PROPOSTA METODOLÓGICA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL … · LACAM / CEPLAN - Faculdade de Arquitetura e...

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PROPOSTA METODOLÓGICA DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA DO INSTITUTO CENTRAL DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Romero, Marta; Andrade, Liza; Clímaco, Rosana. LACAM / CEPLAN - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de Brasília ICC Norte – Campus Universitário – 70910-090- Brasília – DF – Brasil [email protected] RESUMO Este trabalho apresenta uma proposta metodológica que reúne instrumentos de avaliação ambiental integrada para edifícios complexos, tratando-os como objetos arquitetônicos que geram contextos sociais, econômicos e ambientais diversos. O método já foi usado na avaliação do edifício Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília. Essa avaliação é feita, primeiro, através de uma análise sensorial, com um checklist, de categorias e subcategorias de desempenho a serem estudadas, tais como: conforto térmico, luminoso e acústico. Em seguida, são relacionados os atributos espaciais com as condições de desempenho ambiental às quais são atribuídos valores de adequabilidade. Dessa forma, são definidos indicadores do ambiente construído que se relacionam diretamente com os resultados de desempenho ambiental. Finalmente, os indicadores são avaliados pelo enfoque da sustentabilidade, conforme as condições climáticas locais, e conforme as características do projeto arquitetônico, dada sua grande diversidade mórfica, de usos e de requerimentos para a obtenção de condições de conforto ambiental. ABSTRACT This paper presents a method for an environmental integrated evaluation of complex buildings that treats them as architectural objects generating diverse social, economic and environmental contexts. It has been applied to the Central Institute of Sciences of the University of Brasília. This evaluation involves first a sensorial analysis, with a list of categories and subcategories of properties to be checked and studied, such as thermal, lighting and acoustic comfort. Spacial attributes are then related to the building environmental performance conditions, to which adequacy values are attributed. Thus, built environment indicators directly related to their performance are defined. Finally, the indicators are evaluated from the viewpoint of sustainability according to local climatic conditions and to the characteristics of the architectural project, given its great morphic diversity of uses and requirements for the obtaining of environmental comfort conditions. 1. INTRODUÇÃO O edifício do Instituto Central de Ciências, conhecido como o Minhocão da UnB, de concepção arrojada e monumental, não teve uma ocupação planejada adequadamente que atendesse à velocidade e à dinâmica das transformações do conhecimento acadêmico e científico. Apresenta condições físico- ambientais bastante diversificadas conforme seus três pavimentos, blocos, alas e orientações. As adaptações aos usos por que tem passado ao longo de seus mais de quarenta anos de existência, aumentaram ainda mais a diversidade de suas condições ambientais. Atualmente seus usuários demonstram uma insatisfação geral em relação a essas condições o que gerou a necessidade de um trabalho de readequação ambiental. Isso foi proposto pela administração desta universidade através do seu Centro de Planejamento (CEPLAN). - 1639 -

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  • PROPOSTA METODOLGICA DE AVALIAO AMBIENTAL INTEGRADA DO INSTITUTO CENTRAL DE CINCIAS DA

    UNIVERSIDADE DE BRASLIA

    Romero, Marta; Andrade, Liza; Clmaco, Rosana. LACAM / CEPLAN - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Braslia

    ICC Norte Campus Universitrio 70910-090- Braslia DF Brasil [email protected]

    RESUMO

    Este trabalho apresenta uma proposta metodolgica que rene instrumentos de avaliao ambiental integrada para edifcios complexos, tratando-os como objetos arquitetnicos que geram contextos sociais, econmicos e ambientais diversos. O mtodo j foi usado na avaliao do edifcio Instituto Central de Cincias da Universidade de Braslia. Essa avaliao feita, primeiro, atravs de uma anlise sensorial, com um checklist, de categorias e subcategorias de desempenho a serem estudadas, tais como: conforto trmico, luminoso e acstico. Em seguida, so relacionados os atributos espaciais com as condies de desempenho ambiental s quais so atribudos valores de adequabilidade. Dessa forma, so definidos indicadores do ambiente construdo que se relacionam diretamente com os resultados de desempenho ambiental. Finalmente, os indicadores so avaliados pelo enfoque da sustentabilidade, conforme as condies climticas locais, e conforme as caractersticas do projeto arquitetnico, dada sua grande diversidade mrfica, de usos e de requerimentos para a obteno de condies de conforto ambiental.

