PROJETO2 A4ESGRIMA

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Educação Física Diretório de Educação PLANO DE AULA “ESGRIMA ADAPTADA” Laudicéia Martins de Souza – RA Lydia Mª F.M.Guerreiro Barbosa – RA 908114353 Sandra Teixeira Nicolau – RA Silvio Leite Pontes – RA Período Diurno Unidade Memorial São Paulo Out/2009

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Educação Física Diretório de EducaçãoPLANO DE AULA “ESGRIMA ADAPTADA”Laudicéia Martins de Souza – RA Lydia Mª F.M.Guerreiro Barbosa – RA 908114353 Sandra Teixeira Nicolau – RA Silvio Leite Pontes – RAPeríodo Diurno Unidade MemorialSão Paulo Out/20092UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Educação Física Diretório de EducaçãoPLANO DE AULA “ESGRIMA ADAPTADA”Intervenção pedagógica, solicitada para disciplina de Prática de Ensino em Educação Física IV, como avaliação

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Educação Física

Diretório de Educação

PLANO DE AULA

“ESGRIMA ADAPTADA”

Laudicéia Martins de Souza – RA

Lydia Mª F.M.Guerreiro Barbosa – RA 908114353

Sandra Teixeira Nicolau – RA

Silvio Leite Pontes – RA

Período Diurno Unidade Memorial

São Paulo Out/2009

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Educação Física

Diretório de Educação

PLANO DE AULA

“ESGRIMA ADAPTADA”

Intervenção pedagógica, solicitada para disciplina de Prática de Ensino em Educação Física IV, como avaliação parcial do semestre, sob orientação do Prof. Frank Suzuki.

São Paulo Out/2009

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INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta um plano de aula desenvolvido para o ciclo 4 do Ensino

Fundamental II , 8º ano, faixa etária 13 anos, tema Lutas , sub-tema Esgrima. O objetivo

central , os objetivos específicos, conteúdos procedimental, atitudinal e conceitual assim

como demais elementos que o compõe são apresentados à seguir, no próprio plano de aula.

A elaboração do Plano considerou o aspecto interdisciplinar entre a Educação Física e

questões relacionadas ao Meio Ambiente , presenvação e reciclagem. Também fez-se

necessário a inclusão de um texto de apoio para auxiliar na contextualização.

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PLANO DE AULA Escola: Unimor Ensino Fundamental II - Ciclo 4 – 8º anos - Faixa etária 13 anos Tema: Lutas Sub-tema: Esgrima Professores: Laudicéia Martins de Souza Lydia Mª. F.M.Guerreiro Barbosa Sandra Silvio Leite Pontes

Objetivo Geral: Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos

jogos, lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo

diálogo, e prescindindo da figura do árbitro. Saber diferenciar os contextos amador,

recreativo, escolar e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivamente

competitivo em qualquer desses contextos.

Objetivo específico da aula:

� Apresentar as armas da esgrima;

� Confeccionar uma das armas da esgrima utilizando material reciclável;

� Participar de uma luta recreativa.

Conteúdo Conceitual:

• As modalidades da Esgrima moderna (sabre, florete e espada) e características de

cada uma;

• Diferenciação entre o contexto recreativo e o olímpico;

• Conservação do meio ambiente através da utilização de material reciclável como

alternativa para a confecção das armas da modalidade (adaptação).

Conteúdo Procedimental:

• Confecção de uma das armas da Esgrima de forma adaptada para o contexto escolar

recreativo utilizando material reciclável.

• Realização de uma luta recreativa de combate.

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Conteúdo Atitudinal:

• Adotar atitude cooperativa e solidária, respeitando os limites pessoais e do outro assim

como a integridade física e moral;

• Valorizar a utilização de materiais alternativos tipo recicláveis na conservação do

meio ambiente e também do diálogo na resolução dos conflitos.

Interdisciplinaridade:

Educação Física , Meio ambiente, Reciclagem

Desenvolvimento: “Esgrima Adaptada”

Material utilizado: Folhas de jornal, garrafas pet, tampas plásticas, durex, giz, folha sulfite

ou papelão, barbante, cartazes ilustrativos, quadra.

