PROJOVEM URBANO - RESUMO

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PROJOVEM URBANO Josélia Justina da Silva Elenice Serafim INTRODUÇÃO Este resumo expandido tem o interesse por investigar o Programa Projovem Urbano, a curiosidade em conhecer como surgiu, como participar, suas características, conhecer sua práticas educativas e sua contribuição para a sociedade. E assim nosso interesse em trabalhar com o Programa Projovem Urbano se deu através da disciplina de Educação Jovens e Adultos e pelo fato de uma de nos já ter participado das aplicações de provas no programa. Temos o objetivo de analisar o programa e identificar suas funções e práticas pedagógicas. O Programa Projovem Urbano surgiu por meio da Política Nacional da Juventude através do governo federal em 2005, buscando desenvolver e realizar ações voltadas para o desenvolvimento dos jovens tento como eixos estratégicos a elevação da escolaridade, a qualificação profissional e a participação de jovens entre 18 a 24 anos que não concluíram os ensino fundamental e que não trabalhavam. No ano de 2008, foi ampliada para os jovens de 18 a 29 anos, alfabetizados, que não concluíram o ensino fundamental, trabalhadores ou não. Atualmente, o programa passou a ser denominado Projovem Urbano, fazendo parte do Projovem Integrado em conjunto com outras políticas destinadas a população juvenil. Foi implantado como caráter de emergência com intenção de resgatar esses jovens que não completaram o ensino médio e encontram-se fora do mercado de trabalho formal onde esses fatores contribuem para que eles estejam mais expostos ao risco de violência, como vítimas e também como o autor da violência. O Programa Projovem Urbano tem duração de 18 meses, oferecendo formação no ensino fundamental, aulas de informática, iniciação a formação profissional. Cada inscrito com freqüência regular tem o direito a R$ 100,00 mensalmente,

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PROJOVEM URBANO

Josélia Justina da SilvaElenice Serafim

INTRODUÇÃO

Este resumo expandido tem o interesse por investigar o Programa Projovem Urbano, a curiosidade em conhecer como surgiu, como participar, suas características, conhecer sua práticas educativas e sua contribuição para a sociedade. E assim nosso interesse em trabalhar com o Programa Projovem Urbano se deu através da disciplina de Educação Jovens e Adultos e pelo fato de uma de nos já ter participado das aplicações de provas no programa. Temos o objetivo de analisar o programa e identificar suas funções e práticas pedagógicas.

O Programa Projovem Urbano surgiu por meio da Política Nacional da Juventude através do governo federal em 2005, buscando desenvolver e realizar ações voltadas para o desenvolvimento dos jovens tento como eixos estratégicos a elevação da escolaridade, a qualificação profissional e a participação de jovens entre 18 a 24 anos que não concluíram os ensino fundamental e que não trabalhavam. No ano de 2008, foi ampliada para os jovens de 18 a 29 anos, alfabetizados, que não concluíram o ensino fundamental, trabalhadores ou não. Atualmente, o programa passou a ser denominado Projovem Urbano, fazendo parte do Projovem Integrado em conjunto com outras políticas destinadas a população juvenil. Foi implantado como caráter de emergência com intenção de resgatar esses jovens que não completaram o ensino médio e encontram-se fora do mercado de trabalho formal onde esses fatores contribuem para que eles estejam mais expostos ao risco de violência, como vítimas e também como o autor da violência.

O Programa Projovem Urbano tem duração de 18 meses, oferecendo formação no ensino fundamental, aulas de informática, iniciação a formação profissional. Cada inscrito com freqüência regular tem o direito a R$ 100,00 mensalmente, na forma de bolsa-auxílio, depositados diretamente em conta aberta com essa finalidade.

O curso tem uma proposta curricular diferenciada

Estudos sobre esta política nacional de inclusão se dão não apenas pelo fato do ProJovem ser uma das principais políticas do governo federal feito para os jovens,com a intenção de incluir-los na sociedade. Que tem a intenção de envolver estudos acadêmicos e também práticas sociais buscando incluir esses jovens nos meio social e no mercado de trabalho.

