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Promoção de uma Cultura de Convivência em
Ambiente Escolar
Projecto de Intervenção
Corvo, 03 de Fevereiro de 2011
ESCOLA BÁSICA INTEGRADA MOUZINHO DA SILVEIRA – VILA DO CORVO
Promoção de uma Cultura de Convivência em Ambiente Escolar
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A Escola… uma porta aberta para o conhecimento e para a construção de uma cidadania activa,
responsável e esclarecida
Projecto elaborado por:
Deolinda Estêvão
(Presidente do Conselho Executivo)
Debatida e analisada pela equipa de prevenção da indisciplina na escola
Eva Alves (Presidente do Conselho Pedagógico)
Anabela Santos (Coordenadora dos Directores de Turma)
John Branco (Professor Tutor)
Joana Brízido (Directora de Turma e professora de EVT)
Apresentada em Conselho Pedagógico a: 23/02/11
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ÍNDICE
Introdução ------------------------------------------------------------------------------- 4
I - Apresentação e caracterização do projecto ----------------------------------- 5
1- Contexto de intervenção ------------------------------------------------------- 5
II – Diagnóstico
1- Análise das necessidades e recursos existentes -----------------------------
6
2- Intencionalidades /objectivos a atingir --------------------------------------
8
III - Intervenção
1- Fases da intervenção ----------------------------------------------------------- 8
2- Processo de avaliação ---------------------------------------------------------- 9
3- Resultados esperados ----------------------------------------------------------- 10
ANEXO
Bibliografia
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“Torna-se necessário acreditar que é possível inventar
um mundo no qual todas as crianças poderão aprender.”
Schlechty, Phillip (1990)
INTRODUÇÃO
Vivemos tempos em que as escolas e os professores se debatem com graves problemas relacionados com
comportamentos desviantes, que constituem motivo de preocupação para a generalidade das escolas, do país e
para a sociedade em geral. A prová-lo estão as recentes notícias de bullying e de violência escolar, amplamente
mediatizadas pelos meios de comunicação social.
A actual economia globalizada e extremamente competitiva, exige que reequacionemos o papel da
escola e dos seus agentes educativos. Vivemos numa sociedade onde prevalece a diversidade aos mais
diferentes níveis.
Há cada vez mais uma maior mobilidade das populações. Na Europa este aspecto torna-se
particularmente evidente com os acordos e tratados entre os países membros da União Europeia. O tratado de
Schengen, decorrente dos debates lançados nos anos 80 sobre a livre circulação de pessoas, aboliu o controlo de
fronteiras e harmonizou as regras e normas de circulação facilitando, desta forma, a circulação e a mobilidade.
Perante estas questões de multiculturalidade, decorrentes de todo este processo de mobilidade, é natural
que surjam divergências das mais diversas espécies. É indispensável, então, a boa administração dos problemas
que venham a surgir para que a harmonia e o respeito estejam presentes no ambiente escolar e não interfiram no
processo de ensino e aprendizagem.
Perante esta diversidade de comportamentos e da multiplicidade de conflitos que daí podem advir, a
elaboração de um projecto de convivência apresenta-se como um importante meio para tentar prevenir,
solucionar e bem administrar quaisquer divergências que se desenvolvam nas instituições de ensino.
É partindo destes pressupostos que procuraremos traçar um projecto de intervenção onde se promova
uma cultura de convivência salutar de forma a minimizar os riscos de exclusão em termos de origem social,
económica e cultural.
Sendo o conhecimento o motor do crescimento sustentável o reforço da educação para todos é um dos
meios mais eficazes para combater as desigualdades. A prevenção de situações de violência e de abandono
escolar precoce permite reduzir o número casos posteriores de violência e exclusão do mercado de trabalho,
bem como os riscos de uma futura exclusão social. Há que garantir maior importância aos grupos vulneráveis, à
igualdade de género e à coesão social para garantir que ninguém é excluído.
Desta forma o Parlamento Europeu propõe, no âmbito duma futura estratégia para a Europa 2020, uma
abordagem global para a reforma curricular. Para melhorar as competências é necessário adoptar uma
abordagem global para a reforma curricular. Organizar os conteúdos da aprendizagem de cada disciplina e
ensinar diferentes competências de forma explicita. Dever-se-ão utilizar novas abordagens pedagógicas e
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didácticas e de formação de professores, alunos e de outros interessados. As escolas deverão promover a
saúde e o bem-estar dos seus alunos, bem como uma cidadania activa (incluindo o contexto europeu) e
incentivar os alunos e professores a serem inovadores e criativos.
