julho de 2011, instituindo o Plano pela Superação
da Extrema Pobreza – DF sem Miséria, que, em seu art. 43, considera a
necessidade da implantação progressiva da Educação Integral nas regiões de
vulnerabilidade social.
Entretanto, a adequação e o atendimento dos sistemas de ensino ao
conjunto de disposições legais em vigor no país representam um desafio,
considerando que temos diferentes realidades sociais, econômicas e culturais.
Estamos empenhados em consolidar as políticas educacionais
propostas para a Educação no DF. Entendemos que o Bloco Inicial de
Alfabetização (BIA) é uma medida fundamental no processo de ensino-
aprendizagem, diante da necessidade de articular a organização por ciclos de
aprendizagem, tratando o aluno com condições mais igualitárias e valorizando
a aquisição de hipóteses de leitura, escrita e conhecimento lógico-matemático,
entre outros. A proposta da escola em ciclos está comprometida com a
transformação do sistema educacional. Ela questiona a lógica da escola
graduada, sua estrutura, organização e finalidades. As limitações mais visíveis
da escola graduada são os elevados índices de reprovação, a evasão escolar e
os alunos em situação de distorção idade/série. Assim, a escola em ciclos
propõe uma ruptura com o modelo da escola graduada (considerado excludente
e seletivo).
Segundo Gomes (2004), a opção pela reprovação escolar não é
apenas um procedimento metodológico, mas expressa determinada visão de
homem, mundo e sociedade. Para a autora, um sistema educativo que se
compromete com um conceito amplo de democracia deve utilizar todos os
esforços individuais e coletivos para promover a aprendizagem significativa de
todos os alunos, pois “a aprendizagem significativa dos saberes difundidos pela
escola é uma das condições necessárias para que os indivíduos vivam bem
individual e coletivamente” (Gomes, 2004, p.156).
Segundo a autora, diversos aspectos psicológicos são evocados como
fundamento para a escola em ciclos:
A aprendizagem é um processo contínuo e progressivo que não se
restringe ao tempo de um ano letivo apenas;
A escola precisa atender as diferenças individuais no processo de
aprendizagem;
A eliminação da reprovação e a possibilidade de progressão na
aprendizagem contribuem para a preservação da autoestima dos alunos;
O fato de as classes tornarem-se mais heterogêneas (diversidade)
permite a ampliação das possibilidades de interação na sala de aula;
A escola em ciclo permitiria alterar o foco da transmissão do
conhecimento para a construção, na qual os alunos poderiam assumir um papel
mais ativo.
Neste sentido, consideramos que o trabalho constituir-se-á de
metas e estratégias a serem desenvolvidas a curto e em longo prazo, sendo
fundamental a participação de toda a comunidade escolar.
As ideias, estratégias e projetos contidos neste Projeto Político
Pedagógico foram debatidos de forma democrática entre os segmentos da
escola, permitindo a sua construção.
Segundo Paulo Freire, tudo o que a gente puder fazer no sentido de
convocar os que vivem em torno da escola e dentro da escola, no sentido de
participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo
o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho
imenso que se põe diante de nós que é o de assumir este país
democraticamente [...].
8 - Organização pedagógica da educação e do ensino oferecido
A escola deve ser um local destinado à promoção da aprendizagem de
todos os seus alunos. Assegurando a todos o direito a aprender e ter uma vida
de sucesso. A razão principal de nosso trabalho escolar é: ter uma escola
capaz de assegurar a todas as crianças subsídios efetivos para que
possam ajudá-las a transformar suas vidas.
Entendemos a educação como um processo integral, contínuo e
progressivo para o desenvolvimento humano e, consequentemente, visando a
transformação social.
Propor uma educação que promova à justiça, a liberdade, a igualdade,
a convivência pacífica, a vivência da cidadania. Comprometendo-se com a
construção de uma sociedade na qual estes valores, sejam vivenciados e
respeitados.
O nosso aluno será atendido para que saia da escola diferente de como
ingressou nela: que saiba mais sobre si e sobre o meio físico e social; que
respeite a realidade em sua volta, e que consiga discernir, no ambiente em
que vive, o que é aceitável, coerente e preveja as consequências de todos
os seus atos. Este é o motivo pelo qual procuramos uma escola que promova
o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos estudantes.
Atendendo às necessidades e expectativas, na construção de sua
identidade.
Desta forma, concebemos o currículo como um processo coletivo, onde
estão presentes as habilidades e potencialidades humanas, dando à criança
condições para o desenvolvimento e aprimoramento de competências.
Desenvolvendo o pensamento, a consciência crítica e o crescimento das
relações interpessoais.
Nesse contexto, torna-se possível, enxergar a escola, como local de
construção de conhecimentos de forma crítica, criativa e interdisciplinar. Ao
mesmo tempo, oferecedora aos alunos carentes, culturalmente, da igualdade
de condições de acesso ao conhecimento, avanços tecnológicos e de recursos
de qualidade.
Para que a escola seja capaz de cumprir sua função social, de facilitar o
acesso ao conhecimento e promover o desenvolvimento de seus alunos, é
preciso que todos estejam de acordo sobre a maneira como se desenvolve o
processo ensino-aprendizagem. Incentivamos a participação de todos os
seguimentos envolvidos no processo. Promovendo ações de incentivo à
participação da família e de toda a comunidade escolar no compromisso de uma
educação de qualidade.
Diante dos princípios norteadores anunciados pela Secretaria de
Educação do DF e seguidos por esta Unidade de Ensino, temos como foco de
atuação:
Compromisso com a aprendizagem de todos os
alunos;
Gestão democrática, a fim de garantir a participação
de toda comunidade, preocupados com os anseios da
coletividade;
Competência profissional;
Condições propícias de trabalho em todos os
seguimentos;
Projeto pedagógico coletivo e articulado;
Proposta Curricular, baseada no Currículo em
Movimento e Escola do Campo, compatível com o perfil da nossa
clientela atendida;
Equipamentos e materiais de ensino-aprendizagem
diversificados;
Ambiente escolar motivador, rico em estímulos, que
promova o desenvolvimento de todos;
Capacitação e reflexão continuadas;
Acompanhamento contínuo do processo ensino-
aprendizagem;
Nessa perspectiva, adotaremos um trabalho pedagógico e administrativo,
em busca de uma construção coletiva, que traduza valores assumidos pelo
grupo, suas intenções e seus objetivos em comum. Este será o eixo condutor
do trabalho da nossa escola, e assim estaremos esculpindo a feição de nossa
realidade.
9 – Concepções práticas e estratégicas de avaliação de ensino e
aprendizagem
Partindo do pressuposto de que os princípios defendidos pela Escola
Classe nesse documento, em defesa do desenvolvimento dos alunos no
processo formativo, fazem parte desse contexto, a avaliação poderá revelar o
que está sendo ensinado e aprendido. Assim, as dimensões da avaliação dão-
se, no contexto da escola, a partir da avaliação da aprendizagem, da avaliação
institucional e da avaliação externa. A avaliação da aprendizagem, na Escola
Classe Sítio das Araucárias, é entendida como parte do processo de ensinar e
aprender. Ela é dinâmica e processual. Por isso, ganha um caráter formativo,
uma vez que redimensiona o planejamento do professor e, consequentemente,
sua prática. Por isso, se apresenta como elemento de identificação e
diagnóstico. A aprendizagem é considerada parte de uma ação coletiva que
busca a formação dos estudantes em seu percurso formativo, garantindo o
desenvolvimento em todos os aspectos. Essa concepção parte da premissa de
que todos podem aprender a partir de seu ritmo e no seu tempo. a Escola
oferece oportunidades, ações e estratégias. Por isso, a avaliação é considerada
formativa, uma vez que o foco passa a ser as aprendizagens. Não são os
instrumentos-procedimentos que definem a função formativa, mas a intenção do
avaliador, no caso, o docente, e o uso que faz deles (HADJI, 2001).
Na Educação Infantil, a avaliação está integrada à documentação
pedagógica, sem objetivo de promoção, e busca orientar por meio do registro.
No Ensino Fundamental, o processo se dá, também, pela observação e registro,
com a utilização de diferentes instrumentos avaliativos, com critérios definidos
no planejamento de cada professor. Quanto à avaliação externa, a Escola
participa, por sua condição institucional, A Escola ainda se submete a outras
avaliações externas, como Provinha Brasil para o 2º Ano, Avaliação Nacional da
Alfabetização, SAEB, Prova Brasil.
O Conselho de Classe procura ser coerente com o processo de avaliação,
se apresenta como parte importante do processo avaliativo, tem função
mediadora e, no final do ano letivo, assume caráter deliberativo quanto ao
processo de avaliação, não cabendo recurso em outra instância da Escola. Os
profissionais envolvidos com a aprendizagem emitem um diagnóstico
fundamentado nas relações interpessoais, na metodologia, nos conteúdos
desenvolvidos e em outros aspectos considerados importantes da realidade dos
estudantes e dos professores. Essa análise poderá indicar as causas das
dificuldades do processo educativo.
Dessa forma, o Conselho de Classe constitui-se como um espaço de
discussão da comunidade escolar, todas as suas decisões são registradas em
ata, caracterizando-se como documento Orientador da dinâmica educativa.
A Avaliação Institucional dessa Instituição é compreendida como um
instrumento de acompanhamento contínuo e permanente dos processos
administrativos e pedagógicos, bem como das atividades, é compreendida como
processo formativo cujos dados e informações gerados, reorientam a prática dos
envolvidos e orientam propostas de mudanças. A avaliação institucional
identifica problemas, assegura a proposição de soluções mais assertivas,
orienta a tomada de decisões e posições que proporcionem mudanças. Desta
forma, a Escola Classe Sítio das Araucárias concebe a Avaliação Institucional a
partir da perspectiva de transformação da realidade, sendo utilizada com fins e
intenções específicas. Tem como foco principal o questionamento sobre a
maneira que a instituição efetivamente cumpre sua função social. Para tanto,
considera as formas de participação de toda a comunidade escolar,
comprometendo-a com um futuro que pode ser transformado, a partir do
autoconhecimento da própria realidade.
O grupo de professores é consciente das mudanças e adaptações que
foram inseridas na dinâmica educacional em relação à Avaliação, pois esta é
formativa e processual baseada em observação tanto oral como escrita que
podem ser diversificados como o uso de portfólios, testes, pesquisas, leituras,
provas escritas, enfim, temos uma variedade de alternativas para verificar a
aprendizagem dos alunos. Além de tudo o que foi mencionado, existe os
programas educacionais de avaliação externas como: Avaliações Diagnósticas
para o 1º e 2º ano e para os alunos do 3º ano que não fizeram a Provinha Brasil
em 2017. Provinha Brasil aplicada no 2º Ano, Avaliação Nacional da
Alfabetização (ANA) aplicada no 3º ano, Sistema de Avaliação na Educação
Básica (SAEB) e Prova Brasil aplicadas no 5º Ano. Os professores frequentam
cursos de Formação Continuada, como “EcoAtivos 4º e 5º ano ), PNAIC-Plano
Nacional de Alfabetização Idade Certa (1º ao 3º ano), onde buscam aprimorar
seus conhecimentos, considerando as novas necessidades e demandas que a
Educação enfrenta. Assim o grupo busca inserir o aluno de comunidade rural no
mesmo parâmetro das demais escolas do DF.
10 - Organização curricular da escola
A saber, que a portaria nº 86, de 1º de fevereiro de 2013 instituiu o
Programa Nacional de Educação do Campo - PRONACAMPO, que consiste
em um conjunto articulado de ações de apoio aos sistemas de ensino para a
implementação da política de educação do campo. A política de educação do
campo destina-se à ampliação e qualificação da oferta de educação básica e
superior às populações do campo, e será desenvolvida pela União em regime
de colaboração com os estados, os municípios e o Distrito Federal, de acordo
com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação.
Segundos tais diretrizes, a concepção de Educação do Campo não
associa a educação apenas ao espaço geográfico, mas aos sujeitos a quem ela
se destina. Assim, essa educação incorpora os espaços da floresta, da pecuária,
das minas e da agricultura, como também acolhe os espaços pesqueiros,
caiçaras, ribeirinhos e extrativistas. Para os educadores, a concepção de
Educação do Campo vai além do senso comum de um perímetro não-urbano.
O campo é definido como um espaço de possibilidades que dinamizam a ligação
dos seres humanos com a própria produção das condições da existência social
e com as realizações da sociedade humana.
Nossa realidade é bem distinta da demais Escola do Campo do país,
ficamos localizados numa região próxima à cidade de Sobradinho. A maioria de
nossos alunos é filho de caseiros e empregados domésticos, não produzem
produtos agrícolas, apenas hortaliças para revender nas feiras locais. Temos a
presença de um Assentamento Rural- Acampamento Renascer, que busca
receber incentivos da Política de Reforma Agrária. Atualmente, poucos alunos
do movimento frequentam a escola.
Estamos construindo uma proposta de Ação com o coletivo dessa
escola, que pretende inserir o debate sobre a Educação do Campo. Tendo em
vista que essa política nos foi apresentada em meados de abril de 2013, sendo
uma novidade repleta de particularidades e especificidades, próprias da
Educação do Campo.
“O Currículo da Educação Básica inclui desde aspectos básicos
que envolvam os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação
até marcos teóricos que caracterizam a sala de aula, relacionando
princípios e operacionalização, teoria e prática e planejamento e ação. ”
Diante do exposto, a escola deve se organizar para garantir aos nossos alunos
uma educação de qualidade, que garanta o acesso, a permanência e a
aprendizagem efetiva.
Para tanto, é necessário à organização curricular e o trabalho
pedagógico coletivo, para que os objetivos e metas não se percam no decorrer
do ano letivo.
O Ensino Fundamental à luz dos objetivos do milênio e da concepção
de uma educação igualitária e de qualidade não se limita ao acesso à instituição
educacional, mas se relaciona à preparação da criança para uma trajetória de
sucesso, também fora da escola.
Nesta perspectiva, entendemos que hoje o trabalho escolar deve dar
ênfase ao processo ensino-aprendizagem, finalidade maior de todo esforço a
ser despendido. Essa concepção representa um compromisso com a
aprendizagem de todos os alunos. É uma nova postura, diante da clientela e do
que deve ser realizado, pois subordina o administrativo ao pedagógico. Logo, a
principal razão de ser da escola é a aprendizagem do aluno.
O trabalho coletivo desenvolvido na escola levará em consideração a
LDB (Lei nº. 9.394/96), que fixa diretriz e ao mesmo tempo, organiza o sistema
de ensino, dando flexibilidade. Desta maneira, nossa escola poderá organizar a
execução do trabalho pedagógico de diversas maneiras, respeitando a
diversidade e a realidade local.
Assim, em conformidade com a legislação possibilitamos a adoção de
alternativas atendendo sempre o processo de ensino-aprendizagem. Hoje, em
nossa escola temos maior autonomia, mais liberdade na tomada de decisão.
Esta autonomia está pautada no trabalho coletivo e diário em nossa escola.
A organização curricular, nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
enfatiza a assimilação de conceitos, buscando desenvolver habilidades e
competências que possibilitem aos alunos prosseguir os estudos. Em face dos
princípios de interdisciplinaridade e de contextualização que permeiam todo o
Currículo da Educação Básica, e da forma de habilitação dos professores para
atuar nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o tratamento didático
pedagógico dos componentes curriculares será de atividades, não se
justificando preestabelecer número de horas para cada um dos componentes
curriculares.
O Bloco Inicial de Alfabetização tem a dimensão positiva de promover a
progressão continuada do processo de aprendizagem, além de possibilitar a
organização de um tempo maior e mais flexível para o desenvolvimento das
competências que a criança precisa construir. No entanto, a organização do
tempo e do espaço escolar não se dá automaticamente com a implantação do
BIA, como também não é garantia de qualidade do processo de alfabetização.
É preciso, pois, adotar outras medidas e estratégias que promovam o alcance
dos objetivos propostos.
Em fevereiro de 2013 a escola aderiu à proposta de trabalho
organizado em Ciclos. A proposta da escola em ciclos está comprometida com
a transformação do sistema educacional. Segundo Mainardes (2009), a escola
em ciclos questiona a lógica da escola graduada, sua estrutura, organização e
finalidades.
As limitações mais visíveis da escola graduada são os elevados índices
de reprovação, a evasão escolar e os alunos em situação de distorção
idade/série (em decorrência das reprovações, da evasão ou do ingresso tardio
na escola).
Assim, a escola em ciclos propõe uma ruptura com o modelo da escola
graduada (considerado Excludente e seletivo), com a reprovação e com o
fracasso escolar.
Para Mainardes, a retórica da escola em ciclos é progressista, uma vez
que a sua implementação tem sido justificada como uma possibilidade real de
criação de uma escola democrática, não seletiva, não excludente e que poderia
garantir a todos os alunos o direito de permanecer na escola e de aprender.
Defende ainda, que a escola em ciclos é uma política complexa, e diversas
justificativas têm sido apontadas na constituição de seus fundamentos
principais.
Estas justificativas podem ser enquadradas como filosóficas e políticas,
psicológicas, antropológicas e sociológicas. As justificativas filosóficas e
políticas indicam a organização da escolaridade em ciclos como uma
modalidade de organização que, potencialmente, permite a ampliação do direito
à educação, contribui para a democratização da educação e permite uma
ruptura com as práticas de exclusão dentro da escola.
