Projeto Viveiros OFICIAL - PRONTO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL VIVEIROS FLORESTAIS PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE VIVEIRO FLORESTAL PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO Docente: Antônio de Arruda Tsukamoto Discentes: Antonio Carlos P. Carneiro Laíze S. Souza Leonardo Antonio M. Zaque Ibrahim Érik Ali

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

VIVEIROS FLORESTAIS

PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE VIVEIRO FLORESTAL

PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO

Docente: Antônio de Arruda Tsukamoto

Discentes: Antonio Carlos P. Carneiro

Laíze S. Souza

Leonardo Antonio M. Zaque

Ibrahim Érik Ali

CUIABÁ, MT, Novembro - 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

VIVEIROS FLORESTAIS

PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE VIVEIRO FLORESTAL

PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO

Docente: Antônio de Arruda Tsukamoto Filho

Discentes: Antonio Carlos P. Carneiro

Laíze S. Souza

Leonardo Antonio M. Zaque

Ibrahim Érik Ali

Projeto de Construção de Viveiro

Florestal para produção de mudas do

gênero Eucalyptus com qualidade

genética para empresas de produção de

papel e madeira para móveis, entregue

ao professor responsável pela disciplina

de Viveiros Florestais, como método de

avaliação e aprendizado da disciplina.

CUIABÁ, MT, Novembro – 2012

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Sumário1. Introdução................................................................................................................................4

2. Justificativa..............................................................................................................................5

3. Objetivo....................................................................................................................................5

4. Metas........................................................................................................................................5

5. Planta baixa do viveiro atual....................................................................................................5

5.1) Construções existentes do viveiro atual.............................................................................5

5.3) Os canteiros e sementeiras................................................................................................6

5.4) Carreadores e ruas.............................................................................................................6

5.5) Casa de sombra.................................................................................................................6

5.6) Cerca externa....................................................................................................................6

6. Localização e infraestrutura do viveiro proposto......................................................................7

6.1) Localização do viveiro......................................................................................................7

6.2) Escolha da área.................................................................................................................7

6.3) Construções do viveiro......................................................................................................7

6.4) Cálculo da área total e área útil do viveiro........................................................................8

6.5) Canteiros e sementeiras.....................................................................................................8

6.6) Carreadores e ruas.............................................................................................................9

6.7) Cerca externa....................................................................................................................9

6.8) Proteção do viveiro...........................................................................................................9

6.9) Fonte de água....................................................................................................................9

6.10) Número de funcionários..................................................................................................9

7. Sistema de produção de mudas...............................................................................................10

7.1) Obtenção de sementes.....................................................................................................10

7.1.1) Seleção das árvores matrizes....................................................................................10

7.1.2) Calendário de coleta.................................................................................................10

7.1.3) Beneficiamento das sementes...................................................................................10

7.2) Propagação vegetativa.....................................................................................................11

7.3) Repicagem......................................................................................................................11

7.4) Recipiente.......................................................................................................................11

7.5) Substrato.........................................................................................................................12

7.6) Adubação........................................................................................................................12

7.7) Seleção de mudas............................................................................................................13

7.8) Mondas, danças e desbaste..............................................................................................13

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7.9) Rustificação de mudas.....................................................................................................13

7.10) Sistema de irrigação......................................................................................................13

8. Cronograma de instalação do viveiro e de produção de mudas..............................................14

9. Orçamento do projeto.............................................................................................................14

9.1) Obras (construções).........................................................................................................14

9.2) Equipamentos e material permanente..............................................................................15

9.3) Materiais de consumo.....................................................................................................16

9.4) Despesas com o pessoal..................................................................................................16

9.5) Totalização dos custos....................................................................................................17

10. Memorial de cálculos...........................................................................................................17

11. Referências Bibliográficas....................................................................................................18

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1. IntroduçãoViveiro florestal é uma superfície de terreno, com características próprias, é

preparado para produção de mudas de espécies florestais, fornecendo condições

favoráveis a essa fase sensível das árvores, que inclui semente, germinação, plântula e

muda jovem, até que tenham idade e tamanho suficientes para que possam ser levados

para o plantio, resistir as condições adversas do meio e apresentar bom

desenvolvimento.