Neste actual contexto a escola tem um papel importante na promoção de uma cidadania inclusiva, indo
ao encontro das diferentes necessidades educativas dos cidadãos, respondendo com flexibilidade e
desenvolvendo a riqueza do seu capital cultural múltiplo.
Assim, importa reflectir regularmente sobre o que fazemos, como fazemos e para que fazemos,
(Lindsay & Thompson,1997; Desforges, 1997; Lunt, 1997; Attwood & Thompson, 1997; Thompson, 1997,
citado por Morgado, S/D).
I - Apresentação e caracterização do projecto
1- Contexto de intervenção
A Ilha do Corvo é uma comunidade com características únicas. Trata-se do mais afastado território
deste país – juntamente com a ilha das Flores –, povoado por apenas 488 habitantes. A comunidade local possui
características verdadeiramente singulares que resultam de séculos de isolamento e da sua reduzida dimensão
(menos de meio milhar de habitantes agarrados a uma rocha com apenas 17 Km2).
Não resistimos citar a brilhante descrição que Raul Brandão fez desta comunidade: “aqui tenho sempre
presentes a ideia de Deus e a ideia da morte e vejo o tempo medir minuto a minuto na ampulheta a vida que
passa. A ilha é pobre e escalfada, o silêncio mete medo, e o isolamento completo e fechado em roda pelo mar
atormentado. Na verdade eu não podia viver como estes homens, mas na hora da morte queria ser um destes
homens.”
O resultado da evolução e do contexto histórico desta comunidade é a sobrevivência de uma sociedade
com um forte espírito comunitário e uma idiossincrasia de natureza praticamente familiar. A projecção que
chega à escola desta vivência comunitária reflecte-se num ambiente quase sem conflito e sem competição. No
entanto, surgem algumas situações de indisciplina que exigem, da parte dos agentes educativos, uma
intervenção que evite a evolução para situações mais graves de violência.
Relativamente à caracterização da escola, trata-se de uma escola com uma importância fundamental
para esta comunidade localizada numa região ultraperiférica, pois para além do seu papel educacional – com 38
alunos divididos por sete turmas – a escola funciona, também, como o centro cultural da ilha. A escola está
localizada num meio social e economicamente desfavorecido, no entanto a reduzida dimensão da ilha e o
espírito comunitário e de entreajuda que aqui prevalece faz com que famílias originárias de outras ilhas e com
problemas de integração social aqui se estabeleçam e se integrem na comunidade. Nos últimos anos a escola tem
sentido algumas dificuldades em lidar com situações de indisciplina/conflito com crianças provenientes de
meios socioeconómicos difíceis que têm provocado, situações de indisciplina e alguma violência na escola.
Como não dispomos nem de um psicólogo ou do apoio regular de técnicos especializados na área da
intervenção social a nossa intervenção tem sido, de certa forma, insuficiente para colmatar alguns focos de
indisciplina tendente para actos de alguma violência
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Com este projecto de intervenção pretende-se a recolha de elementos de informação que leve ao
conhecimento mais aprofundado sobre as manifestações e dimensões dos fenómenos de indisciplina na escola,
tornando-os mais claros e operativos de forma a possibilitar a sua utilização como instrumento de decisão
política e de intervenção no quotidiano da escola.
Pretendemos, ainda, operacionalizar, com base nos recursos existentes, medidas internas
operativas que nos permitam prevenir e resolver as situações de indisciplina/conflito.
II – Diagnóstico
1- Análise das necessidades e recursos existentes
Para facilitar o diagnóstico, em termos de prevenção de situações de conflito que ajudem a traçar um
projecto de convivência salutar, começaremos por traçar o seguinte plano acompanhado de uma análise
Swot que a seguir se descreve:
Problemas Prioritários da escola Necessidades prioritárias
Comportamentos de agressões verbais e
físicas a alunos
Alguns comportamentos isolados de
agressões verbais a docentes
Possíveis fenómenos de bullying
Desencadear mecanismos de prevenção da violência;
Proporcionar a aos alunos as condições que permitam
proteger e promover a sua segurança, saúde, formação,
educação, bem-estar e desenvolvimento integral.
