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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IRATI COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ÁUREA APARECIDA LOPES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PAPAGAIOS INÁCIO MARTINS 2013

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IRATI

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ÁUREA APARECIDA LOPES

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PAPAGAIOS

INÁCIO MARTINS

2013

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SUMÁRIO

I - APRESENTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

II - INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ….......... 5

III - OBJETIVOS GERAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

IV – MARCO SITUACIONAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

V – MARCO CONCEITAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

VI - MARCO OPERACIONAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

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I – APRESENTAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo Áurea

Aparecida Lopes - Ensino Fundamental e Médio - visa ajudar a enfrentar os

desafios do cotidiano da escola de uma forma sistematizada, consciente,

científica e participativa.

Denomina-se Projeto: porque o termo deriva do latim projectu,

particípio passado do verbo projecere, que significa alcançar para diante: rumo,

direção, opção intencional. Político: Pressupõe a opção e compromisso com a

formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade. Pedagógico:

Reside na possibilidade de efetivação da finalidade da educação/escola:

formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo.

O Projeto Político Pedagógico é a própria organização do trabalho

escolar, em suas especificidades, níveis e modalidades.

Para Veiga (1998), o projeto pedagógico não é um conjunto de planos e

projetos de professores, nem somente um documento que trata das diretrizes

pedagógicas da instituição educativa, mas um produto específico que reflete a

realidade da escola, situada em um contexto mais amplo que a influencia e que

pode ser por ela influenciado. Portanto, trata-se de um instrumento que permite

clarificar a ação educativa da instituição educacional em sua totalidade. O

projeto pedagógico tem como propósito a explicitação dos fundamentos

teórico-metodológicos, dos objetivos, do tipo de organização e das formas de

implementação e de avaliação institucional (p. 11-113).

Para a construção do Projeto Político Pedagógico, a participação de

todos os segmentos da comunidade escolar é condição essencial. Isso

contribui para a democratização das diretrizes elevadas neste documento e,

por conseguinte, pode levar aos envolvidos a intervenções nas práticas

pedagógicas adotadas pela escola.

Assim não apenas o sistema educacional ou o diretor da escola estarão

definindo o que é prioritário para a unidade escolar, mas todos os agentes da

comunidade escolar adquirem papel fundamental no processo decisório.

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Consideramos que a construção do Projeto Político Pedagógico do

Colégio é tarefa dele mesmo, um processo que se constrói constantemente e

se orienta com intencionalidade explícita, porque é prática educativa. Construí-

lo significa ver e assumir a educação como processo de ensino –

aprendizagem, inserida na vida do indivíduo, de formação, de convicções,

motivações, significações e valores.

A Lei 9394/96 estabelece que os sistemas de ensino definirão as

normas de gestão democrática do ensino público na educação básica de

acordo com as suas peculiaridades, já prevendo a participação dos

profissionais da educação e toda a comunidade escolar na elaboração do

Projeto Político Pedagógico da escola.

Sendo assim o PPP é sempre um processo inconcluso, uma vez que

corresponde ao contexto sociopolítico e cultural em que o colégio está inserido,

no sentido de atender às demandas da sociedade, as características da

clientela que por meio da reformulação desse projeto tem a finalidade de

apresentar as linhas norteadoras revelando a necessidade de construir uma

educação básica voltada para a cidadania. Isso se resolve, garantindo a oferta

de vagas e oferecendo um ensino público de qualidade, onde os professores

sejam capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas

diferentes áreas do conhecimento e estar atentos às mudanças na sociedade e

suas implicações na comunidade escolar, que vem da necessidade de se

construir uma referência para o ensino que possa ser traduzida e discutida em

sala de aula, garantindo ao aluno o acesso à construção dos conhecimentos

indispensáveis para sua formação e cidadania.

Portanto, é importante redefinir claramente o papel da escola na

sociedade brasileira, dessa forma, os professores devem trabalhar os

conteúdos de suas disciplinas considerando a diversidade cultural e as

diferenças sociais, buscando uma articulação do saber popular com o saber

crítico científico, mediados pela experiência de mundo, visando à apreensão do

conhecimento sistematizado.

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II. INTRODUÇÃO

O nome “Áurea Aparecida Lopes” foi escolhido em homenagem à

professora de “Primário” que serviu de exemplo a muitos de nós devido a sua

vida dedicada à educação. Por motivo de doença precisou se afastar de suas

atividades no ano de 1979 e em 1981 veio a falecer deixando muitas saudades

e a certeza de que viver é isso, deixar a nossa marca por todos que passarem

por nós.

A Escola Estadual Áurea Aparecida Lopes – Ensino Fundamental iniciou

suas atividades no ano de 1999, tendo sido reconhecida pela SEED em 05 de

setembro de 2002, pela Resolução 113/99, considerando as Deliberações n.º

09/96 e 03/98 do Conselho Estadual de Educação e o Parecer n.º 410/99 da

Coordenação de Estrutura e Funcionamento.

O Regimento Escolar foi aprovado conforme Ato Administrativo n.º

194/2003, onde a chefia do Núcleo Regional de Irati homologou o parecer

103/2003 na data de 18 de dezembro de 2003.

O Colégio está situado na zona rural, distante 15 km da sede do

Município de Inácio Martins e a 65 km do Núcleo Regional de Educação de

Irati. O acesso até a sede do Município se dá por via com pavimentação

asfáltica e o acesso dos alunos até a Escola acontece por estradas

secundárias de difícil acesso.

Oferta-se neste Colégio: Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano, com 4

turmas no período matutino e 3 turmas no período vespertino, sendo ofertado

Ensino Médio no período matutino. Atualmente temos 8 turmas: 2 de 6º anos, 2

de 7º, 2 de 8º, 1 de 9º e 1 turma de ensino médio. Com as recentes reformas o

espaço físico tornou-se suficiente para comportar todas as turmas, dentro do

espaço delimitado para a escola, deixando de “emprestar” duas salas da escola

vizinha (Escola Municipal Amália Schmidt Pereira) que se localiza em frente, do

outro lado da estrada (via de acesso principal que liga os municípios de Inácio

Martins e Guarapuava).

No período vespertino funciona há dois anos a sala de Apoio à

Aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática das turmas

de 6º ano e 9º ano.

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No ano de 2011, a Sala de Recursos na Área de Deficiência Intelectual

e Transtornos Específicos, para as séries finais, que funciona no turno

vespertino segundo o Parecer nº 464/11 da SEED/ DEEIN e Resolução nº

2359/11, uma turma de Sala de Recursos com carga horária de 20 (vinte) horas

com atendimento por cronograma.

Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade atender ao disposto

da Constituição Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, ministrar a educação do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano de

acordo com a legislação (Instrução Nº 008/2011- SUED/SEED) e as normas

especificamente aplicadas. Desta forma, ao conceber o projeto político

pedagógico como o eixo da ação a ser desenvolvida na escola, de forma

coletiva e cooperativa, buscamos então, superar a tendência de reproduzir a

sociedade existente, por uma nova visão em que podemos chamar de histórico

crítica, onde os alunos enquanto atores sociais poderão através da prática

pedagógica do professor, fazer sua história e receber com qualidade o

atendimento necessário a seu desenvolvimento.

Acreditamos que com esse novo direcionamento, possamos humanizar

cada vez mais as práticas pedagógicas e ao mesmo tempo, levar todos a

interagir com o conhecimento, sendo este a base de todo ser humano.

III. OBJETIVOS GERAIS

Este projeto se fundamenta na Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases

da Educação que inclui os aspectos pedagógicos, financeiro e administrativo e

nos pareceres, deliberações e resoluções do Conselho Estadual de Educação,

como um instrumento de construção e reconstrução permanente de um projeto

de sociedade. Ainda de acordo com a ECA (Estatuto da Criança e do

Adolescente) - 8069/90 no que diz respeito ao Art. 53. A criança e o

adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua

pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei

9394/96 – Brasil, 1996.) no que se refere à idade mínima obrigatória de

ingresso no Ensino Fundamental, tendo este a duração de nove anos para o

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Ensino Fundamental com a Lei 11. 274/2006 que instituí o Ensino Fundamental

de Nove Anos de duração com a inclusão das crianças de seis anos de idade.

A Lei 9394/1996 que sinaliza para um Ensino Fundamental obrigatório

de nove anos, a iniciar aos seis anos de idade; a Lei 11.114/2005, que altera a

9394/96 e tornou obrigatório o início do Ensino Fundamental aos seis anos de

idade, e, por fim, a Lei n. 11.274/2006 que institui o Ensino Fundamental de

Nove Anos com inclusão das crianças de seis anos de idade. Segundo o Plano

Nacional de Educação (PNE), implantar progressivamente o Ensino

Fundamental de Nove Anos, tem duas intenções:

Oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da

escolarização obrigatória e assegurar que ingressando mais cedo no sistema

de ensino, as crianças prossigam nos estudos, alcançando maior nível de

escolaridade.

Segundo a Instrução nº 008/2011- SUED/SEED: a Superintendente no

uso de suas atribuições e considerando:

A Lei Federal n. 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da

Educação Nacional.

A Resolução n. 07/2010- CNE/CEB, que fixa as Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;

A Deliberação n. 03/2006-CEE/CEB;

O Parecer n. 407/2011-CEE/CEB, que responde a consulta da

SEED quanto à implantação do 6º ano ao 9º ano;

As instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino

Fundamental dos anos finais devem, a partir de 2012, implantar o 6º ano ao 9º

ano do Ensino Fundamental de forma simultânea.

Conforme a Deliberação 007/99:

Usar técnicas e instrumentos diversificados; diagnosticando seus

resultados e atribuindo-lhes valores, preponderando os aspectos qualitativos da

aprendizagem;

Redirecionar o trabalho pedagógico a partir de novos passos e

perspectivas construídas e orientadas, oportunizando os educandos a uma

reflexão de sua aprendizagem;

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Oferecer condições para que o professor, após avaliar os alunos,

possa tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de

aprendizagem;

Aplicar a avaliação escolar incidindo sobre o desempenho do

aluno em diferentes situações de aprendizagem;

Desempenhar a finalidade educativa da avaliação que deverá ser

contínua, permanente e cumulativa;

Considerar a capacidade individual, o desempenho do aluno e

sua participação nas atividades realizadas;

Ponderar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos

durante o período letivo, incluídos a recuperação de estudos;

Realizar atendimento pedagógico específico, individualmente ou

em pequenos grupos, com vistas ao progresso global dos alunos que

apresentam dificuldade no processo de aprendizagem, utilizando

programações específicas, métodos, estratégias, atividades diversificadas e

extracurriculares;

Conforme Deliberação 014/99:

Organizar a proposta do estabelecimento de ensino a qual definirá

a proporção de cada área na matriz curricular e os conteúdos a serem

incluídos, partindo das competências estabelecidas pela legislação vigente.

Conforme a Deliberação 009/01:

Conhecer o aluno para o regime de progressão, aprimorando-o

como pessoa humana e possibilitando o prosseguimento dos estudos tendo em

vista o desenvolvimento à compreensão dos fundamentos científicos e

tecnológicos dos processos produtivos;

Coordenar o processo reflexivo de todos que atuam dentro do

contexto escolar.

Conforme a Deliberação 002/03:

Assegurar educação de qualidade a todos os alunos com

necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da educação básica;

Proporcionar recursos e apoios aos alunos necessitados

objetivando a remoção de barreiras para a aprendizagem;

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Oferecer serviços educacionais regulares à Educação. Especial

dever constitucional do Estado, Família e Escola;

Conforme a Deliberação 002/05:

Garantir ao educando do Ensino Fundamental, condições de um ensino

de qualidade visando sua autonomia para o dia de amanhã;

Refletir sobre as práticas escolares, envolvendo-se nas propostas

escolares e nas propostas apresentadas pelo P.P.P, objetivando sempre o bom

desempenho do educando;

Conscientizar-se de que a Educação Fundamental é à base da

aprendizagem, e a atuação do professor está inserida no fracasso ou sucesso

do educando;

Conforme a Lei nº 10.639/03:

Propiciar ações que tenham como foco a criança e o jovem negro,

a sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização

da diversidade étnica brasileira;

Desempenhar através de desfiles, exposições, dança teatro,

mural, conversações e atividades com a cultura africana e afrodescendente

culminando a ética deste povo;

Reconhecer o negro na cultura nacional, podendo o mesmo se

manifestar com autonomia e individualidade seus pensamentos;

Conforme a Deliberação 016/99:

Conscientizar os docentes e discentes, de acordo com o

Regimento Escolar à reflexão e estudo sobre as práticas pedagógicas

escolares, de modo que os que atuam na escola participem de maneira

democrática e construtiva, seguindo as instruções do Regimento Escolar;

Constituir diretrizes e critérios relativos à organização,

funcionamento e articulação com a comunidade escolar, de forma compatível

com as orientações do contexto escolar responsabilizando-se social e

coletivamente pela implementação de deliberações compatíveis ao regimento

escolar;

Incentivar as práticas do Regimento Escolar, envolvendo a

consciência coletiva;

Ainda nesse sentido os objetivos gerais do projeto são:

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Propor reflexão e discussão crítica sobre os problemas da

sociedade e da educação para encontrar possibilidades de intervenção na

realidade;

Buscar transformar a realidade social, econômica e política;

Articular a participação de todos os sujeitos no processo

educativo: professores, funcionários, pais, alunos e comunidade, para juntos

construírem uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos;

Compreender o trabalho pedagógico escolar enquanto processo

de construção contínua;

Criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas

capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir

instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações

sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições

estas fundamentais o exercício da cidadania na construção de uma sociedade

democrática.

De acordo com o Parecer nº 1011/10:

Dar sentido peculiar à escola, cuja identidade é (re) definida no

Parágrafo Único do Art. 2° das Diretrizes Operacionais:

Parágrafo Único – A identidade da escola do campo é definida pela sua

vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na

temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que

sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos

movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas

por essas questões à qualidade social da vida coletiva no País (BRASIL, 2002,

p. 37).

Desse modo, a gestão na concepção da Educação do Campo deverá

considerar as diferentes territorialidades dos sujeitos do campo, vinculada às

suas práticas diferenciada de economia, suas manifestações culturais, políticas

e socioambientais.

Promover leituras, estudo e reflexões contínuas acerca da

Educação do e no campo e seus sujeitos.

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Desenvolver mecanismos especiais, adaptar espaço físico e

materiais didáticos, onde professores devem integrar-se ao processo e aceitar

a diversidade para que a inclusão ocorra com sucesso.

Manter uma relação de autonomia descentralizada e bem

distribuída, mas democrática e participativa, uma relação que seja autocrítica e

o autoconhecedora.

Conforme a Lei 13381/01 sobre a História do Paraná

Desenvolver no aluno consciência de cidadania através da

incorporação de atitudes, valores e comportamentos, a capacidade de inserção

e intervenções claras e consequentes em sua realidade.

Introduzir os Estudos sobre o Paraná a partir do 6º Ano do Ensino

Fundamental;

Permitir ao aluno conhecer sua realidade local e situar-se como

agente de sua própria história.

Trabalhar os conteúdos de forma seriada que estarão

contemplados na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho

Docente de cada disciplina.

Conforme com a Lei 11645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas:

Promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura

da população indígena paranaense, assegurando a igualdade e valorização

das raízes indígenas a partir do ensino da História;

Trabalhar os conteúdos a partir da formação cultura indígena

brasileira na formação da sociedade nacional;

Desenvolver os conteúdos referentes à história e cultura dos

povos indígenas brasileiros, serão ministrados no âmbito de todo o currículo

escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história

brasileira.