Estratégia: (roda de conversa, oficina, jogo recreativo)

1. Na parte inicial, uma roda de conversa apresentando as modalidades da Esgrima

moderna (sabre, florete e espada). Ilustrar com cartaz de fotos e/ou desenhos.

Abordar a questão do meio ambiente e a utilização de material reciclável .

2. Na parte principal distribuir os materiais e confeccionar as armas: oficina. Pedir que

eles se espalhem pela quadra ou espaço disponível.

3. Na parte final realizar uma luta recreativa , em duplas, simulando um combate.

Usar coletes adaptados para que os alunos tentem fazer marcas, com o giz na ponta

da espada , no colete do seu parceiro/oponente . Ganha quem tiver mais marcas.

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Textos de apoio

Vamos à luta!

Além de trabalhar equilíbrio, regras e força, jogos de combate permitem discutir a violência e

mostram a importância do respeito ao adversário.

Na EMEF Antônio Carlos de Andrada e Silva, na capital paulista, a turma do 8º ano luta

esgrima. As espadas e os floretes são pequenas lanças feitas de jornal, o tablado é o chão do

pátio e marcam-se com tinta os golpes. Mas a concentração e o respeito ao adversário são

iguais aos de um esgrimista profissional. Enquanto isso, na EEEM Santo Augusto, em Santo

Augusto, a 512 quilômetros de Porto Alegre, os alunos do 7º ano experimentam o judô. Eles

aprendem as noções de equilíbrio e desequilíbrio de joelhos no chão, em combates adaptados

para evitar quedas. Não é a arte marcial como se vê nas Olimpíadas, mas cumpre o mais

importante: compreender os princípios de movimento que estruturam a modalidade.

Esses dois casos ilustram bem como as lutas devem ser trabalhadas no ambiente escolar.

Como sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Educação Física, elas são

conteúdos que ajudam os estudantes a ampliar o universo cultural e a conhecer outras

manifestações corporais. "É uma perspectiva bem diferente, por exemplo, da abordagem de

academias e do esporte de alto rendimento, em que a ênfase recai na competição e no

aperfeiçoamento de golpes e estratégias de combate", explica Fábio D’Angelo, coordenador

pedagógico do Instituto Esporte e Educação, em São Paulo, e selecionador do Prêmio Victor

Civita - Educador Nota 10.

Por isso, esse trabalho com lutas na disciplina não precisa, necessariamente, incluir atividades

físicas. Ensinar a filosofia e os valores de uma modalidade pode mostrar muito aos alunos. O

ato de lutar é algo próprio da cultura humana, tanto por questões de sobrevivência quanto de

lazer. Nessa tarefa, é importante mostrar em qual contexto uma determinada luta surgiu e

como ela se insere na cultura de sua época. Ao trabalhar a esgrima, por exemplo, o professor

pode observar aspectos históricos anteriores à formalização dela, por volta do século 19.

Se decidir trabalhar pelo viés do movimento, é preciso considerar a inclusão de alunos com

deficiência física. Para que participem de forma ativa das aulas, você deve, primeiramente,

conhecer as limitações deles. Por exemplo, se um aluno não possuir mobilidade nos membros

inferiores, pode-se privilegiar atividades que tenham o foco no movimento dos braços. Para

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que o trabalho de adaptação funcione, é importante que o médico ou o fisioterapeuta

responsável mantenha a escola informada a respeito do potencial e das limitações dos jovens.

Três habilidades são comuns à maioria das modalidades :

Qualquer que seja o tipo de luta escolhido, você deve enfatizar o trabalho com as três

habilidades que estruturam a maioria delas: equilíbrio e desequilíbrio (o que inclui as quedas e

o deslocamento do adversário da área da disputa), noções básicas de golpes e técnicas de

força e resistência. Uma boa alternativa para trabalhar o movimento sem precisar avançar no

caráter estritamente técnico é apresentar os chamados jogos de luta. Pelo caráter mais lúdico,

alguns podem parecer brincadeiras de criança, como o cabo-de-guerra. Mas a turma vai se

surpreender ao descobrir que ele já foi um esporte olímpico. Também é a deixa para

desmistificar a ideia de que o maior e mais forte sempre vence - com o cabo-de-guerra, vai

ficar claro que não basta puxar mais para ganhar, mas que a posição de pernas e braços e o

esforço coordenado também são essenciais.