Envolver as famílias no projecto educativo dos seus filhos;
Elaborar adaptações curriculares;
Solicitar a intervenção técnica da acção social junto de
famílias onde se detectem dificuldades no sentido de lhe
prestar o apoio social necessário e elaborar um diagnóstico da
situação;
Continuar a solicitar a Intervenção dos Serviços de Psicologia
e Orientação;
Rever o PEE e do RI;
Melhorar o trabalho em rede com os demais parceiros
sociais;
Acompanhar e avaliar as medidas propostas.
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Análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats)
(Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)
Forças (recursos existentes)
Um PAA bastante diversificado em termos de
ofertas de actividades de enriquecimento;
Actividades extra-curriculares (4 clubes e
ADE);
Existência do professor-tutor e de um
regimento de tutoria;
Vigilância dos intervalos por uma equipa de
professores destacada para o efeito;
Constituição de uma equipa de professores
motivados para intervir e implementar a
mudança.
Fraquezas
Inexistência de um plano interno da escola de
prevenção da violência e da Indisciplina;
Baixa participação da família no projecto
educativo dos seus filhos;
Falta de um psicólogo;
Baixa escolarização das famílias.
Oportunidades (recursos a criar)
Envolvimento todos os agentes, numa
perspectiva sistémica no projecto de
intervenção;
Identificação das causas da violência e
Indisciplina;
Intervenção dos serviços de Acção Social;
Colaboração com a Comissão de Protecção de
Crianças e Jovens;
Intervenção dos Serviços de Psicologia;
Adaptações curriculares;
Adaptação do Projecto Educativo e do
Regulamento Interno (reforço das actividades
de integração dos alunos no seio da
comunidade escolar);
Fomentar um programa de mediação entre
pares, a dinamizar nas aulas de cidadania com
o objectivo de formar alunos capazes de
apoiar a gestão de conflitos e prevenir
situações de confronto e choque em
consonância com as regras e a ordem
disciplinar instituídas na escola;
Ameaças
Escassez de recursos humanos (assistentes
operacionais);
Normativos legais pouco operacionais e
eficientes em termos pedagógicos;
Instabilidade característica da adolescência;
Não valorização do saber, saber ser e estar;
Currículos demasiado teóricos e pouco
apelativos;
Demissão dos pais na educação dos filhos;
Falta de autoridade parental.
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Equipar o espaço de convívio dos alunos com
jogos e actividades lúdicas;
Animação pedagógica dos intervalos;
Elaboração de Planos Individuais de
Prevenção do Insucesso e Abandono Escolar;
Reforço dos mecanismos de vigilância
Interna.
2- Intencionalidades /objectivos a atingir
Prevenir e evitar situações de indisciplina e violência na escola;
Prevenir situações de insucesso e abandono escolar;
Envolver os pais no processo educativo dos seus filhos;
Melhorar o trabalho em rede;
Promover uma escola inclusiva, tolerante, compreensiva e socialmente interveniente.
III – Intervenção
1- Fases da Intervenção (AnexoI)
Em linhas gerais, esta estratégia de intervenção consiste na análise integrada de múltiplos factores
que influenciam as relações interpessoais, nomeadamente na família e na escola e destes sistemas entre
si, sendo que esta análise implica a integração de diferentes fontes de conhecimento.
Um sistema é uma rede comunicacional. Cada elemento afecta o sistema e é afectado pelos
diferentes intervenientes. Segundo Costa e Matos (2007) “Intervir numa perspectiva sistémica implica
colocar questões e estimular processos que tornam o sistema capaz de definir o seu próprio
trajecto”. Desta forma, trabalhar com o sistema implica construir objectivos de acordo com as
necessidades que vão surgindo neste processo relacional. Isto é, quando olhamos o indivíduo,
devemos atender ao seu contexto e às relações e interacções aí desenvolvidas.
Neste sentido, a escola é entendida como um sistema, a sala de aula como um subsistema e a família
como fazendo parte de um largo “ecossistema” – a comunidade - e de um supra-sistema - a cultura e a
sociedade. É esta diversidade que faz da escola um sistema complexo de interacções.
