PRONOMES

PRONOMES Pronomes so palavras que acompanham ou substituem o substantivo, em alguns casos, particularizando-os.

Exemplo: Este caderno meu e aquele dele. pronome acompanhando o substantivo cadernosubstituindo o substantivo caderno

No caso, o pronome Este particulariza caderno: no se trata de um caderno qualquer, mas de um especfico a que se reporta o enunciador.

Observe outro exemplo:

Minhas mos esto sujas.No so quaisquer mos que esto sujas: so mos especficas, as minhas.

H, portanto, pronomes que acompanham substantivos e que exercem funo similar dos adjetivos e, por isso, so classificados como pronomes adjetivos, e os pronomes que substituem os substantivos, classificados como pronomes substantivos.Os pronomes podem exercer diferentes funes, dentre elas, as que apresentamos a seguir: 1representar as pessoas do discurso:

1 pessoa quem fala (eu/ns); 2 pessoa com quem se fala (tu/vs); 3 pessoa de quem se fala (ele/ela/eles/elas);

2remeter o leitor a termos j enunciados no texto: Estude: s lhe digo isso.

Ana sempre vem, pois ela adora cinema.

Este livro novo, aquele no.3 antecipar termos a que se far referncia na sequncia do texto

S lhe digo isto: estude.

Sempre o vejo. O vendedor de balas sempre est em frente escola.

4 indicar hierarquia, status entre interlocutores em uma determinada situao comunicativa. Observe alguns exemplos em que se apresentam alguns pronomes de tratamento:

Voc comparecer ao jantar? Se os interlocutores tm relao de proximidade, no h hierarquia ou grande diferena de idade entre eles.

Vossa Senhoria comparecer ao jantar? Se o ouvinte autoridade.

Vossa Excelncia comparecer ao jantar? Se o ouvinte autoridade de alto escalo.

V. Santidade comparecer ao jantar? Se o ouvinte um papa.

V. Magnificncia comparecer ao jantar? Se o ouvinte reitor de uma universidade. H diferentes subclasses de pronomes: 1- Pessoais indicam as pessoas do discurso

Pessoa Pessoais do caso reto Pessoais do caso oblquo

exercem funo de

sujeitoobjeto

1 quem fala eu ns me, mim, nos, comigo, conosco

2 com quem se fala tu vs te, ti, contigo, vs, convosco

3 de quem se fala ele, ela, eles, elas lhe, lhes, se, si, consigo, a, o

Pronomes possessivos Referem-se s pessoas do discurso, atribuindo-lhes posse de algo. Possessivos

Pessoa

1 quem fala singularmeu, minha, meus, minhas

pluralnosso, nossa, nossos, nossas

2 com quem se fala singularteu, tua, teus, tuas

pluralvosso, vossa, vossos, vossas

3 de quem se fala singularseu, sua, seus, suas seus, suas

Pluralseu, sua, seus, suas

Usualmente, o pronome possessivo antecede osubstantivoa que se refere, porm no raro que ele substitua osubstantivo.

Ex: Registrei tudo em seu caderno, mas o seu est em branco.Flexo do pronome possessivo: ele concorda em pessoa com o possuidor e em nmero e gnero com a coisa possuda.

Registrei tudo em seus cadernos, mas o meu est em branco.Seus concorda em pessoa com o possuidor, ele (3 pessoa do singular), e em nmero (plural) com coisa possuda (cadernos).Seus est no masculino, porque concorda em gnero com o objeto possudo, cadernos, caso cadernos seja substitudo por agenda, teremos a forma sua.

Pronomes de tratamento* Referem-se s formas de polidez por meio das quais o locutor reporta-se ao alocutrio. So usados prioritariamente em cartas e e-mails formais, mas tambm esto presentes na abertura de discursos e em outras situaes enunciativas.Na definio da forma a ser utilizada, deve-se considerar a rea de atuao do destinatrio, a posio hierrquica e, em algumas situaes, se o destinatrio mais velho em relao ao enunciador.