    ABSTRACT This paper presents a method for an environmental integrated evaluation of complex buildings that treats them as architectural objects generating diverse social, economic and environmental contexts. It has been applied to the Central Institute of Sciences of the University of Braslia. This evaluation involves first a sensorial analysis, with a list of categories and subcategories of properties to be checked and studied, such as thermal, lighting and acoustic comfort. Spacial attributes are then related to the building environmental performance conditions, to which adequacy values are attributed. Thus, built environment indicators directly related to their performance are defined. Finally, the indicators are evaluated from the viewpoint of sustainability according to local climatic conditions and to the characteristics of the architectural project, given its great morphic diversity of uses and requirements for the obtaining of environmental comfort conditions.

    1. INTRODUO O edifcio do Instituto Central de Cincias, conhecido como o Minhoco da UnB, de concepo arrojada e monumental, no teve uma ocupao planejada adequadamente que atendesse velocidade e dinmica das transformaes do conhecimento acadmico e cientfico. Apresenta condies fsico-ambientais bastante diversificadas conforme seus trs pavimentos, blocos, alas e orientaes. As adaptaes aos usos por que tem passado ao longo de seus mais de quarenta anos de existncia, aumentaram ainda mais a diversidade de suas condies ambientais. Atualmente seus usurios demonstram uma insatisfao geral em relao a essas condies o que gerou a necessidade de um trabalho de readequao ambiental. Isso foi proposto pela administrao desta universidade atravs do seu Centro de Planejamento (CEPLAN).

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  • Apresentamos neste trabalho, o mtodo de avaliao de desempenho ambiental desse edifcio, Instituto Central de Cincias (ICC), com vistas definio de diretrizes de adequao para a melhoria ambiental. Esta avaliao est sendo realizada pelo grupo de pesquisa em Sustentabilidade em Arquitetura e Urbanismo do Programa de Ps-graduao e pelo Laboratrio de Controle Ambiental (LACAM) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Braslia.

    O mtodo foi dividido em trs etapas: planejamento: definio de espaos tpicos, anlise sensorial, avaliao e definio de indicadores de desempenho ambiental; verificao e elaborao de diagnstico: medies, simulaes e anlise dos resultados; e a etapa final, elaborao de diretrizes de projeto para a adequao dos ambientes tpicos.

    A definio de espaos tpicos do ICC foi feita atravs da indicao de espaos que se repetem e apresentam caractersticas fsicas semelhantes que talvez possam ser mantidas, ou objeto de proposta de melhoria ou ainda, que devem ser totalmente modificadas, por terem condies de desempenho ambiental muito inadequadas.

    2. SOBRE O EDIFCIO OBJETO DA AVALIAO O primeiro plano urbanstico desenhado para a Universidade de Braslia foi feito por Lucio Costa, com a proposta de 8 institutos alm de 14 designaes que organizavam os 267 hectares reservados entre a Asa Norte e o lago Parano (QUEIROZ, 1990, p.46). De 1962 a 1964 o arquiteto Oscar Niemeyer dirige o CEPLAN desenvolvendo os projetos do Instituto Central de Cincias - ICC (1963-71 com colaborao Joo da Gama Filgueiras Lima), dos edifcios de apoio e da Praa Maior da universidade (no executado). Posteriormente Niemeyer re-estuda a volumetria das diversas reas do Campus, sempre tomando o ICC como o edifcio que deveria reger as possveis composies do plano de ocupao da cidade universitria. Todos os perodos de evoluo do Campus tm afirmado o ICC como a espinha dorsal da universidade, assim como local de vivncia cultural e de encontros interdepartamentais. Divide e ordena os zoneamentos e o sistema virio do campus (QUEIROZ, 1990, p.10).

    Nos primeiros desenhos realizados, foram reunidos em um s edifcio a Matemtica, a Qumica, a Fsica e a Biologia os primeiros departamentos a integrarem o ICC. Oscar Niemeyer reuniu os institutos em um nico prdio. Este edifcio traduzia o esprito da Universidade na ocasio. Pela sua modulao fsico-funcional que permite grande flexibilidade de uso, acabou por absorver a maioria das unidades acadmicas, chegando-se at mesmo a utilizarem seus subsolos para o funcionamento de salas de aulas, em realidade adequados somente para depsitos e uns poucos laboratrios de apoio (FUB, 1998, p.81). Para a maioria das unidades acadmicas, o ICC foi uma espcie de berrio, que abrigou sua criao e constituio at a migrao de algumas unidades acadmicas para novos edifcios. Porm, essa espcie de espao piv, poder continuar desempenhando o papel de apoio multi-utilitrio para diferentes unidades acadmicas.

