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ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO IRATI 2019

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ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

IRATI

2019

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.........................................................................................................7

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................9

2. HISTÓRICO DA ESCOLA E ATUALIDADES........................................................11

2.1. GALERIA DE DIRETORAS.................................................................................14

3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO..............................................................16

3.1. ENTIDADE MANTENEDORA..............................................................................16

3.2. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO.............................................................16

3.3. FINALIDADE DA ESCOLA..................................................................................16

3.4. RECONHECIMENTO DO CURSO FUNDAMENTAL DO 6º AO 9º ANO.............17

3.5. RENOVAÇÃO PARA A OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA ATÉ 12/03/2027.....17

3.6. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR.........17

3.7. DUALIDADE ADMINISTRATIVA.........................................................................17

3.8. SÍMBOLO OFICIAL..............................................................................................17

3.9. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO.....................................................................18

3.10. ETAPA E MODALIDADE DE ENSINO..............................................................19

3.11. MATRÍCULA E FORMA DE INGRESSO...........................................................19

4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.......................................................................21

4.1. DIREÇÃO............................................................................................................22

4.2. SECRETARIA......................................................................................................22

4.3. AGENTES EDUCACIONAIS II............................................................................23

4.4. CORPO DOCENTE (PROFESSORES) - 2018..................................................24

4.5. EQUIPE PEDAGÓGICA .....................................................................................28

4.6. AGENTES EDUCACIONAIS I.............................................................................28

4.7. CORPO DISCENTE (ALUNOS) .........................................................................30

4.8. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I..........................................30

4.9. INSTÂNCIAS COLEGIADAS..............................................................................32

5. ESPAÇO FÍSICO E ATIVIDADES PEDAGÓGICAS.............................................35

5.1. ATIVIDADE COMPLEMENTAR - AETE..............................................................36

5.2. PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS ESCOLARES DO PARANÁ..............................36

5.3. JOGOS INTERSÉRIES.......................................................................................37

5.4. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM................................................................37

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5.5. REGISTRO DE CLASSE ONLINE (RCO)..........................................................38

5.6. PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (PAEE)..............38

5.7. PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA...................................................... 39

5.8. OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA – OBMEP.................................. 40

5.9. ESTAGIÁRIOS................................................................................................... 41

5.10. PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA –

PIBID............................................................................................................... 42

5.11. BIBLIOTECA......................................................................................................43

5.12. MULTIMEIOS/INFORMÁTICA/TECNOLOGIA DIGITAL DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO.................................................................................................44

5.13. CENTRO DE MEMÓRIA...................................................................................45

5.14. HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES........................................................45

5.15. LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS.........................................................................46

5.16. SALÃO NOBRE.................................................................................................46

5.17. SECRETARIA ESCOLAR..................................................................................46

5.18. REFEITÓRIO.....................................................................................................47

5.19. PAISAGISMO....................................................................................................47

5.20. QUESTÃO AMBIENTAL....................................................................................48

5.21. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR...........................................................................48

5.22. BRIGADA ESCOLAR........................................................................................50

5.23. VISITA AO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ..............................................50

5.24. DIVULGAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS EM IRATI..............51

5.25. SEMANA CULTURAL........................................................................................51

5.26. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA...................................................52

5.27. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS – TEMAS

MULTIDISCIPLINARES......................................................................................53

6. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE EM QUE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA..........54

6.1. REALIDADE GLOBAL.........................................................................................54

6.2. REALIDADE LOCAL...........................................................................................55

6.3. REALIDADE DAS FAMÍLIAS E CONTEXTO ESCOLAR...................................56

6.4. FRAGILIDADES DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA.......................58

6.5. FRAGILIDADES DA ESCOLA.............................................................................59

6.6. AVALIAÇÃO EXTERNA (IDEB)...........................................................................59

6.7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................................60

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6.8. REGIMENTO ESCOLAR....................................................................................61

7. A ESCOLA E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE LEI 8.069 DE

13/07/1990..........................................................................................................62

8. FUNDAMENTOS E OBJETIVOS...........................................................................63

8.1. FILOSOFIA DA ESCOLA....................................................................................63

8.2. MISSÃO...............................................................................................................63

8.3. VISÃO..................................................................................................................63

8.4. VALORES............................................................................................................63

8.5. OBJETIVO DA ESCOLA.....................................................................................64

8.6. OBJETIVOS GERAIS..........................................................................................64

9. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ADOTADA PELA ESCOLA..................................66

9.1. PEDAGOGIA PROGRESSISTA..........................................................................66

9.2. TENDÊNCIA PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA / PEDAGOGIA HISTÓRICO

CRÍTICA..............................................................................................................66

9.3. MÉTODO DE ENSINO........................................................................................66

9.4. CONTEÚDOS......................................................................................................67

9.5. RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO......................................................................67

9.6. AVALIAÇÃO.........................................................................................................67

9.7. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA, SEGUNDO A PEDAGOGIA HISTÓRICO-

CRÍTICA..............................................................................................................68

9.8. TEÓRICOS..........................................................................................................68

9.9. ESCLARECIMENTOS SOBRE CONCEITOS....................................................69

10. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS.........................................70

10.1. CONCEPÇÃO DE DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR...........................70

10.2. INICIATIVAS PARA A DIREÇÃO COLABORAR DEMOCRATICAMENTE COM

A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO OFERTADA....................................................71

10.3. AÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO COTIDIANO ESCOLAR, PARA

GARANTIR A GESTÃO DEMOCRÁTICA..........................................................72

10.4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO.......................................................................73

10.5. O CURRÍCULO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA.............................73

10.6. CONCEPÇÃO DE MUNDO...............................................................................74

10.7. CONCEPÇÃO DE HOMEM..............................................................................74

10.8. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA................................................................74

10.9. CONCEPÇÃO DE JOVEM...............................................................................75

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10.10. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE.....................................................................76

10.11. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO......................................................................76

10.12. CONCEPÇÃO DE ESCOLA E SEUS SUJEITOS...........................................77

10.13. CONCEPÇÃO DE TRABALHO.......................................................................80

10.14. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA......................................................................81

10.15. CONCEPÇÃO DE CULTURA.........................................................................82

10.16. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM..............................................82

10.17. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA............................................82

10.18. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA..................................................83

10.19. CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE..................................................................84

10.20. AVALIAÇÃO.....................................................................................................84

10.21. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO.....................................................89

11. ARTIGO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE) DA

PROFESSORA PEDAGOGA ARILDA MOLETTA: FAMÍLIA E ESCOLA........92

11.1. O PAPEL DA FAMÍLIA PARA O SUCESSO ESCOLAR....................................92

11.2. O PAPEL DA ESCOLA PARA O SUCESSO ESCOLAR...................................99

11.3. PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA.....................................................................101

12. SUBSÍDIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DOS PROFESSORES DO PDE

E DOS PROFESSORES COM MESTRADO................................................... 107

13. PROPOSIÇÕES DE AÇÕES – METAS..............................................................108

13.1. AÇÕES DESENVOLVIDAS E EM ANDAMENTO, COM O OBJETIVO DE

ESTIMULAR A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS REPROVADOS E

APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE................................................108

13.2. AÇÕES QUE VISAM ORGANIZAR O AMBIENTE ESCOLAR E ESTIMULAR O

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM........................................................109

13.3. AÇÕES PARA PREVENIR E ERRADICAR O BULLYING NA ESCOLA........110

13.4. AÇÕES PARA A FORMAÇÃO CULTURAL E HUMANA.................................111

13.5. AÇÕES QUE VISAM GARANTIR O APRENDIZADO.....................................112

14. CALENDÁRIO ESCOLAR – 2018......................................................................114

REFERÊNCIAS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA..............115

REFERÊNCIAS DO ARTIGO PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)

............................................................................................................................................117

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ANEXOS - PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DAS DISCIPLINAS

DE ARTE, CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO FÍSICA, ENSINO RELIGIOSO, GEOFRAFIA,

HISTÓRIA, LÍNGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA, LÍNGUA ESPANHOLA.....120

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APRESENTAÇÃO

No Paraná, o mais recente documento legal que orienta as normas para a

organização escolar nas escolas que integram o Sistema Estadual de Ensino e que

ofertam a Educação Básica é a Deliberação Nº 02/2018 de 12 de setembro de 2018.

Segundo o artigo 10 da referida Deliberação o Projeto Político-Pedagógico

(PPP) – “é o documento institucional que define o rumo, a intenção e os processos

pedagógicos e administrativos que serão utilizados para cumprir as metas,

expectativas e objetivos propostos pela comunidade escolar e local.” E o artigo 11

diz: “O PPP deve ser elaborado e atualizado coletiva e democraticamente pela

equipe diretiva da instituição de ensino, com a participação da comunidade escolar,

atendido o disposto nesta Deliberação e demais normatizações pertinentes.”

O Projeto Político-Pedagógico constitui-se nos fundamentos legais,

conceituais, filosóficos, ideológicos, metodológicos e operacionais das práticas

pedagógicas tendo em vista a função da escola pública que é o acesso ao

conhecimento.

O PPP deve ser discutido, aprovado e acompanhado em sua efetivação pelo

Conselho Escolar e deve ser legitimado pelo Regimento Escolar, o qual, da mesma

forma, deve ser construído e definido coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar.

Deve, ainda, expressar o diagnóstico das fragilidades e necessidades

escolares, buscar proposições e fundamentá-las. Isto significa que todas as ações

previstas no plano de ação da escola devem ser o resultado do que foi levantado na

prática pedagógica.

Na Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental, o

processo de construção e reconstrução do Projeto Político-Pedagógico foi

sistematizado levando-se em conta três eixos: Situacional, Conceitual e Operacional

de acordo com a Instrução n°003/2015 – SUED/SEED. Entretanto, não está sendo

apresentado em forma de “Marcos” e tomou como ponto de partida a versão do PPP de

2011. A fundamentação teórica apresentada aqui, expressa o diagnóstico da

representação dos professores e dos profissionais da educação da Escola Estadual

Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental sobre a função da escola e o

valor da formação por ela ofertada.

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Procurou-se realizar ajustes no texto e atualizar os dados, quanto ao PPP

anterior, datado do ano de 2011, visto que, as discussões conceituais representam o

envolvimento da comunidade escolar atual para alicerçar o ensino-aprendizagem, o

currículo, o conhecimento, a avaliação e a gestão.

O PPP deve ser revisto a qualquer tempo e, necessariamente, quando houver

alteração da legislação educacional e das diretrizes que orientam a educação

básica. Portanto, deve ser revisto face às estratégias utilizadas no diagnóstico, os

princípios didático-pedagógicos definidos, o planejamento das ações, as tomadas de

decisões coletivas e a execução das ações por todos os segmentos da comunidade

escolar.

A Orientação Nº 01/2017 – CGE/DGE/SEED de 20 de julho de 2017 orienta

reelaborar anualmente o PPP, em decorrência da reorganização do trabalho

pedagógico, entretanto, não necessita de novo Ato Administrativo, Parecer, quando

as alterações forem quanto:

ao número de estudantes por turma, ano e turno, número de profissionais daeducação e organização dos tempos e espaços;

aos dados da avaliação: índices do desempenho escolar (aprovação, aprovaçãopor Conselho de Classe, reprovação e abandono), índices de evasão, dedistorção idade/ano e dados da avaliação externa (Prova Brasil, IDEB);

às necessidades de avanços da prática pedagógica observadas na avaliação doPlano de Ação da Escola;

às alterações, acréscimos ou exclusão de conceitos, no Marco Conceitual, sehouver.

às novas linhas de ação, a curto, médio e longo prazo, na perspectivapedagógica e administrativa, no Marco Operacional;

ao Calendário Escolar; às ações didático-pedagógicas como programas, projetos, atividades

complementares de ampliação de jornada. Quanto ao PPP 2019, desta escola, um novo Ato Administrativo será emitido

pelo Núcleo Regional de Educação de Irati, devido à mudança no Sistema deAvaliação da escola que passará a ser Trimestral.

Após as devidas alterações o PPP será publicizado no site da escola:http://www.irinossasragracas.seed.pr.gov.br

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1. INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola Estadual Nossa Senhora das

Graças – Ensino Fundamental foi reavaliado, reformulado e construído na reflexão

coletiva, principalmente no ano de 2018.

O Projeto Político-Pedagógico (PPP), ou Proposta Pedagógica, foi previsto(a)

nos artigos 12, 13, 14 e 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB

9394/96) com o objetivo de democratizar e descentralizar as decisões pedagógicas

e organizacionais da escola, com vistas à participação de todos os envolvidos no

processo de educação escolar. Em razão disto, ele é único para uma comunidade

escolar e flexível às alterações do contexto.

A construção coletiva do PPP tem a finalidade de representar as expectativas

que a comunidade escolar (gestores, educadores, pais ou responsáveis, estudantes,

agentes educacionais, comunidade) tem quanto à formação dos estudantes. E,

quais valores, objetivos e compromissos são priorizados nas experiências de

aprendizagem propiciadas aos estudantes. Também, a elaboração do PPP, é uma

necessidade, porque a escola precisa registrar dados, situar-se no contexto social,

renovar-se, sistematizar a sua prática, descrever sua dinâmica, planejar a curto,

médio e longo prazo seu projeto de educação para a comunidade em que está

inserida.

Este projeto representa um agrupamento de ideias, reflexões, propostas e um

direcionamento para que o estudante aprenda aquilo que é necessário na idade e na

etapa escolar adequada. É o projeto de uma construção de escola que visa propiciar

aos estudantes conhecimentos, habilidades e valores essenciais que todos devem

aprender para seu pleno desenvolvimento e o desenvolvimento da sociedade. É a

equidade contribuindo na garantia do direito à aprendizagem do estudante para que

ele possa resolver demandas complexas da vida cotidiana e do pleno exercício da

cidadania.

Todas as propostas curriculares dentro da escola devem incorporar a

abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana,

preferencialmente de forma transversal, integradora e de forma contextualizada

(direitos da criança e do adolescente; educação para o trânsito; educação ambiental;

processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; educação em direitos

humanos; educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-

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brasileira, africana e indígena; saúde; vida familiar e social; educação para o

consumo; educação financeira e fiscal; trabalho, ciência e tecnologia; diversidade

cultural).

E, finalmente, relacionar a teoria e a prática, contextualizando a sociedade em

que vivemos por meio de atividades próprias às características da etapa de

desenvolvimento humano do estudante do Ensino Fundamental. Tudo isso para que

o estudante conquiste um nível de qualidade educativa e continue a estudar em

etapas e níveis superiores. É a efetivação da intencionalidade da escola: a formação

do cidadão responsável, participativo, compromissado, crítico e criativo.

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2. HISTÓRICO DA ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS E

ATUALIDADES

Ao longo de seus 88 anos, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças tem

contribuído com a educação iratiense por meio de práticas educativas

comprometidas com a formação dos seus estudantes. Esta escola funciona como

pertencente à rede estadual de ensino, ou seja escola estadual, há 66 anos.

O espaço físico da instituição é privilegiado pela localização e pelo tamanho

da área que disponibiliza para seus estudantes, professores, funcionários e

comunidade.

Toda instituição tem uma história, formada de fatos, pessoas, marcos legais...

A história de uma das mais tradicionais instituições de educação iratienses teve

início com as Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em 12 de agosto

de 1930.

Atendendo a solicitação da população católica da cidade de Irati, a Província

Brasileira da Congregação das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo,

com sede em Curitiba, resolveu enviar a Irati duas irmãs para providenciarem a

instalação de um Colégio, cuja finalidade seria a educação integral das crianças

iratienses.

Mesmo antes da chegada das irmãs, alguns colonos poloneses já haviam

doado um pedaço de terra ao lado da Igreja São Miguel para a construção do

Colégio.

Em 12 de agosto de 1930, chegaram a Irati a Irmã Helena Olek e Irmã

Edvirges Miketa. As Irmãs foram recepcionadas na estação ferroviária pela

população católica de Irati e também pelos colonos poloneses. Foi um

acontecimento emocionante e significativo para todos que lá se encontravam. As

Irmãs foram morar em uma pequena casa de madeira ao lado da Igreja São Miguel.

Em princípio de 1931, foram inaugurados o Curso Primário e o Jardim de

Infância, ambos de caráter particular. Em pouco tempo, o número de alunos

começou a aumentar, tornando-se necessária a construção de um novo prédio.

A inauguração do novo Colégio aconteceu em 1937 e além do Jardim de

Infância e do Curso Primário, também eram ministrados cursos de pintura, trabalhos

manuais, flores artificiais, preparatório ao Exame de Admissão, preparatório ao

Exame de Madureza e Línguas Estrangeiras.

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Em 10 de janeiro de 1938, o Diretor Geral da Educação, através do Decreto

nº 6.149, oficializou o funcionamento da escola com a denominação de Colégio

Nossa Senhora das Graças.

Atendendo ao apelo da comunidade, a Direção do Colégio solicitou a criação

do Curso Ginasial, em 1945, tendo início o funcionamento do Ginásio. Em 17 de

julho de 1946, o Ginásio Nossa Senhora das Graças era reconhecido pela Portaria

Ministerial nº 445, publicado no Diário Oficial de 13 de agosto de 1946.

Em 1946, as Irmãs ampliaram as atividades do Instituto Nossa Senhora das

Graças, implantando um orfanato para meninas abandonadas e órfãs. O orfanato

funcionou até 1971.

Ainda em 1946, a pedido das graduandas, foi requerida à Secretaria de

Educação e Cultura a criação do Curso Normal Colegial para que a juventude

pudesse adquirir a formação pedagógica na própria cidade.

Em 1947, o Curso Normal Colegial começou a funcionar, sendo o primeiro

curso normal da Província das Filhas da Caridade de Curitiba, onde muitas Irmãs se

prepararam para o Magistério.

Pelo Decreto nº 8334, de 15 de janeiro de 1953, o Ginásio Nossa Senhora

das Graças foi integrado à rede estadual de ensino com o nome de Ginásio

Comercial Estadual de Irati.

A partir do ano da estadualização, 1953, houve aumento significativo de

alunas a esse estabelecimento de ensino que, em 1956, se fez necessária a

ampliação da Escola, levando a Irmã Emília Obrzut, com auxílio da Província, a

iniciar a ampliação da construção, a qual foi inaugurada em 1957.

Pelo decreto nº 7602, de 16 de novembro de 1967, o Ginásio Comercial

Estadual de Irati passou a denominar-se Ginásio Estadual de Irati e, em 13 de

fevereiro de 1969, o decreto nº 1417 alterou a denominação para Ginásio Estadual

Nossa Senhora das Graças.

A Escola Normal Colegial Nossa Senhora das Graças funcionou no Instituto

Nossa Senhora das Graças até 1974 quando, então, foi implantada a Reforma de

Ensino. Nesta época o Curso Normal foi transferido para Colégio Estadual São

Vicente de Paulo.

Após várias mudanças no nome da Escola, finalmente passou a chamar-se

Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino de 1º Grau, oferecendo o

ensino de 1ª a 8ª séries.

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Em 1989 foi inaugurada uma nova ala da escola, construída pela

Congregação em parceria com a comunidade.

Através da Resolução 4268/96, as atividades relativas ao ensino de 1ª a 4ª

série foi municipalizado; a partir de então, a Escola Estadual Nossa Senhora das

Graças – Ensino de 1º Grau passou a oferecer somente o Ensino Fundamental de 5ª

a 8ª série e o ensino de 1ª à 4ª série passou a ser oferecido, no mesmo prédio

escolar, pela Escola Municipal Irmã Helena Olek.

Ainda em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº

9.394/1996) estabeleceu dois níveis de ensino: a Educação Básica e a Educação

Superior. Definido no artigo 21 da lei, o conceito de Educação Básica congregou,

articuladamente, as três etapas da educação nacional: a Educação Infantil, o Ensino

Fundamental e o Ensino Médio.

Portanto, após a Lei nº 9.394/1996, essa instituição passou a ofertar a

Educação Básica – Ensino Fundamental e em 1998 passou a denominar-se Escola

Estadual Nossa Senhora das Graças– Ensino Fundamental.

Em 06 de fevereiro de 2006 a Lei Nº 11.274 altera a redação dos artigos 29,

30, 32 e 87 da Lei no 9.394/96 e regulamenta a duração de 9 (nove) anos para o

Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

Após essa alteração, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino

Fundamental passa a ofertar o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano.

E, assim, iniciaram-se discussões coletivas para reelaboração do PPP da

Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental, nos atuais

moldes: crítico, democrático e orientado pelas legislações vigentes, o qual vem,

desde então, sendo reformulado.

No ano de 2018 surgiu a necessidade de discutir/repensar sobre o sistema de

avaliação da escola. Após as discussões o coletivo resolveu adotar o sistema de

avaliação Trimestral, com vigência a partir de 2019. Em alguns momentos

específicos (Semana Pedagógica, Formação em Ação, reunião de Planejamento e

Replanejamento escolar e outras reuniões) a comunidade escolar pôde refletir e

propor mudanças na avaliação. Tais discussões acarretaram alterações no

Regimento Escolar, aprimorando o processo de avaliação e reforçando uma das

funções da escola: acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem por

todos os envolvidos. Um dos motivos elencados para a alteração do sistema de

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avaliação para Trimestral foi oportunizar mais tempo para o diagnóstico da

aprendizagem e retomar os conteúdos não apreendidos.

Ainda, em 2018, por orientação e determinação do Corpo de Bombeiros foram

garantidas as condições necessárias de segurança, como a aquisição de

equipamentos e adequações físicas do ambiente escolar (muro ao redor da quadra

esportiva coberta).

No que diz respeito à direção da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças,

a mesma é designada pela Presidente da Província Brasileira da Congregação das

Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo – Província de Curitiba – locadora

do prédio. A diretora indicada deve pertencer ao Quadro Próprio do Magistério e

preencher os requisitos legais para o exercício da função mediante a homologação

de portaria da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Atualmente e desde o

ano de 2015, a diretora da escola é Irmã Alecsandra David.

Para o ano de 2019, novamente, apresenta-se o desafio de reformular e

adequar, com a comunidade escolar, o PPP da escola e as Propostas Pedagógicas

Curriculares (PPC) das disciplinas, segundo a BNCC, homologada em 20/12/2017 e

o Referencial Curricular do Estado do Paraná, em construção neste ano de 2018, de

modo a garantir aos estudantes uma aprendizagem significativa e atualizada

segundo a legislação da educação.

2.1. GALERIA DE DIRETORAS

Foram diretoras da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças:

Irmã Helena Olek - 12/08/1930 à 30/01/1939

Irmã Emília Obrzut – 30/01/1939 à 20/01/1959

Irmã Emília Dybas – 20/01/1959 à 20/02/1965

Irmã Margarida Paschoal – 20/02/1965 à 26/07/1965

Irmã Emília Dybas – 26/07/1965 à 15/02/1971

Irmã Verônica Sawtzuk – 15/02/1971 à 08/12/1971

Irmã Helena Pietrovski – 08/12/1971 à 28/03/1975

Irmã Celestina Zaffari – 28/03/1975 à 23/03/1977

Irmã Julia Lorenz – 23/03/1977 à 28/04/1981

Irmã Ignez Andrzejeski – 28/04/1981 à 01/12/1982

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Irmã Magdalena Ruginski – 09/02/1983 à 06/01/1984

Irmã Juliana Gawlak – 14/01/1984 à 01/01/1985

Irmã Regina Giovanella – 07/01/1985 à 07/02/1991

Irmã Helena Gadonski – 07/02/1991 à 20/03/1994

Irmã Ana Apolônia Lermen – 21/03/1994 à 20/08/2000

Irmã Francisca Maria da Silva – 21/08/2000 à 20/02/2007

Irmã Lúcia Cecília Griminger – 21/02/2007 à 16/04/2015

Irmã Alecsandra David – 16/04/2015 até a presente data

A escola possui 88 anos (até 2018)

Irati possui 111 anos (até 2018)

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3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO

Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental

Rua 19 de Dezembro, 36, Centro, Irati / Pr. CEP: 84500-000;

Telefone: (0XX) 42 – 3422-3592

CNPJ: 76.416.965/0001-21

site: http://www.irinossasragracas.seed.pr.gov.br

e-mail: [email protected]

3.1. ENTIDADE MANTENEDORA

Governo do Estado do Paraná - Secretaria de Estado da Educação (SEED) - Núcleo

Regional de Educação de Irati (NRE Irati).

NRE Irati – código 15

Irati – código 1080

Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – código 00074

Código do INEP da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças é 41113489 –

INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

3.2. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO

Decreto nº 1639/76 de 24/02/76

3.3 FINALIDADE DA ESCOLA

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças tem por finalidade, atendendo

ao disposto nas Constituição Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional e na Resolução nº 1052/2012, de 14/02/2012 que credencia a

Educação Básica nesta instituição, ministrar o Ensino Fundamental – Anos Finais

observadas a legislação e as normas específicas.