Existem dois tipos de viveiro florestal: temporário e permanente. O temporário é

destinado à produção de mudas em um curto período de tempo cumprindo as finalidades

que se propõe e logo é desativado. Já o permanente é destinado a produzir mudas

durante muito tempo e por isso apresenta planejamento mais cuidadoso, custo elevado e

instalações mais sofisticadas.

O viveiro utilizado será o permanente e as espécies cultivadas serão do gênero

Eucalyptus. Originário da Austrália e da Indonésia, o eucalipto é hoje uma das

principais fontes de matéria-prima para produzir papel. Pertence ao gênero Eucalyptus,

que reúne mais de 600 diferentes espécies. Em território brasileiro, o eucalipto

encontrou ótimas condições de clima e solo para se desenvolver, com crescimento mais

rápido que nos demais países e alto índice de produtividade.

As espécies do gênero Eucalyptus serão Eucaliptus grandis e Eucaliptus saligna

ambas para produção de papel e madeira para móveis.

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2. JustificativaHoje, as florestas plantadas de eucalipto cobrem 4,8 milhões de hectares no

Brasil segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas

(ABRAF). Desse total, 1,8 milhão é cultivado pela indústria de celulose e papel, o que

corresponde a 81,2% das florestas plantadas desse setor.

O eucalipto tem uso múltiplo. Além da produção de celulose, também é fonte de

carvão vegetal para gerar energia e de madeira sólida usada em móveis, pisos,

revestimentos e outras aplicações na construção civil.

3. Objetivo Desenvolvimento de mudas com qualidade genética para empresas de produção

de papel e madeira para móveis.

4. MetasProduzir 45.000(quarenta e cinco mil) mudas de eucaliptos ao ano com um

índice de produção de 70 %. Metade será de Eucaliptus grandis e a outra metade de

Eucaliptus saligna.

5. Planta baixa do viveiro atual

5.1) Construções existentes do viveiro atual- Escritório,

- Banheiro

- Equipamentos

- Caixa d’água

- Casa de vegetação

- Casa de sombra

- Depósito

- Sementeira

- Mesa de suspensão

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5.2) Tamanho de cada ambiente

5.2.1) Escritório: tem uma área de 13,89 m².

5.2.2) Banheiro: com uma área de 4,578 m².

5.2.3) Equipamentos: tem uma área de 8,5 m².

5.2.4) Caixa d’água: ocupando 4 m².

5.2.5) Casa de vegetação: ocupa 90 m².

5.2.6) Casa de sombra: com uma área 68,4 m².

5.2.7) Depósito: ocupa uma área de 24 m².

5.2.8) Sementeira: ocupa uma área de 244,9 m².

5.2.9) Canteiros e mesa de suspensão: tem uma área de 72,59 m².

5.3) Os canteiros e sementeiras5.3.1) Canteiros: tem três mesas de suspensão aonde deveria ficar os canteiros

suspensos. Área total dos canteiros é 72,59 m² e à área útil é de 48,71 m².

5.3.2) Sementeiras: apresenta 28 sementeiras com área total de 244,9 m² e área

útil de 125,44 m².

5.4) Carreadores e ruas5.4.1) Carreadores: os carreadores da sementeira são de 0,90 m no sentido

vertical e 1,0 m no sentido horizontal.

5.4.2) Ruas: O viveiro atual não apresenta ruas

5.5) Casa de sombraA casa de sombra apresenta tem uma área de 68,4 m², onde começa o

crescimento e aclimatação da muda.

5.6) Cerca externaA cerca protege todo o viveiro contra pessoas e animais ocupando 2145,06 m².

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6. Localização e infraestrutura do viveiro proposto

6.1) Localização do viveiroAv. Fernando Correa, s/n; Bairro Boa Esperança, Cuiabá – MT.

6.2) Escolha da área Fácil localização, disponibilidade de água e mão-de-obra, local ensolarado e

arejado.

6.3) Construções do viveiro6.3.1) Escritório: é a área administrativa e foi ampliado para 19,62 m².

6.3.2) Casa do viveirista: será construída uma casa do viveirista que ocupará

uma área de 30 m²

6.3.3) Casa de bombas hidráulicas: construirá uma área de 4 m², local que vai ser

a casa de bombas.

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6.3.4) Área de armazenamento e lavagem de tubetes: será construído um local

que faz o armazenamento e lavagem dos tubetes apresentará uma área de 60 m².