    3. QUANTO FORMA DO EDIFCIO Fruto de uma concepo audaciosa possui alguns espaos extremamente agradveis e, apesar de suas dimenses imensas, surpreende pela discrio de sua presena na paisagem. O edifcio compreendido como um grande bloco composto de duas alas paralelas, com ptio central em toda a extenso dos seus 720 metros. As duas alas so ligadas entre si por alamedas transversais e praas, que entrecortam o jardim ao longo de todo o bloco central. Cada ala, de larguras diferentes, foi concebida para destinaes distintas: a mais larga de 30 m, com parte em p direito duplo para laboratrios de pesquisa; e a mais estreita de 25 m, provida de anfiteatros e salas de aula de capacidade varivel, servindo principalmente a atividades de ensino. O volume no sentido longitudinal formado por dois blocos unidos por uma rea originalmente proposta para abrigar laboratrios, a ser coberta por cpulas de concreto, que no foram construdas (BRAGA, 1997, p.61). Os jardins internos e a arborizao dos estacionamentos so de autoria dos arquitetos Miguel Pereira e Nelson Saraiva (ABRIL, 2000, p.162). Foram previstos, no projeto inicial, ligaes fsicas pela cobertura das praas, equipamentos sobre o vazio central, passarelas nos halls do mezanino e um pergolado de proteo solar, no entanto isso no foi realizado (QUEIROZ, 1990, p.12). (Ver Fig. 1)

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  • ICC

    Fig.1 - Implantao e Carta Solar do Instituto Central de Cincias ICC/UnB Fonte: CEPLAN, 2005

    As alas norte e sul compem os segmentos retos do edifcio, enquanto a parte intermediaria um trecho curvo que acompanha de maneira natural a topografia do sitio. A concordncia, entre os segmentos retos e curvos intermedirios marcada pelos halls centrais de distribuio e pelos grandes mezaninos que ligam as duas alas no primeiro nvel do piso. Pelo projeto inicial, essas reas seriam cobertas protegendo os mezaninos. Uma rua interna percorre o bloco em toda a extenso, sob a ala dos laboratrios. A rea livre entre as alas, tambm se destina a laboratrios, cuja cobertura se apia nas paredes longitudinais das mesmas, na altura e forma solicitadas.

    A fachada leste voltada para o lago Parano predominantemente envidraada, ao contrario da fachada oeste com aberturas mais reduzidas. Nas faces externas leste e oeste h brises verticais mveis em toda sua extenso.

    4. TCNICA CONSTRUTIVA A concepo modular do prdio, pela prpria ossatura facilita a conduo das instalaes toda superfcie construda, coerente com o conceito de flexibilidade para permitir as transformaes necessrias em funo da dinmica dos programas de necessidades os diversos institutos e faculdades (NIEMEYER, p.300, EDITIONS ALPHABET, PARIS, 1976 In QUEIROZ, 1990, p.80). A rea construda e de 118.097,00 m2 (incluindo 3.710 m2 de reas no aproveitveis sob o auditrio) assim distribuda: rea til: 65.808,00, Circulao e jardins 52.289,00. Estruturada com Pilares pr - moldados, espaados 3 m de eixo a eixo, com 20 cm de espessura; vigas do trreo e mezanino para permitir passagem das instalaes, espessura mdia 18 cm no vo maior, vigas cobertura em perfil T, vencendo vo mximo de 30 m com 1,20 e peso 45 toneladas e lajes com mdulo de 1 m pelo vo correspondente.

    Segundo Queiroz (1990), no foram concludos os elementos arquitetnicos necessrios integridade do edifcio, como um todo: abbadas, lajes sobre os halls principais, brise soleils, forros falsos acabamentos dos topos de paredes e fechamentos de pilares duplos em chapa metlica, revestimentos de paredes, exausto da cobertura, revestimento da fachada oeste necessria proteo trmica e impermeabilizao. Assim como as salas de professores nos subsolos, contradizendo a proposta original do projeto, deveriam ser objeto de acabamentos especficos, contando com rea suficiente, esquadria interna e jardim contra o muro de arrimo devidamente convertido em painel artstico por razo tcnica construtiva alm da convenincia ambiental sendo fundamental preservar a ventilao cruzada natural (QUEIROZ, 1990, p.81).

    5. ALGUNS EMBASAMENTOS Pela similaridade de objeto de anlise (edifcio de campus universitrio) foi analisado o trabalho de Russo (2004), que avalia as condies de conforto trmico e luminoso, atravs das estratgias de ventilao e iluminao natural nos estdios da FAU/USP durante o vero, de dezembro a janeiro. Realiza coleta e anlise dos dados internos e externos, alm de simulaes por computador com o uso do software TAS. Com medies em um dos estdios e no trio central e dados climticos externos (temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e radiao) foram feitas as simulaes

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  • computacionais com o programa TAS para avaliar propostas de melhoria das condies de conforto. Os objetivos das medies foram: estabelecer a situao trmica, o efeito do calor radiante, avaliar os nveis de iluminao natural e estabelecer o percurso e velocidade do vento dentro do edifcio.

