PROJETO TtRMICO DE TROCADORES DE CALOR … · ã utilização crescente dos trocadores de calor...

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PROJETO TtRMICO DE TROCADORES DE CALOR RESFRIADOS A AR DIOMEDES CESARIO DA SILVA TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDE- RAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PA- RA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CitNCIAS (M.Sc.) Aprovada por Leopofdo Eurico Gonçalves Bastos Moyses Zindeluk Pedro Caraj i ,< Rio de Janeiro, RJ - Brasil agosto de 1980

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PROJETO TtRMICO DE TROCADORES DE CALOR

RESFRIADOS A AR

DIOMEDES CESARIO DA SILVA

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS

PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDE­

RAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PA­

RA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CitNCIAS (M.Sc.)

Aprovada por

Leopofdo Eurico Gonçalves Bastos

Moyses Zindeluk

Pedro Caraj i ,<

Rio de Janeiro, RJ - Brasil

agosto de 1980

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i i

SILVA, DIOMEDES CES~RIO DA

Projeto Térmico

Ar (Rio de Janeiro) 1980.

de Trocadores de Calor Resfriados a

xi, 86p. 29,7 cm (COPPE-UFRJ), M.Sc. Engenharia

Mecânica, 1980)

Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Facul­

dade de Engenharia

l. Assunto!. COPPE/UFRJ II. Titulo (Sêrie)

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i ; i

Dedicatõria

"A Lígia e Lia

a meus pais, João e Mafalda

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i V

Agradecimentos

Ao professor Leopoldo pelo estimulo na preparaçao

deste trabalho.

A PETROBRAS onde os conhecimentos que possibili­

taram esta tese foram, no dia a dia,adquiridos.

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V

RESUMO

A escassez e os custos de tratamento de ãgua de res­

friamento, em industrias de petróleo e petroquimica, tem levado

ã utilização crescente dos trocadores de calor resfriados a ar.

No projeto destes equipamentos sao comumente utiliza-

dos os métodos estimativo e global de cãlculo. Neste trabalho

sao mostrados os métodos existentes e é apresentado o método pa~

so-a-passo que considera o feixe tubular dividido em pequenos s~

gmentos e, utilizando os recursos de computação, efetua os cál­

culos partindo das temperaturas de saida do fluido de trabalho e

de entrada do ar e das dimensões do equipamento.

O método passo-a-passo é mais rigoroso e permite con­

siderar nos cálculos diversos fatores como velocidades não uni­

formes de ar na entrada do feixe, variações das propriedades ff

sicas do fluidos com a temperatura e mudança do regime de escoa

mento do fluido no interior dos tubos.

Para os equipamentos examinados, operando com vãrios

fluidos de trabalho como óleo pobre, gasóleo leve, nafta leve,

querosene, verificou-se que para aqueles cujas propriedades fi-

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sicas variavam sensivelmente com a temperatura, notadamente a

viscosidade, os resultados obtidos pelos dois mêtodos apresen­

tam diferenças sensíveis. Tais discrepâncias são ainda maiores

se for usado um perfil de velocidade de ar não uniforme.

Em situações onde o fluido de processo apresenta um

regime de escoamento variãvel, foram obtidas diferenças razoã­

veis na quantidade de calor trocado.

Para a ãgua, os valores dos dois métodos sao aproxim~

damente iguais, mesmo para perfis nao uniformes de velocidades

de ar.

O método passo-a-passo é mais preciso e possibilita

uma visualização da troca térmica e da perda de carga ao longo

do feixe tubular sendo assim um poderoso instrumental para o

projeto e anãlise do desempenho de trocadores resfriados a ar.

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Vi i

Abstract

The scarcity and the treatment costs of the water

cooling, in the petroleum and petrochemical industries, are

increasing the use of the air cooled heat exchangers.

Exchangers designing usualy utilize the estimate and

global methods. This paper shows these methods and presents a

new approach for this design, called "stepping method'', which

consi der the tube bundl e di vi ded i n small segments and uti li zi ng

the computer recourses, excutes the calculations starting from

the exit process fluid temperature, inlet air temperature and

equipment dimensions.

The stepping method is more rigorous and permits to

consider in the calculations the nonuniformities in the facial

air velocities, ~hysical properties variations with temperature

and change in tube side flow.

ln the equipments analysed, operating with various

fluids like pioor oil,light gasoil, light naphta, kerosene, are

verified that the fluids whose properties change greatly with

the temperature specially the viscosity the results obtained by

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the two methods present great differences.

This discreppance is still greater if a nonuniform air

velocity distribution is used.

In situations where the process fluid presents a

variation in the pattern flow the duties difference is also

considerable.

The results obtained are practically equals, when the

fluid is water, even for nonuniform air distribution.

The stepping method is more rigorous and make possible

a visualization of the heat transfer and pressure drop along

tube bundle, being then a powerful method for the designing and

performance analysis of the air cooled heat exchangers.

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i X

TNDICE

I - Introdução

I. l Generalidades Sobre os Trocadores de Calor Resfria

dosa Ar .................................. .

I. 2 Descrição do Equipamento .................. . 4

II - Metodologia de Cãlculo

II.1 Apresentação do Problema .................... 7

II.2 Método Estimativo ........................... io

II.3 Método Global ............................... 15

II-3.1 Transferência de Calor ............... 16

II-3.2 Perda de Carga ...................... 18

Il.3.2.1 Perda de Carga no Interior dos

Tubos ..................... 18

II.3.2.2 Perda de Carga no Lado do

Ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . l 8

II.4 Método Passo-a-Passo

II.4.1 Introdução ........................... 20

II.4.2 Balanço da Perda de Carga no Interior dos T~

bos em Gada Passe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

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I I I

X

Cálculo dos Coeficientes de Transferência de Calor e

Perdas de Carga

Ill. l Introdução ................................... 35

III.2 O Coeficiente de Transferência de Calor no Inte-

ri ar dos Tubos ............................... 36

III.3 A Perda de Carga no Interior dos Tubos ....... 39

III-3. l A Perda de Carga nos Bocais ......... 41

III-3.2 A Perda de Carga nos Retornos ....... 41

III.4 O Coeficiente de Transferência de Calor do Lado do

A r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3

III.5 A Perda de Carga do Lado do Ar ............... 45

IV Programas Computacionais

IV.l Programa para Oimensionamento e Simulação das Te~

peraturas de Sa'ída ............................ 47

IV.2 Programa para Verificação do Desempenho do Equip~

menta ......................................... 52

V - Apresentação de Resultados ............•.............. 56

VI - Conclusões ........................................... 67

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xi

VII - Referências Bibliogrâficas ......................... 71

VIII - Apendices

VIII.l Ordenação dos Valores Obtidos no Metada Passo-a-

Passo ...................................... 74

VIII.2 Propriedades Físicas dos Fluidos

Analisados ................................. 80

IX - Nome·nclatura ....................................... 81

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I - Introdução

r. 1 - Genera 1 idades sobre os Trocadores de ca 1 ar Res­

friados a Ar

Os trocadores de calor resfriados a ar (air cooled heat

exchangers) veem sendo empregado de forma crescente nas indüs-

trias de petrõleo, quimica e petroquimica, como uma alternativa _ la4

associação aos permutadores resfriados a agua . A utili ou em

zaçao destes equipamentos em determinado processo deverã ser d~

cidida a partir de um estudo de viabilidade econômica, onde se­

rão considerados os diversos custos intervenientes tais como os

de fabricação, montagem, operação e manutenção; e, em comparaçao

com os custos apresentados pelos trocadores resfriados a ãgua.

Convêm ser observado que estes Ültimos equipamentos necessitam

investimentos para captação, tratamento e bombeamento da aguade

resfriamento.

No Pais, nao sao ainda desenvolvi dos os projetos e pr~

gramas de cãlculo para os trocadores de calor resfriados a ar,

sendo usualmente adquiridos no exterior, cabendo ã indüstria ap~

nas a etapa de fabricação dos equipamentos. Assim, torna-se pr~

ponderante o desenvolvimento aqui destes projetos e programas,g~

rantindo uma independência tecnolÕgica na ãrea.

Para uma estimativa das dimensões do equipamento pode

ser utilizada a literatura existente 5 . Porém, para o dimension~

menta, que levarã ã etapa da fabricação, são necessãrios cãlcu­

los mais precisos que somente poderão ser realizados através de

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programas computacionais adequados. t claro que constituindo-se

''Know-how", estes programas nio sio, de acesso corrente ao usua­

rio, havendo assim uma bibliografia confidencial ou de dificil

acesso.

Atualmente, o desenvolvimento de pesquisas de labora­

tõrio e de programas de computador visando o dimensionamento de

trocadores de calor~ efetuado em centros de pesquisa como o

HTRI (Heat Transfer Research Inc.) nos EUA que~ mantido pelos

seus membros: fabricantes, projetistas e usuârios.

Nos mesmos moldes funciona o HTFS (Heat Transfer Flui d

Flow Service), Inglaterra, que em 1979/80 destinou 14% de seu or

çamento para a pesquisa de trocadores resfriados a ar.

Alguns fabricantes e empresas projetistas nacionais sao

associados a estes centros, garantindo seu acesso aos resultados

experimentais, procedimentos de cilculo e programas computacio­

nais para dimensionamento, verificaçio ou simulaçio. As empresas

nio associadas tem suas fontes de pesquisa limitadas a literatu

ra disponivel publicada.

Trabalhos e teses tem sido apresentados mais recente-

d . - 6789 mente, mostran o um interesse crescente na area ' ' ' .