Ateno: Para o caso das correspondncias, deve-se considerar que h formas distintas para o endereamento e para o vocativo, como se apresenta nos quadros a seguir;

Autoridades Universitrias

Cargo ou FunoPor ExtensoAbreviatura SingularAbreviatura PluralVocativoEndereamento

ReitoresVossa Magnificncia

ou

Vossa ExcelnciaV. Mag. ou V. Maga.

V. Exa. ou V. Ex.V. Mag.as ou V. Magas.

ou

V. Ex.asou V.Exas.Magnfico Reitor

ou

Excelentssimo Senhor ReitorAo Magnfico Reitor

ou

Ao Excelentssimo Senhor ReitorNomeCargoEndereo

Vice-Reitores

Vossa ExcelnciaV. Ex., ou V.Exa.V. Ex.asou V. Exas.Excelentssimo Senhor Vice-ReitorAo Excelentssimo Senhor Vice-ReitorNomeCargoEndereo

Assessores

Pr-Reitores

Diretores

Coord. de DepartamentoVossa SenhoriaV.S. ouV.Sa.V. S.asou V.Sas.Senhor + cargoAo SenhorNomeCargoEndereo

Autoridades Judicirias


Auditores

Curadores

Defensores Pblicos

Desembargadores

Membros de Tribunais

Presidentes de Tribunais

Procuradores

PromotoresVossa ExcelnciaV. Ex. ou V. Exa.V. Ex.asou V. Exas.Excelentssimo Senhor + cargoAo Excelentssimo SenhorNomeCargoEndereo

Juzes de DireitoMeritssimo JuizouVossa ExcelnciaM. Juiz ou V. Ex., V. Exas.V. Ex.asMeritssimo Senhor Juiz

ou

Excelentssimo Senhor JuizAo Meritssimo Senhor Juiz

ou

Ao Excelentssimo Senhor JuizNomeCargoEndereo

Autoridades Militares


Oficiais Generais (at Coronis)Vossa ExcelnciaV. Ex. ou V. Exa.V. Ex.as, ou V. Exas.Excelentssimo SenhorAo Excelentssimo SenhorNomeCargoEndereo

Outras PatentesVossa SenhoriaV.S. ou V. Sa.V. S.asou V. Sas.Senhor + patenteAo SenhorNomeCargoEndereo

Autoridades Civis


Chefe da Casa Civil e da

Casa Militar

Cnsules

Deputados

Embaixadores

Governadores

Ministros de Estado

Prefeitos

Presidentes da Repblica

Secretrios de Estado

Senadores

Vice-Presidentes de RepblicasVossa ExcelnciaV. Ex. ouV. Exa.V. Ex.asou V. Exas.Excelentssimo Senhor + CargoAo Excelentssimo SenhorNomeCargoEndereo

Demais autoridades no contempladas com tratamento especficoVossa SenhoriaV.S. ouV. Sa.V.S.asou V. Sas.Senhor + CargoAo SenhorNomeCargoEndereo

Autoridades Eclesisticas


ArcebisposVossa Excelncia ReverendssimaV. Ex. Rev.ma ou V. Exa. Revma.V. Ex.as Rev.masou V. Exas. Revmas.Excelentssimo ReverendssimoA Sua Excelncia ReverendssimaNomeCargoEndereo

BisposVossa Excelncia ReverendssimaV. Ex. Rev.ma ou V. Exa. Revma.V. Ex.as Rev.mas ou V. Exas. Revmas.Excelentssimo ReverendssimoA Sua Excelncia ReverendssimaNomeCargoEndereo

CardeaisVossa Eminncia ou Vossa Eminncia ReverendssimaV. Em., V. Ema.ouV. Em. Rev.ma, V. Ema. Revma.V. Em.as, V. Emas.ouV. Emas Rev.masou V. Emas. Revmas.Eminentssimo Reverendssimo ou Eminentssimo Senhor CardealA Sua Eminncia ReverendssimaNomeCargoEndereo

CnegosVossa ReverendssimaV. Rev.maou V. Revma.V. Rev.masV. Revmas.Reverendssimo CnegoAo Reverendssimo CnegoNomeCargoEndereo