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3.4. RECONHECIMENTO DO CURSO FUNDAMENTAL DO 6º AO 9º ANO

Resolução nº 2679/81 de 07/12/81

3.5. RENOVAÇÃO PARA A OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA ATÉ 12/03/2027

Resolução nº 3337/2016 – SEED de 22/08/2016

3.6. ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR

Nº 410/2007 de 31/12/2007 – SEF/NRE Irati (o Ato será alterado após o

Regimento Escolar ser aprovado pelo Setor de Estrutura e Funcionamento do NRE).

3.7. DUALIDADE ADMINISTRATIVA

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental (Anos

finais – 6º ao 9º ano) possui dualidade administrativa com a Escola Municipal Irmã

Helena Olek – Educação Infantil (Pré- Escola para alunos com 5 anos completos até

31/03 do ano corrente) e Ensino Fundamental (Anos Iniciais– 1º ao 5º ano).

3.8. SÍMBOLO OFICIAL

Logomarca:

Significado da logomarca da Escola Estadual Nossa Senhora das

Graças

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ANCORA: simboliza firmeza, segurança, convicção tanto no aspecto físico,

quanto ideológico. Na escola busca-se uma educação alicerçada em valores,

conhecimento e sabedoria. Levando a todos: segurança, tranquilidade, força, fé e

fidelidade. Mesmo diante das instabilidades humanas e sociais pretende-se uma

educação que dê suporte de conhecimento e espiritualidade proporcionando,

com isto, um equilíbrio humano, tornando o indivíduo mais preparado e seguro

para os desafios da vida.

CORDA EM FORMATO DE E: a corda simboliza vínculo, ligação entre

educadores, alunos, familiares e comunidade, que estão diretamente ligados à

escola, ou que já passaram pela mesma. Significa também uma ligação com

Deus, por isso, almejamos uma educação fundamentada na fé, no saber e no

compromisso social.

LETRAS (INICIAIS DA ESCOLA - EENSG): esta ligada diretamente ao nome da

escola e significa assumir sua identidade.

AZUL: é a cor do céu e do mar. É associada à profundidade e estabilidade.

Simboliza confiança, lealdade, sabedoria, inteligência, fé e verdade. Esta cor

também é considerada um benefício para o corpo e para a mente. Pode

relacionar-se também ao infinito, assim como o conhecimento que não tem fim.

BRANCO: cor universal da paz, da espiritualidade, pureza e limpeza. Também

chamada de “cor da luz” porque reflete todas as outras cores, está relacionada à

clareza. A escola busca esta clareza para ensinar e transmitir os ensinamentos. A

limpeza relaciona-se ao ambiente que se pretende proporcionar, ou seja, que

seja limpo, organizado, harmonioso, tranquilo e agradável a todos.

VERMELHO: simboliza energia, paixão, amor e ação. Para a escola significa

paixão pelo ato de ensinar e aprender, força e também relacionado à afetividade

na ação educativa.

3.9. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

Os horários de funcionamento da Escola Estadual Nossa Senhora das

Graças, em seus dois turnos de oferta de aulas regulares são:

Matutino – 07h30min às 11h55min

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Vespertino – 13h05 às 17h30min

3.10. ETAPA E MODALIDADE DE ENSINO

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças- Ensino Fundamental, oferta:

Uma das etapas da Educação Básica:

Ensino Fundamental – Anos Finais (6º ao 9º ano).

E, uma Modalidade de Ensino:

Educação Especial – Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I.

3.11. MATRÍCULA E FORMA DE INGRESSO

As escolas estaduais, quanto à matrícula escolar em suas diversas

oportunidades, seguem a Deliberação nº 09/2001 do Conselho Estadual de

Educação, que dispõe:

Art. 1.º - Matrícula de ingresso, por transferência e em regime de progressão

parcial; o aproveitamento de estudos; a classificação e a reclassificação; as

adaptações; a revalidação e equivalência de estudos feitos no exterior e

regularização de vida escolar em estabelecimentos que ofertem Ensino

Fundamental e Médio nas suas diferentes modalidades no Sistema Estadual do

Paraná, serão regidas pela presente Deliberação.

Ensino Fundamental

Etapa da Educação Básica destinada a alunos do 6º ao 9º ano, com idade

entre 11 e 14 anos (considerando a idade própria da lei vigente).

A forma de ingresso para alunos novos é feita por meio de critérios e normas

estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação – SEED – PR.

Ressalta-se que o Estado garante ao aluno uma vaga na rede pública

estadual de ensino, porém, não há possibilidade de garantia de instituição de ensino

ou turno de preferência.

Todos os anos a SEED emite uma Instrução Normativa que instrui os

procedimentos de matrícula para todas as escolas estaduais. Na instrução, até o

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presente momento, no que se refere à Escola Estadual Nossa Senhora das Graças,

está previsto para ingresso no 6° ano do Ensino Fundamental:

alunos para o 6º ano do Ensino Fundamental oriundos da rede municipal de

ensino concluintes do 5º ano do Ensino Fundamental, em instituição de ensino

com dualidade administrativa (Escola Municipal Irmã Helena Olek – Ensino

Fundamental), na qual a instituição estadual atenda a totalidade da demanda,

serão direcionados para o 6º ano da instituição estadual, preferencialmente pelo

Sistema de Matrículas Fluxo, e não receberão Carta Matrícula;

Educação Especial – Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I (SEM)

os alunos que ingressarão no 6º ano da rede pública estadual de ensino,

egressos dos serviços e apoios da Educação Especial nos anos iniciais, terão

matrícula assegurada nas Salas de Recursos Multifuncionais, anos finais, sem

necessidade de nova avaliação de ingresso, desde que apresentada cópia do

relatório da avaliação de ingresso e cópia do último relatório pedagógico do

serviço ou apoio especializado que frequentava;

a efetivação da matrícula será em turno contrário ao da escolarização, conforme

instruções específicas vigentes da SEED/SUED;

o diagnóstico do aluno da Educação Especial deverá ser registrado no Sistema

Escola WEB, no Cadastro do aluno, no campo “Portadores de Deficiências”.

Quanto à forma de ingresso na escola por classificação, as

informações serão contempladas em outro tópico, neste Projeto Político-

Pedagógico, no item sobre avaliação.

Demais informações sobre matrícula e formas de ingresso nesta instituição

de ensino, consultar a respectiva Instrução Normativa que a SEED publica todos os

anos.

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4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

604 Alunos

43 Professores

4 Professoras Pedagogas

9 Agentes Educacionais I

4 Agentes Educacionais II

1 Secretária (Agente Educacional II)

1 Diretora (Professora)

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental

desenvolverá suas atividades educativas tendo como base a Matriz Curricular 2018,

sendo 25 aulas semanais de 50 minutos cada, perfazendo um total de 200 dias

letivos ou 800 horas-aula, distribuídas por disciplinas e turmas, conforme a

legislação vigente.

A Escola possui turmas de 6ª ao 9ª ano do Ensino Fundamental e oferece

dois turnos de atendimento: matutino e vespertino, sendo:

20 turmas de Ensino Fundamental – Anos Finais – 6º ao 9º ano.

02 turmas de Salas de Recursos Multifuncionais.

01 turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Língua portuguesa.

01 turma de Sala de Apoio à Aprendizagem – Matemática.

01 turma do Programa Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (AETE).

Matutino:

12 turmas com 5 aulas de 50 minutos cada, sendo:

Uma turma de 6º ano com 30 alunos.

Uma turma de 7º ano com 33 alunos.

Cinco turmas de 8º ano com 162 alunos.

Cinco turmas de 9º ano com 142 alunos.

E, ainda:

Uma turma de Sala de Recursos Multifuncional com 14 alunos.

Duas Salas de Apoio à Aprendizagem com 18 alunos cada turma.

O total de alunos do período matutino é 367 alunos.

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Vespertino:

08 turmas com 5 aulas de 50 minutos cada, sendo:

Quatro turmas de 6º ano com 115 alunos.

Quatro turmas de 7º ano com 122 alunos.

E, ainda:

Uma turma de Sala de Recursos Multifuncional com 08 alunos.

Uma turma do AETE com 21 alunos.

O total de alunos do período vespertino é 237 alunos.

4.1. DIREÇÃO

A Direção é responsável pelo funcionamento dos serviços escolares no

sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de

Ensino, definidos no Projeto Político-Pedagógico, e das normas estabelecidas no

Regimento Escolar.

Tem como função a garantia do pleno funcionamento dos serviços escolares,

o trabalho dos professores, as atividades dos alunos, as relações com a comunidade

escolar (interna e externa à escola).

A diretora da escola é a Professora Alecsandra David, designada através da

Resolução nº 1441/2016 – DOE de 11/04/2016, cuja formação acadêmica de ensino

superior é Sociologia. Especialização em Gestão Escolar. Mestrado em Teologia.

4.2. SECRETARIA

A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência da Escola, bem como é o setor responsável pela

conferência, organização, guarda e conservação dos documentos escolares. A

Secretaria deve executar seu trabalho de forma integrada com a Direção e Equipe

Pedagógica e participar da tarefa de articulação entre família, escola e comunidade.

Além disso, está sob o encargo da secretaria o atendimento à demanda de alunos,

professores, equipe pedagógica e comunidade escolar, que chegam até a secretaria

escolar, com solicitações às mais diversas possíveis.

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A secretária da escola é a Agente Educacional II Giselda Korevar, designada

pela Resolução nº 04829/2016 – DOE de 07/11/2016, cuja formação acadêmica de

ensino superior é Ciências Contábeis, Ciências licenciatura plena e Matemática.

Especialização em Gestão Escolar.

4.3. AGENTES EDUCACIONAIS II

Cinco (5) Agentes Educacionais II são o suporte para o bom funcionamento

dos outros setores da escola, propiciando condições para que os mesmos cumpram

suas reais funções.

Agentes Educacionais II, nomes e formações acadêmicas:

NOME FORMAÇÃO

Dirce de Fátima Pereira Bem Ensino Médio / Pró-Funcionário

Giselda Korevar

Pró-Funcionário, Licenciada em Ciências, Matemática,

Bacharel em Ciências Contábeis, especialização

Leila Homiak Pró-Funcionário / Licenciada em Geografia, especialização

Odair Tadeu Rudniak Pró-Funcionário, Superior em Gestão Pública, especialização

Roseni Formankevsky Ensino Médio em Técnico em Contabilidade / Pró-Funcionário

São os funcionários que trabalham na secretaria escolar, na Biblioteca e no

Laboratório de Informática. Prestam atendimento a professores, pedagogos,

funcionários, alunos e comunidade.

Como profissionais e educadores, devem pautar suas ações pela realização

de todas as atividades administrativas, zelando pelo patrimônio escolar e pelos

documentos e materiais inerentes a estes setores. Auxiliam na administração da

escola, na gestão dos espaços, ambientes, comunicação, documentação e demais

aspectos ligados à organização do trabalho pedagógico e administrativo, mantendo

em dia toda a escrituração escolar de acordo com a Legislação Educacional vigente,

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bem como de acordo com as normas contidas no Regimento Escolar. Um dos 5

(cinco) profissionais (Agentes Educacionais II) é indicado pela Direção, para, através

de Ato Oficial ser designado como Secretário Escolar, responsabilizando-se por

realizar, acompanhar e verificar todo o serviço de elaboração de documentos,

primando pela veracidade e assinando-os junto à direção da escola.

Junto aos educandos e demais profissionais da escola, os responsáveis pela

Biblioteca e pelo Laboratório de Informática devem orientar a utilização, o manuseio

e o aproveitamento de materiais didáticos, pedagógicos e tecnológicos.

Esses educadores devem participar das reuniões realizadas no ambiente

escolar e, quando solicitados, acompanhar os educandos em atividades

extracurriculares ou extraclasse. A participação em eventos de capacitação

propostos pela SEED ou outros de interesse dos profissionais deve ser oportunizada

e valorizada.

4.4. CORPO DOCENTE (PROFESSORES) - 2018

Quanto aos professores, em 2018, a Escola conta com 43 profissionais: 30

professores trabalham no período da manhã e 22 professores trabalham no período

da tarde, sendo que, destes, 15 professores trabalham nos dois períodos (manhã e

tarde).

São:

37 professores;

02 professoras das Salas de Apoio à Aprendizagem;

02 professoras das Salas de Recursos Multifuncionais;

02 professoras que trabalham como Professoras de Apoio Educacional

Especializado (PAEE).

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Professores, nome, atuação e formação acadêmica:

NOME ATUAÇÃO FORMAÇÃO

André Luiz Montanheiro Rocha Ciências

Licenciado em Biologia, Bacharelem Ciências Biológicas, especialização.

Adriane Michele Schevisbisky Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.

Ana Maria Ruva Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.

Andréa Luiza Gontarz Suidnicki Arte

Licenciada em Artes Visuais, Letras, Geografia, especializaçãoe PDE

Cárin Chicalski Santana MatemáticaLicenciada em Ciências, Matemática, especialização.

Cássia Regina Pauluk Matemática

Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização, PDE.

Edla Mara de Souza Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.

Edicléia Trojan ArteLicenciada em Artes, Pedagogia,Geografia, especialização.

Edislaine Terezinha Fernandes Vitoriano

Sala de Recursos Multifuncional Tipo I / Tarde

Licenciada em História, especialização.

Eliane Delonzek Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.

Elisane Chicalski Santana GeografiaLicenciada em Geografia, especialização.

Evelyn Luitz Matemática

Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização, PDE.

Fátima Maria Klasmann Pereira de Oliveira Geografia

Licenciada em Geografia, especialização.

Fábio Kruk HistóriaLicenciado em História, especialização, Mestrado.

Frederico Ruva Neto Educação FísicaLicenciado em Educação Física, especialização e PDE.

Giceli Maria Parapinski HistóriaLicenciada em História, Pedagogia, especialização.

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Janaina dos Santos EspanholLicenciada em Letras/língua estrangeira, especialização.

Janete Aparecida Giliczynski Pereira Língua Portuguesa

Licenciada em Letras, especialização, PDE.

Juliana Bastos HistóriaLicenciada em História, especialização, PDE.

Juliane Menezes Lourenço Machado Ciências

Licenciada em Ciências, especialização.

Kátia Andréia Senderski Matemática

Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização.

Lidiane Bobrovicz Holzapfel

Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa

Licenciada em Letras, especialização.

Luciana Schneider Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização, Mestrado.

Luciane Corso Espanhol

Licenciada em Letras/língua estrangeira, Educação Física, especialização.

Luciane Dombroski CiênciasLicenciada em Ciências, especialização.

Luciane das Graças Ferreira HistóriaLicenciada em História, especialização.

Luiza Dzerva

Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática

Licenciada em Matemática, Bacharel em Ciências Contábeis,especialização.

Marcos Dziurkowski CiênciasLicenciado em Ciências, especialização.

Marlon Kelvin Fernades Laroca ArteLicenciado em Arte-Educação, especialização.

Mari Estela Tchmolo Mores Matemática

Licenciada em Ciências com habilitação em Matemática, especialização, PDE.

Marinês Aparecida PetrouskiPAEE (Professora de ApoioEducacional Especializado)

Licenciada em História, especialização.

Michelly Luteski Língua PortuguesaLicenciada em Letras, especialização.

Natália Novak de Lima ArteLicenciada em Artes Plásticas, especialização.

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Rafaela Tchmola Franczak GeografiaLicenciada em Geografia, especialização.

Rodrigo Denczura Ensino ReligiosoLicenciado em História, especialização.

Rosane Cristina Fink Educação FísicaLicenciada em Educação Física, especialização.

Roseli Malach MarochiSala de Recursos Multifuncional Tipo I

Licenciada em Pedagogia, especialização.

Rosenilda Novak GeografiaLicenciada em Geografia, especialização.

Selma Wiciuk CiênciasLicenciada em Ciências, especialização.

Silvane Deila Feix Espanhol

Licenciada em Letras/língua estrangeira, especialização, Mestrado.

Sueli Terezinha Filipak GadensPAEE (Professora de ApoioEducacional Especializado)

Licenciada em Ciências, especialização.

Vanderléia Fiori Eidan Matemática

Licenciada em Ciências, Biologia, Matemática, especialização.

Valter Wagner HistóriaLicenciado em História, especialização.

4.5. EQUIPE PEDAGÓGICA

Coordena o processo de ensino-aprendizagem, o sistema de avaliação e

garante o direito dos alunos ao acesso ao saber sistematizado. Interage com os

demais setores da escola e com a comunidade escolar, contribuindo para a

formação integral do educando, estimulando a criatividade, a política da igualdade, o

respeito, a sensibilidade e a ética.

Cabe, ainda, à Equipe Pedagógica: a organização do trabalho pedagógico, a

organização da formação continuada, subsidiar a prática docente e discente e a

articulação do currículo escolar, expresso através da Proposta Pedagógica

Curricular e do Plano de Trabalho Docente de cada disciplina.

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Elaborar com o corpo docente e comunidade escolar o Projeto Político-

Pedagógico da escola, em consonância com as diretrizes nacionais, com as

diretrizes do Conselho Estadual de Educação e da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, pois o PPP irá nortear o fazer pedagógico.

Também, são responsáveis pela conferência do Registro de Classe Online

(RCO), entre outras funções escolares.

Pedagogas, turno de atendimento e formação:

NOME TURNO DE ATENDIMENTO FORMAÇÃO

Aline MenonTarde Licenciada em Pedagogia,

especialização.

Arilda da Luz Moletta

Manhã Licenciada em Pedagogia, História, especialização em Planejamento Educacional, PDE.

Maria Inês Gomes

Manhã e Tarde Licenciada em Pedagogia, especialização em Psicopedagogia, PDE.

Regiane Barbosa OconoskiManhã Licenciada em Pedagogia,

especialização.

4.6. AGENTES EDUCACIONAIS I

Os Agentes Educacionais I têm a seu encargo a manutenção, preservação,

segurança e a merenda escolar da escola, sendo coordenados e supervisionados

pela Direção, ficando a ela subordinados.

Agentes Educacionais I, nomes e formação acadêmica:

NOME FORMAÇÃODorotéa Bobak Ensino MédioElizandra Regina Teixeira Ensino Médio, Ensino Superior em Gestão

PúblicaGenovefa Wisniewski Ensino MédioGlaci Pieczykolan Ribas Ensino MédioJanete Kollaritsch Pró-Funcionário, Ensino Superior em Gestão

PúblicaRegiane Ramos Gutervil Ensino Médio

Rennan Henrique Lopes Pereira Ensino Médio

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Simone Skubisz Lopes Pedagoga, especialização.

Sueli de Macedo da Silva Ensino Médio

Os Agentes Educacionais I acima especificados são os que atuam na

alimentação escolar (trabalham na cantina com a merenda) e infraestrutura escolar

(trabalham na manutenção dos espaços escolares).

Como educadores interagem com os educandos, objetivando a construção de

hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do

patrimônio escolar, orientando-os sempre que necessário e dialogando sobre as

questões de higiene, lixo e poluição, do uso consciente da água como recurso

natural esgotável, do uso consciente da energia elétrica, etc, de forma a contribuir na

construção de bons hábitos.

Os Agentes Educacionais I também zelam pela correta preparação da merenda

escolar, observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local,

programando e diversificando o cardápio, bem como, são responsabilizados pelo

correto acondicionamento e conservação dos alimentos recebidos (não esquecendo

de proceder à verificação das datas de validade dos mesmos). Quando solicitados,

acompanham os alunos em atividades extraclasse e extracurriculares. Outra

questão pertinente às suas funções é o direito e o dever de participação em cursos,

capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções

exercidas ou sempre que forem convocados.

Os Agentes Educacionais I, também podem ser contratados para a função de

Auxiliar Operacional e exercer, além das funções mencionadas acima, as seguintes

funções:

Atendimento ao aluno e ao Professor com Deficiência Física Neuromotora;

Atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos regularmente

matriculados em estabelecimento de ensino estadual.

Apoio à locomoção, higiene, alimentação de alunos e professores com

mobilidade reduzida, devido ao uso de cadeira de rodas, ou auxiliares de

locomoção, que inviabilizam a marcha independente, e daqueles que dependem

de outros para se alimentarem e fazerem a higiene pessoal.

4.7. CORPO DISCENTE (ALUNOS)

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6º ano – 145 alunos

7º ano – 155 alunos

8º ano – 162 alunos

9º ano – 142 alunos

Total – 604 alunos – 20 turmas (5 turmas de cada série)

367 alunos - 12 turmas - Matutino

237 alunos - 08 turmas - Vespertino

Em relação ao corpo discente, no último ano (2017) foram matriculados na

escola 590 estudantes. Essa é uma média que vem se mantendo nos últimos anos,

com pequenas oscilações, pois, em 2018 foram matriculados 604 alunos.

Não há índice de aluno desistente em nossa escola. Ao menor indício dessa

possibilidade a família é convocada e a equipe pedagógica orienta os responsáveis

e, até mesmo, solicita apoio da Rede de Proteção do município.

Outro dado importante se refere às reprovações. O número de estudantes

retidos na mesma série teve queda no último ano. Em 2016 foram 34 alunos

reprovados e no ano de 2017 foram 26 alunos reprovados. O índice de retidos em

2016 representa 6% do total de matriculados e em 2017 representa 4,5% do total de

matriculados.

Esses dados e índices quantitativos, bem como outros provenientes tanto de

avaliações externas quanto e, principalmente, relativos à avaliação interna e

acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem, devem ser pautas de

contínuos estudos e debates, com vistas ao aprimoramento da prática pedagógica,

função primeira da escola, o que acontece, em nossa escola, nas formações

pedagógicas.

4.8. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL – TIPO I (SRM - TIPO I)

É um serviço de apoio complementar especializado, de natureza pedagógica,

ofertado a estudantes que apresentam deficiência intelectual, deficiência física

neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais

específicos.

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O encaminhamento dos estudantes para as SRM - tipo I se efetiva a partir da

avaliação psicoeducacional no contexto escolar. Esta avaliação é realizada pelo

professor da Sala de Recursos Multifuncional, pelos professores das disciplinas e/ou

pedagogos da escola, enfocando aspectos relativos à aquisição da língua oral e

escrita, interpretação, produção de textos, sistemas de numeração, cálculos,

medidas, entre outros, bem como as áreas do desenvolvimento, considerando as

habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais.

Deficiência intelectual - DI: Em conformidade com a Associação Americana deDeficiência Intelectual, estudantes com deficiência intelectual são aqueles quepossuem incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamentointelectual e no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades práticas,sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade. Deficiência física neuromotora - DFN: aquele que apresenta comprometimento

motor acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações

funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a

organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes formas de

linguagem que utiliza para se comunicar ou para comunicação.

Transtornos globais do desenvolvimento - TGD: estudantes com diagnóstico

médico de Autismo, Síndrome do Espectro Autista (Asperger – é um autismo

atenuado), Transtorno desintegrativo da infância (psicose) que apresentarem

dificuldades de aprendizagem em decorrência de sua patologia.

Transtornos funcionais específicos - TFE: Refere-se à funcionalidade específica

(intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual. Diz respeito a um grupo

heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas:

na aquisição e uso da audição, linguagem oral, leitura, linguagem escrita,

raciocínio, habilidades matemáticas, atenção e concentração;

Distúrbios de Aprendizagem – dislexia - dificuldade de leitura; disortografia -

dificuldade na escrita; discaligrafia - dificuldade grafomotora; discalculia -

dificuldade para lidar com números e raciocínio lógico-matemático; dislalia - troca

fonética; disfazia - dificuldade para organizar uma frase.

Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH.

4.9. INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF

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Importante instância de participação democrática que representa pais,

professores e funcionários. Busca integrar os segmentos escolares e colaborar no

aprimoramento do processo educacional e na integração família-escola. Atua na

gestão da escola, em conjunto com o Conselho escolar, em todos os aspectos:

administrativos, pedagógicos e financeiros.

Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado máximo de gestão para a tomada

de decisões no âmbito escolar, representativo da comunidade escolar, de natureza

consultiva, deliberativa e fiscalizadora, não tendo caráter político-partidário, religioso,

racial e nem lucrativo, pois seus conselheiros não são remunerados. É composto por

representantes de todos os segmentos da comunidade escolar e presidido pela

direção da Escola. Seu objetivo é o de avaliar, deliberar e acompanhar a

implementação do Projeto Político-Pedagógico no que se refere a sua ação,

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da

legislação em vigor. Tem o poder de tomar decisões e emitir pareceres relativos às

ações pedagógicas, administrativas e financeiras. Para tanto, precisam de

oportunidade para elaborar ideias e atuar de forma consciente, reconhecendo seu

espaço de participação, seus limites e possibilidades. Todas as atribuições e funções

do Conselho Escolar estão definidas no Estatuto do Conselho Escolar.