A necessidade de artigos que trouxessem discussões SQ

bre as metodologia de câlculos e progressos cientificos na area

de transmissão de calor levou ã publicação do periÕdico "Heat

T f E . . ,,lO 1979 rans er ng1neer1ng em .

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Este trabalho tem por finalidade apresentar uma meto­

dologia de cãlculo para o projeto de trocadores de calor re~ria

dos a ar.

Compreende esta metodologia três etapas:

a) Mêtodo Estimativo - Nesta fase sao estimadas as

b) Método Global

dimensões bãsicas do equipa­

mento;

r determinado se o trocador

proposto atende as condições

exigidas quanto ã troca têrmi

ca e ã perda de carga. Caso

contrãrio, o processo de cãl­

culo atua interativamente com

a etapa anterior atê conseguir

um equipamento que satisfaça.

c) Método Passo-a-passo - "'az uma verificação do de sem-

penho global do equipamento, si­

mulando seus perfis de tempe­

ratura, ?erda de carga e qua~

tidade de calor trocado ao

longo do feixe tubular, com

a utilização do processo de

diferenças finitas;

Correntemente, em engenharia, sao utilizadas apenas as

duas primeiras etapas.

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I.2 - Descrição do Equipamento

O trocador de calor resfriado a ar e constituído de

um feixe tubular, usualmente aletado, por onde circula o fluido

de processo. A circulação do ar que se dâ externamente ao feixe,

poderâ ser conseguida por meio de tiragem natural ou por venti­

ladores (tiragem induzida e forçada).

Os componentes típicos do equipamento sao apresentados

na fig.l.l.

.-------------.~---0 ~-----::::l -~=):: ____ --:;-------~)

e;,--+~ ~,_ :;:~:.:._-:.:_~ -=-c---:r··-------Ji

ó

a) Tiragem Forçada b) Tiragem Induzida

1. Feixe Tubular 4. Estrutura 7. l\ne 1 do Venti-lador

2. Cabeçote 5. Câmara Plena 8. Base do Venti-3. Bocal 6. Ventilador 1 a dor

9. Acionador

Fig. I-1 Componentes Tipicos de um Trocador de calor

Resfriado a Ar 11 .

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5

O feixe tubular poderã ser instalado nas posições ho­

rizontal, vertical ou inclinada 12 . Os primeiros trocadores res­

friados a ar, por volta de 1930, apresentavam os feixes verti­

cais, sendo porem abandonados devidos aos efeitos desfavorãveis

dos ventos. As unidades com feixes horizontais aparecem em 1935

e foram extensamente utilizados. Antes de 1940 jã surgiram fei­

xes em ''V'' para poupar espaço.

Os feixes horizontais sao os de uso industrial mais

frequente principalmente em petrõleo e petroquimica e por esta

razão, serão os utilizados neste trabalho.

gi a:

Serã empregada neste trabalho, a seguinte terminolo-

Fila de tubos

Feixe tubular

Numeres de feixes

Seções

conjunto de tubos situados num

mesmo plano, perpendicular adi­

reçao do fluxo de ar;

conjunto de tubos reunidos

mesmo cabeçote;

num

numero de vezes que uma mesma pa~

ticula do fluido de processo pa~

sa pelo interior dos tubos;

parcelas em que sao divididos o

fluxo de ar, no Mêtodo Passo-a­

passo, como mostrado na Fig.II-2.

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Velocidade Missica Relação entre a vazao rnâssica e

a ârea de passagem do fluido;

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II - Metodologia de Cãlculo

II.l - Apresentação do Problema

O projeto de trocadores de calor e, em particular, os

trocadores resfriados a ar é função de uma serie de variãveis in

terrelacionadas, tornando assim o processo de o cãlculo iterati

vo.

Serão consideradas as equaçoes bãsicas:

Q = UA F (LMTD)

= w e (T 1 - r 2 )

=wc(tz-t,)

sendo LMTD = cr 1-r 2 ) - (t 2-t 1J

ln (Tl-T2)

tz- t1

onde

Q = quantidade de calor trocado;

(II-1.a)

(II-1.b}

(II-1.c)

U = coeficiente global de transferência de calor refe

rente ã ãrea A;

F = fator de correção de LMTD;

LMTD = diferença de temperatura média logaritmica;

W = vazao do fluido dos tubos;

w = vazao de ar;

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T1 ,T 2 = temperatura da entrada e saída do fluido dos

tubos;

t 1 ,t 2 = temperaturas de entrada e saída do ar;

C = calor específico do fluido dos tubos;

c = calor específico do ar;

Nestas equaçoes sao conhecidos os valores de W, C, T1,

T2 , t 1 e c; podendo Q ser obtido a partir da Equ.(II-1.b).

A temperatura de saída do ar, t 2 dependerã da vazao

de ar, w, conforme a Equ.(II-1.c).

Por outro lado, LMTD e F dependem de t 2 .

A geometria do trocador (comprimento e nGmero de fi­

las de tubos, nGmero de passes, etc.) influenciarão cãlculo de

F e U.

Além das limitações de perda de carga do lado dos tu­

bos, a velocidade do ar deverã também ser restringida, de forma

a não exceder o valor admissível pelo ventilador.

Desta forma, iniciam-se os cãlculos pelo método esti­

mativo, e este permitirã se chegar a um trocador que possa aten

der ãs exigências termodinâmicas e de perda de carga.

A verificação do trocador é feita pelo método global

que calcula o valor do coeficiente global de troca, U, bem como

as perdas de carga do lado dos tubos e do ar. Caso o trocador

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proposto no metodo anterior nao satisfaça ãs exigência pode-se

trabalhar com os dois metodos iterativamente, ate atingir um

trocador que atenda ãs restrições impostas.

Finalmente, parte-se para a verificação do desempenho

termico do equipamento pelo metodo passo-ã-passo. Nesta etapa

tem-se a possibilidade de determinar os perfis de temperatura,e

pressão calor trocad-0 e coeficientes globais de troca, ao longo

do feixe tubular. lambem podem ser simulados perfis não unifor­

mes de velocidade para o ar que sai dos ventiladores.

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II .2 - Mêtodo Estimativo

O mêtodo estimativo, como foi explicado anteriormente,

permite determinar um trocador que atenda ãs exigências termodi

nãmicas e de perda de carga.

Ao final, ter-se-ão os parâmetros bãsicas do trocador,

tais como, largura e comprimento do feixe tubular, numero de fi

las de tubos, alêm da temperatura de safda do ar.

Inicialmente deve-se determinar o valor da quantidade

de trocado Q, atravês da equação (Il-1.b}. Considera-se um

para U, usando-se, por exemplo, os apresentados por Smith 1

Brown 11.

valor

e

O numero Õtimo de filas de tubos pode ser obtido da

figura (II-1), proposta por Smith 1 .

• o ! ..

12

10 .. .. .. e ... - a .. :!: o .. 6 ;::

·o o "' ; 4

,:, z

J

,<.

/_ b)

I (y

ft

J y

H f

0,2 0,4

L.,< <-;: y

0 -::; ., /

~ y

BASE : TUBOS 25,4 mm x 7 ,3 mm

ALETAS, EXTRUDADAS OE AI PASSO: /),. 60mm

0,6 º·ª 1/J 1,2 1/1

Fig.11-1 Numeras Õtimo de filas de tubm

A temperatura de safda do ar (t 2) pode ser estimada

pela expressão (11-2) 11 .

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11

(II-2)

onde

U = coeficiente de transferincia de calor referido o

ã superficie externa do tubo liso

F = fator de correção, dado pela figura (.II-2) e ·- ·--

1.1

~º 1.0

0.9

20 40 60 80 100 120

T2-T1 (ºC)

' ·-Figura II-2 Fator de correção para a elevação da tem­

peratura do ar (Brown 11 ).

Desta forma, com t 2 (a quarta temperatura do sistema)

poderã ser resolvida a equação (.II-1.a) que~ a exigincia termo

dinãmica do trocador.

Anteriormente, porem, deve-se observar que a vazao de

ar (.w) obtida da equação (.II-1.c) deve concorrer com uma veloci

dade facial (velocidade do ar que chega ao feixe tubular) ra­

zoãvel, de forma ã obtenção de valores para a perda de carga do

lado do ar compativeis com os valores admissiveis fixados pelos

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ventiladores, usualmente da ordem de 13 mm de coluna de agua.

E conveniente, desta maneira, que a equaçao (Il-1.c)

seja reescrita na forma:

(ll-3)

onde

Af= ~rea facial (comprimento x largura do feixe);

Vf= velocidade facial do ar;

p = massa específica do ar na entrada; a

A partir da tabela ll-1, com o numero de filas de tu­

bos, determina-se a velocidade facial do ar recomendada para as

"condições standards" de 21 , 1 ºe e nível do mar. Substituindo-se

este valor na Equ (ll-3), obtêm-se Af

nc 4 6 8 1 O 1 2

Vf(m/seg) 3 , O 2 , 7 2, 5 2,3 2 , 1

Tabela ll-1 Velocidade Faciais típicas standards doar~

A area de troca requerida pelo trocador referida a

superfície do tubo liso (A0

) ê obtida da equação (ll-1.a), onde

o fator F de correção da LMTD pode ser conseguida usando-se, por

exemplo, os grãficos apresentados por Caglayan 6 . Para os cãlcu­

los em computador pode-se utilizar a equação aproximada, propo~

ta por Roetzel e Nicole 8 .

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l 3

F = l - ,:m ,:n a. k(l-r 1 , )k sen (2.i .arctg R) (II-4) i=l k=l 1

' m

onde

rl ,m V - s = (II-4.a)

ln 1-S

1-V

V Tl-T2

= (II-4.b) T l -t1

s = t2- tl (II-4.c)

T l - t l

R = V = (II-4.d)

s

a. k = constantes, funções do numero de filas de l ,

tubos e numero de passes nos tubos

A area facial correspondente a area A0

sera dada pela

Equ (II.5).