FradesVossa ReverendssimaV. Rev.maou V. Revma.V. Rev.masou V. Revmas.Reverendssimo FradeAo Reverendssimo FradeNomeCargoEndereo

FreirasVossa ReverendssimaV. Rev.maou V. Revma.V. Rev.masou V. Revmas.Reverendssimo IrmA Reverendssima IrmNomeCargoEndereo

MonsenhoresVossa ReverendssimaV. Rev.maou V. Revma.V. Rev.masou V. Revmas.Reverendssimo MonsenhorAo Reverendssimo MonsenhorNomeCargoEndereo

PapaVossa SantidadeV.S.-Santssimo PadreA Sua Santidade o Papa

Sacerdotes em geral e pastoresVossa ReverendssimaV. Rev.maou V. Revma.V. Rev.masou V. Revmas.Reverendo Padre / PastorAo Reverendssimo Padre / Pastor

ou

Ao Reverendo Padre / PastorNomeCargoEndereo

Autoridades Monrquicas


ArquiduquesVossa AltezaV.A.VV. AA.Serenssimo + TtuloA Sua Alteza RealNomeCargoEndereo

DuquesVossa AltezaV.A.VV. AA.Serenssimo + TtuloA Sua Alteza RealNomeCargoEndereo

ImperadoresVossa MajestadeV.M.VV. MM.MajestadeA Sua MajestadeNomeCargoEndereo

PrncipesVossa AltezaV.A.VV. AA.Serenssimo + TtuloA Sua Alteza RealNomeCargoEndereo

ReisVossa MajestadeV.M.VV. MM.MajestadeA Sua MajestadeNomeCargoEndereo

Ateno: 1- A forma de tratamento, quando usada por extenso, demonstra maior respeito, e, obrigatoriamente deve ser usada em correspondncia endereada ao Presidente da Repblica, mas pode ser utilizada para qualquer outro destinatrio, indiferente do cargo que ele ocupe.

2- Voc uma forma de tratamento usada por pessoas entre as quais h certa intimidade ou quando no h relao de hierarquia.

3- Na linguagem cotidiana, usa-se seu, como forma reduzida de Senhor.

4- Vossa (Excelncia, Senhoria, etc.) a forma de tratamento direto, usada para dirigir-se pessoa com quemse fala, ou a quem se dirige a correspondncia (equivale avoc).

Ex: Na certeza de que Vossa Excelncia apresentar uma resposta positiva s expectativas da populao, subscrevo-me.Sua (Excelncia, Senhoria, etc.) uma forma de tratamento utilizada ao fazer referncia pessoade quemse fala (equivale aele fala). Ex: Em resposta aos clamores do povo, Sua Excelncia convocou uma entrevista coletiva.* Contedo adaptado de Formas de tratamento e endereamento. In Manual de redao da Universidade Catlica do Rio Grande do Sul. In http://www.pucrs.br/manualred/tratamento.php Acesso em 22 jun.2013.

Pronomes demonstrativos so os que situam algo no tempo, no espao ou no contexto lingustico (texto). Os pronomes demonstrativos so este, esse, aquele, que podem ser flexionados quando ao gnero (esta, essa, aquela) e quanto ao nmero (estes, esses, aqueles). Podem tambm se apresentar em contraes, como se demonstra no quadro a seguir.

Contraes

preposio + pronomes

de + ele(s) = dele(s)de + ela(s) = dela(s)de + este(s) = deste(s)de + esta(s) = desta(s)de + esse(s) = desse(s)de + essa(s) = dessa(s)de + aquele(s) = daquele(s)de + aquela(s) = daquela(s)de + isto = distode + isso = dissode + aquilo = daquilode + aqui = daquide + a = dade + ali = dalide + outro = doutro(s)de + outra = doutra(s) em + ele(s) = nele(s)em + este(s) = neste(s)em + esta(s) = nesta(s)em + esse(s) = nesse(s)em + aquele(s) = naquele(s)em + aquela(s) = naquela(s)em + isto = nistoem + isso = nissoem + aquilo = naquilo