Discussões com a turma devem fazer parte de todas as aulas. É por meio delas que todos

entendem que a luta é regida por regras e é uma representação do combate, com valores que

remetem à cultura em que foi criada. "Ainda assim, o enfrentamento direto não deve ser

excluído, desde que abordando o respeito às regras e aos colegas", afirma Eduardo Augusto

Carreiro, especialista em motricidade humana e gerente de esportes e lazer do Serviço Social

da Indústria (Sesi), em São Paulo. São ressalvas, porém, o jiu-jítsu e o boxe. Por estarem

relacionados à violência, é importante que sejam abordados de maneira bastante cuidadosa,

focando mais as discussões do que os movimentos. Se a opção for essa última, a prática deve

evitar o confronto direto, como fez a professora Luciana Venâncio na EMEF Antônio Carlos

de Andrada e Silva. Lá, os alunos do 9º ano estudaram o boxe, mas, na hora adaptar os

movimentos, utilizaram bexigas e colchonetes para praticar golpes, em vez de lutarem uns

com os outros.

Texto de apoio 2

Quando as pessoas pensam em esgrima, normalmente lembram-se de filmes como "Os três

mosqueteiros", "Robin Wood", "A marca do Zorro", "O bucaneiro" ou "A princesa

prometida".

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Nesses filmes, o herói luta fazendo movimentos amplos com sua espada e correndo pelo palco

ou cenário. Mas a esgrima moderna é um esporte com movimentos rápidos e sutis bem como

ações rápidas. Normalmente a ação num combate termina em segundos e devido às ações

serem bastante rápidas durante a competição, os juízes têm trabalho ao marcar os acertos dos

jogadores. Para marcar os pontos de maneira justa, a maioria dos competidores usa

marcadores elétricos para detectar toques.

Mesmo se as armas não forem pontiagudas, os esgrimistas modernos vestem um equipamento

especial para proteção e marcação de pontos.

A esgrima é a forma de luta com espadas. Embora sua origem mais remota chegue a dois

milênios antes de Cristo, a esgrima só virou esporte de competição em 1874, quando surgiu a

primeira escola americana de esgrima. A modalidade tem disputas individuais e por equipes,

com três tipos de armas diferentes nos combates: espada, florete e sabre.

A esgrima é também considerada uma arte marcial. A esgrima é a Arte Marcial do

Ocidente (!). Para as necessidades do cinema, do teatro e do espetáculo em geral desenvolveu-

se uma forma específica: A Esgrima artística.

- “Touché!” – essa famosa expressão francesa usada por D’ Artagnan e os Três Mosqueteiros

significa “toquei” e era usada pelos esgrimistas na época em que não havia sensores

eletrônicos para identificar os golpes.

Luta, sinônimo de paz

Fuja do convencional e inclua as artes marciais no currículo de Educação Física. Elas são uma

ótima maneira de desenvolver a consciência corporal e o respeito

Eles se encaram, se seguram, se esquivam, se equilibram, caem, se levantam, caem

novamente. E riem. A disputa entre Jesus e André, ambos da 8ª série, se dá bem diante dos

olhos da professora Renata Dal Ferro, da Escola Municipal Aurélio Pires, em Belo Horizonte.

Ela olha e, ao invés de reprovar, aplaude. Afinal, trata-se de uma aula de Educação Física, e a

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luta é o tema do dia. Assim como o futebol, o vôlei e a ginástica, as artes marciais têm muito a

ensinar: despertam a consciência sobre o próprio corpo; aprimoram as habilidades; melhoram

a postura e o equilíbrio; aumentam a força, a agilidade, o reflexo e a capacidade de

concentração.

O desenvolvimento não é apenas físico. "Toda luta está fundamentada em princípios

filosóficos e espirituais muito fortes, que buscam o desenvolvimento do intelecto e do

caráter", explica Ricardo Kanashiro, diretor do Instituto Cultural Do Centro ao Movimento,

em São Paulo. Perseverança, autoconfiança, autonomia, responsabilidade e capacidade de

superar os limites são algumas das lições aprendidas no tatame e muito valorizadas em outras

esferas da vida (leia o quadro abaixo).