Assim o Plano de Ação Comunitária (PLA) tem por finalidades no programa desenvolver ações de cidadania, o PLA busca fazer um mapa de desafios que a comunidade desses jovens enfrenta, e assim com base nesses fazer o levantamento para complementar o currículo para a formação básica e qualificação profissional com a intenção de fazer com que esses jovens crie o interesse e busque participar dessas ações.

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Avaliações de proficiência dos alunos são realizadas desde o momento de ingresso no programa,formando um acervo de seis aplicações universais e uma amostral, incluindo o exame final.

MATERIAIS E MÉTODOS

Considerando que o Programa Projovem Urbano e de âmbito Nacional, tivemos o interesse em nos aproximar do tema através de estudos com bases no site http://www.projovem.gov.br, buscando atender nossos objetivos apresentado nesse trabalho. De posse das informações apresentadas no site, escolhemos alguns pontos que julgamos importantes para responder nossos interesses demonstrados nesse resumo.

Entendemos que o programa tem a finalidades de atender a população jovem e proporcionar a eles formação educacional e profissional e também participação no meio social.

Sobre isso, é importante pontuar que o Projeto Pedagógico Integrado do Projovem Urbano combina em seu sistema de avaliação a avaliação formativa processual e a avaliação externa. A avaliação externa se faz com base na aplicação de exames de capacidades básicas relacionadas aos conteúdos do ensino fundamental. Esta se justifica em função do caráter nacional do Programa e do imperativo de prestar contas dos recursos públicos nele investidos.

É por meio da avaliação externa que encontraremos os sujeitos a que se referem este estudo, ou seja, em sua maioria, estudantes das Universidades Federais, as quais são responsáveis pelo Sistema de Monitoramento e Avaliação, como é o caso da UFPE que possui como regional: PE, RN e PB.

No que se refere a esse programa, em 2005 buscando desenvolver e realizar programas e ações voltados para o desenvolvimento integral do jovem brasileiro o governo federal criou o Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem.

De acordo com o site: http://www.projovem.gov.br, acessado em 23 de novembro de 2010:

O ProJovem Urbano (Programa Nacional de Inclusão de Jovens) destina-se a promover a inclusão social dos jovens brasileiros de 18 a 29 anos que, apesar de alfabetizados, não concluíram o ensino fundamental, buscando sua re-inserção na escola e no mundo do trabalho, de modo a propiciar-lhes

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oportunidades de desenvolvimento humano e exercício efetivo da cidadania e tem como finalidade primeira proporcionar formação integral aos jovens, por meio de uma efetiva associação entre a formação básica, para elevação da escolaridade, tendo em vista a conclusão do ensino fundamental;qualificação profissional, com certificação de formação inicial;participação cidadã, com a promoção de experiência de atuação social na comunidade.

É importante salientar que o Programa Nacional de Inclusão de Jovens está dividido em quatro modalidades. São elas: ProJovem Adolescente, ProJovem Urbano,Projovem Campo e Projovem Trabalhador.

Tendo em vista sermos graduandas do curso de Pedagogia, acreditamos ser de suma importância que os agentes que participam da execução de qualquer processo avaliativo tenham conhecimento sobre o contexto maior no qual se insere esta avaliação, que no caso desse estudo é o Programa Projovem Urbano.

De acordo com Gohn (2004), é frequente, na literatura no tocante às políticas públicas, que o fator educação – grau de escolaridade – seja considerado um dos principais elementos que possibilitam a superação da desigualdade social. Nesta perspectiva, estudos afirmam que, para melhorar o nível de vida dos jovens, o Estado deveria garantir a esse segmento da população o exercício do direito à educação. Assim, programas como o Projovem Urbano seriam essenciais para garantir a formação educacional dos indivíduos ao qual se destinam tais programas.

Salientando que a formação educacional possibilita, muitas vezes, ao individuo o seu desenvolvimento como agente transformador do contexto social onde ele está inserido concordamos com FREIRE (1993,p.37) quando diz que:

A realidade social, objetiva, que não existe por acaso, mas como produto da ação dos homens, também não se transforma por acaso. Se os homens são os produtores desta realidade e se esta, na “inversão da praxis”, se volta sobre eles e os condiciona, transformar a realidade opressora é tarefa histórica, é tarefa dos homens.