Conforme a Lei 11.733 e 11.734- Educação Sexual

Desenvolver a Educação Sexual, entendida como uma construção

social, histórica e cultural, precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado

para o tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo;

Trabalhar com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados

nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

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Paraná, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe

e raça/etnia.

Conforme a lei nº 9795/99 – Educação Ambiental

Trabalhar a questão ambiental, visando a implementação da Lei

9795/99;

Promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um

processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a

preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a

compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico, bem como para

os problemas relacionados a estes fatores.

Conforme a Lei 11525/07 - Enfrentamento à Violência

Desenvolver a ampliação da compreensão e formar uma

consciência crítica sobre a violência e, assim transformar a escola um espaço

onde o conhecimento toma o lugar da força.

Trabalhar o Enfrentamento á Violência na escola através da

formação continuada dos profissionais da educação sobre as causas da

violência e suas manifestações de material de apoio didático-pedagógico.

IV. MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes enfrenta alguns

problemas operacionais que prejudicam a qualidade das atividades

pedagógicas, bem como, espaço físico insuficiente para atender a demanda de

alunos, falta de interprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), não há

espaço físico para instalação de Biblioteca e Laboratórios, o prédio não tem

instalações adaptadas para receber alunos com necessidades educacionais

especiais, quando chove alguns alunos não conseguem chegar até a escola.

O antigo distrito de Guarapuava recebeu o nome de Guarapuavinha.

Sua sede está localizado no 3º Planalto, na Serra da Esperança, a 25º 34

latitude Sul e 51º 4 latitude Oeste a 1.198 metros de altitude do nível do mar,

sendo o município mais alto do Paraná com uma área de 898,431 Km.

Em 25 de julho de 1960, pela Lei 4245 criou-se o município de Inácio

Martins, que teve sua instalação oficializada somente em 25 de novembro de

1961. A extensão geográfica do município é de 898,431 Km com distância da

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capital do Paraná (Curitiba) de 211 km, tendo como limites os municípios de:

Norte: Prudentópolis, a Leste: Rio Azul e Irati; a Sul: Cruz Machado e a Oeste

com Guarapuava e Pinhão.

ORIGEM DO NOME DA ESCOLA

O nome deste Estabelecimento de Ensino é uma homenagem à

Professora Municipal ÁUREA DA APARECIDA LOPES, nascida a 18 de março

de 1943, em Inácio Martins.

Áurea Lopes iniciou seus estudos na Escola Rural Municipal de Faxinal

dos Matosos, entre os anos de 1951 e 1955 e concluiu o 1º Grau na Escola de

Governador Ribas – Irati entre 1956 e 1960, no Colégio de Freiras.

Após o término dos estudos retornou junto a sua família, onde passou a

auxiliar sua mãe, a professora Adelaide, que lecionava em Faxinal dos

Matosos.

Em 1962 casou-se com Antônio Lopes com quem teve cinco filhos: Ada

Luzia, Linei, Osires Gabriel, Abel e Oséias.

Em 1964, a Sra. Adelaide encerrou suas atividades e Áurea passou a

lecionar em uma sala de aula improvisada em sua própria residência. Mais

tarde a prefeitura municipal construiu uma escola na localidade e o trabalho da

professora se estendeu até 1975, quando a família se transferiu para Inácio

Martins.

Em 1977 iniciou o estudo “LOGOS”, hoje Magistério.

Em 1979, por motivos de saúde, afastou-se de suas atividades, vindo a

falecer em fevereiro de 1981.

Áurea Aparecida Lopes ao partir deixou saudades, mas será lembrada

para sempre pelo seu exemplo de mãe e professora dedicada que fora.

SÍMBOLO DA ESCOLA

O símbolo do Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes foi

idealizado pelos alunos JOÃO ALVIM DA ROCHA e MARIA JULIMARI

SALDANHA, no ano de 1999, quando a então Diretora, Professora Vilma

Salete, promoveu um concurso interno entre os estudantes com o objetivo de

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criar um símbolo que melhor representasse a Escola, sua realidade, metas e o

contexto em que encontrava-se inserida.

Dentre todos os trabalhos apresentados decidiu-se por este que hoje é

bordado no uniforme escolar e que, conforme definição de seus autores

representam:

GLOBO DESTACANDO O MAPA DO ESTADO DO PARANÁ= a

globalização que envolve o Planeta, inclusive a Escola; ENXADA= o trabalho

que caracteriza as comunidades que fazem parte da Escola; CANETA= o

estudo, atribuição principal da Escola; PINHEIRO= o campo, área rural onde

se localiza a Escola.

Hoje o número é de 156 estudantes matriculados, sendo 100%

beneficiados pelo transporte escolar em parceria com o município.

Considerada de pequeno porte, a escola conta com alunos oriundos de

pequenas comunidades do campo, sendo elas:

Atendemos atualmente um total de 200 alunos, moradores de 10

comunidades rurais no entorno da escola.

Localidade Distância das comunidades até a

escola – km

% de alunos por localidades atendidas pela escola

Pinheira 2,5 Km 1%

Justus 8,5 Km 1%

Faxinal do Posto

16 km 7%

Assentamento José Dias

6,5 km 41%

Terra Cortada 8,5 Km 7%

Góes Artigas 9 km 19%

Colônia Alemanha

17 km 13%

Florestal I ---- 1%

Florestal II ---- 1%

101 ---- 1%

Papagaios --- 9%

Identificação do Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual do Campo

Áurea Aparecida Lopes. Ensino Fundamental. Papagaios- Inácio Martins

Modalidade de Educação Básica – Ensino Fundamental Regular e Ensino

Médio

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Turnos: Matutino e Vespertino

Modalidades de Ensino ofertada: Ensino Fundamental de Nove Anos-

Séries Finais e Ensino Médio.

Horário de Início do turno: 7h 30 min.

Horário de término do turno: 12h 00 min.

Turno vespertino:

Modalidade de Ensino ofertada: Ensino Fundamental de Nove Anos- Séries

Finais e Sala de Apoio a Aprendizagem.

Horário de início do turno: 13h

Horário de término do turno: 17 h 20min,

Sala de Apoio a Aprendizagem:

Horário de início do turno: 13h

Horário de término do turno: 16 h 30min,

Dias: 2 vezes semanais (segundas e quintas – feira)

Quadro geral do horário das aulas:

Período matutino

1ª aula 2ª aula 3ª aula Intervalo 4ª aula 5ª aula

07:30:00 08:20:00 09:10:00 10:00:00 10:15:00 11:10:00

Período vespertino

1ª aula 2ª aula 3ª aula Intervalo 4ª aula 5ª aula

13:00:00 13:50:00 14:40:00 15:25:00 15:40:00 16:30:00

Apoio à Aprendizagem:

Período vespertino

Apoio a aprendizagem- matemática

Apoio a aprendizagem- português

Nº de turmas 1 1

Distribuição das turmas:

Período matutino

6º ano 7ºano 8º ano 9º ano 1º Ano - M

Número de turmas

2 2 2 1 1

Número de alunos:

Turma 6º A e B 7º A e B 8º A e B 9º A 1º A Nº de alunos 54 42 45 27 32

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ESPAÇO FÍSICO

Com as recentes reformas o espaço físico tornou-se suficiente para

comportar todas as turmas, dentro do espaço delimitado para a escola,

deixando de “emprestar” duas salas da escola vizinha (Escola Municipal Amália

Schmidt Pereira) que se localiza em frente, do outro lado da estrada (via de

acesso principal que liga os municípios de Inácio Martins e Guarapuava).

Porém, o colégio não possui linha de telefone ou fax e isto dificulta a

comunicação da escola com o NRE, com a documentação escolar, e com a

sede do município. A escola não possui banheiro adaptado para cadeirantes.

As estradas de acesso ao colégio não possuem pavimentação e apresentam

condições precárias. Desta forma a distância percorrida pelos alunos e a

péssima condição das estradas dificulta e torna perigoso o acesso dos alunos à

escola principalmente em dias de chuva. A maioria dos pais ou responsáveis

precisam deste mesmo transporte para comparecer a escola quando solicitado

ou quando considera necessário.

Em relação ao programa do Governo Federal, Bolsa Família 64% dos

alunos responderam que são ajudados por este programa (pesquisa realizada

no ano de 2010).

A maioria, 88% mora em casa própria, 10% em casa cedida, 1%

alugada e 1% não respondeu.

Quando perguntados sobre a renda 67% dizem receber mensalmente

uma renda igual ou inferior a um salário mínimo por família; e 7% não

responderam a esta pergunta, e 26 % declaram renda mensal acima do salário

mínimo.

A EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Art.205 – A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao

pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Art.206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na

escola;

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II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o

pensamento, a arte e o saber;

III- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e

coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV- Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

V- Valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma

da lei, plano de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional

e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos,

assegurando regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela

união;

VI- Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII- Garantia de padrão de qualidade.

A EDUCAÇÃO NO BRASIL, NO ESTADO, NO MUNICÍPIO E NA

ESCOLA

O Brasil passou por um primeiro momento em que a educação estava

entregue unicamente nas mãos de instituições religiosas e privadas, que

ofereciam uma escola de “qualidade”, mas para poucos. Passou em seguida

por uma forte intervenção do estado, que conseguiu expandir as oportunidades

educacionais, mas sem oferecer qualidade e eficiência. Estamos vivendo hoje

um momento de busca de síntese entre qualidade e quantidade.

O tema autonomia da escola encontra suporte na própria Constituição

promulgada em 1988, que institui a “democracia participativa” e cria

instrumentos que possibilitam ao povo exercer o poder “diretamente” (Art. 1º)

No que se refere a Educação, a Constituição de 1988 estabelece como

princípios básicos o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a

gestão democrática do ensino Público (2006).

Esses princípios podem ser considerados como fundamentos

constitucionais da autonomia da escola.

EDUCAÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ

A Educação Básica no Estado do Paraná vem passando por um período

de reformulação curricular, que tem como metas “rever e estabelecer novas

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Diretrizes Curriculares para a educação no estado do Paraná”, bem como

“promover ações voltadas à valorização dos profissionais da Educação”. A

Educação Básica Paranaense vem lutando pela democratização, pela escola

de qualidade, por uma educação pública gratuita e universal, sendo assim

propõe uma reformulação curricular com base num processo coletivo de

trabalho, permeado de discussão e análise da prática educacional

desenvolvida nas escolas.

PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA ESCOLA

São comunidades carentes, onde a maioria das famílias obtém seu

sustento trabalhando nas fazendas de plantação de Pinus ou nos fornos de

carvão. Ambas as atividades agridem o meio ambiente e consequentemente

são nocivas à saúde das pessoas. Muitos alunos ajudam os pais no sustento

da família trabalhando à tarde, ficando assim sem tempo para estudar em casa,

o que compromete o rendimento escolar. A questão da evasão se agrava

quando esses alunos atingem a idade de 14 anos deixando a escola para

auxiliarem na renda familiar, através de trabalho remunerado, com isso a falta

de perspectiva das famílias se reflete na vida escolar dos filhos, situação a qual

é levada aos órgãos responsáveis para tomada de medidas cabíveis,

procurando sempre orientar os alunos sobre as consequências destas atitudes.

No entanto, mesmo diante de tantas dificuldades muitos de nossos

alunos não se deixam atenuar, mostram interesse e se empenham em todas as

atividades propostas, são crianças que veem na escola a possibilidade de um

futuro melhor, cabendo a mesma transmitir valores que os levem a acreditar

que eles são sujeitos dessa transformação e que suas ações irão colaborar na

construção de um mundo melhor e mais digno de ser vivido.

Os alunos egressos do Ensino Fundamental de Nove Anos são das

comunidades já mencionadas no qual é necessário que o sistema escolar

esteja atento às situações envolvidas no ingresso da criança no Ensino

Fundamental de Nove Anos, seja ela oriunda diretamente da família, seja das

séries iniciais (5º Ano), a fim de manter os laços sociais e afetivos e as

condições de aprendizagem que lhe darão segurança e confiança.

Continuidade e ampliação – em vez de ruptura e negação do contexto

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socioafetivo e de aprendizagem anterior, garantem à criança de dez (10) anos

que ingressa no Ensino Fundamental o ambiente acolhedor para enfrentar os

desafios da nova etapa.

V. MARCO CONCEITUAL

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes tem como meta

a excelência no ensino público, baseado no ideal de formação integral do

cidadão, de forma a capacitá-lo para agir e interagir criticamente na sociedade.

A formação do educando através de sua prática administrativa e

pedagógica, bem como, por meio da convivência no ambiente escolar e as

demais experiências educativas, promovidas por esse sistema de ensino,

deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos promovidos

pela LDB 9394/96- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.

A LDB no seu Art. 3º estabelece que o ensino seja ministrado com base

nos seguintes princípios:

I. Igualdade de condições de acesso e permanência na escola;

II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber.

III. Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;

IV. Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII. Valorização do profissional da educação escolar;

VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

IX. Garantia de padrão de qualidade,; valorização da experiência

extra escolar;

X. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

Principalmente no que diz respeito ao parágrafo “I” deste artigo há uma

dicotomia entre o idealizado e real, as escolas de menor porte como a nossa

não dispõem dos mesmos recursos que uma escola maior, e essa carência de

recursos físicos (salas de aula, quadra, laboratórios) humanos (pedagogo) e

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financeiros se refletem no trabalho pedagógico e mesmo os profissionais se

esforçando ao máximo, não conseguem atingir seus objetivos com excelência.

Educação de qualidade é o nosso objetivo e para que ele seja

alcançado é necessário oportunizar a todos os educandos e educadores as

condições básicas para se efetivar um ensino de qualidade.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A sociedade é, de modo geral, espaço de interação humana no qual se

reflete a maneira de ser, agir e pensar de um povo. Local onde deve-se primar

pela solidariedade, fraternidade, igualdade de direitos e liberdade de

expressão. Enfim, um espaço que celebre as diversidades.

Sempre que a sociedade defronta-se com mudanças significativas em

suas bases econômicas, sociais e tecnológicas, novas atribuições passam a

ser exigidas da escola, da educação e da sua gestão. Consequentemente,

também sua função social necessita ser revista, seus limites e possibilidades

questionados, pois a escola e as diversas formas de fazer educação estão

inseridos na chamada “sociedade global” também considerada “sociedade do

conhecimento”.

As transformações aceleradas pelas quais passa a sociedade

atualmente, as novas exigências da cidadania moderna, a revolução da

informática e dos meios de comunicação de massa, a necessidade de se

redescobrir e revalorizar a ética nas relações sociais, enfim, as possibilidades e

impasses deste século, colocam a educação diante de uma agenda exigente e

desafiadora. Essas novas exigências remetem para a Escola a

responsabilidade de propiciar um sólido domínio dos códigos instrumentais da

linguagem, da matemática e dos conteúdos científicos. Além disso, cabe à

escola, contribuir para o desenvolvimento lideranças, iniciativas, capacidades

de tomar decisões, autonomia no trabalho e habilidades de comunicação.

O pluralismo social e político exigem o domínio de conhecimento e a

capacidade de fazer escolhas, ao mesmo tempo a participação social e cultural

tende a tornar-se também diversificada e qualificada.

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CONCEPÇÃO DE MUNDO

As profundas modificações que vêm ocorrendo no mundo todo trazem

novos desafios para a educação. São mudanças que se operam no plano

econômico-social, ético-político, cultural e educacional. Para muitos autores

trata-se de uma crise do processo civilizatório. O capitalismo vive um novo

padrão de acumulação decorrente da globalização da economia e da

reestruturação produtiva que por sua vez, determina novas formas de relação

entre o Estado e a Sociedade. Estabelecem-se novas relações entre trabalho,

ciência e cultura a partir das quais constitui-se historicamente um novo

princípio educativo, ou seja, a valorização de todos os sujeitos envolvidos no

processo da construção do conhecimento.

