PROJETO TCC - Estudo Da Prevalência Das Formas Clínicas Da Hanseníase Na Cidade de Anápolis –...

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    ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA.

    Faculdade Anhanguera de Anpolis

    Curso de Biomedicina

    Josimar Nogueira Alves, Layo Csar Gonalves Brando

    Estudo da Prevalncia das Formas Clnicas da Hansenase na Cidade de Anpolis GO

    Professor Orientador: Esp. Eduardo Lopes Ribeiro

    Anpolis 2011

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    LISTA DE SIGLAS

    a.C Antes de Cristo ACS Agentes comunitrios de sade Anti-PGL-1 Anti-Glicolipdeo fenlico BAAR Bacilo lcool-cido resistente BCG Bacillus Calmette-Gurin CGLAB Coordenao Geral de Laboratrios de Sade Pblica CGPNCH Coordenao Geral do Programa Nacional de Controle da

    Hansenase HD Hansenase dimorfa HI Hansenase indeterminada HT Hansenase tuberculoide HV Hansenase virchowiana M. Leprae Mycobacterium leprae MB Multibacilar MHC Complexo de histocompatibilidade principal OMS Organizao Mundial de Sade PB Paucibacilar PCR Reao em cadeia da polimerase PQT Poliquimioterapia PSF Programa de sade da famlia SINAN Sistema de informao de agravos de notificao SUS Sistema nico de Sade UBS Unidade bsica de sade

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    SUMRIO

    LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................. i

    1. Introduo .............................................................................................................. 3

    1.1. Objetivos da Pesquisa .................................................................................... 4 1.2. Justificativa ..................................................................................................... 4 1.3. Viabilidade ...................................................................................................... 5

    2. Reviso de Literatura ............................................................................................. 6

    2.1. Abordagem histrica da Hansenase .............................................................. 6 2.2. Biopatologia .................................................................................................... 7 2.3. Modo de transmisso ..................................................................................... 7 2.4. Formas clnicas .............................................................................................. 8 2.5. Hansenase no Mundo .................................................................................. 11 2.6. Hansenase no Brasil .................................................................................... 12 2.7. Diagnstico ................................................................................................... 12 2.8. Tratamento ................................................................................................... 13 2.9. Profilaxia ....................................................................................................... 15

    3. O Mtodo da Pesquisa ......................................................................................... 16

    3.1. Critrios de incluso ..................................................................................... 16 3.2. Critrios de excluso .................................................................................... 16 3.3. Anlise dos dados ........................................................................................ 16 3.4. Aspectos ticos da pesquisa ........................................................................ 17 3.5. Riscos e Benefcios ...................................................................................... 17

    4. Cronograma .......................................................................................................... 18

    Referncias ........................................................................................................................ 19

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    1. Introduo

    A Hansenase uma doena infecto-contagiosa crnica causada pelo

    Mycobacterium leprae. Ele geralmente afeta a pele e os nervos perifricos, mas

    possui uma ampla variedade de manifestaes clnicas. A doena provavelmente

    originou-se na frica Oriental ou no Oriente Prximo e se espalhou por sucessivas

    migraes humanas. Europeus ou norte-africanos introduziram a lepra na frica

    Ocidental e nas Amricas nos ltimos 500 anos (MONOT et al., 2005; WHO, 2005).

    O Ministrio da Sade classifica a Hansenase para fins operacionais de

    tratamento quimioterpico de acordo com Organizao Mundial de Sade (OMS)

    que props uma classificao simplificada e operacional na qual se consideram dois

    grupos autnomos e estveis, os casos com at cinco leses so considerados

    Paucibacilares (PB) e aqueles com mais de cinco leses so os Multibacilares (MB).

    A Hansenase paucibacilar uma doena menos grave, apresentando duas

    variantes clnicas, a Tuberculoide e Indeterminado, caracterizada por poucas leses

    na pele hipopigmentada, anestsicas, plida ou avermelhada. Hansenase

    multibacilar classificada em Virchowiana e Dimorfa associada com mltiplas leses

    de pele, ndulos, placas, espessamento da derme ou infiltrao da pele, e em

    alguns casos, o envolvimento da mucosa nasal, resultando em congesto nasal e

    epistaxe (hemorragia nasal). O envolvimento de certos nervos perifricos tambm

    pode ser observado, algumas vezes resulta em padres caractersticos de

    deficincia. Na maioria dos casos o diagnstico simples, o exame baciloscpico do

    raspado intradrmico (baciloscopia) o mtodo comumente utilizado por ser de fcil

    execuo, pouco invasivo e de baixo custo (BRASIL, 2009; LIMA et al., 2010).

