Propriedades Mecânicas

download Propriedades Mecânicas

of 97

Transcript of Propriedades Mecânicas

  • RELAO ENTRE

    ESTRUTURAS E

    PROPRIEDADES

    Luce Helena Kochem

    Nathlia Muniz

  • SUMRIO

    Relevncia 15/05

    Objetivo 15/05

    Propriedades Mecnicas 15/05 e 22/05

    Propriedades pticas 22/05

    Propriedades Eltricas 29/05

    Propriedades Magnticas 29/05

    Propriedades Trmicas e degradao dos Materiais 05/06

    Prova 12/06

    N

  • RELEVNCIA

    Requisitos do

    mercado e

    da empresa

    aplicabilidade

    processos de fabricao

    tecnologias

    existentes

    recursos

    existentes

    Propriedades

    dos materiais

    design

    ciclo de vida

    do produto

    Cincia dos

    Materiais

    Engenharia

    Desenvolvimento de Produto Fonte: Rozenfeld et. Al. 2006

    L

  • OBJETIVO

    ESTRUTURA PROPRIEDADES

    PROCESSO DE FABRICAO

    CINCIA DOS MATERIAIS

    FUNDIO LAMINAO

    EXTRUSO

    METALURGIA DO P

    PRENSAGEM

    COLAGEM

    MECNICAS

    FSICAS

    QUMICAS

    ESTRUTURA

    ATMICA

    CRISTALINA

    MICROESTRUTURA

    MACROESTRUTURA

    As propriedades dos materiais so adquiridas modificando-se as estruturas dos

    materiais atravs dos diferentes processos de fabricao.

    Os materiais apresentam aplicabilidade limitada devido seu comportamento frente

    as propriedades de interesse.

    L

  • Propriedades Mecnicas PROPRIEDADES MECNICAS: comportamento do material quando sujeito esforos

    mecnicos: capacidade de resistir a estes esforos sem romper e sem se deformar de

    forma incontrolvel.

    Estabelecidas por Ensaios

    carga aplicada

    Diagrama x

    N

  • Propriedades Mecnicas

    forma de aplicao varivel com o tempo

    tempo de aplicao - curto

    - longo

    condies do meio - constante com o tempo

    - temperatura

    - umidade

    Fadiga

    mecnica

    Impacto

    Fluncia

    Fluncia

    Fadiga trmica

    Fadiga esttica

    N

  • Ensaios trao

    compresso toro

    cisalhamento

    N

  • Diagrama tenso x deformao

    Elstica Plstica E

    N

  • Diagrama tenso x deformao

    Tenso

    = F/A

    = DL/LO

    Deformao

    Trs etapas: Elstica, Plstica e Ruptura

    Deformao

    reversvel

    Deformao

    irreversvel

    ruptura

    mxima

    escoamento

    Str

    es

    s

    Strain N

  • Mdulo de Elasticidade ou Mdulo de Young

    Anelasticidade: Para a maioria dos materiais de engenharia, existir uma

    componente de deformao elstica que dependente do tempo; A deformao

    elstica continuar aps a aplicao da tenso e aps o alvio da carga, passar

    um intervalo de tempo finito at que o material recupere sua forma original. Ex.:

    materiais visco-elsticos.

    Fatores que modificam a

    propriedade: mdulo de

    elasticidade:

    Ligao Atmica

    Estrutura cristalina

    Microestrutura

    Temperatura

    N/m 1MPa = 1N/mm

    L

  • Resilincia

    Corresponde capacidade do material em absorver energia quando este deformado elasticamente

    A propriedade associada dada pelo mdulo de resilincia (Ur)

    Ur= y2/2E

    Materiais resilientes so aqueles que tm alto limite de elasticidade e baixo mdulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas)

    Limite de elasticidade mxima tenso que o material suporta

    sem sofrer deformao permanente

    L

  • Tenacidade

    Corresponde capacidade do material de absorver energia at sua ruptura.

    Corresponde tenso mxima aplicada ao material antes da ruptura (muitas vezes superior tenso de ruptura)

    Clculo: divide-se a carga mxima suportada pelo material pela rea de seo reta inicial

    = F/Ao

    Resistncia mxima

    L

  • Ductilidade

    o grau de deformao plstica suportado at a fratura do material;

    Pode ser medida pelo alongamento percentual ou pela reduo de rea percentual.

    N

  • Ductilidade

    tenso

    deformao

    1 2

    Qual o mais ductil?

    Resposta: 1

    N

  • Regio Elstica

    Deformao elstica:

    reversvel;

    tomos se movem, mas no ocupam novas posies na rede cristalina;

    Em um teste de trao, a relao entre a tenso e a deformao dada pela lei de Hook: = E.;

    A deformao proporcional a fora aplicada, e a constante de proporcionalidade E o mdulo de Young, ou mdulo de elasticidade, e tem as mesmas unidades de

    , N/m2.

    N

  • Regio Plstica

    Deformao

    Plstica:

    Tenso e deformao no so proporcionais;

    A deformao no reversvel;

    a deformao ocorre pela quebra e rearranjo

    das ligaes atmicas

    (em materiais cristalinos,

    pelo movimento das

    discordncias).