No caso os alunos do 4º e 5º Anos do ensino fundamental, são vistos de
forma progressiva e ativa, espera-se que já tenham incorporado à rotina
escolar, atuem com maior independência uma série de conhecimentos, uma
vez que suas capacidades cognitivas sofrem avanços significativos. Os alunos
começam a estabelecer relações de causalidade, o que os estimula a buscarem
explicações e tirarem suas próprias conclusões. O pensamento ganha maior
flexibilidade, o que lhes possibilita perceberem as transformações. Ampliam
suas hipóteses, estendendo-as a contextos mais amplos, e têm possibilidades
de maior concentração e capacidade verbal para expressarem com mais
clareza suas ideias e pontos de vista.
Entretanto, é importante destacar que, apesar desses avanços, as
generalizações são ainda bastante elementares e estão ligadas às
possibilidades de observar, experimentar, lidar com representações, sem
chegar, todavia, a uma formalização de conceitos. Dessa forma, é que o currículo
do Ensino Fundamental dos anos/séries iniciais apresenta como eixo integrador
a Alfabetização/Letramento/Ludicidade, que perpassa todos os componentes
curriculares.
Com isso, a organização do trabalho pedagógico possibilita o
desenvolvimento das dimensões cognitivas, afetivas, sociais e motoras dos
alunos, favorecendo o letramento em seus diversos sentidos: linguístico,
matemático, tecnológico etc. O letramento, portanto, facilita a
interdisciplinaridade dos componentes curriculares, considerando que todas as
áreas do conhecimento se manifestam pela linguagem.
Além disso, o trabalho pedagógico realizado nas séries iniciais do Ensino
Fundamental de 9 anos, prossegue pautado nos princípios teórico-
metodológicos propostos para o Bloco Inicial de Alfabetização no que tange: ao
letramento; à ludicidade; à formação continuada dos professores; à avaliação
formativa dos alunos, a partir da qual podem ser realizados reagrupamentos e
elaborados projetos interventivos. Práticas de alfabetização (leitura e
interpretação, análise linguística, sistematização para o domínio do código e
prática de produção de textos). Difere do BIA no que se refere à formação de
ciclos, uma vez que se organiza por meio de séries, mas dá continuidade à
formação comum para o exercício da cidadania e prosseguimento dos estudos,
finalidade de toda a educação básica.
Dentro do que preconiza a lei n.º 11.645/08, que torna obrigatório estudo
da história e cultura afro-brasileira e indígena, os conteúdos referentes a
temática serão ministrados em todas as turmas da seguinte forma:
No Bloco Inicial de Alfabetização o conteúdo será abordado por
meio da ludicidade, seja com literatura infantil, educação artística, teatro, música,
visita a museus, filmes, de forma a valorizar e caracterizar a formação do povo
brasileiro, respeitando as diferenças e privilegiando a convivência harmônica;
Nos anos iniciais, no âmbito do currículo escolar, em especial nas
áreas de educação artísticas e de literatura e histórias brasileiras, seja por meio
de textos, documentários, visitas a museus, teatro, de forma que o alunado
vivencie e resgatem as contribuições sociais e políticas pertencentes a história
do Brasil.
Ainda, de acordo com o que determina a Lei 11.525/2007, que trata da
inclusão no conteúdo dos direitos das crianças e do adolescente,
desenvolveremos atividades voltadas à aquisição da consciência e postura do
jovem na sociedade. Seja através de palestras, atividades em sala de aula,
literatura, teatro infantil e música.
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Educação e Realidade 6 (1): 109 – 20 jan. / abr, 1981.
APÊNDICE A
Plano de ação para implementação do Projeto Político Pedagógico
Este Projeto visa atender as necessidades de programar uma gestão
escolar participativa, buscando, envolvendo, articulando e promovendo ações
dentro do ambiente escolar.
Os profissionais desta escola pensarão em conjunto a melhor forma
de implementar o projeto político pedagógico, bem como as políticas
educacionais da SEDF. As decisões, as possibilidades e os limites de cada
tomada de decisão serão amplamente discutidos. Ninguém consegue fazer
tudo de uma vez, portanto, será importante estabelecer prioridades a serem
vencidas a cada etapa do ano letivo.
Plano de trabalho para a gestão escola 2017/2019
1. Identificação da Unidade Escolar
Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho
Unidade Escolar: Escola Classe Sítio das Araucárias
Níveis/Modalidade de Ensino:Educação Infantil, Ensino
Fundamental Séries-Anos Iniciais Localização: DF 440 VC 257 KM 13
Sítio Araucárias- Zona Rural de Sobradinho
2. Identificação da Chapa
Candidata (o) Diretora (o): Evaide Flores Campos, Matricula: 33437-
5
Cargo: Professor Classe A
Área de Formação: Licenciatura em Letras Português/Literaturas,
Magistério e Especialização em Gestão Educacional.
Candidato (o) a Vice-diretor (o): Marcelo Soares de Oliveira, Matricula:
204321-1
Cargo: Professor Classe A
Área de Formação: Licenciatura em Pedagogia, Estudos Sociais,
Geografia e História;
Especialização em Gestão Educacional
3. Apresentação
Professora Evaide Flores Campos, ingressou na Secretaria de
Educação no ano de 1997, como professora regente dos Anos Iniciais e
Educação Infantil, por 05 (cinco) anos. Atuou em escolas da Coordenação
Regional do Plano Piloto/ Cruzeiro, até pedir remoção para Sobradinho, onde
atuou no CAIC de Sobradinho 2. Atuou como Coordenadora Intermediária da
Educação Infantil, na CRE Sobradinho. Exerceu a função de vice-diretora, no
Centro de Educação Infantil 01 de Sobradinho pelo período de 5 (cinco) anos.
Em 2007 foi lotada na Escola Classe Sítio das Araucárias, quando atuou como
professora regente, e no período de 2008 a 2012, foi vice-diretora da
Instituição. Em processo da Gestão Democrática, em 2013 foi eleita diretora
da Escola Classe Sítio das Araucárias, e desde 2014 vem exercendo a função
até a presente data, com mandato que se encerra em dezembro de 2019.
Professor Marcelo Soares de Oliveira, ingressou na Secretaria de
Educação no ano de 2002, quando atuou por 3 (três) anos, como professor
regente nos Anos Finais e Ensino Médio. Atuou como Vice-diretor da Escola
Classe Café Sem Troco, por 1(um) ano, de onde foi eleito Diretor por 6(seis)
anos. Exerceu por 1 (um) ano, a função de Professor Especializado da Sala
de Recursos da Escola Classe Sítio das Araucárias.
Em 2014, o professor Marcelo foi eleito Vice-diretor dessa Instituição
de Ensino e vem exercendo a função até a presente data, com mandato que
se encerra em dezembro de 2019.
4. Gestão pedagógica
Objetivos
Garantir os direitos dos educandos, oferecendo uma escola de
qualidade, que atenda às necessidades da clientela rural;
Buscar oferecer o atendimento individualizado aos educandos
com dificuldade de aprendizagem;
Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem dando ênfase
à leitura, escrita e educação matemática;
Oportunizar o espaço da coordenação coletiva para formação
continuada e estudo dos regentes;
Fortalecer e apoiar o professor, oportunizando momentos de reflexão,
aprendizagens e trocas de experiências sobre questões e desafios educacionais;
Propor estratégias e projetos para atingir melhorias na redução de
percentual dos índices de reprovação, distorção idade-série, evasão escolar e
indisciplina
Garantir a autonomia da Instituição Escolar em todos os aspectos,
procurando otimizar a coletividade em função da qualidade de ensino;
Planejar projetos específicos e programas educacionais para a
comunidade rural, visando o respeito à cultura e a diversidade local;
Aperfeiçoar projetos pedagógicos presentes no PPP, envolvendo toda
a comunidade escolar;
Estabelecer estratégias e planejamento coletivos entre equipe
gestora, professores e Equipe de Atendimento Especializado, a fim de oferecer o
acompanhamento e atendimento dos alunos com dificuldade de aprendizagem e /ou
especiais;
Oferecer aos alunos outros espaços e momentos de aprendizagem
lúdica, sistematizada e complementar.
Metas
Minimizar os índices de reprovação, distorção idade-série, evasão e
indisciplina nos próximos 3 (três) anos, buscando a valorização dos estudos, através
da conscientização das famílias e dos grupos sociais atuantes neste processo.
Oferecer atendimento especializado e acompanhamento por Educador
Voluntario, aos alunos portadores de necessidades especiais;
Promover oficinas e reuniões formativas na escola nas coordenações
coletivas;
Aproximar os pais dos seus filhos, buscando momentos de diálogo,
no sentido de despertar a importância do afeto, e do carinho no processo de ensino
aprendizagem;
Melhorar gradativamente o desempenho de nossos alunos nas
Avaliações Externas (Provinha Brasil, ANA (PNAIC);
Reorganizar o trabalho pedagógico, a fim de superamos as
dificuldades, buscando melhorar as fragilidades e enriquecer as potencialidades.
5. Gestão participativa
Assegurar o cumprimento do Regimento Escolar, por meio de
encontros periódicos com professores e equipe pedagógica para efetivação
da aprendizagem e permanência do aluno.
Promover uma efetiva participação da APAM na escola para
trabalhar em prol do Desenvolvimento dos alunos dentro do processo de
ensino aprendizagem.
Organizar os Conselhos de Classe nos finais de bimestres,
diagnosticando os pontos positivos e negativos, buscando soluções dentro da
proposta pedagógica. Socializar com a equipe pedagógica, funcionários e
professores todas as informações obtidas: Leis, instruções, Normas que
regulamentam o processo educacional.
6. Gestão de pessoas
Incentivar os professores a participar das capacitações à
distância e as oferecidas pela SEEDF, por meio de cursos de formação
continuada para aprimorar seus conhecimentos.
Montar grupos de estudos para discutir as propostas vindas da
SEEDF.
Proporcionar ao corpo docente e funcionários, momentos de
integração para dinâmica de grupo, socialização de experiências para
estimulá-los a buscar sempre novos desafios.
Discutir proposta que contribuía com a melhoria da qualidade de
ensino.
Realizar reuniões pedagógicas, conscientizando os professores
e funcionários da necessidade de encontrar caminhos mais prazerosos para
concretização do processo ensino aprendizagem, construindo uma pedagogia
centrada no aluno e não só nos conteúdos.
Estabelecer momentos de reflexão e autoestima entre os
profissionais da escola, buscando manter um convívio harmonioso e
respeitador entre os pares;
6. Gestão financeira
Objetivos
Prestar contas com transparência das verbas públicas, bem
como nas arrecadações internas com festas, eventos, doações e outros
recursos financeiros;
Oportunizar a participação do Conselho Escolar e Fiscal na
utilização dos recursos financeiros, estabelecendo prioridades na aplicação
do PDDE, PDAF e outros recursos financeiros;
Elaboração de plano de manutenção, reparos e melhoria na
estrutura física da escola, buscando parcerias e voluntariado;
Aquisição de material pedagógico - recreativo para utilização no
Projeto Recreio Animado;
Metas
Proporcionar à comunidade a participação efetiva no uso dos
recursos públicos;
Incentivar a participação da comunidade no processo decisório
de como utilizar os recursos públicos;
Propiciar um ambiente agradável e acolhedor, prazeroso, e que
faça com que o aluno se sinta bem-sucedido;
Criar um ambiente de recreação e aprendizagem durante o
recreio diário, desenvolvendo a socialização, respeito às regras e a
psicomotricidade.
6- Gestão Administrativa
Objetivos
Divulgar com clareza e no prazo as informações recebidas da
CRE e SEDF;
Estabelecer diálogo contínuo com os professores, servidores,
comunidade escolar e CRE;
Aprimorar a merenda escolar, a fim de oferecer uma alimentação
saudável;
Melhoria e acompanhamento do transporte escolar, observando a
segurança e qualidade dos veículos;
Preservar a limpeza e organização do ambiente escolar,
deixando-a sempre acolhedora à comunidade escolar;
Buscar junto à SEEDF, a manutenção constante e reparadora
das instalações escolares;
Estabelecer reuniões com o Conselho escolar, grupo escolar e
comunidade para estabelecer prioridades para a aplicação dos Recursos
Públicos;
Garantir a pontualidade da prestação de contas da Instituição,
bem como a publicidade na aplicação dos Recursos Públicos;
Realizar reuniões com os encarregados das empresas
terceirizadas, servidores e gestão escolar, para avaliação e melhoria dos
serviços prestados;
Oferecer uma escola com ambiente limpo, organizado e
prazeroso, com manutenção dos bens e realização de serviços;
Proporcionar a nossa comunidade escolar, um ambiente seguro,
saudável e livre de contaminações;
Oferecer a todos os funcionários e servidores condições de
trabalho, acesso à Internet, à materiais pedagógicos e de limpeza e
conservação, a fim de melhorar o ensino
Metas
Fazer com que a comunidade escolar se torne efetivamente
participativa no uso dos recursos;
Incentivar a participação da comunidade no processo decisório
de como utilizar os recursos;
Propiciar um ambiente agradável, prazeroso e que o aluno se
sinta bem-vindo na escola;
Criar um ambiente de recreação e aprendizagem durante o
recreio diário;
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP
A Avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizada durante o
ano letivo por meio de encontros e reuniões com os professores, pais
representados pelos membros do Conselho Escolar e comunidade escolar. É
importante a busca constante pelo aprimoramento do Projeto Político
Pedagógico sempre que as ações da escola envolver decisões ou ações que
impliquem no funcionamento da Instituição de Ensino. Será realizada
assembleia com os pais sempre que precisar alterar a rotina. Também serão
realizadas reuniões com pais para participação e envolvimento dos mesmos
nas feiras, festas culturais, entre outras atividades.
No início e final do ano letivo, será realizada reunião com os
professores e demais seguimentos para avaliação e análise das metas,
corrigindo o que for necessário para o bom andamento do processo de Ensino
Aprendizagem traçando novas metas para o ano seguinte.
Apêndice 2
PROJETO INTERVENTIVO
Responsáveis: professores e coordenadoras
1. Objetivo Geral
Promover o desenvolvimento das crianças defasadas dentro do Bloco Inicial
de Alfabetização (BIA), utilizando a literatura infantil, jogos matemáticos, dentre
outros recursos, de modo a qualificar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos da
alfabetização e do letramento.
1.1 Objetivos Específicos
Oferecer ambiente com materiais variados, estimulando o
conhecimento, a busca de informações e sentimentos por meio de atividades de
leitura e escrita;
Favorecer a expressão oral dos alunos, estimulando a manifestação
dos sentimentos, opiniões aperfeiçoando nas habilidades de leitura e interpretação;
Ler, escrever e produzir, valorizando produções próprias, do outro e
coletiva, com autonomia, nas linguagens: verbais, matemática, artística e corporal
para interagir com o outro, expressando-se e usufruindo de diversas situações de
comunicação;
Compreender diferentes fontes de informação, questionando e sendo
capaz de resolver problemas do cotidiano;
Conhecer e valorizar a diversidade natural e sociocultural dos alunos;
Reconhecimento do valor da língua escrita como meio de informação,
de transmissão da cultura, fonte de fruição estética e de entretenimento;
Aprender a manusear cuidadosamente os livros e demais materiais;
Desenvolver o raciocínio-lógico matemático, a concentração e a
atenção, através de situações problemas e jogos;
Melhorar a coordenação motora dos alunos, auxiliando na
alfabetização e no letramento.
2. Justificativa
Os alunos da Escola Classe Sítio das Araucárias, em sua grande maioria são
carentes de recursos financeiros, enfrentam grandes dificuldades de acesso à cultura
em geral, como: cinemas, teatros, parques dentre outros, tendo muitas vezes como
único ponto de referência, o ambiente escolar. Além disso, na circunvizinhança
próxima da escola, só existe a sala de leitura e o cantinho de leitura.
Observa-se nas crianças a falta de hábito de leitura e dificuldade de escrita,
seja devido à falta de estímulo em casa, onde os pais apresentam pouca
escolaridade além da carência de recursos financeiros.
41
Em virtude desta realidade, surgiu a necessidade de aplicação imediata de
um projeto específico para a realidade destas crianças. Observou-se nas turmas do
BIA, e após realização de testes da psicogênese que apesar do bom desempenho
existe a necessidade de elaboração do Projeto Interventivo, voltado para a leitura e
escrita. Desta forma, buscaremos resgatar o gosto e a valorização pelo hábito da
leitura desde as séries iniciais. A leitura de textos variados, como fonte de
conhecimento e acima de tudo, fonte de prazer. Incentivando criança na escola, a fim
de refletir em seu desenvolvimento escolar, bem como, na participação de sua
família.
Todo o corpo docente da escola está envolvido no planejamento e na
realização deste projeto, visto que os professores já têm claro o objetivo a ser
alcançado, ou seja, desenvolver a capacidade de raciocinar, articular, com
habilidade, com conhecimentos de todas as áreas, tendo uma compreensão
significativa de seu universo, partindo de um planejamento prévio de cada professor,
que embase a sua prática educativa, bem como estudos sobre a Proposta
Pedagógica do BIA ( Bloco Inicial de Alfabetização).
Acreditamos que a leitura é muito mais do que apenas a decodificação de
símbolos e letras impressas, e que podemos incentivar com a liberdade de escolha
e com o hábito de leitura, cidadãos críticos, criativos, conscientes e com a capacidade
de sonhar, através do acesso livre e natural aos livros. Criar o horizonte favorável ao
fascinante mundo da Literatura Infantil, propondo uma viagem por um mundo
encantado, colorido, e transformador.