(II-5)

sendo

Pt = passo transversal dos tubos;

d0

= diâmetro externo do tubo liso;

Havendo discrepância entre os valores encontrados pa-

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l 4

ra Af nas Equações (II-3) e (II-5), deverâ ser considerada uma

nova temperatura de saTda do ar (t 2) e repetidos os cãlculos atê

ser obtida uma convergência para os valores de Af.

Definido t 2 , a vazao de ar (w) poderã ser determinada

pela equação (II-1 .e) e a largura, e comprimento e o numero de

feixe serão definidos a partir de Af.

Com o mêtodo estimativo estarão, desta forma, estabe­

lecidos preliminarmente, os parâmetros principais do trocador.

A etapa seguinte serã a verificação se o equipamento

assim definido atenderã as exigências requerida quanto ã quanti

dade de calor trocador e perda de carga. Para isso serã utiliza

do o mêtodo global de cãlculo.

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ll-3 Método Global

Este método, como jâ foi citado, permite verificar se

o trocador definido pelo método estimativo atende ãs exigencias

termodinãmicas e de perdas de carga requeridas.

São calculados o coeficiente global de transferencia

de calor e as perdas de carga no interior dos tubos e no lado

do ar.

Se as exigencias nao foram atendidas, o trocador de­

vera ser alterado e, portanto, recalculado.

Resultarã assim, um trocador com todas suas caracterTs

ticas determinadas, alem do coeficiente global de transferencia

de calor, sua ãrea efetiva de troca e os valores das perdas de

carga.

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II - 3.1 Transferência de Calor

O coeficiente global e calculado pela expressao:

l l d d d (-1

A = (_Q) + rdi ( _Q) + rw ( _Q) + + rda) Ef (_Q) + r

uo h. d. d. d ha Ax c

l l l w

(II.6)

onde

uo = coeficiente global de troca, referido a super-

fície externa do tubo liso;

h. l

= coeficiente de troca no interior dos tubos;

h = a coeficiente de troca do lado do ar;

rdi = resistência de depõsito do lado dos tubos;

rda = resistência de depõs i to do lado do ar;

r w = resistência da parede do tubo;

d. = diâmetro interno do tubo l i s o ; l

d o = diâmetro externo do tubo l i s o ;

A = area X

total da superfície aletada;

Ef = eficiência das aletas;

r = c resistência de contato

A resistência de contato ê nula para tubos com aletas

integrais, como mostrado na Figura (III. 1)

Os coeficientes de transferência de calor do lado dos

tubos e do ar são apresentados no Capítulo III.

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1 7

A resistência da parede dos tubos e calculada por:

d d d -d. o 1 n (-º- ) .:: o l

{II-7.a) r = w 2kw d. 2 k\1 l {II-7.b)

onde

kw = condutividade têrmica da parede do tubo

A eficiência das aletas pode ser obtida de 5:

= tgh(H.Y) Ef

H.Y

sendo

1 / 2 Y =(2,ha )

kf.e

H = _ir_ [ (~L - 1)(1+ 0,35 2 dr

kf = condutividade térmica

e = espessura das aletas;

df = diâmetro das aletas;

dr = diâmetro raiz do tubo

(II-8)

(II-8.a)

1 n ~s {II-8.b) dr

das aletas;

aletado

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18

II - 3.2 Perda de Carga

II-3.2. l Perda de Carga no Interior dos Tubos

A perda de carga no interior dos tubos sera:

(II-9)

onde

n = perda de carga devido ao atrito; Pat

n = perda de carga nos bocais; pb

n = perda de carga nos retornos; Prt

O cãlculo de cada parcela e apresentado no Capitulo

III.

3.2.2 Perda de carga no lado do ar

A correlação para o cãlculo da perda de carga do lado

do ar e tambem mostrada no Capitulo III.

A perda de carga do ar e limitada aos valores admis­

síveis fornecido pelos ventiladores.

A tabela (II-1) apresenta valores típicos de velocida

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19

des padrões do ar em função do numero de filas de tubos.

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20

II - 4 Mêtodo Passo-a-Passo

II-4. l Introdução

O mêtodo passo-a-passo 6 ê aqui utilizado para a avalii

çao do desempenho do equipamento calculado pelo mêtodo global.

Consiste na divisão do feixe tubular em seçoes, fazen

do-se um balanço de energia em cada uma delas. Obtem-se assim,

conhecidas as temperaturas de entrada do ar e saida do fluidodos

tubos, vazões e propriedades fisicas, as temperaturas de saida

do ar e entrada do fluido dos tubos.

Pode-se, desta forma, conseguir os perfis de tempera­

turas, de pressão e coeficientes de troca, ao longo do feixe tu

bular, o que permite uma anãlise mais apurada do equipamento que

a resultante pelo m2todo global.

O mêtodo passo-a-passo possibilitarã ainda levar em

consideração nos cãlculos dos coeficientes de troca e perda de

carga, a influência de perfis nao uniformes de velocidade do a~

mudanças de regimes de escoamento nos tubos, etc, impossiveis de

serem considerados pelo mêtodo global.

A figura II.3 ilustra esquematicamente o mêtodo pas­

so-a-passo.

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21

li+l,J

Ti,j--.., 1---•Ti 1 j+l

ti, j

Figura II .3 Esquema do Método Passo-a-Passo

A partir da divisão do feixe tubular em seçoes, sao

escritas as seguintes equaçoes bãsicas para cada elemento (i ,j)

mostrando na figura II.3:

Q. . 1 • J

=

=

=

onde

(U .. ) Ap 1 • J

m. n.

W.C n

w c

m

T .. + T. . ( 1 ,.J 1 ,J + l

T. . 1 • J

2

-\,j+l)

t. . ) 1 'J

Ap = area de troca por passe

ti + t .. + 1 , j ,, .]

2

{11-10-a)

(II-10.b)

(11-10.c)

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22

q = quantidade de calor trocado no elemento (i ,j); i • j

LJ •• = coeficiente global de troca no elemento (i,j); l • J

m = numero de seçoes em que estã dividido o feixe;

n = numero de filas de tubos por passe

Considera-se, inicialmente que as vazoes mãssicas nos

tubos sao identicas em todas as filas de tubos.

Na equaçao (Il-10.a) utilizou-se diferença das medias

aritméticas das temperaturas por serem pequenas suas variações

em cada elemento.

Para a solução das equaçoes (II-10) necessita-se co-

nhecer, em cada elemento a temperatura de entrada ou saida do

fluido no interior dos tubos e a temperatura de entrada do ar.

O coeficiente global (U .. ) serã determinado através da equaçao l • J

(II-6). Considerando as propriedades fisicas dos fluidos calcu-

lados para a temperatura conhecida, uma vez que a variação de

temperatura e pequena.

O cãlculo e iniciado pelo elemento terminal de tubo

para a qual a temperatura de saida do fluido e (T 2) e a temper~

tura de entrada do ar e (t 1), caminhando-se em sentido contrã­

rio ao do escoamento do fluido no interior dos tubos.

Desta forma, determinam-se os valores de T .. e t.+l . l 'J l ,J

que serao os dados de entrada no elemento seguinte. O cãlculo e

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23

desenvolvido atê ã entrada do feixe tubular, região onde a tem­

peratura do fluido dos tubos deve ser comparada com T1. A quan­

tidade total de calor trocado serão somat6rio dos q .. e a tem 1 , J

peratura de saída do ar (t 2 ) serã a media das temperaturas de

saída do ar em cada s~ção.

A partir das Eqs. (II-10) podem ser explicitados os

valores de T .• e t. 1 .. 1,J 1+ ,J

Das Eqs.(11-10.b) e (11-10.c), tem-se:

\,j = \,j+l + (:ccl(-%-)(ti+l,j - \,jl

Das Eqs. (11-10.a) e (Il-10.b)

U· . Ap T .. + T .. l t,.+l J. + t,. J. 1 ,J ( 1 ,J 1 ,J+ _ • • ) =

m n 2 2

(11.11)

W C(T. .-T .. l) -- 1 ,J 1 ,J+ np

T .. 1 ,J + 1; ,j+l - t; ,j - \+l ,j =

2 WC m

U .. A (T .. -T ..

1) 1,J 1,J+

\+l,j = \,j (l -2 WCm

) U •. A

1 ,J p

1 ,J p

+ T .. l (l 1 ,J+

+ 2 wcm U .. A

1 ,J p

- t .. 1 , J

(11.12)

Substituindo-se a Eq. (11.12) na Eq. (11.11):

T. . = T. . l + (1 e) (-n-) 1,J 1,J+ WC m [

2 WC m T. . ( l - A ) + T · · +l 1,J U·· 1,J x

1 ,J p

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x(l+2WCm) U ... O..

l ,J p

24

- 2 t .. l ,J

T .. [, - (~) 1 ,J WC

( n ) + 2 wcn J = T. ·+i [ 1 + (wc ) (-n-) + - 1 ,J vrc m

m U •. A l ,J p

+ 2 wcn _ 2(~) (_n_) t .. w c m 1 ,J U .. A

l ,J p

T .. [l l ,J -( WC) (-n-) +

WC m 2 WC íl

U .. A l ,J p

= T; ,j+l

2 WC n l +-+2 U .. A

l ,J p _J

\,j = T;,j+l +

T .. = T .. l + l,J l,J+

1wc) (...!!...) 2 "WC m

1 _ te) ( _!l_) + 2 wc n WC m V. . A

2 WC m

U •• A l ,J p

l ,J p

2

+(WCJ(.!!1....)-l WC n

Ou, reescrevendo de outra forma:

T .. = T .. l + E .. (T .. l - t .. ) l,J l,J+ l,J 1,J+ l,J

(T .. 1 -t .. ) 1,J+ l,J

(T .. 1-t .. )

l,J+ 1,J

(II.13)

(II-14.a)

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onde

E. . = l 'J

25

2

2 WC m +(WC)(~) _ l U. . Ap WC n

l 'J

Da Eq. (11.11):

T . l . l + 'J

=(wcl(~)(T WC n i ,j -T..l)+t ..

l,J+ l,J

(11-14.b)

(11.15)

O cãlculo ê desenvolvido, para uma mesma fila, em sen

tido inverso ao escoamento do fluido dos tubos, atê sua extremi

dade de entrada da fila.