    Os primeiros casos no Brasil datam de 1600 na cidade do Rio de Janeiro,

    possivelmente inserido pelos portugueses e escravos africanos doentes. A doena

    se distribuiu para Minas Gerais, Esprito Santo, Maranho e So Paulo, e no sculo

    XVII foi considerada endmica. At ento no havia tratamento especifico para a

    doena. A criao do Departamento Nacional de Sade Pblica no Brasil em 1920

    criou-se os leprosrios possibilitando a realizao do censo dos pacientes (FAUSTO

    et al., 2010).

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    Na Amrica Latina o Brasil o nico pas onde a Hansenase ainda no foi

    eliminada. doena de notificao compulsria, e sua intensidade e amplitude a

    torna um grave problema de sade pblica. De acordo com a OMS o nvel de

    prevalncia considerado hiperendmico, quando h mais de 15 casos para 10 mil

    habitantes, muito alto com 10 a 15 casos/10 mil habitantes e alto com 5 a 10 casos

    /10 mil habitantes. O Centro-Oeste, Norte e Nordeste so as regies com maior

    ndices do coeficiente de prevalncia. Em pases endmicos, as reas

    hiperendmicas necessitam de mais conhecimento para possveis e futuras

    intervenes de sade (MIRANDA et al., 2010; FAUSTO et al., 2010).

    1.1. Objetivos da Pesquisa

    Objetivo Geral

    Conhecer o perfil epidemiolgico da Hansenase em Anpolis, Gois quanto

    s formas clnicas.

    Objetivos Especficos

    Conhecer a etiopatogenia da Hansenase, bem como seu diagnstico,

    tratamento e preveno;

    Verificar o perfil epidemiolgico das formas clnicas da Hansenase;

    Analisar o abandono do tratamento e cura;

    Identificar a prevalncia da Hansenase na cidade de Anpolis, Gois e sua

    distribuio regional na cidade.

    1.2. Justificativa

    Fausto (2010) ressalta que Em pases endmicos, as reas hiperendmicas

    necessitam de mais conhecimento para possveis e futuras intervenes de sade.

    De acordo com Ministrio da Sade (2008) a Hansenase uma doena de

    notificao compulsria, e sua intensidade e amplitude a torna um grave problema

    de sade pblica com consequncias graves para a sade humana. de grande

    importncia a realizao desta pesquisa pela necessidade de identificar e

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    caracterizar a prevalncia dos tipos de Hansenase, seus sinais e sintomas e a

    adeso dos pacientes ao tratamento, tendo a mesma grande ocorrncia no Brasil.

    Devido sua elevada prevalncia e s suas conseqncias, conhecer o perfil

    epidemiolgico da Hansenase uma das prioridades para os profissionais

    responsveis pelo planejamento de Programas de Sade Pblica.

    Apesar de a bactria M. Leprae ser, hoje, um microrganismo patognico, a

    busca do entendimento da sua biopatologia ainda tem sido muito freqente e

    necessria. Indicativos mostram que grande o nmero de pessoas infectadas em

    todo mundo.

    1.3. Viabilidade

    A presente pesquisa se torna vivel e de grande validade, pois trata-se de

    uma estudo que depender de poucos fatores externos. Os materiais utilizados

    sero apenas para a analise e contextualizao da pesquisa (Tabela 1), haja vista

    que, no utilizar instrumentos e equipamentos para obteno dos dados, somente

    materiais para a transcrio e analise dos dados.

    Tabela 1 Oramento da Pesquisa Quantidade Descrio Valor unitrio Valor total

    02 Lpis 0,50 1,00 02 Borrachas 0,50 1,00 01 Resmas de papel A4 12,00 12,00 01 Caderno ata 6,50 6,50 200 Impresso 0,30 60,00 200 Fotocopia 0,07 14,00 01 CD virgem 2,00 2,00 04 Encadernao espiral 2,00 8,00 01 Encadernao capa-dura 20,00 20,00 TOTAL ---------------------------------- ------------------------- 124,50* *Todos os gastos referentes a execuo deste projeto sero custeados pelos pesquisadores responsveis, Josimar Nogueira Alves e Layo Csar Gonalves Brando.

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    2. Reviso de Literatura

    2.1. Abordagem histrica da Hansenase

    Lepra, expresso originria do latim da palavra lepros, significando o ato de

    sujar ou poluir, tem uma genealogia incerta, uma vez que existem raras evidncias

    histricas da doena. Em 1400 a.C., a doena j era citada em escrituras sagradas

    indianas como Kustha (Kustha Roj, atualmente) e foi descrita no Velho Testamento

    bblico hebraico, e tambm no Novo Testamento grego. Na Europa foi estudada por

    Aractus e Galeno, por volta de 150 a.C., ento referida como Elephanasis

    Graecorum. Acredita-se que, no primeiro sculo a.C., soldados romanos do exercito

    de Pompeu levaram a doena para Itlia depois do combate na ndia, disseminando

    ento a lepra por todo o continente europeu durante a Idade Mdia (TRABULSI e

    ALTERTHUM, 2008).