3. Fundamentação Teórica
A LDB, em 1996, já trazia, em suas disposições transitórias, no art. 87, § 3º,
a possibilidade de ampliar a duração do Ensino Fundamental, passando de 08 para
09 anos. O Plano Nacional de Educação, em 2001, estabeleceu a ampliação do
Ensino Fundamental como meta para a Educação Nacional. Assim, a Lei nº
11.114/05, que trata do ingresso das crianças de 06 anos no Ensino Fundamental, e
a Lei nº 11.274/06, que estabelece a ampliação desta etapa de ensino. Entretanto,
isso não evitou que muitos professores, gestores e técnicos educacionais se
deparassem com dúvidas e dificuldades na implementação do Ensino Fundamental
de 9 anos, principalmente no que concerne ao processo pedagógico a ser
desenvolvido com estas crianças. Não foram poucas as tentativas de reduzir este
importante passo da educação nacional a uma mera adaptação de nomenclatura.
Muitas dificuldades surgiram diante da Proposta Pedagógica do Bloco Inicial de
Alfabetização (BIA), uma delas é o grande número de crianças em defasagem
idade/série e pertencentes a comunidades com dificuldades socioculturais.
42
Na escola, crianças pequenas precisam ter contato com diferentes textos,
ouvir histórias, observar adultos lendo e escrevendo. Precisam participar de uma
rotina de trabalho variada e estimulante e, além disso, receber muito incentivo dos
professores e da família para que, na idade adequada, aprendam a ler e escrever. A
leitura e a escrita são fundamentais para o aprendizado de todas as matérias
escolares. Por isso, em cada ano/série, o aluno precisa desenvolver mais e mais sua
capacidade de ler e escrever.
A partir de referenciais teóricos amplamente aceitos no cenário educacional
brasileiro, como Emília Ferreiro, Ana Teberosky, Magda Soares, Ângela Kleiman,
Constance Kamii, Teresinha Nunes, entre outros. O Projeto Interventivo deve
respeitar as fases do desenvolvimento infantil, inserindo as crianças do BIA no
universo letrado, de uma maneira lúdica e atraente.
As atividades foram pensadas a partir da perspectiva do universo infantil e
incentivam o aluno a construir seu conhecimento, mediado pelo professor, e assim,
suprir as necessidades de cada criança. Conforme observado na Proposta
Pedagógica do BIA, da SEE/DF (pg. 24), citação de Ana Lúcia S. Freitas, deve-se
realizar intervenção que consista em “ato pedagógico fundamental no sentido da
problematização dos conhecimentos produzidos pelo educando, num dado
momento, em sua experiência de vida, desafiando-o à ampliação desses
conhecimentos”. Por isso, o Projeto Interventivo é uma proposta que dá a
atividade de aprender um sentido novo, em que as necessidades de aprendizagem
afloram na tentativa de se resolver situações problematizadoras, e oportunizam aos
alunos a construção de conhecimentos a partir de questões que emergem em seu
contexto social e cultural.
Utilizaremos como fundamento teórico as bases do entendimento da
Secretaria de Educação do DF, sobre alfabetização, no qual o ensino da língua
escrita é percebido como forma de desenvolver nos alunos as competências e
habilidades pertinentes à codificação e a decodificação referentes aos conteúdos
gerais da gramática textual: coesão, coerência e unidade, promovendo a interação
entre a criança e o objeto de conhecimento, através da mediação do professor,
oferecendo um ensino de qualidade, de forma não fragmentada.
4. Desenvolvimento Metodológico
Realizar-se-ão momentos de leitura e escrita, incentivando de forma
prazerosa e lúdica o desenvolvimento da leitura, escrita e raciocínio lógico-
matemático. Serão utilizados livros de literatura infantil, fantoches, jogos, origami,
recorte e colagem, pintura, produção de material individual e coletivo, promovendo
ambientes favoráveis e dinâmicos.
43
Neste Projeto serão ofertados diversos gêneros textuais (listas, poemas,
fábulas, gráficos, etc.), onde o aluno, ouvirá, lerá e produzirá individualmente e
coletivamente, observando a hipótese de escrita que o aluno se encontra.
O aluno encontrará espaço para discutir sobre suas preferências e
curiosidades a respeito do tema; realizando pesquisas em suportes textuais
diferentes (jornais, revistas, enciclopédias, livros diversos etc.). Ele poderá se
expressar de várias maneiras: lendo, cantando, dramatizando, dançando,
construindo brinquedos, etc.
Leituras coletivas - O professor promoverá sessões de cinema de
histórias reproduzidas em projetor multimídia;
Rodas de leitura - promover rodas de leitura, convidando pessoas, ou
crianças para ler textos, histórias, contos trazidos de casa para o grupo, incentivando
a oralidade, o respeito e a atenção ao ouvir a leitura;
Dramatização de histórias - os alunos dramatizaram uma história
escolhida. Caracterizarão com personagens e interpretarão os textos. De forma, a
vivenciarem a leitura dos textos lidos;
Sequência correta - Desafiando os alunos a colocar em sequência
uma história que foi desmontada, embaralhada. Reunidos em duplas ou trios,
deverão organizar as ideias, reestruturando o texto (começo, meio e fim);
Recontando um conto - Os alunos serão desafiados a recontarem
contos, recitar poemas;
Varal de leitura - exposição da produção escrita, após a leitura de
variados textos.
Sarau literário - momento cultural com exposições e apresentações
de poesia, arte, dança e outros;
Registrando a leitura - uso da linguagem escrita para expor o que foi
lido e apreciado das diversas leituras.
Autores de lindas histórias - desafiando os alunos a escrever e
produzir seus próprios textos. Promover exposição da produção escrita.
Árvore da literatura - a turma é incentivada pela professora a
escolher livros de literatura.
Histórias contadas com fantoches e bonecos - os alunos são
convidados a ouvir histórias infantis através de fantoches ou bonecos.
Desafio da leitura (ficha de leitura) - os alunos são desafiados à
leitura de livros, de acordo com a faixa etária e temas de interesse. Após a leitura o
aluno preenche a ficha de leitura e entrega para a professora, que trabalhará vários
aspectos (estruturais e linguísticos). O maior número de livros lidos vale uma
premiação.
44
Contador (a) de histórias - um profissional traz aos alunos lindas
histórias infantis, contando-as de forma envolvente e contando aos alunos a
importância e o prazer de ler.
Empréstimo de livros de literatura - os alunos levam para casa livros
de literatura, para leitura e convívio com textos variados, ficando responsáveis pela
conservação dos livros.
Jogos de raciocínio-lógico matemático - atividades oferecidas aos
alunos a fim de desenvolver o raciocínio: quebra-cabeças, montagem, seriação,
classificação e outros;
Circuito legal - atividades onde os alunos são estimulados a
realizarem atividades motoras, tais como: subir, descer, pular, girar, agarrar, etc.
Matemática e arte - estimulando o aluno a realizar diferentes leituras
do meio à sua volta, a unidade explora conceitos da geometria de uma maneira lúdica
e prazerosa, utilizando dobraduras, tangram, leituras de obras de arte, material
dourado, recortes, colagens e pinturas, entre outros.
Aulas de informática- atividades com uso de tecnologia, acesso à
computadores para utilizar jogos, desenhos, leitura, matemática etc
5. Recursos Acervo literário;
Ambiente de leitura - sala de leitura Maria Helena, Cantinho da leitura
na sala de aula;
Equipamentos: computador, data show, som e material esportivo;
Jogos pedagógicos;
Materiais variados: tinta guache, fantoches, papel colorido, bambolê,
bolas etc;
Profissionais qualificados: professor regente, contador de histórias e
Jovens voluntários.
6. Cronograma O Projeto Interventivo será realizado no horário normal de aula, devido à
dificuldade de transporte dos alunos da Zona Rural. O grupo de professoras,
coordenadoras e gestores estarão comprometidos e envolvidos na realização dos
procedimentos pedagógicos, dando prioridade aos alunos da Etapa III do BIA. A
execução do PI ocorrerá nos meses de Abril a Setembro, conforme cronograma
abaixo:
45
PROJETO INTERVENTIVO
Atividades previstas ABRIL MAIO JUN JUL AGO SET
Oficina de Estudo e Informativa sobre o
BIA: para elaboração do Projeto
Interventivo;
X
X
Diagnóstico das turmas do BIA (testes da
psicogênese)
X
Construção do Projeto Interventivo por
professores, coordenador e gestores;
X
X
Seleção de atividades, organização de
materiais variados e estudos.
X
X
Aquisição de jogos, materiais de
raciocínio-lógico: quebra-cabeças,
dominós, montagem, etc.
X
X
X
Leitura coletiva com uso de projetor:
literatura infantil. Contação de histórias -
um profissional traz aos alunos lindas
histórias infantis.
X
X
X
X
X
Rodas de leitura - promover rodas de
leitura, convidando pessoas, ou crianças
para ler textos e histórias, contos trazidos
de casa.
X
X
X
X
X
Dramatização de histórias, os alunos
dramatizaram uma história escolhida.
X
X
Matemática lúdica por meio de Projeto
Mercadinho no Sítio: construção de
estratégias de uso da moeda,
comercialização de produtos, relações
de consumo,
X
X
Circuito legal- realizar atividades
motoras: subir, descer, pular, girar,
agarrar.
X
X
Árvore da literatura, os alunos são
incentivados a escolher livros de
literatura infantil.
X
X
Registrando a leitura - uso da linguagem
escrita para expor o que foi lido e
apreciado nas mais variadas leituras.
X
X
X
X
X
Sequência correta - desafiar os alunos a 43
colocar em seqüência uma história que foi
desmontada ou embaralhada.
X X
X
Autores de lindas histórias - desafiar os
alunos a escrever e produzir seus
próprios textos. Promover exposição da
produção escrita.
X
X
X
X
Histórias contadas com fantoches e
bonecos- os alunos são convidados a
ouvir e contar histórias infantis.
X
X
X
Empréstimo de livros de literatura- para
leitura em casa e convívio com textos
variados, ficando responsáveis pela
conservação dos livros.
X
X
X
X
Registro das atividades pelos alunos
utilizando: portfólios e fichas de registro.
X
X
X
X
X
Avaliação das atividades e das
estratégias pelo professor e grupo
escolar.
X
X
X
Parceria com a Professora da Sala de
Recursos
X
X
X
X
X
X
Jogos de raciocínio-lógico matemático:
quebra-cabeças, montagem, seriação,
números, classificação. Cálculos e
situações problemas envolvendo as
quatro operações.
X
X
X
9. Avaliação
A escola realiza seu maior objetivo: fazer com que os alunos
aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com
autonomia, por meio de uma ação planejada e refletida do professor no
dia-a-dia da sala de aula. Para atingir esse objetivo, é preciso focar a
prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, o que significa
observá-los de perto, conhecê-los, conhecer suas necessidades e
incentivar suas potencialidades. Quanto à avaliação da aprendizagem no
ensino fundamental de nove anos, faz-se necessário assumir como princípio
que a escola deve assegurar aprendizagem de qualidade a todos; assumir a
avaliação como princípio processual, diagnóstico, participativo, formativo,
com o objetivo de redimensionar a ação pedagógica; elaborar instrumentos e
procedimentos de observação, de registro e de reflexão constante do
processo de ensino-aprendizagem; romper com a prática tradicional de
avaliação limitada a resultados finais traduzidos em notas; e romper, também,
com o caráter meramente classificatório. Esclarecemos ainda que o registro
da aprendizagem em notas, conceitos e relatórios descritivos é uma
consequência da concepção de avaliação adotada e uma decisão dos
sistemas de ensino e se encontrará arquivado em pasta própria por turma.
Porém, é preciso cumprir o previsto na Lei de Diretrizes e Bases no 9.394, de
20 de dezembro de 1996, art. 24, Inciso V, que estabelece que a verificação
do rendimento escolar observará, por exemplo, o critério da alínea a:
“Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Dessa forma, o papel do professor, numa avaliação formativa
interdisciplinar como esta, passa a ser de orientar, de instigar, de ser
instigado, de crescer e de fazer crescer. O professor é aquele que abre o
espaço da sala de aula para que os alunos vivam, com trabalho, com esforço,
com prazer, o processo de aprender, levando em consideração cada aspecto
progressivo da construção do conhecimento.
Para o alcance destes objetivos no processo avaliativo o professor
poderá utilizar diversos instrumentos, tais como a observação, o registro do
desenvolvimento dos seus alunos, por meio de portfólios, fichas ou anotações
de modo a perceber avanços nos aspectos abaixo:
Produção coletiva e individual dos alunos;
Melhoria na produção escrita, oralidade e criatividade;
Avanço na leitura, escrita e nas demais áreas do conhecimento;
Interesse pela leitura, demonstrando prazer, gosto e consciência
da importância da leitura na formação acadêmica;
Desenvolvimento de habilidades relacionadas ao raciocínio
lógico-matemático;
Melhora nos aspectos psicomotores.
PROJETO SÍTIO ECOLÓGICO
.
PÚBLICO ALVO:
Professores, demais profissionais da educação, alunos, pais e toda
a comunidade.
OBJETIVOS:
Despertar em todos os participantes:
A verdadeira consciência ecológica prática e
eficaz;
A necessidade de ações que façam diferença interventiva
positiva ao meio ambiente;
A importância de se praticar, diariamente, ações que garantam
o bem estar escolar e familiar;
A descoberta de que é preciso começar a partir de cada um,
ações que promovam o respeito à natureza e ao ambiente em que vivemos
como garantia de uma vida melhor.
JUSTIFICATIVA
Levando em consideração que o tema sustentabilidade é divulgado e
incentivado em todo o mundo. Tendo como público alvo, na sua maioria
alunos oriundo de uma comunidade rural carente, julgou-se ainda mais
necessário convidar nossos educandos para que juntos, independente da sua
condição social, façamos interferências assertivas e o mesmo funcione como
inquietador dos seus familiares, amigos e vizinhos, na luta pela conservação
do nosso planeta.
ATIVIDADES GERAIS (TODAS AS TURMAS ENVOLVIDAS):
Visita ao Zoológico;
Zoológico itinerante, com animais que passaram por processo
de taxidermia, na escola;
Passeio ao Parque Jequitibás;
Passeio pelas redondezas da escola para recolher material;
Visita às Chácaras vizinhas;
Produção Individual ou coletiva usando diversos gêneros
literários (relatos, poemas, músicas, paródias, etc.);
Utilização da biblioteca para pesquisa e enriquecimento do
projeto;
Teatro;
Desenhos com tintas diversas, incluindo sementes, plantas,
terra molhada ou barro, galhos, folhas de árvores verdes ou secas, etc;
50
Recolhimento de materiais diversos recicláveis para a confecção
de trabalhos e material que possam ser vendidos;
Criar de bichinhos, fantoches, brinquedos e objetos diversos
com materiais reciclados;
Envolver os pais e a comunidade nos trabalhos a serem
desenvolvidos, seja por meio de pequenos testemunhos ou em oficinas.
Trazer contribuições profissionais que enriqueçam o projeto;
Disponibilizar lixeiras para coleta seletiva de lixo;
CULMINÂNCIA;
NO 2º semestre;
Exposição de todos os trabalhos criados a respeito do projeto,
Convite às autoridades de órgãos públicos que lidam com esse
tema, aos dirigentes da CRE de Sobradinho e às demais escolas;
Plantio de árvores nas imediações da escola por pais, alunos e
distribuição de mudas aos participantes;
Apresentações teatrais, fantoches, músicas, paródias,
produções coletivas ou individuais etc;
As crianças brincarão também com os seus brinquedos criados;
Turma do II período (Prof. Leila) fazendo atividade na sala de
leitura com Reciclagem .
Turma do 3º ano A (Prof. Fátima) fazendo atividade na sala
de leitura sobre Reciclagem.
Visita do Zoológico com animais em processo de
Taxidermia.
Turma do 2 º ano(Prof. Ruth ) expondo atividade sobre
Reciclagem.
PROJETO RECREIO ANIMADO/LUDOTECA
Escola Classe Sítio das Araucárias
ESCOLA CLASSE SÍTIO DAS ARAUCÁRIAS
JUSTIFICATIVA
A Ludoteca ou Brinquedoteca Escolar é um local com material
lúdico especialmente preparado de acordo com as diversas fases de
desenvolvimento infantil, com o objetivo de oportunizar o afloramento das
múltiplas inteligências da criança e do enriquecimento das interações sociais.
Ao oferecer um espaço para a criança experimentar e escolher o brinquedo,
qualquer brinquedoteca ou ludoteca incentiva a autonomia e desenvolve a
capacidade crítica. A Ludoteca é um espaço de aprendizagens significativas,
prazerosas e cooperativas.
A criança aprende pelo manuseio de materiais, de cores, de
tamanhos, de formas, de sons, de texturas e resistências diferentes. Com a
riqueza do material lúdico e de sucata, reconhece, identifica as semelhanças
e diferenças, abstrai, classifica, simboliza. Cada uma dentro de seu ritmo e à
sua maneira.
Um ambiente lúdico contribuirá para o desenvolvimento de
experiências de sucesso dentro do espaço escolar. Mas, sobretudo,
oportuniza a criança desenvolver a iniciativa, a autonomia, enriquecer as
interações sociais e assim exercer sua Cidadania.
Em nossa prática pedagógica é percebido a existência de uma nova
estrutura familiar, convivendo em moradias com espaço físico reduzido, que
muitas vezes não tem o básico para viver e devido a crescente violência
urbana, as famílias estão confinadas em suas residências. As escolas, muitas
vezes, ainda priorizam muito os conteúdos a serem trabalhados. Como
contribuir para atender a esta nova realidade social? Foi criado o Projeto
Ludoteca e Recreio animado.
Um projeto criado com a
intenção de oportunizar o desenvolvimento:
Das interações sociais;
Das múltiplas inteligências;
Da Psicomotricidade (concepção de movimento organizado e
integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é
resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização);
Dos limites básicos indispensáveis para o convívio em grupo;
Da responsabilidade coletiva;
Do prazer de brincar, explorar, descobrir, criar, etc.;
De habilidades e competências por meio dos jogos.