6.3.5) Depósito de materiais: armazena materiais que o viveirista utilizará, foi

mantido seu tamanho de 24 m².

6.3.6) Caixa d’água: abastece todo viveiro, manteve o tamanho que a caixa

d’agua ocupa de 4 m².

6.3.7) Refeitório, abrigos e sanitários: vai ser construída uma área destinada aos

funcionários que vai ocupar 85,8 m².

6.3.8) Jardim clonal: será construído o jardim clonal, lugar em que as mudas

clonais são feitas por propagação vegetativa a partir do enraizamento de estacas. As

estacas são mantidas no jardim clonal em que são cultivados clones de materiais

genéticos selecionados e ocupará 50 m².

6.3.9) Casa de vegetação: as mudas são levadas para fazer o enraizamento da

estaquia, podendo durar de 20 a 25 dias, de acordo com o material genético, será

ampliado e mudará de lugar e vai ocupar 1624 m².

6.3.10) Casa de sombreamento: depois do enraizamento na casa de vegetação as

mudas são levadas para casa de sombreamento, tem uma área de 68,4 m².

6.3.11) Área de pleno sol: vai ser construído uma área que prepara as mudas

fisiologicamente para suportar as adversidades das primeiras semanas no campo,

podendo durar de 15 a 20 dias, ocupará 60 m².

6.3.12) Estacionamento para carros e caminhões: ocupa 48 m².

6.3.13) Sementeira: é o local que se faz a germinação das sementes, ocupando 244,9 m².

6.4) Cálculo da área total e área útil do viveiro6.4.1) A área total do viveiro será de 4379,55 m².

6.4.2) A área útil do viveiro será de 400 m².

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6.5) Canteiros e sementeiras6.5.1) Canteiros: possuem um tamanho de 20 x 1,2 m com uma área de 24 m²,

totalizando 12 canteiros.

6.5.2) Sementeiras: apresentam um tamanho de 3,2 x 1,4 m com uma área de

244,9 m² totalizando 28 sementeiras

6.6) Carreadores e ruas6.6.1) Carreadores: os carreadores dos canteiros apresentam uma distância de 0,7

m dos mesmos.

6.6.2) Ruas: as ruas tem uma distancia de 6 metros de uma esplanada para outra.

6.7) Cerca externaO viveiro possui cercas com altura de 2 m de altura, feitas de arame farpado para

evitar entrada de pessoas e animais.

6.8) Proteção do viveiroNo viveiro e ao seu redor não apresentará plantas indesejáveis de controle difícil,

pois será utilizado para o seu controle herbicidas. Utilizará fios de arame farpado e tela

no seu entorno para evitar entrada de pessoas e animais. No combate de insetos

indesejáveis como o cupim utilizará inseticida piretróide. Já no combate de formigas

cortadeiras será feito controle direto através da adubação direta, pois aumenta a

resistência da planta ocorrendo uma redução de 35% no desfolhamento. Para combater

possíveis fungos que venham à atacar as plantas no viveiro vai ser feito o combate

através do uso de fungicida.

6.9) Fonte de águaSerá construído um poço para servir como fonte de água e utilizará um motor

moto bomba para retirar a água.

6.10) Número de funcionáriosSerão contratados:

Uma faxineira para fazer a limpeza do escritório e do refeitório.

Um viveirista para trabalhar no viveiro.

Cinco funcionários para trabalhar no viveiro realizando várias funções.

Uma cozinheira para trabalhar no refeitório.

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7. Sistema de produção de mudas

7.1) Obtenção de sementes

7.1.1) Seleção das árvores matrizesAs árvores matrizes que serão selecionadas para obtenção das sementes serão

selecionadas no plantio da Fazenda Jardim, localizada na estrada do manso km 42,

Município Chapada dos Guimarães e Cuiabá MT. As árvores matrizes que serão

selecionadas deverão apresentar fuste reto, de maior diâmetro, de maior volume,

apresentar-se vigorosa, sem ataque de pragas ou doenças e bom crescimento. As árvores

selecionadas deverão ser cadastradas pelo preenchimento de uma ficha de árvore matriz,

que identificará o indivíduo por suas características.