    A doena era marcada pelo preconceito em indivduos com sintomas da

    doena que passaram a ser isolados do convvio social e encaminhados a

    leprosrios, onde se acumulavam aos milhares, sem tratamento adequado e

    tratados como se j estivessem mortos para o mundo. Os doentes eram sujeitos a

    tratamentos subhumanos, onde determinava que os infectados devessem sempre

    andar em funo do vento e em apenas um lado da estrada. Em algumas regies os

    indivduos portadores da doena eram forados a vestir roupas especiais, carregar

    um sinal de declarao da doena ao redor do pescoo e andar tocando um sino

    para avisar do perigo de sua presena em certas regies, este tipo de preconceito

    durou at os anos 80 do sculo XX (PREVEDELLO e MIRA, 2007; TRABULSI e

    ALTERTHUM, 2008; FAUSTO et al., 2010).

    Em 1873, quando ainda acreditava-se que a lepra era uma punio divina, o

    cientista noruegus Gerhard Henrik Armauer Hansen relacionou a doena com o

    microrganismo Micobacterium leprae como o agente etiolgico da Hansenase, a

    partir de bipsias de leses cutneas, confirmando a natureza infecciosa da

    enfermidade, assim a investigao cientfica passou a se concentrar em aspectos

    relativos ao agente patognico e suas propriedades, tais como virulncia,

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    capacidade de induo de resposta imune e resposta a tratamento (TRABULSI e

    ALTERTHUM, 2008).

    O isolamento dos infectados foi extinto oficialmente no Brasil, em 1962, e em

    1970, o pas aboliu o uso da palavra lepra substituindo-a por Hansenase ou

    doena de Hansen, de acordo com a lei n 9.010, de 29/06/1985. A 8 Conferncia

    Nacional de Sade, que ocorreu 1986, decidiu transformar os leprosrios em

    Centros de Pesquisa ou Hospitais Gerais (BARBIERI e MARQUES, 2009).

    2.2. Biopatologia

    A Hansenase uma doena infecto-contagiosa crnica causada pelo

    Mycobacterium leprae. Taxonomicamente, o M. leprae pertence ordem

    ActinomyceIalis e famlia Mycobaderiaceae. Possui forma de bacilo reto ou

    levemente encurvado, com extremidades arredondadas, tamanho mdio variando

    entre 0,3 e 0,5m de dimetro e 4,0 a 7,0 m de comprimento. O bacilo de Hansen

    um patgeno intracelular obrigatrio, onde pode ser observado formando

    aglomerados ou globias, em arranjos paralelos. A temperatura tima de crescimento

    de aproximadamente 30C e, portanto, a bactria tende a invadir reas mais frias

    do corpo, como o queixo, mas do rosto, orelhas, joelhos e extremidades distais. A

    reproduo ocorre pelo processo de diviso binria e um bacilo lcool-cido

    resistente (BAAR positivo), uma vez que retm a fucsina bsica na parede celular,

    corando-se em vermelho pela tcnica de Ziehl-Neelsen, na qual apresentam-se, na

    maioria deles, corados de forma irregular ou granular. Este aspecto foi observado

    por Hansen e posteriormente confirmado por outros pesquisadores (TRABULSI e

    ALTERTHUM, 2008; BARBIERI e MARQUES, 2009).

    2.3. Modo de transmisso

    Segundo Santos e colaboradores (2005) (in apud Foss, 1997) o M. leprae

    tem alto poder infectante e baixa patognicidade, em 1972, j havia sido

    demonstrado que linfcitos de adultos, expostos apenas uma vez a paciente com

    Hansenase, apresentaram linfoproliferao in vitro (alta reatividade) ao M. leprae.

    Pesquisas soroepidemiolgicos tm demonstrado que 15% das crianas entre 5 a

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    10 anos em regies endmicas da Hansenase apresentam anticorpos especficos

    ao M. leprae sem evidncia clnica.

    O microrganismo se multiplica lentamente. Sua transmisso ocorre atravs

    do contato direto com pacientes bacilferos, a partir de gotculas de aerossol e, mais

    raramente, por contato direto. O principal local de inoculao o nariz. Os bacilos

    so viveis por pelo menos sete dias em secrees nasais secas. Alm disso,

    lceras cutneas tambm podem lanar um grande nmero de bacilos. Traumas na

    pele pode ser um ponto de entrada do microrganismo. Os insetos vetores

    (artropodes) podem tambm desempenhar um papel na transmisso. Casos de

    Hansenase em crianas menores de 1 ano de idade sugere que a transmisso

    tenha origem transplacentria (AHW, 2005; GOMES et al., 2007).