Discutir a pauta da reunião, propor ações e dar retorno aos pares dos

segmentos é um processo decisório democrático que o Conselho Escolar deve

atuar. A formação continuada dos conselheiros e dos demais componentes da

gestão é imprescindível.

Grêmio Estudantil

É uma organização sem fins lucrativos, que representa o interesse dos alunos

da escola e cuja preocupação deve ser a qualidade da escola, em todos os seus

aspectos. Deve representar a vontade coletiva dos estudantes, promover a

ampliação da democracia (desenvolvendo a consciência crítica) e estabelecer

comunicação entre os estudantes e os outros segmentos da comunidade escolar.

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Promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais na própria

escola e realizar intercâmbio com outras instituições a fim de garantir a

democratização da gestão escolar. Ao atuar no Grêmio Estudantil, o educando

defende seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na prática. O Grêmio

Estudantil tem sua constituição, funcionamento e objetivos definidos em Estatuto

próprio. Cabe à Direção e à Equipe Pedagógica acompanhar as atividades do

Grêmio Estudantil, bem como dar suporte para o seu bom funcionamento,

respeitando a autonomia e o Estatuto próprio.

O Grêmio Estudantil da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças foi criado

e instituído em 26 de junho de 2017, com o nome “Âncora Azul”.

Conselho de Classe

Responsável pela avaliação coletiva da aprendizagem do aluno. É um espaço

em que professores das diversas disciplinas, juntamente com a direção, equipe

pedagógica, alunos e família ou comunidade escolar reúnem-se para discutir, avaliar

e propor ações para acompanhamento do processo pedagógico da escola, durante

momentos específicos para cada situação apresentada. É um momento para refletir,

avaliar e repensar a eficácia do processo ensino-aprendizagem e reorganizar a

prática pedagógica.

O Conselho de Classe organiza-se em três momentos:

Pré-Conselho – situações de aprendizagem são apresentadas e outras como:

falta dos alunos, não realização das atividades propostas, tarefas, etc; reunião

em sala de aula para averiguação de dificuldades coletivas da turma; diálogo

com as famílias dos educandos, entre outras ações;

Conselho de Classe – encaminhamentos, ações, propondo ações concretas

para superação dos problemas apresentados durante o processo de Pré-

Conselho;

Pós-Conselho – retorno aos alunos e aos pais ou responsáveis das orientações

e decisões sugeridas no Conselho de Classe.

É importante ressaltar que as discussões no Conselho de Classe, as quais

são mediadas pela equipe pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela

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direção escolar devem, por sua vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios

qualitativos):

Avanços obtidos na aprendizagem;

Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;

Desempenho do aluno em todas as disciplinas;

Acompanhamento do aluno no ano seguinte;

Situações de inclusão;

Questões estruturais que prejudicam os alunos.

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5. ESPAÇO FISICO E ATIVIDADES PEDAGÓGICAS

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental possui

12 salas de aula, com aproximadamente 50 m² cada, as quais possibilitam o número

de 30 a 35 alunos por sala.

A maioria das salas possui carteiras em bom estado de conservação.

As salas são ventiladas, possuem boa iluminação e são limpas todo final de

período.

A Escola contempla, ainda:

uma sala de matemática;

uma sala de tênis de mesa (ping-pong);

uma biblioteca;

uma secretaria;

uma sala de professores;

uma sala de hora atividade;

uma sala de direção;

uma sala de coordenação pedagógica;

um laboratório de Ciências com 30 carteiras universitárias;

um laboratório de informática com 20 computadores;

um laboratório do PROINFO com 16 computadores;

um salão contendo auditório com capacidade para 300 pessoas, com palco

para apresentações e dois banheiros, sendo: um masculino e um feminino;

uma sala de materiais pedagógicos;

um refeitório para alunos;

uma sala de aula para os alunos da Sala de Apoio à Aprendizagem com 20

carteiras;

uma sala de aula para as Salas de Recursos Multifuncionais com materiais

pedagógicos, carteiras e equipamentos próprios a esta modalidade de ensino;

três banheiros para professores com o total de 5 sanitários;

dois banheiros masculinos para alunos com o total de 5 sanitários;

três banheiros femininos para alunas com o total de 10 sanitários;

um banheiro adaptado segundo a lei de acessibilidade nº 10.098, de 19 de

dezembro de 2.000, para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade

reduzida;

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Infraestrutura com rampas;

uma quadra de esportes coberta;

uma quadra de esportes aberta;

um pátio coberto;

área livre de 6.909m².

5.1. ATIVIDADE COMPLEMENTAR - AETE

Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo - AETE

É um programa da SEED que tem por finalidade contribuir para o

desenvolvimento esportivo escolar e a melhoria da qualidade de vida do estudante,

no sentido de sua autorrealização, integração e efetiva participação nas competições

esportivas.

Na Escola Estadual Nossa Senhora das Graças, neste ano de 2018, o AETE

é na modalidade de Voleibol feminino e acontece no contraturno. As alunas, neste

ano, participaram dos Jogos Escolares do Paraná

A carga horária diária é de duas horas-aula, duas vezes por semana,

totalizando quatro horas-aula semanais.

O AETE tem como objetivos:

Democratizar a prática do esporte, assegurando o direito de participação a todos; Proporcionar treinamento esportivo direcionado ao encaminhamento do esporte

de rendimento, assim como, visa à participação da escola nos Jogos Escolares

do Paraná; Formação de jovens comprometidos com a transformação social de maneira que

o estudante atleta, por exemplo, ultrapasse seus limites, entendendo e

respeitando seu corpo (dando importância à prática regular de atividades físicas

e alimentação adequada).

5.2. PARTICIPAÇÃO NOS JOGOS ESCOLARES DO PARANÁ

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças, como citado acima, possui o

Programa Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – AETE e, em 2018,

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oferece treinamento de voleibol feminino. As alunas participaram dos Jogos

Escolares do Paraná, ficando assim classificadas:

Na Fase Municipal – campeãs.

Na Fase Regional – campeãs.

Na Fase Macro-Regional – vice-campeãs.

Na Fase Final, na cidade de Apucarana, ficaram em quarto lugar.

As alunas participantes do programa, bem como o professor, podem sagrar-

se campeões, visto que, foi a escola estadual melhor colocada da competição dos

Jogos Escolares do Paraná.

5.3. JOGOS INTERSÉRIES

Nos jogos interséries os educandos de todas as turmas de 6º ano ao 9º ano

do Ensino Fundamental participam de atividades esportivas e recreativas que visam

complementar o trabalho realizado nas aulas de Educação Física. Para os

participantes, o evento é, de fato, um enriquecimento porque têm a possibilidade de

treinar e fortalecer as amizades, visto que, ficam mais tempo juntos durante os

jogos.

As competições envolvem várias modalidades: basquetebol, voleibol, futsal,

badminton, voleibol de duplas, tênis de mesa. Todas as modalidades: masculino e

feminino.

Também visam resgatar e enfatizar, através da prática do esporte, valores

como a solidariedade, lealdade, justiça e responsabilidade. A disputa fica somente

dentro da quadra e, mesmo assim, acontece de forma sadia. Além disso, as turmas

têm a oportunidade de participar intensamente das brincadeiras e das torcidas e

trazem materiais para animar as torcidas.

5.4. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

O programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às

dificuldades de aprendizagem de alunos que frequentam o 6º ano ou o 7º ano do

Ensino Fundamental. Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e

Matemática no contraturno, que têm como finalidade trabalhar as defasagens de

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conteúdos referentes a essas disciplinas. As aulas de Língua Portuguesa e

Matemática acontecem em horários diferentes e com professor(a) devidamente

habilitado(a) na disciplina.

5.5. REGISTRO DE CLASSE ONLINE (RCO)

A Secretaria de Estado da Educação (SEED), através de seus

departamentos, desenvolveu um sistema de registro de frequência, notas e

conteúdos, chamado Livro Registro de Classe Online (LRCO) ou Registro de Classe

Online (RCO). Este processo de informatização da frequência escolar, de todo o

registro da avaliação escolar e dos conteúdos escolares substituiu o Livro Registro

de Classe em forma de papel. Os registros efetuados pela escola são padronizados de forma que

constituam a perfeita escrituração da vida escolar do estudante e garantam a

qualquer tempo integridade e veracidade das informações, dentro dos prazos

estipulados pela mantenedora.

O RCO foi implantado, em nossa escola, em 2017 e possibilita que a consulta

ocorra a qualquer tempo e de forma digital pelos professores, equipe pedagógica,

direção e secretaria escolar. Está em estudo pela SEED a liberação de consulta do

RCO pela comunidade escolar. A responsabilidade dos registros é do docente da

disciplina e a conferência do RCO é de responsabilidade da Equipe Pedagógica

juntamente com a secretaria da escola.

5.6. PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (PAEE)

Professor de Apoio Educacional Especializado é um profissional com

habilitação comprovada em Educação Especial, contratado para atuar nas escolas

estaduais, para atender os estudantes com diagnóstico médico de Transtorno do

Espectro Autista.

O PAEE é o profissional de mediação do aprendizado e escolarização do

aluno diagnosticado como Autista. Atua de forma colaborativa com os professores

das diferentes disciplinas, para a definição de estratégias pedagógicas que

favoreçam o acesso do estudante ao currículo e sua interação com os colegas,

desde a promoção de condições de acessibilidade no contexto escolar até as

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modificações mais significativas na organização da sala de aula, dos materiais e

recursos pedagógicos utilizados pelo estudante e pelo professor.

Autismo: problema neurológico que afeta a percepção, o pensamento e a

atenção, traduzindo-se numa desordem no desenvolvimento vitalícia, que se

manifesta nos três primeiros anos de vida. Pode vir acompanhado de outras

problemáticas, como a deficiência mental, auditiva, visual e epilepsia. Acrescentam-

se características que, pela sua magnitude, devem ser apontadas:

incapacidades severas de interação social;

limitações na imaginação lúdica;

resistência a mudanças, dependência de rotinas;

comportamentos anormais no que tange ao seu relacionamento com pessoas,

objetos e eventos;

níveis de atividades invulgares (muito altos ou muito baixos);

movimentos repetitivos, tais como: rotação e balanço constante do corpo e

batimentos persistentes com a cabeça.

Para o atendimento digno e responsável ao aluno Autista, solicita-se a leitura

e análise da Lei Federal 12.764/2012 e da Lei Estadual nº 1.755/2013 sobre a

proteção dos direitos do estudante diagnosticado com Transtorno do Espectro

Autista.

5.7. RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

O Programa de Residência Pedagógica (PRP) é uma das ações que integram

a Política Nacional de Formação de Professores nas Universidades. É uma atividade

de formação realizada por um residente (acadêmico) regularmente matriculado em

curso de licenciatura (Ensino superior) e desenvolvida numa escola pública de

educação básica, denominada escola - campo. O residente (acadêmico) só pode

participar do Programa de Residência Pedagógica a partir da segunda metade de

seu curso.

Este programa surgiu no curso de Pedagogia da UNIFESP (Guarulhos) em

2007.

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Quanto à residência pedagógica em nossa escola, os acadêmicos da

UNICENTRO, do curso de História, vivenciam em turmas de diferentes anos do

Ensino Fundamental as realidades que o dia a dia escolar proporciona. Tudo isso

amparado por um professor da UNICENTRO (Docente Orientador) e um professor

da escola (Preceptor), ora representado pela Professora Juliana Bastos, que além

de ministrar aulas também auxilia nas atuações realizadas pelos residentes que

devem apresentar Plano de Ação Pedagógica (PAP) e Ações Pedagógicas (AP).

Todas estas ações fazem com que além do residente (acadêmico) poder atuar em

sala de aula, realizando uma prática pedagógica, também os conhecimentos

teóricos adquiridos na Universidade sejam utilizados de maneira efetiva em sala de

aula.

Esta é uma nova forma de trabalhar o estágio dos acadêmicos das

Universidades, visto ser remunerado, dando uma nova perspectiva ao ensino e

também deixando os campos teóricos e práticos mais próximos.

A presença nas escolas públicas de estudantes e professores universitários

em diálogo com seus profissionais de educação potencializa a identificação e

análise de questões, dificuldades e desafios postos para a prática pedagógica na

educação básica, assim como as possibilidades de superação, ampliando a

produção de conhecimentos na área da educação e no campo da formação de

professores.

5.8. OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA – OBMEP

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP é um

projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo

Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada - IMPA, com o apoio da Sociedade

Brasileira de Matemática – SBM, e promovida com recursos do Ministério da

Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações –

MCTIC.

Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos

na área, a OBMEP tem como objetivos principais:

Estimular e promover o estudo da Matemática;

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Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando

que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material

didático de qualidade; Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas

áreas científicas e tecnológicas; Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas,

contribuindo para a sua valorização profissional; Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades

públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas; Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.

O público-alvo da OBMEP é composto de alunos do 6º ano do Ensino

Fundamental até último ano do Ensino Médio. Em 2017, mais de 18 milhões de

alunos participaram da olimpíada.

A cada ano, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças realiza uma

cerimônia para homenagear alunos e professores que obtiveram destaque na

OBMEP. A cerimônia conta com a presença dos alunos premiados, familiares,

professores, direção da escola, responsável pela OBMEP e chefia do Núcleo

Regional de Educação de Irati.

Na OBMEP 2016, em nossa escola, destacaram-se 17 alunos, sendo destes, 1

medalhista de bronze e 16 menções honrosas.

Na OBMEP 2017, em nossa escola, destacaram-se 17 alunos, sendo destes, 3

medalhistas de bronze e 14 menções honrosas.

A escola parabeniza os alunos pelo excelente desempenho obtido até o ano de

2017 e agradece e parabeniza as professoras da disciplina de Matemática: Ana

Cláudia Onisko do Valle, Cássia Regina Pauluk, Eloisa Van Der Neut Moraes, Kátia

Andréia Senderski e Mari Estela Tchmolo Mores pelo amor à profissão e dedicação,

pois é através da relação professor – aluno que elos são fortalecidos e o

conhecimento aguçado.

5.9. ESTAGIÁRIOS

Segundo a Lei Federal nº 11.788/2008 sobre estágio de estudantes, o estágio

visa à preparação para o trabalho produtivo dos educandos, objetivando o

desenvolvimento para a vida cidadã e para o trabalho. O estágio poderá ser

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obrigatório ou não obrigatório dependendo do que conste no PPP do curso ofertado

pela instituição de ensino superior, no caso do município de Irati, representada pela

UNICENTRO.

Considerando que ESCOLA é, por excelência, espaço onde se ensina e se

aprende, fundamentada nessa concepção, esta comunidade escolar abre seu

espaço para acolher e acompanhar estagiários das instituições de ensino que tem

parceria com a SEED e que respeitam e se empenham pelo processo de ensino-

aprendizagem dos educandos deste estabelecimento de ensino.

5.10. PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO Á DOCÊNCIA -

PIBID

O PIBID é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação

de professores para a educação básica.

O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos

de iniciação à docência, desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES),

no caso do município de Irati é a UNICENTRO, em parceria com escolas de

educação básica da rede pública de ensino.

Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das

escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam

atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de

um professor da escola.

Objetivos do PIBID:

Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica; contribuir para a valorização do magistério; elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura,

promovendo a integração entre educação superior e educação básica; inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação,

proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências

metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e

interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no

processo de ensino-aprendizagem;

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incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores

como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos

processos de formação inicial para o magistério; e contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos

docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de

licenciatura.

Quanto ao PIBID, em nossa escola, os acadêmicos da UNICENTRO, do

curso de Educação Física, vivenciam com turmas do Ensino Fundamental as

realidades que o dia a dia escolar proporciona. Tudo isso amparado por um

professor da UNICENTRO (Coordenador Institucional) e um professor da escola

(Supervisão), ora representado pelo Professor Frederico Ruva Neto, que além de

ministrar aulas também auxilia nas atuações realizadas pelos acadêmicos de

iniciação à docência. O professor responsável supervisiona, no mínimo, cinco e, no

máximo, dez bolsistas de iniciação à docência.

5.11. BIBLIOTECA

A Biblioteca, nominada, Rui Barbosa, da Escola Estadual Nossa Senhora das

Graças, funciona de segunda à sexta-feira, no período das aulas dos turnos

matutino e vespertino. A escola dispõe de um funcionário, que se responsabiliza pelo

empréstimo de livros e atendimento aos alunos, professores e comunidade,

prestando auxílio e orientação nas pesquisas, trabalhando também na conservação

e catalogação dos livros e materiais didáticos disponíveis. O acervo bibliográfico

atual consta de aproximadamente 8.900 obras, as quais estão disponíveis para toda

comunidade escolar interessada. A Biblioteca é equipada com armários, estantes,

mesas, cadeiras, proporcionando ambiente adequado para estudos. O espaço da

Biblioteca de nossa escola não é suficiente para realização de atividades

pedagógicas dentro da própria Biblioteca.

A cada 15 (quinze) dias os alunos da escola têm a oportunidade de escolher,

entre os títulos disponíveis, livros para empréstimo. O livro escolhido é levado para

casa, para leitura, e devolvido após 15 (quinze) dias à Biblioteca da escola.

A Biblioteca Rui Barbosa é responsável pelo(a):

Empréstimo de livros;

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Catalogação, registro, manutenção, revisão e organização do acervo;

Organização de painéis informativos com notícias educacionais;

Divulgação de novos títulos;

Seleção de material para pesquisa, como auxílio a alunos e professores.

5.12. MULTIMEIOS / INFORMÁTICA / TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO

E COMUNICAÇÃO

O laboratório de informática é um espaço pedagógico para uso dos

professores e alunos (quando possível). Tem por finalidade auxiliar a compreensão

de conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental, como

uma alternativa metodológica diferenciada. Todo professor tem acesso a utilizar o

laboratório de informática. A partir de 2017, cada professor, necessariamente utiliza

o laboratório de informática, devido ao preenchimento do Registro de Classe Online.

Os Agentes Educacionais II, que trabalham na secretaria da escola, realizam

ações voltadas à utilização de recursos e tecnologias educacionais, entre elas,

destacamos a conversão de arquivos de áudio e vídeo para utilização em sala de

aula. Estes Agentes responsabilizam-se pelos recursos tecnológicos existentes em

espaços como o salão nobre, operando-os durante os eventos e promovendo a

manutenção primária desses equipamentos. Fazem, ainda, empréstimo de

equipamentos de suporte tecnológico para uso pedagógico em sala de aula e em

outros espaços da escola, tais como: projetor multimídia, rádio, TV multimídia,

aparelho de DVD e alguns periféricos.

Compreende-se a importância da utilização de novas mídias digitais e

tecnologias educacionais, como processo de dinamização dos ambientes de

aprendizagem, principalmente para os alunos, entretanto, esta instituição é pública e

uma das fragilidades da escola é que investimentos nesta área podem demorar um

tempo maior para se concretizar. As Tecnologias Digitais de Informação e

Comunicação (TDIC), após adquiridas e instaladas, possibilitariam novas relações,

novas formas de sociabilidade, de comunicação e possivelmente melhor ensino-

aprendizagem para os alunos da escola.

A inserção de novas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

(TDIC) no desenvolvimento educacional será importante porque uma das principais

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incumbências da educação escolar é tornar os conteúdos “transmissíveis”,

assimiláveis, “ensináveis” às novas gerações, logo, a presença da tecnologia no

processo de ensino-aprendizagem poderá favorecer a formação de estudantes e

professores.

Como forma de pontuar expectativas (sonhos projetados) quanto à aquisição

de tecnologias digitais, pode-se exemplificar: computador fixo em sala de aula,

projetor fixo em sala de aula, internet Banda Larga com velocidade suficiente para

comportar o trabalho a ser desenvolvido na escola, tablets, laboratório de informática

atualizado e disponível para utilização pelos educandos (supervisionados pelos

professores), etc.

5.13. CENTRO DE MEMÓRIA

A sala destinada ao Centro de Memória abriga o acervo histórico da escola. É

o espaço onde ocorre a organização de documentos, mobiliário, fotos e as mais

diversas formas de registro da história da instituição. Possui objetos, obras

bibliográficas antigas e documentos escritos para pesquisa.

Preservar é proteger, resguardar, manter livre de perigo ou dano e conservar.

Cabe ao Centro de Memória o inventário dos objetos considerados importantes para

a preservação histórica.

Não há, ainda, organização de tempo ou profissional disponível para que

aconteça visitação ao Centro de Memória da escola.

5.14. HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES

Para a hora-atividade dos professores, os mesmos contam com o Laboratório

de Informática equipado com mesas, cadeiras, estantes, quadro de recados,

telefone e microcomputadores com acesso à internet. É um ambiente destinado à

interação entre os profissionais da escola, ao estudo e ao trabalho docente, no que

se refere à organização e planejamento da prática educativa, como: preparação e

conclusão de aulas; correção de avaliações; reflexão sobre o desenvolvimento do

processo de ensino e aprendizagem; diálogo com equipe pedagógica, direção, pais

ou responsáveis pelos alunos; atendimento personalizado aos educandos;

desenvolvimento de projetos; entre outros.

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Uma meta a ser atingida é a utilização da hora atividade concentrada, quando

a Equipe Pedagógica poderá fazer uso dessa sala e desses momentos para realizar

as mediações necessárias no assessoramento pedagógico à prática docente.

5.15. LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

O laboratório de Ciências é utilizado constantemente e faz parte da prática de

ensino e aprendizagem da disciplina de Ciências. Nas aulas de laboratório são

aplicadas atividades práticas.

Também, o laboratório de Ciências, é equipado com notebook, data show,

caixa de som e 30 cadeiras universitárias, podendo ser utilizado por outros

professores para trabalhar conteúdos digitais com os alunos, quando a sala não

estiver sendo utilizada pelos professores da disciplina de Ciências.

5.16. SALÃO NOBRE

O Salão Nobre da escola é equipado com sistema de som, microfone, tela de

projeção, bandeiras (Brasil, Paraná, Irati) e um piano em perfeito estado de

conservação. Possui palco para apresentações, camarim e dois banheiros sendo,

um masculino e um feminino. O auditório comporta 300 pessoas sentadas em

cadeiras.

No Salão Nobre acontecem palestras, apresentações artísticas, aulas

diferenciadas e reuniões que complementam o currículo escolar. Esse espaço

também é utilizado por outros segmentos da comunidade, os quais o solicitam para

eventos e atividades externas à escola, sem comprometer a rotina escolar.

5.17. SECRETARIA ESCOLAR

A secretaria escolar está localizada no andar térreo do prédio.

Além de suas funções próprias, descritas nas funções dos Agentes

Educacionais II, possui uma caixa de primeiros socorros com o objetivo de prestar o

primeiro atendimento ao aluno e oferecer conforto e segurança em momentos de

indisposição. O atendimento prevê o acompanhamento do estudante e comunicação

à família, caso seja necessário. Em casos mais graves, é solicitado atendimento de

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emergência, através do Corpo de Bombeiros (em casos de trauma) e, informado o

procedimento aos pais ou responsáveis.

5.18. REFEITÓRIO

A Escola conta com o refeitório, onde é servido a merenda escolar nos

períodos matutino e vespertino. Serve, ainda, almoço para os estudantes que

participam de atividades escolares em turnos diferentes dos quais estão

matriculados, como Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos

Multifuncional.

Ainda como espaço de alimentação há a cantina comercial, que é

administrada pela APMF. Na cantina comercial vendem-se Krep’s, com o objetivo de

adquirir verba extra para a escola e, com isso, adquirir materiais pedagógicos para

os alunos e socorrer necessidades emergenciais da escola. Para esclarecimento, as

verbas, oriundas do Governo do Estado do Paraná, têm datas específicas para

chegar à escola e, nem sempre, estão disponíveis quando a escola precisa.

5.19. PAISAGISMO

A educação ambiental contribui significativamente para a proteção do meio

ambiente e a melhoria da qualidade de vida. Um ambiente colorido, arborizado é

esteticamente favorável ao desenvolvimento psicológico e social das crianças e

adolescentes.

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças busca incentivar nos

educandos o desenvolvimento de ações que contribuam com a conservação

ambiental por meio do aproveitamento e fruição de seu grande espaço externo de

uso coletivo. Como exemplo, as floreiras, nos corredores da escola, são

periodicamente regadas, cuidadas e replantadas pelos Agentes Educacionais I para

que proporcionem um visual colorido e alegre.

Ademais, o bosque possui várias espécies de árvores, além de mesas e

bancos que podem ser utilizados em horário de aula para abordar diferentes

conteúdos e promover experiências junto à natureza.

A importância de manter os educandos em um ambiente agradável, tanto

dentro quanto fora de sala é um dos motivos pelo qual a escola investe em

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paisagismo no seu espaço aberto, além de estimular discussões sobre a questão

ambiental.