Se o feixe tubular tiver uma fila de tubos por pas-

se, a temperatura de safda do fluido dos tubos no passe seguin­

te a ser calculada serã dada pela temperatura final obtida no

cãlculo anterior.

Pela Fig.11.4 (onde o fndice k e referido ao numero do

passe), tem-se:

\,1,k n

k = N - 1 N - 2, p , p " . , l (11-16.a)

Np 'F

k (11-16.b)

onde

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26

a. Uma fila por passe

12

i

" b. n=2 filas por passe

Figura I I . 4 Esquemas do Mêtodo Passo-a-Passo para vãrios

passes nos tubos

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27

* Tk = temperatura de saída do fluido dos tubos para o

passe k;

Neste caso deve-se notar que ao se iniciarem os cãlcu

los pelo mesmo valor para T1 ,m+l ,k e TZ,m+l ,k serão obtidos va­

lores diferentes para Tl,l,k e T2 ,l,k' Na realidade ê o inverso

que ocorre, isto e, Tl,l,k e T2 ,l,k são iguais e Tl,m+l,k e

T2 1 k diferentes porque os cálculos são efetuados no sentido ,m+ ,

contrário ao escoamento do fluido dos tubos.

E necessãrio assim, efetuar-se uma nova iteração, pa_i::

* tindo-se do valor Tk-l para os valores de T. 1 k . A média das 1 , '

temperaturas T. +l k deve ser 1 , m , comparada com Tk . Se os valores

forem aproximadamente iguais, a iteração estará concluída, caso

contrário, considera-se um novo valor para os T; ,m+l ,k e repe­

te-se a iteração.

A condição de contorno para a Equ. {II.14) sera

* T = Tk i ,m+l ,k k=Np-l'Np-2, ... ,1 (II,17)

A temperatura de entrada do fluido dos tubos sera:

Ti,1,1 n

Para o lado do ar, tem-se:

\ ,j, k = tn+ 1 ,m+ 1- j, k+ 1 j=l,2, ... ,m

(II.18)

(II-19.a)

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T .. k =tl' 1 ' J '

28

j=l,2, ... ,m (II-19.b}

A temperatura media de saída do ar (t 2}, sera:

m t2 = i:j=l tn+l ,j, l /m (II .20)

Os coeficientes globais de troca (U .. ) serao calcula 1 'J

dos, como dito anteriormente, pela Equ. {II-6) e o calor troca-

do em cada elemento, pela Equ. (II-10.b} ou Equ. (II-10.c).

O cãlculo das perdas de carga sao efetuadas com as

correlações apresentadas no Capitulo III.

As perdas de carga das filas de tubos de um mesmo pas­

se deverão ser iguais. Tal exigência pode resultar em vazões di­

ferentes para as filas. Deve-se, oortanto, reescrever as equa­

ções (II.10), (II.14) e (II.15) em função das vazões para cada

fila, resultando:

q. . = 1 'J

( u · ·) A 1 'J p m n

T. . + T .. l ( l,J l,.J+

2

=W .. C(T .. -T..1

) l,J l,J l,J+

= w .. c (t. 1 . - t .. ) l,J 1+,J l,J

T .. = T .. l + E .. (T .. l - t .. ) l,J 1,J+ 1,J l,J+ l,J

T. l . + t .. 1 + ,J 1 ,J {Il-21.a)

2

{II-21.b)

(II-21.c)

{II-22.a)

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29

onde

2 E. . = _____ ::..._ _____ _

+ "i + 1 ,j

l 'J 2 wi ,j e n m + ti ,j ) (__i__) - 1

V •. A l ,J p

w. . e = (--2..d) (-)

w. . c l ,J

w .. l ,J c

(T .. -T .. 1)+t ..

1,.J l,J+ 1,J

{II-22.b)

(II-23)

O balanço da perda de carga em cada passe sera aprese~

tado a seguir.

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30

II - 4.2 Balanço da Perda de Carga no Interior dos

Tubos em Cada Passe

As perdas de carga no interior dos tubos, em cada fi­

la de tubos de um mesmo passe, deverao ser idênticas.

Para efeito de cãlculo, inicialmente consideram-se v~

zoes iguais nas filas do passe, como mostrado na Figura 11.5.

Assim,

w. = w 1 i=l,2, ... ,n

obtendo-se as respectivas perdas de carga

n 6 npn pl, p2,

r W3 'f P3

w2.r2

r

Figura II. 5 Balanço da perda de carga por passe

Seja n

"'. 1 n . "1= p1

n

(11.24)

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31

Arbitrada uma tolerância (a):

Se

(II.26)

O resultado e satisfatõrio e nao hã necessidade de no

vos cãl cul os.

Entretanto se a condição dada pela Equação (II.25) nao

for observada, tem-se:

e (III.8).

a) Regime turbulento no interior dos tubos

, G 1_ , 8 u . a

pl 1 (II.26)

onde

Gi = velocidade mãssica no interior dos tubos, Pi

ra a filai num passe

A equaçao (II. 26) e obtida a partir das equaçoes (III.5)

Definimos Ki' tal que:

K. = 1

ti . p1 (II.27)

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32

Como os valores das perdas de carga devem ser iguais

nas vãrias filas, resulta:

/J.D. =K (G'.)1

•8

· 1 i 1

n.G G'. 1

Da Equação (11.28):

G ~ = 1

Com a Equação (11.29):

n.G (l!.p'.)l/1,8 n = l: i = l 1

11 p '. ~ " G =

l l: ~ = 1 (-1-) 1 /1,8

K. l

(11.28)

(11.29)

(11.30)

(-1-) 1 /1,8 K.

l

J ,a (11.31)

Com a equaçao (11.30), obtem-se os valores aproxima-

dos de G'. d t A ' d 1

e os correspon en es upi seno:

I!.' pm

n " I!. p '. 1.. i = 1 1

= -'--'----'-

n

(11.32)

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Se

33

' L'. Pi - -ll<a, L'. Pm

então, L'.p' e a perda de carga m

(II.33)

Caso contrãrio, define-se K'. como na equaçao (11.27), l

obtendo-se os respectivos valores de G. e L'.p. e assim iterativa l l

mente, atê ser atingida tolerância damissível.

b) Regime Laminar

Analogamente, tem-se:

a G. l

(II.34)

A equaçao (11.34) e obtida a partir das equaçoes

(III.5 e (III.6)

K. = l

L'.p '. l

n.G

=

=

L'. p. l

G. l

K. l

n

G '. l

i: i = 1

Da equaçao

L'.o . G '.

. l

l K. l

(11.35)

(II.36)

G '. l

(11.37)

(II.36)

(II.38)

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34

Com a equaçao (II.37)

n . G tip '. i:n 1 = -1 i = 1 K.

1

tip '. n.G (11.39) = 1

n (-1-) l:i = l K.

1

Com a equaçao (11.38) obtem-se os valores aproximi

dos de G1 e os correspondentes tip1

Sendo:

tio' = 'm

Se

tip '. 1

tip' m

,.n tip 1 '"i = l 1

n

-1[ <a,

tip' e a perda de carga m

(II.40)

(11.41)

Caso contrãrio, define-se K1 como anteriormente

obtendo-se novos valores de Gi e tipi e assim iterativamente ate

atingir a tolerância admissível.

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35

III - Cãlculo dos Coeficientes de Transferência de Calor e Per

das de Carga

III-1 Introdução

Nos cãlculos dos coeficientes de transferência de ca-

lor e perdas de carga serão utilizadas as correlações de uso

corrente em engenharia.

Os coeficientes de transferência de calor serao utili

zados no cãlculo dos coeficientes globais de troca quer no mêt~

do global (equação II.6}, quer no mêtodo passo-a-passo (equação

II-10.a}.

Os valores das perdas de carga do lado dos tubos e do

ar serao utilizadas, identicamente no mêtodo global (equação II.9)

e no mêtodo passo-a-passo.

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36

III - 2 O Coeficiente de Transferência de calor no ln

terior dos Tubos

Para o cãlculo do coeficiente de transferência de ca­

lor no interior dos tubos, para fluidos em geral, exceto agua,

quando ocorre conveção forçada, utiliza-se a correlação de Sie­

der e Tate 5.

Regime Laminar: Re < 2100

Forma de Nusselt:

= 1 , 86 k

d. 1/3 Pr (-1

-)

L

O, l 4J (-µ-) (III~l.a)

µw

Forma de Collburn

hi Pr2/3

C G

L 1/3 (-)

d. l

= l , 86

Re 2/3

Regime de Transição: 2100 < R < 10.000 e

{111-1.b)

Forma de Nusselt baseado no trabalho de Hausen 5

h. d. 1 l

k = o, 116

[ 2/3 l ~e - l 25j

1/3 0,14 Pr (.l!...)