7.1.2) Calendário de coletaA coleta será realizada quando os frutos ou sementes estiverem em seu máximo

desenvolvimento, pouco antes da maturidade fisiológica das sementes. A melhor época

para a colheita é entre outubro a dezembro, portanto a colheita será realizada na terceira

semana de outubro durante 4 dias. Deverá ser feito uma ficha para coleta de dados

fenológicos para facilitar os futuros deslocamentos ao campo.

7.1.3) Beneficiamento das sementesApós a colheita as sementes e os frutos serão levados ao viveiro para fazer o

beneficiamento. Primeiro será feito a secagem, que deverá ser feita naturalmente a

sombra e em local ventilado ou em estufa de ventilação de 30 a 40°C. Em seguida será

feito a extração que pode ser feita mecânica ou manualmente. As sementes deverão ser

separadas das impurezas que as acompanham como parte do fruto com auxilio de

peneiras ou manualmente. Em seguida será feita a seleção das sementes, as que

estiverem com defeitos são vão ser descartadas e depois as sementes são classificadas

com seu tamanho, pela passagem em peneiras de diferentes malhas. As sementes serão

dividas em classes de tamanho (1.maior que 0,84 mm; 2.de 0,71 a 0,84 mm; 3.de 0,59 a

0,71 mm; 4. De 0,50 a 0,59 mm). As classes que apresentarem maior capacidade de

germinação, maior vigor e mais férteis serão utilizadas no viveiro. O armazenamento

das sementes deverá ser feito em sacolas de papel, plásticos ou caixas de madeira para

impedirem a ação de insetos e roedores e também devem estar em local arejado escuro e

com pouca variação de umidade do ar e da temperatura.

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7.2) Propagação vegetativaO método de propagação vegetativa utilizado será o de estaquia, pois tem como

vantagem permitir a clonagem de plantas superiores em produtividade, uniformidade e

qualidade de frutos e plantas mais resistentes a doenças. A produção das mudas vai ser

realizada por meio de estacas caulinares (de 8 a 10 cm) que serão obtidas em jardim

clonal, as quais serão enraizadas na casa de vegetação (permanência de 30 dias), com a

utilização de regulador de crescimento ácido indolbutírico (AIB) na concentração de

4000mg L-¹, que vão ser aclimatas na casa de sombra (permanência de 10 dias) e serão

rustificadas a pleno sol até 90 dias de idade. Utilizará, como recipientes, tubetes

plásticos de 55 cm³ de capacidade, contendo substrato constituído de partes iguais de

vermiculita de granulometria média e casca de arroz carbonizada.

7.3) RepicagemA repicagem deverá ser feita no inicio da manha ou no final da tarde, de

preferência em dias nublados ou até mesmos chuvosos. Para fazer a repicagem é

necessário fazer uma irrigação nas plântulas e nos substratos. As plântulas que

apresentarem sistema radicular muito desenvolvido deverão ser podadas. O viveirista

deverá ter tomar cuidado para que as raízes das plântulas não fiquem enoveladas ou

dobradas no novo recipiente. Em seguida o viveirista deverá colocar substrato ao redor

da raiz e do colo da plântula de modo a firma-la, espalhar casca de arroz sobre os

recipientes, sem cobrir as plântulas e molhar abundantemente. Deverá cobrir com

sombrite 50% até o apegamento total das mudas.

7.4) RecipienteOs recipientes que serão utilizados no viveiro serão os tubetes, com volume de

55 cm³. Os tubetes foram escolhidos para serem utilizados, pois apresentam várias

vantagens em relação aos outros recipientes e poucas desvantagens. Algumas vantagens

são: menor diâmetro, ocupando menor espaço no viveiro, menor peso e volume de

substrato, as mudas não ficam em contato com o solo, podem ser reutilizadas diversas

vezes, não há necessidade de executar podas e redução considerável no custo de

transporte das mudas para o campo. As desvantagens são: maior investimento inicial na

implantação do viveiro, maior frequência de irrigação devido a menor quantidade de

substrato para retenção de umidade e lixiviação de nutrientes mais intensas gerando a

necessidade de adubações em cobertura.