5.20. QUESTÃO AMBIENTAL

O Brasil é detentor da maior biodiversidade do mundo, da maior floresta

tropical, da maior quantidade de solo agriculturável, da maior reserva de água doce,

além de consideráveis reservas de petróleo recém-descobertas. No entanto, através

da biopirataria, a biodiversidade tem sido expropriada por empresas de outros

países; a floresta tem sido devastada pela exploração madeireira, agrícola e mineral;

o solo destruído ou objeto de especulação; a água poluída, assim como o solo e o

ar; as reservas de petróleo já são alvo de disputa por corporações transnacionais.

A questão ambiental é um dos grandes temas do cenário mundial

contemporâneo: aquecimento global, escassez de água, esgotamento dos solos

agrícolas, destruição das florestas e perda da biodiversidade são apenas alguns

problemas que já se fazem presentes nas diversas regiões do planeta, ameaçando

as condições de vida de populações inteiras e mesmo a existência de determinados

territórios. Os países ricos do norte, cujo modelo econômico exerce uma pressão

insustentável sobre o meio ambiente, recusam-se a diminuir o consumo de recursos

naturais e a emissão de poluentes. Os países pobres do sul recusam-se a deixar de

seguir o mesmo modelo. Enquanto estendem-se as discussões políticas,

econômicas e científicas, as futuras gerações, e mesmo a atual, vão tendo

ameaçado o seu direito a condições mínimas de sobrevivência através do uso dos

recursos do planeta.

Para trabalhar o tema “Educação Ambiental”, nesta escola, solicita-se a leitura

e análise da Lei Federal nº 9.795/99 e a Lei Estadual nº 17.505/13, atuais

legislações sobre a educação ambiental.

5.21. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Cabe à Equipe Multidisciplinar:

valorizar a presença dos(as) educadores(as), funcionários(as) e estudantes(as)

negros(as) e indígenas da Escola, promovendo a capacitação e participação em

cursos, palestras e oficinas promovidas pela SEED e outras instituições;

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promover ações para erradicar os preconceitos em relação à cultura africana e

indígena, buscando o fim de uma visão estereotipada das populações indígenas,

africana e afrodescendente, promovendo a equidade e o respeito;

interferir nos possíveis conflitos étnicos presentes no cotidiano escolar,

promovendo o diálogo e o respeito às diversidades étnicas.

É necessário também, estabelecer a efetivação no PPP da escola e no Plano

Curricular das diversas disciplinas, conteúdos e discussões previstas na atual

legislação educacional com relação à educação para a promoção da igualdade

étnico-racial e a diversidade sexual, desconstruindo ações e manifestações de

cunho racista e/ou preconceituoso no espaço escolar entre professores, estudantes,

funcionários, pais e/ou responsáveis, socializando, na medida do possível, com a

comunidade escolar os conteúdos apreendidos em capacitações, cursos, oficinas e

palestras.

Outra importante atuação da Equipe Multidisciplinar é interagir com os(as)

educadores(as) em suas práticas educativas para que promovam a educação para

as relações étnico-racial e para o respeito à diversidade no cotidiano da sala de

aula. Deve também promover oficinas e palestras durante o ano letivo e nas

Semanas Pedagógicas voltadas para a orientação a respeito da temática das

relações étnico-racial e da diversidade sexual; organizar atividades de formação e

orientação para professores(as), estudantes, mães e pais, responsáveis e agentes

educacionais, com o objetivo de promover o respeito à diversidade.

Também cabe à Equipe Multidisciplinar orientar a Secretaria da escola para

que, no ato da matrícula, seja preenchido o item cor/raça dos estudantes de acordo

com os critérios estabelecidos na legislação vigente; auxiliar a Secretaria da escola

para que, no ato da matrícula, sejam consideradas as orientações da Secretaria de

Estado da Educação a respeito do uso do nome social (para maiores de 18 anos).

Por fim, a Equipe Multidisciplinar deve divulgar para os docentes e Equipe

Pedagógica acervo (livros, teses, artigos, dissertações, vídeos, músicas, jogos)

disponíveis, relacionado à educação das relações étnico-raciais e História e Cultura

Afro-brasileira e Indígena com o intuito de prevenir práticas de bullying.

5.22. BRIGADA ESCOLAR

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O Programa Brigada Escolar busca desenvolver nos estudantes e nos

profissionais da rede estadual de ensino hábitos preventivos, promover mudanças

de comportamento, multiplicar medidas preventivas, desenvolver a conscientização

e capacitar a comunidade escolar acerca dos eventos danosos, naturais ou

provocados e no enfrentamento de situações emergenciais no interior da Escola e

desta forma garantir a segurança dos estudantes.

Existe também a necessidade de adequar a Escola aos aspectos legais no

sentido de atender às disposições legais de prevenção aos diferentes tipos de risco,

tais como acidentes pessoais, incêndios, acidentes naturais de acordo com as

recomendações legais do Código de Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Corpo

de Bombeiros.

O Programa tem basicamente dois eixos principais: a capacitação de gestores

e brigadistas e a adequação dos prédios escolares às normas de segurança do

corpo de bombeiros.

É imprescindível para a escola, ter o certificado de conformidade às

exigências de prevenção de incêndio e emergências que garantam a segurança da

comunidade escolar, expedido por órgãos competentes. Portanto, a retirada de

placas, extintores e iluminação acarreta transtornos e a não validação da oferta do

Ensino Fundamental na Escola.

Duas vezes por ano, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças realiza

um simulado, chamado Plano de Abandono, onde os educandos são orientados e

participam do simulado como forma de aprendizado, caso ocorra incêndio no prédio

escolar.

5.23. VISITA AO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) é uma instituição pública federal de

ensino vinculada ao Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de

Educação Profissional e Tecnológica (SETEC). É voltada à educação superior,

básica e profissional, especializada na oferta gratuita de educação profissional e

tecnológica nas diferentes modalidades e níveis de ensino.

Todos os anos o IFPR, Irati, oferta transporte e convida os educandos do 9º

ano do Ensino Fundamental para visitar a estrutura física e divulgar os cursos

ofertados pela instituição. Os educandos participam de uma visita programada e da

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mostra de cursos, que ocorre nas salas de aula do IFPR, coordenada pelos

professores e alunos veteranos da instituição.

Professores, equipe pedagógica e/ou agentes educacionais acompanham os

educandos durante a visita ao IFPR, zelando pelo bem estar dos mesmos e

assegurando o cumprimento dos objetivos propostos na atividade em questão.

5.24. DIVULGAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS OFERTADOS EM IRATI

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças libera a entrada dos

profissionais da educação ligados às diversas instituições de ensino de Irati para

divulgação de seus cursos técnicos, para os educandos do 9º ano do Ensino

Fundamental.

O objetivo é ampliar o conhecimento e possibilitar a reflexão sobre os

diversos cursos ofertados, para posterior escolha e continuidade dos estudos.

As instituições de ensino de Irati que ofertam cursos técnicos são: Colégio

Estadual Antônio Xavier da Silveira, Colégio Estadual Duque de Caxias, Colégio

Florestal Estadual Presidente Costa e Silva, Colégio Estadual João XXIII, Colégio

SESI e Colégio Estadual São Vicente de Paulo.

5.25. SEMANA CULTURAL

Uma escola onde as diferenças culturais são respeitadas, a tolerância é

estimulada e todos se sentem integrados, resultará num desempenho melhor de

todas as partes envolvidas. Portanto, as atividades culturais são de grande

importância.

Durante os dias destinados às atividades e apresentações culturais os

educandos se propõe a trabalhar diversos temas e apresentar para toda a escola.

Acontecem atividades de muitos estilos: folclore, cultura literária, cultura artística

(música, dança, teatro, etc), apresentações envolvendo convidados da comunidade

ou das famílias dos educandos e outras apresentações de talentosos e

surpreendentes educandos.

Esta é uma forma utilizada pela escola para proporcionar a inclusão,

complementar a formação e ajudar a desenvolver valores culturais e artísticos.

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5.26. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Em 2003, foi sancionada a Lei nº 10.639 (BRASIL, 2018). Com essa lei, foi

estabelecida a obrigatoriedade do estudo da história da África e dos africanos, a luta

dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade

nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas diversas áreas da sociedade

e da História do Brasil. Desse modo, por ser uma temática interdisciplinar, a lei

determina que os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira, sejam

trabalhados no contexto de todo o currículo escolar.

É de grande relevância promover em sala de aula esta valorização, pois,

como mostram os índices, o Brasil possui a segunda maior população negra do

mundo e infelizmente o preconceito institucionalizado está muito presente em nossa

sociedade, o que faz com que muitos homens e mulheres não se reconheçam como

afrodescendentes. Assim, acredita-se que a melhor forma de quebrar com esses

paradigmas preconceituosos, é valorizar a cultura afro-brasileira, bem como,

demonstrar sua riqueza e contribuição para formação econômica, cultural e social do

Brasil.

A escola é o espaço adequado para se problematizar questões sobre a

cultura afro-brasileira no sentido de estimular os alunos a quebrarem estereótipos,

pois é no ambiente escolar que se faz presente toda a diversidade cultural. Projetos

educacionais e socioeducativos podem contribuir na formação de sujeitos críticos

reflexivos diante de seu papel de cidadão. E reconhecer o Brasil como uma

sociedade multicultural é o primeiro passo para o educando compreender a

diversidade étnica e cultural de diferentes grupos sociais brasileiros, onde todos

compõem nosso país com suas singularidades e nenhum grupo merece ser excluído

ou sofrer desigualdade pela cor da pele.

Reconhecer o passado histórico e a cultura dos povos marginalizados na

educação é um elemento relevante para a compreensão das diferenças. A

valorização da cultura afro-brasileira deve contemplar os homens e mulheres como

agentes sociais que atuaram na construção e desenvolvimento da sociedade

brasileira.

É preciso considerar que uma importante ação, a partir dessa legislação, é o

reconhecimento da relevância de uma data histórica que passou a integrar o

calendário escolar, o dia 20 de novembro, em que se comemora o “Dia Nacional da

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Consciência Negra”. Essa data representa uma oportunidade significativa para se

trabalhar, na escola, as multiplicidades da cultura africana e afro-brasileira.

5.27. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS - TEMAS

MULTIDISCIPLINARES

A história da humanidade, construída em suas diferentes identidades de

gênero, de credo, etárias, de raça, cor, formação profissional, passa pelos sujeitos

que se constituem como protagonistas da história e desta escola. O compromisso

com o conhecimento universal perpassa por uma sociedade inclusiva, disposta a

enfrentar situações de ignorância, ou seja, de preconceito. E, consolida-se no

respeito e no tratamento igualitário. As demandas, abaixo especificadas, devem

ser abordadas como visão de mundo. Não adianta incluir no currículo os chamados

desafios educacionais, se isto não passar de encaminhamentos que se diluem entre

o dito, o pretendido e o feito.

direitos da criança e do adolescente; educação para o trânsito; educação ambiental; processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; educação em direitos humanos; educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira,

africana e indígena; saúde; vida familiar e social; educação para o consumo; educação financeira e fiscal; trabalho, ciência e tecnologia; diversidade cultural.

6. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE EM QUE A ESCOLA ESTÁ INSERIDA

6.1. REALIDADE GLOBAL

A realidade social hodierna, com os avanços tecnológicos, vem provocando

mudanças significativas na sociedade, principalmente no que diz respeito à mídia e

ao consumo. Desenvolveu-se assim a sociedade de consumo, no qual a geração

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contemporânea está inserida. Esta sociedade do consumo vem provocando

mudanças significativas na maneira de viver e de pensar dos adolescentes de

nossos dias.

Zygmunt Bauman, em seu livro “Modernidade Líquida”, afirma que a

sociedade atual, chamada de modernidade líquida, ao contrário do que ocorreu no

século XX, apresenta pessoas que não pensam à longo prazo, não conseguem

traduzir seus desejos em um projeto de longa duração e de trabalho duro e intenso.

Os grandes projetos de novas sociedades se perderam e a força da sociedade não é

mais voltada para o alcance de um objetivo. A busca do prazer individual é o fim

último da sociedade líquida. Nesta sociedade é o mercado que dita as regras e as

regras do mercado são marcadas pelo objetivo econômico capitalista.

A passagem da sociedade de produtores para a de consumidores, em geral,

pode ser apresentada de forma gradual, com a emancipação dos indivíduos das

condições originais de não escolher, posteriormente para uma escolha limitada e

finalmente para uma sociedade livre de responsabilidades, ou seja, o indivíduo

possui sua liberdade de escolher e decidir como e da maneira que atender suas

necessidades naquele momento.

Esta realidade continua a manter e produzir uma desigualdade social

alarmante. A sociedade dos consumidores em potencial e não consumidores,

levando ao pensamento de que, a pessoa é o poder de compra que ela tem.

Além do mercado apresentar o excesso de mercadorias e o anseio de cultivar

os desejos, tal economia configura-se como economia do engano, que aposta na

irracionalidade dos consumidores e não em suas estimativas sóbrias. Criar o

excesso de mercadorias projeta o aumento das incertezas, das escolhas para os

indivíduos. Diante do consumo excessivo, possibilita perder-se nas múltiplas

escolhas e consequentemente resultando numa constante reformulação das

identidades como forma de assegurar os princípios de inclusão/exclusão, elaborados

pelo mercado. Para Bauman, não existe um não-consumidor, mas sim um

consumidor falho. Essa instabilidade dos desejos e a insaciabilidade das

necessidades harmonizaram-se bem com a nova liquidez do ambiente social.

Nesta sociedade, denominada por Bauman, como modernidade líquida,

apresenta-se uma nova geração remanescente de tal realidade: “Geração Z”. O “Z

de zapiar”, ou seja, estar conectado a vários objetos ao mesmo tempo. Pode jogar

no celular e ouvir música ao mesmo tempo, ao passo que a TV também está ligada,

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pois, pode ser que apresente algo que lhe agrade. Denomina-se “Geração Z” os

adolescentes por volta dos 11 aos 18 anos de idade. Esta geração já nasceu

conectada.

A realidade virtual tem seus benefícios, contudo, vem trazendo mudanças na

construção da identidade dos adolescentes e jovens e consequentemente, refletindo

no âmbito escolar.

6.2. REALIDADE LOCAL

O nome Irati tem origem no vocabulário Tupi (Ira = mel e Ty = rio). Irati fica a

153 km de Curitiba, capital do Estado do Paraná, na região sudeste do estado.

Possui uma área de aproximadamente 999 km². Segundo pesquisas do IBGE

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) o Censo de 2010 indica que a cidade

possui 56.207 habitantes. Estudos recentes, 2018, indicam que tenha população

estimada em 60.357 habitantes.

Os limites geográficos do município de Irati são: ao norte: Imbituva e

Prudentópolis; ao sul: Rio Azul e Rebouças; ao leste: Fernandes Pinheiro e ao oeste:

Inácio Martins.

A população é formada pela mescla de diferentes etnias, especialmente

ucranianos e poloneses, assim como italianos, alemães e holandeses.

A vida econômica do município gira em torno da prestação de serviços,

agricultura, pecuária, beneficiamento de cereais e poucas indústrias. Sendo, 57,89%

comércio e serviços, 26,18% indústria e 15,93% agropecuária.

Irati, dentro do contexto social brasileiro, enfrenta dificuldades como:

desemprego, falta de habitação, prostituição, carência na área da saúde, drogas,

alcoolismo, fumo, gravidez na adolescência, violência, especificamente, contra

mulheres, crianças e idosos.

6.3. REALIDADE DAS FAMÍLIAS E CONTEXTO ESCOLAR

Com o objetivo de reavaliar o Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual

Nossa Senhora das Graças foi realizada uma coleta de dados por meio de

questionário, com questões fechadas, possibilitando múltiplas escolhas, e

posteriormente analisadas numa perspectiva qualitativa. Participaram da pesquisa

os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e suas famílias. Dos 604

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56

questionários entregues aos alunos para responderem, em casa, retornaram 454

questionários.

Renda Familiar:

Após análise e tabulação dos dados verificou-se aproximadamente, que: 9%

das famílias recebem até um salário mínimo mensal, 19,7% recebem de um a dois

salários mínimos, 17,8% recebem de dois a três salários mínimos, 16,8% recebem

de três a quatro salários mínimos, 14,9% recebem de quatro a cinco salários

mínimos, 17,8% recebem acima de cinco salários mínimos e 4% deixaram em

branco ou marcaram mais de uma alternativa. Portanto, a maioria dos alunos e suas

famílias possuem um nível sócio-econômico médio a um nível sócio-econômico

baixo, incluindo alunos muito carentes.

Computador em casa e acesso à internet:

78,8% responderam que possuem computador em casa, com acesso à

internet.

5,4% responderam que possuem computador, sem internet.

16,6% responderam não possuir computador, nem internet.

Casa Própria:

84% responderam que possuem casa própria.

14% responderam que não possuem casa própria.

2% não responderam.

Luz e água instaladas:

96% responderam sim.

3% responderam somente luz instalada.

1% deixaram em branco.

Participação no Programa Bolsa Família:

7% reponderam sim.

93% responderam não.

Local de moradia:

29% na área central de Irati

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46% num bairro próximo à área central de Irati.

10% num bairro distante da área central de Irati.

13% na área rural de Irati.

2% em outra cidade.

Função da Escola:

Das respostas apresentadas pelos alunos e famílias 60% responderam:

“Ensinar conhecimentos gerais e competências necessárias para participar da vida

em sociedade e do mundo do trabalho de forma reflexiva e crítica.” E 10%

responderam: “Oferecer conteúdos necessários para obter um emprego e se inserir

no mercado de trabalho.” E, 19% responderam: “Possibilitar a continuidade dos

estudos, a qualificação para o trabalho e exercício da cidadania”. As demais

respostas ficaram em branco ou marcaram mais de uma alternativa.

Continuidade dos Estudos:

28,7% quero fazer curso superior.

7,3% quero concluir Ensino Médio, apenas.

60,5% quero fazer curso superior e continuar nos estudos de pós-graduação.

0,5% tenho intenção de terminar apenas o 9º ano (o que é contra as leis

vigentes).

3% marcaram mais de uma alternativa.

Por que escolheram a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças:

61,5% meus pais ou responsáveis acreditam na qualidade da educação da

escola.

10,5% eu acredito na qualidade da educação oferecida pela escola.

2,8% sou esportista e aqui tem possibilidade de treino.

6,7% oferece uma grande estrutura.

2% tenho colegas e amigos que estudam aqui.

2,5% tenho pai, mãe ou alguém da família que trabalha na escola.

14% marcaram mais de uma alternativa.

A totalidade de questões que envolveram o questionário foram 23.

Posteriormente e com maior tempo, uma análise mais detalhada das questões será

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efetivada e na reformulação do PPP, no ano de 2019, serão argumentadas questões

relativas à participação da família no contexto escolar, nível de escolarização dos

pais/responsáveis, recuperação de estudos, rendimento escolar, e ainda, sobre a

geração que já nasceu conectada à internet e à realidade virtual.

A participação dos pais ou responsáveis ao responder o questionário acima

mencionado é uma importante ação que traduz em melhoria no desempenho escolar

dos filhos, visto que, a escola pode planejar suas ações conhecendo melhor a

realidade de seus alunos. Para que aconteça a construção da formação do

indivíduo, a família e a escola devem estar em consonância. Os pais ou

responsáveis precisam sentir-se à vontade para conversar sobre seus problemas e

apreensões, expressar seus êxitos e alegrias, contestar, sugerir, propor soluções e

interessa-se pelo andamento da educação de seus filhos.

6.4. FRAGILIDADES DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA

Famílias que não conseguimos entregar o boletim escolar, quanto mais,

conversar sobre o rendimento escolar do filho/aluno;

famílias que precisamos chamar à escola através do Conselho Tutelar, caso

contrário não comparecem;

famílias que trocam os números de telefones e não avisam a escola,

impossibilitando o contato;

famílias que residem na Zona Rural do município e não conseguimos contato;

famílias sem instrução, que acham desnecessário estudar e, portanto,

comparecer na escola é totalmente desnecessário.

6.5. FRAGILIDADES DA ESCOLA

rotatividade do corpo docente, devido a vários fatores: contratação através do

PSS (Processo Seletivo Simplificado), transferências recebidas pela escola de

professores estatutários vindos de outros municípios e até mesmo de outros

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Núcleos Regionais de Educação, professores estatutários que solicitam remoção

da escola para outro estabelecimento, etc.;

fragilidade na formação acadêmica oferecida por algumas Instituições de Ensino

Superior e, portanto, despreparo na formação acadêmica de alguns profissionais;

número insuficiente de Agentes Educacionais I e II para atendimento à escola e

alunos;

número insuficiente de novas mídias e tecnologias educacionais;

número insuficiente de dias, no calendário escolar, destinados à formação dos

profissionais da escola.

6.6. AVALIAÇÃO EXTERNA: IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) reúne, em um só

indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade

da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Ele é

calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e

das médias de desempenho nas avaliações do INEP (com base no aprendizado dos

alunos em português e matemática). Esta escola, em 2013, obteve no IDEB

resultado 5,8 quando a meta era 5,7. Em 2015, obteve no IDEB resultado 5,9

quando a meta era 6,0. Em 2017, obteve no IDEB resultado 6,5 quando a meta era

6,2. Durante os anos de 2018 e 2019 esta escola será avaliada, através do IDEB, e

a meta projetada pelo IDEB é 6,4.

Como base de comparação, a meta do IDEB para o Estado do Paraná para o

9º ano do Ensino Fundamental, em 2015 foi 4,5 e a média atingida no Estado do

Paraná foi 4,3. Em 2017 a meta estadual foi 4,8 e em 2019 a meta estadual será 5,1.

Hoje, a Escola Estadual Nossa Senhora das Graças possui conceito 6,5 no

IDEB, acima da meta projetada para o Estado do Paraná em 2019, que será 5,1. A

média 6,5 no IDEB, em 2017, é a maior média das escolas (de Ensino Fundamental)

pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Irati

O foco da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças é: manter a situação e

progredir para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado.

Para que o IDEB da escola cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e

frequente a sala de aula.

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O índice é medido a cada 2 (dois) anos e o objetivo é que o país, a partir do

alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 (seis) em 2022 –

correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. (Portal do MEC).

Os pais ou responsáveis valorizam o trabalho escolar e interessam-se mais

pelo andamento da educação escolar de seus filhos quando sentem uma gestão

escolar voltada para a satisfação do usuário (aluno e comunidade escolar).

6.7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional é um processo de pesquisa e de comunicação que

visa proporcionar uma reflexão contínua e revisar permanentemente a atuação da

escola, tendo em vista o alcance de sua missão, de seus objetivos e o

aprimoramento da qualidade institucional. A avaliação institucional se constitui em

um instrumento capaz de identificar os destaques e as fragilidades da escola

pública, além de estabelecer a relação da instituição com o sistema estadual de

ensino e a comunidade usuária deste serviço.

Constituem objetivos da avaliação institucional:

Instituir o processo de avaliação institucional como prática permanente de leitura,

análise e reflexão crítica sobre as ações desenvolvidas na escola, tendo em vista

o aperfeiçoamento de suas funções de ensino e gestão.

Criar condições para a construção de uma cultura avaliativa que possibilite

trabalhar as limitações e as potencialidades da escola.

Promover a melhoria da qualidade dos atendimentos administrativos e

pedagógicos nas diversas áreas de atuação da escola.

Promover a valorização dos recursos humanos da escola, através de atualização

contínua.

Centrar a avaliação institucional nos currículos, na prática docente, nos serviços

e no perfil do aluno egresso como instrumento de apoio à tomada de decisões.

Avaliar o Projeto Político-Pedagógico para que se estabeleçam novos rumos e

para que a comunidade escolar se coloque como parte do processo e lute pela

melhoria da qualidade do ensino.

6.8. REGIMENTO ESCOLAR

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Segundo a Deliberação nº 02/2018 – CEE/PR, em seu artigo 23, “O

Regimento Escolar é o documento que define a organização administrativa, didático-

pedagógica e disciplinar das instituições de ensino e deve ser elaborado pela equipe

diretiva da respectiva instituição, com a participação da comunidade escolar,

observados os princípios constitucionais, a legislação geral e as normas específicas,

particularmente as fixadas nesta Deliberação.”

Esta “lei interna” precisa ser conhecida por todos os envolvidos com a

comunidade escolar: conjunto das normas que regem o funcionamento da escola. E

não parece possível organizar a educação escolar desconsiderando o que afirma e

propõe o Regimento Escolar.

Como principal legislação interna da escola, o Regimento Escolar, é muito

importante para o planejamento e o sucesso escolar, pois os direitos e deveres,

funções, atribuições e procedimentos estão ali regulamentados. Serve como um

instrumento guia do gerenciamento da escola, para facilitar os procedimentos

normativos, técnicos e pedagógicos.

O Regimento Escolar descreve a organização da escola: didático-pedagógica,

administrativa e disciplinar. E, explicita os direitos, deveres e proibições de todos os

envolvidos com a comunidade escolar.