~

r d. 21i"I 11 +(-1) J -- L

(lll-2.a)

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37

Forma de Colburn

(h./CG) Pr2/3(µ/µ )-0,14 1 W

Í 2/3 J o , 116 L Re - i 25

l+ (d./L)2/3 1

Regime Turbulento:

Forma de Nusselt

= 0,027

Forma de Colburn

h. 1

CG

Pr2/3 µ -0,14 (-)

µw

=

Re ~ 10.000

= 0,023

0,2 Re

Re

numero de Reynolds: Re=

numero de Prandtl Pr=

L = comprimento dos tubos

µe

k

{Ill-2.b)

{Ill-3.a)

(III-3.b)

Para a agua utiliza-se o trabalho de Eagle e Fer-5el4 o guson para valores moderados de temperatura (5 a 100 C) que

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38

fornece a seguinte correlação

0,8 0,2 h; = 150 (1 + 0,011 Tm) vt / d;

onde

V t ( pes/s)

d. (polegadas) l

{l!I.4)

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39

III - 3 A Perda de Carga no Interior dos Tubos

Para o cãlculo de perda de carga no interior dos tu-

b d . 1 . l - d F . 5,15el6 os po e-se ut1 1zar a corre açao e ann1ng .

= (11!.5)

onde

6pt = perda de carga nos tubos;

f = fator de atrito;

Gt = velocidade mãssica do fluido nos tubos;

L = comprimento do tubo;

g = aceleração da gravidade local;

pt = massa específica do fluido;

d. = diâmetro l

interno do tubo;

= ( / )0,14 \J \Jw para Re ? 2100

( µ/µ J°, 25 para Re < 2100 w

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40

Regime Laminar: Re < 2100

f= 16/Re (III.6)

Regime turbulento: Re > 2100

f= 0,00140+0,125 Re- 0 •32 (III.7)

Outra correlação citada 16 para valores de 5000 < Re <

200.000

f= 0,046/Reº• 2 (III.8)

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III - 3.1 A ?erda de Carga nos Bocais

A perda de carga nos bocais pode ser calculada pela - 15 expressao

= K (III.9)

onde

K = 0,5 para o bocal de entrada

K = 1 , O para o bocal de saida

V = B velocidade linear do fluido no bocal

p = t densidade do flui do dos tubos

III. 3.2 A perda de carga nos retornos

A perda de carga resultante da mudança de direção

fluido nos passes, denominada perda nos retornos ê definida

4pt v2 N 6Pr = ~....:.....---=t~~P-

2 g

onde

(III.10)

do 16 por

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42

Np = numero de passes nos tubos;

pt = densidade do fluido dos tubos;

Vt = velocidade linear do fluido nos tubos;

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43

III - 4 O Coeficiente de Transferência de Calor do La

do do Ar

O coeficiente de troca do lado do ar e dado pela cor­

relação de Briggs e Young 17

Nµ =

onde

ha dr

k = 0,134 Re 0 •681 Pr 113 S0,200

(-) t

0,1134 ( ~)

t

(III.11)

Re = dr Gmax

\1

sendo

s = distância entre aletas adjacentes;

e= espessura das aletas;

t = altura das aletas;

ha= coeficiente de troca do lado do ar, referido

ã ârea externa;

A figura (III. 1) apresenta as características geQ

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44

métricas dos tubos aletados:

df ___ __,

1 1

[, !

1 /

1

,

1, 1,

e

J_ T

1, 1 ,,

1, 1,

r,

1

',

L,

-L L

1

V

.,,, ,

1

-- , e, L,

; L,

J_ s

T

L,

• :. 1

- -l,

1,

t-1~ 1 p ' 1

Figura III-1 Seção Transversal do Tubo Aletado

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III. 5 A Perda de Carga do Lado do Ar

No cãlculo da perda de carga do lado do ar pode ser

utilizada a correlação de Robinson e Briggs 18

fr R -0,316 t -0,927 t 0,515 = 18, 9 3 (E._) (E._) er

dr Pl (III-12.a)

fr nc G2 i\ p m (III-12.b) =

p g

sendo

onde

(III-12.c)

pt = passo transversal entre tubos adjacentes nu­

ma mesma fila de tubos;

p l = passo l ongi tudi na l entre tubos adjacentes em

diferentes filas de tubos, medidos em diago­

nal ;

Gm = velocidade mãssica na seçao transversal mini

ma normal do fluxo de ar.

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46

IV - Programas Computacionais

O emprego de computadores e particularmente importan­

te para o projeto de trocadores de calor, tendo em vista que os

cãlculos são iterativos, permitindo vãrias soluções, funções das

variãveis fixadas.

Um dos programas faz o dimensionamento do trocador; c~

mo alternativa cãlcula as temperaturas de saida do fluido de p~

cesso e ar.

O outro programa faz a verificação do desempenho do

equipamento.

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47

IV. 1 Programa para Dimensionamento e Simulação das

Temperaturas de Saida

O programa faz o dimensionamento do trocador com a

utilização dos metadas estimativas e global (Capitulo 11.2 e

11.3). Permite ainda, como alternativa, o cãlculo das temperat~

ras de saida do fluido dos tubos e do ar, dada a geometria do

trocador, as vazões e temperaturas de entrada.

O metada global utilizado, admite algumas hipõteses

simplificadora:

a) A velocidade do ar e admitida constante;

b) Os coeficientes de troca do lado dos tubos e do

ar e portanto, o global, são calculados na temper~

tura media ou calõrica e admitidos constantes ao

longo do feixe;

c) As perdas de carga, identicamente ao item anterior,

são calculadas para as propriedades medias dos flui

dos;

Para o dimensionamento do trocador sao fornecidos os

valores de:

Fluido dos Tubos: W, T1 , T2 , p, rdi

\11,\12, P1• P2• Cl,C2' Kl' K2

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48

Ar t 1 , altitude local, rdar

Características do feixe tubular:

Como resultado teremos o trocador calculado, sendo for

necido:

e outros valores como hi, ha, vt' vf

Para o cãlculo das temperaturas de saída, sao dadas as

mesmas variãveis definidas para o programa de dimensionamento,

acima citado, excluindo T2 e incluindo Nt' Nfs' Np' Nc.

~ saída do programa serao obtidos os valores do pro­

grama anterior mais a temperatura de saída dos tubos (T 2).

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49

Esta opçao é fundamental para a comparaçao entre os me

todos global e passo-a-~asso, jã que os trocadores dimensionados

geralmente possuem um excesso de area.

O programa foi escrito em linguagem FORTRAN, utiliza~

do um computador IBM/370 com um tempo aproximado de computação

de 7 segundos de CPU.

E a~resentado, a seguir, o diagrama de blocos do pro­

grama, onde a subrotina PROT calcula as propriedades fisicas do

fluido de processo e a PROAR, as propriedades fisicas do ar.

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NÃO

50

ENTRADA DOS DADOS

SUB-ROTINA PROT @Tm

ESTIMAR 12

SUB-ROTINA

PROAR ~Tm

CALCULAR

LMTD

CALCULAR F

CALCULAR VI

CALCULAR

Nt,Ao,B

CALCULAR VI

<0

>O

ALTERAR

12

ALTERAR Np

2

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ALTERAR T2,t2

51

NÃO

NÃO

CALCULAR Apt

CALCULAR hi

CALCULAR Tw

SUB-ROTINA PROT@ Tw

CORRIGIR Aptehi

CALCULAR ha,Uo

CALCULAR Apa

>O

ALTERAR 12

2

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52

IV.2 Programa para Verificação do Desempenho

Outro programa utiliza o metodo passo-a-passo para a

verificação do desempenho do equipamento {Capitulo II.4). Para

um trocador com geometria conhecida, a partir das vazões, temp~

ratura de saída do fluido dos tubos e de entrada do ar, calcula

os perfis de temperaturas, perdas de cargas, calor trocado ao

longo do feixe tubular, levantando o desempenho passo-a-passo do

equipamento.

Neste desenvolvimento de cãlculo nao se faz as hipõt~

ses simplificadoras do programa anterior, conseguindo o progra­

ma simular com maior exatidão a situação real, resultando num

procedimento de cãlculo mais preciso.

São fornecidos como dados de entrada as mesmas variã­

veis de entrada no programa para o cã1culo das temperaturas de

saídas, apenas que, o valor fornecido para a temperatura do flui

do dos tubos e a de saída {T 2). Devem ser dados ainda o numero

de seçoes em que se deseja dividir o feixe tubular e o perfil de

velocidade do ar na entrada do feixe, caso a velocidade não for

constante.

à saída, o programa fornecerã a temperatura de entra-

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53

da do fluido dos tubos (T 1), a distribuição de t 2 , a distribui­

çao, ao longo do feixe tubular de U0

, Q, T, t, DMT, tpar' tpt'

hi,ha.

O programa torna possível uma visualização do desemp~

nho do equipamento.

Foi utilizada linguagem FORTRAN, num computador IBM/

370, com tempo aproximado de computação de 20 segundos de CPU.

O diagrama de blocos do programa e apresentado a se-

gui r.

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54

Tl,4,k• TAUX *º

ENTRADA DOS DADOS

@ k• 4,Np

@ j•l,m

CALCULAR hi,ho,Uo,T, t ,q

NOS ELEMENTOS

"'º n

t.pm• E ( t.pi,4,k)/n i ,t

ORDENAR VALORES OBTIDOS

ALTERAR VAZÕES NAS

FILAS

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55

V - Apresentação dos Resultados

A metodologia apresentada nos capftulos anteriores se

ra agora aplicada na anãlise de alguns trocadores de calor res­

friados a ar projetados para operaçoes encontradas comumente nas

industrias de petrõleo e petroqufmica. Neste sentido, serão co~

siderados, em exemplos distintos, as referências no comportame~

to dos equipamentos das seguintes situações de projeto: não un1

formidade do perfil de velocidade de ar na entrada do permutador;

variação das propriedades dos fluidos de processo com a temperi

tura; variação no regime de escoamento do fluido dos tubos.