PROCEDIMENTOS
O PROJETO RECREIO ANIMADO/LUDOTECA serão realizados em
espaços como: pátio da escola, campinho de futebol, casinha de brinquedo e
espaço em frente ao bloco B (do prédio antigo).
O PROJETO RECREIO ANIMADO/LUDOTECA acontecerá no
horário de recreio geral e no horário de recreação de cada turma, onde os
alunos serão levados pelos (as) professores (as) para realizarem atividades
com jogos e brinquedos. Nas atividades poderão ser usados o próprio corpo,
brinquedos como mesa de totó, cama elástica, bicicletas, corda, elástico,
bonecas, carrinhos, pião, futebol, etc. Dentro do mesmo Projeto serão
ministradas aulas de Capoeira pelo Professor estagiário voluntário da UNB.
As crianças brincarão em pequenos grupos por afinidade, de acordo
com a brincadeira que se quer realizar. Elas deverão cuidar dos brinquedos,
conservando-os e guardando-os após as brincadeiras.
Tempo da atividade: 01 vez por semana, por 50 min e diariamente no
Recreio por 20 min.
00
DURAÇÃO
Durante o ano letivo
54
AVALIAÇÃO
Mudança de comportamento dos alunos agitados ou agressivos;
Melhoria nas interações sociais;
Desenvolvimento das múltiplas inteligências;
Aquisição de limites básicos indispensáveis para o convívio em
grupo;
Demonstração de responsabilidade coletiva (cuidado com o
colega, com o brinquedo);
Demonstração do prazer de brincar, explorar, descobrir, criar,
etc;
PROJETO VERDE SAUDÁVEL: PLANTAR E COLHER
Responsáveis: Turmas do 4º Ano e 5º Ano
Justificativa
A horta escolar tem como foco principal integrar as diversas fontes e
recursos de aprendizagem, integrando ao dia a dia da escola gerando fonte
de observação e pesquisa exigindo uma reflexão diária por parte dos
educadores e educandos envolvidos.
O projeto Horta Escolar visa proporcionar possibilidades para o
desenvolvimento de ações pedagógicas por permitir práticas em equipe
explorando a multiplicidade das formas de aprender, e estará incluso no
projeto Sítio Ecológico.
Objetivos:
Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo;
Identificar técnicas de manuseio do solo e da cultura orgânica, assim
como o manuseio correto dos vegetais;
Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados;
Compreender a relação entre solo, água e nutrientes;
Identificar processos de semeadura, adubação e colheita;
Conhecer pela degustação os diferentes alimentos cultivados bem
como nomeá-los corretamente;
Cooperar em projetos coletivos;
Buscar informações em diferentes fontes de dados para propor
avanços a desenvolvimento de técnicas;
Análise e refletir sobre prejuízos dos desperdícios de alimentos,
reaproveitando sempre;
Compreender a importância de uma alimentação equilibrada para a
saúde; Procedimentos
A horta escolar será
cultivada pelas as turmas da escola, durante o ano letivo.
Instalação e Manejo da Horta
A escolha do local está vinculada à disponibilidade de sol, água,
condições de terreno e proteção de ventos fortes e frios. Deve-se observar
que o acesso das crianças à horta não oferece risco algum de acidentes.
Critérios para escolha do local para implantação da Horta
Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido,
mas precisam de muita luz para crescer sadia e rapidamente.
Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito
importante para a horta.
Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças não respiram em
terrenos compactados ou encharcados. A quantidade de ar disponível no solo
é insuficiente para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e
ocasionando em muitos casos o aparecimento de doenças nas raízes.
Composição do solo: analisando o solo, encontramos quatro
elementos (argila, areia, a e matéria orgânica).
Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não
apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos,
aumenta muito o consumo de água.
Materiais necessários
Os materiais básicos definidos para um manejo adequado são:
Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato
capinado;
Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de
plantas;
Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações;
Garfo – coleta de mato e folhagem;
Regadores de diferentes tamanhos permitindo manuseio das
crianças; Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de
plantas.
Semeadura ou Plantio
Sementeira – A sementeira pode ser de material reutilizável.
Como regra, a profundidade das sementes das hortaliças a serem semeadas
dependerá do tamanho da semente. A sementeira deve ser mantida úmida
com regas pela manhã e tarde.
Transplante – O transplante é feito após as mudas da
sementeira apresentarem 4 a 6 folhas. Observar que a sementeira deve ser
molhada para a retirada das mudas.
Seleção de Hortaliças para Plantio - Classificação segundo o
consumo (alguns exemplos):
a) Hortaliças Folhas – alface, almeirão, couve, chicória, repolho,
acelga;
b) Hortaliças Frutos – tomate, berinjela, pimentão, pepino, quiabo,
abobrinha;
c) Hortaliças Flores - couve flor, brócolos, alcachofra;
d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, rabanete, nabo;
e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro.
Manejo da Horta
Serão levadas a efeito no manejo da horta:
Irrigar diariamente observado o melhor horário para sua
efetivação;
Retirar plantas invasoras;
Afofar a terra próxima ás mudas;
Completar nível de terra em plantas descobertas;
Observar fitossanidade da horta (Estado de saúde ou de
preservação das plantas), evitando insetos e pragas, fungos, bactérias e
vírus).
Colheita, Higienização e Consumo
A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das
hortaliças. Será realizada a higienização com auxílio das merendeiras, que
servirão como parte da merenda escolar reforçando a alimentação das
crianças e proporcionando maior variedade nas opções presentes.
TABELA INFORMATIVA
HORTALIÇA
VALOR NUTRICIONAL
COMBATE
Tomate Vitamina A, C, E, Ferro e
Potássio.
Maior resistência aos vasos
sanguíneos, combate a infecções.
Cenoura Vitamina A, vitaminas do
complexo B, cálcio, fósforo.
Regula o aparelho digestivo, purifica
a bile e fortalece a pele.
Cebolinha Cálcio, ferro, niacina. Estimula o apetite, ajuda na
formação de ossos e dentes.
Abobrinha Cálcio, ferro, vitaminas do
complexo B e fósforo.
Contra a fadiga mental, ajuda na
formação de glóbulos vermelhos.
Salsa Ferro, vitamina A. Diurético, revitalizante
Alface Ferro, cálcio, niacina, vitamina
C.
Combate insônia, ajuda na
cicatrização dos tecidos.
Almeirão Vitaminas do complexo B e
vitamina A
Protege a pele
Beterraba Vitamina C, açúcar, vitamina do
complexo B e vitamina A.
Laxante, combate anemia e
descongestionante das vias
urinárias.
Couve Ferro, Vitamina A, cálcio,
fósforo. Tônico, cicatrizante, estimulante do
fígado.
Repolho Vitamina A e C Combate infecções, depurativo do
sangue, estimula a produção de
hormônios.
Rúcula Iodo, Vitamina A e C. Combate a fadiga, depura o
sangue.
Manjerona Sais Minerais Estimula a eliminação de muco nas
vias respiratórias
Erva Cidreira Sais Minerais Tônico calmante, combate cólicas
intestinais.
Hortelã Sais Minerais Analgésico, vermífugo,
Brócolis Sais minerais Flatulência, cólicas abdominais,
diarreia.
Espinafre Vitamina A, tianina, potássio,
ferro
Combate à desnutrição, manchas
na pele e diabete.
Berinjela Sais minerais sódio, vitamina
A
Antioxidante, baixa colesterol atua
no fígado.
TABELA DE SELEÇÃO DE HORTALIÇAS
Família Hortaliças Época de Plantio
J F M A M J J A S O N D
Apiácea CENOURA x x x X x x x x x x x x
COENTRO x x x x x x
SALSA x x x X x x x x x x x x
FUNCHO x x X x x x
Aliácea CEBOLINHA x x x X x x x x x x x X
Brassicácea AGRIÃO x X x x x
COUVE x x x X x x x x x x x x
COUVE – FLOR x x x x
RABANETE x x x X x x x x x x x x
REPOLHO – INVERNO x x x X x x x
REPOLHO – VERÃO x x x x x
BROCOLI x x X x x x x x x x X
Malvácea QUIABO x x x x x x x x
Fabácea VAGEM x x x X x x x x x X
ERVILHA x X x x x
ESPINAFRE x x x X x x x x x x x x
BETERRABA x x X x x x x
ACELGA x x X x x x x x 60
cucurbitácea PEPINO x x x x x x x x
ABOBRINHA ITALIANA x x x X x x x x x x x x
ABOBRINHA MENINA x x x x x x x
Solonácea PIMENTÃO x x x x x x x
TOMATE x x x X x x x x x x x x
BERINJELA x x x x x x
Compositae ALCACHOFRA x x X x
PROJETO DE LEITURA
PROJETO LÊ SÍTIO
Sala de Leitura: Maria Helena
Responsável: Professora Luzinete Ribeiro - Matrícula: 31.602-4
Objetivos
Desenvolver gosto pela leitura e pelo prazer de ler; aquisição de
vocabulário;
Melhorar a interpretação de texto e o rendimento escolar por
meio da leitura semanal de livros de acordo com a turma ou com as
necessidades de cada aluno.
1 – Justificativa
O Projeto LÊ SÍTIO tem como base a frase de Nelson Mandela: “A
educação é a arma mais poderosa que você pode usar para transformar o
mundo”. Acreditamos que somente através da educação, poderemos
melhorar a vida de nossos alunos, em sua maioria em situação de
vulnerabilidade, provenientes de assentamentos e abrigo judicial. A leitura
será nosso instrumento para promover essa transformação. Por meio dela, os
alunos terão acesso a realidades diferentes, que abrirão novas perspectivas
de vida. Os livros nos proporcionam isso, o viajar sem sair do lugar, a
esperança de finais felizes e justos. Para torná-los cidadãos capazes de
questionar e propor mudanças que tornarão nossa sociedade mais justa e
pacífica. O que buscaremos é fomentar em nossos alunos o prazer pela
leitura, enriquecer seu vocabulário, melhorar seu desempenho, evitar a
evasão escolar, levá-los a compreender e a questionar o que leem.
Haverá um concurso com o mesmo nome do projeto. O Melhor Leitor
não será aquele que lê mais livros, mas o que demonstrar por escrito ou
oralmente que entendeu os vários livros que leu. Trabalharemos a autoestima
deles, enfatizando seu potencial e a sua capacidade em suas visitas semanais
à biblioteca.
A premiação será dada ao Melhor Leitor da turma e do turno, para
incentivar a competição entre os alunos leitores e para atrair os que não
demonstraram interesse.
Para tornar mais atraente o ato de ler serão distribuídas sacolinhas
personalizadas aos nossos alunos leitores. Além de promover o empréstimo
de livros, as sacolinhas ajudarão na conservação dos livros e preservação do
acervo.
Os alunos que não são alfabetizados participarão do Projeto Melhor
Leitor através da sua família, que deverá ler o livro e incentivá-los a
compreender a história lida. Estes alunos serão avaliados através de
desenho, confecção de objeto usando materiais reciclados ou apresentação
oral do livro lido. Serão enviados livros apenas com imagens para os
responsáveis que não forem alfabetizados, desta forma todos os que
desejarem participar do Projeto Melhor Leitor, poderão fazê-lo sem prejuízo.
63
2 – Metas
Este projeto visa principalmente formar leitores, despertar neles o gosto
pela leitura, enriquecer o seu vocabulário, melhorar a sua compreensão de
texto, a sua criatividade e o seu rendimento escolar.
Levar o aluno a inferir a mensagem contida em cada livro e a
posicionar-se criticamente diante do livro lido, dessa forma melhorar sua
autoestima e o seu rendimento escolar.
Público-alvo
Educação Infantil: 1º período e 2º período
Séries iniciais: 1º ano, 2º ano, 3º ano, 4º ano e 5º ano.
Recursos materiais
Livros do acervo da Sala de Leitura, folhas brancas, lápis, borracha,
apontador, lápis de cor, tinta guache, cola, tesoura, materiais recicláveis
(revista, garrafa plásticas) e premiação aos vencedores.
Metodologia
Visitas agendadas semanalmente à biblioteca, com empréstimo de
livro. O aluno terá Carteirinha de Leitor onde serão registrados os livros
emprestados. Para participar da premiação o aluno deverá responder por
escrito, quando alfabetizado, questões sobre o livro lido para a confirmação
da leitura. Os alunos não alfabetizados poderão responder oralmente ou
confeccionar algum objeto ou desenho sobre o livro emprestado. Em caso de
empate na quantidade de livros lidos, os critérios para desempate serão a
conservação e a pontualidade dos livros devolvidos à Sala de Leitura.
Avaliação
A cada bimestre, será feito acompanhando desenvolvimento do aluno
junto ao professor regente.
Projeto LÊ SÍTIO torna-se realidade...
Abertura do Projeto em 2017 Visita da autora
Giulieny
CANTINHOS DA LEITURA
Locais implantados desde o ano de 2013, em todas as Salas de
Aula da escola, com acervo disponibilizado pelo MEC- PNAIC- Programa
Nacional de Alfabetização na Idade
Certa.
PROJETO
INCLUSÃO CULTURAL /TECNOLÓGICA, CIDADANIA, LAZER,
VALORES ÉTICOS E MORAIS
Autores do Projeto: Equipe da escola, professores, funcionários e
alunos
.
O Cinema faz sucesso e a garotada está preparada para as
produções preparar. Pensem que acabou. As luzes apenas apagaram, mais
um filme vai estrear!
Atenção, Atenção: Pipoca e Guaraná, a aula vai começar!
OBJETIVOS
Incluir no cotidiano escolar as novas tecnologias: computador,
internet, câmeras, celular, produzindo vídeos com os alunos, editando as
criações próprias e reproduzindo ao público escolar.
Apresentar às crianças produções profissionais, que tratam de temas
atuais e significativos dentro da proposta pedagógica dos Anos Iniciais.
JUSTIFICATIVA
Durante esta década de trabalho de muitos de nossa equipe na Escola
Classe Sítio das Araucárias, observamos e vivenciamos a dificuldade ao
acesso à cultura por parte dos alunos e seus familiares. A carência financeira,
desde então sempre se mostrou o maior empecilho para que pudéssemos
com nossos alunos conhecer e apreciar a 7ª Arte dentro de uma sala de
cinema. Por isso, visando inserir nossos alunos dentro do mundo cultural, bem
como a aprendizagem efetiva e significativa, juntamente com a construção de
valores, por meio de práticas pedagógicas, que propiciem o exercício da
cidadania, nos esforçamos intensamente para reunir dentro de nosso espaço
escolar aparato tecnológico com a função de trazer a mesma emoção que
sentimos quando assistimos filmes no cinema.
Percebemos que a cada ano, nosso alcance se prolonga, desde
então os pais também participam de atividades em nossas reuniões onde
utilizamos recursos informáticos em palestras, informes, prestação de contas,
formaturas, hora cívica e dentre outras. E assim, sentimos que a nossa
intenção de promover uma educação voltada para a formação da pessoa
humana como um ser que se expressa na sua totalidade, contribuindo para o
desenvolvimento integral do educando na sociedade, se concretiza cada vez
mais. .
O projeto Telinha de Cinema no Sítio vem relacionar tecnologias e
temas da atualidade, o uso do cinema como ferramenta pedagógica,
oferecendo à comunidade rural uma educação rica em estímulos,
oportunidades de conhecer, produzir seu próprio conhecimento. Além de
interagir através da tecnologia com o mundo, por meio da internet e das novas
tecnologias trabalhamos campanhas de saúde, cidadania, valores éticos e
morais, teatro, músicas e principalmente o lazer. Sabemos que as escolas
rurais têm muita dificuldade de acesso a apresentações culturais e que ao
mesmo tempo anseiam pelo acesso à cultura e ao lazer. Diante dessa
realidade, o grupo escolar pensou em instalar na própria escola um
“cineminha”, o que encantou e vem trazendo resultados
impressionantes nos alunos.
METODOLOGIA
Basta uma tela e um projetor de imagens (data show) para a aula
começar. Estou falando da “Telinha de Cinema no Sítio”, atividade que
envolve os alunos no fantástico mundo da 7ª arte, sendo uma nova forma de
trabalhar temas variados utilizando esta manifestação artística: o cinema. Os
alunos se envolvem com as produções audiovisuais, que costumam serem
filmes curtos, abordando temas importantes, campanhas de prevenção, saúde
e cidadania, como: Dengue, Desidratação, Gripe H1N1, como evitar acidentes
domésticos e cuidados e preservação do ambiente escolar.
Em 2009, iniciamos com filmes para apreciar as datas comemorativas:
páscoa, dia mundial da água, hora cívica, prestação de recursos financeiros,
semana da inclusão, e as apresentações dramatúrgicas de nossos alunos
além da esperada formatura do 5º ano. Em 2010 além dos mesmos aspectos
de 2009, trabalhamos na “Semana de Educação para a
Vida”, filmes e clipes que tratavam temas como família, amizade,
criança e idosos, além de campanhas de prevenção a acidentes e doenças.
Durante o ano entram em cartaz também filmes infanto-juvenis, com
mensagens que trabalham valores étnicos e morais: amor, amizade, união,
paz, etc. Estas atividades desenvolvem nos alunos, de maneira prazerosa,
habilidades de leitura, escrita e a capacidade de compreender diversas
linguagens. Trabalhando ainda, o lazer, a cultura, visto que comunidades com
pouco acesso a instrumento de produção cultural possam ampliar suas
realidades através do fascínio do vídeo. Esperamos que assim nos próximos
anos “O Telinha” possa continuar sendo útil em todos os nossos projetos.