Além disso, é preciso lembrar que se trata de uma prática milenar, que traz consigo elementos

importantes sobre algumas culturas, em especial as do Oriente. "É uma parte importante da

história cultural da humanidade", diz o educador Tarcísio Mauro Vago, da Faculdade de

Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais.

Não é briga

Se são tantos os benefícios, por que ainda há tão poucos professores dispostos a incluir esse

tema nas aulas?

O primeiro entrave é a associação entre as disputas no tatame e a agressividade. Pois saiba

que essa idéia é equivocada. Na luta, o outro não é um inimigo; é só um adversário. E a

relação não é de agressão, mas de interação. "Cria-se uma espécie de diálogo corporal",

afirma Vago. "Os estudantes atacam, defendem-se, caem e, no final, voltam à condição de

colegas, sem se sentir desrespeitados." Não é à toa que, na maioria das artes marciais, os

embates começam e terminam com um cumprimento.

"É uma oportunidade de fazer com que o jovem se aproxime do outro, enxergue-o e respeite-

o", diz Renata. Ela explica que, antes de dar início a qualquer combate, insiste na importância

de olhar nos olhos do colega: "Quero que percebam que ali na frente está alguém com quem

eles vão interagir, sempre de forma respeitosa".

Ajuda especializada

Outro obstáculo é a falsa crença de que é necessário ter formação específica. É verdade que a

faculdade oferece apenas uma visão superficial das principais modalidades. Agora reflita: um

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professor de História também não conhece a fundo todos os episódios do passado. E o que ele

faz quando leva a turma a um museu? Conta com a ajuda de um monitor especializado. Seu

papel passa a ser o de direcionar e explorar as explicações segundo os interesses didáticos.

Na Educação Física ocorre o mesmo. Você talvez nunca domine todas as práticas corporais.

Mas pode buscar na comunidade especialistas que emprestem parte de seu conhecimento à

escola. Seja falando com a garotada sobre os princípios e a história de alguma modalidade,

seja ensinando movimentos básicos. E por que não levar a turma até uma academia

especializada? O importante é que, como no exemplo do museu, fiquem sempre muito claros

os objetivos pedagógicos.

Foi exatamente o que fez Renata na Escola Municipal Aurélio Pires. Quando começou a se

interessar pelas artes marciais, há quatro anos, ela conhecia muito pouco sobre o tema.

Mesmo assim, encarou o desafio ao perceber que ele poderia enriquecer o trabalho. "Minha

proposta era fazer os alunos conhecerem melhor o próprio corpo e desenvolver o respeito

mútuo", explica. A luta era ideal, por ser uma prática individual e, principalmente, por

possibilitar o uso de capacidades físicas pouco exploradas em outros esportes.

Renata pesquisou na internet sites de confederações e associações e reuniu material divulgado

pela mídia. Nas aulas introdutórias, propôs exercícios básicos de força, equilíbrio e

concentração, três habilidades fundamentais. Para ensinar (e aprender!) golpes básicos, ela

contou com a ajuda de uma estagiária, faixa-preta em judô. Cada exercício foi pensado em

conjunto pelas duas: "Ela trazia a técnica e eu via os elementos que eram mais interessante

para o trabalho pedagógico", lembra a professora. Foi em conjunto, por exemplo, que ambas

decidiram que a primeira lição seria "aprender a cair". "Mais importante que saber derrubar o

outro é ir ao chão sem se machucar."

A maior parte das artes marciais nasceu no continente asiático, em países como a China, a

Índia e o Japão. No início, elas tinham um caráter militarista e de defesa pessoal. Mas, com a

intensificação do contato com o Ocidente e a modernização das forças armadas, as lutas que

usavam apenas o próprio corpo caíram em desuso. Até que alguns mestres perceberam seu

valor educativo: aprimorar o autodomínio, superar os limites, aumentar o poder de

concentração. O apuro das técnicas transformava a mente das pessoas, ajudando-as no

processo de autoconhecimento, acreditavam eles. Essas técnicas foram reorganizadas e

ganharam princípios filosóficos e espirituais. Esse processo de aperfeiçoamento se deu de

forma diferente em cada país. Assim surgiram o caratê, o judô e o aikidô, no Japão; o kung fu,

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na China; e o tae kwon do, na Coréia do Sul — só para ficar nas mais conhecidas no Brasil.