    Em estudo recente1 sobre o ICC, foi verificado muito desconforto em salas de aulas atribudas s definies dos projetos arquitetnicos e ao equacionamento equivocado de variveis de projeto. Por exemplo, as condies de ventilao, mais especificamente das aberturas e/ou fechamentos (posio, dimenses, materiais, forma, etc...), a incidncia da radiao solar direta, tanto pelas cargas trmicas que acarreta atravs da cobertura e dos vidros, quanto pela iluminao natural, e pelas definies de orientao, com fachadas leste e oeste predominantemente.

    6. MTODO PARA AVALIAO DE DESEMPENHO AMBIENTAL DO ICC A qualidade na Construo Civil est relacionada com os aspectos do produto ou servio que satisfazem as necessidades do usurio, estando associado ao desempenho satisfatrio dos ambientes e das relaes ambiente & comportamento (RAC). Assim, torna-se importante estabelecer indicadores de desempenho fsico dos ambientes relacionados aos elementos e materiais da construo para prevenir ou consertar falhas na fase de elaborao e execuo dos edifcios.

    A Avaliao Ps-Ocupao (APO) consiste basicamente na avaliao do desempenho fsico/ambiental e da satisfao do usurio. Os mtodos e tcnicas da APO aplicados habitao social, desenvolvidos por Romro e Ornstein (2003), diagnosticam fatores positivos e negativos no decorrer do uso a partir da anlise de aspectos socioeconmicos, de infra-estrutura, de satisfao dos usurios, dos sistemas construtivos, da funcionalidade, do consumo energtico e conforto ambiental, e por fim, da relao entre custos e benefcios dos edifcios. Este trabalho, porm, desenvolve uma pesquisa terico-prtica, com aplicao de alguns conceitos e procedimentos metodolgicos de Avaliao do Conforto Ambiental utilizados em mtodo de Avaliao Ps-Ocupao (APO).

    A Avaliao do Conforto Ambiental engloba reas com especificidades distintas que podem ser resumidas em avaliao do conforto trmico, acstico e luminoso. Segundo Romro e Ornstein (2003) essas reas dependem de uma multiplicidade de variveis que vo de um mbito mais geral a outros muito especficos, divididas em variveis climticas e de orientao da edificao, variveis relativas s exigncias humanas e funcionais e variveis de projeto e construtivas.

    Tendo em vista a complexidade e as variveis de ocupao do presente estudo, o edifcio do Instituto Central de Cincias da Universidade de Braslia que abriga vrios institutos e departamentos educacionais em constante remanejamento ao longo dos seus 40 anos de existncia optou-se por no aplicar questionrios sobre a satisfao dos usurios em relao aos espaos estudados. Neste sentido, a ossatura e a pele2 do edifcio foram priorizadas na avaliao ps-ocupao.(Fig.2)

    Fig.2 - Foto e Panorama geral da instalao dos pilares e das vigas transversais que formam os prticos dos blocos do ICC (croqui de Oscar Kneipp, 1963) Fonte: CEPLAN, 2005.

    1 Apresentado no PLEA e ENCAC 2001, considera recomendaes de diretrizes construtivas, os parmetros de conforto, os limites de temperatura e de umidade relativa do ar compreendidos nas zonas de conforto. 2 A ossatura diz respeito estrutura da edificao e a pele, tambm chamada de envoltura ou envolvente, segundo Romero (2001) formada por um conjunto de barreiras e conectores energticos (radiantes, de ar, ou trmicos) entre o exterior e o interior.

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  • Elaborou-se um mtodo especfico para esta situao especfica, iniciada com a definio dos espaos significativos do ICC, denominados de espaos tpicos: salas de aula, de professor, de alunos de ps-graduao, laboratrios (aulas prticas), salas para administrao (secretarias, sala de coordenadores, de reunies), auditrios e banheiros. Por meio do levantamento de dados de plantas atualizadas, identificou-se a ocupao atual e estabeleceu-se um programa de avaliao dos espaos tpicos de acordo com os planos de ocupao futura definidos pelo CEPLAN.

    Essa avaliao de desempenho ambiental das condies fsico-ambientais do ICC levou em conta as diferentes caractersticas de seus trs pavimentos, blocos e alas.

    O trabalho, na etapa de planejamento, levantamento, avaliao e definio de indicadores, foi dividido em duas fases. Na primeira fase foi feito um levantamento, por meio de quadros de avaliao tipo checklist, dos materiais envolventes dos componentes do edifcio (considerando cada espao tpico selecionado) e uma apreciao sensorial do conforto trmico, acstico e luminoso do ambiente em questo. Os dois quadros, complementares, foram preenchidos simultaneamente, apesar de contemplarem dados muito diferentes. (Ver Quadro 1 e Quadro 2).