a + aquele(s) = quele(s)a + aquela(s) = quela(s)a + aquilo = quilo

Situaes de uso dos pronomes demonstrativos quanto ao tempo

este, esta, isto, nisto, neste ... marcam presente em relao ao momento da fala. Exemplo: Considerando-se que estas anotaes tenham sido feitas no ano de 2013, podemos dizer: 2013 de maro: este um grande ano. esse, essa, isso, nisso ... marcam passado ou futuro prximos. Ex.: Considerando-se que estas anotaes foram feitas em 2012, e que estamos em 2013, podemos dizer: 2012, esse ano tornou-se inesquecvel! aquele, aquela, aquilo, naquele ... marcam passado distante. Ex.: 1500: aquele foi o ano em que os portugueses chegaram ao Brasil.

Situaes de uso dos pronomes demonstrativos quanto ao espao

este, esta, isto, nisto, neste ... indicam algo que est prximo, a quem fala. Ex.: Esta caneta minha. ( A caneta est prxima ao falante) esse, essa, isso, nisso ... indicam algo que est prximo pessoa com quem se fala. Ex.: Essa caneta sua. (A caneta est prxima ao ouvinte) aquele, aquela, aquilo, naquele ... indicam algo que est distante de quem fala e de com quem se falaAna: Este sorvete meu. (O sorvete da falante e est prximo a ela.)Clara: Esse sorvete de chocolate? ( O sorvete da ouvinte e est prximo a ela.)Ana: No, de chocolate aquele que ficou na sorveteria. (Um sorvete que est distante do falante e do ouvinte)

Situaes de uso dos pronomes demonstrativos quanto ao contexto lingustico

este, esta, isto, nisto, neste ... antecipam algo que ainda ser explicitado.

Ex.: S lhe digo: isto: estude

esse, essa, isso, nisso ... retomam algo anteriormente explicitado. Ex.: Estude: s lhe digo isso.

Caso especial: embora, usualmente, o pronome relativo este seja utilizado para antecipar algo a ser enunciado, quando h a retomada de dois elementos subsequentes (seguidos) em texto e ambos so retomados por pronomes demonstrativos, utiliza-se este para o que foi enunciado por ltimo e aquele para o que foi enunciado primeiro.

Exemplos: Joo e Pedro estudam no Santa Marcelina: este novato, mas aquele no.

Gosto de fevereiro e de setebro: deste por causa das flores e daquele pelo carnaval.

Ateno: pode ocorrer sobreposio das situaes de uso. Em 2012, esse ano tornou-se inesquecvel!, a forma esse em que se encontra o pronome, tanto se justifica por ter como expresso referencial um termo anteriormente explicitado, quanto por fazer referncia a um passado prximo em relao ao momento da enunciao.

Pronomes relativos so palavras que representam/substituem substantivos ou pronomes que j apareceram na frase. Essa substituio no ocorre no interior de uma mesma orao: eles substituem um substantivo (ou pronome) j referido em orao imediatamente anterior quela na qual o pronome relativo se encontra. Essa substituio tem o objetivo de evitar a repetio desnecessria de palavras. Os pronomes relativos so mecanismos de coeso, uma vez que ligam uma orao (principal) outra (subordinada adjetiva). A orao iniciada pelo pronome relativo exerce a funo de um adjetivo, ou seja, caracteriza a palavra ou expresso substituda por ele. A orao iniciada pelo pronome relativo , portanto, uma orao adjetiva. O pronome relativo deve aparecer imediatamente aps a palavra ou expresso que ele substitui. Essa palavra ou expresso chamada antecedente.Exemplos:Marquei O GOL. O GOL decidiu o jogo.Temos nessas oraes a repetio da expresso O GOL. Para evitar essa repetio, usaremos um pronome relativo. Observe:Marquei O GOL. O GOL decidiu o jogo. 1 orao 2 orao

Marquei O GOL que decidiu o jogo. 1 orao 2 orao

Nesse caso, para evitarmos a repetio da expresso o gol, usamos a palavra que, que um pronome relativo e cumpre a funo de ligar uma orao outra, evitando repetio desnecessria da palavra em foco.