Outra modalidade que faz sucesso com a garotada é a de vídeos
produzidos na própria escola, que têm como protagonistas, heróis e vilões, os
nossos alunos. E como não pode faltar em qualquer sessão de cinema é
servido pipoca e refrigerante para todos os entusiasmados espectadores.
RECURSOS HUMANOS
O projeto envolve toda escola. O trabalho começa em sala de aula e
envolvem os demais servidores, que apoiam os alunos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
Microcomputadores, impressora, internet o, DVD’s educativos, pen
drive, data show, tela para projeção, máquina fotográfica, celular, CD, etc.
AVALIAÇÃO
O Trabalho com as TIC’s encantam e produzem resultados
surpreendentes para toda equipe escolar. Observa-se nos alunos um grande
interesse desde a produção de vídeos até a exibição das produções. O cinema
na escola consegue transmitir conhecimentos e orientações de forma rápida
e precisa. Não resta dúvida de que o professor deve associar à sala de aula
as novas tecnologias. Esse projeto traz uma metodologia participativa,
interativa e que produz sempre ótimos resultados. Os alunos tornam-se
protagonistas de seu conhecimento, ampliam horizontes, viajam a lugares
fantásticos diante de uma simples Telinha de Cinema.
Telinha sobre Valores e Virtudes
Telinha sobre alimentação saudável
INVENTÁRIO DO CAMPO DA
ESCOLA CLASSE SÍTIO DAS
ARAUCÁRIAS EM
SOBRADINHO - DF
NOVEMBRO 2017
NOVEMBRO 2017
Inventário
Do
Campo
Proposta Didática para Construção de
Inventário Social, Histórico e Cultural
das Escolas do Campo da SEEDF
Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do Campo
(Resolução nº 1/2002 do CNE/CEB)
Artigo 2º, parágrafo único declara:
[...] A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação
às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e
saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros,
na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos
sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por
essas questões à qualidade social da vida coletiva no país.
(...) A Liberdade da Terra não é assunto de lavradores.
A Liberdade da Terra é assunto de todos.
Quantos não se alimentam do fruto da terra.
Do que vive, sobrevive do salário.
Do que é impedido de ir à escola.
Dos meninos e meninas de rua. Das prostitutas.
Dos ameaçados pelo Cólera.
Dos que amargam o desemprego.
Dos que recusam a morte do sonho.
A liberdade da Terra e a Paz do campo tem um nome.
Hoje viemos cantar no coração da cidade para que ela ouça nossas
canções (...)
PEDRO TIERRA
Apresentação
O Inventário do Campo é uma Proposta Didática que tem o intuito
de descrever em detalhe o patrimônio Social, Histórico e Cultural da
comunidade do Campo onde a Escola está inserida, sendo assim, a
comunidade passa a conhecer e reconhecer que a escola também faz
parte dela. Os Inventários precisam ser elaborados por cada escola,
convertendo-a assim, numa pequena instituição que pesquisa e produz
conhecimento etnográfico sobre seu entorno, sua realidade atual,
apropriando-se, portanto, de sua materialidade, da vida, da prática social.
O Inventário deve identificar as lutas sociais e as principais contradições
vivenciadas e as fontes educativas disponíveis na vida local, nacional e
mundial no meio de caráter natural, histórico, social e cultural, incluindo a
identificação das variadas agências educativas existentes no meio social;
as formas de trabalho socialmente úteis. (SEEDF, 2014, P. 49). O Plano
Distrital de Educação, em sua meta 8, aponta que devemos:
Garantir a Educação Básica a toda população
camponesa do DF, em Escolas do Campo, de modo a
alcançar no mínimo 12 (doze) anos de estudos, no
último ano de vigência deste Plano, com prioridade em
áreas de maior vulnerabilidade social, incluindo
população de baixa renda, negros, indígenas e ciganos,
declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e/ou a Companhia de Planejamento
do Distrito Federal (CODEPLAN), conforme Resolução
nº 1, de 3 de abril de 2002 – MEC/CNE/CEB, que institui
as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo.
Nesta perspectiva a Comunidade da Escola Classe Sítio das
Araucárias buscou conhecer um pouco mais sobre a comunidade Rota do
Cavalo, onde ela está inserida. Os educadores orientaram e estimularam seus
educandos a conhecer melhor a comunidade por meio:
De pesquisas aos pais;
Entrevistas aos primeiros moradores e empreendedores
da região;
Visita e entrevista a pequenos produtores que plantam e
fornecem seus produtos em feiras da região;
Visita e entrevista a moradores dos movimentos de
trabalhadores do Campo (MST (Movimento de Trabalhadores Sem
Terra), FNL (Frente Nacional para Luta Campo e Cidade), MALT,
MATR (Movimento Agrário de Trabalhadores Rurais)); Dentre
outras.
A importância do Inventário desta Instituição de Ensino leva em conta a
trajetória da sua comunidade escolar que é campesina, sua história e cultura, para
garantir um percurso formativo de sucesso aos alunos, onde ele conheça a
comunidade onde está inserida para cumprir o seu compromisso social. A base
teórica deste Inventário do Campo esta fundamentada na Proposta Didática para
Construção de Inventário Social, Histórico e Cultural da Secretaria de Educação do
DF. Esse documento subsidiou o processo das ações pedagógicas na escola e
ajudou a ampliar a compreensão sobre os caminhos a serem percorrido para a
construção coletiva do Inventário do Campo nesta Unidade de Ensino.
A educação do campo tratada como educação rural
na legislação brasileira, tem um significado que incorpora os
espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura,
mas os ultrapassa ao acolher em si os espaços pesqueiros,
caiçaras, ribeirinhos e extrativistas. O campo, nesse sentido,
mais do que um perímetro não urbano, é um campo de
possibilidades que dinamizam a ligação dos seres humanos
com a própria produção das condições da existência social e
com as realizações de sociedade humana. (Brasil, 2001, p.
1)
É necessário lembrar que não houve tempo hábil para que a
comunidade escolar em conjunto com seus estudantes conhecesse toda a
Região da Rota do Cavalo e também não teve condições de discorrer
minuciosamente sobre tudo que foi visto e conhecido a respeito da região e
de seus sujeitos do campo. As palavras se tornam insuficientes para
descrever tanta beleza e riqueza que os nossos olhos viram, nosso nariz
sentiu, nossas mãos tocaram e nossos ouvidos ouviram.
Neste Inventário do Campo foi intercalados Planejamentos, texto,
produções dos alunos, fotos, etc.
O Inventário do Campo da Escola Classe Sítio das Araucárias está em
construção e terá continuidade no ano de 2018 para concluir sobre os
Acampamentos e os Condomínios existentes na Rota do Cavalo.
Quando tudo começou...
O Inventário da Escola Classe Sítio das Araucárias deu início no ano
de 2016 quando a Comunidade escolar juntamente com seus educandos
organizou uma homenagem à Dona Maria Helena, responsável por mobilizar
os pais para que seus filhos tivessem oportunidade de estudarem ainda em
1985. A Biblioteca leva o nome da Dona Maria Helena, em homenagem a
sensibilidade, garra e coragem dessa senhora que viu além do horizonte.
Falaremos um pouco mais sobre Dona Maria Helena quando falaremos sobre
a Historicidade da escola.
Neste ano de 2017 demos continuidade depois das primeiras palestras
e reuniões sobre a importância do Inventário do Campo nas escolas que
atendem alunos do Campo.
A Coordenadora Hermínia, hoje substituta do vice-diretor Marcelo
apresentou a Proposta aos professores, explicou que o objetivo principal era
o de conhecer sobre o perfil dos educandos que nossa escola atende, suas
raízes, sua cultura, sua história e a história dos seus familiares, além disso,
enfatizou a importância de conhecermos a Região e comunidade onde esta
localizada a escola e que seria importante visitarmos a comunidade,
entrevistá-la para conhecê-la melhor. Foi dito também a importância de toda
esta experiência ser contextualizada com o nosso currículo. Com parceria da
Coordenadora Josimara onde trouxe alguns estudos sobre gêneros textuais,
Inventário Patrimonial, dentre outros. Pode-se então desenvolver um
riquíssimo trabalho planejando passos do Inventário do Campo nesta Unidade
de Ensino.
Uma das maiores problemáticas encontradas na comunidade é a
questão entre os moradores mais antigos e os sujeitos do campo que ao longo
do tempo vem ocupando as terras da Rota do Cavalo. Os primeiros alegam
que estes outros sujeitos precisam respeitar mais quem já estava lá há mais
tempo e por outro lado os ocupantes alegam que também não são
respeitados, que às vezes levam a culpa de coisas que não fizeram.
A escola por sua vez vem tentando na medida do possível intermediar
a conversar com as partes envolvidas no conflito, ouvindo-os, orientando-os a
ouvir um ao outro e se colocarem no lugar do outro. A conversa da escola com
os estudantes sobre as questões de conflito entre os moradores da
comunidade também é constante, por isso a importância de trabalhar sobre
valores, resiliência, etc.
Percebeu-se a necessidade não só de visitar a comunidade, mas
também de ouvir esses sujeitos do campo e que eles dessem suas
contribuições. Então resolveu-se convidar representantes e moradores à
escola para que falassem sobre a vida de cada comunidade. Assim
conheceriam a realidade e particularidade um do outro, buscando colocar-se
no lugar, respeitando-os nas suas individualidades.
Devido à curiosidade e interesse dos estudantes ao decorrer do tempo
foi percebido que era necessário estudar sobre cada comunidade. O
planejamento foi tomando rumo próprio. Apesar de não ter sido concluído já
houve muito avanço. Percebemos o interesse dos moradores em participar da
escola, os pais serem mais ativos, dando sugestões e se posicionando.
Pensando como seria iniciado os estudos sobre o Inventário em
Meados de Abril, no Planejamento foi abordado o gênero textual Conto, a
história dos três porquinhos, tipos de moradias existentes, moradias dos
estudantes, localização da moradia dos estudantes na Rota do Cavalo em
Sobradinho, assuntos sobre Brasília, dentre outros. Geralmente busca-se
trabalhar com a interdisciplinaridade, contemplando os eixos integradores e
os transversais.
No mês de Maio o gênero textual abordado foi Poema Música:
Cidadão (Zé Ramalho), assuntos sobre Profissões dos pais e familiares, entre
outras habilidades. Em junho decidimos junto com os estudantes pesquisar
sobre as Regiões do País para sabermos de qual Região do Brasil os pais dos
alunos vieram, como viviam na comunidade, etc. Como sempre foi riquíssimo
aprendermos um pouco mais sobre a cultura do nosso Brasil e sobre as
famílias que atendemos na nossa Escola. Como culminância aconteceu a
Festa Julina sobre as Regiões do Brasil e Festa da Família em Setembro.
No mês de Agosto o planejamento abordou assunto sobre a escola Os
alunos expressaram-se por meio de desenhos, maquetes, linha do tempo,
produções de textos sobre a história da escola que eles estudam atualmente
e sobre a escola que eles sonham estudar, dentre outros assuntos.
Lembrando sempre que o Planejamento Coletivo é flexível, cada
professora na sua sala pode desenvolvê-lo acrescentando suas impressões a
respeito do assunto que foi planejado e de acordo com a necessidade dos
alunos.
Em Setembro trabalhou-se o tema Família, onde foi enviada uma
pesquisa para casa, depois de recolhida, as informações foram exploradas
em sala pelas professoras. Estas puderam explorar várias informações
contidas na pesquisa e trabalhar em sala muitas habilidades e conteúdos
como tabelas e gráfico, dentre outras questões.
Em Outubro foi trabalhado o tema Comunidade onde os alunos
puderam pesquisar e conhecer um pouco mais sobre as comunidades
existentes dentro da Região da Rota do Cavalo. Visitamos alguns moradores
locais, produtores, comunidade cigana e moradores de acampamentos.
Em Novembro os alunos puderam também conhecer por meio dos
educadores sobre o Abrigo de crianças “Jesus Menino” localizado na Rota do
Cavalo. Conheceram como acontece o funcionamento e o porquê de algumas
crianças irem morar num abrigo.
O estudo sobre os sujeitos do campo que moram na Rota do Cavalo
será retomado no ano de 2018 para que sejam estudado e pesquisado a
respeitos de outros acampamentos mencionados neste Inventário do Campo
e para que os educandos deem continuidade às suas pesquisas sobre os
Condomínios que são muitos e não houve templo hábil para pesquisar,
estudar sobre este tema.
Período 24 a 28/04
2017
Tipologia/Gênero Textual: Narrativa – Contos
Objetivos: Representação da localização e deslocamentos por meio de mapas, desenhos e plantas (para o reconhecimento do espaço e localização nele)
• Estabelecimento de comparações entre objetos do espaço físico e entre objetos geométricos. Localizar espaços, acontecimentos, épocas e períodos da
história de sua cidade e do Brasil, reconhecendo-se como sujeito desse contexto.
Entender a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas manifestações cotidianas, reconhecendo-se responsável pela
preservação do ambiente.
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Título da história apresentado (livro): - Qual é o título da história? - Sobre o que será que ela fala? - Onde ela acontece? - Quem são os personagens? Conversa dirigida: (3 Níveis de Leitura) Leitura destacando a estrutura do texto:
• Onde aconteceu a história? (Cenário);
• Quem participa dela? (Personagens);
• Quando vocês acham que ela aconteceu? (Tempo);
• Quem conta a história? (Narrador);
• O que aconteceu?
(Enredo); • O que aprendemos
com a história? (Moral).
Produção de texto coletiva
(reconto da história) –
Foco na estrutura do texto
narrativo: parágrafos,
pontuação adequada (uso
de travessão, ponto final, de
Imagens: Tipos de moradia; - Lista. (Brasília como referência: planejamento e organização). Obs.: Foco nos diversos tipos e não qualidade, beleza ou segurança. Saneamento Básico - O que é?
- Qual é a importância para a nossa vida?
- Higiene do ambiente e saúde; - Responsáveis? - Nosso papel para a limpeza dos ambientes que transitamos;
- Rotina e
colaboração em casa
e na escola.
Mapa do DF, imagem das formas de Brasília. (Relembrar história).
- Regiões Administrativas; - Localização de Sobradinho no mapa;
- Pontos de referência; - Legenda.
- Pesquisa sobre os tipos de construções das moradias dos alunos. Matemática:
- Tabela e gráfico. - Situações problema com foco em adição (ideia de juntar e acrescentar) e subtração (ideia de tirar, comparar e completar). - Figuras geométricas identificadas nos mapas e nos tipos de moradia.
- Cores.
Matéria prima utilizada na construção civil - Matérias primas utilizadas em diferentes regiões do Brasil; - Exploração de recursos naturais e impactos ao meio ambiente.
- Materiais utilizados na construção de Brasília. Brasília:
- O tempo histórico e social;
- Os três poderes;
- Problemas: crescimento desordenado, alagamentos, desemprego;
- Cenário político. Destacar letras, sílabas,
palavras, buscar palavras
no dicionário, sinônimo e
antônimo, formação de
frases.
Revisão de
conteúdos da semana - Atividade artística: releitura de construções e monumentos de Brasília utilizando técnicas diversificadas (pintura, mosaico, maquetes, etc.). Filme:
- Curtas sobre Brasília.
- Saneamento básico.
- Degradação do meio ambiente.
- Produção de texto Individual.
*Curiosidades sobre a cidade. *Histórias de
família.
exclamação, de
interrogação e vírgula).
Atividade Permanente
Trabalho texto coletivo 1. Leitura do texto 2. Conversa dirigida
Oralidade (ilustração, objeto,
imagens...).
Foco nas ideias ...Leitura e Interpretação (anotar no
caderno).
Foco Gramatical Produção Individual
(texto e/ou frases) Restruturação de
Texto (Foco nas ideias);
Reestruturação de
Texto (Foco
gramatical).
MATEMÁTICA: - Espaço e Forma. Músicas: Hino oficial de Brasília, Brasília Capital da Esperança, Te Amo
Brasília, Construção, A casa.
Período 29/05 a 02/06
2017
Tipologia/Gênero Textual: Injuntiva – Receita Valor: COLABORAÇÃO
Objetivos: compreender a estrutura e a função do texto instrucional (receita); interpretar e elaborar receitas; analisar a diferença entre receita falada e receita
escrita; conhecer e utilizar de forma adequada as unidades de medida; identificar diferentes instrumentos de medidas utilizados para fins culinários; desenvolver
atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos. Utilização de instrumentos não convencionais e convencionais na comparação de
grandezas (tempo, massa, comprimento e capacidade).
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Título da história apresentado (livro): - Qual é o título da história? - Sobre o que será que ela fala? - Onde ela acontece? - Quem são os personagens? Conversa dirigida: (3 Níveis de Leitura) Leitura destacando a estrutura do texto:
• Onde aconteceu a história?
(Cenário);
• Quem participa dela? (Personagens);
• Quando vocês acham
que ela aconteceu?
(Tempo);
• Quem conta a história?
(Narrador);
• O que aconteceu? (Enredo);
• O que aprendemos com a
história? (Moral:
Colaboração).
- Levantamento de palavras desconhecidas.
Produção de texto coletiva (reconto da história)
– Foco na estrutura do texto
narrativo: parágrafos, pontuação
Em uma caixa colocar várias receitas. Passa a caixa e cada criança retira uma.
• O que é isso que você retirou de dentro da caixa?
• Há palavras escritas?
• Que tipo de texto você acha que é?
• Para que você acha que serve esse texto?
• Você já viu um texto como esse?
• Onde? Imagens: Bolo de milho; - Apresentação da
Receita: Foco na estrutura (explorar): - Ingredientes (e quantidade); - Modo de preparo; - Tempo de preparo; - Rendimento. Alfabetização: - Verbos; - Dígrafos.