CONCEPÇÃO EDUCAÇÃO / ESCOLA

A escola é uma instituição da sociedade, na qual a criança atua

efetivamente como sujeito individual e social. É um espaço concreto e

fundamental para o desenvolvimento cognitivo e formação de significados, para

o exercício da cidadania. Sendo assim, na medida em que ela possibilita a

aprendizagem, e a participação crítica e criativa contribui para a formação de

cidadãos que participem do desenvolvimento da sociedade como um todo.

Nesse sentido, a aquisição de conhecimentos científicos ofertados pela escola

permite ao educando relacionar e interpretar diferentes dimensões da vida

pessoal e social, cotidiana e contemporânea, local, nacional e mundial.

Preocupações, anseios e interesses das pessoas podem ser pesados e

analisados no contexto das questões mundiais da sociedade contemporânea.

A escola pode atuar como estância mediadora entre o passado e o

presente, na medida em que seja capaz de entender e preservar as tradições e

ao mesmo tempo inserir-se no contexto da sociedade moderna. Pode ainda se

constituir como mediadora entre a comunidade escolar e a região onde está

inserida atuando como polo cultural.

Dessa forma escola democrática é aquela que forma cidadãos atuantes

e não apenas bons estudantes.

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Concepções de Infância e Adolescência articulado à concepção de

ensino-aprendizagem

Ainda que a rede estadual de educação atenda prioritariamente os Anos

Finais do Ensino Fundamental de Nove Anos e o Ensino Médio, por se

constituir num sistema de ensino, tem o dever de disponibilizar orientações

pedagógicas curriculares também para a Educação Infantil e para os Anos

Iniciais do Ensino Fundamental de Nove Anos mesmo que essas etapas

estejam vinculadas, mais diretamente, à gestão municipal.

Afinal, as crianças e os jovens paranaenses, transitam das escolas

municipais para as estaduais cabendo ao Estado garantir um processo de

formação integrada desses alunos.

Se no contexto político, as diferentes concepções sobre a infância

influenciaram ou justificaram as políticas educacionais, com limites e

possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão e definição de uma

concepção de infância é primordial na condução do trabalho.

Esta concepção orientará os conceitos sobre ensino, aprendizagem e

desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia, a avaliação, a

organização de espaços e tempos com atividades desafiadoras, enfim, o

planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor mas por todos

os profissionais da instituição.

Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a

posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se

inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as

crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de

socialização e de condições objetivas devida. Nesse sentido, cabe à escola,

reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes

conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como

conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.

Por isso, a Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, assegura o direito

das crianças de seis anos à educação formal, obrigando as famílias a

matriculá-las e o Estado a oferecer o atendimento dos anos finais do Ensino

Fundamenta de Nove Anos.

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Na infância, aprendemos muitas coisas brincando, por exemplo: regras,

limites, cooperação, competição, valores, noções de topologia, de lateralidade,

de esquema corporal, expressão, canto, dança, aspectos culturais, movimentos

motores finos, manipulação de objetos, trabalhos em grupo, mediação de

conflitos, cuidados, enfim, muitos aprendizados dos elementos que nos

inserem gradativamente no mundo adulto, vêm do brincar. Portanto, “brincar

não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma

significação social precisa que, como outras necessitam de aprendizagem”

(BROUGÈRE, 2002, p. 20).

Nesse sentido, compreende-se que é possível aliar estes dois aspectos,

o brincar espontaneamente e o brincar para aprender determinados conteúdos.

Isso significa que as diferentes formas de brincar na escola de ensino

fundamental “constituem apenas diferentes modos de ensinar e aprender que,

ao incorporarem a ludicidade, podem propiciar novas e interessantes relações

e interações entre as crianças e destas com os conhecimentos” (BORBA, 2006,

p. 43).Ensino Fundamental.

CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser em processo permanente de autoconhecimento e

crescimento, que transforma e é transformado. Sua natureza é sempre evoluir,

transformar o meio, local onde constrói, adapta e aprende.

Quando esse homem modifica o meio cooperativamente produz cultura.

A natureza do homem é estar em permanente estado de mudança, de

evolução, de renovação. Por isso é um ser inquieto, interrogante de si próprio.

Sua sede de conhecer é parte de sua própria natureza, por isso, é um ser que

constrói agindo na transformação do meio, e quando se adapta a ele, aprende.

Quando o modifica cooperativamente produz cultura.

A educação, por sua vez, é um dos aspectos da cultura entendida

como, “por um lado, a transformação que o homem opera sobre o meio e, por

outro, os resultados dessa transformação” (SAVIANI, 1991, p.40).

Transformação que se efetiva pelo trabalho humano, uma vez que pela sua

ação que exerce sobre a natureza, transformando-a, o homem extrapola o

meramente natural e cria o mundo da cultura, o mundo humano.

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Com sua atividade, o homem acrescenta algo ao mundo,

aperfeiçoando-o. Cultura é o mundo transformado pelo homem. É o homem

que, respondendo a um apelo interior de criatividade, se organiza no sentido de

organizar o mundo, de transformá-lo e de recriá-lo.

Enquanto escola, pensamos na formação de um homem numa visão

socio-histórica, onde este possa transformar-se num sujeito ético, construtor da

democracia e da justiça social.

Conforme MACHIORATO (2004), pretendemos formar: “um homem

síntese de múltiplas relações sociais, capaz de reinventar a autonomia do ser

humano”.

Ou seja, buscamos a formação de cidadãos para uma sociedade aberta

e democrática, capazes de converter informações em conhecimentos.

Propostas de reorganização de tempo e espaço, assim como

condições estruturais (mobiliário, equipamento, acervo bibliográfico e

materiais didáticos) necessários para efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular da etapa de ensino

A ampliação do ensino fundamental demanda, ainda, providências para

o atendimento das necessidades de recursos humanos – professores, gestores

e demais profissionais de educação – para lhes assegurar, entre outras

condições, uma política de formação continuada em serviço, o direito ao tempo

para o planejamento da prática pedagógica, assim como melhoria em suas

carreiras. Além disso, os espaços educativos, os materiais didáticos, acervo

bibliográfico, o mobiliário e os equipamentos precisam ser repensados para

atender às crianças com essa nova faixa etária no ensino fundamental, bem

como à infância que já estava nessa etapa de ensino com oito anos de

duração, sendo repensada no Ensino Fundamental de Nove Anos.

Este período requer, portanto, uma adequada compreensão das

especificidades da criança, por parte de todos os profissionais da escola, o que

deve se estender durante todo o ano letivo. Estes aspectos precisam ser

contemplados na organização dos espaços físicos e tempos da escola e

também no planejamento dos professores. A atenção a estes cuidados

contribui, entre outros aspectos, para a construção da autonomia das crianças,

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para o bom relacionamento entre crianças e adultos e para aprendizagens

significativas.

Discutir o papel do professor nos remete em primeiro lugar a sua

principal atividade que é ensinar. O ensino, para KLEIN (2002, p. 121), designa

as “mais diversas situações de exercício e transmissão das produções

humanas.” Faz parte de um processo mais amplo, a educação, definida na LDB

nº 9394/96 como “os processos formativos que se desenvolvem na vida

familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e

pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas

manifestações culturais”. Neste texto, tratamos do ensino situado no contexto

próprio da escola, que exige um profissional com formação específica, o

professor (LDB 9394/96, título I, art. 1º).

CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Um olhar histórico sobre a alfabetização escolar no Brasil revela uma

trajetória de sucessivas mudanças conceituais e, consequentemente,

metodológicas. Atualmente, parece que de novo estamos enfrentando um

desses momentos de mudança – é o que prenuncia o questionamento a que

vêm sendo submetidos os quadros conceituais e as práticas deles decorrentes

que prevaleceram na área da alfabetização nas últimas três décadas:

pesquisas que vêm identificando problemas nos processos e resultados da

alfabetização de crianças no contexto escolar, insatisfações e inseguranças

entre alfabetizadores, perplexidade do poder público e da população diante da

persistência do fracasso da escola em alfabetizar, evidenciada por avaliações

nacionais e estaduais, vêm provocando críticas e motivando propostas de

reexame das teorias e práticas atuais de alfabetização.

Alfabetização, letramento: conceitos

Letramento é uma palavra e conceito recente, introduzido na linguagem

da educação e nas ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas; seu

surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de

configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da

escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível de

aprendizagem da língua escrita perseguido, tradicionalmente, pelo processo de

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alfabetização. Esses comportamentos e práticas sociais de leitura e de escrita

foram adquirindo visibilidade e importância à medida que a vida social e as

atividades profissionais foram-se tornando cada vez mais centradas na e

dependentes da língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar

– no sentido tradicional – a criança ou o adulto. Em um primeiro momento,

essa visibilidade se traduziu ou numa adjetivação da palavra alfabetização –

alfabetização funcional tornou-se expressão bastante difundida – ou em

tentativas de ampliação do significado de alfabetização, alfabetizar, por meio de

afirmações como “alfabetização não é apenas aprender a ler e a escrever”,

“alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar”, e outras

semelhantes. A insuficiência desses recursos para criar objetivos e

procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o

significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado é que pode justificar o

surgimento da palavra letramento, consequência da necessidade de destacar e

claramente configurar, nomeando-os, comportamentos e práticas de uso do

sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura e/ou a escrita estejam

envolvidas.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Compreendemos a avaliação como um dos aspectos do ensino,pelo

qual o professor estuda e interpreta dados da aprendizagem do aluno,

diagnosticando se houve apropriação do conhecimento, como também

analisando sua própria prática pedagógica.

De acordo com LUKESI (2003) a avaliação é um processo dinâmico,

podendo ser instrumento que auxilia o professor na seleção e intervenção

pedagógica e permite ao aluno uma tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades.

Partindo desse pressuposto, a avaliação da aprendizagem deve ser

entendida como um processo organizado, que objetiva compreendê-la e

aprimorá-la. Implica tornar públicas as expectativas educativas, estabelecer

padrões e critérios, obter, organizar, analisar e interpretar, de forma sistemática

as evidências que permitam relacionar o desempenho dos alunos aos padrões

e critérios estabelecidos.

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A finalidade principal da avaliação é fornecer informações sobre o

processo pedagógico, que permitam aos agentes escolares decidir sobre

intervenções necessários, em face do projeto educativo definido coletivamente

e comprometido com a garantia da aprendizagem do aluno. Ao considerarmos

a avaliação como parte do processo ensino-aprendizagem, ela se torna mais

abrangente e ganha maior importância: deixa de ser apenas avaliação do aluno

e passa a ser avaliação de todos.

A gestão democrática é uma estratégia para envolver a comunidade

escolar na vida do estabelecimento de ensino, pois esse envolvimento irá

contribuir de forma significativa para atingir os melhores resultados na

educação.

No mundo complexo em que vivemos, educar é mais do que nunca,

uma construção que só pode ser feita coletivamente e por isso faz-se

necessário a participação de todos os segmentos da comunidade escolar no

processo de tomada de decisões e o compromisso com uma aprendizagem

efetiva, como resposta real função da escola.

Para que a gestão democrática realmente se efetive contamos com a

colaboração da APMF, Estatuto da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar,

Conselho Escolar, Conselho de Classe e Grêmio Estudantil, garantindo assim,

a representatividade necessária à tomada de decisões democráticas.

A gestão democrática é uma gestão de autoridade compartilhada. Como

afirma CURY (2002), a escola é um espaço de construção democrática,

respeitado o caráter específico da instituição escolar como lugar de

ensino/aprendizagem.

OBJETIVO E FINALIDADE (PAPEL DA ESCOLA)

A LDB mudou a ênfase do ensino para a aprendizagem e também o

eixo da liberdade de ensino, da legislação anterior, para o direito de aprender.

Portanto, para cumprir seu papel, o colégio tem que pensar a questão

da aprendizagem sob dois aspectos:

a) a maneira como os conteúdos são trabalhados: aqui cabem as

discussões e definições a respeito da contextualização, dos métodos didáticos,

dos recursos tecnológicos e principalmente a reflexão sobre ações no sentido

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de garantir o interesse e o comprometimento do professor com o êxito de seus

alunos.

b) a relevância e a utilidade desses conteúdos para a vida do aluno: é

preciso refletir sobre a importância do papel da escola para o aluno, e por

extensão, da comunidade e da sociedade à qual ele pertence.

De acordo com SAVIANI (p. 91, 2000), que retifica a relação entre e

educação e a sociedade, bem como a responsabilidade dos professores em

transformar, não o mundo, mas sim cada indivíduo que assiste a sua aula

compreendendo melhor o mundo e seus acontecimentos, assim como seu

papel dentro do sistema, seus deveres e seus direitos para a construção de um

país melhor.

Essas pequenas revoluções que acontecem na sala de aula (aquilo que

podemos nos aventurar a chamar de ruptura ou quebra de paradigmas) podem

dar a chance de uma transformação histórica num período maior de tempo.

É preciso então que se tome consciência das lutas sociais e das

formas de dominação ideológica que sofre a educação hoje, regulando o

equilíbrio dos conteúdos a serem desenvolvidos nas salas de aula e o discurso

político e histórico usado pelo (a) professor (a).

Expectativas da população a ser atendida (profissionais na

educação, famílias e alunos)

Ao longo da história brasileira, a família veio passando por

transformações importantes que se relacionam com o contexto sócio-

econômico-político do país. O dever da família com o processo de

escolaridade e a importância da sua presença no contexto escolar é

publicamente reconhecido na legislação nacional e nas diretrizes do Ministério

da Educação aprovadas no decorrer dos anos 90, tais como:

· Estatuto da Criança e do |Adolescente (Lei 8069/09) nos artigos 4º e

55.

· Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), artigos 1º, 2º, 6º

e 12.

· Plano Nacional da Educação (Lei 10172).

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O período inicial de ingresso da criança na escola exige que o grupo de

profissionais tenha um planejamento com atividades bem estruturadas e

atitudes coerentes e compartilhadas com as famílias, não só nos primeiros dias

de aula, mas também no decorrer do ano letivo, contemplando: regras comuns,

possibilidades de participação, atenção, receptividade e aconchego.

Uma boa socialização das crianças depende da relação escola-família e

da recepção realizada por parte dos profissionais da instituição. Portanto, para

que se compreenda e efetive os fundamentais cuidados necessários ao

receber crianças e adolescentes (10 e 11 anos) é fundamental que aconteçam

momentos de formação para todos os profissionais que compõem o espaço

escolar, durante os quais serão delineadas estratégias para lidar com o período

de ingresso destas crianças na escola, na particularidade de cada grupo, em

virtude de situações, tais como a separação do seu grupo familiar e do acesso

a um espaço diferente daqueles que frequentavam habitualmente (LDB

9394/96, título I, art. 1º).garantir segurança tanto às crianças, quanto aos

familiares.

É necessário que o sistema escolar esteja atento às situações

envolvidas no ingresso da criança no Ensino Fundamental de Nove Anos, seja

ela oriunda diretamente da família ou das séries iniciais, a fim de manter os

laços sociais e afetivos e as condições de aprendizagem que lhe darão

segurança e confiança. A continuidade e ampliação do contexto socioafetivo e

de aprendizagem anterior que garantam à criança de dez anos que ingressa no

Ensino Fundamental de Nove Anos (Séries Finais) ser um ambiente acolhedor

para enfrentar os desafios da nova etapa garantindo o processo ensino e

aprendizagem.