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56

V.l - Caso de Perfil de Velocidade do Ar Não

Uni forme

O ar na saida do ventilador poderã apresentar o

perfil como mostrado na figura V. l.

m/s

4,5f-+-~-+---+-~-t---+-~

--Figura V. l - Perfil de velocidade do ar na saida

do ventilador 9

Como exemplificação serã analisado inicialmente

um resfriador de ãgua, onde a variação da temperatura resulta em

pequena mudança nas propriedades fisicas do fluido dos tubos.

Desta forma ê possivel se verificar mais acentuadamente a influên

eia de perfis não uniformes de velocidades do ar no funcionamen

to do equipamento.

O trocador a ser estudado foi projetado e cons-

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57

truido por um fabricante para resfriar 96617 kg/h de agua de

49,4°c a 4o 0 c.

ticas:

O equipamento apresenta as seguintes caracteris-

L = 9,75 m

Tubos:

177 tubos

B = 3,56 m x 6 filas de tubos x

6 passes nos tubos

dr = 25,4 mm BWG 14; df = 57 mm

Pt = Pi = 63 mm com 11 aletas por polegada;

e= 0,4 mm

Ar:

Velocidade facial= 3,6 m/s

Inicialmente utiliza-se o programa de simulação

empregando o metada global, que para uma dada geometria, vazões

e temperaturas de entrada, fornece as temperaturas de saída do

fluido de processo e do ar.

Considerando inicialmente um perfil de velocida-

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58

de uniforme para o ar, de 3,6 m/seg, foram obtidos como resulta

dos:

Q = 975 KW

llpt= 35,5 KPa

li = 0,90 KPa par

Com o valor de T2 entra-se no programa passo-a­

passo, obtendo-se os valores de T,t,llpt,llpar U0

e Q.

As figuras V.2 e V.3 mostram a distribuição de

temperaturas e llp ao longo do feixe tubular para a situ~

ção de perfil de velocidade de ar uniforme na entrada do troca-

dor. l 39.50 39.36 39.23 39.13 39.04

49.78 149.07 48.40 14777 14718 46.62

1 36.69 36.70 36.73 1 36.77 36.83

1

43.67 144.18 •44.72 145.32 145_94 46.62

34.66 34.53 34.40 34.28 34.17

43.67 143.05 :42.47 141.92 :41.40 40.91 1 1 1 32.22 1 1

32.22 1 32.22 1 32.22 1

1 v, = 3.6 m/s

Figura V.2 - Distribuição de temperaturas num

trocador resfriado a ar(VAR uniforme)

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1.03

22.67

24.10

59

l 0.84 0.84 0.84 0.84 1 0.84

13.04 15.05 17.07 19.08 11.10 1

0.56 0.56 0.56 0.56 1 0.56 1 1

120.64 118.61 116.57 114.55 12.53

1 1

0.28 0.28 0.28 0.28 1 0.28 1 1 1

126.13 120.11 130.22 '32.27 34.32 1 1

f v1= 3.6 m/s

Figura V.3 Distribuição de perdas de carga num

trocador resfriado a ar {VAR uniforme)

Foram obtidos os seguintes resultados:

Q = 1 O 14 KW

Llpt = 36,4 KPa

A quantidade de calor trocado (Q) e 4% maior que

a obtida pelo metodo global. Portanto o trocador estaria ligei­

ramente superdimensionado.

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60

40.94 37.79 40.62 37.61 40.38 49.17 148.68 47.83 147.40 146.63 46.27

1 37.74 35.68 1 37.81 35.72 37.96

1

43.53 14388 144.58 144.90 145_79 46.27

35.37 33.96 35.04 33.78 35.74

43.53 143.05 142.34 141.92 141.29 40.91

32.22 32.22 32.22 32.22 32.22

v1 (m/s) t2 t7 l22 t.7 t.2

Figura V.4 Distribuição de temperaturas(ºC) num

trocador resfriado a ar (VAR nao

uniforme)

Para o mesmo aparelho e condições idênticas de

processo, sao calculados os valores das temperaturas para um pei

fil não uniforme de velocidade do ar na entrada do feixe.

A figura V.4 apresenta os valores das temperatu­

ras ao longo do feixe tubular e a figura V.5. as oerdas de car-

ga. 0.36 1.85 0.36 1.85 1 0.36

' 1.03 12.30 15.01 17.01 19.01 li.OI 1

0.24 1.23 0.24 1.23 1 0.24 1 1

22.53 120.50 118.48 116.46 114.45 12.44

0.12 0.61 1

1 0.12 0.61 1 0.12 1 1

' 23.95 125.99 128.03 13Q.07 132.11 34.16

v1 (m/s) t.2 i5.7 l2.2 i5.7 i22

Figura V.5 Distribuição de perdas de carga num

trocador resfriado a ar (V AR não uni­forme)

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61

Para este caso, obteve-se os valores:

o T 2

= 49, l 7 C

Q = 9 43 KW

[lpt = 36 ,2 KPa

A quantidade de calor trocado resultou ser 3,3%

menor que o obtido pelo método global, portanto, ligeiramente

subdimensionado.

Para outros fluidos de processo, onde o coeficie~

te de transferência de calor do lado dos tubos pode sofrer va­

riações significativas com a temperatura, a influência de perfis

não uniformes de velocidade do ar ê mais acentuada, como mostra

do a seguir.

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62

V.2 Caso da Variação das Propriedades Físicas do Flu~

do que Escoa no Interior dos Tubos com a Temper~

tura

Para efeito de anãlise, considera-se um trocador com

as seguintes caracterfsticas:

L=7,3m B=3, 2m x 6 filas de tubos e 6 passes nos tubos

Tubos: 300 tubos dr=25,4mm BWG 14 df=57mm

P =p =63 com 11 aletas por polegada t l

e=0,4mm

Ar t = 32ºc l

Velocidade facial do ar=2,7 m/s

foram obtidos os seguintes val~res para os fluidos in

dicados:

METODO GLOBAL MÉTODO PASSO-A-PASSO 11 Fluido m :rl 6P Q T1 ~p Q Q~p ~2 ·-1 (ºe) (ºe) (KPa) (KW) (ºe) (KPa) (KW) 1 Qg

Óleo Pobre 44,7 1 94,0 38,9 1756 92,6 33,7 1701 0,97

Nafta Leve 48,0 97,8 33,1 1726, 98,8 31,1 1760 , 1.02

Querosene 44,8 93,3 34,0 1635 90,3 34,7 1525 0,93

Gasóleo Leve 84,5 118,9 50,7 1055 111,5 52,6 822 o, 78,

Tabela V.l Comparação entre os Mêtodos Global e Pas­

so-a-Passo para distribuição uniforme de

velocidade do ar

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59.80 8 . ••

52.19 6

47.60 68

' 42.13 õ4."' ...

38.72 54 .-

34.68 44.ru

30.00 L..,__rJ t44.70 t.64 vrn/1)

63

i 1 48.66 59.04 • ....... 4A .. /.!'i2

! 44.IO 52.60

! 40.81 47.14 ,cc.aa

1 37.72 1 42.50 'KK

04~ '~h.~A

1 35.50 1 38.50 ----...-.. KO '"'".li

1 33.45 .

35.05 1 '.4~.>U,11 •46.40 1 30.00 1 30.00

t.64

1 48.40 1 118.76 ,-1 .... a '7ª. • . et 1 44.41 53.32

, .OI 1 40.66 1 46.92

e, e .84 : 37.96 43.03 .~,.- KU h .84 1 35.44 i 38.41 ...... :.,-.. <40 • .23 1 33.65 M.47 47.19 AM 4 .23 .

30.00 ' 30.00 1 1

t.64

Fig.V.6 Distribuição de temperatura (ºC) para ores­

friador de Õleo pobre (VAR não uniforme)

A 0.040 0.210 0.040 1 0.210 0.040

o 1-. 7. •. A, f UI

0.034 0.174 0.034 1 0.174 0.034

10 . . , q_a, _J:an 1 .()2

0.139 0.027 ' 0.139 ' 0.027 0.027

'"· ·~ 1 32 li.