    O M. leprae provavelmente a nica bactria que invade os nervos

    perifricos com predileo pelas clulas de Schwann e pele, quase todas as

    complicaes so decorrentes dessa invaso. Tambm compromete as vias areas

    superiores e olhos, podendo causar comprometimento irreversvel da funo dos

    nervos como degenerao axonal, fibrose aumentada, desmielinizao e deficincia

    crnica (ARAJO, 2003; FU-REN ZHANG et al., 2009).

    2.4. Formas clnicas

    As manifestaes clnicas da Hansenase so bastante variveis e esto

    relacionadas com a imunogenicidade do bacilo e com o sistema imunolgico do

    hospedeiro, expressando sinais e sintomas caractersticos, na contagiosidade, na

    evoluo e no prognstico, originando, desde as primeiras citaes da doena at

    os dias atuais, diversas classificaes. O Ministrio da Sade classifica a

    Hansenase para fins operacionais de tratamento quimioterpico de acordo com

    OMS que props uma classificao simplificada e operacional na qual se

    consideram dois grupos autnomos e estveis, os casos com at cinco leses so

    considerados PB e aqueles com mais de cinco leses so MB (BRASIL, 2009).

    A Hansenase PB uma doena menos grave, apresentando duas variantes

    clnicas, a Hansenase Tuberculoide (HT) e Hansenase Indeterminada (HI),

    caracterizada por poucas leses na pele hipopigmentada e anestsicas (PEREIRA

    et al., 2008).

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    A HT apresenta leses bem demarcadas, em quantidade reduzida, indolor e

    com distribuio assimtrica. Apresentam leses em placas ou anulares com

    margens papulosas, eritema ou reas da pele com hipocrmia (manchas

    esbranquiadas). As leses com desenvolvimento centrfugo lento induz a atrofia no

    interior da leso, podendo ainda, adquirir aspecto tricofitide, com descamao das

    bordas. As leses da HT em crianas localizam-se principalmente na face. Tambm

    apresenta ndulos, placas, leses tricofitides ou sarcodicas. Na forma neural pura,

    ocorre o espessamento do tronco nervoso e dano neural precoce e grave,

    especialmente quando alcana nervos sensitivo-motores e no h leses cutneas.

    A baciloscopia neste caso negativa. Apesar da possibilidade de cura espontnea

    na HT, sugere-se que os casos sejam tratados para diminuir a evoluo da doena e

    as complicaes neurais (ARAJO, 2003; BRASIL, 2009).

    A HI caracterizada clinicamente por manchas hipocrnicas na pele, nicas

    ou mltiplas, com alterao de sensibilidade e limites indeterminados. A baciloscopia

    de raspado intradrmico geralmente negativa, mas se apresentar positiva sugere

    evoluo da doena. No h comprometimento de troncos nervosos e, deste modo,

    no ocorrem alteraes motoras que podem desenvolver incapacidades. Podem

    apresentar alteraes apenas de sensibilidade trmica conservando as

    sensibilidades dolorosas e tteis. A partir da HI, a Hansenase pode evoluir para as

    demais formas clnicas (PEREIRA et al., 2008; BRASIL, 2009).

    A Hansenase MB classificada em Hansenase Virchowiana (HV) e

    Hansenase Dimorfa (HD) associada com mltiplas leses de pele, ndulos,

    placas, espessamento da derme ou infiltrao da pele, e em alguns casos, o

    envolvimento da mucosa nasal, resultando em congesto nasal e epistaxe

    (hemorragia nasal) (PEREIRA et al., 2008; BARBIERI e MARQUES, 2009).

    A HV se apresenta como mculas hipocrmicas que evoluem

    progressivamente. Clinicamente a HV apresenta leses disseminadas na pele que

    podem ser infiltrativas, eritematosas, limites indeterminados, brilhantes e de

    propores simtrica. Nos locais de grande infiltrao podem surgir ppulas,

    tubrculos, ndulos e hansenomas. H infiltrao difusa da face e de pavilhes

    auriculares com perda de clios e superclios. Nesta forma constitui-se uma doena

    sistmica com complicaes viscerais graves, principalmente em casos reacionais,

    onde olhos, testculos e rins, e outros rgos, podem ser comprometidos. H

    comprometimento da sensibilidade das leses de pele e acometimento dos troncos

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    nervosos, entretanto, no to precoces e acentuados como na HT. A baciloscopia de

    raspado intradrmico positiva com grande nmero de bacilos (ARAJO, 2003;

    BRASIL, 2009).