No exemplo dado, o antecedente a expresso o gol, e o pronome relativo que, conforme dito anteriormente, est colado no antecedente.A orao que decidiu o jogo uma orao adjetiva, pois caracteriza o gol que foi marcado.

Sintetizando:

1- A orao iniciada por um pronome relativo sempre ser uma orao adjetiva, ou seja, o pronome relativo iniciar uma orao que tem o objetivo de caracterizar a palavra ou expresso cuja repetio foi evitada por ele.2- O pronome relativo, ao mesmo tempo em que evita a repetio de uma palavra ou expresso, introduz uma orao que caracterstica para a palavra que ele substitui.3- Para verificarmos se uma palavra um pronome relativo, devemos observar se ela evita a repetio da palavra ou expresso que aparece imediatamente antes dele. Observe:O menino desapareceu. O menino estava doente.1 orao 2 orao

O menino que estava doente desapareceu.Incio da 1 orao 2 orao final da 1 orao

Nesse exemplo, considerando que a expresso que se repete (O menino) no est ao final da orao que se manter sem alteraes, a primeira orao ser partida para que o pronome relativo e a orao adjetiva venham colados ao antecedente.Se mantivermos inalterada a 2 orao, teremos:O menino que desapareceu estava doente.

Situaes de uso dos pronomes relativosSo oito os pronomes relativos: que, quem, qual, onde, como, quanto, quando, cujo e, embora todos desempenhem as mesmas funes[footnoteRef:1], eles no podem ser utilizados indistintamente necessrio que se observe a adequao do pronome relativo natureza do antecedente, conforme demonstrado no quadro que se segue. [1: Conforme visto anteriormente, os pronomes relativos evitam a repetio desnecessria de palavras, ao mesmo tempo em que ligam uma orao adjetiva sua principal.]

Pronomes relativosSituaes de usoExemplosObservaes

QueSubstitui pronomes, nome de pessoa, objetos, animais, sentimentos ou coisas.Vi um cachorro.O cachorro bravo.

Vi um cachorro que bravo.O cachorro que vi bravo.Esse pronome pode ser substitudo pelo pronome qual. Pode ser utilizado com ou sem preposio, mas no deve ser usado aps preposio com duas ou mais slabas.

inadequada, portanto, a construo: O assunto sobre que falei delicado. Nesse caso, mais adequado O assunto sobre o qual falei delicado. Ou O assunto de que falei delicado.

QualSubstitui nome de pessoa, objetos, animais, sentimentos ou coisas Exemplo 1Encontraram o escoteiro.

O escoteiro perdera-se na mata.Encontraram o escoteiro o qual se perdera na mata.

O escoteiro o qual encontraram perdera-se na mata.

Exemplo 2 Fui praia.

Voc falou sobre a praia.

Fui praia sobre a qual voc falou.Qual um pronome relativo varivel, ou seja, possui masculino, feminino, singular e plural. Esse pronome ser flexionado de acordo com seu antecedente. O qual, em algumas situaes, pode ser empregado no lugar de que ou quem. O pronome qual sempre ser antecedido de um artigo.

QuemRefere-se a pessoas ou a animais personificados.Encontrei-me com o garoto.O garoto estava doente.O garoto com* quem me encontrei estava doente. O garoto com* o qual me encontrei estava doente.Encontrei-me com* o garoto quem estava doente.[footnoteRef:2] [2: 4 Essa estrutura inadequada, uma vez que o pronome quem somente utilizado, quando antecedido de preposio. Embora na frase anterior o pronome quem retome o nome de pessoa, nesse caso, deve-se usar o qual, pois o pronome quem no pode ser utilizado quando no antecedido de uma preposio.]

Pode ser substitudo pelo pronome qual.* Esse pronome no pode ser usado sem que seja antecedido por uma preposio.


Onde

Substitui palavras ou expresses que indiquem lugar.Equivale a em que:A casa onde moro.A casa em que moro.