0.104 0.020 0.104 1 0.020 0.020

"..lt"'\_ ... .,, ,,n º<N, .. 1 .18 21.NM

0.013 0.069 0.013 0.069 1 0.013

22.i ... KM -~ . - , .~Y ' .43

0.006 0.034 0.006 0.034 --, 0.006

3 .~ ·,- .Ju ·~· ' .28

1 1 1 1

tSJ,16kP.J 1.64 tl.64 i 1.64

Fig.V.7 Distribuição de perdas de carga (KPa) para o

resfriador de Õleo pobre (VAR não uniforme)

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64

~ 1 : 1 1 1 i

.,~1 ' 492 1 3,o 1 4R8 ' ~7b ! 1 1 1

3b9 ; 477 ~ 4HI ' 1 1 1 i

1 1 1 l : 1

" ' 1 • 1 ' 1 1 •

~~~ ' 4~ 1 .,- A~A ' • 1 1 1 ! 1

""'ª AA~ : ~3 1 AAft ;

V i 1 1 1 1

i 4.38 i 1.64

Fig.V.8 Distribuição do coeficiente global de troca 2o

(W/m C) para o resfriador de Õl eo pobre (VAR

não uniforme)

+ 1 1 1 ! J 67 175

: • 688 '.647 5h9 •A« 375 :

1 6 '" 4 9 : 1

1 1168 11138 11085 I05() 991 949 1 1 1 : , 1168 11204 '1253 :1294 1326 1352 • • : ;

' 1507 :1493 .14~ ... :1 1.~, 1, 2 1 1 1 1

14.38 f 4.38 t.64 i "llR'm/s)

Fig.V.9 Distribuição da quantidade de calor trocado

(KW) para o resfriador de Õleo pobre (VAR não uniforme)

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65

Se o perfil de velocidade facial do ar nao for unifor

me como mostrado na figura V.4, serão obtido os seguintes valo­res:

MB'I'0:00 GLOBAL r,'!ÉTODO PASSO-A-PASSO % Fluido T2 T1 ]LJ p Q T1 6P Q Opp

cºcJ (0 c) cºc)

--1(KPa) (KW) (KPa) (KW) Qg

óleo Pobre 44,7 94 ,o 1 38,9 1756 87 ,33 33,7 1507 0,86

Nafta Leve 48,0 97,tl 1 33,1 1726 95,3 30,4 1633 O, 95

Querosene 44,8 93 ,3 34,0 1635 85,4 34,7 1355 0,83 '

Gasóleo Leve 84,5 118,9 50,7 1055 110,2 51, 5 780 0,74

Tabela V.2 Comparação dos Métodos Global o Passo-a­

Passo para distribuição não-uniforme da

velocidade do ar.

Para o Õleo pobre, Sa8 a~resentados nas figuras V.6,

V.7 e V.8 as distribuições da temperatura d d e e, per a de carga,

o coeficiente global e o calor trocado ao longo do feixe tubu­

lar para perfil não uniforme de velocidade do ar.

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66

V.3 Caso da Mudança do Regime de Escoamento do

Fluido no Interior dos Tubos

O gasõleo leve, citado na tabela V. 1 apresenta

uma grande variação da viscosidade com a temperatura. Desta for

ma, o fluido de processo ao entrar no trocador estarã escoando

no regime de transição (Re: 3400} variando ao longo do feixe,

saindo em regime laminar (Re: 1300).

A alteração do regime de escoamento implicarã em

mudança nas correlações para o cãlculo do coeficiente de trans­

ferência de calor no interior dos tubos.

A quantidade de calor trocado no mêtodo passo-a-

passo, com perfil uniforme de velocidade do ar, resultou ser

22% menor que o obtido no mêtodo global. Quando se utiliza um

perfil não uniforme, teremos, para o mêtodo passo-a-passo, um

valor do calor trocado 26% inferior ao do mêtodo global (vide

tabela V. l)

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67

VI - Conclusões

Os resultados apresentados no Capítulo anterior mos­

tram a importância do mêtodo passo-a-passo na anãlise dos diver

sos casos analisados.

Para o caso do resfriamento de agua quando se admite

um perfil uniforme de velocidade do ar o mêtodo global pode ser

utilizado jã que os valores das taxas de calor trocado no mêto­

do global e passo-a-passo não apresentam diferenças significatl

vas.

Idêntica conclusão se aplica ao caso da distribuição

nao uniforme de velocidade do ar representada na figura V.4. Ne~

te exemplo, embora os valores do coeficiente global de transfe­

rência de calor, calculados pelo mêtodo passo-a-passo, sofram

variação significativas, função da velocidade do ar, o valor me

dio final aproxima-se do obtido pelo mêtodo global.

Quando, no entanto, o fluido dos tubos tem suas pro­

priedades, notadamente a viscosidade, variando bastante com a

temperatura, o mêtodo global poderã introduzir erros substanciais.

Isto ocorre uma vez que o coeficiente global de trans

ferência de calor varia ao longo do feixe tubular e o cãlculo

pelos valores mêdios, feito pelo mêtodo global não consegue tra

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68

duzir o comportamento do equipamento, visto a nao linearidade da

troca têrmica.

As Tabelas V. 1 e V.2 apresentam as alterações verifi­

cadas pelo mêtodo passo-a-passo em relação ao mêtodo global ,qua~

do os fluidos têm suas propriedades fisicas variando com a temp~

ratura, como mostrado no Capítulo VIII.2.

Assim, para a nafta leve com perfil uniforme de velo­

cidade de ar, a quantidade de calor trocado ê, no mêtodo passo­

a-passo, 2% superior ao do obtido no mêtodo global. Situação i~

versa ocorre para o ôleo pobre e querosene, com um valor da ta­

xa de calor trocado (O), no método passo-a-passo, 3% e 7% menor

que no global.

Quando o perfil de velocidade do ar nao for uniforme,

o fenômeno tem um efeito multiplicador como visto na Tabela V.2.

Neste caso a nafta leve apresenta, no mêtodo rigoroso,

um valor de Q, 5% inferior ao do método global. Para o ôleo po­

bre e querosene os valores respectivos são 14% e 17%.

As perdas de cargas no interior dos tubos e no lado do

ar nao apresentam diferenças significativas nos dois mêtodos.

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69

Quando ocorrerem alterações do regime de escoamento p~

ra o fluido de processo ao longo do trocador, podem-se verificar

as maiores distorções entre os dois mêtodos, uma vez que são al

teradas as prõprias correlações de cãlculo dos coeficientes de

transferência de calor, alem da influência da temperatura nas

propriedades físicas do fluido.

O metodo global nao considera tais variações, jã que

calcula para um valor mêdio, em um ou outro regime.

Como mêtodo mais rigoroso pode-se calcular em que po~

to do feixe tubular a mudança de regime de escoamento irã ocor­

rer.

O mêtodo passo-a-passo ê um poderoso instrumental de

cãlculo, que permito um projeto mais rigoroso, bem como a veri­

ficação da performance do equipamento, dando uma visualização

dos perfis de temperatura e de perda de carga ao longo do seu

feixe tubular.

O mêtodo passo-a-passo torna-se bastante apropriado

para ser aplicado aos casos de escoamento com mudança de fase

para o fluido de processo. Para os trocadores resfriados a ar,

com condensação nos tubos, por exemplo, a ~uantidade de líquido

e vapor variarã ao longo do trocador, mudando consequentemente

o regime de escoamento, os coeficientes de transferência de ca­

lor e as perdas de carga.

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70

o mê to do pode ser ainda aplicado a trocador tipo cas-

co e tubos, com ou sem mudança de fase nos fluidos do lado dos

tubos e do casco, que têm larga aplicação nas industrias de pro-

cessamento de petrõleo, química e petroquímica.

Estas duas ultimas aplicabilidades citadas para o me­

todo passo-a-passo sao assim sugeridas como extensões deste tra

balho.

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71

VII - Referências Bibliograficas

(1) Smith,E.C., "Air-Cooled Heat Exchangers", Chemical En

gineering - november 17,1958,pp.145-150

(2) Cook,E.M.; "Comparisons of Equipments for Removing

Heat From Process Streams'', Chemical Engineering - may

25,1964,p~.137-142

(3) Cook,E.M.; ''Operating Problems of Air-cooled Units,

and Air-water Combinations''

(4) Ganapathy,V., "Design of Air-cooled Exchangers Process

Design Criteria", Chemical Engineering - march 27,

1978,[:Jp.112-119

(5) Kern,D.1. e Kraus,A.D.,; "Extended Surface Heat

Transfer", Me Graw Hill,1972,pp.558

(6) Caglayan, A.N. and Buthod,P ; ''Factors correct air­

cooler and S&T exchanger LMTD, The Oil and Journal -

september 6,1976

(7) Nicole,F.J.L., "Mean Temperature Difference in Crossflow

Heat Exchange Applied to Multipass Air-Cooled Fin­

Tube Units with a Finite Number of Rows" M Se (Enghg.)

thesis, University of Pretoria, CSIR Special Report

CHEM 223, nov.1372

Page 83: PROJETO TtRMICO DE TROCADORES DE CALOR … · ã utilização crescente dos trocadores de calor resfriados a ar. No projeto destes equipamentos sao comumente utiliza-dos os métodos

( 8)

72

Roetzel,IJ. e Nicole,F.J.L., "Mean Temperature Diffe­

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Transactions of the ASME - february 1975,pg 5 a 8

(9) Droneau,B. - ''Contribution au Calcul et ã D'expêrime~

tation des aêrorefrigêrants de l 'industrie du pêtrole",

Rev.Gên. Therm., France n:173 mai 1976,pg.387-397 e