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7.5) SubstratoO substrato que será utilizado é a vermiculita, que vai ser misturada com 10% de

esterco bovino, 20% a 40% de turfa e 10% e 20% de terra de subsolo. As vantagens são:

maior crescimento em altura das mudas, baixa densidade e partículas grandes, elevando

a aeração e drenagem, elevada porosidade e é praticamente isenta de inóculos de

doenças, plantas indesejáveis e insetos. As desvantagens são: sistema radículas não

agregado ao substrato, sintomas de deficiência de N, P, K, Ca, S, B, FE e Zn. Necessita

de adubações periódicas, processo mais caro e contrai-se no uso, após vários ciclos de

umedecimento e secagem.

A desinfestação do substrato será feita pelo método da solarização que consiste

no aquecimento do substrato por meio da radiação solar. O processo consiste na camada

de 20 cm de substrato úmido coberto com filme plástico transparente, com duração de 4

a 8 semanas. Utilizará matéria orgânica ao solo antes da solarização para aumentar a

eficiência de matéria orgânica.

A adubação de base será feita com 150 g de N, 300g de P2O5, 100 g de K2O e

150 g de ‘’fritas’’(coquetel de micronutrientes na forma de óxidos silicatados), por cada

m3 de substrato. Com 1m3 deste substrato é possível encher cerce de 20000 tuberes com

capacidade de 50m3. O calcário será dispensado, pois os níveis de pH, Ca e Mg nos

substratos utilizados são elevados, evitando-se assim problemas como volatilização de

N e deficiência de micronutrientes por níveis elevados de pH. O esterco bovino

utilizado para a adubação poderá ser obtido através da doação de produtores rurais

localizados nas proximidades do viveiro.

7.6) AdubaçãoOs tubetes devido a grande permeabilidade do substrato, que facilita as

lixiviações, e ao pequeno volume de espaço destinado a cada muda, faz-se necessário

fazer adubações de cobertura mais frequentes do que as adubações em sacos plásticos.

Para aplicação destes nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato de amônio e

300 g de cloreto de potássio em 1oo L de água. Com a solução obtida, regar 10000

tubetes, a cada 7 a 10 dias de intervalo, até que as mudas atinjam o tamanho desejado.

Deverá fazer a intercalação das aplicações de K, pois ajudará a planta a regular suas

perdas de umidade, além de facilitar o engrossamento do caule.

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7.7) Seleção de mudasA seleção das mudas é indispensável, deverão ser descartadas aquelas que

apresentarão quaisquer danos, sintomas de deficiência ou incidência de pragas e

doenças, além das plantas raquíticas.

7.8) Mondas, danças e desbasteAs mondas são operações de eliminação das plantas indesejáveis que,

eventualmente crescem nos recipientes junto com as mudas. É uma capina, feita

manualmente, e que deverá ser feita pelo viveirista e pelo os outros dois funcionários

sempre que necessário, com as plantas indesejáveis na fase inicial de desenvolvimento.

A operação deverá ser precedida de a farta irrigação, pois a mesma facilitará a remoção

das plantas indesejáveis, ocasionando menor dano aos sistemas radicular das mudas.

As danças não serão realizadas, pois as mudas estão em tubetes e os canteiros

são suspensos, e os tubetes tem uma abertura na parte inferior, permitindo que as raízes

saiam para o exterior, sendo podadas em contato com o ar e com a luz, naturalmente.

O desbaste será realizado quando as mudas apresentarem de dois a três pares de

folhas definitivas ou quando as mudas tiverem uma altura em torno de 4 cm. É comum

colocar duas a quatro, ou mais, sementes por recipiente, principalmente no caso de

sementes pequenas, visando assegurar a presença de pelo menos, uma muda em cada

embalagem. Portanto em grande parte, os recipientes apresentam mais de uma muda,

sendo necessária a realização de desbastes, deixando apenas a muda mais vigorosa e

mais central.

7.9) Rustificação de mudasA rustificação será realizada a pleno sol, fazendo corte gradual da irrigação,

aproximadamente vinte dias antes da expedição das mudas ao campo. Isso será feito

para que a muda esteja apta para ser levada ao campo, e tenha maior índice de

sobrevivência.

7.10) Sistema de irrigaçãoA irrigação será feita todos os dias, mantendo-se sempre a terra ou o substrato

úmido, mas sem encharcar. As mudas devem ser irrigadas quantas vezes forem

necessárias através de microaspersores, mantendo o substrato sempre úmido, sem

encharcar. As mudas podem ter crescimento limitado devido a falta ou excesso de água.