    A partir dos dados levantados nos quadros citados, houve a necessidade de estabelecer indicadores de desempenho ambiental dos ambientes tpicos do ICC, entendidos como uma maneira de relacionar as informaes sobre o desempenho dos fenmenos estudados com os elementos da edificao. Para a construo de indicadores e ndices, esses tm que ter certos atributos que respondam s diferentes dimenses de anlise. Um bom indicador, em geral, deve conter os seguintes atributos: simplificao, quantificao, comunicao, validade e pertinncia.

    Ainda na etapa de planejamento, precisamente na segunda fase, para a elaborao dos indicadores ambientais estabeleceram-se parmetros de pontuao que variam entre 1 e 4, sendo o nvel 4 os considerados de melhor desempenho. Foi lanada uma matriz de indicadores ambientais, nos quais os aspectos relevantes do desempenho ambiental da edificao foram relacionados com os elementos construtivos e componentes das envolventes do edifcio. (Ver Quadro 3)

    Para que a relao do indicador de desempenho ambiental obtivesse uma resposta mais direta com os elementos da edificao foi necessrio considerar: positivo ou negativo (+, -) quando h relao direta e imediata positiva ou negativa no resultado do indicador, mdio (O) quando interfere medianamente no resultado do indicador e neutro ( ) quando o componente no interfere naquele indicador de desempenho ambiental da edificao.

    Alm dos componentes e materiais identificados em cada ambiente, outro aspecto relevante na formao da matriz foi orientao e a localizao dos ambientes em relao ao Instituto Central de Cincias devido a sua morfologia diferenciada ao longo da implantao no terreno, discorrida anteriormente (Figura 3).

    ALA CENTRAL

    rea a ser desocupada

    rea a ser mantida

    ALA SUL ALA NORTE

    Espao tpico

    Fig. 3 - Plantas do Pav. Trro, da Sobreloja e do Subsolo do ICC/UnBFonte: CEPLAN, 2005.

    Bloco B Bloco CBloco A

    - 1643 -

  • s

    PAR

    ED

    E E

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    NA

    ( )

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    ula

    o

    Quadro 1 Quadro tipo checklist dos componentes e materiais dos ambientes tpico

    COMPONENTES E MATERIAIS

    O

    rien

    ta

    o: N

    S

    L

    O

    Porta pivotante madeira pintada c/ manta FORRO

    Alvenaria revestida de cermica c/ material absorvente Sem forro Alvenaria c/ massa pintada cor branca outra cor PVC Frestas h~ Aberturas h~ Pacote branco bege Vidro liso aramado pintado fixo Gesso

    aglomerado laminado Divisrias vidro fibrocimento - cor branca cor branco cor bege

    Eucatex laminado

    branco bege

    metal preto c/ bandeira toda parede correr Dutos de passagem Caixilhos outra cor

    alumnio c/ veneziana c/ grade basculante

    Tela

    Porta c/visor guich dupla madeira laminado Compensado pintado branco Porta c/bandeira madeira vidro grade

    Ori

    enta

    o:

    N

    S L

    O

    Porta pivotante madeira pintada c/manta PISO

    Alvenaria revestida de cermica c/ material absorvente Granito Alvenaria c/ massa pintada cor branca outra cor Paviflex cinza bege Frestas h ~ Aberturas h ~ Cermica Vidro liso aramado pintado fixo Carpete

    fibrocimento cor aglomerado laminado Marmorite cinza Divisrias vidro branca cor branco cor bege

    metal preto c/ bandeira toda parede correr Caixilhos outra cor

    alumnio c/ veneziana c/grade basculante

    Porta c/ visor guich dupla madeira laminado Porta c/bandeira madeira vidro grade

    Ori

    enta

    o:

    N

    S

    L

    O

    Porta pivotante madeira pintada c/ manta EQUIPAMENTOS

    Alvenaria revestida de cermica c/ material absorvente Tubos ensaio Alvenaria c/ massa pintada cor branca outra cor Ar condicionado Frestas h ~ Aberturas h ~ Computadores Vidro liso aramado pintado fixo Impressoras

    fibrocimento cor aglomerado laminado Ventilador Divisrias vidro branca cor branco cor bege

    Exaustores

    metal preto c/bandeira toda parede correr Telefone Caixilhos outra cor

    alumnio c/ veneziana c/ grade basculante

    Fax

    Porta c/ visor guich dupla madeira laminado Caixas de experimentos Porta c/bandeira madeira vidro grade Skiners de condicionam.