Assim sendo, compreendemos que de posse desse conhecimento, os aplicadores também poderão contribuir de forma efetiva com ações direcionadas para ajudar os indivíduos assistidos por este programa a alcançar os objetivos propostos.

O questionário foi aplicado individualmente no decorrer de 01 hora, com dois aplicadores, os quais responderam as questões com base em suas experiências vividas durante a aplicação dos exames externos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Como forma de identificar os sujeitos pesquisados, nos reportamos a eles como sujeito A e sujeito B.

Os sujeitos A e B têm 30 anos, estão cursando a graduação em Pedagogia, o sujeito A está no 6º período e já é licenciado em Filosofia e o sujeito B está no 8º período.

Com relação ao Programa Projovem Urbano, o sujeito A participou de 07 aplicações e o B de 03. Tais aplicações ocorreram em diversas cidades do estado de Pernambuco.

De modo geral, ao verificarmos as respostas explicitas no questionário compreendemos que o sujeito A entende o Programa Projovem Urbano como sendo um Programa para puramente conferir ao jovem um certificado de conclusão de nível fundamental, pois em sua fala ele disse que:

“O Projeto não educa para a libertação, para tornar os jovens críticos, autônomos e conscientes, pois nivela toda uma diversidade cultural em um país continental como o nosso a um mesmo patamar. Desconsidera as variações regionais (não leva em conta os saberes dos jovens construídos em seus locais)”.

Na opinião do sujeito B: “O Programa Projovem Urbano apresenta muitos Problemas como: atraso, tanto do salário dos professores como nas bolsas destinadas aos estudantes, bem como a falta de material didático, e estrutura física adequada para os períodos onde as aulas ocorrem”.

Em relação a sua participação no Programa como aluno o sujeito A diz que não gostaria de participar e justificou dizendo que: se o ensino formal normal, já é defasado, não forma e não qualifica então, algo que vem no sentido de ser apenas um paliativo, de apenas lhe conferir um papel não é um projeto de qualidade.

Já o sujeito B informou que participaria como aluno do programa e justificou dizendo que: “Se estava lá com a intenção de aprender mesmo com todas as dificuldades, valeria a pena a sua participação.

Os sujeitos A e B possuem visão semelhante algum sobre o Programa Projovem Urbano e apontaram que este garante formação básica aos jovens entre 18 e 29 anos e que o mesmo disponibiliza uma bolsa de R$ 100,00, como auxilio financeiro, eles também destacaram essa ajuda de custo como sendo um ponto positivo, pois às vezes ela constitui-se na única fonte de renda que os jovens têm. O sujeito B também apontou como ponto positivo o fato desses jovens terem mais uma oportunidade para a conclusão do ensino fundamental e até mesmo para o ingresso em uma universidade.

Como ponto negativo ele indicou o nivelamento dos saberes, a não conscientização, a falta de uma educação crítica para a autonomia do aluno, a não qualificação profissional e ainda relatou que o Programa desconsidera as diferenças regionais.

O sujeito B apontou como ponto negativo a falta de maior controle sobre a freqüência dos alunos porque ele percebeu que há uma grande evasão nos dias de aula normal e que na data das avaliações as salas ficam lotadas. Para ele essa atitude dos alunos acaba por interferir na credibilidade do Programa.

Como mudanças para o Programa, o sujeito A apontou que: “Reformularia todo o Projeto, para que transformasse os jovens em sujeitos críticos. Qualificassem para o mercado de trabalho para que estes possuíssem, de fato, uma profissão e a sua própria renda, ao contrário de ficar refém de programas assistenciais”.

O sujeito B apontou como mudanças para o Programa Projovem o controle sobre a frequência dos alunos, pois, acredita que dessa forma haveria a redução da evasão, porque esses alunos, em sua maioria, acabam ocupando o lugar de outros que desejam participar do Programa e não conseguem devido a falta de vagas.

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Tendo em vista que o objetivo dessa pesquisa foi investigar a perspectiva dos indivíduos, em específico, aqueles que aplicam os exames, sobre o Programa Projovem Urbano e que possuíamos como visão que é importante que os agentes que participam da execução de qualquer processo avaliativo tenham conhecimento sobre o contexto maior no qual se insere esta avaliação, que no caso desse estudo é o Programa Projovem Urbano.