Propostas de Articulação entre Educação Infantil e Anos Iniciais do

Ensino Fundamental e Anos Finais do Ensino Fundamental e entre esta

etapa e o Ensino Médio

A ampliação do ensino fundamental para nove anos significa, também,

uma possibilidade de qualificação do ensino e da aprendizagem da

alfabetização e do letramento, pois a criança terá mais tempo para apropriar -

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se desses conteúdos. No entanto, o ensino nesse primeiro ano ou nesses dois

primeiros anos não deverá se reduzir a essas aprendizagens.

Por isso, neste documento de orientações pedagógicas, reafirmamos a

importância de um trabalho pedagógico que assegure o estudo das diversas

expressões e de todas as áreas do conhecimento, igualmente necessárias à

formação do estudante do ensino fundamental.

Que trabalho pedagógico será realizado com essas crianças? Os

estudos sobre aprendizagem e desenvolvimento realizados por Piaget e

Vygotsky podem contribuir nesse sentido, assim como as pesquisas nas áreas

sócio - afetivas. Possibilidades de organização curricular que favoreçam a sua

inserção crítica na cultura. Elas têm direito a condições oferecidas pelo Estado

e pela sociedade que garantam o atendimento de suas necessidades básicas

em outras esferas da vida econômica e social, favorecendo mais que uma

escola digna.

Nesse sentido reside a importância do professor, como o sujeito que

possibilita aos estudantes a compreensão de que os conteúdos escolares são

resultados do trabalho humano. Trabalho que pode resultar tanto em produtos

materiais quanto intelectuais. É por meio do trabalho que a humanidade

produz, além de objetos, também valores, hábitos e os conhecimentos das

mais diferentes áreas das ciências, as formas de expressão artística, musical,

corporal, afetiva, etc.

“A cada idade corresponde uma forma de vida que tem valor, equilíbrio,

coerência que merece ser respeitada e levada a sério; a cada idade

correspondem problemas e conflitos reais (....) pois o tempo todo, ela (a

criança) teve de enfrentar situações novas (....) Temos de incentivá-la a gostar

da sua idade, a desfrutar do seu presente.” Snyders5

Ao reconhecer as crianças como seres íntegros que aprendem a ser e

a conviver consigo mesmas, com os demais e com o meio ambiente de

maneira articulada e gradual, as propostas pedagógicas (...) devem buscar a

interação entre as diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã

como conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores.

Dessa maneira, os conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação,

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expressão, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados

e a educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio.

É necessário assegurar que a transição da Educação Infantil para o

Ensino Fundamental de Nove Anos (Anos Iniciais e Finais) que ocorra da forma

mais natural possível, não provocando nas crianças rupturas e impactos

negativos no seu processo de escolarização. A partir do exposto, torna-se

importante ressaltar alguns aspectos referentes à responsabilidade dos

sistemas de ensino, das escolas e dos professores ao proceder à ampliação do

Ensino Fundamental. Recomenda-se que as escolas organizadas pela

estrutura seriada não transformem esse novo ano em mais uma série, com as

características e a natureza, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a

ciência e a tecnologia.

Após conceber a educação como um processo amplo, a LDB 9394/96,

estabelece, no art. 2º, que aquele processo visa ao pleno desenvolvimento do

educando. Este, entretanto, desde o início de sua vida, apresenta ritmos e

maneiras diferentes para realizar toda e qualquer aprendizagem – andar, falar,

brincar, comer com autonomia, ler, escrever etc., como apontam as

contribuições das ciências humanas. Pode-se dizer, então, que uma educação

voltada para tais perspectivas precisa ser pensada também com o foco voltado

para essas características:

• O ser humano é ser de múltiplas dimensões;

• Todos aprendem em tempos e em ritmos diferentes;

• O desenvolvimento humano é um processo contínuo;

• O conhecimento deve ser construído e reconstruído, processualmente

e continuamente;

• O conhecimento deve ser abordado em uma perspectiva de totalidade;

• É importante uma gestão participativa, compartilhada e que tenha

como referência a elaboração coletiva do Projeto Político-Pedagógico,

contemplando a ampliação do Ensino Fundamental de Nove Anos;

• A diversidade metodológica e a avaliação diagnóstica, processual e

formativa devem estar comprometidas com uma aprendizagem inclusiva, em

que o aluno, dentro da escola.

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Proposta de adaptação dos alunos oriundos dos Anos Iniciais à

organização do trabalho pedagógico e Anos Finais do Ensino

Fundamental (espaço, tempo, procedimento)

As reflexões desenvolvidas aqui se voltam para uma perspectiva da

educação contemporânea, na educação infantil ou no ensino fundamental. Sem

conhecer as interações, não há como educar crianças e jovens numa

perspectiva de humanização necessária para subsidiar políticas públicas e

práticas educativas solidárias entre crianças, jovens e adultos, com ações

coletivas e elos capazes de gerar no sentido de pertencer. Que papel tem

desempenhado a creche, a pré-escola e a escola? Que princípios de

identidade, valores éticos e padrões de autoridade ensinam às crianças? As

práticas contribuem para humanizar as relações? Como? Levando em conta

diferenças étnicas, religiosas, regionais, experiências culturais, tradições e

costumes adquiridos pelas crianças e jovens no seu meio de origem e no seu

cotidiano.

Pois o direito da criança a um maior tempo de escolaridade obrigatória

deve ser compreendido como ampliação de suas possibilidades de aprender e

de interagir com parceiros da mesma idade e com outros mais experientes.

Uma questão essencial é a organização da escola que inclui as crianças de

seis anos no Ensino Fundamental. Para recebê-las, a escola necessita

reorganizar a sua estrutura, as formas de gestão, os ambientes, os espaços, os

tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os objetivos, o

planejamento e a avaliação, de sorte que as crianças se sintam inseridas e

acolhidas num ambiente prazeroso e propício à aprendizagem. É necessário

assegurar que a transição da Educação Infantil para as séries iniciais e finais

do Ensino Fundamental ocorra da forma mais natural possível, não provocando

nas crianças rupturas e impactos negativos no seu processo de escolarização.

O art. 23 da LDB incentiva a criatividade e insiste na flexibilidade da

organização da educação básica:

“A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos

semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não

seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por

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forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de

aprendizagem assim o recomendar

A referida Lei, no art. 32, determina como objetivo do Ensino

Fundamental a formação do cidadão, mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos, o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista

a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e

valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Quando falamos em currículo, devemos falar num sentido e significado

que está diretamente relacionado a experiência coletiva e cultural de cada

comunidade.

Sua organização deve refletir as práticas socioculturais, colocando as a

serviços de uma educação formadora, que pense na construção de uma

proposta curricular voltada para a interação entre as diversas culturas, os

diversos saberes, pois são eles que promovem sua ressignificação.

De acordo com CORDIOLLI (2004), os conteúdos ao expressar

experiências sociais acumuladas, devem contemplar as experiências das

diversidades de ambientes culturais dos alunos para orientar as atividades

pedagógicas em sala de aula.

Desta forma, um currículo constitui-se de saberes populares e

acadêmicos, bem como, na transmissão de bens culturais científicos ou não,

abordando assim temas de interesses ou necessidades dos alunos e da

comunidade.

Ainda, para CORDIOLLI (2004)

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[...] os temas e objetos de estudos a partir do ambiente cultural

podem estar ancorados a partir de eixos como: investigação da

contextualização da instituição escolar, a sistematização das histórias

de vida dos educandos, a identificação dos elementos dos ambientes

culturais e levantamento de expectativas do educando.

Neste sentido, o currículo define-se pela organização de conhecimentos

e valores ensinados, formados e experienciados.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Especial é uma área relativamente nova. Como campo de

estudo da Pedagogia, foi sistematizada em meados do século XX e, apenas na

década de 1960, passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da

Educação como parte da estrutura a integrar a organização das Secretarias de

Estado da Educação como parte da estrutura e funcionamento dos sistemas de

ensino. Isso acontece, de forma pioneira no cenário nacional, no Estado do

Paraná, em 1963.

Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual

da Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento

realizado, que o antecederam e o sucederam, relacionam-se a uma complexa

luta de interesses decorrentes das transformações políticas e econômicas por

que passaram as diversas formações sociais Deve-se entender o movimento

histórico que definiu a Educação Especial como integrante do sistema de

ensino em meio às mesmas contradições existentes no contexto geral de

educação, decorrentes de suas formas de participação na sociedade

capitalista, constituída na dimensão da práxis e do trabalho social. A

compreensão de currículo como território político comprometido com a

heterogeneidade e as diferenças culturais que compõem a realidade da escola,

tal como versam as teorias educacionais críticas, empreende uma visão

renovada e ampliada de currículo, em ligação estreita com o conhecimento, o

trabalho e a cultura, enfatizando-o como prática social, prática cultural.

Entende-se currículo como uma construção social, diretamente ligada a

um momento histórico, a uma determinada sociedade e às relações que esta

estabelece com o conhecimento. No currículo, múltiplas relações se

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constituem, explícitas ou “ocultas”, que envolvem reflexão e ação, decisões

político-administrativas sistematizadas no órgão central da Educação, e as

práticas pedagógicas desenvolvidas na escola (SACRISTÁN apud SAVIANI,

1998).

Com a implementação da atual Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 e a

clara intenção do princípio inclusivo que a fundamenta, a adoção e a

implementação de currículos abertos e flexíveis, que atendam à diversidade do

alunado presente na escola, passou a ser objeto de discussão nas diretrizes

curriculares e nos cursos de formação continuada dos sistemas de ensino.

Educação Inclusiva

A Educação Inclusiva deve ser uma prática inovadora que irá enfatizar a

qualidade de ensino para todos os alunos, exigindo que a escola se modernize

e que os professores se aperfeiçoem suas práticas pedagógicas. Ela deve ser

um paradigma que desafia o cotidiano escolar, sendo barreiras a serem

superadas por todos, profissionais de educação, comunidade, pais e alunos. E

ainda, deve-se aprender a respeitar a diversidade humana a fim de

compreender os modos diferenciados de cada ser humano sentir, agir, pensar e

aprender.

Currículo e Inclusão

De acordo com Paro (2000) como seres humanos, todos se encontram

em constante evolução e sede de saber. Deste modo, no contexto educacional,

educador e educandos tornam-se sujeitos históricos de busca, de inquietações,

operacionalizando a superação de desafios nos mais diferentes sentidos da

construção do conhecimento.

O conceito de escola inclusiva enquadra-se no princípio da igualdade

de oportunidades educativas e sociais a que todos os alunos, sem exceção,

têm direito, pretendendo significar que todos os alunos devem (ou têm o direito

de) ser incluído no mesmo tipo de ensino. Isto é proposto no plano dos

princípios, porque na realidade há que atender às diferenças individuais, no

sentido de potencializar o desenvolvimento de acordo com as características

de cada aluno, o que implica a flexibilização da organização escolar, das

estratégias de ensino, da gestão dos recursos e dos currículos. Hoje, as

legislações e diretrizes educacionais nacionais, através da LDB 9394/96,

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determinam que as instituições escolares devem ser inclusivas, tendo como

principio fundamental a linha de ação de que as escolas devem acolher todas

as crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais e

emocionais, linguísticas entre outras.

Devem acolher crianças com deficiência e crianças com altas

habilidades, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de

populações distantes ou nômades, crianças de minorias linguísticas, étnicas ou

culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou

marginalizadas (Declaração de Salamanca, 1994). Reconhecemos que é uma

questão de Direitos Humanos a inclusão desses grupos. No entanto, para que

isso seja possível, é necessário que todos os professores fossem capacitados

na sua formação inicial e continuada para trabalhar com esses estudantes e

que sejam disponibilizado materiais especiais para atender as diversas

necessidades. Além disso, que o Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida

Lopes, dispusesse de condições físicas, materiais e humanas para atender à

todos em suas necessidades individuais, e em especial, às pessoas com

necessidades educacionais especiais, bem como um interprete.

Avaliação:

Para os alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades

educacionais especiais são realizadas adaptações curriculares para que estes

possam aprender de uma forma diferenciada os mesmos conteúdos da turma.

Gênero- Diversidade Sexual

A sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e

cultural, precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento

pedagógico para esse desafio educacional contemporâneo.

O trabalho educativo com a sexualidade, por meio dos conteúdos

elencados nas Diretrizes curriculares da rede pública do Estado do Paraná,

deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e

raça/etnia.

Por isso, deve-se ter claro que a humanidade se organiza e se estrutura

na e pela diferença. Se tivermos essa premissa clara, talvez possamos inverter

a lógica: não se trata de identificar o estranho como o diferente, mas de pensar

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que estranho é ser igual, e quanta violência é cometida, para se produzir o

hegemônico transfigurado em igualdade natural (BENTO, 2008,131-132)

Posicionando-se a partir desse entendimento a Secretaria de Estado de

Educação do Paraná vem definido historicamente um lugar para inserir a

discussão crítica dessas temáticas na escola, lugar institucional para o

direcionamento da política educacional em gênero e diversidade sexual,

assumindo o compromisso com os sujeitos das relações entre os gêneros e

das diversas identidades sexuais que têm se organizado historicamente como

movimentos sociais em busca de igualdade de direitos.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O Currículo do Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes está

organizado de forma a respeitar a identidade cultural do aluno, na perspectiva

da diversidade cultural, inclusão educacional e social. Ocorre a intervenção do

professor no processo de construção do Currículo, conduzido para a formação

humana do aluno, interferindo e refletindo sempre que necessário os limites e

possibilidades da pratica docente. Os professores utilizarão em suas aulas,

metodologias diversificadas a fim de enriquecerem os conteúdos e

dinamizarem a relação ensino aprendizagem. Uma vez que a avaliação é

entendida com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-

aprendizagem, ela torna-se um conjunto de procedimentos investigativos que

possibilitem o ajuste e os encaminhamentos necessários para tornar possível a

aprendizagem eficaz. Assim sendo, a avaliação funcionará como instrumento

que possibilite o professor analisar de forma crítica sua prática educativa,

detectando avanços, dificuldades e possibilidades.

O currículo da escola é por disciplinas com ênfase na contextualização

e na interdisciplinaridade, desenvolvendo sempre a capacidade de aprender o

pleno domínio da leitura, interpretação, escrita e cálculos, fortalecendo as

habilidades de atitudes de valores.

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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ÁUREA APARECIDA LOPES - ENSINO

FUNDAMENTAL E MEDIO

Endereço : Rua Principal – Papagaios

Bairro: Papagaios

[email protected]

Município: Inácio Martins-Pr

NRE – Irati

Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

ATOS OFICIAIS: Autorização de Funcionamento do Estabelecimento

Resolução nº 464/99 – DOE 23/02/99

Reconhecimento do Curso nº 3346/02 – DOE 16/09/02

Renovação do Reconhecimento – 3772/07 -DOE 17/10/07

MATRIZ CURRICULAR 2012

ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 15 - IRATI MUNICÍPIO: 1030 – INÁCIO MATINS

Estabelecimento: 00521 – AUREA APARECIDA LOPES, E E – ENS. FUND. E MEDIO

Curso: 4000 – ENS. 1 GR-REGULAR 6/9 ANO Turno: MANHÃ

Ano de Implantação: 2012 – SIMULTÂNEA Módulo: 40 SEMANAS

0301 CIÊNCIA BNC 3 3 4 3

0725 ARTE BNC 2 2 2 2

0601 EDUCAÇÃO FÍSICA BNC 3 3 3 3

7502 ENSINO RELIGIOSO * BNC 1 1

0401 GEOGRAFIA BNC 3 3 3 3

0501 HISTÓRIA BNC 3 3 3 4

0106 LINGUA PORTUGUESA BNC 4 4 4 4

0201 MATEMÁTICA BNC 4 4 4 4

1107 L.E.M- INGLÊS PD 2 2 2 2

24 24 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular.