    Ori

    enta

    o:

    N

    S

    L O

    Porta pivotante madeira pintada c/ manta MOBILIRIO

    Alvenaria revestida de cermica c/ material absorvente Bancos Bancada Alvenaria c/ massa pintada cor branca outra cor Cadeira aluno rodinha Frestas h ~ Aberturas h ~ Mesa Vidro liso aramado pintado fixo Estantes madeira metal

    aglomerado laminado Arquivos madeira metal Divisrias vidro Fibrocimento cor branca cor branco cor bege

    Bancada c/ armrio

    metal preto c/ bandeira toda parede correr Lavatrio Caixilhos outra cor

    alumnio c/ veneziana c/ grade basculante

    Espelho

    Porta c/ visor guich dupla madeira laminado Sof Porta c/bandeira madeira vidro grade

    Ori

    enta

    o:

    N

    S

    L

    O

    Porta pivotante madeira pintada c/ manta

    VEDOS COBERTURA Alvenaria revestida de cermica c/ material absorvente Laje aparente Alvenaria c/ massa pintada cor branca outra cor Laje pintada cor branca Frestas h ~ Aberturas h ~ Policarbonato Protetores solares Acrlico Vidro liso aramado pintado fixo Fibrocimento

    aglomerado laminado Jardineira Divisrias vidro fibrocimento cor branca cor branco cor bege

    Janelas pequenas - zenital

    metal preto c/ bandeira toda parede correr Revestimento manta geotextil Caixilhos outra cor

    alumnio c/ veneziana c/ grade basculante

    Viga aparente

    Porta c/ visor guich dupla madeira laminado Viga pintada Porta c/bandeira madeira vidro grade Zinco

    - 1644 -

  • Quadro 2 Quadro da anlise sensorial tipo checklist do Conforto Trmico, Luminoso e Sonoro

    CONFORTO TRMICO

    CONFORTO LUMINOSO *A**N

    CONFORTO SONORO

    menor que externa muito abaixo do necessrio

    acima do aceitvel

    agradvel abaixo do necessrio aceitvel quente adequado fora do ambiente muito quente acima do necessrio difuso T

    EM

    P.

    frio uniforme inteligvel

    EX

    TE

    RN

    OS

    esforo na fala bem ventilado desuniforme acima do aceitvel

    ventilado reas de sombras aceitvel pouco ventilado

    ILU

    MIN

    N

    CIA

    reas de nveis excessveis do prprio ambiente

    VE

    NT

    ILA

    OO

    sem ventilao reas de reflexo inteligvel uniforme acmulo de umidade desuniforme

    INT

    ER

    NO

    S

    esforo na fala

    presena de bolor ofuscamento aluno contnuo com poucas variaes adequado ofuscamento professor contnuo com flutuaes e picos seco contrastes altos contnuo e altas intensidades U

    MID

    AD

    E

    muito seco contrastes mdios impulsivo ou intermitente penetraao direta face:

    INT

    EN

    SID

    AD

    E E

    DIS

    TR

    IBU

    I

    O

    LU

    MIN

    N

    CIA

    contrastes baixos

    RU

    DO

    S

    TIP

    OS

    DE

    FO

    NT

    E

    conversao

    penetraao direta plano de trabalho

    transparente alta (sala viva)

    ganhos de calor equipamentos

    translcida medianamente viva

    ganhos de calor por vedaes verticais

    no existe mdia

    ganhos de calor pela cobertura

    agradvel medianamente surda

    ganhos de calor por ocupao

    desagradvel baixa (sala surda)

    inrcia trmica desejvel prejuzo da inteligibilidade boa inrcia trmica indesejvel prejuzo do conforto toda a face esforo na fala

    RA

    DIA

    O

    VIS

    IBIL

    IDA

    DE

    DO

    EX

    TE

    RIO

    R

    muito pequena

    RE

    VE

    RB

    ER

    A

    O

    *A relativo luz artificial ** N relativo luz natural

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  • ESPAO TPICO: AUDITRIO - ANF - 9 ALA: SUL N DA SALA: BT - 193 AVALIAO DOS ATRIBUTOS DOS ESPAOS TPICOS - ICC

    ELEMENTOS DA EDIFICAO/COMPONENTES VEDAES ABERTURAS COBERA

    ORIENTAO PLANTA CORTE

    alve

    naria

    pre

    ta/ b

    ranc

    a

    alv

    . cer

    mic

    a

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    fibr

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    a

    divi

    sria

    mad

    eira

    vidr

    o tra

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    vidr

    o ar

    amad

    o

    vidr

    o pi

    ntad

    o

    *dim

    ens

    es: p

    m g

    *pos

    io

    : s m

    i t

    *tip

    os: c

    b p

    c/ p

    rote

    o

    sola

    r -

    sem

    fres

    tas

    laje

    bra

    nca

    - ci

    nza

    TEMPERATURA 4. agradvel 3. quente 2.muito quente 1. frio

    GANHOS DE CALOR POR EQUIPAMENTOS OU PESSOAS 4.baixo 3. mdio 2. alto 1. muito alto