    A HD caracterizada por se aproximar dos aspectos morfolgicos da HV e

    HT. Deste modo, h grande variao de sinais e sintomas. Incluem leses

    eritematosas, eritemoviolceas, ferruginosas, infiltradas, edematosas, brilhantes,

    escamosas com limite interno ntido e limites externos indeterminados, centro

    deprimido, hipocrmico ou de colorao natural, com hipoestesia ou anestesia. O

    comprometimento neurolgico troncular e os episdios reacionais so freqentes,

    podendo esses pacientes desenvolver incapacidades e deformidades fsicas. A

    infiltrao assimtrica da face, dos pavilhes auriculares, e a presena de leses no

    pescoo e nuca so caractersticas sugestivas para esta forma clnica. A pesquisa

    de BAAR pode ser negativa ou positiva com nmero de bacilos varivel (PEREIRA

    et al., 2008; BRASIL, 2009).

    As reaes hansnicas ou estados reacionais (tipos 1 e 2) so alteraes do

    sistema imunolgico que se manifesta com inflamaes agudas e subagudas

    frequentemente acometidas nos casos MB. Elas podem ocorrer antes, durante ou

    depois do tratamento com poliquimioterapia (PQT). Na Reao Tipo 1 ou reao

    reversa nota-se o surgimento de novas leses dermatolgicas, infiltrao, alteraes

    de cor e edema nas leses antigas, com ou sem espessamento e dor de nervos

    perifricos (neurite). A Reao Tipo 2, caracterizada por eritema nodoso hansnico,

    ndulos subcutneos dolorosos, seguidos ou no de febre, dores articulares e mal-

    estar generalizado, com ou sem espessamento e neurite. O surgimento do estado

    reacional no altera a conduta teraputica com a PQT, de modo que, deve-se iniciar

    o tratamento do estado reacional (BARBIERI e MARQUES, 2009; BRASIL, 2010).

    O bacilo se multiplica ou destrudo dentro dos macrfagos pela ativao

    das clulas T (nos casos das paucibacilares). A predisposio para o

    desenvolvimento ou controle das formas clnicas da doena est relacionada, com o

    complexo de histocompatibilidade principal (MHC) e o fentipo antgeno leucocitrio

    humano (HLA) ambos geneticamente determinados. Entre os indivduos com

    susceptibilidade, aqueles que apresentam alelos HLA-DR2 e HLA-DR3 tendem a

    evoluir para a forma PB (tuberculide) e os que apresentam o alelo HLA-DQ1 para a

    forma MB (virchowiana), de acordo com o tipo de resposta desencadeada pelas

    clulas T (BARBIERI e MARQUES, 2009).

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    Ainda que a Hansenase tenha pequenos ndices letrgicos, apresenta altos

    ndices de gerar incapacidade que podem evoluir para deformidades, se no foram

    diagnosticadas e tratadas adequadamente, podendo evoluir para incapacidades

    fsicas permanentes. Estas sequelas podem originar desfiguraes e mutilaes,

    que frequentemente causam transtornos, estigmas, abandono familiar e excluso

    social (PEREIRA et al., 2008; MIRANDA et al., 2010).

    2.5. Hansenase no Mundo

    A Hansenase considerada um grande problema de sade pblica nos

    pases emergentes. Avalia-se que apenas 1/3 dos doentes sejam notificados e que

    muitos desses fazem tratamento inadequado ou o abandonam, elevando o impacto

    da doena. No incio de 2004, apenas 460.000 pacientes, aproximadamente,

    estavam registrados para tratamento, sendo que, durante o ano de 2003,

    aproximadamente 500.000 novos casos foram detectados em nvel global. Os

    avanos significativos na reduo da carga global da Hansenase nas ltimas duas

    dcadas so o resultado de dois eventos importantes na histria da luta contra a

    Hansenase. O primeiro evento ocorreu em 1981, quando um Grupo de Estudos

    sobre quimioterapia da Hansenase recomendou o uso da PQT como o tratamento

    padro para Hansenase. O sucesso da PQT levou ao segundo evento, em 1991,

    quando a 44 Assemblia Mundial de Sade firmou a resoluo WHA44.9,

    declarando seu compromisso de erradicar a Hansenase at o final de 2000, ou seja,

    atingir uma prevalncia de menos de 1 caso por 10.000 habitantes (WHO, 2005;

    MIRANZI et al., 2010).