Com base no questionário identificamos que os sujeitos A e B possuem conhecimento sobre o Programa. Apesar disso, o sujeito A é o que mais se aproximou do nosso pensamento quando considera ser necessário o conhecimento do Programa por parte dos aplicadores para que estes possam contribuir de forma efetiva com ações direcionadas para ajudar os indivíduos assistido por este programa alcançar os objetivos ai propostos.

CONCLUSÕES

A partir da análise das respostas dos questionários aplicados para os sujeitos pesquisados, ficou claro que falta ao sujeito B um olhar mais crítico sobre o Programa Projovem Urbano. Em suas colocações ele mostrou conhecer apenas algumas peculiaridades do Programa e isso se confirma quando ele sugere como única alternativa para contornar a evasão escolar a frequência dos alunos. O que a nosso ver, não é somente o controle da evasão que garantirá a credibilidade do Programa.

Diante desse cenário, em que o Programa Projovem Urbano se encontra, com tantas lacunas para ter uma eficácia diante do que vem propondo no âmbito educacional, ficou evidente a necessidade da participação de todos que atuam junto ao Programa. Participação essa que pode ser através de sugestões para se repensar como tem sido desenvolvido o processo ensino aprendizagem, a interação professor aluno e se o modelo desse Programa atende as necessidades dos jovens que buscam a escolarização. Assim, acreditamos que o Programa Projovem Urbano passaria a obter mais sucesso em seus objetivos.

REFERÊNCIAS

http://www.projovem.gov.br

COHN, Amélia. O modelo de proteção social no Brasil: qual o espaço da juventude. In: NOVAES, Regina; VANNUCHI, Paulo (Org.). Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 21.ed. -. Sao Paulo: Paz e Terra, 1993.

ANEXOS

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FRUTA: MORANGO

QUESTIONÁRIO

1. Idade:

30

2. Formação Acadêmica:

Ensino superior – Cursando

3. Caso esteja estudando, que período está cursando?

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8° Período

4. Quantas aplicações de prova realizou?

3 aplicações

5. O que você sabe sobre o Programa Projovem Urbano?

É um programa do governo que tem a intenção de fazer a inclusão de jovens de 18 a 29 anos que não tenham concluído o ensino fundamental, fazendo com que eles voltem a escola e possam ter o conhecimento para buscar oportunidades e até mesmo novas funções no mercado de trabalho. E como ajuda de custo o governo da uma bolsa mensal de R$ 100,00.

6. Você participaria do Programa Projovem Urbano, como aluno? Por que?

Sim. É difícil responder essa pergunta por que com a visão que tenho participaria sim do programa a minha intenção é apreender apesar de muitas dificuldades que o projovem passam, seria valido aprender.

7. Qual a sua opinião em relação ao Programa Projovem Urbano?

Como já mencionei anteriormente o programa tem muitas dificuldades, o pouco que percebi foi possível vê que são muitos os problemas que passam pelos professores como exemplo atraso no salário, falta de material didático, a estrutura onde funcionam as aulas e também atraso nas bolsas dos estudantes.

8. Informe alguns pontos que você considera como positivo no Programa Projovem Urbano.

A chance desses jovens terem mais uma oportunidade de poder concluir o ensino fundamental e assim poderem até chegar a uma universidade isso vai depender de cada um. E além do mais uma bolsa no valor de R$ 100,00 que é uma ajuda de custo para que os alunos não precisem sacrificar sua renda mensal com despesas extras.

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9. Informe alguns pontos que você considera como negativo no Programa Projovem Urbano.

Acho que deveria existir um controle maior sobre a freqüência desses alunos, pois percebi que há alunos que só aparecem no dia que vai ter prova, isso é ruim tanto para o aluno quanto para o programa. Por que o aluno não vai aproveitar o ensino e caso realmente ele não queira ele tem a opção de não participar, e para o programa por acaba ficando sem credibilidade.

10. O que você mudaria no Programa Projovem Urbano? Por que?

Faria um controle como já citei sobre a freqüência dos alunos e também dos professores. Porque só assim seria possível ter o controle da defasagem dos alunos, porque esses acabam ocupando o lugar de outros que tentaram e não conseguiram.

Recife, Novembro/2010