Segundo Littlejohn e Domenici (2001, apud Costa e Matos, p. 100), podem ser definidos diferentes
princípios para intervir numa perspectiva sistémica:
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1- Não existe apenas uma versão sobre o acontecimento. Não é possível encontrar apenas uma
realidade ou um diagnóstico, mas devem ser ouvidas as diferentes partes ou as diferentes
histórias, pois estas são o material de trabalho para uma mudança sistémica;
2- A mudança surge da interacção e não da prescrição;
3- A durabilidade da mudança acontece através do diálogo entre participantes. Os elementos
envolvidos necessitam sentir-se como responsáveis da mudança. Os agentes de intervenção
apenas sugerem processos que estimulem o envolvimento dos intervenientes no processo
relacional. A intervenção e a avaliação deverão ocorrer ao longo de todo o processo relacional;
4- Os limites dos sistemas são fluidos. Os sistemas não existem isoladamente, deverá existir uma
cooperação entre os diferentes sistemas: escola, família, comunidade e parceiros sociais;
5- O sistema controla-se a si próprio através de processos de retroacção. Os interventores no
conflito deverão procurar novas formas criativas e funcionais de resposta;
6- As influências do sistema podem tomar qualquer direcção. Nesta perspectiva a abordagem
sistémica do conflito não é linear. Os actores envolvidos deverão encontrar novas abordagens
de resolução e reflectir sobre as suas grelhas em relação ao conflito.
Gostaríamos ainda de destacar que perante um sintoma de problema, a escola poderá apelar à
colaboração externa de mediadores ou usar os meios internos de que dispõe, isto é, a actuação dos
órgãos que têm poderes para resolver a situação ou apelar à colaboração de parceiros sociais,
nomeadamente psicólogos, assistentes sociais, etc. de acordo com o diagnóstico das situações
vividas.
De referir que numa abordagem sistémica do conflito é necessário sermos criativos, analisar quais
os pontos fracos e fortes, definir as áreas prioritárias de intervenção, que poderão realizar-se ao
nível do indivíduo e dos sistemas, ser capazes de aproveitar as oportunidades e unir esforços com
as famílias, desenvolvendo um trabalho em rede essencial para proporcionar condições óptimas
para o desenvolvimento saudável e harmonioso dos nossos alunos. Para tal elaboramos um plano
de intervenção que consta do Anexo I.
2- Processo de avaliação
Este projecto será avaliado pela equipa responsável pela prevenção da indisciplina na escola e
adaptado e ajustado em conformidade.
O conselho pedagógico e o conselho executivo irão acompanhar, muito intensamente, esta
situação.
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O professor-tutor apresentará à presidente do conselho executivo relatórios da evolução do
comportamento dos alunos que acompanha e das estratégias implementadas para a resolução de
situações de indisciplina/violência registados.
3- Resultados Esperados
Um dos princípios subjacentes à educação é a promoção da democratização do ensino e garantir o
direito a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar.
Neste sentido, cabe à escola responder às necessidades resultantes da realidade social e contribuir
para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, incentivando a formação
de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários.
A Escola debate-se com alguns problemas de foro disciplinar, nesta perspectiva a estratégia global e
prioritária da escola deverá centrar-se na promoção e desenvolvimento do espírito democrático e
pluralista onde os alunos deverão aprender a respeitar os outros e as suas ideias, a tomar decisões,
a ser cidadãos com uma mentalidade aberta ao diálogo e à livre troca de opiniões, ou seja a
aprenderem o que lhes vai ser essencial para a sua vida futura, dotando-os duma formação plena e
integral.
Neste sentido, a concretização deste projecto terá como tema aglutinador: “ A Escola… uma porta aberta para
o conhecimento e para a construção de uma cidadania activa, responsável e esclarecida.”
A realização deste ideal cívico só será conseguido com esforço, rigor, trabalho e exigência por parte de
todos os intervenientes no processo educativo.
Partindo desta máxima, a Escola espera REFORÇAR:
O DESENVOLVIMENTO de actividades propícias à integração social, à aprendizagem e ao desenvolvimento
integral da personalidade das crianças e jovens;
A PROMOÇÃO do sucesso escolar avaliado através da capacidade de promoção da frequência escolar e dos
resultados das aprendizagens escolares dos alunos;
A PRÁTICA de uma cultura de colaboração entre os membros da comunidade educativa.
A PROJECÇÂO da escola a nível social e garantir credibilidade de desempenho da Escola.