    De acordo com a OMS (2005) entre 1985 e o comeo de 2005, mais de 14

    milhes de casos de Hansenase foram diagnosticados e tratados com a PQT, com

    poucas notificaes de recidiva. O nmero de pases que notificaram o coeficiente

    de prevalncia acima de 1 em cada 10.000 habitantes foi reduzido de 122 (1985)

    para 9 em 2004 e houve um aumento considervel na cobertura dos servios de

    tratamento, obtendo-se uma reduo significativa da prevalncia dos casos em todo

    mundo, porm no alcanou a meta inicial proposta da Hansenase. Aps 1995, os

    medicamentos para a PQT passaram a ser disponibilizados gratuitamente, em todos

    os pases endmicos, por meio da OMS.

  • 12

    2.6. Hansenase no Brasil

    Atualmente a carga global de casos da Hansenase mundial reduziu em

    aproximadamente 90% quando comparadas h duas ltimas dcadas, obtendo-se

    uma diminuio de 37,8% na incidncia da doena no Brasil, entre 1998 e 2003. O

    Brasil apresentou coeficiente de 2,10 casos por 10.000 habitantes em 2007. As

    regies norte, nordeste e centro-oeste persistem como reas endmicas. Apenas na

    regio sul, atingiu a meta de eliminao (MIRANZI et al., 2010; MELO et al., 2011).

    A Hansenase doena de notificao compulsria e est contemplada no

    Sistema de Informao de Agravos de Notificao (SINAN) aps confirmao

    diagnstica. O SINAN tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados e

    analisar a morbidade das doenas pelo Sistema de Vigilncia Epidemiolgica, para

    apoiar o processo de investigao e dar subsdios anlise das informaes de

    vigilncia epidemiolgica (BRASIL, 2007).

    O Brasil o maior responsvel pela endemia da Hansenase no continente

    americano, correspondendo mais de 90% dos casos nas Amricas e segundo Pedro

    e colaboradores (2009) o Brasil ocupa o primeiro lugar em nmero absoluto de

    casos de Hansenase no mundo com quase 40.000 diagnosticados no ano de 2008.

    Um dos estudos do Ministrio da Sade sobre a situao epidemiolgica da

    Hansenase aponta que os novos casos da doena esto concentrados em 1.173

    municpios brasileiros, principalmente nas regies Norte, Centro-Oeste e Nordeste,

    que registraram 53,5% dos casos novos detectados entre 2005 e 2007 (WHO, 2009;

    PEDRO et al., 2009; MIRANDA et al., 2010; MELO et al., 2011).

    Apesar de uma dramtica diminuio da sua prevalncia nas ltimas duas

    dcadas devido introduo da PQT, a Hansenase ainda permanece um problema

    de sade pblica (FU-REN ZHANG et al., 2009).

    2.7. Diagnstico

    O diagnstico estabelecido pelo Ministrio da Sade do Brasil e pela OMS

    define como Hansenase a presena de um ou mais dos seguintes achados: Leses

    de pele com alterao de sensibilidade; Acometimento de nervos com

    espessamento neural; Baciloscopia positiva (BARBIERI e MARQUES, 2009).

  • 13

    O diagnstico laboratorial da Hansenase de grande importncia para

    diferenci-la de outras doenas dermatoneurolgicas, casos de recidiva e na

    classificao para fins de tratamento. O exame baciloscpico de raspado

    intradrmico o mtodo freqentemente utilizado por ser de fcil execuo, pouco

    invasivo e de baixo custo. Quando o M. leprae no for evidenciado nas leses

    hansnicas ou em outros stios de coleta, resultando em uma baciloscopia negativa,

    no se afasta o diagnstico da Hansenase. Outros exames laboratoriais disponveis

    so a reao de Mitsuda (aplicao intra-drmica de antgeno do M. Leprae),

    sorologia anti-PGL-1, imuno-histoqumica e reao em cadeia da polimerase (PCR).

    Estes trs ltimos so aplicados apenas para pesquisas, de pouca vantagem na

    prtica clnica (NASCIMENTO et al., 2007; BARBIERI e MARQUES, 2009; BRASIL,

    2009).

    De acordo com o Ministrio da Sade (2010) o diagnstico de Hansenase

    em crianas, exige exame criterioso, perante a dificuldade de execuo e

    interpretao dos testes de sensibilidade. Nesse caso, sugere-se utilizar o Protocolo

    Complementar de Investigao Diagnstica de Casos de Hansenase em Menores

    de 15 Anos (Portaria SVS/SAS/MS n 125, de 26 de maro de 2009).

    A padronizao do diagnstico e dos processos envolvidos desde a

    solicitao mdica dos exames, at a liberao dos laudos e de grande importncia,

    sendo assim o Ministrio da Sade em parceria com a Coordenao Geral de

    Laboratrios de Sade Pblica (CGLAB) e a Coordenao Geral do Programa

    Nacional de Controle da Hansenase (CGPNCH) consideram que a padronizao

    contribui para confiabilidade dos resultados e planejamento das aes de controle

    obtendo um trabalho integrado entre laboratrio, vigilncia epidemiolgica e ateno

    bsica em sade (BRASIL, 2009).