Substitui palavras ou expresses que indiquem lugar, em situaes nas quais haja a ideia de movimento, ou quando o verbo da orao adjetiva pede a preposio a.Quando o verbo pede a preposio de, teremos a forma donde

Exemplo 1Coloquei seu livro na estante.A estante caiu.

A estante onde coloquei seu livro caiu.

Exemplo 2Fui cidade.A cidade histrica.

A cidade aonde fui histrica.O pronome onde foi corretamente usado, uma vez que estante o lugar em que o livro estava. A estante em que coloquei seu livro caiu.

No 2 exemplo, usamos aonde (a preposio + onde pronome relativo) uma vez que o verbo ir pede a preposio a: quem vai, vai a algum lugar: o lugar aonde fui. A cidade aonde fui histrica.Ressalta-se tambm que quem vem, vem de algum lugar, de modo que, com esse verbo, teremos: A cidade donde venho distante. (de + onde)

QuantoEsse pronome utilizado para retomar um pronome indefinido: algum, nenhum, tudo, nada etc.Falei tudo.

Tudo verdade.

Tudo quanto falei verdade.


ComoO relativo como utilizado quando os antecedentes so expresses que denotem modo, maneira ou forma.Ele chegou de maneira desconfiada.

Riram dessa maneira.

Riram da maneira como ele chegou.

Quando a palavra como no est retomando uma expresso que denote modo, maneira ou forma, ela no ser um pronome relativo. Possivelmente, ser uma conjuno de causa, comparao ou conformidade. Veja exemplos:Como no chegou, sairei. conj. causal.Chover como previsto.

conj. conformativa

Ele nada como um peixe.

conj. comparativa

CujoEsse pronome utilizado quando h a ideia de posse entre o que vem depois do pronome relativo em relao ao antecedente.O menino chorou.O cachorro do menino sumiu.O menino CUJO cachorro sumiu chorou. O pronome CUJO marca a relao de posse entre cachorro e menino: cachorro do menino. Nesse exemplo, cujo est no masculino/ singular, porque cachorro est no masculino/singular.O menino cujas MOEDAS sumiram chorou.Nesse caso, o pronome cujo est na forma feminino/plural, concordando com a palavra moedas, que tambm est no feminino/plural.

O pronome cujo flexiona-se quanto ao gnero e ao nmero e NUNCA deve vir sucedido por artigo, pois a marca de gnero j est no pronome. NO se deve, portanto, dizer cujo o ou cuja a: basta dizer cujo ou cuja.Esse pronome deve concordar em gnero e nmero com o que vem depois dele e no com o antecedente.


QuandoEsse pronome no deve ser confundido com a conjuno quando. A conjuno quando marca a relao de tempo entre duas oraes; o pronome relativo quando retoma uma ideia de tempo, evitando a repetio dessa e atribuindo-lhe uma caracterstica.

Comprei essas joias naquele tempo.

Naquele tempo o ouro era barato.

Comprei essas joias naquele tempo quando o ouro era barato.

Essa orao uma or. subord. adjetiva e no uma or. subord. adv. temporal, pois o quando nela presente um pronome relativo, no uma conjuno temporal, pois retoma e evita a repetio da expresso naquele tempo.

Lembre-se de que uma palavra somente ser um pronome relativo quando evita a repetio de seu antecedente.No exemplo a seguir, quando uma conjuno temporal:Ele chegou quando o jantar foi servido.Essa orao uma or. subord. adv. temporal e no uma adjetiva, pois o quando nela presente NO um pronome relativo, j que no evita a repetio de um substantivo que denote tempo.

Observaes importantesComo se pde perceber, algumas vezes, o pronome relativo vir antecedido de preposio, outras no. Considere que o que define o uso ou no de uma determinada preposio antes do pronome relativo o verbo da orao adjetiva, ou seja, o verbo da orao que iniciada pelo pronome relativo.Veja:Conversei com o rapaz. Falavam sobre o rapaz. preposioConversei com o rapaz sobre o qual falavam. Or. subord. adjetiva caracteriza rapaz, pois no um rapaz qualquer.