Foco na Matemática: - Medidas e instrumentos (convencionais e não convencionais de medidas de massa, capacidade, tempo e temperatura); - Instrumentos de medida utilizados na culinária (colher, xícara, pitada, punhado, etc.); - Dobro; - Terço; - Metade; - Tabela da gincana; - Situações problema. - Quilograma, grama. - Litro, mililitro. - Hora, minutos. - Graus. *Trazer imagens dos instrumentos convencionais para medir as grandezas.
Geografia agrária: - Agricultura familiar;
- Agricultura orgânica;
- Medidas na agricultura;
- Desmatamento e
agricultura;
- Agroecologia:
produção sustentável;
- Agricultura de
transgênicos.
- Agricultura na
América do Sul.
Alfabetização: - Pontuação; - Tipos de frases; - Dígrafo; - Encontro
consonantal; - Encontro
vocálico.
Revisão de
con teúdos da semana - Atividade artística: cores secundárias (pintura, mosaico, maquetes, etc.). Filme: - Ratatoulle. - Produção de
texto Individual.
*Curiosidades sobre a história. Reforçando o COLABORAÇÃO
valor:
adequada (uso de travessão,
ponto final, de exclamação, de
interrogação e vírgula).
Atividade
Permanente
Trabalho texto coletivo 3. Leitura do texto 4. Conversa dirigida
Oralidade (ilustração, objeto, imagens...)
Foco nas ideias ...Leitura e Interpretação (formalizar no caderno)
Foco Gramatical
Produção Individual (texto e/ou
frases) Restruturação de Texto (Foco
nas ideias); Reestruturação de Texto
(Foco gramatical) MATEMÁTICA: - Grandezas e medidas: capacidade, massa, temperatura, tempo.
Músicas: O que é que tem na sopa do neném?
Região da Rota do Cavalo onde está localizada
a Escola Sítio das Araucárias
A Região da Rota do Cavalo está localizada na Df 440 - Vc 257, em
Sobradinho a 20km do Plano Piloto, sentido Paranoá. A Região é cheia relevo e
reentrâncias, o Bioma é o cerrado com muitas árvores sinuosas como pequizeiro,
jabuticaba, cagaita, araça, jambo, jamelão, amoreira, etc. Aqui também temos
uma imensa variedade de plantas ornamentais como o flamboyant, sucupira
branca, ciganinha ou flor do cerrado, lobeira, dentre outras maravilhas do
cerrado.
A Região é banhada pelo Ribeirão Sobradinho e Córrego do Meio, onde
a mina d‟água fica no Racho São Jorge onde é preservada.
Atendendo a uma demanda antiga do turismo rural do Distrito Federal, a
Rota do Cavalo recebeu sinalização turística. As placas localizadas desde as
proximidades do Atacadão DIA-A-DIA, DF 440, na VC 257 até a Torre Digital de
Sobradinho, orientam o visitante que pretendem, por meio das visitas às
propriedades rurais, entrar em contato com a natureza e praticar esportes
equestres. A proposta tem por base o fortalecimento do turismo no Distrito
Federal, visando o desenvolvimento do segmento rural e, também, melhorias na
qualidade de vida dos moradores da região.
São muitas propriedades participantes. Para isso, a Setur-DF e outros
órgãos e entidades do DF apoiam o projeto de forma a oferecer melhorias de
infraestrutura para que a comunidade local e os visitantes sejam recebidos com
a qualidade necessária.
Além do investimento nas instituições participantes, outras ações estão
sendo realizadas para promover esse desenvolvimento da região como o
recapeamento da DF-440, melhorias na iluminação pública, instalação de um
Centro de Atendimento ao Turista, entre outras.
É uma região habitada há mais de um século. Antes do surgimento do
Distrito Federal, a região pertencia a Planaltina de Goiás. As marcas de forte
religiosidade, comum ao sertão goiano, estão presentes na Chácara Califórnia.
Comprada pela família da brasiliense Vera Fernandes Dias. A chácara guarda
um registro da fé dos sertanejos que habitaram a pré-história de Brasília: dentro
da capelinha dedicada ao Menino Jesus, há um oratório de aproximados 200
anos.
O cruzeiro em frente à capela, de aroeira, é considerado o mais antigo da
região.
Na Rota do Cavalo existem vários tipos de moradia como: sítios,
chácaras,
Mapa da Rota do Cavalo Confeccionado pela Prof.ª Iassana e estudantes
do 3º ano
Haras, Abrigo Judicial , Acam pamentos , ciganos, condomínios, etc .
Anna Clara 1º P
Samuel Xavier 1º P
Ítalo 1º P
Morro favela-Tarsila do Amaral (1º ano fez a Releitura abaixo)
Planejamento Profª. Márcia ( - ) º Ano 1 1 - Observar a obra Morro da Favela ( Tarsila do Amaral) ; 2 - Questionar aos alunos sobre o lugar representado na obra e suas características ; 3 - Indagar a t urma sobre o conceito de favela ; 4 - Conversar sobre a organização e estrutura das favelas ; 5 - favelas com os locais onde Comparar as
( acampamentos e assentamentos), moram obse rvando semelhanças e diferenças ; 6 - Biografia da artist a; 7 - Releitura.
5º ano descobrindo cores na natureza próximo à E.C. Sítio das Araucárias
A comunidade
Na Rota do Cavalo há vários espaços como o Centro Equestre Santa
Paulina, Parque Hípico de Brasília, onde acontecem hipismo clássico e enduro
equestre. Há muito Haras, onde acontecem treinamentos de prova três
tambores, criação de cavalos crioulos, quarto de milha, paint house, manga larga
marchador; aluguel de baias, venda de sêmem e potros, produção e venda de
feno, etc. Na comunidade há uma Clínica para tratamento de dependentes
químicos (antigo RM Hotel Fazenda), onde atende equivalente a 140 pessoas e
tem em torno de 120 trabalhadores direto e indiretamente, dentre estes, há
médicos, enfermeiros, psicólogos, cozinheiros, arrumadeiras, passadeiras,
diaristas, atendentes, cuidadores, tratadores, etc.). Existem aproximadamente
200 Chácaras e Ranchos, dentre estes vários são restaurantes de comida de
várias regiões do Brasil, além se serem espaço para eventos. Dentre outros.
Além dos espaços relacionados aos cavalos, na Rota do Cavalo também
há um abrigo judicial Lar Jesus Menino, onde recebe crianças da Vara de
Infância.
No dia 26 de Setembro recebemos na escola Raad, 60 anos. É casado,
tem 4 filhos e 4 netos. Raad foi deputado do Distrito Federal, dono do antigo RM
Hotel Fazenda onde hoje funciona uma Clínica para reabilitação de dependentes
químicos. Os alunos tiraram suas dúvidas a respeito das drogas, de como ser
empresário, dono de fazenda. Raad falou que chegou à Região há 45 anos
quando seus pais mudaram para cá. Falou que era cheia de árvores e bichos do
cerrado.
Segundo Raad, antes de ser administrador, empreendedor e deputado
ganhava a vida trabalhando como tratorista, caminhoneiro, leiteiro, dentre outras
atividades realizadas no campo.
No mesmo dia recebemos Jorge, 51 anos, do Rancho São Jorge seu pai
José, 88 anos. Jorge mora na Rota do Cavalo desde os 8 anos de idades. Ele
falou que participou de muitos torneios de cavalo, já foi campeão em muitas
modalidades no Brasil e na América Latina. Por isso o grande amor por cavalo e
fez disso a sua profissão.
Os estudantes puderam aprender sobre corrida de cavalo, prova dos três
tambores, sobre os cuidados que devem ter com os animais, como o cavalo
precisa ser tratado, sobre alimentação adequada, o treino para cada tipo de
cavalo, etc.
O Senhor José falou sobre o início de da construção de Brasília, morou
na parte urbana de Sobradinho e que desde 1995 mora na Rota do Cavalo.
Jorge e Raad convidaram a escola para um dia de passeio e diversão no
Rancho. Os educandos e educadores foram muito bem acolhidos por todos da
família e pelos trabalhadores. Os estudantes puderam andar a cavalo, brincar
em alguns brinquedos, jogar bola, tomar banho no córrego e na piscina.
Jorge, Raad e Sr. José falando sobre a Rota do Cavalo
Entrevista com Raad, e Jorge, pioneiros da Rota do Cavalo
Turno Matutino
Turno vespertino
Passeio ao Rancho São Jorge
Além de alguns trabalhadores listados acima, a Rota do Cavalo conta com
homens e mulheres do Campo que criam galinhas, porcos e cultivam suas
pequenas plantações de mandioca, hortaliças, laranjas, bananas, etc. Muitos
deles vendem seus produtos em comércios e em feiras da cidade de Sobradinho,
região e entorno do DF.
Os alunos do 4º e 5º ano tiveram o privilégio de ir á Chácara da produtora
Gislene, mãe e tia de alunos da escola. Lá eles puderam ver de perto como é o
plantio, o cuidado de limpar e colher as hortaliças.
Depois do passeio à chácara da Gislene os alunos do 4º e 5º ano
produziram desenhos e textos coletivos e individuais sobre o que observaram e
ouviram sobre a
vida dela e da família no campo, na Rota do Cavalo.
ESCOLA CLASSE SÍTIO DASARAUCÁRIAS
PROFESSORA; KELLY
Visita à casa da Sra. Gislene (vizinha da escola)
Para sabermos mais sobre a Rota do Cavalo, área rural de Sobradinho
D.F., fomos visitar alguns moradores. Iniciamos pela agricultora que produz
próximo à nossa escola.
Numa quinta-feira, dia vinte e oito de setembro de dois mil e dezessete,
fomos visitar A Sra. Gislene, tia da aluna Leila do 5 º ano. O dia estava nublado
e, por isso, pegamos guardachuvas emprestados no bazar. Nos encontramos
com a turma do 4º ano no pátio da escola e fomos até a chácara. O caminho foi
divertido porque fomos conversando e brincando, vimos pessoas, natureza e
animais.
Educadamente, a Sra. Gislene nos recebeu no lavatório de verduras
e respondeu às nossas perguntas, as quais havíamos produzido e selecionado
antes em sala de aula. Tudo era registrado com vídeos e fotos feitos pela diretora
Evaíde.
Na terra que é arrendada, ela relatou ter sete funcionários, não plantar
a mesma verdura no mesmo lugar após sua colheita, comprar adubo e semente
numa loja chamada Araguaia em Sobradinho e que, o que mais planta é cheiro
verde por ser mais vendido. Disse ainda que o solo do lugar foi escolhido por ser
bom para o plantio, ou seja, é fértil. Explicou que, quando necessário, a EMATER
aplica agrotóxico.
Gislene disse que teve a iniciativa de produção por influência do pai,
que gosta do que faz e que é o suficiente para um bom sustento à família.
Logo, fomos convidados a conhecer a plantação. Alguns alunos até
colheram e comeram alface e couve.
Nos despedimos e voltamos para a escola. Chuviscou no caminho,
mas foi bom para refrescar e ainda deu tempo de irmos conversando sobre a
experiência, o conhecimento de um pedacinho da área rural Rota do Cavalo, de
como é feito o plantio e a importância de trabalhadores como a Sra. Gislene.
Turma do 5º ANO
Abrigo Judicial Lar Jesus Menino
Foto do site do abrigo
O Grupo Luz & Cura foi fundado em 13.09.1994, em Brasília (DF), por
um grupo de pessoas interessadas em desenvolver trabalhos sociais, tendo,
inicialmente, direcionado seus esforços na assistência psicológica e espiritual de
pessoas portadoras do vírus HIV. É uma Associação sem fins lucrativos e sem
vínculo religioso, com personalidade jurídica própria e independente, prestadora
de serviços de forma gratuita e permanente.
Em setembro de 1997, recebeu, em doação, uma área de 7 hectares,
Chácara Jesus Menino de Praga, 33-C na Rota do Cavalo, onde hoje funciona a
sede da instituição.
Em dezembro de 1998, iniciou as obras da construção das dependências
do Abrigo com recursos obtidos por doações e levantados por meio de eventos
beneficentes. Foram construídos um pequeno prédio de dois andares para
moradia e atividades dos abrigados e outra edificação voltada para o apoio.
No período de 2001 a 2003, a instituição abrigou e amparou pessoas
portadoras do vírus HIV/AIDS, tendo assistido a 35 portadores carentes ao longo
desse tempo, concedendo-lhes abrigamento, alimentação, orientação
psicológica, atividades ocupacionais diárias, extração de documentos pessoais
e transporte até os Centros de Referência em DST / AIDS do DF para
atendimento na área de saúde, entre outros.
Em agosto de 2004, a instituição alterou o seu estatuto e criou o Lar Jesus
Menino, para abrigar crianças carentes e em situação de risco. Adequou suas
instalações para o novo público e, atualmente, possui capacidade para acolher
até 20 crianças.
O Lar Jesus Menino é uma instituição não governamental que acolhe
crianças carentes em situação de risco, assegurando-lhes moradia, alimentação,
educação, lazer e tratamentos médico, psicológico e odontológico.
As crianças são encaminhadas pela Vara da Infância e da Juventude do
DF e, em caráter emergencial, pelos Conselhos Tutelares do Distrito Federal.
O Lar pode acolher simultaneamente até 20 crianças de zero a seis anos, mas
podendo permanecer na Instituição até completar a sua maioridade civil.
O Lar Jesus Menino tem como missão ser um agente capaz de acolher
criança carente em situação de risco social, promover sua formação psicossocial
e garantir seus direitos, minimizando impactos e ou sofrimento emocional.
Os objetivos do Lar Jesus Menino são:
• Proteger a/o criança/adolescente acolhido e garantir-lhe os direitos
fundamentais à saúde, educação, convivência familiar e comunitária, cultura,
esporte e lazer, tendo em vista o resgate da cidadania e a conquista da
autonomia dos acolhidos;
• Realizar trabalho com as famílias, em conjunto com a rede sócio
assistencial, com vistas à superação dos motivos geradores do acolhimento,
viabilizando direitos, fortalecendo potencialidades, estimulando o fortalecimento
dos vínculos e cuidados com seus filhos, para possibilitar o retorno mais breve
ao convívio familiar;
• Subsidiar a Vara da Infância e da Juventude na definição da
situação jurídica do acolhido, com a indicação de reintegração familiar ou
necessidade de sua inserção em família substituta, caso o retorno à família de
origem não seja possível ou conveniente.
Hoje o Lar Jesus Menino atende 6 crianças, na faixa etária de de 3 a 12
anos
DIRETORIA EXECUTIVA (Mandato Dez. 2016-2018)
• Presidente: Vilmar Valim Ribeiro
• Vice Presidente: Júlio de Castilhos Matzenbacher Machado
• 1º Tesoureiro: Celso Marcus Alvarenga de Castro
• 2º Tesoureiro: Alfredo Carlos Cavedal
• 1º Secretária: Márcia Ruperto Souza das Chagas
• 2º Secretário: Renato José Barbosa Bahia
Planejamento de estudo sobre os ciganos
Ao longo do tempo a Região da Rota do Cavalo vem sendo ocupada por
outros Trabalhadores do Campo e Trabalhadores de Movimentos Sociais.
Dentre eles estão:
Ciganos
Roupas coloridas, tendas alegres e olhares atentos ao destino alheio.
A maneira como o povo cigano se relaciona com a história brasileira o coloca
na condição de agente e vítima das impressões que governantes, policiais e
toda a sociedade criam sobre homens que tinham suas vidas alteradas pelo
deslumbramento que causavam.
[...]
Dos debates acadêmicos às conversas informais, os ciganos são
retratados a partir de sentimentos que oscilam entre o fascínio que suas
tradições exercem e os temores alimentados por estigmas e superstições
atrelados ao seu estilo livre.
[...] Perseguidos ou incorporados à nossa hierarquia social, os ciganos
são mais do que leitores do futuro, podendo ser considerados também
escritores do nosso passado. [...]
(Dossiê Medo e Sedução, Revista de História, Biblioteca Nacional, n.
14, 2006, p. 15.)
Tendas onde moram as famílias calons,
Em Setembro de 2017 algumas a coordenadora Hermínia, conselheiro
escola Roberto e monitora Valclécia foram até a Comunidade Cigana
agendar uma entrevista em que os alunos seriam os entrevistadores e
conheceriam sobre a história dos ciganos. A visita foi agendada para o dia
05 de Outubro.
Os ciganos foram convidados a ir à escola para falar sobre a vida deles
na comunidade e fazerem uma apresentação de dança cigana.
Senhor Wanderley com 2 filhas e 1 neta na escola
No dia 05 de Outubro de 2017 os estudantes e comunidade da Escola
Classe Sítio das Araucárias tiveram a oportunidade de conhecer mais de perto
sobre a realidade do povo cigano que moram na Rota do Cavalo e entenderem um
pouco sobre a história deste povo no Brasil.
Chegada da escola à comunidade cigana
Os estudantes e educadores tiveram a oportunidade de conversar com o
Senhor Wanderley, líder do acampamento, seu irmão Artur responsável pela parte
financeira da Associação cigana no Brasil, Dona Maria, esposa do Artur e demais
familiares, alguns jovens e crianças que estudam na escola.
Originários provavelmente da Índia, os ciganos chegaram ao Brasil na segunda
metade do século XVI.
É provável que os primeiros ciganos de Portugal tenham chegado ao Brasil nos anos
de 1560 e 1570. Por não conseguir êxito na integração dos ciganos à sociedade portuguesa,
Portugal enviou vários indivíduos e suas famílias, primeiro para a África e depois para o
Brasil. Esperava-se que os ciganos ajudassem a povoar áreas dos sertões nordestinos,
ocupadas por índios.