n:174-175 juin-juillet 1976,pg.489-500

(10) Heat Transfer Engineering, vol.l, number 1, july­

september 1979

(11) API Standards 661, "~ir-Cooled Heat Exchangers for

General Refi nery Services", Second Edi tion, january

1978

(12) Gunter,A.Y. e Shifes,K.V. ''Hot Air Recirculation by

Ai r Coolers", Chemi cal Engi neeri ng Progress, vol.68,

nQ2, february 1972,?g.49 a 58

(13) Brown,K; "Jesig:-i of .~ir-Cooled Exchangers Progress

Design Criteria'', Chemical Engineering march 27, 1978,

;Jg.108-111

(14) Me Adams,W.H.; "Heat Transmission" Me GrawHill, 1954,

N. y.

(15) CRANE'S Technical Paper nQ 410

Page 84: PROJETO TtRMICO DE TROCADORES DE CALOR … · ã utilização crescente dos trocadores de calor resfriados a ar. No projeto destes equipamentos sao comumente utiliza-dos os métodos

( l 6 ) Kern,Q

N.Y.

73

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(17) Briggs,D.E. e Young,E.H; "Conv2etion Heat Transfer and

Pressure Drop of Air Flowing Aeross Triangular Piteh

Banks of Finned Tubes'', Chemieal Engineering Symposium

Series, vol.59, n941(1963)

(18) Robinson,K.K. 2 Briggs,D.E., "Pressure Drop of Air

Flowing Aeross Triangular Piteh of Finned Tubes", Ch~

mieal Engineering Symposium Series, vol.62, n964{1966).

(19) Reid, R.C. ; Sherwood, T.K., ''The Properties of Gases

and Liquids'', Me Graw Hill

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74

VIII.l Ordenação dos Valores Obtidos no Metodo

Passo-a-Passo

Para efeito de computação, os valores das temperaturas

e perdas de cargas calculados no metodo passo-a-passo devem ser

ordenados para que se possa traçar seus perfis ao longo do fei­

xe tubular.

Como mostrado na figura (II-B), ao mudar de passe, a

ordem das colunas e alterada, alem de se ter numeraçao de linhas

para cada passe, quando se deseja que todos os valores estejam

sujeitos a apenas dois índices do tipo:

ITOl,l

-,

TO 1 , 2 To1.m+1 1

1 1

[TO l 1To2, l T02,2 T02,m+l - 1

-

T T T L On, 1 On,2 On,m+l

~

~ to 1 , 2 t 1 to 1 , 1 O 1 , m

í

J to 2 , 1 t02 2 t 1 to - ' 02,m

L . .

lton+l, 1 ton+l ,2 t . On+ l , m~

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lQ Passe

(K=l)

29 Passe (K=2)

3Q Passe (K=3)

75

Assim teríamos, por exemplo, para N =3 e n=2: p

i =3

i=2

i = l

i=3

i=2

i = 1

i=3 ---;---- -·--

1

1 i =2

1 i = 1

t. , . 1 J

Portanto, para

Para T o. . 1 O, J O

Para t 0 io,jo

?ara T 0 io,jo

Para t 0 io,jo

i =l o i=2 \ =l

. - -- i o =2 i = l \ =2 --

i o =3

i =4 o

i=2 i =3 o i o =5

i = l i =4 o i =6 o

i = l \ =5 i o =7 - ---

i=2 i o =8

i o =8

i = 1 i =6 .., o

;o =9

as linhas:

i0

= n(k-1)-(n-i+l)=n k - i + l

(VIII.l)

i =(n+l)(k-l)+(n+l-i+l)=(n+l)k-i+l o

(VIII.2)

Para as colunas:

a) Se Np for Ímpar

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76

Para T o. . 1 O, J O

k 'ímpar : j =j o k=l ,3,5 ... , Np

k par

Para t

j =m+2-j o

0; o ,jo

k=2,4,6, ... , N -1 p

k 'ímpar j =j o k=l ,3,5, ... , Np

k par j =m+l-j o

b) Se Np for par

Para T 0 io,jo

k=2,4,6, ... , N -1 p

(VIII.3)

(VIII.4)

(VI!I.5)

(VIII.6)

k 'ímpar j =m+2-j k=l,3,5, ... , N -1 (VIII.?) o p

k par j0

=j k=2,4,6, ... , Np (VIII.8)

Para t o. . 1 O, J O

k 'ímpar

k par

j =m+l-j o

j =j o

k=l,3,5, ... , N -1 p

k=2,4,6, ... , Np

(VIII.9)

(VIII.10)

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tos na forma T e t , sendo 0 io,jo 0 io,jo

a)

To .. =\,j,k 1 O, J O

ímpar

i=l,2, ... , n

\= n.k-i+l

i=l,2, ... , n

jo= j

jo= m+2-j

to .. =ti,j,k 1 O, J O

i=l,2, ... , n

io= (n+l}.k-i+l

i=l,2, ... , n+l

j = l , 2 , ... , m+ l ; k=l,2, ... ,Np

(VIII-11.a)

; k=l,2, ... ,Np

(VIII-1 l.b}

j=l,2, ... , m+l k=l,3 ... ,Np

(VIII-11.c)

j=l,2, ... ,m+l k=2 ,4, •.. ,Np-1

(VIII.12}

j=l,2, ... , m k=l,2 ... ,Np

(VII!-12.a)

k=l,2, ... ,Np

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jo=j

jo=m+l-j

b) N par

T o. . 10,J:)

t 0 io,jo

=\,j,k

j o=j

jo=m+2-j

t. . 1,

1 'J ' ~

78

i=l,2, ... ,n

i=l,2, ... ,n

i=l,2, ... ,n+l

(VIII-12.b)

j=l,2, ... ,m k=l,3, ... ,Np

(VIII-12.c)

j=l,2, ... ,m k=2,4, ... ,Np-l

(VIII.13)

j=l,2, ... ,m+l k=l,2, ... ,Np

(Vlll-13.a)

k=l ,2, ... ,Np

(Vlll-13.b)

j=l,2, ... ,m+l k=2,4, ... ,Np

(Vlll-13.c)

j=l ,2, ... ,m+l k=l ,3, ... ,Np-1

(VIII.14)

k=l,2, •.. ,NP

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(Vlll-14.a)

i0

=(n+l) .k-i+l

i=l,2, ... ,n+l k = 1 , 2 , ..• ,Np

(VIII-14.b)

jo=j

j=l,2, ... ,m k=2,4, ... ,NP

(Vlll-14.c)

jo=m+l-j j=l,2, ... ,m k=l,3, ... ,Np-1

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80

Vlll.2 Propriedades Fisicas dos Fluidos Analisados

FLUIDO T Densidade e µ k (ºe l relativa ( KJ/KGQC) (Pa.s) (W/mQC)

i i'IGUA 49 0,982 2,36 0,617xl0 -3 0,635

41 0,986 2,37 0,723xl0 -3 O ,626

NAFTA LEVE 98 0,696 2,34 0,695xl0 -3 O, 133

48 0,737 2, 13 0,735xl0 -3 O, 136

QUEROSENE 93 0,760 2, 27 0,670xl0 -3 O, 137

45 0,804 2,05 l ,474xl0 -3 O, 145

ÕLEO POBRE 94 0,607 2,39 0,34lxl0- 3 O, 132

45 0,706 2, 19 0,639xl0 -3 O, 135

GASOLEO LEVE 119 0,910 2,03 4, lOOxlO -3 O, 131

84 0,932 1 ,90 14, 193xl0 -3 O, 134

Foram adotadas as seguintes correlações parava­

riação das propriedades fisicas com a temperatura 19

Massa especifica, calor especifico e condutivida­

de térmica: relação linear da forma

A + B:

VISCOSIDADE

µ=A e 8/T

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81

IX - Nomeclatura

A are a;

a constante arbitrada na equaçao (II.25);

Af area facial (comprimento x largura do feixe);

a. k constante utilizada na equaçao (II.4); 1 ,

AP area por passe {A/n);

B largura do feixe tubular;

C calor especffico do fluido dos tubos;

c calor especffico do ar;

d diâmetro do tubo;

DMT diferença mêdia de temperatura corrigida;

e esressura das aletas;

E. . variãvel definida pela equaçao (II-14.b) 1 , J

Ef eficiência das aletas;

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F fator de correçao da LMTD;

Fc fator de correção da temperatura de saida do

ar dada na equação (II.2);

fr fator de atrito;

G velocidade mãssica;

g aceleração da gravidade local;

Gm velocidade mãssica na seçao transversal mini ma normal ao fluxo de ar;

H variãvel definida pela equaçao (II-8.a);

h coeficiente de transferência de calor;

K constante utilizado na equaçao (III.10);

k condutividade têrmica;

K. variãvel definida na equaçao (11.27); l

L comprimento dos tubos;

altura das aletas;

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LMTD

m

n

Pr=µC k

Q

R

r 1 , m

dG Re=-k

83

diferença de temperatura media logarítmica;

numero de seçoes em que o feixe e dividido;

numero de feixe de tubos por passe;

numero de fi1as de tubos por feixe;

numero de feixes em para1elo;

numero de feixes em serie;

numero de passes nos tubos;

numero de tubos por feixe;

passo 1ongi tudi nal dos tubos;

?asso transversa1 dos tubos;

numero de Prandtl;

quantidade de ca1or trocado;

variãve1 definida na equaçao (II-4.d};

variãve1 definida na equaçao (II-4.a);

numero de Reyno1ds;

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rc

s

s

84

resistência de contato;

variãvel definida na equaçao (II-4.b);

passo das aletas;

temperaturas de entradas e saida do fluido no

interior dos tubos;

t 1,t2 temperatura de entrada e saida do ar;

\io,jo: temperatura ordenada do fluido no interior dos tubos;

t 0 io,jo

T* k

TlCALC

u

temperatura ordenada do ar;

temperatura de saida do fluido dos tubos pa­

ra o passe k;

temperatura de entrada do fluido dos tubos calculada pela equaçao (II. 18);

coeficiente global de transferência de calor referente ã ãrea A;

V variãvel definida na equaçao (ll-4.c);

Vf velocidade facial do ar (velocidade do ar ao chegar ao feixe);

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w

w

y

p

85

velocidade linear do fluido dos tubos;

vazao do fluido dos tubos;

vazao do ar;

variâvel definida pela equaçao (11-8.a);

perda de carga;

perda de carga do fluido dos tubos na filai;

perda de carga media por passe do fluido dos

tubos;

massa especifica;

variâvel definida na equaçao (111.5);

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Indices:

a lado do ar;

atrito;

b !:loca 1;

f aletas;

diâmetro interno do tubo liso;

(i,j,k): (fila, seçao, passe);

o diâoetro externo do tubo liso;

r raiz dos tubos aletados;

rt retorno;

t tubos;

w

X

parede do tubo liso; refere-se ao diâmetro mêdio do tubo liso na equaçao (II .6)

superffcie total aletada;