BNC = BASE NACIONAL COMUM

PD =PARTE DIVERSIFICADA

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COLÉGIO ESTADUAL DOCAMPO ÁUREA APARECIDA LOPES - ENSINO

FUNDAMENTAL E MEDIO

Endereço : Rua Principal – Papagaios

Bairro: Papagaios [email protected]

Município: Inácio Martins-Pr

NRE – Irati

Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

ATOS OFICIAIS: Autorização de Funcionamento do Estabelecimento

Resolução nº 7833/12 – DOE 26/12/12

Matriz Curricular 2012

Ensino Médio

NRE: 15 - IRATI MUNICÍPIO: 1030 – INÁCIO MARTINS

ESTABELECIMENTO: 00521 ÁUREA APARECIDA LOPES, C E – ENSINO FUND. E MEDIO

ENDEREÇO: LOCALIDADE DE PAPAGAIOS

TELEFONE: NÃO POSSUI

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 ENSINO MEDIO

TURNO: MANHA MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: GRADATIVA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 1ª 2ª 3ª

ARTE 3

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FISICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FISICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LINGUA PORTUGUESA 2 3 4

MATEMÁTICA 2 4 3

QUIMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUBTOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSI- FICADA

LEM - ESPANHOL* 4 4 4

LEM - INGLÊS 2 2 2

SUBTOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

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*Disciplina de Matrícula facultativa ofertada em contra turno no CELEM.

Regime Escolar

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes funciona nos

períodos da manhã (7h30 às 12h e 00m) e a tarde (13h às 17h20) e a sala de

apoio à aprendizagem – (segundas e quintas- feira).

O Estabelecimento oferta a Educação Básica:

-Ensino Fundamental de 6º a 9º ano, com progressão regular por séries

de forma presencial no período diurno;

- Ensino Médio: gradativo a partir do ano de 2013.

-Sala de Apoio à Aprendizagem para as turmas de 6º ao 9º ano nas

disciplinas de Português e Matemática (em contra-turno);

-Sala de Recursos na Área de Deficiência Transtornos Específicos, com

atendimento por cronograma (em contra-turno).

-Cursos de Inglês (CELEM) ofertados para alunos do Ensino

Fundamental.

O período de matrícula é estabelecido no calendário escolar e divulgado

aos pais com antecedência, pois é o ato formal que vincula o educando a um

estabelecimento de ensino autorizado, conferindo-lhe a condição de aluno e

poderá ser requerida pelo interessado ou por seus responsáveis, quando

menor de 18 anos, e deferida pelo diretor do estabelecimento, em

conformidade com os dispositivos regimentais, no prazo de 60 dias. No ato da

matrícula a direção do estabelecimento de ensino dará ciência aos pais do

Regimento Escolar.

Para envolver a comunidade na escola realizar-se-á atividades

informativas (debates e palestras), recreativas e culturais, fazendo com que as

reuniões bimestrais não se tornem apenas entregas de nota e discussões

sobre disciplina de alunos. E, para que os pais saibam sobre e quando essas

atividades estarão sendo desenvolvidas receberão comunicado escrito.

A escola possui material didático diversificado: enciclopédias e livros

adquiridos da comunidade, além dos enviados pelos programas do governo e

dos livros que fazem parte da Biblioteca do Professor; fitas de vídeo (gravações

de TV escola, teleconferências, filmes e desenhos). Para explicar sobre

educação fiscal, os professores de matemática trabalham, refletindo sobre a

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matemática no dia a dia nas turmas de 6º ano, 7º ano, 8º ano e 9º ano do

Ensino Fundamental.

Quanto às diferenças culturais existentes em nosso estabelecimento de

ensino, julgamos necessária uma grande tomada de consciência da

comunidade escolar sobre a importância de se assegurar a todos os indivíduos,

o direito a inclusão. A inclusão não deve ser somente aos alunos com

deficiência ou em situação de desvantagem social, pois na escola, as

diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o

eixo norteador do paradigma da educação inclusiva, isto é, uma educação de

qualidade para todos os envolvidos no processo educacional: professores,

funcionários, alunos e pais, promovendo assim a dignidade e espaço no âmbito

social.

Educação do Campo

Num projeto que contempla a Educação do Campo, devemos abordar

os conteúdos que valorizem o sujeito do campo, seu trabalho, sua história, seu

jeito de ser, seus conhecimentos, sua relação com a natureza e, utilizando-se

da investigação como ponto de partida, lançando um novo olhar sobre o campo

e seus sujeitos. Um olhar que projete o campo como espaço de

democratização da sociedade brasileira e de inclusão social, e que projete seus

sujeitos como sujeitos de e da história, providos de direitos e deveres.

É necessário que se assuma na Educação do Campo a construção de

um modelo educativo que tenha como elemento fundamental o ser humano,

que está inserido no campo. Assim, a escola, cumprindo sua função social,

deve ser local de produção de conhecimentos mediante a relação entre o

conhecimento científico e o conhecimento e mundo, de seus estudantes do

campesinos uma vez que a associação entre o saber escolar científico e o

saber pragmático, garantirá bons resultados na prática pedagógica. No trabalho

e em suas relações é necessário buscar interesse no homem, cidadão do

conhecimento que o levará a uma construção diferenciada e atual de

sociedade, envolvendo o homem do campo, cidadão pensante e criativo,

buscando respostas para seus problemas.

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É preciso levar em consideração os conhecimentos dos povos do

campo e utilizá-los como ponto de partida para as práticas pedagógicas da

nossa escola. Valorizar a cultura desses povos significa gerar vínculos com a

comunidade possibilitando a criação de uma identidade cultural que leve o

aluno a compreensão e transformação de seu mundo.

Cabe a escola socializar e possibilitar a apropriação deste

conhecimento pelos educandos, representantes da classe trabalhadora do

campo, permitindo aos mesmos reconhecer e defender seus interesses. Cabe

aos professores fazer reflexões a fim de construir alternativas para encaminhar

as práticas pedagógicas de forma articulada para que a diversidade da

realidade do campo esteja presente em toda a organização escolar.

Diante do exposto queremos para nossa escola um conhecimento

dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações

procurando sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, por em

prática o conhecimento científico a partir do já existente e que mediado pela

escola possa adquirir senso crítico e autonomia para tomadas de decisões.

O conhecimento é percebido quando há manifestações de mudanças

de atitudes e comportamentos, frente às situações vividas e à prática social.

Portanto, o conhecimento é mediador, num processo ação-reflexão-ação

simultaneamente, possibilitando uma transformação social. Devemos ter uma

concepção de ciência que se constrói historicamente, portanto mutável,

compreendendo-a como a soma dos esforços humanos, para explicar de forma

sistematizada a realidade humana, na busca de emancipação do homem e da

mulher.

Que a tecnologia, seja o material de apoio para o processo ensino-

aprendizagem, cujo mediador seja o professor e o aluno seja o aprendiz de um

pensar novo que o leve às descobertas do mundo a sua volta. Que seja

valorizado o conhecimento e não apenas a técnica e que ela não seja

instrumento de discriminação, mas que propicie algo de novo para a escola do

campo que deve caminhar junto com a tecnologia. Para atingir o objetivo de

uma escola democrática, igualitária, participativa, formativa e crítica é

necessária à concepção de uma cidadania plena e consciente dos direitos e

deveres atribuídos a todas as pessoas que moram em áreas rurais. Os sujeitos

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devem ter ciência da importância da educação para a formação da pessoa

humana como um todo, assim como das instituições que contribuem para esse

processo. Os cidadãos não devem aceitar de forma passiva tudo que é imposto

pela sociedade, mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do

interior para o exterior, do individual para o coletivo.

A formação da cidadania consciente acontecerá quando o sujeito

conseguir sair da situação de dependência do sistema e começar refletir sobre

a realidade em que se encontra. Nessa dinâmica do pensar, a escola exerce

um papel fundamental junto às comunidades rurais, bem como todos os

profissionais que nela se encontram inseridos. Pretendemos uma educação

voltada para a transformação social, sendo esta libertadora, crítica e

humanitária. Oportunizando ao educando um conhecimento científico, político e

cultural visando formar um cidadão crítico e consciente de seus direitos e

deveres, preparado para a vida, capaz de interagir com o outro e com o meio

em que vive.

A escola do campo deve corresponder à necessidade de formação

integral do sujeito do campo capacitando-o a redimensionar a produção a partir

da diversificação de produtos, da utilização dos recursos naturais de forma

consciente, da agricultura familiar, da reforma agrária, da pesca

ecologicamente sustentável, do preparo natural do solo entre outros que pode

proporcionar o desenvolvimento do campo sem precisar trazer os costumes da

cidade e sufocar sua cultura que também foi construída na relação do homem

com a natureza e consigo mesmo.

Analisando a realidade na qual o Colégio Estadual do Campo Áurea

Aparecida Lopes vive, consideramos que se faz necessário uma concepção de

uma cultura do campo, cultura que identifique, conheça e vivencie o

multiculturalismo, visado à transformação do ser humano, da sociedade do

mundo. Não existe cultura superior ou inferior à outra, o que temos é a

diversidade cultural que precisa ser aceita valorizada, respeitada e reconhecida

como parte do ser humano. O povo do campo tem direito a uma educação

vinculada à própria cultura e as próprias necessidades humanas e sociais.

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A Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de

História e Cultura Afrobrasileira e Africana

A educação das relações étnico-raciais tem por objetivo a divulgação e

produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que

eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de

interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos

direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da

democracia brasileira .

Para utilizarmos o conceito da Afrodescendência que tem por base a

história e os processos de formação de identidade afrodescendente. As

populações resultantes de imigrações forçadas devido ao sistema de produção

do escravismo criminoso têm uma história em comum no Brasil. São originárias

de um território de formação histórica e cultural comum que é o continente

africano, a história e a cultura africana.

Uma vez que segundo a constituição da Republica Federativa do Brasil

em seu Art.5º “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros a aos estrangeiros residentes no País,

a viabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

prosperidade”.

Cabe a escola cuidar para que esse direito de igualdade perante a lei e

a seu próximo seja de fato vivido e experenciado no ambiente escolar, através

de projetos e experiências cotidianas que visem a reparação, o reconhecimento

e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros,

para que todos os alunos independentes da cor da sua pele sintam-se

valorizados, pois acreditamos que cidadania só se concretiza onde todas as

pessoas têm garantidos os mesmos direitos e deveres.

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

Faz-se necessário e urgente o trabalho para a implementação da Lei

10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação das Relações Étnico Raciais e para o ensino da História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06

do CEE.

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Assim o trabalho com esse desafio tem como o intuito promover o

reconhecimento da identidade, da historia e da cultura da população negra

paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao

lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino da História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana.

As ações realizadas referente a história e Cultura Afro-Brasileira são

feitas através de conscientização dos alunos através de murais, debates,

palestras, pesquisas, produção de textos, com a finalidade de analisar as

relações étnico-raciais no Brasil, construindo uma nova identidade que

caracterize cultura e história nas múltiplas situações de convívio social.

No dia 20 de novembro, dia em que se comemora o Dia Nacional da

Consciência Negra, encerram-se os trabalhos realizados por todos os

professores escola, com exposições das atividades de todo o ano letivo.

O colégio contempla as questões da cultura indígena em sua

complexidade histórica e cultural refletindo o impacto dos modelos econômicos

e a distribuição geográfica como fatores de re-significação da população

indígena e suas relações com a sociedade.

Todas as disciplinas abordam a temática direcionando o trabalho

conforme as áreas de estudo.

Enfatizando em nosso município a comunidade indígena, busca-se a

valoração dessa etnia e a colaboração para a formação da sociedade

brasileira.

Concepção de Tempo Escolar:

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes – Ensino

Fundamental e Médio, está organizada em séries anuais, mantendo o

funcionamento nos turnos matutino e vespertino. O horário das aulas como

prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96 é de 04

horas diárias, e conta com uma carga horária mínima de 800 (oitocentas)

horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho

escolar.

Assim sendo, o horário escolar deve obedecer ao tempo mínimo

estabelecido pela legislação vigente para cada uma das áreas de

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aprendizagens do currículo. A partir desse critério, e em função das opções do

projeto educativo da escola, é que poderá fazer a distribuição horária mais

adequada. O colégio, diante disso, está situado num determinado espaço e tem

que saber lidar com a simultaneidade e a complexidade do tempo de hoje. Ela

é um espaço de tempo de vivências democráticas, pois a vida escolar acontece

num determinado tempo e em determinado espaço, visando favorecer aos

estudantes a compreensão do movimento dialético que impregna as relações

entre o homem, a natureza e a cultura no continuum do tempo. Entretanto, para

que possa exercer essa tarefa, é preciso que a escola atente para o tempo

escolar, exercendo uma mediação pedagógica consciente, uma vez que este é

entendido como o período de vivência pedagógica dos estudantes no ambiente

escolar, porque o tempo escolar é o tempo pedagógico de aprendizagens

significativas para a vida toda do aluno.

Visando assegurar o tempo pedagógico, o currículo é definido em

termos oficiais, onde o estudante tem direito à continuidade e terminalidade de

estudos, o que envolve a definição/organização de atividades curriculares no

coletivo da escola, respeitando-se sempre o ritmo, o tempo e as experiências

trazidas pelos estudantes, por intermédio da inter e da transdisciplinaridade,

para que sejam desenvolvidas relações recíprocas entre vivências, conteúdos

e realidade.

Portanto, é preciso que o professor defina claramente as atividades,

estabeleça a organização em grupos, disponibilize recursos materiais

adequados e defina o período de execução previsto, dentro do qual os alunos

serão livres para tomar suas decisões. Caso contrário, a prática da sala de aula

torna-se insustentável pela indisciplina que gera.

HORA ATIVIDADE

São as horas remuneradas que os professores têm para realizar

atividades complementares ao processo pedagógico. São realizados na escola

no mesmo turno das aulas com monitoria da direção e pedagogo (a). O valor

das horas remuneradas equivale a 25%, da carga horária semanal.

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes visa organizar a

hora atividade de forma que professores de disciplinas afins possam fazer

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estudo de textos diversos que embasem o trabalho pedagógico e enriqueçam

sua prática docente.

CALENDÁRIO ESCOLAR (anexo)

SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED

- programou o Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o

objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas

crianças que frequentam o 6º ano e 9º ano do Ensino Fundamental. O Colégio

Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes prevê o atendimento aos alunos,

no contra turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o

objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de

oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas

suas operações básicas e elementares – por meio de atividades diferenciadas

e significativas oferecidas – superar essas dificuldades e acompanhar seus

colegas do turno regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a

qualidade da educação.

SALA DE RECURSOS

A Sala de Recursos é um Serviço Especializado, de natureza

pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes

comuns do Ensino Fundamental e Médio. Os alunos são regularmente

matriculados no Ensino Fundamental das séries finais e Ensino Médio que

apresentam dificuldades acentuadas com atraso acadêmico significativo

decorrentes de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Globais Específicos e

em contra turno os alunos serão atendidos por cronograma.

O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos deve

constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver

os processos específicos de forma a desenvolver os processos cognitivos,

motor, sócio afetivo,emocional necessários para apropriação e produção de

conhecimentos. O professor de Sala de Recursos deve elaborar seu Plano de

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Ação, visando o planejamento individual com metodologias e estratégias

diferenciadas organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas,

sugeridas no Relatório de Avaliação Psicoeducacional. O planejamento

pedagógico deve ser organizado e sempre que necessário reorganizado de

acordo com os interesses e dificuldades de cada aluno, nas áreas de

desenvolvimento (cognitiva, motora, socioafetivo, emocional) de forma a

subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem. A

complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor de Sala

de Recursos dar-se-á pela orientação aos professores da classe comum

juntamente com a equipe pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e

metodologias que serão utilizadas no Ensino Regular, em atendimento aos

alunos com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos. O

aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as

dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum. O

aluno da Sala de Recursos deverá ser trabalhado de forma individualizada ou

em grupos e, o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo do

trabalho individual. Os atendimentos realizados em grupos deverão ser

organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas.

Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com

atendimentos por cronograma. O cronograma de atendimento deverá ser

organizado quanto ao:

a) número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4

(quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias;

b) O cronograma de atendimento é flexível, devendo ser reorganizado,

sempre que necessário, de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos

alunos, com anuência da equipe pedagógica da escola.

No Relatório de Acompanhamento Pedagógico (formulário próprio

expedido pela SEED) devem ser registrados qualitativamente, os avanços e

necessidades acadêmicas, aspectos relativos à promoção , bem como a

necessidade de continuidade do apoio ao aluno em Sala de Recursos.

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ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

O verdadeiro sentido do trabalho pedagógico está no compromisso com

a emancipação humana e transformação da sociedade, isso implica em

conhecer sua história, suas contradições e assumir uma posição a favor de

uma prática pedagógica adequada ao atual contexto social, econômico e

cultural, ou seja, assumir uma posição em relação à educação, a forma de

educar e o mais importante, para que educar? Ao pedagogo cabe ainda

promover a organização de espaços para reflexões e debates a fim de tratar de

metodologias, atividades extracurriculares, currículo, questões disciplinares,

formas de avaliação, relação com a comunidade e outras de acordo com a

necessidade. Além de seu trabalho estar ligado diretamente à discussão em

torno do modelo de gestão da escola, na relação interpessoal.

O trabalho pedagógico vem se afirmando no reconhecimento de sua

especificidade e definindo seu estatuto teórico-prático devido às longas

discussões nos últimos anos, que tem contribuído para a consolidação do

conhecimento. A compreensão do trabalho pedagógico como ato educativo

planejado de forma coletiva para articular e mediar às atividades educativas

voltadas para a formação humana torna-se o eixo de identificação da função do

pedagogo.

Critérios de Promoção:

Para a promoção dos alunos serão usadas notas, mas atingidas nas

diferentes modalidades de avaliação, tendo como média mínima por

disciplina para aprovação o referencial 6,0 (seis). Isto após a apuração do

rendimento final de aproveitamento (média 6,0) e frequência que deverá ser

igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes, promove as

seguintes ações:

Orientar os trabalhos escolares para o desenvolvimento,

crescimento e transformação sociocultural e cognitiva dos alunos.

Os professores devem estar comprometidos com a aprendizagem

de todos os alunos.

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Trabalhar com a possibilidade de que não haverá nenhuma

reprovação.

70% da nota total distribuído em pelo menos duas avaliações

escritas, mais 30% provenientes de outros trabalhos, atividades individuais e

ou em grupos que serão somados ao final totalizando 100%.

São condições necessárias para se atingir resultados positivos:

Transparência na forma de avaliar;

Fazer o possível para evitar à reprovação e consequentemente a

evasão escolar;

Refletir juntamente com os alunos o porquê das avaliações por

meio de argumentos consistentes.

A recuperação de conteúdos será de forma paralela, aos

conteúdos trabalhados e durante todo o período letivo.

Parágrafo único - Os instrumentos de avaliação a serem utilizados

serão: provas escritas com questões de nível variado (dissertativas, objetivas,

descritivas, reflexivas, múltipla escolha, trabalhos de pesquisa em variadas

fontes (livros, revistas, entrevistas, internet, jornais e outros informativos);

interpretação, análise e produção de textos; seminários,etc. ; participação em

projetos, como: feira de Ciências, festival de artes, jogos estudantis entre

outros.

A avaliação do ensino da Educação Física e da Arte deverá adotar

procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do

aluno.

A LDB nº 9394/96, no capítulo II, artigo 24, inciso 5, aborda sobre a

avaliação. A lei define claramente que a avaliação não pode ser aceita como

simples instrumento classificatório, ela aponta a recuperação dos estudos e

também os avanços em cursos e séries, enfim, ela deve comprometer-se com

o bom êxito do aluno, seu conhecimento informal e seu desenvolvimento

cognitivo.

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes localizado em

Papagaios, município de Inácio Martins elaborou a sua proposta pedagógica

com a colaboração e participação de toda a comunidade escolar: professores,

pais, alunos, funcionários, APMF, Conselho Escolar a fim de se realizar um

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trabalho mais consistente e pensado por “todos” os envolvidos no processo

ensino-aprendizagem da mesma, uma vez que o sucesso do ensinar e do

aprender estão interligados e só acontecerá se houver a participação ativa e

efetiva de todos.

Sendo assim, todas as propostas contidas no conteúdo do projeto

político pedagógico foram pensadas conscientemente de forma que sua

implantação no processo educativo seja viável, atendendo à realidade da

Escola e das comunidades que ela atinge e objetivando o bom êxito no

crescimento integral dos seus educandos e por consequência numa

transformação no meio em que ele vive.

Para tanto, pretende-se que a avaliação do projeto político pedagógico

dessa Escola ocorra anualmente, com o envolvimento dos representantes de

cada segmento que auxilia na elaboração do mesmo. Nessa oportunidade

serão ponderados todos os pontos negativos e positivos do trabalho escolar,

quando de forma coletiva, se definirão novas estratégias a serem adotadas

para que a verdadeira função da Escola aconteça através de uma efetiva

aprendizagem e consequente transformação na vida sócio – cultural dos

educandos.

Periodicidade de Registro da Avaliação:

A periodicidade de registro da avaliação é bimestral, isto é, após a soma

de todas as atividades realizadas pelos alunos.

Resultado da Avaliação:

O resultado da avaliação é utilizado como forma de promover a

reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos e como

possibilidade de novas alternativas para o planejamento do ensino, sempre

visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Encaminhamentos e Ações Concretas:

Após, detectadas as dificuldades de aprendizagem por intermédio de

conversas particulares com os professores, pelo Pré-Conselho e pelo Conselho

de Classe e decididas as ações a serem tomadas, de imediato são chamados

os pais para conversa com a Equipe Pedagógica, professores, os alunos para

conversar individualmente com a Equipe, com o objetivo de colocar em prática

as ações vislumbradas para melhoria da aprendizagem dos alunos buscando a

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melhoria no processo ensino e aprendizagem sendo realizado o pós-conselho

visando a avaliação de todo trabalho pedagógico

A Equipe Pedagógica também tem uma ficha para acompanhamento

dos alunos que foram detectadas as dificuldades e sempre procura incentivá-

los e vislumbrar formas para sanar ou pelo menos minimizar essas

dificuldades.

Procedimentos de Recuperação de Estudos:

A proposta de recuperação de conteúdos deve incidir sobre a área de

estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi

considerado insuficiente, preferencialmente concomitante ao período letivo,

constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino além de se

adequar às dificuldades dos alunos.

A recuperação de estudos, portanto, tem por lógica pedagógica

recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação.

Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os

conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no

processo de recuperação de estudos.

A recuperação ocorre de duas formas:

1. Pela retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação.

2. Pela reavaliação do conteúdo já "re-explicado" em sala de aula. A

recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que todos os

instrumentos serão usados metodologicamente como via de ensino e

aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos mesmos e não como fins de aferir

valores. Cabe ao professor perceber, através destes, em que dimensões os

conteúdos devem ser retomados e reavaliados.

É preciso, assim, estabelecer estratégias de recuperação concomitante

ao processo ensino-aprendizagem sempre que se constatar a necessidade da

mesma para que o aluno atinja os objetivos propostos pelos professores no

Plano de Trabalho Docente e se aproprie dos conteúdos necessários ao seu

rendimento escolar.

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A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os

conteúdos, cujos instrumentos foram utilizados como via para aprender e como

diagnóstico para autorregular o processo.

O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores

das avaliações (como um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de

apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos, a recuperação não é um

"adendo" à nota, tem peso de 0 a 100%. Para os alunos que se constatam

dificuldades acentuadas na aprendizagem, são encaminhados à avaliação

pedagógica, psicopedagógica e psicológica se for o caso encaminhados à Sala

de Apoio, ou se detectado algum distúrbio ou transtorno será encaminhado

para Sala de Recursos.

Adaptação Curricular:

Para os alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades

educacionais especiais são realizadas adaptações curriculares para que estes

possam aprender de uma forma diferenciada os mesmos conteúdos da turma.

No contexto escolar são denominadas adaptações curriculares,

conforme pode-se constatar na definição de estudiosos da área: podemos

definir as adaptações curriculares como modificações que são necessárias

realizar em diversos elementos no currículo básico para adequar as diferentes

situações, grupos e pessoas para quais se aplica. As adaptações curriculares

são intrínsecas ao novo conceito de currículo. De fato, um currículo inclusivo

das salas de aula, dos alunos (GARRIDO e LANDIVAR, 2002, p. 53). Quando

se fala em adaptações curriculares está se falando sobretudo e, em primeiro

lugar, de uma estratégia de planejamento e de atuação às necessidades de

aprendizagem de cada aluno, fundamentado em uma série de critérios para

guiar a tomada de decisões com respeito ao que é, ao que é, ao que o aluno

pode ser.

Diante dos inúmeros significados que essa terminologia sugere, torna-

se importante deixar claro o sentido que se deseja imprimir ao termo, neste

texto, de modo a não sugerir que se tenha em mente que a escola deverá ter

um currículo adaptado ou separados para alguns. Esclarece Fernandes (2006)

que nesse currículo prevalece a ideia de que a flexibilização ou a adaptação

curricular sejam prerrogativa para celebrar as diferenças em sala de aula,

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contrariando a prática tradicional de que todos os alunos aprendem da mesma

forma, com as mesmas estratégias metodológicas, com os mesmos materiais e

no mesmo tempo/faixa etária. Ou seja, precisa-se abolir a ideia de um currículo

adaptado para aqueles alunos que se diferenciam do grupo dito homogêneo

que, supostamente, constituí as salas de aula. Tais adaptações partem do

currículo

Recuperação:

A recuperação de estudos é realizada de forma concomitante ao

processo ensino-aprendizagem, sempre que se fizer necessária, sendo os

alunos de 6º ano e 9º ano quando apresentarem dificuldade em todas as

disciplinas, sendo retomado o conteúdo através de estratégias diferenciadas

visando a aprendizagem do aluno e buscando alternativas para superar as

dificuldades de aprendizagem intervindo quando necessário através do

trabalho individualizado, utilização de material concreto e outros, fazendo um

diagnóstico bimestralmente e se necessário encaminhados à Sala de Apoio à

Aprendizagem ou Sala de Recursos.

Classificação:

De acordo com a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, a Classificação

tem caráter pedagógico e exige as medidas administrativas que resguardem o

direito dos alunos, das escolas e dos profissionais. Para isso na escola em

questão serão feitas avaliações diagnósticas documentadas pela Equipe

Pedagógica ou pelo professor, comunicação ao aluno ou responsável para

consentimento do processo; organização de uma comissão para efetivação do

mesmo; arquivo das atas, trabalhos, provas ou outros instrumentos avaliativos

utilizados e registro dos resultados no histórico escolar do aluno.

Reclassificação:

Conforme a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, para a Reclassificação,

o aluno deverá estar matriculado no estabelecimento de ensino, levando em

conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de

estudo compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do

que registre o seu histórico escolar.

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O resultado da reclassificação será registrado em ata, devendo integrar

a Pasta Individual do aluno e ser registrado no Relatório Final e no seu

Histórico Escolar.

Procedimento de Informações aos Pais:

Para informações aos pais sobre os resultados escolares dos alunos

serão adotadas como medidas: reuniões, conversas particulares, boletins

informativos, etc. Mas vale salientar que tais medidas, servirão também para

informar qualquer outro assunto de interesse dos mesmos.

Avaliação do ensino e da aprendizagem

Com a implantação e a consolidação de sistemas de avaliações

externas, o Brasil consegue adotar políticas públicas importantes, concernentes

à orientação e ao monitoramento da educação no País, criar uma “cultura de

avaliação e prestar contas à sociedade”, bem como, as avaliações

educacionais externas no Brasil Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Básica (SAEB) com enfoque na qualidade, eficiência e equidade, contribui para

avaliar a efetividade dos sistemas de ensino.

Sendo uma avaliação bianual, feita por amostragem e aplicada aos

alunos, avalia a qualidade, a equidade e a eficiência do ensino e da

aprendizagem no âmbito do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

A Prova Brasil é aplicada em escolas públicas com mais de 20 alunos,

da região urbana, alunos do 6º e 9º anos, avaliando os conhecimentos de

Português e Matemática.

Os resultados das avaliações educacionais permitem visualizar como

está sendo projetada a educação brasileira. Esses dados estão inseridos ao

sistema de avaliação, e também sobre o Programa de Desenvolvimento da

Educação (PDE) com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade do

ensino, reduzindo as desigualdades de democratização do ensino público. Bem

como buscar o desenvolvimento de uma cultura avaliativa que estimule o

controle social sobre os processos e resultados do ensino.

Em consonância com o Regimento Escolar que deve ser eficaz na

regulação das relações de todos os envolvidos no processo educativo. Suas

atribuições fundamentais devem ser a sobriedade, a clareza e a autonomia,

assentando-se sobre os propósitos, as diretrizes e os princípios estabelecidos

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pela proposta pedagógica. Pode vir a sofrer alterações e acréscimos, pois se

insere na ordem da realidade em transformação, é documento redigido para

perdurar. É também sujeito a aprovação dos órgãos próprios do sistema, pois

cuida da parte pedagógica e administrativa da escola.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação ocorrerá nos seguintes aspectos:

• gestão escolar;

• prática pedagógica

• processo de ensino e aprendizagem (projetos, contextualização,

transposição didática, adaptações curriculares, interdisciplinaridade, valores,

problematizações);

• organização e desenvolvimento da equipe pedagógica;

• participação do professor.

A avaliação será feita através de:

• questionários;

• reuniões; debates; pesquisas;

• fichas;

• relatórios;

• acompanhamento diário.

Órgãos avaliadores

• Instâncias Colegiadas;

• Pais de alunos;

• Atores sociais (representantes da sociedade civil - prefeito, vereadores

comerciantes e outros).

VI. MARCO OPERACIONAL

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes é considerado de

porte I, com carga horária de 40h na direção.

O diretor (a) é um profissional da educação (com formação docente),

eleito pela comunidade escolar a cada 3 anos. Este exerce um papel de

excelência na escola, visto que responde por todas as ações realizadas pela

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mesma. Para tal, conta com o apoio profissional de um auxiliar administrativo,

uma pedagoga, dos docentes e demais funcionários da instituição.

Cabe a comunidade escolar concretização do processo ensino –

aprendizagem e a efetivação das atividades planejadas no início do ano letivo,

estabelecidas na proposta pedagógica.

Como a escola situa-se na área rural, o colegiado utiliza transporte para

se deslocar até ela, pois todos residem na sede do município. Cabe a

comunidade escolar gerar bom ambiente motivação. O que fazer para melhorar

o ambiente da escola?

O ambiente escolar educa mais do que o esforço isolado de

qualquer professor;

A unidade escolar precisa de ordem, disciplina, limpeza e

respeito;

Os conteúdos devem ter significação, para que o aluno possa

relacioná-lo à sua vida;

Socializar resultados pedagógicos positivos;

O diálogo entre a direção e os professores devem se estabelecer

em torno dos resultados da aprendizagem;

É primordial que os resultados da avaliação da aprendizagem e

do aprimoramento dos alunos sejam compartilhados e discutidos entre a

comunidade escolar.