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7. A ESCOLA E O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI Nº 8.069

DE 13/07/1990

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com respaldo na Constituição

Federal de 1.988, reforça a ideia de que crianças e adolescentes também são

sujeitos de direitos como todo cidadão, estabelecendo igualdade de homens e

mulheres, independentemente de sua idade, em direitos e deveres.

No que se refere ao âmbito escolar, o art. 53 do Estatuto da Criança e do

Adolescente enfoca que crianças e adolescentes têm “direito de serem respeitados

por seus educadores”. Respeito é um direito natural de todo ser humano,

independente de sua idade, sexo, raça e condição social ou naturalidade. Deste

modo reforça a ideia que crianças e adolescentes precisam ser respeitados em

especial por aqueles encarregados da missão de educá-los, preparando-os para o

exercício da cidadania, considerando sua condição peculiar de pessoa em

desenvolvimento.

O Estatuto apenas veda o autoritarismo, mas não subtrai dos educadores, em

nenhuma circunstância, a possibilidade de exercício da cidadania. É direito das

pessoas em formação receber os limites necessários para torná-las aptas à vida em

sociedade.

Considerando que a Lei nº 8.069 de 13/07/1990, estabelece direitos e deveres

daqueles que estão sob nossos cuidados e responsabilidade, faz-se necessário

observar que o educando tem o direito de tomar conhecimento do processo

pedagógico da escola e o dever de observar seu cumprimento, a partir de ações

conjuntas da escola, da família e dos órgãos competentes.

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8. FUNDAMENTOS E OBJETIVOS

8.1. FILOSOFIA DA ESCOLA

Buscar uma educação de qualidade, contextualizada, com aquisição de

conhecimentos e habilidades, com formação de atitudes e valores, preparando

nossos alunos para a construção de uma sociedade mais justa, ética, democrática,

responsável, inclusiva, solidária, que respeite e promova a diversidade e os direitos

humanos.

8.2. MISSÃO

Promover uma educação de qualidade, contextualizada historicamente, que

possibilite o desenvolvimento do cidadão consciente e solidário, detentor do

conhecimento científico e da dignidade humana, apto a agir como transformador da

realidade social, assegurada a equidade na prestação do serviço público.

8.3. VISÃO

Ser reconhecida como uma escola que efetiva o ensino e a aprendizagem

com qualidade, ética e comprometimento.

8.4. VALORES

Humanos (afetividade, autonomia, criatividade, criticidade, resiliência) –

compromisso com a promoção do bem estar social.

Éticos (amizade, cooperação, cordialidade, determinação, disciplina,

honestidade, justiça, perseverança, pontualidade, respeito, responsabilidade,

tolerância) – contribuindo para eliminar quaisquer manifestações de preconceito

e discriminação.

Responsabilidade social e cidadania – busca da equidade no acesso à educação,

à saúde, à segurança, ao trabalho, aos bens culturais, etc.

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Responsabilidade ambiental e solidária com as gerações futuras – preservação

dos recursos ambientais.

8.5. OBJETIVO DA ESCOLA

Desenvolver a capacidade de aprender através do pleno domínio da leitura,

da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente natural e social, do sistema

político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que a

sociedade se fundamenta, promovendo a formação integral da pessoa para o

exercício da cidadania.

8.6. OBJETIVOS GERAIS

Propiciar uma escola de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para

que o aluno se desenvolva plenamente, respeitando as diferenças individuais no

que diz respeito à raça, credo, ideologia política, valorizando os limites e o

desempenho de cada um, reforçando a inclusão social e educacional dos

indivíduos portadores de necessidades especiais, conforme Deliberação

002/2003 - CEE/PR da Educação Especial;

Possibilitar que a avaliação seja contínua, permanente, cumulativa e

diagnóstica no desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos. A mesma deve ser entendida como um dos meios de

ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de

seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo

de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-

lhes valor, conforme a Deliberação nº 007/99 – CEE/PR.

Ofertar matrícula de ingresso por transferência, classificação e

reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos feitos no

exterior e regularização de vida escolar, conforme a Deliberação 009/01 –

CEE/PR e instruções atualizadas e emanadas da Secretaria de Estado da

Educação como, por exemplo, a Instrução 08/2017 – SUED/SEED que trata

especificamente da Reclassificação, dentre outras instruções específicas para

cada assunto.

Garantir a elaboração do Projeto Político-Pedagógico, envolvendo todos os

segmentos da comunidade, bem como sua plena execução, zelando pela

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aprendizagem dos alunos, adaptando o currículo à função social da escola

conforme a Deliberação 02/2018 – CEE/PR, de 12/09/2018.

Garantir a unidade filosófica, político-pedagógica, estrutural e funcional do

Estabelecimento, conforme Deliberação 02/2018 - CEE/PR, de 12/09/2018, que

trata do Regimento Escolar.

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9. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ADOTADA PELA ESCOLA

9.1. PEDAGOGIA PROGRESSISTA

É um termo utilizado para designar três Tendências Pedagógicas: a

Pedagogia Libertária, a Pedagogia Libertadora de Paulo Freire e a Pedagogia

Crítico-Social dos Conteúdos ou Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani.

9.2. TENDÊNCIA PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA / PEDAGOGIA HISTÓRICO-

CRÍTICA

Essa tendência nasceu nos meios acadêmicos durante a redemocratização

brasileira e tem, como seu “fundador” Dermeval Saviani que escreveu livro

homônimo a essa tendência. Marco teórico – 1979.

A Pedagogia Libertadora de Paulo Freire é dialógica – diálogo, concessão,

solidariedade. É do senso comum, das práticas de ensino.

A Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani é dialética. É da

fundamentação, à luz da teoria.

O governo do Estado do Paraná admite a tendência pedagógica de Paulo

Freire (Libertadora), mas assume a tendência pedagógica de Saviani (Histórico-

Crítica).

Eles são fundamentalmente opostos e é incoerente filosoficamente defender

um assunto com os dois teóricos.

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças – Ensino Fundamental tem o

propósito de transmitir os conteúdos no sentido Histórico-Crítico, ou seja, relacionar

o saber com o saber do aluno (articulando) e tornar aquele conhecimento dele.

Nessa tendência a escola é vista como socializadora dos conhecimentos e saberes

universais, preparando o aluno para o mundo e suas contradições.

9.3. MÉTODO DO ENSINO

O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada

com o saber sistematizado. Uma aula começa pela constatação da prática real,

havendo em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referi-la aos termos

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do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação

do professor. Vai-se da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a

síntese, o que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática. A

transferência da aprendizagem se dá a partir do momento da síntese.

9.4. CONTEÚDOS

São os conteúdos culturais universais que são incorporados pela

humanidade, mas permanentemente reavaliados frente às realidades sociais. Os

conteúdos não podem ser meramente ensinados; eles precisam ser ligados de

forma indissociável à sua significação humana e social.

9.5. RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

Ambos são sujeitos ativos no processo. O professor direciona, criando

situações de aprendizagem. Há um confronto do aluno entre sua cultura e a herança

cultural da humanidade, entre seu modo de viver e os modelos sociais desejáveis

para um projeto novo de sociedade. E há um professor que intervém, não para se

contrapor aos desejos e necessidades ou à liberdade e autonomia do aluno, mas

para ajudá-lo a ultrapassar suas necessidades e criar outras, para ganhar

autonomia, para ajudá-lo no seu esforço de distinguir a verdade do erro, para ajudá-

lo a compreender as realidades sociais e sua própria experiência. O educando é um

ser social que tem sua história de vida e precisa da experiência de um professor

comprometido que atue como mediador para promover a elevação como homem

dando-lhe uma identidade social e cultural. O professor e o aluno são mediadores

entre a aprendizagem escolar e o desenvolvimento intelectual do aluno.

9.6. AVALIAÇÃO

Emancipadora, diagnóstica e contínua.

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9.7. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA, SEGUNDO A PEDAGOGIA HISTÓRICO-

CRÍTICA

Ensinar os conteúdos referentes ao conhecimento produzido e acumulado pela

humanidade. Articular educação, trabalho e cidadania em perspectiva politécnica e onilateral. Proporcionar a ascensão dialética do senso comum à consciência filosófica:

senso comum – conhecimento científico – consciência filosófica.

A Pedagogia Histórico-Crítica faz a crítica à educação capitalista e considera

a escola como instituição articulada à sociedade:

Formar o homem é mais que formar o cidadão; O cidadão é mais que o trabalho; Depois formar o trabalhador.

9.8. TEÓRICOS

Dermeval Saviani, Jamil Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos Freitas, José

Carlos Libâneo, Marx, Gramsci, Snyders, Manacorda, Makarenko, Suchodolski.

Essa teoria está fundamentada na teoria filosófica Marxista cuja essência é o

método dialético prática–teoria-prática, tem grande relação com a Psicologia

Histórico-Cultural desenvolvida por Lev S. Vygotsky e as concepções pedagógicas

são defendidas por Saviani.

João Luiz Gasparin publicou o livro “Uma Didática para a Pedagogia

Histórico- Crítica” em 2005, para fundamentar a concepção metodológica e o

planejamento do ensino-aprendizagem numa perspectiva Histórico-Crítica. Para

isso, elenca cinco “passos” pedagógicos necessários para uma prática docente e

discente a partir de uma perspectiva histórico-crítica de educação:

1. Prática Social Inicial – nível de desenvolvimento atual do estudante.2. Problematização – discussão de questões inerentes ao conteúdo proposto.3. Instrumentalização – momento em que o estudante vai se apropriar de

instrumentos culturais e científicos necessários para modificar aqueles

conhecimentos espontâneos mostrados na prática social inicial.4. Catarse - quando ocorre a síntese mental por parte do estudante dos conteúdos

trabalhados. Quando o estudante compreende e disserta sobre aquele conteúdo,

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mostrando que o mesmo foi assimilado e auxiliou na transformação de seus

conteúdos prévios.5. Prática Social Final – momento em que o estudante demonstra através de ações

que aquele conteúdo problematizado, teorizado e sintetizado mentalmente, agora

é capaz de transformar a sua existência, ou seja, assumir uma nova proposta de

ação a partir do que foi aprendido.

Os “passos” da didática de Gasparin são uma sugestão de trabalho docente e

se põe como uma proposta de didatização da Pedagogia Histórico-Crítica.

Entretanto, é uma forma, de muitas outras possíveis, de se trabalhar numa

perspectiva dialética.

A Pedagogia Histórico-Crítica se orienta por um modelo de sujeito que supera

o estado de alienação. Trata-se da pessoa onilateral, formada pelo princípio da

politecnia.

9.9. ESCLARECIMENTOS PARA MELHOR COMPREENSÃO DOS CONCEITOS

ACIMA CITADOS

Alienado – aquele que lhe é negado as capacidades políticas e estéticas

(conhecimentos mais refinados) e se valoriza só a formação para o trabalho.

Dialética – debate, confronto. As coisas mudam dialeticamente. É na

contradição que se pode compreender a vida, os fatos. É na contradição que a gente

deve procurar as respostas. Tudo anda: com conflitos, com luta, com discórdia, com

avanços e retrocessos. Contradição de ideias que levam a outras ideias. A dialética

é considerada como a mais elaborada forma de Filosofia.

Método dialético – o método dialético nos insita a revermos o passado, à luz

do que está acontecendo no presente. Ele questiona o presente em nome do futuro,

o que está sendo em nome do que “ainda não é”.

Onilateral – (contrário de unilateral, mutilado, não evolui, dependente). A

formação onilateral (politécnica) forma para o trabalho, a política (a crítica) e para as

artes (estética).

Politecnia – formação geral (artes, cultura), qualificação profissional e

formação política. Refere-se ao mundo tecnológico e ao mundo sócio-cultural.

10. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS

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Este documento do Projeto Político-Pedagógico expressa a construção

coletiva, por meio da qual foram oportunizados momentos de discussão acerca da

prática pedagógica e da função social da escola pública, tornando-se um projeto de

escola em sua totalidade, evitando a fragmentação e a incoerência.

Na democracia, liberdade de expressão não significa consenso. O processo

de produção de um documento orientador que envolve 62 profissionais da

educação, não pode pressupor unidade de concepções e teorias, entretanto,

representa a construção coletiva.

10.1. CONCEPÇÃO DE DEMOCRACIA NA GESTÃO ESCOLAR

Durante o processo de reelaboração do PPP da Escola Estadual Nossa

Senhora das Graças estudamos teorias sobre a educação escolar, o currículo, o

ensino-aprendizagem, assim como a democracia como método e gestão e o papel

das instâncias colegiadas neste contexto.

Conforme Ferreira (2004, p. 1241), gestão: “Significa tomar decisões,

organizar e dirigir as políticas educacionais que se desenvolvem na escola

comprometidas com a formação da cidadania, [...] É um compromisso de quem toma

decisões – a gestão -, de quem tem consciência do coletivo – democrática, - de

quem tem responsabilidade de formar seres humanos por meio da educação”.

E, compartilhar decisões significa envolver pais ou responsáveis, alunos,

professores, funcionários e outras pessoas da comunidade na administração

escolar.

É democrático na escola: uma educação com qualidade, a socialização do

saber construído coletiva e historicamente pela humanidade, a participação ativa dos

cidadãos na vida pública, o exercício da cidadania, a participação dos profissionais e

da comunidade escolar, a autonomia administrativa e pedagógica, a mobilização dos

segmentos de gestão a partir de suas várias instâncias: conselhos escolares,

grêmios estudantis, associação de pais, mestres e funcionários e os conselhos de

classe, enfim, a construção coletiva do projeto político-pedagógico.

Parafraseando FERREIRA (2004,1242-1243), a democracia na gestão escolar

passa pelo respeito, paciência e diálogo, a fim de construir uma escola e uma

sociedade ética, humana e solidária, comprometida com a verdadeira formação da

cidadania (ser engajado, participar, formar opinião).

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É através da produtividade e dos bons resultados alcançados pelos alunos,

que se comprova a boa gestão.

Quando o papel da escola vai ao encontro das necessidades daqueles que

dependem da escola pública como espaço de acesso ao conhecimento, então,

estamos falando em democracia e, portanto, da função social da escola pública. E,

para a democracia se efetivar, a direção da escola deve primar pela transparência e

comunicação nos processos de gestão, em prol da aprendizagem dos estudantes,

com ações que visam o acesso e permanência dos estudantes na escola, bem como

a qualidade da educação básica.

10.2. INICIATIVAS PARA A DIREÇÃO COLABORAR

DEMOCRATICAMENTE COM A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO OFERTADA

O diagnóstico detalhado do contexto escolar, observando os sujeitos da escola e

a realidade socioeconômica e cultural do entorno escolar como subsídio para o

planejamento escolar em suas diversas instâncias;

A organização e o incentivo ao uso pedagógico dos espaços escolares – salas de

aula, quadras esportivas, pátios, biblioteca, laboratório de informática e de

ciências, murais de corredores;

O apoio ao uso pedagógico das tecnologias digitais de informação e

comunicação, nas aulas e projetos especiais que a escola venha a desenvolver;

O compromisso no direcionamento e acompanhamento das questões

documentais ligadas à secretaria escolar, como matrículas, transferências, e

promoção/retenção de estudantes, bem como da vida legal da escola;

A transparência nas informações e nas consultas à comunidade escolar para a

aplicação dos recursos financeiros destinados à escola;

A promoção da participação das instâncias colegiadas na tomada de decisões da

escola;

A mobilização da comunidade escolar em torno da elaboração do Projeto

Político-Pedagógico da escola;

O incentivo à participação efetiva dos agentes educacionais, equipe pedagógica

e professores em reuniões;

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A organização do acesso à formação continuada de forma que todos os

profissionais da educação da escola tenham oportunidade de participar;

A atenção aos processos de ensino-aprendizagem e de avaliação da

aprendizagem (interna e externa) que envolvam questões sobre currículo,

didática e metodologia de ensino;

A efetivação com a avaliação institucional;

O compromisso com a permanência dos educandos na escola;

O cuidado e o zelo pelo patrimônio escolar;

A atenção à logística de distribuição de estudantes, turmas, professores e

funcionários por turnos de atendimento;

O acompanhamento dos Programas dos quais a escola participa, como Sala de

Apoio, Alimentação Escolar, Transporte Escolar, Livros Didáticos e outros.

Quanto à gestão democrática da escola pública, cabe à direção e à equipe

pedagógica primar pelo fortalecimento do trabalho coletivo, da ética profissional e do

comprometimento político-pedagógico com a educação pública. Ao acompanhar o

trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores e participar da gestão

pedagógica dos espaços e tempos escolares, a equipe pedagógica avalia, auxilia,

apresenta propostas alternativas e sugestões objetivando o aprimoramento dos

processos de ensino-aprendizagem, a permanência e a efetiva aprendizagem dos

estudantes.

10.3. AS AÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO COTIDIANO

ESCOLAR, PARA GARANTIR A GESTÃO DEMOCRÁTICA, DEVEM PAUTAR-

SE NO COMPROMISSO COM:

A formação e manutenção de um ambiente educativo onde as diversas práticas

pedagógicas considerem a dimensão humana social da aprendizagem;

A formação continuada como processo permanente;

A atenção ao direito dos estudantes ao conhecimento científico e ao respeito aos

seus pertencimentos étnicos, culturais, sociais, geracionais e sexuais;

A articulação em torno da formação dos estudantes com atenção ao currículo, ao

planejamento em suas diversas dimensões, a ação docente nas disciplinas, as

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relações didáticas de ensino-aprendizagem (nas quais se incluem as complexas

relações de avaliação).

A efetivação da democracia e, portanto, da gestão democrática é o aluno e

seu direito à aprendizagem como responsabilidade de todos.

10.4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças é uma escola pública que

oferece a universalização do acesso, trabalha pela permanência de seus educandos

e prima pelo sucesso dos mesmos. Fundamenta-se nos princípios emancipador,

democrático e inclusivo, possibilitando o acesso aos conhecimentos universais,

disciplinares e interdisciplinares.

Traz para o debate em suas disciplinas, questões multidisciplinares, como: a

discussão da diversidade de gênero, etária, cultural, étnica e a perspectiva inclusiva

de todos os estudantes, enfrentando o preconceito através do conhecimento.

O currículo da escola segue as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação

Básica do Paraná e as Expectativas de Aprendizagem, sob a tendência pedagógica

histórico-crítica. A partir de 2020 o currículo será efetivado tendo como base o

Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações e a Base

Nacional Comum Curricular (BNCC).

Mais que listagem de conteúdos, o currículo define o que ensinar, como

ensinar e as formas de avaliação. Representa os conhecimentos e valores, é uma

expressão de mundo, de homem e sociedade, uma educação para a emancipação

humana através dos conhecimentos universais.

10.5. O CURRÍCULO NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA

A possibilidade de chegar ao conhecimento, através do currículo, tem em si

duas tarefas, segundo Gramsci:

1. Enfrentar a massificação ingênua e inconsciente perpassada pelas

superestruturas da hegemonia capitalista (constituindo o próprio grupo de

intelectuais independentes);

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2. Educar os filhos da classe trabalhadora com autonomia intelectual para se

autogovernarem.

É, nesta perspectiva, que Gramsci defende uma escola voltada para formar

dirigentes.

10.6. CONCEPÇÃO DE MUNDO

É uma visão conjunta da natureza e do homem. Lugar onde vivemos e

construímos nossa identidade, onde as pessoas interagem e transformam...

10.7. CONCEPÇÃO DE HOMEM

Sujeito histórico e produto das relações sociais e do meio o qual está inserido.

Que transforma o mundo e é transformado por ele, exercendo um papel reflexivo e

crítico, sendo responsável por suas escolhas.

10.8. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência

compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos completos. O Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA), entretanto, restringe essa fase para a idade entre 12 e 18 anos.

A adolescência é um momento de autoafirmação, em que a construção da

identidade se faz necessária entre os iguais. Dessa forma, a busca por uma

identidade faz com que o adolescente rompa com os vínculos do mundo adulto,

inclusive com seus pais, e busque uma aceitação social que costuma provocar

mudanças de comportamento evidenciadas nas gírias, nos bonés, nas roupas, nas

músicas, e em outras características que costumam chocar o adulto.

Nesse estágio, desportistas e artistas (entre outros) servem como modelos de

comportamento.

A dualidade entre o amadurecimento do corpo e o amadurecimento

psicológico, frequentemente causa certa susceptibilidade à instabilidade emocional,

que pode levar ao consumo de drogas ou álcool, problemas mentais como

esquizofrenia, distúrbios alimentares (como anorexia e bulimia) e problemas sociais

como gravidez na adolescência.

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Os adolescentes são também bastante susceptíveis às influências do meio

social em que se encontram, influenciando em suas escolhas. Essas escolhas,

dependendo da ausência de limites, da base familiar e religiosa, do meio social em

que vive, podem determinar até mesmo o envolvimento com atos infracionais ou o

início da utilização de substâncias psicoativas, o que acontece muitas vezes apenas

para provar a superioridade em relação aos iguais, e em outras, para ter o que a

sociedade capitalista tem para oferecer.

A psicologia entende que o adolescente necessita vencer três lutos: o luto

pela perda do corpo infantil, tendo que se adaptar a um novo corpo e com a maneira

de lidar com ele e também com a forma como as pessoas o observam; o luto pela

perda dos pais da infância, os que antes tinham todo um modo especial de lidar e de

cuidar, agora já repreendem e exigem uma adaptação à condição de alguém que

não é mais criança; e em terceiro lugar, lidar com a morte do mito das figuras

paterna e materna, que deixam de ser herói/heroína para revelarem os limites e

fragilidades, e o luto pela perda da identidade infantil, pois têm que enfrentar as suas

próprias crises e dar rumos aos seus atos e história (ABERASTURY e KROEBEL,

1981, p. 71).

A partir destas perspectivas, a adolescência pode ser entendida como

construção histórica, que tem seu significado determinado pela cultura e pela

linguagem, que media as relações sociais, sendo estas referenciais para a criação

dos sujeitos que passam neste momento por várias transformações no corpo e na

mente. Neste sentido, a compreensão da totalidade constitutiva da adolescência

passa não só pelos parâmetros biológicos, como idade ou desenvolvimento

cognitivo, mas necessariamente pelo conhecimento das condições sociais que

constroem uma determinada adolescência.

10.9. CONCEPÇÃO DE JOVEM

Tempo em que se completa a formação física, intelectual, psíquica, social e

cultural dentro de um determinado momento histórico e cenário cultural,

processando-se a transição para uma possível autonomia. Esse é o momento no

qual emergem a responsabilidade individual e a criatividade.

10.10. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

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Espaço de interação, que está em constante transformação. Lugar de

contradição, onde há forças interessadas em manter o poder e forças lutando para

superar a desigualdade e opressão, onde o elemento que possibilita o

desenvolvimento do homem é o conhecimento. Uma luta que busca a igualdade,

justiça e participação de todos aos bens produzidos ao longo da história,

principalmente, a produção do conhecimento.

10.11. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação sempre esteve presente na sociedade, num complexo de

experiências, relações e atividades, apresentando-se das mais diversas maneiras

considerando-se o momento histórico e o contexto das pessoas. Em casa, na rua,

na igreja, na roda de amigos, mistura-se a vida com a educação.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional também afirma o caráter

amplo da educação. A lei estabelece que a educação abrange todos os processos

formativos: família, trabalho, movimentos sociais, organizações da sociedade civil,

manifestações culturais.

Na educação, a aprendizagem e o desenvolvimento humano ocorrem pela

experiência e participação nas várias práticas e espaços sociais ao longo de toda a

vida. Parafraseando Saviani (1991): educar é produzir em cada pessoa a

humanidade, já que o indivíduo da espécie humana não nasce homem, ele se torna

homem, precisa ser educado. Cada indivíduo ao nascer vai sendo construído e vai

se construindo enquanto ser humano, num processo contínuo de passagem da

natureza para a cultura.

“Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está

inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como

o compreende e como dele lhe é possível participar.” (DCE, 2009, p.14).

O patrimônio cultural e o saber da comunidade onde a criança está inserida

forma a pessoa que ela é. O que fará a diferença é a capacidade crítica de

compreensão da abrangência dos fatos e fenômenos para poder atuar na

transformação da sociedade em que vive.

Tudo aquilo que dialeticamente favorece o sujeito é educação. Diz respeito

também à intervenção do ato educativo.

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É um valor social importante para o homem, pois através da educação o ser

humano se modifica e constrói sua aprendizagem/identidade.

A educação é algo que só se resolve no cotidiano, através do esforço dos

alunos, da participação das famílias, da competência e dedicação dos professores,

da gestão escolar e do universo em que vive.

10.12. CONCEPÇÃO DE ESCOLA E SEUS SUJEITOS

A educação, além de atividade inseparável de nossa existência, é garantida

legalmente, a toda pessoa, através da educação formal (escola).