Nesse caso, a expresso o rapaz foi substituda pelo pronome relativo qual, que, obrigatoriamente foi antecedido pela preposio sobre, uma vez que o verbo da orao adjetiva em destaque falar, e quem fala, fala sobre algo.

Um outro exemplo:

Contei a histria a seu pai. Seu pai repetiu essa histria. preposio

Seu pai, a quem contei a histria, repetiu-a. or. subord. adjetiva orao principal

Nesse exemplo, o verbo da orao adjetiva contei, e quem conta, conta alguma coisa (a histria) a algum.

Quando o verbo da orao adjetiva no pede preposio, o pronome relativo no ser antecedido de preposio:

Comprei um cachorro. O cachorro fugiu.

O cachorro que comprei fugiu.

Or. subord. adjetiva

Quem compra, compra alguma coisa, logo o verbo comprar no pede preposio, por isso o pronome relativo, nesse perodo, no foi antecedido de preposio.

ATENO Caso voc no tenha conhecimento sobre a funo das preposies, quais so elas e o valor semntico de cada uma, recorra ao tpico desse material que aborda essa classe de palavras, pois, sem esses conhecimentos, voc poder encontrar dificuldades para operar com os pronomes relativos em conformidade com o registro padro

LEMBRE-SE o verbo da orao adjetiva que determinar se o pronome relativo ser ou no antecedido por uma preposio e qual ser essa preposio.

Observe:

O carro sobre o qual lhe falei no meu.

Temos, nesse perodo, duas oraes:

orao principal: O carro no meuorao subordinada adjetiva: sobre o qual lhe falei.

O pronome relativo qual foi antecedido da preposio sobre, porque o verbo da orao adjetiva, falei, pediu essa preposio, j que quem fala, fala sobre algo.

Veja um novo exemplo:

Este o amigo com quem estive.

Nesse caso, o pronome relativo quem foi antecedido pela preposio com, uma vez que o verbo estive pediu essa preposio, pois quem est, est com algum.

As oraes adjetivas somente no sero iniciadas por um pronome relativo, quando forem reduzidas, ou seja, quando seus verbos estiverem no infinitivo, gerndio ou participativo.

Exemplo: O garoto saindo do cinema meu irmo.

orao subordinada adjetiva reduzida de gerndio (no foi iniciada pelo pronome relativo)

O garoto que saiu do cinema meu irmo.

orao subordinada adjetiva (No uma orao reduzida, pois o verbo no est no infinitivo gerndio ou particpio. Como no se trata de uma orao reduzida, ela foi iniciada por um pronome relativo)

Pronomes indefinidos so aqueles que fazem referncia 3 pessoa gramatical, tornando-a vaga, imprecisa.pronomes indefinidos

Variveisinvariveis

SingularPlural

masculinofemininomasculinofeminino

algumnenhumtodomuitopoucovriotantooutroquantoalgumanenhumatodamuitapoucavriatantaoutraquantaalgunsnenhunstodosmuitospoucosvriostantosoutrosquantosalgumasnenhumastodasmuitaspoucasvriastantasoutrasquantasalgumningumoutremtudonadaalgocada

Saiba um pouco mais sobre esses pronomes...Todos chegaram. No sei quem, nem quantos. (Eles 3 pessoa)

Tudo que vier lucro. No se especifica o que seria lucro.

Essa subclasse dos pronomes utilizada como estratgia nos textos de suspense, para se construir o clima; em textos jornalsticos, quando no se tem certeza da autoria dos fatos; ou por aqueles que denunciam algo, mas no querem comprometer aquele que o desencadeou, como se percebe no exemplo a seguir:Uma criana cai sobre a lixeira da sala 204 e a quebra...Considerando que a 204 seja uma sala de aula, um colega comenta o fato, e, mesmo sabendo quem quebrou a lixeira, no expe o autor do ato: protege-o por meio do uso do pronome indefinido Algum: Algum quebrou a lixeira.

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