    2.8. Tratamento

    A Hansenase uma doena que tem tratamento e cura. Contudo, se no

    diagnstico o paciente j apresentar alguma deformidade fsica instalada, esta pode

    persistir como sequela permanente aps a alta do paciente. Esta informao e de

    grande relevncia para o diagnstico precoce e para incio imediato do tratamento

  • 14

    apropriado para a preveno das deficincias fsicas que a evoluo da doena

    pode provocar (PEREIRA, 2008; MIRANDA et al., 2010).

    O tratamento da Hansenase iniciou-se no final de 1940 com a

    implementao da sulfona no tratamento da doena. Alguns anos depois foi

    comprovada a ineficcia dessa terapia, afirmada experimentalmente em 1964 por

    Pettit & Rees pela tcnica de inoculao do M. leprae, padronizada por Shepard. A

    partir de 1980 a OMS passou a recomendar o uso do esquema da PQT (FERREIRA

    et al., 2010).

    A PQT foi recomendada pela OMS em 1982 e no Brasil foi implantada

    gradativamente a partir de 1991, normatizada pela portaria n 140/91do Ministrio da

    Sade de acordo com a manifestao clnica apresentada, com intuito de prevenir a

    resistncia aos medicamentos, amenizar as reaes e acelerar o perodo de

    tratamento (CURTO et al., 2007).

    Em 1995, a OMS passou a fornecer mundialmente medicamentos gratuitos

    para PQT anti-hansenase, com o apoio da Nippon Foundation e Novartis. A

    Novartis firmou o compromisso de continuar a fornecer gratuitamente os

    medicamentos para a PQT aps 2005. Atualmente, cerca de 100 pases dependem

    dos medicamentos de PQT disponibilizados pela OMS. Outros pases com situaes

    endmicas menores tm solicitado os medicamentos de PQT (WHO, 2005).

    O tratamento da Hansenase no Brasil padronizado pelo Ministrio da

    Sade seguindo recomendaes da OMS. Os esquemas de PQT, recomendados

    pela OMS, devem ser cumpridos rigorosamente para o sucesso da terapia

    promovendo a cura com perodos de tratamento relativamente pequenos. A PQT

    composta da associao de dapsona, clofazimina e rifampicina (CURTO et al., 2007;

    PEREIRA, 2008; LIMA et al., 2010).

    A terapia realizada em ambulatrio, com doses mensais supervisionadas

    na Unidade Bsica de Sade (UBS) e doses dirias administradas em domiclio.

    Difere conforme a classificao do paciente em paucibacilar ou multibacilar. A

    substituio do esquema padro por esquemas alternativos dever acontecer,

    quando necessria, sob orientao dos servios de sade. Para as crianas

    menores de 10 anos, a dose deve ser ajustada de acordo com o peso corporal

    (BARBIERI e MARQUES, 2009; BRASIL, 2011; WHO, 2011).

  • 15

    2.9. Profilaxia

    O Ministrio da Sade (2006) determina como princpios primrdios do Plano

    de Eliminao da Hansenase no Brasil as intervenes constantes e contnua com

    a reduo da ocorrncia dos casos. O Sistema nico de Sade (SUS) desempenha

    um papel importante nas atividades de eliminao da Hansenase, financiando os

    recursos para diagnsticos, tratamento poliquimioterpico PQT/OMS; vigilncia

    epidemiolgica; educao do paciente, da famlia e da comunidade; preveno de

    incapacidades, reabilitao e encaminhamento das complicaes e

    acompanhamento dos casos diagnosticados.

    O pas est diante da necessidade de vencer novos desafios, como unificar

    as atividades de preveno e de reabilitao nos servios prestados, reduzindo e

    inibindo as aes discriminatrias aos pacientes. O Ministrio da Sade declara

    como prioridade a proviso de servios de diagnstico e de tratamento igualmente

    distribudos, financeiramente vivel e totalmente acessveis (BRASIL, 2006).

    No h uma forma de preveno especifica, mas existem medidas que

    podem evitar novos casos e as formas multibacilares, como o diagnstico e

    tratamento precoce, monitoramento de pessoas que convivem com pacientes

    doentes e aplicao da BCG. A identificao da Hansenase e o tratamento

    adequado tm grande importncia na preveno das incapacidades fsicas. A

    preveno vem com a orientao para o autocuidado, apoio psicolgico e social.

    Medidas assim so necessrias para minimizar ou evitar sequelas (BRASIL, 2011).