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ANEXOS
Fases da intervenção Estratégias/Actividades Agentes da intervenção
Calendarização
Fa
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- S
ensi
bil
izaçã
o
Sen
sib
iliz
açã
o
Sensibilização para a temática da indisciplina/violência escolar.
Sendo este tema muitas vezes omitido ou desvalorizado é
importante, numa primeira fase, sensibilizar os agentes da
intervenção. A sensibilização visa, progressivamente, o
acolhimento do projecto pelos órgãos da escola, a adesão por
parte do corpo docente e dos funcionários, o apoio dos pais e a
participação dos alunos, incitando, simultaneamente, todos os
agentes, a serem co-autores dos objectivos do projecto.
Formação de grupos de trabalho
na escola;
Apresentação do projecto a
todos os docentes;
Divulgação do projecto a todos
os intervenientes.
Realização de debates e criação
de cartazes, prospectos e
campanhas ilustrativas com
linguagem acessível ao público-
alvo.
Órgãos de escola;
Professores
Funcionários
Pais
Alunos
Psicóloga
Técnico da Acção Social
Coordenadora do projecto de
saúde escolar.
Reunião com a equipa de
intervenção
Campanha de sensibilização: Ao
longo do ano lectivo
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F
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Dia
gn
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Fas
e 1
Constituição de uma equipa (constituída por diferentes agentes
educativos) de implementação e acompanhamento do projecto
de convivência em meio escolar.
Diagnóstico, realizado através de entrevistas a diversos agentes
educativos no sentido de identificar as situações críticas,
analisar as situações convergentes e as expectativas dos agentes
educativos (professores, funcionários, alunos e pais).
Constituição de uma
equipa (constituída
por diferentes agentes
educativos) de
implementação e
acompanhamento do
Projecto de
convivência em meio
escolar.
Participações disciplinares
Participações de ocorrência
Participações orais dos
alunos e dos pais dos alunos.
Equipa de implementação
e acompanhamento do
projecto de convivência
em meio escolar.
No início de cada ano lectivo
Fa
se 3
- S
inali
zaçã
o
Sinalização de potenciais situações de indisciplina/Conflito.
Com base na análise das
Participações de
indisciplina/ocorrência/orais
Ao longo do ano
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F
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5-
Op
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Fase
4 –
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ase
5
Continuar a solicitar a colaboração de parceiros sociais,
nomeadamente psicólogos, assistentes sociais, Comissão de
Protecção de Crianças e Jovens em Risco.
Realização de reuniões
com os parceiros sociais
no sentido de formalizar as
parcerias e de estabelecer
compromissos.
Órgão de Gestão, equipa,
de implementação e
acompanhamento do
projecto de convivência
em meio escolar.
Ao longo do ano
Formação
Medidas pedagógicas
Dar formação adequada aos
docentes, não docentes pais
e alunos. É importante
insistir na renovação da
formação. Esta formação
deverá funcionar como um
vector de animação cultural,
de qualificação social, de
indução de cidadania,
robustecendo-a com mais
amplos saberes e mais
diversificadas
competências.
Activar a figura do
professor-tutor e divulgar o
Todos os agentes
educativos
Conselhos de turma
Ao longo do projecto
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Sala de aula
regimento de tutoria.
Criar um currículo adaptado
para os alunos com maiores
dificuldades de
aprendizagem.
Elaboração de Planos
Individuais de Prevenção do
Insucesso e Abandono
Escolar.
Fomentar um programa de
mediação entre pares na
perspectiva de formar
alunos capazes de apoiar a
gestão de conflitos e
prevenir situações de
confronto e choque em
consonância com as regras e
a ordem disciplinar
instituídas na escola.
Dinamizar estratégias de
ensino aprendizagem
Implementar nas aulas de
cidadania o módulo
curricular “Cidadania e
segurança” em todas as
turmas da escola.
Ao longo do ano
De preferência no 1º período
(No presente ano lectivo este
módulo é obrigatório e deverá
ser articulado com as
planificações já existentes).
A leccionação deste módulo
deverá ser sumariada pelos pares
pedagógicos de cidadania.
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Manutenção dos espaços exteriores e interiores da escola
centradas no aluno e no
saber fazer. Implementar
estratégias de “leraning by
doing” e do “activ
learning”
Os professores deverão
praticar um ensino activo e
operacionalizar medidas
de cooperação, estruturar
um plano de trabalho
conjunto, dinamizar as
assembleias de turma e
activar estratégias de “Role
playing”.