LEI 11.788/88 – Estágio Não Obrigatório

A Lei nº 11.788, conhecida como a nova lei do estágio, realizou

mudanças importantes para evitar a crescente exploração dos universitários

que buscam experiência e inserção no mercado de trabalho.

A jornada de trabalho do estagiário atualmente não pode ultrapassar 30

horas semanas (seis por dia), as empresas podem ter apenas um estagiário

para cada cinco funcionários, as férias remuneradas dos funcionários agora

podem ser gozadas também por eles e, caso violar o Termo de Compromisso

de Estágio, o estagiário pode requerer seus direitos, assim, permitindo que o

estudante tenha tempo e condições para dar prioridade a seus estudos.

Conforme cita o Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho

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produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em

instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio,

da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade

profissional da educação de jovens e adultos.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada faz parte do cotidiano escolar e diz respeito a

todos os profissionais da Educação, não só aos professores, mas todos que

participam do processo ensino-aprendizagem como: diretores, equipe

pedagógica e agentes educacionais I e II. Todos têm o direito de participar de

grupos de estudos, partilhar dúvidas, questões e saberes num processo

contínuo de reflexão sobre os problemas e dificuldades do dia a dia, e propor

alternativas para melhorar o andamento do ambiente escolar.

Aos membros dos órgãos colegiados como APMF, Grêmio Estudantil e

Conselho Escolar também serão disponibilizados oportunidades de formação

continuada.

Proposta de formação continuada aos professores, com vistas

assegurar o entendimento dos objetivos do Ensino Fundamental de nove

anos, bem como as especificidades dos alunos

A formação continuada dos professores será realizada através de

grupos de estudos e nos dias pedagógicos previsto no calendário com o

objetivo de estudar a documentação legal e a parte pedagógica de como

trabalhar com os alunos egressos do Fundamental de Nove Anos.

A natureza do trabalho docente requer um continuado processo de

formação dos sujeitos sociais historicamente envolvidos com a ação

pedagógica, sendo indispensável o desenvolvimento de atitudes investigativas,

de alternativas pedagógicas e metodológicas na busca de uma qualidade social

da educação. Não há nenhum modelo a ser seguido, nem perfil ou estereótipo

profissional a ser buscado. Entretanto, como analisa Ilma Passos Alencastro

Veiga, “o projeto pedagógico da formação, alicerçado na concepção do

professor como agente social, deixa claro que é o exercício da profissão do

magistério que constitui verdadeiramente a referência central tanto da

formação inicial e continuada como da pesquisa em educação. Por isso, não há

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formação e prática pedagógica definitivas: há um processo de criação

constante e infindável, necessariamente refletido e questionado.

Assegurar essa formação tem sido o desafio de todos os sistemas. Uma

formação sensível aos aspectos da vida diária do profissional, especialmente

no tocante às capacidades, atitudes, valores, princípios e concepções que

norteiam a prática pedagógica. Promover a formação continuada e coletiva é

uma atitude gerencial indispensável para o desenvolvimento de um trabalho

pedagógico qualitativo que efetivamente promova a aprendizagem dos alunos.

A frequência de encontros sistemáticos e coletivos para estudos e

proposições, permite uma articulação indissociável entre teoria e prática. As

experiências revelam que essa estratégia, além de mais bem qualificar o

trabalho pedagógico, ainda democratiza as relações intra-escolares, na medida

em que oferece oportunidades semelhantes ao grupo de profissionais da

escola.

A reflexão dos profissionais da educação sobre a sua prática

pedagógica para a construção de um projeto político-pedagógico autônomo,

bem como a implementação das diretrizes de democracia do acesso,

condições para permanência e de democracia da gestão, são essenciais para a

qualidade social da educação. É essa a escola que o governo está construindo

com os profissionais da educação.

APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF tem como

finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família-

escola-comunidade.

Ela exerce a função sustentadora jurídica das verbas públicas recebidas

e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu cotidiano, em

parceria com a administração escolar. Associação civil, entidade jurídica de

direito privado. Funciona como órgão de representação dos pais e professores

na gestão da escola além de trabalhar na angariação de recursos para manter

a escola.

A APMF é a instância privilegiada para fazer acontecer a participação

efetiva dos pais na vida da escola. É através da APMF, por exemplo, que a

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gestão dos recursos financeiros pode contribuir de maneira fundamental para a

melhoria da qualidade de ensino através da democratização das discussões e

decisões e do apoio efetivo às ações voltadas à concretização dos objetivos da

escola.

A APMF obtém recursos através:

Da contribuição voluntária (será arrecado em parceria com o

comércio local e pessoas da comunidade através do livro ouro);

Programas de Apoio (PDDE);

Campanhas e Promoções;

Convênios e Parcerias

A eleição da diretoria acontece a cada 2 anos em Assembleia Geral

com a participação de toda a comunidade escolar.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, organizado para promover a

democracia no interior da escola. É a maior instância da gestão escolar porque

tem como funções discutir, aconselhar, deliberar e normatizar as questões mais

importantes do cotidiano escolar. No conselho, os representantes dos

diferentes segmentos - familiares, professores/as, alunos/as, direção e equipe

pedagógica – se reúnem para decidir as questões pedagógicas, administrativas

e financeiras, definindo a política de ação da escola.

Dentre as principais funções do Conselho, depois de debatido

coletivamente pelos membros:

Construir e reconstruir o Regimento Interno da Escola;

Elaborar e reelaborar o Projeto Político Pedagógico;

Acompanhar as ações administrativas;

Definir e fiscalizar as aplicações financeiras;

Ajudar na definição do calendário escolar;

Constituir comissões especiais para estudos e aprofundamentos;

Acompanhar os aspectos pedagógicos;

Servir como última instância de recursos e avaliação da escola;

Debater e aprovar, em última instância, o currículo e o plano de

ação da escola.

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O Conselho Escolar será presidida pelo diretor;

CONSELHO TUTELAR

É o órgão encarregado pela Sociedade de zelar pelo cumprimento dos

direitos da criança e do adolescente.

O Conselho Tutelar é um aliado na busca da redução e prevenção de

problemas como, evasão escolar, violência, drogas, exploração do trabalho

infantil e outros, de comum acordo com O ECA (Estatuto da Criança e do

Adolescente) que tem por objetivo a proteção integral da criança e do

adolescente, de tal forma de cada brasileiro que nasce possa ter assegurado

seu pleno desenvolvimento, desde as exigências físicas até o aprimoramento

moral e religioso. São encaminhados ao Conselho Tutelar os casos de alunos

evadidos e outros que a escola já utilizou todos os procedimentos que constam

no Regimento Escolar, após esgotados todos os seus recursos pedagógicos e

legais.

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe se estrutura a partir de três dimensões:

Pré-conselho de Classe: este procedimento se configura como

oportunidade de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à

análise do colegiado, permitem a retomada e redirecionamento do processo de

ensino, com vistas à superação dos problemas levantados (dificuldades de

aprendizagem). É um espaço de diagnóstico do processo de ensino e

aprendizagem, mediado pela equipe pedagógica, junto com os alunos e

professores, ainda que em momentos diferentes, conforme os avanços e

limites da cultura escolar. Não se constituem em ações privativas, implicam em

decisões tomadas pelo grupo/coletivo escolar.

Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho

(grande grupo), são discutidos os diagnósticos e proposições levantados no

Pré-Conselho, estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e

atuais. A tomada de decisão envolve a compreensão de quais metodologias

devem ser revistas e que ações devem ser empreendidas para estabelecer um

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novo olhar sobre a forma de avaliar, a partir de estratégias que levem em conta

as necessidades dos alunos. A forma como as reuniões são previstas no

calendário levam em conta este modelo de Conselho do qual falamos e não

aquele que simplesmente legitima o fracasso a partir da sua constatação.

Pós-Conselho de Classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações

previstas no Conselho de Classe propriamente dito, que podem implicar em:

retorno aos alunos sobre sua situação escolar e as questões que a

fundamentaram (combinados necessários); retomada do Plano de Trabalho

Docente no que se referem à organização curricular, encaminhamentos

metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação; retorno aos

pais/responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o acompanhamento

necessário, entre outras ações. Todos estes encaminhamentos devem ser

registrados em ata.

É o órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didático-pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações

educacionais, indicando alternativas que garantam a efetivação do processo

ensino-aprendizagem.

A finalidade do Conselho de Classe, após analisar as informações e

dados apresentados é a de intervir em tempo hábil no processo ensino-

aprendizagem, oportunizando aos alunos formas diferenciadas de apropriar-se

dos conteúdos curriculares estabelecidos. Constitui-se em um espaço de

reflexão pedagógica.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos, que representa os

interesses dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais,

desportivos e sociais. É a instância onde se cultiva gradativamente o interesse

participação do aluno, para além da sala de aula, devendo ser concebido como

um espaço coletivo, social e político, de organização, de participação e de

construção de novas relações de poder dentro da escola.

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FUNÇÕES ESPECÍFICAS (RH)

Diretor (a): A função do diretor (a), como responsável pela efetivação da

gestão democrática é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais

definidos no PPP da escola. O objetivo da direção é o trabalho compartilhado,

envolvendo pais, alunos, professores e funcionários da Escola, procurando

garantir o desenvolvimento educacional dos alunos, assim como atender aos

problemas de natureza pedagógica e administrativa.

Diretor deve conhecer e dinamizar a estrutura organizacional da

Escola tendo como atribuições, em especial as abaixo descritas:

Em conjunto com o Conselho Escolar e demais componentes da Equipe

Diretiva, participar e coordenar as discussões e a elaboração da Proposta

Político Pedagógica da Escola, bem como acompanhar sua execução;

• Em conjunto com o Conselho Escolar e demais componentes da

Equipe Diretiva, participar e coordenar as discussões e a elaboração do Plano

Anual, responsabilizando-se pela sua execução.

Cumprir e fazer cumprir as disposições legais, as determinações

de órgãos superiores e as constantes deste Regimento;

Responsabilizar-se pela organização e funcionamento da Escola,

perante os órgãos do poder público municipal e a comunidade,

responsabilizando-se pelos atos administrativos, bem como pela veracidade

das informações prestadas pela Escola;

Assinar expedientes e documentos da Escola e, juntamente com

o secretário da Escola,

Assinar toda documentação relativa à vida escolar dos alunos.

Equipe Pedagógica: A equipe pedagógica é responsável pela

coordenação, implantação e implementação, no estabelecimento de ensino,

das Diretrizes Curriculares Estaduais definidos no PPP e no Regimento

Escolar, em consonância com a política educacional e orientações advindas da

SEED.

I - Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do

Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II Orientar a comunidade escolar na construção de um processo

pedagógico, em uma perspectiva democrática;

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Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho

pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da

educação escolar; coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta

pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas

educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais

Equipe docente: É constituída por educadores devidamente habilitados

dentro da área de formação específica. A maioria com curso de formação e

especialização nas diversas áreas do conhecimento.

I. Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma

coletiva e aprovado pelo Núcleo regional de Educação;

II. Elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto

Político-Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. Participar do processo de escolha, juntamente com a equipe

pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

IV. Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

V. Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a

apreensão crítica do conhecimento pelo aluno;

Equipe Técnico-administrativa e dos assistentes de Execução: A

função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas

áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de informática da escola. O

estabelecimento não possui laboratório de química, Física e Biologia, não

comportando, portanto o cargo de Assistente de execução. O técnico

administrativo que atua na secretaria é indicado pela direção do

estabelecimento e designado por ato oficial, conforme normas da SEED.

Art. 28 - A função de técnicos administrativos é exercida por

profissionais que atuam nas áreas da secretaria e biblioteca da Escola.

Art. 29 - O técnico administrativo que atua como secretário (a) é

indicado pelo (a) Secretário (a) Municipal de Educação e designado por Ato

Oficial, conforme normas da Prefeitura Municipal.

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Parágrafo Único - O serviço da documentação é coordenado e

supervisionado pela Direção.

Equipe Auxiliar Operacional: É formada por quatro agentes que

tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção, preservação,

segurança e da alimentação no âmbito escolar, sendo coordenados e

supervisionados pela direção da escola.

Art. 33 - O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de

conservação, manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar,

no âmbito escolar, sendo coordenado e supervisionado pela Direção.

Art. 34 – Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza,

organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e

instalações:

I. Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações,

cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

II. Utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à

Direção, com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

III. Zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando

qualquer irregularidade à Direção;

IV. Auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de

recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança

dos estudantes, quando solicitado pela Direção;

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

Condições Físicas, Materiais e Didática

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes possui:

01 Cozinha, 01 depósito de merenda, 01 Almoxarifado, 01 Secretaria,

01 Sala de direção utilizada também pelo técnico pedagógico, 07 salas de aula,

01 banheiro masculino e 01 feminino, 01 biblioteca, 01 sala dos professores,

depósito de material didático, local este onde os professores deixam todo

material necessário para suas aulas e também se encontram nas

permanências e reuniões de Conselho de Classe, 02 laboratório de informática.

Biblioteca

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A biblioteca da escola possui um acervo de aproximadamente 3.000

(três mil) volumes, e atende não só a comunidade escolar, mas todos que a

procuram.

Recursos Audiovisuais

Para atingir os objetivos propostos, conta com recursos audiovisuais

como televisor, videocassete e aparelho de DVD, retroprojetor, radiogravador,

TV pendrive em cada sala, acervo de fitas, coleção de mapas e 01 globo.

Laboratório de Informática

O Laboratório de Informática recebeu microcomputadores através do

Programa Paraná Digital e Pro Info, que serão utilizados na secretaria da

escola e como apoio aos professores em suas aulas e alunos em suas

atividades escolares. Os equipamentos são instalados em rede, sendo

possível também a instalação da Internet, como auxilio aos conteúdos

específicos das disciplinas.

Quadra Esportiva

O estabelecimento de ensino utiliza uma quadra de esportes ao lado da

escola, para a prática das aulas de Educação Física e eventos promovidos pela

escola. Para esportes: joguinhos, bolas, rede, tabela para basquete;

Muro em todas as laterais e Reforma da Escola

Temos o muro em todas as laterais do Colégio Estadual do Campo

Áurea Aparecida Lopes.

SUPRIMENTO E DEMANDA

A demanda da escola é calculada com base na matriz curricular, no

número de turmas, no turno na qual ela funciona e no porte da escola.

As aulas são supridas seguindo critérios definidos pela SEED. Baseia-

se no mapa da escola e lista de classificação do professor fornecidos pelo SAE

– Sistema de Administração da Educação, através do NRE.

Suprimento é o documento emitido mensalmente pelo NRE baseado

nas informações repassadas pelo estabelecimento de ensino, relativas à

situação de demanda e suprimento do quadro de pessoal.

Toda alteração deve ser informada através do formulário adequado

enviado ao NRE que providenciará a atualização dos dados do SAE.

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O responsável pelas informações é o Diretor (a).

Todos os professores contratados e efetivos possuem formação

superior específica na sua área e a maioria tem pós-graduação nas diversas

áreas do conhecimento.

A escola conta com uma equipe de 20 professores, 01 pedagoga e um

01 professor diretor, 03 Agentes Educacional I e 02 Agente educacional II e 01

Auxiliar Operacional.

PROJETOS E PROGRAMAS

Os envolvidos (corpo docente, funcionários, direção, equipe

pedagógica, alunos e pais, ou seja, toda comunidade escolar) se

comprometem mais quando participam de um projeto, onde podem interagir

explorando novas possibilidades e para que a aprendizagem se efetive dentro

da gestão democrática é necessário que toda a comunidade escolar participe

dos projetos e programas.