    A Estratgia mundial determina uma nova meta global para Hansenase que

    a diminuio do coeficiente de casos novos diagnosticados com incapacidades

    grau II para cada 100.000 habitantes em pelo menos 35% at o fim de 2015,

    garantindo a deteco precoce da Hansenase antes da instalao de danos neurais

    (STHELI, 2010).

    A melhoria das condies de vida e o avano do conhecimento cientfico

    modificaram significativamente o quadro da Hansenase, que atualmente tem

    tratamento e cura (BRASIL, 2011).

  • 16

    3. O Mtodo da Pesquisa

    A pesquisa a ser desenvolvida neste estudo utilizar abordagem quantitativa

    do tipo descritiva.

    Os dados inerentes ao estudo sero obtidos atravs da anlise dos

    pronturios dos pacientes com diagnstico de Hansenase, sendo estes coletados

    pelos pesquisadores por meio do Termo de Concordncia de Realizao de

    Pesquisa de Campo. Estas informaes sero coletadas pelos autores da pesquisa,

    no perodo de maio de 2011 a junho de 2011. Os pesquisadores faro as analises

    dos pronturios dos pacientes, atendidos na Unidade de Sade do Jundia (OSEGO)

    da cidade de Anpolis, Gois, de Janeiro de 2006 Dezembro de 2010,

    correlacionando-os com os objetivos propostos.

    3.1. Critrios de incluso

    Ter diagnstico de Hansenase;

    Residir em Anpolis, Gois;

    Pronturios que datam de 2006 a 2010.

    3.2. Critrios de excluso

    No ter Hansenase;

    No residir em Anpolis, Gois;

    Pronturios de pacientes anterior a 2006 ou posterior a 2010.

    3.3. Anlise dos dados

    Os dados sero analisados, interpretados, preparados, reduzidos, e

    contextualizados. A anlise dos dados ser realizada a partir da pr-analise dos

  • 17

    documentos, explorao do material, tratamento dos resultados obtidos e

    interpretao.

    Na medida em que ocorre a coleta de dados, realizada de acordo com os

    procedimentos indicados anteriormente, eles so elaborados e classificados de

    forma sistemtica.

    3.4. Aspectos ticos da pesquisa

    O projeto de Pesquisa ser submetido ao Comit de tica e Pesquisa com

    Seres Humanos da Faculdade Anhanguera de Anpolis.

    A instituio onde ser realizada a coleta de dados ser informada sobre os

    objetivos da pesquisa e a confidencialidade dos dados. Concordaram em

    participarem do estudo, assinaram o Termo de Concordncia de Realizao de

    Pesquisa de Campo permitindo a coleta de dados conforme a Resoluo do

    Conselho Nacional de Sade n. 196/1996, que fundamentam as pesquisas

    envolvendo seres humanos.

    3.5. Riscos e Benefcios

    A pesquisa no ter algum risco para os indivduos envolvidos no seu

    desenvolvimento por no realizar procedimentos laboratoriais ou quaisquer mtodos

    que utilizem materiais biolgicos, logo que sero utilizados exclusivamente

    pronturios.

    Os benefcios esperados englobam tanto conhecimentos adquiridos pelos

    autores quanto os resultados da pesquisa que promovam ganho de informaes

    para comunidade.

  • 18

    4. Cronograma

    1. Etapa Pesquisa bibliogrfica e planejamento das atividades

    Pesquisa de contedos em artigos publicados, livros nas reas

    correspondentes e peridicos;

    2. Etapa Entrega do projeto para anlise objetivos, metodologia, reviso

    bibliogrfica, resultados esperados, custos do trabalho;

    3. Etapa Entrega do projeto;

    4. Etapa Envio da documentao ao Comit de tica em Pesquisa;

    5. Etapa Levantamento de dados

    Coleta de dados (anlise dos resultados obtidos junto a Secretaria de Sade

    da cidade de Anpolis, Gois autorizada pelo Termo de Concordncia de Realizao

    de Pesquisa de Campo);

    6. Etapa Classificao e digitao dos dados

    Anlise dos dados mencionados nos objetivos. Neste estgio deve-se

    classificar e digitar os dados obtidos;

    7. Etapa Seleo do material bibliogrfico

    Nesta etapa deve ser realizada a seleo do material bibliogrfico que foi

    pesquisado para elaborao do artigo final.

    8. Etapa Entrega do artigo

    FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    1. Etapa X X X X X X X

    2. Etapa X X X

    3. Etapa X

    4. Etapa X

    5. Etapa X X

    6. Etapa X X X

    7. Etapa X X

    8. Etapa X

    Quadro 1: Cronograma do Projeto de Pesquisa

  • 19

    Referncias

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