A comunidade cigana em Brasília está representada, em sua maioria,
pela etnia Calon, a mais numerosa do país. O grupo chegou a capital federal
por volta de 1974.
Desde 2014 os ciganos moram na Rota do Cavalo em Sobradinho-DF.
A comunidade é chamada de Nova Canaã e hoje tem 15 famílias, sendo 74
pessoas, a maioria com laços familiares. O grupo adquiriu terras cedidas em
2015 pelo Governo Federal, para fixar residência e prover a subsistência da
comunidade.
Antes de escolher o DF como residência fixa, a comunidade passou por
mais de 15 estados. O líder da Associação Cigana no Distrito Federal,
Wanderley da Rocha, conta que encontrou em Brasília condições para se sentir
protegido. “De onde viemos, desse mundão por aí, entendíamos que Brasília
seria a capital das leis." E disse também que se sentia muito honrado de ter
sido convidado para falar sobre seu povo na escola e feliz também porque a
escola foi até a comunidade conhecer melhor o cotidiano deles.
Senhor Wanderley da Rocha informa que esta é a primeira cessão de
uso de terra pública para uma comunidade cigana no Brasil”.
No espaço conquistado, o grupo afirma que pretende reforçar a
infraestrutura para criar condições de desenvolvimento. ”O objetivo é servir de
„terra prometida‟ para todos os ciganos do país."
O sonho dos ciganos é construir o primeiro centro de resgate da cultura
cigana do Brasil para que daqui saiam homens e mulheres capacitados e
preparados para o mercado de trabalho."
O desejo do Sr. Wanderley tem fundamentos e é baseado na realidade
difícil da comunidade cigana. De acordo com um levantamento da Codeplan,
43% dos ciganos do DF são analfabetos, sendo que grande parte deles (80%)
têm até 34 anos. Porém a maioria dos jovens e crianças da Rota do Cavalo
estudam, inclusive na nossa escola. Além de participar das atividades da
cultura cigana, eles ajudam nos serviços com os pais, andam a cavalo, jogam
futebol, brincam de bola, brincam de
Os ciganos da Rota do Cavalo moram no terreno de 3,5 hectares, vivem
em tendas feitas com lona e dispostas em formato da letra “C”, de cigano. Eles
plantam alimentos e criam animais como galinhas e perus para o próprio
consumo.
pique - pega, pipa, dentre outras brincadeiras.
Rayssa Lorrane 4º Ano
Horta comunitária na Comunidade Cigana
A rotina da comunidade considera a divisão de trabalhos por gênero. Os
homens são negociantes e vivem muitas vezes da troca de mercadorias e as
mulheres têm a missão de cuidar das tarefas da casa e também saem para
vender panos de prato e toalhas em locais de grande movimento.
Dona Maria mãe dos alunos Natanael, 4º ano e Beatriz, 1º Ano lavando
roupa
Por costume, os ciganos casam entre si. O objetivo é manter a cultura e não
permitir que os membros deixem o grupo. A tradição orienta que a mulher seja pedida
em casamento, às vezes por primos de primeiro ou segundo grau. Eles não se
aproximam um do outro, são seis meses cada um em sua casa. “O rapaz que se diz
noivo pede a um mais velho da família para vir falar com os pais”, explicou o líder da
comunidade.
A festa de casamento, dura de três a quatro dias. “É muito bonita, são dias de
muita união, com ciganos de todos os lados. Os noivos recebem dotes que as pessoas
dão a eles”.
A cultura cigana, atualmente, ainda é confundida com religião, ao invés de
ser considerada uma etnia. Isso se deve, segundo o historiador Jonatas Alexandre, ao
desconhecimento e ao romantismo que é atribuído a este povo. “O preconceito veio
de uma literatura, novelas e filmes que criaram estereótipos socialmente negativos
sobre os ciganos."
"É um preconceito enraizado e ainda oculto. Tem que se perder o romantismo
em relação a esta cultura."
Na comunidade cigana da Rota do Cavalo, grande parte dos membros do grupo
se autodeclaram pertencentes a religiões evangélicas. Eles se reúnem todas as terças-
feiras e realizam cultos sob a tenda, com músicas e orações.
O líder Wanderley conta que não acreditar na „leitura da sorte‟. Ele diz que “a
lida de mão seria uma forma de sobrevivência da época para as mulheres. Ler a sorte
é uma questão de crença. Sou cigano calon e, com todo o meu respeito, não acredito”.
Obs. : A reportagem do SINPRO esteve presente nesta visita.
Pré-assentamento Renascer (do MATR- Movimento Agrário de
Trabalhadores Rurais):
Os alunos fizeram uma entrevista com o Senhor Sabino Francisco Sales,
líder e morador Eles fizeram algumas perguntas como:
Há quanto tempo estavam naquele local?
O que eles faziam?
Como é viver debaixo de lona, debaixo de madeirite?
Como e de que viviam?
O que eles faziam para si divertir?
Como as crianças se divertiam?
Segundo o líder do Acampamento Sr. Sabino Francisco Sales eles ficaram na
beira da estrada uns 4 (quatro anos) e há 9 (nove) estão pré-assentados na região
cedida pelo INCRA, tem aproximadamente 74 famílias. Muitos dos moradores
trabalham de guarda noturno, diaristas, empregadas domésticas, etc. Eles plantam
mandioca, milho, feijão, hortaliças para consumo próprio. Em meados de Março para
Abril eles fazem a Festa da Pamonha, aonde vão amigos e o povo da região. Tem uma
pequena Capela onde as pessoas reúnem para fazer suas orações e também serve
de suporte para reuniões da Comunidade. Os nossos estudantes Welison, 4º ano,
Vanessa, 3º ano e Welbert, 1º ano moram na comunidade. Eles disseram que lá eles
brincam de pique-pega, pipa, esconde-esconde, andam a cavalo, futebol, etc.
A reportagem do SINPRO esteve presente na visita ao Pré-Assentamento
Renascer.
Produção de Texto do Aluno do 4º Ano (Professora Simone)
Sr. Sabin o conversando com os estudantes Vanessa do 3º ano B e seu cavalo
Estudantes na casa de Sr. Sabino Visita a morador do acampamento
Ônibus quebrado ao retornar do Pre - assentamento Renascer
MST (Movimento Sem-Terra)
Período 30/10 a 03/11
2017
Tipologia/Gênero Textual: Expressão Poética/Poema Valor: Respeito/Cidadania.
Objetivos: Identificar o contexto histórico de espaços de convivência como elementos constituintes de sua identidade; conhecer e respeitar
diferentes modos de vida social; conhecer a realidade de comunidade do campo/rurais; compreender a relevância da luta dos grupos sociais
na democratização dos direitos políticos, dos avanços tecnológicos e das melhores condições de vida; reconhecer lugares por meio de
mapas.
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Poema de uma Menina Sem-terrinha.
Conversa dirigida: (3 Níveis de Leitura):
Destacar aspectos curiosos do texto:
- O que vocês acharam do poema?
- Qual é o assunto? - Como é a vida da menina?
- E se fosse com vocês?
- O que aprendemos com o poema?
(Moral/valor).
O que é movimento dos
trabalhadores rurais? Quais são as suas reivindicações?
Levantamento de palavras
desconhecidas e pesquisa no
dicionário.
.Foco na estrutura do texto: rimas,
versos, estrofes.
Produção de texto coletiva.
REAGRUPAMENTO
- Apresentação do mapa da
rota do cavalo;
- Identificação dos
acampamentos (localização,
nome, história das
personalidades que deram
origem aos nomes);
- Regras sociais;
- 4° e 5° ano: Formação
política, movimentos sociais,
questão agrária no Brasil e
reforma agrária.
Foco na Alfabetização:
- Verbos: presente,
passado e futuro; - Lista de
palavras: substantivos e adjetivos
(adjetivação: atribuir
qualidade/características); -
Manuseio de dicionário; -
Vocabulário: ampliação de
significação, sinônimos e antônimos; - palavras que rimam;
Símbolos dos movimentos:
bandeiras, hinos, outros símbolos.
Produção agrícola: agricultura
familiar (produtos, estrutura,
características e objetivos) e
agronegócio (produtos, estrutura,
características e objetivos);
Cultura, arte, educação, e tecnologia.
(garantia de direitos). Foco na matemática:
- Representar lugares,
orientações e deslocamento por meio de mapas; - identificar figuras
espaciais por meio da vista superior
(mapa);
- Números (resgate da contagem por
agrupamento): porcentagem;
- tabelas e gráficos;
- Situações-problema
envolvendo interpretação de tabelas
e gráficos;
Dia Móvel
Horário
Compactado
de 8h às 11h.
Integrantes
dos MST
apresentação.
(Não
confirmado)
– Foco na estrutura do gênero poema.
- Modos de nasalação. - registro de referência: casa
escola.
Atividade Permanente
Produção coletiva com foco nas
ideias e na estrutura do gênero.
Trabalho texto coletivo 5. Leitura do texto 6. Conversa dirigida
Oralidade (ilustração, objeto, imagens...)
Foco nas ideias ...Matemática
(formalizar no caderno)
Produção
Individual
(texto e/ou
frases). com foco nas
ideias e na
estrutura do
gênero.
MATEMÁTICA:- Espaço e forma. Música: Para não dizer que falei das flores (Geraldo Vandré).
Bandeira pintada por Juliana 3º B (Prof. Iassana) Acampamento Maria da Terra
O acampamento Marias da Terra está na região da Rota do Cavalo desde 08
de Março de 2016. Segundo a moradora Isabela, uma das líderes da área da Educação,
o acampamento leva este nome em homenagem às mulheres, pois elas foram as
primeiras a adentrar, ocupar o espaço, a Gleba. Elas levaram a sério o um ditado que
existe no meio sobre “Sem feminismo não há Socialismo”. Isabela disse que com auxílio
Hermínia , Isabela, do Setor de Educação e outros integrantes do Acamp amento Marias da Terra
de alguns voluntários, estudantes de cursos superiores e em conjunto com a
SEEDF foi implantado a EJA (Educação de Jovens e Adultos). Eles tem tentado
implementar um espaço lúdico para as crianças, chamado de CIRANDA, pois
assim, enquanto os pais estudam, as crianças ficam no espaço acompanhado
por adultos brincando, desenhando, se divertindo e conhecendo mais sobre a
vida da comunidade.
No acampamento, os lotes são chamados de Mandalas. Os moradores
plantam árvores próximo às suas casas que são feitas de madeirite, para
refrescar o ambiente. Alguns plantam hortas, criam galinhas para sua própria
alimentação. Conversamos com o morador Maílson, pai da aluna Maria Clara do
2º Período. Ele disse que planta hortaliças para o próprio consumo e divide com
os vizinhos. Muitos trabalhadores são garis, empregadas domésticas, vigias,
bordadeiras, tratadores, lavam roupas para outros, etc.
No acampamento acontecem várias atividades entre os moradores. Eles
se reúnem para montar estratégias para fortalecer os laços entre os
companheiros de luta, fazem encontros para arrecadarem dinheiro para a
manutenção do acampamento. Um destes encontros é o dos “Sem-terrinhas.
Eles se identificam e são identificados pelo nome próprio a partir das
mobilizações de Encontros dos Sem Terrinha, criados pelo Movimento para
crianças e adolescentes manifestarem-se na luta pela Reforma Agrária e direitos
sociais como escola e educação. Assim, o nome Sem Terrinha identifica um
sujeito próprio e representa um sentimento de pertença e formação de
identidade.
Acampamento Dorothy Stang ( da FNL - FRENTE NACIONAL PARA
LUTA, CAMPO E CIDADE )
O acampamento Doroty Stang, leva este nome em homenagem à freira
Dorothy que estava presente na Amazônia. “Sua atividade pastoral e missionária
buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em
áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia
Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos
fundiários na região.
Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará. A sua participação
em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da
pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500
quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e
internacional.
Defensora de uma reforma agrária justa e consequente, Irmã Dorothy
mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e
religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à
posse e à exploração da terra na Região Amazônica.
Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-
se. Pouco antes de ser assassinada declarou: «Não vou fugir e nem abandonar
a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm
o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir
com dignidade sem devastar.»
A Irmã Dorothy Stang foi assassinada aos 73 anos de idade, no dia 12
de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada
de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no
Estado do Pará, Brasil”.
Retomando sobre o Acampamento Doroty Stang localizado na Rota do
Cavalo, próximo ao Condomínio Nova Colina. Estão desde 2015, tem
aproximadamente 600 famílias.
Neste acampamento, as construções são simples e a energia elétrica vem
de gambiarras. Segundo Fred, um dos coordenadores a área da Nova Colina
pertence à Terracap e é destinada a habitação social e regularização. O grupo
afirma que está inscrito no cadastro da Codhab
Uma das coordenadoras do MST disse que o objetivo é que a área – que
pertence à União, segundo ela – se torne assentamento para as famílias.
MATL (Margarida Alves Terra Livre)
Acampamento Margarida Alves
Os acampados do Acampamento Margarida Alves chegaram a
Região da Rota do Cavalo no ano de 2016. Segundo o morador Antônio padrasto
do aluno Erik, 4º ano, pais dos alunos Alexandre, 1º Período e Nayla, do 1º Ano
o acampamento Margarida Alves na Rota do Cavalo há por volta de 250 famílias
busca de terra para morar e plantar.
Este acampamento leva este nome em homenagem a uma
camponesa paraibana morta lutando por igualdade social. Segue um pouco
sobre a vida e a morte de Margarida Alves.
Luta de Margarida Alves serve de inspiração aos movimentos sociais do
campo “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”, anunciou Margarida
Alves em um discurso de comemoração pelo 1° de Maio (Dia do Trabalhador),
três meses antes de morrer.
Por Solange Engelmann
Da Página do MST
“É melhor morrer na luta do que morrer de fome”, anunciou Margarida
Alves em um discurso de comemoração pelo 1° de Maio (Dia do Trabalhador),
três meses antes de morrer.
Primeira mulher a presidir o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Alagoa Grande, na Paraíba, a líder sindical paraibana Margarida Maira Alves,
assassinada em 12 de agosto de 1983, na porta de casa, em frente ao marido e
o filho pequeno, tinha voz forte e peito aberto. Sua baixa estatura física não
refletia o tamanho da sua força e da sua coragem. Cresceu, e como cresceu na
luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
Margarida tornou-se conhecida por sua luta pelo reconhecimento dos
direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores do campo e pela denúncia de
abusos por fazendeiros da região. Sua história e luta inspira a Marcha das
Margaridas, criada em 2000 e serve de exemplo para os movimentos sociais do
campo no Brasil, na luta contra a violência e por melhores condições de vida e
trabalho.
Após trinta e quatro anos da sua morte, os culpados ainda não foram
punidos. Mas, o legado de Margarida Alves representa um símbolo de força para
a luta das mulheres do campo, contra à violência do capital e do patriarcado e
por reconhecimento e representatividade na sociedade.
* Acampamento Pôr do Sol
Estão acampados em direção à DF 330 próximo à Rota do Cavalo
há 4 anos.
* Acampamento Sobradinho ou Renascer II
Estão acampados à beira da DF 330 há 2 anos.
* Acampamento Primavera
Os moradores estão acampados bem próximo à escola e próximos
também do Acampamento Margarida Alves, do abrigo e da RM Clínica.
Não há muita informação sobre este acampamento.
Na Rota do Cavalo contamos também com a presença de vários
moradores de *Condomínios. Alguns destes condomínios são grandes e muito
conhecidos na Região. São:
• Serra Verde com aproximadamente 102 famílias;
• Nova Colina; Uberaba;
• Dentre outros.
Obs.:
* Não aprofundamos sobre estes acampamentos e condomínios, por
isso foi mencionado poucos dados. Nosso Inventario ainda esta em
construção. Daremos continuidade em 2018.
Família
A escola enviou uma pesquisa para que os estudantes e a comunidade
escolar conheçam mais sobre as famílias que vivem na Rota do Cavalo, assim
conheceriam melhor a Região de origem dos pais e familiares, quantos membros
moram na residência, entre outras perguntas. A maioria das famílias têm mais
de 5 integrantes. Muitas não participam das reuniões da comunidade, não
conhecem a história da comunidade e nem como era a Região antes de virem
para cá. A maioria é de baixa renda, recebem ajuda de programa de governo,
bolsa família, vivem de trabalhos domésticos, etc. Muitos plantam para própria
subsistência, apesar de ter pequenos produtores na região. Alguns fazem uso
de agrotóxico orientado por órgãos reguladores como a EMATER. O lixo que as
famílias produzem geralmente é recolhido pelo SLU (Sistema de Lixo Urbano),
apesar de que alguns queimam.
Apenas 55 famílias da Escola Classe Sítio das Araucárias entregaram a
pesquisa, mas mesmo assim alguns sem que as respostas estivessem
completas e algumas vezes não eram condizentes com o que o estudante fala
na escola. No dia 16 de Setembro de 2017 houve a Festa da Família onde
aconteceu a culminância sobre os temas pesquisados: Família e Escola.
Escola Classe Sítio das Araucárias - Planejamento Período 12 a 16/06
2017
Tipologia Textual: INFORMATIVO / Gênero Textual: REPORTAGEM, NOTÍCIA.
Objetivos: Reconhecer a localização e deslocamentos por meio de mapas, desenhos e plantas (para o reconhecimento do
espaço e localização nele). Localizar espaços reconhecendo-se como sujeito desse contexto. /Ler e escrever textos
observando diversas estruturas silábicas. Consultar dicionário ampliando o vocabulário, ampliar regras de acentuação e
pontuação. Explorar vários Suportes Textuais: jornal, revista, etc./ Conhecer o Bioma e a cultura de cada Região./ Interpretar
dados transformando-os em tabelas e gráficos. /Respeitar o outro.