    L

  • Tenso de Escoamento

    O escoamento indica

    o incio da

    deformao plstica

    do material

    Capacidade de um material resistir deformao plstica

    O ponto de escoamento (P),

    tambm chamado limite de

    proporcionalidade

    corresponde posio na

    curva onde a condio de

    linearidade termina, ou seja,

    onde a lei de Hook deixa de

    valer.

    N

  • Tenso de Ruptura

    Corresponde tenso que provoca a

    ruptura do material

    O limite de ruptura geralmente inferior

    ao limite de resistncia em virtude de que

    a rea da seo reta para um material

    dctil reduz-se antes da ruptura

    Te

    ns

    o (

    MP

    a)

    Deformao

    Tenso de

    ruptura

    L

  • Diagrama tenso x deformao

    Metal

    x

    x

    x

    Polmero

    Cermico

    Elastmero

    x

    A

    B

    C

    D

    Polmeros, metais, elastmeros, cermicos

    Teste-se

    L

  • Mdulo de Elasticidade Fatores que influenciam: Ligao atmica

    Comportamento:

    - Similar entre metais e cermicos.

    - Diferenciada para polmeros.

    Quais so os 4 fatores?

    N

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Ligao atmica

    xidos de metais e ametais.

    Carbono + ligante

    L

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Estrutura Cristalina

    Cristais Inicos

    Mx Mn Aleatrio

    MgO CFC 341 249 315

    NaCl CFC 33 44 37 (GPa)

    Estrutura cristalina do NaCl e planos mais

    susceptveis a deslocamentos.

    Materiais metlicos

    Mx Mn Aleatrio

    Al CFC 75 60 70

    Au CFC 110 40 80

    CoHC 195 70 110

    FeCCC 280 125 205

    WCCC 345 345 345 (GPa)

    N

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Estrutura Cristalina

    A deformao plstica ocorre, principalmente, devido ao deslizamento de planos

    cristalinos. Esse deslocamento favorecido pela presena de discordncias.

    Propriedade: ANISOTROPIA variao da propriedade (E) com a direo.

    Ex: Fe ccc

    E[111] = 272,2 GPa -> deforma menos (maior empacotamento)

    E[100] = 125 Gpa -> deforma mais.

    N/L

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Estrutura Cristalina -> Estrutura Fsico -

    Qumica (Morfologia)

    polmeros

    L

  • Mdulo de Elasticidade Fatores que influenciam: Microestrutura

    POROSIDADE

    Figura mostrando o comportamento acentuado da

    diminuio da rigidez em relao a porosidade para

    materiais cermicos, metlicos e polimricos.

    E=E0(1-1,9P+0,9P2)

    P = porosidade

    E0 = E do mat. s/ porosidade

    E = E do mat. Com porosidade P L

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Microestrutura

    ISO TROPIA

    ANISO TROPIA

    Dependendo do gro (sua

    orientao, forma,...) o

    valor do mdulo de

    elasticidade varia.

    menor tamanho de gro, mais

    descontinuidades para travar o

    movimento de discordncias.

    direo igual

    desigual

    N

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Temperatura

    Cermicos Metais

    Devido ao aumento da temperatura, h um aumento da vibrao das Ligaes

    Qumicas, e seu enfraquecimento, de forma a diminuir o E. N

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Temperatura

    A ou B tem maior

    temperatura?

    A, j que tem o

    menor E (suporta

    uma tenso

    menor)

    Resposta:

    N

  • Mdulo de Elasticidade

    Fatores que influenciam: Temperatura

    Polmeros

    Temperatura de processamento.

    Tipo de polmero: termofixos, termoplsticos.

    Histria trmica.

    Modelo de Maxwell:

    Ao aplicar-se uma tenso no sistema ocorre uma parcela de deformao

    instantnea elstica (1) e outra deformao retardada plstica (2) que

    acompanha a aplicao da tenso. Cessada a tenso haver uma recuperao

    parcial elstica (3) e ficar mantida a deformao plstica (4).

    L

  • PAUSA DE 15 MIN.

    Quais os fatores que influenciam na deformao plstica de metais e

    cermicos?

    Estrutura Cristalina

    Temperatura

    Pureza N

  • Mdulo de Elasticidade

    N

    compsitos

  • Mdulo de Cisalhamento

    a razo entre a tenso de cisalhamento aplicada ao corpo e a sua

    deformao especfica.

    N

  • Coeficiente de Poisson

    Sempre que se aumenta elasticamente um

    material em uma dimenso ele se reduz nas

    demais.

    A varivel que indica esse percentual de

    variao se chama coeficiente de Poisson

    Desta forma a deformao elstica sempre

    maior no sentido da fora que nas direes

    perpendiculares

    O coeficiente de Poisson mede a deformao transversal de um material.

    N

  • Coeficiente de Poisson

    Relao do mdulo de elasticidade e do mdulo de cisalhamento atravs do

    coeficiente de Poisson.