Excesso de irrigações ou chuvas podem provocar o aparecimento de doenças e a

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lixiviação dos fertilizantes contidos no substrato, requerendo frequentes reposições de

nutrientes por adubações em cobertura.

8. Cronograma de instalação do viveiro e de produção de mudas

Atividades

Mês

Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Escolha e aquisição da área X

Início da construção do viveiro X X X

Construção da casa da vegetação X

Cercamento do viveiro X

Inicio de produção de mudas X

Comercialização de mudas X

9. Orçamento do projeto

9.1) Obras (construções)Especificações (Obras) Unidade Quantidade Preço unitário Preço total

Escritório m² 19,62 908,38 17822,41Casa do viveirista m² 30 908,38 27251,40Casa de bombas hidráulicas m² 4 908,38 3633,52Área de armazenamento e lavagem de tubetes

m² 60 853,73 51223,80

Déposito de materiais m² 24 908,38 21801,12

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Caixa d’água m² 4 60,00 3633,52Estacionamento m² 48 75,00 3600,00Refeitório, abrigos e sanitários m² 85,8 908,38 77939,00Sementeira m² 244,9 2,68 656,33Jardim clonal m² 50 853,73 42686,50Casa de vegetação m² 1624 37,20 60412,80Casa de sombreamento m² 68,4 35,90 2455,56Área de pleno sol m² 60 75,00 4500,00Total 317615,96

*Obs. Para a casa de sombreamento e a casa de vegetação os valores estão de forma embutida, junto a cobertura do sombrite e da lona plástica que as compõe.

9.2) Equipamentos e material permanenteItem Discriminação Unidade Quantidad

e

Custo

unitário

Custo total

1 Abridor-de-lata Unidade 2 0,80 1,60

2 Alicate Unidade 1 19,00 19,00

3 Ancinho Unidade 3 8,90 26,70

4 Balde Unidade 4 3,20 12,8

5 Bandejas Unidade 120 10,00 1200,00

6 Canivete de enxertia Unidade 2 16,00 32,00

7 Chave de cano Unidade 2 18,00 36,00

8 Chave de fenda Unidade 2 2,00 4,00

9 Enxada Unidade 3 5,50 16,50

10 Enxadão Unidade 3 6,40 19,20

11 Espátula para corte de raiz Unidade 3 2,80 8,40

12 Facão Unidade 2 4,00 8,00

13 Foice Unidade 2 4,50 9,00

14 Grosa Unidade 1 5,80 5,80

15 Lavador de tubetes Unidade 1 38850,00 38850,00

16 Lima Unidade 2 4,20 8,40

17 Luva Unidade 6 4,30 25,8

18 Machado Unidade 2 4,70 9,40

19 Mangueira Unidade 2 4,50 9,00

20 Máquina de impacto para substrato Unidade 1 9660,00 9660,00

21 Marreta Unidade 2 3,70 7,40

22 Martelo Unidade 2 7,50 15,00

23 Misturador de substrato Unidade 1 10840,00 10840,00

24 Pá de concha de bico Unidade 3 11,50 34,50

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25 Pá de corte quadrado Unidade 3 12,50 37,50

26 Pá de jardim Unidade 3 6,80 20,40

27 Picareta Unidade 2 11,80 23,60

28 Podão com cabo alumínio Unidade 2 72,00 144,00

29 Rastelo Unidade 3 6,40 19,20

30 Regador Unidade 4 10,00 40,00

31 Sacho Unidade 3 6,20 18,60

32 Serrote Unidade 2 20,00 40,00

33 Serrote de poda Unidade 2 8,50 17,00

34 Tesoura de cortar lata Unidade 1 20,00 20,00

35 Tesoura de poda Unidade 1 14,00 14,00

36 Toquês Unidade 1 8,80 8,80

37 Trena de 3 m Unidade 1 7,70 7,70

38 Tubetes Unidade 64286 0,15 9642,90

Total 70912,20

9.3) Materiais de consumoEspecificação Unidade Quantidade Preço Unitário Preço total