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Globo Terrestre, Mapa do Brasil. Título da história
apresentado (livro):
- Qual é o título da história?
- Sobre o que será que ela fala?
Conversa dirigida:
- Produção de texto coletiva (reconto);
- Foco na estrutura do texto informativo: paragrafação, pontuação adequada.
Localização Espacial (no pátio ou em sala). A
Professora, a criança como referência: - Mão
direita: Leste;
- Mão Esquerda: Oeste; - frente: Norte; -
Atrás: Sul.
Obs. : I e II Período foco na lateralidade.
ENSAIO DA FESTA JULINA
Gráficos,
tabelas, dados
do Texto, etc.;
Naturalidade;
Preferências
na
alimentação;
ENSAIO DA
FESTA JULINA
Trabalhar a
região de cada
turma (I e II
período:
Centro-Oeste / 1º e 2º Ano:
Nordeste/3º Ano: Sudeste/ 4º
Ano: Sul e 5º Ano: Norte);
Cultura de cada
região:
Culinária
(Produção);
Alimentação;
Vestuário.
Pesquisa sobre a
Região de origem dos pais.
Bioma das
Regiões:
Texto e
Interpretação;
Consulta no
dicionário;
ENSAIO DA
FESTA
JULINA
Mapa das regiões.
Curiosidades
Filme sobre
regiões
ENSAIO DA FESTA
JULINA
ENSAIO DA FESTA
JULINA
Foco na Oralidade, Leitura e
escrita. MÚSICA: da Dança da
Festa
Foco na leitura e
Intepretação de
dados. Foco na Produção
Culinária
Foco Leitura,
Interpretação
e Gramática.
Foco na
escuta,
oralidade e escrita.
MATEMÁTICA: Tratamento da Informação. Quatro Operações e Situações problemas. VALOR: Respeito à diversidade
INVENTARIO DO CAMPO DA ESCOLA CLASSE SÍTIO DAS ARAUCÁRIAS
ESTUDANTES DA ROTA DO CAVALO
- CONDOMÍNIOS/CHACARAS/ASSENTAMENTOS/ACAM
PAMENTOS/ABRIGO
1º
P
2º
P
1º ANO
2º ANO
3º ANO
A
3º ANO
B
4º
ANO
5º
ANO
TOTAL
PORCENTAGEM
ABRIGO
0 1
1
0
1
0
1
1
5
2,97%
ACAMP. DOROTY STANG 1 0 0 0 2 0 1 1 5 2.97%
ACAMP. MARGARIDA ALVES 8 1 4 2 3 4 5 2 29 17,30%
ACAMP. MARIAS DA TERRA 0 5 3 0 1 1 1 0 11 6,54%
ACAMP. PÔR DO SOL 0 1 0 1 0 0 0 0 2 1,20%
ACAMP. PRIMAVERA 0 3 0 0 0 0 0 0 3 1,78%
ACAMP. SOBRADINHO 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0,60%
COND. NOVA COLINA 0 0 0 1 0 1 0 1 3 1,78%
COND. (OUTROS) 0 0 4 2 0 1 4 2 13 7,80%
COND SERRA VERDE 3 1 3 3 2 1 3 4 20 12,00%
PRÉ-ASSENT. RENASCER 1 0 1 0 0 1 2 0 5 2.97%
CHÁCARAS/FAZ./SÍTIO 6 9 6 14 5 8 8 7 63 37,50%
COMUNIDADE CIGANA 1 0 1 0 1 1 1 0 5 2.97%
VILA NOVA 0 0 0 1 0 2 0 0 3 1,78%
TOTAL 11 21 24 24 15 20 26 18 168
COND SERRA VERDE
12 %
COND. NOVA COLINA 1,78%
COND. (OUTROS)
,8% 7
ABRIGO
2 ,97%
CHÁCARAS/FAZ./SÍTIO
37 ,5%
COMUNIDADE CIGANA
% 2.97
PRÉ - ASSENT. RENASCER
2 ,97%
ACAMP. DOROTY STANG 2,97%
ACAMP. MARIAS DA TERRA
,54% 6
ACAMP. PÔR DO SOL
1 ,2%
ACAMP. SOBRADINHO
% 0.6
ACAMP. MARGARIDA ALVES
17 %
ACAMP. PRIMAVERA 1,78%
VILA NOVA
1 ,78%
INVENTARIO DO CAMPO DA E. C. SÍTIO DAS ARAUCÁRIAS
Murais confeccionado por estudantes e professores para a
culminância na Festa da Família da Escola Classe Sítio das
Araucárias.
Mural do 1º Período
Mural do 2º Período
Mural do 1º Ano
Mural do 2º ano Mural do 4º Ano
Mural feito pelos 3º ano A e B
Mural do 5º Ano
Escola Classe Sítio das Araucárias
A Escola Classe Sítio das Araucárias está localizada no Núcleo Rural 1,
Córrego do Meio DF 440 VC257, na Rota do Cavalo, é uma Instituição
Educacional que faz parte da Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal vinculada à Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho.
A escola foi fundação no ano de 1985, funcionava numa casa de alvenaria
cedida pela empresa Mareisa-Materiais de Construção-LTDA, adaptada para fins
escolares. A Fundação Educacional do Distrito Federal fez uma pequena reforma
na casa e com o Ato de Criação-Resolução nº. 1.474-CD, de 28/08/1985 (DODF
nº. 172, de 10/09/1985) a escola foi denominada Escola Classe Sítio das
Araucárias em homenagem ao nome do Sítio do doador das terras que era do
Sul do Brasil, onde a araucária é uma planta nativa. Quem doou o terreno para
a construção da escola foi o pai do Senhor Flávio, este ainda mora num sítio
próximo à escola com a esposa Dona Nelma. Senhor Flávio tem uma pequena
fábrica de produtos feitos da mandioca.
O esforço de uma moradora local, Dona Maria Helena, foi fundamental
para a criação desta escola. Ela observou que muitas crianças da região,
inclusive seus filhos, estavam sem estudar, então, decidiu procurar o
Administrador da Cidade de Sobradinho, na época Padre Jonas, e colocou as
necessidades desta comunidade.
Dona Maria Helena foi em busca das crianças que não estudavam para
formar as primeiras turmas. Enfim, o sonho foi realizado.
A primeira professora chamava-se Selma, que atendia turmas
multisseriadas. A primeira merendeira foi Dona Maria Helena, a mesma que lutou
pelo funcionamento da escola.
A escola funcionou durante muitos anos na casa adaptada. No dia 29 de
setembro de 2004, a comunidade recebeu o novo Prédio Escolar, com salas
específicas e ambientes adequados ao atendimento de crianças da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental. No entanto, a casa adaptada foi preservada,
recebeu reforma e serve como depósito, sala de reforço, etc.
Os atuais Diretores eleitos na Gestão Democrática das escolas públicas
do DF são Professora Evaide Flores Campos e o professor Marcelo Soares de
Oliveira, que se encontra de Licença para Tratamento de Saúde.
Atualmente esta Instituição de Ensino é composta por:
. 01 Diretora (Evaíde)
. 01 Vice-Diretora (Hermínia), substituta do vice Marcelo
. 01 Secretário Escolar (Marcônio)
. 01 Coordenador Pedagógico (Josimara)
. 08 Professores Regentes (listados na parte que fala do ensino
ofertado)
. 01 Pedagoga Itinerante (Rosa Késia)
. 01 Psicóloga Itinerante (Natália, de Licença para estudo)
. 01 Professora da Sala de Recursos Itinerante (Alessandro)
. 01 Servidora readaptada em Sala de Leitura (Luzinete)
. 01 servidora readaptada Apoio Administrativo (Rosana)
.02 Servidoras de Copa e Cozinha – Empr. terceirizadas (Luzenira
e Marinalva)
.03 Servidores de Cons. e Limpeza – Empr. Terc. (Cleia, Eva,
Roberto Carlos)
.04 Auxiliares de Portaria/ Vigilância-Empresa Global
O ensino ofertado é do 1º e 2º (Educação Infantil) e 1º ao 5º ano do
Ensino Fundamental, sendo que funciona em dois turnos:
Matutino (Ensino Fundamental: 1º, 2º e 3º anos)
1º Ano: professora Marcia da S. Ramos – 0026.833-X
2º Ano: Ruth Soares Gonçalves – 0034.959-3
3º Ano A: Maria de Fátima – 0026.425-3
3º Ano B: Iassana Rodrigues – 0039.602-8
Vespertino (Ensino Fundamental: 4º e 5º anos)
4º Ano: Simone Martins – 6033.403-7
5º Ano: Kelly de Farias Souza – 0205.406-X
Educação Infantil (1º e 2º Período)
1º Período: Eveline Jéssica – 6033.411-8
2º Período: Leila de Sousa. Camargo – 6036.188-3
O Prédio escolar é constituído por:
. 4 salas de aulas;
. Sala de leitura e sala de informática;
. Sala de Professores;
. Sala de Apoio Especializado;
. Sala de Recursos;
. Direção;
. Secretaria;
. Cantina com depósito de alimentos;
. Depósitos de Limpeza e Pedagógico;
. Banheiros masculino e feminino para alunos, adaptado para
ANEEs,
. Banheiro masculino e feminino para servidores;
. Horta;
. Jardim;
. Pátio Coberto.
A escola tem uma pequena horta que é plantada e cultivada pelos alunos
sob orientação inicialmente por técnicos da Emater e atualmente pelo professor
de capoeira Jaime que é faz Faculdade em Licenciatura em Educação do
Campo e é estagiário da UNB.A escola desenvolve vários projetos como: o
Melhor Leitor da Sala de Leitura, Sítio ecológico (aborda temas ambientais e
sobre saúde), Telinha de Cinema (aborda filmes relevantes sobre os projetos),
dentre outros.
Téc nico da Emater A lunos do 5 º Ano na horta
Os alunos pesquisaram e conheceram um pouco mais sobre a história da
escola e fizeram atividades como:
Maquete:
Maquete confeccionada pelo 3º ano B (Prof.ª Iassana)
Linhas do tempo da escola:
Confeccionado pelo 3º Ano B (Prof.ª Iassana)
Linha do Tempo C. Sítio das Araucárias (3º B – Profª Iassana)
Linha do tempo do estudante:
Linha do tempo da Aluna Mariana 3º Ano
Desenhos (1º e 2º Perído)
E produções textuais
Referências Bibliográficas
MEC – Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Operacionais para a
Educação Básica nas escolas do Campo. Processo n°: Parecer n 36/2001.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI. Educação do Campo: marcos
normativos/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e
Inclusão – Brasília: SECADI, 2012.
Proposta Didática para Construção de Inventário Social, Histórico e
Cultural das Escolas do Campo da SEEDF: Inventário Do Campo.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/10/13/inter
na_cidadesdf,45
2120/rota-do-cavalo-em-sobradinho-reune-turismo-e-reliquias-
historicas.shtml
http://larjesusmenino.org.br/ https://www.brasiliaeaqui.com.br/.../ciganos-
comemoram-mais-de-400-anos-no-brasil.
ANEXO 3
Plano de ação da coordenação pedagógica
INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO
A Coordenação Pedagógica, que é elemento fundamental no processo de
construção da organização pedagógica da Instituição Educacional, tem como
finalidade, segundo o regimento escolar das Instituições Educacionais da Rede
Pública de Ensino do Distrito Federal, planejar, orientar e acompanhar as
atividades didático-pedagógicas, a fim de dar suporte à proposta pedagógica.
Nesta perspectiva, a coordenação pedagógica está sob a
responsabilidade do coordenador pedagógico, sendo este imprescindível na
organização do trabalho da escola, fazendo com que o currículo seja vivenciado
e reconstruído no cotidiano escolar.
Portanto, entendemos a coordenação pedagógica como espaço e tempo
de trabalho coletivo.
JUSTIFICATIVA:
Para que o trabalho pedagógico de uma escola seja eficiente é
necessário que haja uma organização dos espaços e tempos escolares, bem
como do trabalho coletivo e integrado entre todos os sujeitos participantes no
processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Partindo desta premissa foi elaborado este Plano de Ação, onde
apresentaremos os objetivos e metas a serem alcançadas a partir da
sistematização do trabalho pedagógico, tendo como produto final o sucesso na
aprendizagem dos nossos alunos.
OBJETIVO GERAL:
Planejar, orientar e acompanhar as atividades didático-
pedagógicas da Escola Classe Sítio das Araucárias, promovendo um espaço de
reflexão das práticas pedagógicas, e articulando para que haja uma troca de
experiências entre os seus profissionais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Desencadear ações, para a efetivação da formação em serviço;
Valorizar os profissionais como protagonistas do trabalho
colaborativo;
Socializar as experiências educativas significativas a fim de favorecer
a integração entre os professores, bem como a avaliação das práticas
pedagógicas;
Promover análise das aprendizagens para a reorganização da prática
docente;
Participar da elaboração, implementação, acompanhamento e da
avaliação da Proposta Pedagógica da escola.
Divulgar e incentivar a participação dos professores em todas as
ações promovidas pela SEDF.
Ser educador junto aos professores, auxiliando nas dificuldades do
cotidiano;
Acompanhar os resultados, propondo a reflexão avaliativa da equipe,
objetivando redimensionar as ações pedagógicas da escola.
METAS:
Integrar todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem
dos alunos;
Organizar o trabalho pedagógico;
Contribuir para a melhoria dos índices de desenvolvimento escolar;
Implementar a formação continuada em serviço na rotina da
coordenação pedagógica.
Estimular a coletividade e o trabalho colaborativo no ambiente
escolar;
Estabelecer parceria com o corpo docente da escola no cotidiano
de suas atribuições;
Propor momentos de reflexão e reavaliação da prática educativa
junto aos docentes.
Realizar estudos para apropriação do Currículo em Movimento.
ESTRATÉGIAS :
Convidar profissionais de áreas específicas para a Formação
Continuada;
Integrar com a EEAA para a formação em serviço;
Realizar estudos sistematizados do Currículo para a sua correta
aplicabilidade;
Acompanhar a aplicabilidade do Currículo vigente;
Acompanhar de forma sistemática os conteúdos selecionados na
quinzena junto aos professores;
Propor atividades diversificadas de acordo com o tema trabalhado;
Realizar bimestralmente diagnóstico de leitura e escrita em todas
as turmas;
Promover momentos culturais na entrada dos alunos, realizando
contação de histórias, músicas diversificadas e psicomotricidade;
Valorizar a autoestima dos alunos realizando a comemoração dos
aniversariantes do mês.
Orientar o corpo docente acerca do planejamento pedagógico;
Disponibilizar para o corpo docente recursos pedagógicos
possíveis para a sua utilização em sala de aula.
Sistematizar as atividades relacionadas ao projeto de literatura
constante no PPP;
Organizar o espaço e tempo escolar;
Produzir um portifólio com todas as atividades realizadas na
coordenação pedagógica.
CRONOGRAMA:
Partindo dos objetivos pretendidos, bem como das metas a serem
alcançadas no presente plano de ação as atividades propostas estão previstas
para serem realizadas ao longo do ano letivo.
AVALIAÇÃO:
A implementação do Plano de Ação será avaliada nos momentos de
Avalições institucionais/dia letivo temático. Lembramos que a avaliação é
constante e que as datas ou períodos sugerem um marco temporal; contudo nas
Coordenações Pedagógicas, nas reuniões ordinárias do conselho de classe
serão oportunizados tempo, espaço, momentos e dados que servem para a
avaliação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20
de dezembro de 1996.
Currículo em Movimento da Educação Básica – Pressupostos
Teóricos. SEEDF – Brasília, 2014.
Currículo em Movimento da Educação Básica – Caderno 1 –
Educação Infantil. SEEDF – Brasília, 2014.
Currículo em Movimento da Educação Básica – Caderno 2 –
Ensino Fundamental – Anos Iniciais. SEEDF – Brasília, 2014.
Regimento Escolar das Institucionais Educacionais da Rede
Pública de Ensino do Distrito Federal. SEEDF, 5a Ed – Brasília, 2009.
Plano de ação da sala de recurso
1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Unidade Escolar: Escola Classe Sítio das Araucárias
CRE: Sobradinho
Profissional:
2- OBJETIVO GERAL:
Contribuir com a construção de um processo de prevenção e intervenção
que melhore o desempenho dos alunos e que possibilite a concretização de uma
cultura de sucesso escolar, em parceria com os atores envolvidos no processo
educativo. Esse plano terá duração de um ano letivo sendo revisto e adaptado
sempre que necessário. Caso haja mudanças na Instituição ou demandas que
reportem a uma alteração, o plano poderá sofrer modificações.
3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para
definir estratégias pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento do estudante.
Mediar ações juntos aos professores para garantir o direito de
aprendizagem do aluno. Identificar o melhor recurso que atenda às
necessidades dos estudantes é que promova sua aprendizagem.
Mostrar para comunidade escolar que todos são dignos de respeito e são
capazes de aprender independente das suas limitações.
Esclarecer os direitos e deveres que os estudantes têm na sociedade.
4 - INTRODUÇÃO
A sala de recursos atua na promoção de ações que viabilizem a reflexão
e a conscientização de funções, orientar famílias acerca das necessidades
pedagógicas específicas de seus filhos, atendimento do aluno visando garantir
a permanência do mesmo na escola e seu direito de aprendizagem.
5 - PERÍODO
Este plano entrará em vigor de fevereiro a dezembro do ano letivo de
2018. Podendo sofrer alterações caso haja alguma necessidade ou nova
demanda.