Hoje, as artes marciais estão longe de ser uma simples arma de defesa. São um esporte

destinado à formação e preparação integral do homem e, mais que isso, um importante canal

de divulgação da milenar cultura oriental, que tem muito a ensinar. Quem não se lembra do

filme Karatê Kid (foto acima), em que o velho mestre Miyagi ensina a luta a um jovem

americano? Mostrá-lo em classe pode ser um boa forma de despertar em seus alunos o

interesse pelo tema.

Lições diferentes

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, todo professor deve dar aos alunos uma visão

geral das artes marciais, passando pelos elementos mais interessantes de cada uma. Sim, elas

têm movimentos, técnicas, códigos e filosofia próprias. E é com base nessas características

que você pode ver qual se adapta melhor a seus objetivos. No judô, há um grande

envolvimento físico. Os lutadores ficam muito tempo agarrados e freqüentemente usam a

força do adversário para executar o golpe. O caratê tem movimentos mais simples e é ideal

para crianças menores, que estão descobrindo o que o corpo é capaz de fazer. Já o aikidô tem

uma perspectiva bem diferente: não visa derrubar o adversário, mas criar junto com ele uma

seqüência de técnicas agradável e segura para os dois.

É claro que existem algumas modalidades questionáveis. Fica difícil enxergar um conteúdo

educativo no boxe, no jiu-jítsu ou no chamado "vale-tudo", por exemplo. Isso não significa,

porém, que você deva ignorá-las. "É exatamente porque estão aí e fazem sucesso entre os

adolescentes que temos que olhar para elas com atenção", opina Vago. É preciso

problematizá-las, discutindo a agressividade que elas difundem.

Texto de Apoio - Reciclagem e Meio Ambiente

Imagine uma bolinha de neve no topo de uma montanha que começa a rolar morro abaixo.

Quando ela chegar lá embaixo, terá virado um imenso bolão, não é? Isso é o que acontece

com o lixo. Cada um de nós, brasileiros, produz mais ou menos 500 gramas de lixo todos os

dias. Parece pouco, mas é só fazer as contas. Todos os dias, esse lixo vira um bolão de

milhões de toneladas! Só na cidade de São Paulo, uma das maiores do mundo, são produzidas

12 mil toneladas por dia.

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Para resolver esse problemão, A RECICLAGEM é a maneira mais inteligente de dar adeus ao

lixo.

Na reciclagem, o lixo é tratado como matéria-prima que será reaproveitada para fazer novos

produtos. Olha só quantas vantagens a danada tem: diminui a quantidade de lixo que vai para

os lixões, os recursos naturais são poupados, reduz a poluição, além de gerar empregos!

Papel: Na central de triagem, ele recebe o nome de apara. As aparas são classificadas pelo

tipo de papel e pela quantidade de sujeira que elas contêm: quanto mais limpa ela estiver,

melhor será o papel depois de reciclado.

Na fábrica de reciclagem, as aparas são misturadas com água em um liquidificador gigante

chamado de hidrapulper. Depois, a super massa deve ser limpa para retirar resíduos estranhos

como a areia. Essa pasta de celulose segue para a máquina de fazer papel, onde é prensada e

secada. Depois de passar por um longo tratamento de beleza, está pronto o papel reciclado!

A reciclagem do papel é totalmente "limpa": não envolve nenhum processo químico, o que

diminui a poluição do ar e dos rios. Além disso, muitas árvores deixam de ser cortadas,

economizamos água e energia. Vale a pena, né?

Pode: jornais, revistas, caixinhas longa vida, cartões, envelopes, embalagem de ovo, papelão.

Não pode: fotografias, guardanapo, papel higiênico, etiqueta adesiva, papel carbono, fita

crepe.

Plástico : Não dá para imaginar a vida moderna sem o plástico: garrafas de refrigerante,

sacolas, brinquedos, os mais variados tipos de embalagens e muitas outras coisas estão

circulando por aí a todo momento.