Vários são os projetos desenvolvidos na escola: Alguns pontuais como

Dias das Mães, Páscoa, Natal, Dia da Árvore e outros e ainda Conferência do

Meio Ambiente, Jogos Estudantis, Semana da paz, Ação Jovem e Cidadania,

Feira de Ciências Palestras de Prevenção (DST, drogas, violência).

JOGOS ESTUDANTIS

Os educandos do Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes

se envolvem com muita dedicação em tudo que se relaciona ao esporte, tendo

participado com êxito em algumas competições a nível regional e estadual.

Demandas da Coordenação de Desenvolvimento Socioeducacional

As Demandas da Coordenação de Desenvolvimento Socioeducacional

são aquelas que se opõem à educação e devem ser tratados nessa

perspectiva, tanto para os profissionais da escola, como para os educandos,

seus pais e a comunidade em toda complexidade de cada um desses

segmentos os quais são trabalhados no decorre do ano letivo.

A Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos, Educação

Fiscal, Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de

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Drogas, Escola Aberta, Saúde na Escola e Segurança Social e Atitude da SECJ

fazem parte das demandas da Coordenação de Desenvolvimento

Socioeducacional serão trabalhados na proposta curricular de cada disciplina e

no plano de trabalho docente:

HISTÓRIA DO PARANÁ

Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a

diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que busca contemplar

demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e

destaca os seguintes aspectos:

O cumprimento da Lei no 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Publica Estadual, os conteúdos de Historia do

Paraná.

A História não é feita de fatos isolados, é um processo contínuo e

global. Temos como objetivo da disciplina a formação da consciência de

cidadania de modo a construir no aluno, através da incorporação de atitudes,

valores e comportamentos, a capacidade de inserção e intervenções claras e

consequentes em sua realidade.

A introdução de Estudos sobre o Paraná (Lei 13.381/01), a partir do 6º

Ano do Ensino Fundamental é significativa no sentido de permitir ao aluno

conhecer sua realidade local e situar-se como agente de sua própria história.

Estes conteúdos de forma seriada estarão contemplados na Proposta

Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente de cada disciplina.

MÚSICA - Lei 11.769/08

Em 18 de agosto de 2008 a aprovação da Lei 11.769 fomentou ainda

mais tais discussões. Esta lei altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do

ensino da música na educação básica. Sucinta e direta dispõe a Lei 11.769 -

Art. 1º O art. 26 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar

acrescido do seguinte § 6o: “Art. 26 § 6o A música deverá ser conteúdo

obrigatório, mas não exclusivo ,do componente curricular de que trata o § 2o

deste artigo.” (NR).

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A música deve ser vista em sua finalidade essencial, tal como todas as

demais áreas do conhecimento, pois representa por si só uma área específica

que não necessita de justificação nas demais para existir na sociedade e

adentrar na comunidade escolar à partir do 6º ano do Ensino Fundamental.

Ninguém se pergunta por que estudar português, matemática, física ou

química, afinal, o estudo de tais campos do conhecimento científico já se

justifica na necessidade que constatamos deles para a vida das pessoas. Posto

isto, devemos passar a ver a música também como ciência de acordo com

suas especificidades, conforme enfatiza Souza (1989, p.82) “Modelos

estatísticos de análise foram experimentados o que tornou possível tomar a

música e o indivíduo como sujeito em seu meio social como objeto de

pesquisa”

Educação Ambiental

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental visa, implementar a

Lei 9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um

processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a

preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a

compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico, bem como para

os problemas relacionados a estes fatores.

Para concretizar esse intento, os educadores necessitam de subsídios

para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das questões

relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico e

orientados pelas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica

do Estado do Paraná, construir a identidade da Educação Ambiental na escola

pública.

É transformadora ao trazer novas maneiras de ver e conviver com o

mundo em sua totalidade e complexidade, respeitando as diversas formas de

vida e cultivando novos valores. Trata-se de processo pedagógico participativo

permanente para incutir uma consciência crítica sobre a problemática

ambiental, estendendo à sociedade a capacidade de captar a gênese e a

evolução de problemas ambientais.

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Enfrentamento a Violência

Ao trabalhar essa demanda, buscar-se-á a ampliação da compreensão

e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim transformar a

escola um espaço onde o conhecimento toma o lugar da força.

O Enfrentamento á Violência na escola requer formação continuada dos

profissionais da educação sobre as causas da violência e suas manifestações

de material de apoio didático-pedagógico.

A escola vai trabalhar com essa demanda através de palestras, de

conscientização dos alunos reuniões com os pais, parceria com a comunidade

para evitar a violência no ambiente escolar, reuniões com os pais, parceria com

a comunidade. É desenvolvida uma parceria com a patrulha Escolar e

Promotoria através de visitas na Escola e conversas com os alunos e

comunidade escolar.

Cidadania e Direitos Humanos

Tem na sua essência a busca dos princípios da dignidade humana,

respeitando os diferentes sujeitos de direito e promover maior justiça social.

Com a finalidade de valorizar ações de cidadania, esta questão responde ainda

pelas ações interinstitucionais de acompanhamento e promoção de programas

federais e estaduais como: Atitude, Saúde na Escola, Segurança Social, entre

outros.

Prevenção ao Uso indevido de Drogas

A prevenção ao uso indevido de drogas é um trabalho desafiador, que

requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de

pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do

conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a

legislação que reporta direta ou indiretamente a essa demanda, bem como, a

debater assuntos presentes em nosso cotidiano como; drogadição,

vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao uso de drogas, narcotráfico,

violência, influencia da mídia ,entre outros.

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A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas deve acontecer no âmbito

escolar como forma de auxiliar a comunidade escolar a lidar com essa questão.

A escola não pode se omitir, pelo contrário,o seu papel é fundamental no

processo de prevenção e abordagem de conteúdos sobre o efeito e

consequências das drogas no sistema nervoso central.

A prevenção é a principal maneira de alertar sobre os prejuízos

causados pelo consumo de drogas, como por exemplo o auto índice de

violência gerado pelo tráfico de drogas, a demanda por tratamento de

dependentes, atendimento a casos de overdose, facilitação na transmissão de

doenças como AIDS e Hepatite. Sendo o papel da escola na formação da

personalidade do educando desafiador e decisivo no compromisso efetivo de

combate e prevenção ao uso indevido de drogas. A escola trabalha com essa

demanda através de palestras em parceria com a comunidade para a

conscientização de toda comunidade escolar.

Educação Fiscal

A Educação Fiscal tem por incumbência conscientizar os educandos e

toda a comunidade escolar e os munícipes para importância de se acompanhar

os gastos públicos e entender a importância dos impostos na condução de um

município. Além disso, busca o despertar do cidadão para acompanhar a

aplicação dos recursos postos à disposição da Administração Pública, tendo

em vista o benefício de toda a população.

Programa AÇÃO JOVEM E CIDADANIA

O Grêmio é o órgão máximo de representação dos estudantes que ao

atuarem nele, estão defendendo seus direitos e interesses e aprendendo ética

e cidadania na prática.

Programa BOLSA FAMÍLIA

O Programa Bolsa Família, é um programa de transferência direta de

renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e

de extrema pobreza. O Programa integra o Fome Zero que tem como objetivo

assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança

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alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela

população mais vulnerável à fome. Atualmente os alunos da Escola Estadual

Áurea Aparecida Lopes se beneficiam deste programa sendo atendidas 80%

das famílias.

Programa SAÚDE NA ESCOLA

O Programa Saúde na Escola (PSE), lançado em setembro de 2008, é

resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação que

tem o objetivo de reforçar a prevenção à saúde dos alunos brasileiros e

construir uma cultura de paz nas escolas.

O programa está estruturado em quatro blocos. O primeiro consiste na

avaliação das condições de saúde, envolvendo estado nutricional, incidência

precoce de hipertensão e diabetes, saúde bucal (controle de cárie), acuidade

visual e auditiva e, ainda, avaliação psicológica do estudante. O segundo trata

da promoção da saúde e da prevenção, que trabalhará as dimensões da

construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de

violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há

uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade

física e práticas corporais.

O terceiro bloco do programa é voltado à educação permanente e

capacitação de profissionais e de jovens. Essa etapa está sob a

responsabilidade da Universidade Aberta do Brasil, do Ministério da Educação,

em interface com os Núcleos de Telessaúde, do Ministério da Saúde, e observa

os temas da saúde e constituição das equipes de saúde que atuarão nos

territórios do PSE.

O último prevê o monitoramento e a avaliação da saúde dos estudantes

por intermédio de duas pesquisas. A primeira é a Pesquisa Nacional de Saúde

do Escolar (Pense), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), que contempla, além de outros, todos os itens da avaliação

das condições de saúde e perfil socioeconômico das escolas públicas e

privadas nas 27 capitais brasileiras. O resultado dessa pesquisa servirá para

que as escolas e as equipes de saúde tenham parâmetro para a avaliação da

comunidade estudantil. A segunda pesquisa será o Encarte Saúde no Censo

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Escolar (Censo da Educação Básica), elaborado e aplicado no contexto do

Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) desde 2005. Essa sondagem

consiste em cinco questões ligadas mais diretamente ao tema DST/AIDS.

No Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes é contemplado

este programa através de parcerias com a Secretária de Saúde através do PSF

Rural, atendimento aos nossos alunos com um médico clínico, dentista e

psicólogo, foi realizado o levantamento nutricional de nossos alunos e os outros

atendimentos temos em parceria com a Secretaria da Saúde.

PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes está

permanentemente em busca de soluções para os diversos problemas que

enfrenta, principalmente pela clientela em que atende. Busca-se traçar no

coletivo ações para a superação dos problemas em relação ao trabalho

pedagógico, pois uma vez bem feito, poderão ser sanados todos os problemas,

mantendo o aluno na escola e ao mesmo tempo tornando este local agradável

para os alunos. Para que este trabalho educativo tenha bons resultados deve-

se:

Constantemente valorizar o profissional de educação,

consultando-os coletivamente em todo trabalho educacional e também

administrativo;

A equipe pedagógica promoverá grupos de estudos, levando-os a

entender que seu papel não está somente dentro da sala de aula e sim no

conhecimento do todo: leis, documentos, organizações;

Realizar reuniões para trocas de experiências, avaliando a prática

pedagógica e as formas de tornar este momento interdisciplinar.

Incentivar os professores a participar de capacitações e ao

mesmo tempo auxiliá-los na prática pedagógica dos conhecimentos

aprendidos.

Atender às reivindicações dos profissionais da educação no que

se refere à subsídios teóricos e materiais pedagógicos.

Investir no melhoramento dos equipamentos e materiais do

laboratório de Ciências para aulas práticas.

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Construir uma sala de jogos;

Investir no acervo bibliográfico, oferecendo mais e melhores,

materiais de leitura e pesquisa.

Manter o apoio ao Grêmio estudantil e à Comissão de Formatura

em suas promoções.

Oportunizar maior participação da APMF e do Conselho Escolar

no desenvolvimento do sistema educativo da Escola.

Incentivar a participação da escola em atividades cívicas,

culturais, sociais e desportivas da comunidade.

Promover gincanas recreativas e culturais com alunos e

professores.

Dar continuidade na promoção de palestras, debates, com

profissionais qualificados.

Promover excursões com alunos e visitas a locais que venham

auxiliar no complemento do conteúdo.

Elaborar com os alunos regras de disciplina a serem seguidas

dentro da sala de aula e fora dela.

Divulgar a cada início do ano letivo, o calendário escolar, para a

comunidade.

Viabilizar a participação dos funcionários administrativos em

cursos de aperfeiçoamento.

Manter o incentivo de atividades culturais na Escola.

Buscar a implantação de Apoio Pedagógico.

Reivindicar cursos específicos que trabalhem a

interdisciplinaridade em projetos e metodologias inovadoras.

Buscar parcerias com a comunidade.

Participar de atividades em escolas diferentes, levando o aluno a

conhecer outras realidades;

Viabilizar a hora-atividade para que os professores preparem suas

aulas, interdisciplinar e contextualizada, corrijam as atividades produzidas

pelos alunos e que busquem o aperfeiçoamento de suas metodologias.

Manter e ampliar o Laboratório de Informática.

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Reelaborar coletivamente os critérios de avaliação para o

Conselho de Classe.

Buscar dinâmicas para promover a autoestima e melhor

relacionamento entre os profissionais de educação.

Promover maior interação entre escola e comunidade.

Cursos com todos os professores simultaneamente, de uma

mesma escola, a fim de prepará-los para projetar e desenvolver os trabalhos

interdisciplinares e contextualizados;

A escola para minimizar os problemas da indisciplina propõe-se a:

Trabalhar conteúdos significativos à vida do aluno;

Garantir que a avaliação não seja usada como instrumento de

coação ou punição;

Estimular o diálogo e os debates entre alunos-professores e

alunos-alunos, alunos-equipe pedagógica e pais.

Construir um vínculo afetivo em sala de aula;

Priorizar interesses da coletividade dando atenção especial

mesmo fora do horário de aula, àqueles alunos que escapam ou resistem à

coletividade.

Trabalhar com os alunos indisciplinados buscando alternativas

para melhorar suas atitudes comportamentais;

Trabalhar em parceria com a Patrulha Escolar através de visitas e

palestras com a comunidade escolar;

Realizar palestras com comunidade escolar com a Promotora com

o objetivo de trabalhar com o Enfrentamento à Violência;

Entender a individualidade e as diferenças de cada educando.

Sustentar sobre alguns parâmetros (critérios qualitativos), bem

como, trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem, avanços

obtidos na aprendizagem, desempenho do aluno em todas as disciplinas,

acompanhamento do aluno no ano seguinte, situações de inclusão, questões

estruturais que prejudicam os alunos (ex..: Falta de professores sem

reposição).

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Constatar a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou

07 (sete) alternados, no período de um mês, comunicando o fato à equipe

pedagógica da escola. Caberá à equipe pedagógica e diretiva da escola

investigar, junto aos responsáveis legais, o motivo da ausência do aluno e

adotar procedimentos que possibilitem o retorno imediato do aluno. Caso não

consiga o retorno do aluno, esgotando as possibilidades de ação da escola,

preenche e encaminha a ficha FICA ao Conselho Tutelar.

Atividades Cívicas conforme o calendário escolar.

Interação Escola/Comunidade

Outro momento importante está na interação entre escola e

comunidade, portanto o Colégio Estadual do Campo Áurea Aparecida Lopes

está aberto para:

Reuniões bimestrais com os pais;

Visitas de pais;

Desta forma, a Comunidade deverá participar de:

Reuniões bimestrais,

Obter informações sobre o Conselho de Classe;

Participar de atividades artísticas, esportivas e cívicas juntamente

com os filhos;

Realizar palestras onde ambos devem comparecer;

Desta forma, os pais devem entender que a Educação dos filhos não

faz parte somente da escola, e sim a escola contribui para esta educação,

portanto, cabendo aos pais e a sociedade ser a base destes educandos.

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CRONOGRAMA DAS AÇÕES:

ATIVIDADE 1º B 2º B 3º B 4º B

Grupos de Estudos e Reuniões Pedagógicas

X X X X

Conselho de Classe X X X X

Reunião com a A.P.M.F. X X X X

Festa de aniversário do colégio e apresentações artísticas

X

Educação Ambiental – Palestras e Conferência do Meio Ambiente

X X X X

Semana da Paz X

Encontro com a Comunidade Escolar e em geral para a integração

X X

Palestras X X

Reuniões X X X X

Participação nos Jogos Estudantis (JOCOPS)

X

Atividades relacionadas á consciência negra (com ênfase no mês de novembro)

X X X X

Recursos:

Humanos: professores, alunos, equipe pedagógica, direção,

outros

Físicos: sala de aula, quadra de esportes, salão paroquial, área

coberta da escola, outros;

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