[...] o homem produz conhecimentos, técnicas, valores, comportamentos,atitudes, tudo que configura o saber historicamente produzido. Para que istonão se perca, para que a humanidade não tenha que reinventar tudo a cadanova geração, fato que a condenaria a permanecer na mais primitivasituação, é preciso que o saber seja permanentemente passado para asgerações subsequentes. Essa mediação é realizada pela educação,entendida como a apropriação do saber produzido historicamente (PARO,2007, p.11 e 12).

Segundo Paro (2007), a escola, para formar o cidadão, precisa “atualizar” o

indivíduo, ou seja, fazê-lo se apropriar de um mínimo do saber alcançado pela

sociedade da qual ele faz parte. Educação é a apropriação da cultura.

E Saviani pondera, “[...] na sociedade atual já não é possível compreender a

educação sem a escola, porque a escola é a forma dominante e principal de

educação.” (1991, p.113).

Para o autor:

[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto a escola dizrespeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; aosaber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não àcultura popular” (1991, p. 22).

As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE), afirmam:

[...] essa função da instituição escolar é especialmente importante para osestudantes das classes menos favorecidas, que, têm nela umaoportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, doconhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.(2009, p. 14).

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Uma escola precisa atender a todos os sujeitos, seja qual for sua condição

social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural. Cabe à escola promover a

aprendizagem dos conhecimentos para todos. A aprendizagem, implica, assim,

estabelecer um diálogo entre o conhecimento a ser ensinado e a cultura de origem

do aluno.

“O aluno faria um esforço se percebesse que os conteúdos da aprendizagem

são medianamente atrativos, úteis, conectados com sua vida diária, atraentes o

suficiente para que o esforço valha a pena” (MARCHESI, 2006 p. 66).

O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é importante meio deestimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado,sua importância está condicionada à possibilidade de [...] ter consciênciasobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a determinados contextos, enfrentar oquestionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução deconceitos e reconstrução/apropriação de outros (DCE, 2009, p.28).

Quando se parte do contexto de vivência do aluno é preciso tomar cuidado,

pois o conhecimento pode estar no plano do senso comum, constituído por

representações equivocadas ou limitadas para a compreensão e a explicação da

realidade. É através da abordagem do conteúdo, da escolha do método de ensino e

da atuação do professor que as contradições presentes nas estruturas sociais são

compreendidas.

“Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre

os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano [...]”. (DCE,

2009, p. 21).

A escola deve oferecer ao aluno “a formação necessária para o

enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política

de seu tempo.” (DCE, 2009, p.20). Espaço por excelência de socialização do

conhecimento científico, propiciando instrumentos de leitura e criticidade da

sociedade.

O compromisso da escola com a formação integral do aluno:

Posicionamento ético para o desenvolvimento intelectual;

Transmitir o conhecimento sistematizado de modo a, através dele, preparar o

educando para a vida em sociedade e atuar nela de forma autônoma, exercendo

a cidadania;

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Ampliar a visão de mundo e suas possibilidades, promovendo uma consciência

critica e uma postura proativa na sociedade em que o educando se insere;

Formação do cidadão;

Autonomia intelectual.

Na Introdução às Diretrizes Curriculares (2006) afirma que uma escola que

assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do

desenvolvimento social, deve empenhar-se na construção de uma proposta para a

realização deste objetivo, e ainda, os sujeitos, que dela participam, devem

possibilitar a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico

e criativo. (PARANÁ, 2006)

Assim sendo, Zagury (2002) reforça que criticar, acompanhar e zelar para que

as crianças e jovens recebam da escola o tratamento e a educação esperados e

sonhados são um direito e um dever dos pais ou responsáveis. Também comenta

que se a escola não é ainda hoje aquela ideal, por outro lado, é ainda o único lugar

em que as crianças e jovens encontram pessoas que dedicam suas vidas – assim

como os pais – à formação das novas gerações.

Não se pretende na escola formar especialistas, mas dar acesso aossaberes e conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens epor intermédio destas, garantir aos estudantes a leitura do mundo ediferentes formas de expressão sobre a sociedade que vivemos (PARANÁ -ARCO-VERDE, 2006, p. 26).

O exposto acima só ocorrerá se a escola tiver um PPP compatível com esse

objetivo e que realmente seja colocado em prática, que não fique apenas no papel.

Escola, concebida como lugar de formação do cidadão, o respeito entre todos os

segmentos passa a ser um dos principais condicionantes para que se cumpra esta

função. Com isso, há necessidade de se estabelecer limites aos estudantes (normas

disciplinares) e desenvolver responsabilidades e valores. Tanto o aluno como o

professor compartilham seus conhecimentos e seus processos de aprendizagem,

aprendendo um com o outro. O Professor precisa ser respeitado e respeitar os

alunos – relação professor-aluno com qualidade.

Concebe-se que é um direito do aluno ter acesso ao conhecimento

necessário para compreender seu contexto, a realidade que o cerca, as

contradições e as possibilidades de interferir nesta realidade.

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O papel do professor está na relação entre o sujeito que media, o sujeito que

apreende e o conhecimento a ser sistematizado e produzido. Essa concepção

explicita a diferença entre autoritarismo e autoridade. Professores esperam

valorização por parte dos educandos. Isto acontece quando o próprio professor se

valoriza pelo compromisso de seu trabalho. O domínio do conhecimento legitima a

autoridade do professor, ou seja, sua autoridade se manifesta no domínio do

conhecimento, da técnica e no compromisso com a aprendizagem. Assim como,

conhecimento das características e das especificidades da faixa etária e do nível de

ensino (realidade) em que trabalha.

Quando o aluno se apropria do conhecimento científico adquirido pelos

conteúdos, espera-se que ele seja melhor cidadão, contribuindo para uma sociedade

mais justa e participando de decisões. Deste modo, teria ele condições de criticar e

colaborar para o bem de sua comunidade, usando o saber desenvolvido na escola

para engajar-se com responsabilidade nas demandas sociais.

Em suma, “O resultado educacional excelente se alcança pela coerência de

projeto, pela coesão da equipe educacional, pela autenticidade dos objetivos e -

especialmente – pela forma com que tudo isso ocorre na prática, na maior parte do

tempo, com a maior parte dos alunos.” (ZAGURY, 2002, p. 212).

10.13. CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Trabalho é a atividade intencionalmente humana destinada a um fim. Por

meio do trabalho é que o homem se humanizou. Conceber trabalho como princípio

educativo significa, portanto, que se aprende especialmente em atividade. O

processo de ensinar e aprender é trabalho pedagógico.

Pais/responsáveis e professores não acreditam ingenuamente que a escola

seja determinante para a obtenção de um bom emprego, mas, que é um

[...] instrumento para facilitar a obtenção de um emprego, quer pelaqualificação para melhor desempenho de uma função profissional, quer pelamelhor apresentação pessoal e melhor desembaraço que a educaçãoescolar pode propiciar para a obtenção de uma colocação no mercado(PARO, 2007, p. 58).

E para isso espera-se que a escola contribua, porque ter conhecimento é dar

sentido ao mundo e, com isso, nos proteger contra as manipulações, a alienação, as

mentiras e os mitos.

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E na era do conhecimento, das novas mídias digitais e tecnologias

educacionais a educação está se tornando um fator de inclusão social, ou seja, sem

uma educação básica de qualidade, as pessoas não terão condições de competir no

novo mundo do trabalho, transformado pelas novas tecnologias e pelas novas

formas de organização da produção.

Embora o trabalho seja humanizador, no modo de produção capitalista acaba

se configurando enquanto trabalho alienador: o bem produzido pelo trabalhador não

pertence a ele, ou seja, o trabalhador não usufrui o bem, tampouco, esse bem é

pensado por ele.

A relação com o conhecimento científico permite compreender a dupla

dimensão do significado trabalho: para alienação ou transformação, para a

emancipação ou adaptação.

10.14. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A cidadania não nos é dada, ela é conquistada (na convivência pública e na

convivência social) a partir da capacidade de organização, participação e

intervenção social de cada pessoa.

É no convívio do dia a dia que a cidadania é exercitada, através das relações

com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania consiste

desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e

placas, respeitar os mais velhos (assim como todas as pessoas), saber dizer

obrigado, desculpe, por favor, bom dia..., até, saber lidar com o abandono e a

exclusão das pessoas necessitadas, os direitos das crianças e adolescentes e

outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país.

Aprender a ser cidadão e cidadã é, entre outras coisas, aprender a agir com

respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência, aprender a usar o

diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na

vida coletiva da comunidade e do país.

10.15. CONCEPÇÃO DE CULTURA

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É o resultado da ação (trabalho) sobre o mundo. A cultura é o próprio

ambiente do ser humano, valores, crenças, objetos, conhecimentos, suas obras,

produção ética e estética de uma sociedade, comunicação, arte, etc.

10.16. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Na abordagem Histórico-Cultural de Vygotsky, o ato educativo é a interação

entre o sujeito que ensina, o sujeito que aprende e o objeto do conhecimento

(conteúdos). Nessa ação, o educando pensa, planeja, socializa-se, comunica-se e

desenvolve suas funções psíquicas.

Educar pressupõe uma atividade intencional, ela não dispensa a relação entre

ensinar e aprender. E, a linguagem é um dos fatores essenciais para que a

mediação aconteça. Por meio dela, pela abstração, pela generalização e pela

memória ocorre o processo de internalização de conceitos.

A aprendizagem se constrói e o conhecimento se produz a partir das relações

com o outro, na prática pedagógica, nas trocas interculturais e nas vivências diárias

na escola e fora dela.

O processo de ensino-aprendizagem é mediado pelo professor, não é

espontâneo. Ter um planejamento, pré determinado e pré elaborado, é essencial ao

professor que vislumbra cumprir a intencionalidade do conhecimento, que tem visão

de mundo, de educação e de currículo. Todo conteúdo tem que ser planejado, não

pode ser trabalhado no espontaneísmo. O processo ensino-aprendizagem deve ser

crítico e orientado para a construção da autonomia intelectual.

O desenvolvimento da capacidade cognitiva, da capacidade de pensar,

analisar, abstrair, resolver situações problemas, formular hipóteses, ler,

compreender, interpretar, produzir, ou seja, das funções mentais superiores é

consequência da produção e do acesso ao conhecimento.

10.17. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada é aquela que se realiza ao longo do ano letivo,

constituindo-se componente necessário e importante dentre um conjunto de

capacitações que possibilitam o desenvolvimento profissional e a prática diária do

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trabalho dos educadores. Assim, toda formação docente deve estar associada ao

exercício da avaliação contínua do dia a dia de cada educador.

Deve propiciar um espaço de divulgação de experiências didáticas, de

conhecimentos de novas práticas, de reflexão acerca dos acertos e erros e de

interação entre os diferentes educadores. Assim como, os momentos de formação

oportunizam tempo e espaço destinados a estudos, debates e troca de experiências.

10.18. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Inclusão é o processo de inserção de educandos que apresentam deficiência

intelectual, física, sensorial, múltipla, transtornos globais do desenvolvimento, altas

habilidades/superdotação, transtornos funcionais específicos, no sistema regular de

ensino.

As políticas públicas garantem essa inclusão baseada em leis que permitem

e incitam a luta pela igualdade de oportunidades e pelo direito à educação para

todos.

Assim, é de extrema importância que não se coloquem rótulos genéricos, nem

se teçam conclusões. Pelo contrário, que a família e a escola se unam para avaliar,

individual e cuidadosamente, cada criança inclusa, na busca de identificação de sua

expressão no processo de aprendizagem, bem como das necessidades

educacionais que apresenta, para que a escola possa dispor de flexibilização

curricular e/ou diferenciação curricular em todas as suas instâncias.

A LDBEN nº 9.394/96, no seu Capítulo V, definiu como prioridade o

atendimento educacional de estudantes com Necessidades Educativas Especiais no

sistema regular de ensino.

Vygotsky aponta que os estudantes com Necessidades Educativas Especiais

não se diferenciam qualitativamente dos indivíduos ditos “normais”, mas configuram

uma forma diversa de se desenvolver, aprender ou referenciar-se culturalmente.

Os educandos inclusos e, geralmente, atendidos na Sala de Recursos

Multifuncional tem direito à flexibilização curricular e/ou diferenciação curricular.

Diferenciação curricular é a adaptação do currículo às características de cada

aluno, com a finalidade de maximizar as suas oportunidades de sucesso escolar.

A diferenciação curricular é um conceito que representa, essencialmente,

mudanças na metodologia e na avaliação, pressupondo que os alunos têm um

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mesmo percurso nas suas opções, mas que uns precisam seguir caminhos

diferentes para que todos possam atingir o sucesso educativo.

Diferenciação Curricular, a partir da premissa de escola para todos,

valorizando os diversos contextos de aprendizagem.

A diferenciação curricular pressupõe um currículo comum e culturas

diferenciadas, devendo ser disponibilizada, aos:

Estudantes público alvo da Educação Especial/ Sala de Recursos Multifuncional.

Estudantes atendidos pelo SAREH – Serviço de Apoio à Rede Escolarização

Hospitalar.

Estudantes afastados pelo Decreto – Lei nº 1044/69 – afecções.

Estudantes afastados pela Lei 6202/75 – cumprimento de medida socioeducativa.

10.19. CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE

O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias,

características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação

ou ambiente.

A ideia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade,

diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E,

muitas vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na

intersecção de diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.

10.20. AVALIAÇÃO

De acordo com as leis vigentes e, atualmente, a Instrução nº 15/2017 –

SUED/SEED a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo

qual o docente estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos educandos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-

lhes valor.

A avaliação é contínua, permanente, cumulativa e diagnóstica e o docente

deve utilizar-se de instrumentos bem definidos e critérios que mostrem o quanto o

educando se apropriou de um conteúdo específico, como parte do todo social.

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O objetivo maior da avaliação é a transformação social, é a tomada de

posição do docente que estudará e interpretará, através de sua avaliação, os dados

da aprendizagem dos educandos e de seu próprio trabalho. Constitui-se um

instrumento diagnóstico para o avanço do processo de ensino-aprendizagem,

comprometido com a Pedagogia Histórico-Crítica, uma vez que esta concepção tem

por objetivo levar o educando a apropriar-se dos conhecimentos e habilidades

necessários à sua realização como sujeito crítico e participativo da sociedade em

que vive.

O sistema de avaliação, nesta escola, é expresso em valores numéricos

(notas), é um instrumento quantificador do rendimento. Entretanto, não pode se

resumir a atribuição de notas para determinar se o aluno avança ou fica retido em

determinados conteúdos e/ou disciplinas. Nota não é instrumento de controle. Ela é

o balizador da aprendizagem, a qual deve ser constantemente mediada pela ação

docente e socializada todo o tempo, concebendo o aluno como sujeito do processo.

A avaliação expressa em nota deve refletir o desenvolvimento global do educando e

considerar suas características individuais, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Destaca-se que a nota é produzida em função

dos critérios definidos a partir dos conteúdos de cada disciplina. Os instrumentos

são apenas meios para verificação dos critérios avaliativos. Os critérios avaliativos,

além de expressar os conteúdos da disciplina, incidem de forma relevante na

atividade crítica, na capacidade de análise e síntese e na elaboração pessoal, sobre

os critérios de memorização.

Após discussões realizadas durante o ano letivo de 2018 o sistema de

avaliação da Escola Estadual Nossa Senhora das Graças passa a ser trimestral, a

partir do ano letivo de 2019, devido aos seguintes motivos:

propiciar um maior número de aulas entre uma avaliação e outra, o que permite

abordar o conteúdo e sistematizar de forma aprofundada, gerando assim mais

aprendizagem; planejar ações, de melhoria de rendimento escolar, para os alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem nos conteúdos estudados. Assim

sendo, o professor passa a ter mais tempo para acompanhar a aprendizagem do

aluno em cada etapa da avaliação e maior tranquilidade para recuperar os

conteúdos que eventualmente o aluno não tenha conseguido (re) construir.

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possibilitar aos professores um olhar mais qualitativo para a produção de seus

alunos. dar mais oportunidade e tempo para o aluno constatar seus avanços e suas

necessidades, ajudando-o, em conjunto com seus professores, a traçar planos e

metas de trabalho, de forma que ele entenda, participe e reconstrua seu

processo de aprendizagem.

Esta decisão objetiva favorecer a avaliação contínua e formativa; propiciar

maior tempo para que o aluno, em parceria com professores e pedagogas, possa

acompanhar os resultados que vai obtendo em seus trabalhos, provas, pesquisas;

estabelecer metas buscando soluções para as dificuldades encontradas, inclusive

com a família do educando; aprofundar os conteúdos favorecendo a aprendizagem.

Portanto, o processo de avaliação acontece com a utilização trimestral de no

mínimo 02 (dois) e no máximo 10 (dez) instrumentos de avaliação e no mínimo 02

(dois) e no máximo 10 (dez) instrumentos de reavalição (recuperação). Caso o

docente opte pelo mínimo de instrumentos de avaliação/recuperação, ou seja, 02

(dois) instrumentos, esses instrumentos de avaliação/recuperação devem ser

diferentes. Os valores definidos para cada instrumento de avaliação/recuperação

ficará ao encargo do docente da disciplina. Ao final de cada trimestre, o valor

somado dos instrumentos de avaliação deve totalizar 10,0 (dez) pontos. É vedado

ao docente submeter o educando a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação e de reavaliação (recuperação).

Os critérios de avaliação serão elaborados em consonância com a

organização curricular e descritos na Proposta Pedagógica e no Plano de Trabalho

Docente.

Na avaliação do aluno, devem ser considerados os resultados obtidos durante

todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento

escolar, tomado na sua melhor forma. Ao detectar os avanços e as necessidades do

educando, durante as atividades avaliativas, o docente poderá estabelecer novas

ações pedagógicas, juntamente com a equipe pedagógica e a família do educando.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), por disciplina, sendo que o rendimento

mínimo exigido será 6,0 (seis vírgula zero).

Reafirmando, a nota no decorrer de cada trimestre deverá ser somatória.

Para efeito de cálculo da média anual será aplicada a seguinte fórmula:

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Média anual = (nota do 1º trimestre) + (nota do 2º trimestre) + (nota do 3º trimestre)

__________________________________________________________ maior ou igual a 6,0

(seis vírgula zero)

3

Os resultados das avaliações deverão ser registrados no sistema Registro de

Classe Online (RCO), digitados pelo docente da disciplina e, posteriormente,

transferidos de forma digital ao Sistema Estadual de Registro Escolar (SERE), pela

secretaria da escola. E, informados aos pais ou responsáveis através do Boletim

Escolar.

O Boletim Escolar poderá ser encaminhado aos pais ou responsáveis

diretamente pelo educando, no caso de todas as disciplinas serem consideradas

satisfatórias quanto à aprendizagem e assiduidade ou em reuniões coletivas (pais ou

responsáveis, professores, equipe pedagógica, direção), para que os mesmos

fiquem cientes dos resultados da aprendizagem obtidos por seus filhos e tenham a

oportunidade de conversar com os professores regentes das disciplinas. Salienta-se

que, esta não é a única forma de entrega de boletins para as famílias.

Recuperação de estudos é a retomada do conteúdo, necessária após a

correção dos instrumentos avaliativos. O docente diagnostica os critérios não

atingidos, retoma o conteúdo em sala, explica o não entendido e em seguida aplica

outro instrumento de reavaliação. Reavaliação não pressupõe necessariamente

prova. O professor tem autonomia de planejar este instrumento desde que ele

oportunize que o conhecimento apropriado seja sistematizado em outro instrumento

avaliativo que expresse o rendimento do aluno. Este processo se caracteriza por

avaliação, retomada e reavaliação.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo de ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período avaliativo

trimestral, assegurando a todos os educandos novas oportunidades de

aprendizagem.

A oferta de recuperação de estudos é obrigatória e visa garantir a efetiva

apropriação dos conteúdos básicos, portanto, deve ser oportunizada a todos os

educandos, independente de estarem ou não com o rendimento acima da média.

É vetada a aplicação de instrumento de reavaliação sem a retomada dos

conteúdos.

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É vetado oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo

do período avaliativo trimestral.

Entre a nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá sempre a maior.

A Promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno

expresso na forma de notas e apuração da assiduidade. Para aprovação exige-se

média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) do cômputo geral das 800 horas do ano letivo.

Todo estudante possui o direito de ser avaliado. Nesse sentido, terá direito a

uma segunda oportunidade de avaliação ou recuperação aquele que justificar, por

motivos legais, devidamente comprovados e/ou apresentar requerimento assinado

pelo responsável legal, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas de dia útil.

A avaliação e recuperação dos estudantes da Educação Especial deverá ser

flexibilizada, através da diferenciação curricular, adotando diferentes critérios,

instrumentos, procedimentos e temporalidade, de forma a atender às

especificidades.

O Conselho de Classe é parte integrante do processo avaliativo, onde todos

os sujeitos, de forma coletiva, se posicionam frente ao diagnóstico, analisam e

discutem acerca dos dados, avanços, problemas e proposições, para a tomada de

decisões que contemplem encaminhamentos relacionados às metodologias, ações e

estratégias que visem à aprendizagem e que levem em conta as

necessidades/dificuldades dos estudantes. Obrigatoriamente, realizaremos três

Conselhos de Classe durante o ano letivo, contemplando Pré-Conselho, Conselho

de Classe e Pós-Conselho.

No final do ano letivo, o estudante que apresentar frequência igual ou superior

a 75% (setenta e cinco por cento) e rendimento escolar inferior à média 6,0 (seis

vírgula zero), após a recuperação de estudos, será submetido à análise do Conselho

de Classe Final, que emitirá parecer favorável ou desfavorável à aprovação do

estudante. Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os estudantes que

demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrarem

condições de dar continuidade aos estudos no ano seguinte.

Os estudantes serão considerados retidos no final do ano letivo quando

apresentarem: frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independente do

aproveitamento escolar e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em disciplinas da

matriz curricular.

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A disciplina de Ensino Religioso não se constitui objeto de aprovação e

reprovação, no entanto, suas frequências deverão ser consideradas no cômputo

geral mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) para aprovação.

10.21. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

A Escola Estadual Nossa Senhora das Graças oportuniza a classificação e a

reclassificação na vida escolar dos estudantes, conforme a legislação vigente.

Classificação é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota paraposicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência edesenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada: por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano/série, na

própria escola;

por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno no ano/série compatível ao seu grau de desenvolvimento e

experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

organizar comissão formada por docentes, pedagogas e direção da escola para

efetivar o processo;

proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental,

ou seja, 1º (primeiro) ano do Ensino Fundamental.

Reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o

grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de

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estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do

que registre o seu Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem a possibilidade de avanço na

aprendizagem do estudante, devidamente matriculado e com frequência em um

determinado ano/série, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma

possa iniciar o processo de reclassificação e, após, os professores elaboram

instrumentos avaliativos que possibilitem uma análise do desempenho escolar do

estudante.

Quem avalia a competência e reclassifica é a escola. Não é um processo

automático.

O aluno deverá estar matriculado na escola, no ano/série para o qual foi

classificado no ano anterior.

Os pais ou responsáveis poderão solicitar aceleração de estudos através do

processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.

A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e

seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de

obter o devido consentimento.

A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe

do Núcleo Regional de Educação, instituirá comissão, conforme orientações

emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem

a necessidade da reclassificação.

Cabe à comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,

para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno, com o resultado final e

assinado pela comissão.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem e frequência

escolar.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará

a Pasta Individual do aluno.

O resultado final do processo de reclassificação realizado pela escola será

registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED e no Histórico Escolar.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada, ou

seja, nenhum aluno pode regredir em sua etapa de estudos já cursada.

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Atualmente a Instrução nº 08/2017 – SUED/SEED de 09/02/2017 orienta o

processo de reclassificação de estudantes no Estado do Paraná.

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11. ARTIGO DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE) DA

PROFESSORA PEDAGOGA ARILDA MOLETTA: FAMÍLIA E ESCOLA: uma

parceria imprescindível para o sucesso escolar do aluno

O estudo, abaixo apresentado, não pretende esgotar o assunto a respeito da

relação família escola. Pretende estabelecer laços de colaboração entre a família e a

escola para diminuir barreiras, participar e colaborar na aprendizagem dos filhos, ou

seja, no crescimento pessoal e intelectual dos educandos.

Apresenta-se em três subtítulos:

O papel da família para o sucesso escolar.

O papel da escola para o sucesso escolar.

Parceria família e escola.

O artigo, abaixo apresentado, cumpre o princípio expresso no artigo 12, inciso

XI, da Deliberação n° 02/2018 – CEE/PR, ao abordar a integração da escola com a

comunidade, visando à celeridade na elaboração do PPP, uma vez que o artigo já

estava pronto. A comunidade escolar tem autonomia para escrever outro texto

relatando a integração família/escola, para substituir o artigo ora apresentado,

quando o PPP 2019 for reavaliado.