    LIDADE DO EXTERIOR 4. abertura grande/agradvel 3.abertura mdia/agradvel 2. abertura pequena/agradvel 1.inexistente/desagradvel

    SON

    OR

    O

    4. mdia/adequada 3. medianamente surda 2. medianamente viva 1. alta

    Quadro 3 Matriz de Indicadores Ambientais

    +

    O

    +

    +

    VENTILAO 4. bem ventilado 3.ventilado 2. pouco ventilado 1. sem ventilao

    -

    +

    UMIDADE 4. adequado 3. seco 2. acmulo de umidade 1. presena de bolor

    +

    +

    +

    +

    +

    FATOR SOLAR - PROTEO 4. baixo (pr. alta) 3. mdio (pr. mdia) 2. alto (pr. baixo) 1. muito alto (sem proteo)

    O

    INRCIA 4. alta 3. mdia 2. baixa 1. muito baixa

    +

    +

    +

    +

    T

    RM

    ICO

    N ILUMINNCIA 4. adequada/uniforme 3. abaixo do necessrio ou acima do necessrio/desuniforme 2. muito abaixo ou muito acima/rea de sombra 1. muito precria/ rea de sombra

    A -

    -

    -

    -

    N LUMINNCIA 4. contrastes baixos 3. contrastes mdios 2. contrastes altos/ofuscamento incomdo 1. contrastes muito alto/ofuscamento cegante.

    A -

    -

    -

    -

    LU

    MIN

    OSO

    VISIBI -

    RUDOS EXTERNOS 4. adequado 3. aceitvel/ contnuo com pouca variaes 2. acima do aceitvel/ contnuo com picos ou inteligveis 1. muito acima do aceitvel/ impulsivo ou intermitente

    +

    +

    +

    +

    +

    RUDOS INTERNOS 4. adequado 3. aceitvel/ contnuo com pouca variaes 2. acima do aceitvel/ contnuo com picos ou inteligveis 1. muito acima do aceitvel/ impulsivo ou intermitente

    +

    +

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    CO

    NFO

    RT

    O

    REVERBERAO -

    - -

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    HORRIO: 11:00

    RTU PISO EQUIP. MOBIL.

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  • Os ambientes selecionados para a anlise obedeceram ordem de desocupao que ocorrer no ICC, prevalecendo num primeiro momento os ambientes que ora so ocupados pelo Cespe, Instituto de Qumica e de Biologia (demarcados acima em azul). Feito o diagnstico, escolheu-se como piloto para medies e simulaes do primeiro ambiente tpico, o auditrio localizado no trreo na Ala Sul. (Fig.3). As simulaes devem servir de base para a validao dos dados obtidos, seja na etapa de planejamento - fase de avaliao sensorial, seja na etapa de verificao fase de medies. Devem ser utilizados softwares (ARQUITROP, ECOTECH, RELUX e REVERB) e procedimentos de manejo de instrumentos de medies corrente do LACAM. A seguir apresentamos os mtodos que devem ser adotados na fase de medies 6.1 Mtodos adotados para as Medies - Exemplo : Anfiteatro Com relao ao conforto, aplica-se a norma do Ministrio do Trabalho, NR17/1990 Ergonomia. Item 17.5 que trata das condies de conforto aplicadas a ambientes de trabalho a depender do tipo de atividade executada. Para as atividades que exijam solicitao intelectual e ateno constantes, tais como: salas de controle, laboratrios, escritrios, salas de desenvolvimento ou anlise de projetos, dentre outros, lembramos que so recomendadas as seguintes condies de conforto: a) nveis de rudo de acordo com o estabelecido na NBR 10152; b) ndice de temperatura efetiva entre 20C e 23C; c) velocidade do ar no superior a 0,75m/s; d) umidade relativa do ar no inferior a 40 por cento.

    6.1.1 Medio de Conforto Luminoso - Iluminao Artificial

    Acompanhados de croquis do posicionamento das luminrias e dos pontos de medio devem ser utilizadas para as primeiras verificaes o luxmetro, que deve ser posicionado conforme instrues, sob temperatura ambiental entre 15C e 50C, instalado em um plano horizontal, a uma distncia de 80 cm do piso, Norma ABNT: NBR 5382

    Para as segundas verificaes, iluminncia existente em pontos pr-definidos, devem ser realizadas medies com luminancmetros medidas em cd/m2, em vrios pontos da platia e do palco, especialmente em pontos onde se percebem nveis mais baixos, para posterior comparao com o nvel mdio encontrado na medio anterior, NBR 5413.