De todo o petróleo consumido no Brasil, apenas 1% é utilizado para ser transformado em

resina plástica (é isso aí: o plástico vem do petróleo!). Essa resina pode sofrer modificações

em sua composição química e formar vários tipos de plástico. É por isso que a "consistência"

do brinquedo é diferente de um saquinho de leite.

O plástico utilizado para fazer embalagem é chamado de termoplástico, porque ele fica

molinho quando aquecido e pode virar outra coisa.

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Se você enterrar uma fruta, ele irá se decompor na terra (ela é um resíduo orgânico, certo?).

Mas se você enterrar um plástico ele ficará lá por 500 anos, e talvez nem se desfaça!

Pode: garrafas de refrigerante, copinhos e saquinhos plásticos, frascos de shampoo e

detergente, embalagens de margarina e material de limpeza, canos e tubos.

Não pode: cabo de panela, tomada.

Metal : Você já percebeu que o metal está em todas as partes? Nos carros, nos produtos de

supermercado (latinhas de tudo quanto é coisa!), na cozinha (panelas e talheres) e até no

nosso bolso (as queridas moedinhas!). Pois é, ele é extraído da natureza na forma de minério.

Existem diversos tipos de metais, alguns bem diferentes como o mercúrio (ele é líquido!), mas

os mais conhecidos são o ferro, o cobre, o estanho, o chumbo, o ouro e a prata.

Aquecendo o ferro com o carbono (uma espécie de carvãozinho) temos o aço, que é utilizado

em latinhas de conserva de alimentos. E você já reparou que essas latinhas não são as mesmas

que as do refrigerante? Isso porque as latas de bebida são feitas de alumínio (extraído de um

minério chamado bauxita).

Quando o aço é jogado em um aterro sanitário ele demora de dois a quatro anos para se

desintegrar, mas o alumínio leva um tempo maior e talvez nem consiga se decompor

totalmente.

Imagine que você ganhou cem lapiseiras e borrachas e está tudo misturado! O que você faz?

Separa as lapiseiras das borrachas e divide em dois blocos, não é? Na reciclagem a coisa é

parecida: primeiro a Central de Triagem separa as latinhas de aço das de alumínio, amassa e

divide todas elas em blocos, chamados de sucata. A sucata é levada para as fábricas de

reciclagem, onde são derretidas e transformadas em latinhas novamente.

Pode: latinhas de aço (de óleo, de salsicha), latinhas de alumínio (como as de refrigerante),

panelas, pregos, fios, arames.

Não pode: pilhas, clips, grampos, esponjas de aço (aquelas de lavar louça).

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Vidro : Você está jogando futebol no quintal e, de repente: crash! Xi, você quebrou a

vidraça da sua mãe... Depois que ela der aquela bronca, tente se desculpar explicando que o

vidro quebrado também pode ser levado para reciclagem! Pode não colar, mas que dá... dá!

Os vidros devem ser separados por tipos e cores. Por exemplo, os caquinhos da janela que

você quebrou não devem ser misturados com a garrafa de cerveja marrom que o seu pai

bebeu.

Na famosa Central de Triagem, o vidro é triturado para ser enviado às vidrarias. Lá, os

caquinhos são lavados e misturados com areia, calcário, sódio e outros minerais. Eles são

fundidos em uma temperatura de até 1500 graus Celsius! Depois disso, essa "massa" é levada

para indústrias vidreiras, onde é transformada em novas embalagens.

Pode: garrafas de tudo quanto é tipo, copos, potes, frascos, cacos.

Não pode: espelhos, lâmina, porcelana, cerâmica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Disponível em http://www.revistaescola.abril.com.br/template-busca.shtml?qu=esgrima ;

Acesso em 8 de outubro de 2009.

Disponível em http://www.revistaescola.abril.com.br/educacao-fisica/pratica-pedagogica/luta-

sinonimo-paz-424330.shtml; Acesso em 22 de outubro de 2009.

Disponível em http://www.revistaescola.abril.com.br/educacao-fisica/fundamentos/vamos-

luta-466873.shtml. Acesso em 22 de outubro de 2009.

Disponível em http://www.canalkids.com.br/meioambiente/cuidandodoplaneta/reciclagen.html

Acesso em 20 de outubro de 2009.