11.1. O PAPEL DA FAMÍLIA PARA O SUCESSO ESCOLAR

Segundo Orsi (2003), o homem necessita se unir a um outro humano para

garantir sua sobrevivência biológica e psíquica. “Com isso, a família torna-se o

agrupamento responsável para assegurar a sobrevivência biológica da espécie,

promovendo as bases para o desenvolvimento psíquico e o aprendizado da

convivência social.” (2003, p.12). Ao longo dos tempos, a família adquire formas e

funcionamentos bastante diversos, de acordo com o lugar, o momento histórico e os

fatores sociais, políticos, econômicos e religiosos predominantes em uma dada

cultura. Assim, os indivíduos passam a ter um novo comportamento, diferente de

seus antepassados, porque a sociedade se produz sob diferentes bases e sua

organização foi se modificando em decorrência de cada um dos fatores acima

descritos.

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Para a autora, estudar a história social da família contribui substancialmente

para a compreensão dos fenômenos e descontentamentos atuais relativos à família

contemporânea. A história da família não é homogênea, nem linear, mas

descontínua. Portanto, os modelos de estruturas familiares, por suas diferentes

configurações e padrões distintos de funcionamento, devem ser considerados

sempre dentro do contexto histórico-social no qual estão inseridos.

Orsi (2003, p. 1) sustenta que “a partir da teoria freudiana, a família tem sido

tomada como referencial explicativo para o desenvolvimento emocional da criança e

como lugar potencialmente produtor de indivíduos saudáveis ou adoecidos.”.

É por meio das relações familiares que cada ser humano se faz e se constrói

capaz de relacionar-se consigo mesmo, com o mundo e com os outros. É por meio

do afeto, do aconchego, da ternura, da compreensão dos pais, do calor humano

dado por eles, que os vínculos afetivos são reforçados e se tornam a base para

futuros relacionamentos na fase adulta.

De acordo com Winnicott,

os bons cuidados maternos iniciais, uma vez internalizados, levam aodesenvolvimento da responsabilidade, da capacidade de cuidar de simesmo, da construção de uma personalidade segura e da inserção eadaptação social. O autor relaciona a “boa infância” à “boa cidadania”. [...]Destaca, ainda, o valor da capacidade da mãe de se permitir dizer não, delimitar e intermediar alguns desejos do filho com o fim de abrir espaço parao gesto criativo e outras possibilidades de satisfação, que são fundamentaisà aprendizagem de modo geral. (citado por ORSI, 2003, p.35-36).

A partir do capitalismo (século XX), fundamentado no desenvolvimento

tecnocientífico, modificam-se as concepções, os valores, os gostos, as regras de

conduta, as habilidades cognitivas, os hábitos e, fundamentalmente, a subjetividade

e os ideais humanos. Desde então, privilegia-se o individualismo, a falta de tempo e

o consumo acelerado. Ter é mais importante que ser.

Na década de 70, afirma Orsi (2003, p.44)

a família foi marcada pela passagem de uma estrutura patriarcal para umtipo de organização nuclear, como resultante de dois fatores importantes: ocrescimento rápido e desordenado dos centros urbanos - causado pelo fluxomigratório das zonas rurais - e pelo ingresso da mulher no mercado detrabalho.

Desde então, a mulher passa a partilhar com o homem o exercício do poder,

que era prerrogativa masculina quanto às decisões econômicas, colaborando ou até

respondendo pelo orçamento familiar. O relacionamento entre o casal passa a ser

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semelhante, à medida que as mulheres conquistam mais autonomia, liberdade, voz

e voto. A educação dos filhos pode ser realizada pelo homem ou pela mulher.

Porém, muitas vezes, ambos vivem em clima de tensão: medo de desemprego, de

falta de atualização profissional.

Na década de 80, começaram a aparecer, de forma mais marcante, asfamílias reconstituídas, com filhos de casamentos anteriores convivendocom filhos frutos de novas uniões. Esse novo arranjo familiar foi favorecidopela lei do divórcio, que legalizou as separações e possibilitou novas uniões.Verificou-se, assim, um aumento significativo no número de famíliasreconstituídas e de famílias monoparentais. (Outeiral, citado por ORSI,2003, p. 45).

Para a autora estudada

Outro fator marcante dos tempos atuais é a reivindicação dos casaishomossexuais, que pedem a legalização de suas uniões e o direito decriarem e educarem filhos. [...] Atualmente, há uma forte tendência emreconhecer a família muito mais como uma instituição afetiva, do queexclusivamente consanguínea (ORSI, 2003, p. 45).

Por isso, não faz sentido falar em desestruturação familiar, muito menos

associar a ideia às classes mais populares. Essas novas possibilidades de união

não levam necessariamente à desorganização.

O bem-estar dos filhos não se encontra associado ao modelo de configuração

da família que pode ter diversas denominações: união livre, união homossexual,

família nuclear, família monoparental (mãe e filhos, pai e filhos e, recentemente,

avós e netos). Orsi (2003, p. 49-50) conclui “a competência familiar depende mais da

qualidade das relações estabelecidas em seu interior do que de estarem os

indivíduos casados, descasados ou recasados”.

Diante de todas as mudanças ocorridas na sociedade e na economia,

ninguém discute que educar não é precisamente fácil.

Orsi (2003), em sua dissertação de mestrado, faz uma análise da influência

da sociedade na família

A sociedade atual, capitalista, globalizada e de consumo, é marcada porvalores que formam a cultura e determinam regras e padrões a seremseguidos. Esses padrões, considerados como referenciais, uma vezmodificados, acarretam transformações na maneira dos indivíduos serelacionarem, em seus desejos e expectativas em relação ao mundo e aooutro. Os padrões alteram-se e as pessoas seguem tentando adaptar-se aeles para se sentirem parte da sociedade. (p.53).

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As transformações ocorridas no âmbito da produção, as tecnologias, fazem

com que o jovem ame o sucesso rápido, o prazer imediato, os holofotes da mídia, e

viva conforme os ditames do capitalismo.

Com o advento da Internet nas sociedades informatizadas, o acesso às

informações ocorre de forma veloz e em grande quantidade.

(...) a sociedade cobra constantemente que o homem moderno sejaatualizado, bem informado e rápido, já que ela oferece recursos para isso.Assim, se por um lado os recursos contribuem para o desenvolvimentotecnológico e científico, trazendo ganhos para a humanidade, por outro,exclui e segrega todo aquele que se recusa ou se vê impedido deacompanhar a velocidade dessas transformações. Mais uma vez, issoreforça a ideia do efeito homogeneizante da cultura atual, onde tudo e todosdevem ser iguais. (ORSI, 2003, p. 57).

Essa rapidez da modernidade inevitavelmente se reflete nos conceitos e

valores que são passados para os filhos. Ao tomar como base a educação e

formação que receberam, os pais sentem-se confusos com relação à educação e

formação que deveriam ou poderiam dar aos filhos. Os pais ficaram flexíveis demais,

muitos deixaram de colocar limites, de estabelecer regras, tornaram-se permissivos;

e os filhos passaram a ser desobedientes, rebeldes, muitas vezes deixando de

estudar, de assumir compromissos profissionais. Adolescentes imediatistas que não

param para pensar, para agir, que descarregam rapidamente suas dificuldades e se

livram dos conflitos.

A relação impulso-pensamento-ação cede lugar a um impulso-ação, cujacaracterística maior é a supressão do pensamento, que necessita de tempopara sua elaboração, e a baixíssima tolerância à frustração, dificuldade depostergar o prazer e a necessidade de descarga das tensões sem mediação(Outeiral, 2001, citado por ORSI, 2003, p.57 e 58).

Entretanto, a missão da família, para ser uma célula saudável da sociedade, é

a formação de pessoas capazes de amar e relacionar-se socialmente de forma

construtiva, comprometidas com o bem comum, agindo com base em sólidos valores

éticos, transmitidos entre seus membros. A lista de valores não é pequena:

honestidade, sensibilidade social, compromisso com transformações humanizadoras

da sociedade, resistência às pressões externas que debilitam e desagregam,

capacidade de indignação frente a injustiças.

Para a psicopedagoga curitibana Parolin (2005)

Educar implica, antes de tudo, apresentar o mundo habitado por outros quetambém têm desejos; apontar caminhos para que a própria criança possa

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desenvolver seu senso crítico, podendo avaliar a sua realidade com baseem valores morais sólidos e não no senso comum. (p. 56-57).

Vale ressaltar que, segundo Gasparin (2009), “os conceitos cotidianos das

coisas e das vivências são conhecidos pelas crianças muito antes de serem

estudados de maneira específica na escola.” (p. 17). A educação precisa ser posta à

disposição da criança. Não há regra definida para educar, quanto mais informações,

amor e confiança se demonstra aos filhos, maior será a chance de sucesso.

Maldonado reforça “Pais e filhos precisam crescer juntos: a cada etapa do

desenvolvimento é preciso fazer ajustes na maneira de lidar com as situações que

surgem” (1997, p. 30).

Se a criança não convive com referências seguras - padrões claros ecoerentes do que é certo ou errado, justo ou injusto – de forma a constituirsua bagagem moral confiante, o resultado será, ao longo da vida, ficar amercê de preferências pessoais que, facilmente, passem a ser considerados“valores”. (CARVALHO, 2009).

Portanto, a base da educação na família está na transmissão de atitudes,

conceitos e comportamentos que possam mostrar aos filhos um caminho a ser

seguido. No mundo agressivo em que vivemos, é preciso que as crianças sintam-se

seguras, onde existam pessoas coerentes, leais, que as ensinem valores como

respeito, perseverança, assim como espírito de luta e de participação. Os padrões

de conduta e atitude, apresentados pelos pais ou pelas pessoas que a cercam,

serão absorvidos e, consequentemente, influenciarão no seu relacionamento social

e no modo de conceber o mundo.

“O estabelecimento de regras no convívio familiar precisa vir acompanhado

de um clima afetivo e da compreensão dessas normas sociais.” (PAROLIN, 2005,

p.55). Os pais demonstram o amor que sentem pelo filho, à medida que se

interessam pelo seu crescimento pessoal e intelectual, sendo presença constante no

seu processo de aprendizagem.

“Muitos pais não repreendem seus filhos na tentativa de os pouparem das

frustrações e dos insucessos. Esquecem, no entanto, que experimentar tais

sentimentos é caminho para o amadurecimento e a competência”. (Parolin, 2005,

p.59).

Féres-Carneiro (1992), realizou um estudo que identifica o que leva uma

família a ter uma interação familiar saudável e concluiu:

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que a interação familiar que favorece a saúde mental de seus membros éaquela em que a comunicação é congruente, clara, com direcionamento ecarga emocional adequadas; as regras colocadas de forma explícita,coerente e flexibilizadas, quando necessário; os papéis familiares bemdefinidos, diferenciados e flexíveis, a liderança presente, diferenciada edemocrática. Sendo assim, os conflitos podem ser expressos semdesvalorização e na busca de soluções. A expressão da agressividadepermitida e utilizada de forma construtiva, a afeição física se mostrapresente e aceita. A interação conjugal ocorre de forma gratificante para ocasal, a individualização se faz presente quando se efetiva a preservaçãodas identidades de cada um e a identidade do grupo favorece a integraçãofamiliar e a auto-estima mais elevada de seus membros. (citado por ORSI,2003, p. 50)

Os pais ou responsáveis devem, sobretudo, educar os filhos para ir mais

longe, não apenas para ser um cidadão ou um trabalhador, mas um homem que seja

capaz de compartilhar e comunicar-se com as pessoas. Despertar a inteligência e a

personalidade da criança para permitir que ela seja alguém por ela mesma

(autonomia). E assim ela será mais livre para fazer suas escolhas, acertar ou

assumir seus erros (aprendizagem).

Marturano (2000, p.93) afirma que “a influência do ambiente familiar no

aprendizado escolar é amplamente reconhecida.” Entretanto, “[...] é preciso cautela,

para não adotar posições extremas, seja isentando a família de qualquer influência,

seja atribuindo a ela toda carga de responsabilidade pelo desempenho escolar do

aluno.” Para tanto, precisa-se examinar [...] “recursos como ambiente físico,

interação pais-filhos, linguagem, clima emocional, práticas educativas e crença dos

pais.”

Para a autora, crianças expostas à ambientes familiares com certas

características vão desenvolver estratégias metacognitivas que favorecem o

sucesso escolar.

Grande parte do trabalho do professor seria facilitado se o estudante jáviesse para a escola pré-disposto para o estudo e se, em casa, ele tivessequem, convencido da importância da escolaridade, o estimulasse a esforçar-se ao máximo para aprender. (PARO, 2007, p. 16).

Segundo Marturano (2000), são recursos do ambiente familiar facilitadores do

desempenho escolar: espaços próprios, onde a criança possa realizar atividades,

bem como estudar, fazer lição de casa; disponibilidade de jogos e materiais

educacionais variados e adequados ao nível de desenvolvimento da criança; a

presença de livros de consulta ou outros materiais de leitura.

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É importante frisar que os recursos do ambiente físico facilitam a

aprendizagem quando os pais funcionam como mediadores, ajudando as crianças a

usá-los. Nota-se que é importante o interesse ativo dos pais na criança, o

investimento de tempo e de recursos na sua criação e educação, assim como, que

os pais sintam prazer em dedicar parte do seu tempo a atividades conjuntas com a

criança.

De acordo com Marturano (2000), exemplos simples da vida quotidiana

ilustram o envolvimento dos pais: ler para a criança e ouvir sua leitura quando ela

solicita; promover e compartilhar atividades de lazer, passeios e férias; assistir a TV

junto com a criança e estimular a conversação sobre o que é visto; acompanhar as

lições de casa e mostrar interesse pelos conteúdos estudados; perguntar sobre a

escola; zelar pelo cumprimento das regras da escola; participar das reuniões da

escola sempre que convocados; monitorar as saídas, companhias e amizades.

Vale ressaltar que não cabe aos pais agir como professores, em casa. O que

sempre ajuda é demonstrar desde cedo e de forma concreta, quanto se valoriza a

educação. Pode-se afirmar ainda, que são estimuladoras atividades como contar

coisas para a criança, fazer comentários sobre o mundo que a cerca, ter disposição

para responder e formular perguntas. Marturano (2000) ressalta que o clima

emocional positivo da família, ou seja, a coesão familiar é fundamental e deve ser

traduzida em disposição para ajuda e apoio recíproco entre seus membros. As

crianças obtêm melhor desempenho escolar quando os adultos em casa são mais

unidos, cooperativos e cordiais. Porém, isso dependerá realmente de como está

estruturada a personalidade dos pais e de suas expectativas positivas e negativas

em relação aos filhos. Cabe lembrar que as expectativas por si só não determinarão

o desempenho da criança e, sim, todo o conjunto de atitudes que decorrem delas.

O progresso escolar, diz Marturano (2000), também está associado a duas

características: suporte à autonomia e estruturação de regras e rotinas.

A autonomia acontece quando há estímulo à independência, quando os pais

exigem que a criança resolva problemas por si mesma, prestando todo o apoio e a

assistência de que necessite. Quanto à estruturação de regras e rotinas é importante

que os pais procurem fazer com que a vida da criança esteja cercada de aspectos

que permaneçam constantes (horários, rotinas cotidianas), combinados de vez em

quando com uma certa dose de novidade.

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A partir das considerações de Marturano (2000), acredita-se que o ambiente

familiar estável contribui positivamente para o bom desempenho da criança na

escola, mas não garante o sucesso escolar, porque este depende de outros fatores

que não exclusivamente os familiares.

Admitida a necessidade de envolvimento dos pais, é um direito dos mesmos

terem acesso à informação sobre o que eles podem fazer para facilitar o

aprendizado escolar de seus filhos, e isto é um dever da escola, que através da

gestão democrática, pode oportunizar esta participação.

11.2. O PAPEL DA ESCOLA PARA O SUCESSO ESCOLAR

A escola é o espaço social responsável pela apropriação do saber universal e

pela socialização deste saber, ou seja, responsável pela apropriação crítica e

histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade

social e atuação crítica e democrática para a transformação desta realidade.

[...] formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, quecompreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos eque, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadãe transformadora na sociedade (DCE – PARANÁ - SEED, 2009, p.31).

Arco-Verde (2006), na ocasião, Superintendente da Educação da SEED-PR,

na Introdução às Diretrizes Curriculares afirma que uma escola que assume a

responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social,

deve empenhar-se na construção de uma proposta para a realização deste objetivo,

e ainda, os sujeitos, que dela participam, devem possibilitar a formação do cidadão

participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. (PARANÁ, 2006)

Assim sendo, Zagury (2002) reforça que criticar, acompanhar e zelar para que

as crianças e jovens recebam da escola o tratamento e a educação esperados e

sonhados são um direito e um dever dos pais ou responsáveis. Também comenta

que se a escola não é ainda hoje aquela ideal, por outro lado, é ainda o único lugar

em que as crianças e jovens encontram pessoas que dedicam suas vidas – assim

como os pais – à formação das novas gerações.

Não se pretende na escola formar especialistas, mas dar acesso aossaberes e conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens epor intermédio destas, garantir aos estudantes a leitura do mundo e

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diferentes formas de expressão sobre a sociedade que vivemos (PARANÁ -ARCO-VERDE, 2006, p. 26).

O exposto por Arco-Verde só ocorrerá se a escola tiver um projeto pedagógico

compatível com esse objetivo e que realmente seja colocado em prática, que não

fique apenas no papel. No Estado do Paraná este projeto chama-se Projeto Político-

Pedagógico (PPP).

Colus & Lima (2007) salientam

[...] as representações sociais dos professores sobre a família de alunoscom dificuldades de aprendizagem revelam que o desempenho escolarinsatisfatório do educando é causado pela família, que não acompanha astarefas escolares e que não se interessa pelo cotidiano escolar de seusfilhos. Com isso, a escola se exime de suas responsabilidades sociais edelega o fracasso destes alunos a sua família “desestruturada” (p.206).

Parolin (2009), no Jornal Mundo Jovem, publicou um artigo “Aprendizagem:

um olhar psicopedagógico” e nele afirma

A escola tem de trabalhar naquilo que lhe compete: ensinar. Habituar-sebuscando conhecimento e desenvolvendo competência. Estudar, rever aspráticas cristalizadas.Para bem ensinar, necessitamos nos dispor ao outro que é nosso aluno,percebê-lo, caminhar com ele, estar junto. Tão importante quanto conhecero conteúdo que se ensina é saber o como se pode ensinar, prestandoatenção no clima e no tom em que essas aprendizagens acontecem (p. 5).

E Paro no texto “A escola pública que queremos” complementa “Depende de

eu buscar condições para cativá-lo, seduzí-lo democraticamente”. (2007, p. 47)

Liberdade se constrói com o outro: no diálogo, e isso é democracia.

Além disso, é importante que a escola olhe atentamente para aquilo que épróprio da formação de seus professores. Por mais que a escola invista emrecursos tecnológicos e se enriqueça com o saber científico, tais recursosjamais poderão substituir a presença humana, porquanto a criançanecessita do professor como mediador, modelo de identificação e balizadorna sua interação com o saber e com a realidade (ORSI, 2003, p. 131).

Percebe-se a importância do conhecimento ser compreendido como

ferramenta de mudança do mundo. O professor passa a ser compreendido como um

mediador do conhecimento que também pesquisa e aprende com seus alunos. Tanto

o aluno como o professor compartilham seus conhecimentos e seus processos de

aprendizagem, aprendendo um com o outro.

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“O professor, [...], que encanta os alunos reúne em si uma série de

qualidades; talvez as mais importantes sejam: dominar o conteúdo, ter entusiasmo

pelo que faz e habilidade de comunicação.” (ZAGURY, 2002, p. 158).

Paro (2007, p.13) argumenta “a alegação da falta de interesse do aluno como

justificativa para o mau desempenho escolar precisa ser combatida de forma radical,

porque ela implica a própria renúncia da escola a uma de suas funções mais

essenciais”: educar. O professor, como detentor do conhecimento, tem

compromisso com o aprendizado do aluno.

E o papel do professor é o de garantir que o conhecimento seja adquirido,às vezes mesmo contra a vontade imediata da criança, queespontaneamente não tem condições de enveredar para a realização dosesforços necessários à aquisição dos conteúdos mais ricos e sem os quaisela não terá vez, não terá chance de participar da sociedade (SAVIANI,1991, p. 60).

A ação docente é complexa e o sucesso desta ação, segundo Kuenzer

(1999), precisará de um educador “[...] conhecedor da sociedade de seu tempo, das

relações entre educação, economia e sociedade, dos conteúdos específicos, das

formas de ensinar, e daquele que é a razão do seu trabalho: o aluno”. (citado por

Introdução do Documento Síntese do PDE, p. 12).

O professor é autoridade competente, direciona o processo pedagógico,

interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento e para isso

precisa ser respeitado e respeitar seus alunos – relação professor-aluno com

qualidade.

Um bom professor é a peça chave na mudança educacional. O discurso e a

postura do professor interferem na produção de “tipos” de alunos e cada turma

existente na escola pode ter uma reação diferenciada, dependendo da forma com

que se constroem estas relações. A construção de imagens e estereótipos: o “bom

aluno”, o “bagunceiro”, o “tímido”, o “doidão”, o “esforçado” interfere no desempenho

escolar do aluno e da turma, refletindo também em seu desempenho social, fora da

escola.

Em suma, “o resultado educacional excelente se alcança pela coerência de

projeto, pela coesão da equipe educacional, pela autenticidade dos objetivos e -

especialmente – pela forma com que tudo isso ocorre na prática, na maior parte do

tempo, com a maior parte dos alunos.” (ZAGURY, 2002, p. 212).

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11.3. PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA

A integração da comunidade (pais ou responsáveis pelos alunos) com a

escola tem sido objeto de preocupação de muitas pesquisas, de vários autores.

Entre esses autores, Paro ressalta que a escola deve buscar uma relação de

continuidade entre a educação familiar e a escolar, e para tal, criar formas de obter a

adesão da família e da comunidade.

[...] a oportunidade de participarem melhor da educação dos filhos, pormeio, por exemplo, da instituição de grupos de formação de pais,proporcionados pela escola, sob a coordenação de educadores, em que ospais discutam questões da educação de seus filhos e possam melhor sefamiliarizar com as ações educativas da escola (PARO, 2010, p. 15).

Para que esta parceria dê certo é preciso não partir do princípio de que a

família necessita ser ajudada pela escola e sim de que a escola precisa da família,

para que juntas encontrem alternativas para a solução dos problemas que as

afligem.

Diante disso, é oportuno destacar a importância da participação dos pais na

escola, não como expectadores, mas como pessoas que venham colaborar, avaliar

e opinar sobre questões que possam ajudar no desempenho da instituição, para

compreender o seu funcionamento, estabelecendo assim compromisso e confiança,

que possibilitará a melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem.

Parolin defende que na gestão democrática é preciso diferenciar papéis

(escola e família) e encontrar um eixo comum, integrador do trabalho de todos os

envolvidos com a aprendizagem. E que esse eixo comum seja sempre o aluno e

suas reais necessidades educacionais.

Que não existam culpados ou inocentes, mas pessoas envolvidas na tarefade educar e de promover mudanças que sejam favoráveis à retomada domovimento de aprendizagem. A atitude da família e da escola é quepotencializa ou minora o quadro como um todo. (PAROLIN, 2005, p.18-19).

É preciso tirar o foco da criança, como aquela que não aprende, e possibilitar

uma conversa em que todos se responsabilizam pela própria participação no

processo de aprendizagem.

Paro (2008) considera que a participação da população na escola, só trará

bons resultados e conseguirá algumas mudanças a partir de uma posição positiva

da escola, em relação aos usuários, quando a escola tomar consciência de que a

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participação é importante, não como favor concedido, mas como direito que deve ser

exercido e respeitado, só assim a gestão democrática será concretizada. Paro

(2007) aponta que para isso, é preciso que, o aluno seja considerado sujeito de seu

próprio aprendizado, seja recebido pela escola como um todo, com seus sonhos e

sua bagagem anterior, e ainda que os pais sejam respeitados e que a escola

trabalhe em interação com eles. Por esse caminho, pais, alunos, professores e

diretores poderão deliberar em conjunto como deve ser a escola e assim atender as

reais necessidades de seus educandos.

Para Bordenave (1986), a participação na família, na escola, no trabalho, na

comunidade pode ser encarada como uma etapa de aprendizagem para a

participação em um nível mais elevado, a política, por exemplo.

Vale dizer, que se aprende a participar, participando, mas esta não é a

solução, nem todos os problemas se resolverão por esse caminho. A gestão

democrática da escola é a resposta para este equilíbrio, visto que deve permitir a

efetiva participação de todos na gestão do processo escolar.