    6.1.2 Medio de Conforto Trmico

    As medies de temperatura, interna e externa simultaneamente, umidade e ventilao devem ser feitas ao longo de um dia inteiro, devido s variaes existentes. Para a medio da velocidade dos ventos, devem ser utilizados anemmetros - em metros por segundos (m/s). Para a medio da temperatura superficial, devem ser utilizados pirmetros a laser, em graus Celsius, ao longo do dia claro e em dia nublado, para valores do teto, piso, vedaes laterais e palco. Ainda para medir a temperatura do ar, no centro dos recintos e a 1,20 m do piso, devem ser seguidas as especificaes de equipamentos e montagem dos sensores, apresentadas na norma ISO 7726. (Projeto ABNT 02:136.01.001)

    6.1.3. Medio de Acstica

    A medio de nvel sonoro e do tempo de reverberao deve ser feita em dia e horrio em que no haja atividades no local, nem nas proximidades, para evitar a interveno de rudos indesejados. Para anlise do isolamento deve ser utilizado decibelmetro, caixa de som; emissor de pink noise (isolamento ou enfraquecimento), nas vedaes laterais, frontal e de fundo, com porta aberta, fechada ou parcialmente aberta. Para anlise do tempo de reverberao deve ser utilizado EZ TEST System; computador porttil; caixa de amplificao do som.

    7. CONCLUSES

    O mtodo desenvolvido mostra-se adequado para aplicao em edificaes singulares como a objeto de estudo, tanto pelas caractersticas do edifcio em si, quanto pela necessidade de proporcionar respostas imediatas administrao que gerencia o uso e a ocupao do ICC. Pelo carter migratrio das unidades acadmicas, o ICC ser esvaziado num tero de sua rea num prazo no maior que 18 meses. Para aproveitar a singular oportunidade, buscou-se proporcionar respostas de avaliao de desempenho ambiental. Com um mtodo sistematizado de levantamento, organizao, anlise e avaliao de dados, pretende-se elaborar diretrizes de adequao conforme as diferentes atividades, programas de necessidades e distintas ambincias do lugar.

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  • Assim, aps a aplicao das etapas metodolgicas de planejamento: levantamento e diagnstico; verificao: medies, simulaes e elaborao de diagnsticos, na seqncia apresentada, espera-se ter informaes suficientes para fundamentar as Diretrizes de Adequao Ambiental dos Espaos do ICC e passar para esta etapa de aplicao: elaborao de diretrizes de projeto.

    Desde j pode-se falar da inadequao dos ambientes, expostos a uma excessiva carga trmica (pelas orientaes desfavorveis), escassa ventilao (especialmente os localizados no subsolo), ausncia de luz natural ou ofuscamento pelo seu excesso quando ocorre e, ambientes expostos a excessivos rudos externos devido ao escasso isolamento, a grandes reverberaes e o conseqente comprometimento da inteligibilidade e intensificao dos rudos internos pelo escasso uso de materiais absorvedores do som.

    Dado o fato do ICC j fazer parte do imaginrio da grande maioria da populao do Distrito Federal, seja porque acolheu a populao como estudante, servidor, manifestante, em variadas dcadas da vida da cidade, mereceria cuidados e atenes especiais. Contrariamente, o que se v a falta de cuidado, escassos detalhamentos arquitetnicos, insegurana e deteriorao. Reaes diversas ocorrem frente a essa situao, desde o gradeamento para conter a violncia do lado de fora do edifcio at a demarcao de territorialidades internas. Tais fatos fazem do edifcio um territrio livre para as mais variadas intervenes para a acomodao das unidades acadmicas, finalidade para a qual foi criado e tambm como no poderia deixar de ser, para as mais variadas manifestaes culturais. Neste sentido urge uma adequao ambiental.

    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABRIL EDITORES.(2000) Guiarquitetura Braslia. Organizadores Sylvia Ficher e Geraldo Batista, So Paulo.

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    ROMERO, M. & CLMACO, R. (2001)Learning From Reality. In: The 18th Conference on Passive and Low Energy Architecture PLEA 2001 . Anais... Florianpolis, Brasil.

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    ROMERO, Marta Adriana Bustos. (2001) Arquitetura Bioclimtica do Espao Pblico. Editora UnB, Braslia.

    ROMRO, Marcelo de Andrade e ORNSTEIN, Sheila Walbe (coord.). (2003) Avaliao Ps-Ocupao: mtodos e tcnicas aplicados habitao social. Porto Alegre, ANTAC, Coleo Habitare.

    RUSSO, Filomena, STEEMERS, Koen. (2004) Environmental confort evaluation in the Faculty of Architecture and Urbanism of the University of So Paulo. In: Ncleo de Pesquisa em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo, NUTAU 2004: Demandas Sociais, Inovaes Tecnolgicas e a Cidade. Anais... So Paulo: FAU/USP.

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