Fertilizante foliar líquido

2 L

L 5 8,00 40,00

Fertilizante granulado

NPK 50 Kg

Kg 4 50,00 200,00

Herbicida L 1 12,00 12,00

Inseticida L 1 63,00 63,00

Fungicida Kg 1 20,00 20,00

Vermiculita 25 kg Kg 15 15,00 225,00

Lona plástica m² 1624 1,30 2111,20

Arame 500 m m 5 200,99 2009,90

Ácido

Indolbutírico(AIB)

mL 4 45,00 180,00

Total 4861,10

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9.4) Despesas com o pessoalEspecificação Unidade Quantidade Preço unitário Preço total

Viveirista Und 1 1250,00 1250,00

Ajudante de viveirista Und 5 700,00 3500,00

Faxineira Und 1 700,00 700,00

Engenheiro florestal Und 1 4000,00 4000,00

Cozinheira Und 1 700,00 700,00

Total 10.150,00

9.5) Totalização dos custosEspecificação Preço total

Obras (contruções) 317615,96

Equipamentos e material permanente 70912,20

Materiais de consumo 4861,10

Despesas com o pessoal 10150,00

Realização do projeto pelo Engenheiro Florestal 15000,00

Total 418539,26

10. Memorial de cálculosProdução de mudas: 45000 mudas

Índice de produção: 70%

45000*100/70= x= 64285,71 mudas = 64286 mudas.

Comprimento dos canteiros: 20 m; largura dos canteiros: 1,20 m

Bandejas 60 x 40 cm ou 0,6m x 0,4m

20/0,4 = 50 bandejas*2 fileiras = 100 bandejas

1 bandejas* 54 mudas/100 bandejas = 5400 mudas por canteiro

64286/5400= 11,9 canteiros = 12 canteiros/4 esplanadas = 3 canteiros por esplanada

Área útil do viveiro(canteiros): 3 canteiros*1,20 = 3,6m 2 carreadores*0,70m = 1,4 m

Área útil do vivieiro(canteiros): 5*20 =100m² * 4 esplanadas = 400m².

Área total do viveiro: A=((48,87+32,8)/2)*107,25 = A = 4379,55375 m²

Área sementeira: comprimento: 3,2; largura: 1,4 m

Carreadores: 0,9 vertical; 1,0 m horizontal

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0,9*3+4*3,2= 15,5m 1,0*6+1,4*7= 15,8m

Área total da sementeira: 15,5*15,8 = 244,9 m².

Área útil da sementeira: (3,2*1,4)*28= 125,44 m².

11. Referências Bibliográficas

GÓES, Antônio Carlos Pereira -Viveiro de mudas: construção, custos e legalização / Antônio Carlos Pereira Góes. – 2. ed. atual. e ampl. - Macapá: Embrapa Amapá, 2006.32p. il. ; 21 cm (Embrapa Amapá. Documentos, 64).

CALDEIRA, Sidney Fernando – Apostila Viveiros Florestais. Cuiabá, 1996.

EUCALIPTO. Disponível em : <http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/136>. Acesso em 3 de novembro de 2012.

INDICAÇÕES PARA ESCOLHA DE ESPÉCIES DE EUCALYPTUS. Disponível em : < http://www.ipef.br/identificacao/eucalyptus/indicacoes.asp>. Acesso em 3 de novembro de 2012.

PRODUÇÃO DE MUDAS E RECOMENDAÇOES DE ADUBAÇÃO NO VIVEIRO PARA PEQUENOS PRODUTORES. Disponível em: <http://www.ipef.br/silvicultura/producaomudas.asp> . Acesso em 15 de outubro de 2012.

CULTIVO DO EUCALIPTO. Disponível em : <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto/03_producao_de_mudas.htm>.Acesso em 15 de outubro de 2012

TABELA CUB CUB/M² ESTADUAL. Disponível em: <http://www.cub.org.br/p_reports.php?sid=13&id=38>. Acesso em 3 de novembro de 2012.

PÁTIO CRESCIMENTO E RUSTIFICAÇÃO.Disponível em: <http://www.viveirominasverde.com.br/index2.php?pagina=producao&qs=31>. Acesso em 3 de novembro de 2012.

ESTAQUIA. Disponível em: <http://www.jardineiro.net/jardinagem/estaquia-com-fazer.html>. Acesso em 15 de outubro de 2012

MULTIPLICANDO PLANTAS POR MEIO DE ESTACAS. Disponível em: <http://www.cultivando.com.br/termos_tecnicas_multiplicando_estaquia.html>. Acesso em 15 de outubro de 2012.

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