Libâneo (2004) descreve o conceito de participação como sendo

[...] a atuação dos profissionais da educação e dos usuários (alunos e pais)na gestão da escola. [...] participação como meio de conquista da autonomiada escola, dos professores, dos alunos, constituindo-se como práticaformativa, como elemento pedagógico, metodológico e curricular. [...] pormeio de canais de participação da comunidade, a escola deixa de ser umaredoma, um lugar fechado e separado da realidade, para conquistar o statusde uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil (p.139).

A participação dos pais ou responsáveis no processo educativo é uma

importante ação que traduz em melhoria no desempenho escolar dos filhos.

Entretanto, nem sempre essa consonância acontece quando se forma o vínculo

entre diretores, professores e coordenadores pedagógicos e a família dos alunos.

Crianças e jovens são levados para a escola com o objetivo de que aprendam

os conteúdos e se preparem para a vida.

Os professores esperam que os alunos cheguem à sala de aula interessados

em aprender, prontos para o convívio social e para o trabalho disciplinado.

Quando estas expectativas não acontecem da maneira como se espera, não

adianta reclamar, nem culpar ninguém, é preciso pôr em prática atitudes de co-

responsabilidade para ajudar o aluno – razão de ser da relação entre a família e a

escola.

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A participação efetiva dos pais nas decisões e encaminhamentos

pedagógicos e administrativos deve ser conquistada pela escola. A família precisa

sentir, e ser levada a sentir, a educação como uma co-responsabilidade de escola e

pais.

Segundo Paro (2010), no texto Estrutura da Escola e Prática Educacional

Democrática, algumas questões precisam ser lembradas para facilitar a participação

dos familiares nos mecanismos de participação coletiva na escola:

os representantes da comunidade precisam de tempo e espaço (na escola)

para se reunir e levar para as reuniões seus reais interesses;

liberdade de expressão, onde todos têm espaço para demonstrar seu

conhecimento, que é único e que poderá ser somado aos conhecimentos dos

demais.

A escola, ainda precisa perceber o

[...] constrangimento que muitos pais das camadas menos favorecidassentem em lidar com pessoas com nível escolar superior ao seu, o que ascoloca em desvantagem nas discussões do conselho de escola e outras.Isso requer iniciativas que possibilitem conscientizar os educadoresescolares a respeito da importância de uma melhor acolhida e compreensãodos pais ou responsáveis que concorram para minimizar esseconstrangimento (PARO, 2010, p.15).

Ainda, segundo o autor, para facilitar a participação direta, presencial, dos

pais ou responsáveis na vida da escola precisa de:

tomada de consciência, por parte dos educadores, da importância da

participação dos pais na vida escolar de seus filhos, e da necessária

continuidade entre educação familiar e escolar;

esclarecimento aos pais a respeito dessa continuidade, através de grupos de

formação de pais, onde se discutam questões da educação de seus filhos e

possam melhor se familiarizar com as ações educativas da escola;

desenvolvimento de uma visão positiva nos educadores a respeito da

importância da escola para a comunidade, induzindo os professores a entrarem

em contato direto com as famílias de seus alunos, para sentirem os problemas de

sua realidade e desenvolverem maior compreensão e generosidade com relação

a esses problemas;

promover o estímulo e a facilitação da utilização, pela comunidade, do espaço

escolar e seus equipamentos nos horários alternativos às atividades de ensino.

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Todas essas medidas têm por finalidade inverter a visão que se tem da escola

pública, como local onde os pais são chamados apenas para resolver problemas de

disciplina de seus filhos ou para tomar ciência de que estão indo mal nos estudos

por culpa deles mesmos ou da família. Em vez disso, é preciso levar a comunidade

a ter uma concepção positiva da escola, onde são acolhidos e respeitados seus

direitos de cidadão.

“[...] a fórmula para a relação família-escola seria a seguinte: maisenvolvimento dos pais em casa equivale a maior aproveitamento epermanência na escola por parte dos alunos; mais participação dos pais nasescolas resulta em melhores escolas” (CARVALHO, 2010, p.4)

Parolin (2005) afirma que, são três os aspectos que devem ser considerados

quando se constata alguma dificuldade de aprendizagem: a família dessa criança, a

escola e as possibilidades e limites dela própria.

Igualmente a excelência do aluno, é fruto de muitas variáveis, tais como, o

suporte da família através de um ambiente favorável ao aprendizado, o talento

individual e os estímulos promovidos pela escola.

Para que a escola dê conta de alcançar resultados satisfatórios, pode

promover um apanhado de ajustes, entre eles, o constante intercâmbio com a

família e o incentivo para que haja envolvimento dos pais na vida escolar. O

envolvimento dos adultos com a Educação fornece as crianças um suporte

emocional e afetivo que se reflete no desempenho.

Quando o assunto é aprendizagem, o papel de cada um está bem claro, da

escola: ensinar, e dos pais: acompanhar e fazer sugestões. Porém, se o tema é

comportamento, as ações exigem cumplicidade redobrada. Ao perceber que existem

problemas pessoais que se refletem em atitudes que atrapalham o desempenho em

sala de aula, os pais devem ser chamados e ouvidos, e as soluções, construídas em

conjunto, sem julgamento ou atribuição de culpa. Um bom começo é ter um diálogo

baseado no respeito e na crença de que é possível resolver a questão.

tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar ascrianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidadesque a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam destamesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educaruma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seuprojeto educativo. (Parolin, 2003, p.99, citado por BRILHANTE, 2004).

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Segundo Oliveira & Souza & Oliveira (1996, p. 12-13), a colaboração da

família em relação à ação educativa da escola se dá quando os pais: atendem às

solicitações da escola para participarem de reuniões, palestras ou outras atividades;

respeitam o calendário escolar, evitando faltas dos filhos às aulas; buscam

constantemente informações sobre adaptação, convivência e aproveitamento dos

filhos; procuram acompanhar as tarefas escolares diárias sem resolvê-las para os

filhos; buscam alternativas junto à escola, que levem à verdadeira aprendizagem;

conhecem e acompanham o processo de avaliação para verificar os avanços ou

dificuldades da criança; conversam com os professores; orientam seus filhos sobre a

importância da educação para a vida.

Brilhante (2004) considera ser fundamental e urgente esta parceria,

entretanto, os pais devem compreender que a escola não deve exercer a função

moral da família, a escola pode apenas contribuir. Para isso, será necessário, que a

escola promova um projeto de sensibilização junto às famílias de seus alunos,

salientando a importância do dever de cada um no desenvolvimento da criança e

que embora essa parceria escola e família seja essencial, cada um deve conservar

suas particularidades.

O Portal Educacional do Estado do Paraná traz algumas ações para

aproximar os pais do trabalho pedagógico. Entre elas: visitar as famílias dos alunos

em casa, para conhecer o bairro, a residência e os pais dos estudantes; fazer uma

entrevista com os pais e os alunos para conhecer para quem e com quem se

trabalha; criar uma escola de pais com palestras e debates, com a finalidade de

atingir os pais enquanto educadores, sensibilizando-os de sua responsabilidade na

formação de seus filhos; marcar encontros em horários adequados para os pais.

Espera-se que o estudo acima sirva de subsídio para uma reflexão mais

aprimorada acerca da parceria família e escola e que a participação não seja uma

oportunidade aberta a alguns privilegiados, mas, uma oportunidade efetiva e

acessível a todas as famílias.

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12. SUBSÍDIOS TEÓRICO-METDOLÓGICOS DOS PROFESSORES DO PDE E

DOS PROFESSORES COM MESTRADO

Professor com formação do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)e seu respectivo Artigo ou Produção Didático-Pedagógica e Professor com

Mestrado e sua respectiva Dissertação

NOME ÁREA DE ESTUDO ARTIGO, PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA OU DISSERTAÇÃO

Andréa Luiza Gontarz Suidnicki

Geografia Água: fonte de vida, um bem escasso.

Arilda da Luz Moletta Pedagogia Família e Escola: uma parceriaimprescindível para o sucesso escolardo aluno.

Cássia Regina Pauluk Matemática Jogos: uma nova estratégia de avaliarmatemática.

Evelyn Luitz Matemática As ações do gestor escolar comoarticulador do processo democrático edo envolvimento da comunidadeescolar nas questões referentes aoprocesso ensino e aprendizagem.

Fábio Kruk História De “laboriosos e morigerados” aempecilhos para a Nação: colonizaçãoe escolarização dos imigrantespoloneses em Irati – Pr (1990 – 1939).

Frederico Ruva Neto Educação Física A influência do sistema TeachingGames for Anderstanding notreinamento do Futebol de Campo

Janete Aparecida Gliczynski Pereira

Língua Portuguesa O Gênero Divulgação Científica: umaproposta de leitura a partir da óticaBakhtiniana.

Juliana Bastos História Memória e patrimônio cultural dosimigrantes Ucranianos e Poloneses emIrati – Pr: vivenciando o ensino dehistória local com estudantes do 8ºano.

Luciana Scheneider Língua Portuguesa “Mãos que falam: o ensino da LínguaPortuguesa aos surdos do EnsinoSupletivo no Paraná”. UNC/UNICAMP

Mari Estela Tcmolo Mores Matemática Cálculo Mental: uma ferramenta para aformação do raciocínio lógico.

Maria Inês Gomes Pedagogia Bullying: a propagação do fenômeno eo limite da ação escolar.

Silvane Deila Feix Espanhol Políticas linguísticas e gestão delínguas em escolas interculturais defronteira: Brasil/Paraguai.

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13. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES – METAS

É uma estratégia para que a escola planeje, monitore, execute e avalie os

desafios levantados a partir do diagnóstico da realidade em que a Escola Estadual

Nossa Senhora das Graças está inserida.

Abrange: alunos, famílias, professores, pedagogas, agentes educacionais,

direção e demais envolvidos com a comunidade escolar. O intuito é buscar a solução

de problemas que impedem a escolarização plena dos educandos.

13.1. AÇÕES DESENVOLVIDAS E EM ANDAMENTO, COM O OBJETIVO DE

ESTIMULAR A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS REPROVADOS E

APROVADOS POR CONSELHO DE CLASSE

Convocação de reuniões e conversas individuais com os pais ou

responsáveis pelos alunos reprovados e aprovados por conselho de classe para

conscientizá-los da importância de acompanhar a escolarização dos filhos;

Conversa da direção, equipe pedagógica e professores com os alunos

acentuando a importância de dedicar-se aos estudos e assim alcançar resultados

satisfatórios no processo ensino-aprendizagem;

Os professores recebendo informações prévias junto à equipe pedagógica,

sobre os alunos com dificuldade ou defasagem de aprendizagem;

Encaminhamento dos alunos que apresentam defasagem de conteúdos (nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática) para a Sala de Apoio à

Aprendizagem (SAA) e/ou necessidade educacional especializada para a Sala de

Recursos Multifuncional (SEM);

Auxiliar o resgate e superação dos conteúdos defasados dos anos anteriores,

articulando teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades

práticas experimentais;

Proporcionar aos alunos atividades enriquecedoras e estimular a curiosidade

pelos conteúdos disciplinares, contextualizando-os;

Conscientizar os alunos da importância de serem responsáveis e dedicar-se

mais aos estudos, para vencer as dificuldades de aprendizagem e alcançar

resultados satisfatórios;

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Valorizar a leitura em todos os conteúdos disciplinares desenvolvendo o

raciocínio crítico;

13.2. AÇÕES QUE VISAM ORGANIZAR O AMBIENTE ESCOLAR E ESTIMULAR O

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Conscientizar e responsabilizar os alunos por suas ações enquanto

estudantes, através do trabalho pedagógico referente à frase: “Você faz parte de

seu cuidado enquanto está na escola”.

Incentivo e promoção de aprendizagem significativa, como: participação da

OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas);

Orientar alunos e pais ou responsáveis sobre o rendimento escolar:

assembleia de pais, alunos e professores;

Orientar os alunos a seguir as normas da escola e com isso manter a

disciplina para que o aprendizado aconteça;

Escolha do aluno líder e do aluno vice-líder de turma (em todas as turmas);

Escolha do professor(a) regente de turma (para todas as turmas);

Orientar os representantes de turma quanto as suas atribuições;

Estratégias para o bom convívio e ensino-aprendizagem: aulas bem

preparadas, que instiguem a curiosidade e o interesse dos alunos;

Elaboração de atividades que priorizem o conhecimento científico e

provoquem o desenvolvimento do senso crítico para que, com isso, se efetive o

exercício da cidadania;

Desenvolver o senso de responsabilidade no que se refere à entrega de

tarefas, trabalhos e avaliações, em dia;

Utilizar diferentes instrumentos de avaliação para atender às múltiplas

aprendizagens;

Registro de alunos faltosos no SERP (Sistema Educacional da Rede de

Proteção) para resgate da vida escolar destes alunos;

Estudo do caderno do programa de Combate ao Abandono Escolar por todos

os envolvidos com o processo de escolarização dos educandos;

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Parceria com estagiários da UNICENTRO para aulas de reforço de

Matemática e assim contribuir nos estudos para a participação na Olimpíada

Brasileira de Matemática e aprimorar os conhecimentos matemáticos;

Parceria com a UNICENTRO recebendo estagiários dos cursos de Pedagogia

e de Psicologia, para estagiar na escola, a fim de agregar conhecimentos para

melhor atender os alunos;

Indicar aos pais ou responsáveis exames otorrino, laringo, oftálmico e outros,

sempre que o aluno manifestar dificuldade de concentração e/ou mudança de

comportamento que altere ou prejudique o rendimento escolar;

Colaborar com a família atendendo o educando individualmente, orientando-o

e através de encontros de formação para os responsáveis legais;

Promover a formação continuada da comunidade educativa, a fim de adquirir

competências que a tornem apta a enfrentar as diferentes situações da

sociedade hodierna.

13.3. AÇÕES PARA PREVENIR E ERRADICAR O BULLYING NA ESCOLA

Bullying se refere a toda e qualquer atitude agressiva, verbal ou física,

intencional e repetitiva, provocada por um ou mais indivíduos. Deve ser evitada ou

mesmo erradicada. Suas consequências causam dor e angústia, podendo ter o

objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa que não tem possibilidade ou

capacidade de se defender, sendo realizada dentro de uma relação desigual de

força ou poder.

No âmbito escolar, tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer

consequências psicológicas. Faz-se necessário, atenção constante dos

responsáveis legais e dos educadores do ambiente escolar, para que tal ação não

aconteça.

Desde o primeiro dia de aula estabelecer normas claras de que o bullying não

é tolerado na escola. As vítimas devem comunicar imediatamente ao

professor(a), pedagoga e/ou à diretora, sendo que os casos mais graves serão

repassados ao Conselho Tutelar do município;

Explanação sobre o tema Bullying aos pais ou responsáveis na reunião do

início do ano letivo;

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Esclarecer e promover debate sobre o tema Bullying;

Mobilizar os alunos a pesquisar sobre o tema;

Participação: de modo que os alunos busquem soluções para modificar o

comportamento considerado Bullying;

Objetividade: sempre que ocorrer alguma situação de Bullying, lidar com a

situação imediatamente, conversando com os autores e alvos, aplicar medidas

pedagógicas de conscientização e comunicar aos pais ou responsáveis;

Buscar intervenção da patrulha escolar com palestras e orientações, sempre

que necessário, sobre o assunto;

Escola sem Bullying: acontecerá quando o comportamento ético e solidário,

acontecer como ponto de partida para o reconhecimento dos deveres e direitos da

cidadania, para a prática do humanismo contemporâneo, para o reconhecimento,

respeito e acolhimento da identidade do outro.

Quanto ao Cyberbullying a escola orienta os alunos para o uso responsável e

ético dos recursos tecnológicos, assim como para os perigos do mundo virtual,

alertando para não fornecerem informações pessoais a estranhos, mesmo que

sejam amigos virtuais. Orienta, ainda, sobre os crimes que são praticados online e

que o “anonimato” e a menoridade não lhes isentarão das punições previstas em lei.

13.4. AÇÕES PARA A FORMAÇÃO CULTURAL E HUMANA

Participação dos alunos nos Jogos Escolares municipais, regionais e

estaduais;

Realização da Semana Cultural para estimular o gosto pela arte e cultura;

Incentivar o conteúdo “Música”, obrigatório, mas não exclusivo, da disciplina

de Arte, segundo o artigo 26, parágrafo 6, da LDBEN nº 9394/96, de forma a

promover o desenvolvimento cultural dos alunos;

Incentivar o patriotismo cantando o Hino Nacional e o Hino do Paraná com os

alunos, uma vez por semana, mudando o dia da semana a cada mês;

Desenvolvimento do projeto “Construindo Valores”: trabalhando temáticas

existenciais que visem promover a formação humana;

Promover atividades como Festa Junina ou Julina, Jogos Interséries para que

estimulem o convívio humano e interativo do mundo dos adolescentes;

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Proporcionar dinâmicas de apresentações de poesias, teatros, paródias,

músicas, danças e demais atividades que valorizem as produções artísticas e

literárias dos educandos.

Ações que visam à organização do espaço escolar:

Ações de reciprocidade entre alunos, docentes e agentes educacionais: zelar

pela cortesia, gentileza, educação e a boa convivência;

Identificação do aluno: exigência do uso do uniforme completo do 6º ao 9º

ano, segundo a Lei Federal nº 8.907, de 06 de julho de 1994 e a Lei Federal

n°14361, de 19 de abril de 2004 e acordo coletivo com os pais ou responsáveis

pelos alunos, no início de cada ano letivo;

Orientar os alunos a cuidar da pontualidade ao chegar à escola, do retorno do

recreio, das aulas de Educação Física ou do empréstimo ou devolução de livros

na Biblioteca. O aluno ao chegar atrasado à sala de aula está perdendo tempo de

aula, ou seja, do processo de aprendizagem;

Conscientização aos alunos sobre a importância do respeito ao patrimônio

escolar, visto que, um ambiente bem cuidado estimula o aprendizado e cria o

gosto pela participação, exercendo assim a cidadania;

Conscientizar os alunos da importância de trazer para a escola somente o

material pedagógico. Não trazer nenhum objeto que atrapalhe a aprendizagem

ou ofereça risco a si mesmo e às demais pessoas que participam do ambiente

escolar.

13.5. AÇÕES QUE VISAM GARANTIR O APRENDIZADO

Definir metas de aprendizagem e ter claro o que se quer alcançar:

iniciar com o desenho de metas, prevendo onde se quer chegar;

definir parâmetros claros sobre o que quer que os alunos aprendam;

muito além de treinar os alunos para provas, envolver aspectos relevantes

para o sucesso escolar, como formação continuada para professores e reforço

para os alunos.

Acompanhar de perto e continuamente o aprendizado dos alunos:

diariamente e não apenas em época de avaliações;

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relação natural com as avaliações – acompanhamento e supervisão do dia a

dia escolar para que as avaliações sejam um complemento ao aprendizado;

acompanhamento contínuo e focado no aprendizado.

Usar os dados sobre o aprendizado para embasar ações pedagógicas:

o que os alunos estão ou não aprendendo é a base para a formação

continuada dos professores;

reforço escolar;

as avaliações dos alunos são utilizadas como uma forma de diagnosticar os

principais pontos a serem aprimorados (mudança de técnica, de métodos, de

atitudes...).

Fazer da escola um ambiente agradável e propício ao aprendizado:

preocupação de todos com questões básicas e fundamentais, que vão da

segurança à limpeza;

comportamento dos alunos constantemente monitorado, sanando conflitos

que possam surgir e buscando soluções imediatas;

todos se preocupam com a disciplina;

a escola e as aulas com rotinas estruturadas, que ajudam a assegurar

frequência e pontualidade.

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14. CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS -ENSINO FUNDAMENTAL

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018

Efetivo trabalho escolar – Delib. 02/02-CEE/PR: semana pedagógica (04 dias); formação em ação (01 dia); planejamento (02) dias; formação em ação disciplinar (01 dia). Dias e horas não computados para cumprimento da exigência legal para os alunos.

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2 37 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 L11 4 5 6 7 8 9 10L 20

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 A 08 11 12 13 14 15 16 17A 20

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 18 19 20 21 22 23 2428 29 30 31 25 26 25 26 27 28 29 30 31

1 Confraternização universal 13 Carnaval - 14 Cinzas 30 Paixão

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14L 20 6 7 8 9 10 11 12 L 21 3 4 5 6 7 8 9L 20

15 16 17 18 19 20 21A 20 13 14 15 16 17 18 19 A 21 10 11 12 13 14 15 16A 20

22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

1 Páscoa - 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho - 31 Corpus Christi

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7L 10 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14A10 5 6 7 8 9 10 11 L 23 2 3 4 5 6 7 8L 19

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 A 22 9 10 11 12 13 14 15A 1922 23 24 25 26 27 28L 05 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 A 02 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 2728 29

30

7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13L 21 4 5 6 7 8 9 10 L 18 2 3 4 5 6 7 8L 15

14 15 16 17 18 19 20A 20 11 12 13 14 15 16 17 A 18 9 10 11 12 13 14 15A 13

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 3112 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

28 Dia do Servidor Público 20 Dia Nacional da Consciência Negra

Início/Término das aulas Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

Semana Pedagógica MÊS DIAS MÊS DIAS

Planejamento janeiro/fev 48 janeiro/ férias 30

Férias julho 14 fev/recessos 14

Recesso dezembro 12 julho/recessos 10

Feriados recessos 3 dez/recessos 8

Formação em ação Total 77 outros recessos 3

Formação em ação disciplinar (1 dia a ser determinado DEB/NRE) Total 65

Fechamento do ano letivo

Simulado de abandono B.E. Irati, 04 de dezembro de 2017.

Conselhos de Classe

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REFERÊNCIAS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

ESTADUAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

A gestão democrática na escola pública – Anexo 1 – Semana Pedagógica – 1ºsemestre – 2016 – SEED/PR.

ABERASTURY, A.; KROEBEL, M. Adolescência Normal. São Paulo: Artmed, 1981.

BNCC – Base Nacional Comum Curricular para Educação Infantil e EnsinoFundamental, de 20/12/2017.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado,1998.

. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 dez. 1996.

Caderno Expectativas de Aprendizagem – Paraná, 2011.

DELIBERAÇÃO 02/03 – Conselho Estadual de Educação do Paraná

DELIBERAÇÃO 07/99 – Conselho Estadual de Educação do Paraná

DELIBERAÇÃO 09/01 – Conselho Estadual de Educação do Paraná

DELIBERAÇÃO 02/2018 – Conselho Estadual de Educação do Paraná

DIGIÁCOMO, Doutor Murillo José. Estatuto da Criança e do adolescente: Direitose Deveres. Procuradoria Geral de Justiça.

Estatuto da Criança e do adolescente – ECA – Lei nº 8.069 de 13/07/1990.

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GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas –SP: Autores Associados, 2009. (Coleção educação contemporânea).

GRAMSCI, A. Cadernos do Cárcere, volume 2ª edição e tradução, Carlos NelsonCoutinho; co-editor, Luiz Sérgio Henrique e Marco Aurélio Nogueira. –2ª ed.– Rio deJaneiro: Civilização Brasileira, 2001.

Lei nº 10.639, 09 de janeiro de 2003. Obrigatoriedade da temática "História eCultura Afro-Brasileira”. BRASIL.

Lei nº 12.852, 5 de agosto de 2013. Estatuto da Juventude. Brasília, DF: CasaCivil, 2013.

LIBÂNEO, J. C. Didática. Cortês, 1994.

Page 116: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · 7 APRESENTAÇÃO No Paraná, o mais recente documento legal que orienta as normas para a organização escolar nas escolas que integram o Sistema

116

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PPP. Projeto Político-Pedagógico da Educação Vicentina. 2016.

PPP. Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual do Paraná, Curitiba –2017/2018

PPP. Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Parigot de Souza, InácioMartins – 2018.

PPP. Projeto Politico-Pedagógico. Colégio Estadual Getúlio Vargas, FernandesPinheiro. 2018.

PPP. Projeto Politico-Pedagógico. Escola Estadual Nossa Senhora das Graças, Irati- 2011.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas – SP: Autores Associados, 2008.(Coleção Polêmicas do nosso tempo, vol. 5).

__________. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. Campinas –SP: Autores Associados, 1992. (Coleção Polêmicas do nosso tempo, vol. 40).

ZYGMUNT, Bauman. Modernidade Líquida. Editora Zahar: 2001.

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REFERÊNCIAS DO ARTIGO DA PROFESSORA PDE ARILDA DA LUZ MOLETTA,

2010: “Família e Escola: uma parceria imprescindível para o sucesso escolar do

aluno”.

BORDENAVE, Juan E. Diaz. O que é Participação. São Paulo: Brasiliense, 1986.

BRASIL, Ministério da Educação, LDB 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases daEducação de 20 de dezembro de 1996. Brasília.

BRASIL. Constituição (1988) Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília,DF: Senado Federal, Centro Gráfico,1988.

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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed.Goiânia: Alternativa, 2004 .

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