Cuidar dos espaços da
escola de forma a torná-la
um espaço acolhedor para
os alunos. Com esta
medida pretende-se
valorizar todos os factores
que possam levar os
Projecto Eco-escolas
A partir do presente período
lectivo
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alunos a gostar da escola.
Por isso ela deve ser, no
seu todo, um espaço
acolhedor, esteticamente
agradável e
funcionalmente adequado.
Esta medida será
articulada com as
actividades do clube do
ambiente e projecto eco-
escolas para que os locais
de recreio e o jardim
possam ser mantidos em
boas condições. Cuidar das
plantas e das árvores do
recreio.
Investir na decoração da
escola tanto ao nível das
salas de aula como nos
espaços de recreio. Os
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Vigilância
clubes existentes na escola
e a professora de EVT
deverão implementar esta
actividade.
Pretende-se com esta
medida transformar a
escola num local aprazível,
onde todos possam
relacionar-se sem
constrangimentos levando
os alunos a desenvolver
um sentimento positivo em
relação à escola.
Reforçar os mecanismos de
vigilância interna para
evitar a prática de qualquer
violência e desacato
(capacidade de impor o
sistema normativo).
Concentrar todos os alunos
no piso inferior durante os
Clubes e área de EVT
Professores, funcionários
e alunos mediadores
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PEE
PAA
períodos de intervalo.
Dinamizar actividades de
animação do recreio.
(elaborar um cronograma
semanal com possíveis
actividades a dinamizar).
Adaptar o Projecto
Educativo (reforço das
actividades de integração
dos alunos no seio da
comunidade escolar).
Incluir as actividades deste
projecto, e outras que
venham a ser propostas nos
departamentos curriculares,
no Plano Anual de
Actividades.
Equipa de intervenção
Conselho Pedagógico e
Assembleia de Escola
Departamentos
curriculares e Conselho
Pedagógico
Bibliografia
Brandão, R. (reimpressão de 2001). As Ilhas Desconhecidas. Notas e Paisagens, Editora Frenesi.
Costa, E.; Matos, P. (2007). Abordagem sistémica do conflito. Lisboa: Universidade Aberta. pp. 75-
120.
Costa, M. E. e Vale, D. (1998). A violência nas escolas. Lisboa: IIE.
Carmo, H. (s/d). Conferência Internacional sobre a Prevenção da Violência na Escola. Apresentação
dos Resultados Finais de Projectos apoiados pela Iniciativa CONNECT - DG Educação e Cultura
“Luta Contra a Violência nas Escolas”.
Grave - Resendes, L. (2004). O Direito à Educação e a Educação dos Direitos, in Educação e Direitos
Humanos, CNE, seminário, painel I – Aprender a Prevenir e a Gerir Conflitos.
Jares, X. (2006). Pedagogia de la convivência. Barcelona: Graó.
Pereira, J. e Gomes, B. (2007). Conflito - gestão do conflito. Coimbra: Instituto Politécnico de
Coimbra.
Schlechty, Phillip (1990), Schools for the 21st Century – Leadership Inperatives for Educational
Reform, San Francisco: Jossey-Bass Publishers.
Netografia
Casos de "bullying" em Portugal precisam de maior compreensão, Jornal de Notícias, disponível em:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=551889
Morgado, José (1999). Política educativa, educação inclusiva e diferenciação ou «Como posso fazer
pedagogia diferenciada se tenho vinte e oito alunos e quatro são diferentes dos outros?». Análise
Psicológica. [online]. mar. 1999, vol.17, no.1 [citado 10 de Julho 2010], p.121-126. Disponível
na World Wide Web:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S087082311999000100013
&lng=pt&nrm=iso
Parecer Nº 3/2002, de 21 de Março de 2002, (Para combater a indisciplina nas escolas), Diário da
República – II Série, nº 68, pp 5480-5485. Disponível em:
http://www.cnedu.pt/files/cnepareceresmodule/Parecer_3_2002.pdf?phpMyAdmin=nWb0ZYNY
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Spaulding, A. (2005). The Impact of High School Teacher Behaviors on Student Aggression. Current
Issues in Education [On-line], 8 (17). Disponível em : http://cie.ed.asu.edu/volume8/number17/