    Esse valor est em geral entre 0,25 e 0,35 para os metais.

    =

    N

  • N

  • Deformao Plstica em Metais e

    Cermicos at a ruptura Parmetro: Resistncia Mecnica.

    Fatores:

    1. Estrutura Cristalina

    2. Temperatura

    3. Pureza

    Plstica L

  • RUPTURA O processo de fratura normalmente sbito e catastrfico, podendo gerar

    grandes acidentes

    Envolve duas etapas: formao de trinca e propagao Pode assumir dois modos: dctil e frgil

    (a) Uma fratura altamente dctil na qual a amostra tem seu pescoo final reduzido a um ponto.

    (b) Fratura moderadamente dctil apos a formao de algum pescoo.

    (c) Fratura frgil sem nenhuma deformao plstica.

    L

  • RUPTURA

    L

  • 1 - Deslizamento de planos at a ruptura

    Solicitaes de

    trao e

    compresso

    podem ser

    decompostas

    em tenses de

    cisalhamento

    puras

    Cristais

    apresentam

    menor

    resistncia ao

    cisalhamento

    que trao e

    compresso,

    logo esta a

    solicitao

    responsvel

    pela deformao

    destes materiais

    1- Estrutura Cristalina

    N

  • 1 - Deslizamento de planos at a ruptura

    Deslizamento em monocristal

    PLANO DE DESLIZAMENTO

    DIREO DE DESLIZAMENTO

    SISTEMA DE

    DESLIZAMENTO

    O nmero de sistemas (plano +

    direo) atravs dos quais pode

    ocorrer o deslizamento varia

    com a estrutura cristalina

    1- Estrutura Cristalina

    N

  • Menor densidade

    planar, menor

    NC:

    - Ligao entre

    os tomos mais

    intensa

    - Maior

    resistncia

    Maior densidade

    planar, maior

    NC:

    - Ligao entre

    os tomos

    menos intensa

    - Maior

    ductilidade

    1- Estrutura Cristalina

    N

  • 1 - Deslizamento de planos at a ruptura

    Deslizamento em monocristal

    1- Estrutura Cristalina

    N

  • 1- Estrutura Cristalina Tenso cisalhante = tenso necessria para mover uma discordncia no

    plano e na direo de escorregamento.

    Conforme aumenta o movimento das discordncias, diminui a resistncia mecnica.

    L

  • 2 - Mecanismo de deslizamento associado a discordncias

    Nos metais deformados plasticamente cerca de 5% da energia retida internamente, o restante dissipado na forma de calor.

    A maior parte desta energia armazenada est associada com as tenses associadas s discordncias

    Presena de discordncias promove uma distoro da rede cristalina: algumas regies ficam compridas e outras tracionadas.

    Campos de deformao em torno (a) de uma discordncia em cunha (b) de uma discordncia em hlice

    1- Estrutura Cristalina

    L

  • 2 - Mecanismo de deslizamento associado a discordncias

    Resumo:

    - Deformao plstica em metais ocorre pelo

    movimento de discordncias;

    - Regio onde encontra-se a discordncia deixa a

    rede comprimida

    - Regio abaixo da discordncia a rede fica

    tracionada

    - Tenso de cisalhamento aplicada:

    * planos interatmicos so deslocados

    at quebrar

    * forma-se um novo plano atmico no

    cristal

    Em cunha (aresta)

    Em hlice (espiral)

    1- Estrutura Cristalina

    N

  • 2 Defeito: Maclagem

    Segundo mecanismo de deformao plstica em METAIS Maclas tambm contribuem na deformao plstica Deformao em materiais CFC, como o cobre, comum ocorrer por maclao. Produo de maclas: uma fora cisalhante age ao longo do contorno de gro,

    causando a transformao dos tomos para novas posies (baixas temperaturas)

    Uma parte da rede atmica deforma-se originando a sua transformao a imagem,

    num espelho plano, da parte no deformada da rede que lhe fica adjacente.

    PLANO DE MACLA: plano cristalogrfico

    que separa as regies deformada e no

    deformada da rede.

    DIREO DE MACLAGEM: direo

    especfica em que ocorre a maclagem

    1- Estrutura Cristalina

    N

  • Comparao Deslizamentos e Maclagem

    tomos se movem em distncias proporcionais s respectivas distncias ao plano de macla

    Contorno de maclas interfere no escorregamento e RM

    1- Estrutura Cristalina

    2 Defeito: Maclagem

    N

  • 2- Temperatura

    1 Efeito da resistncia mecnica

    L

  • 2- Temperatura

    2 Efeito tenso de cisalhamento x temperatura para diferentes estruturas cristalinas.

    Faixa maior de tenso a que est

    suscetvel o material variando a

    temperatura

    Faixa reduzida

    de tenses

    L

  • 3- Pureza

    1 Efeito das impurezas na resistncia mecnica

    Pureza (%) Tenso cisalhante

    (MPa)

    99,90% 90,1

    99,99% 13,1

    Exemplo: Metal Titnio

    Por qu as impurezas aumentam a resistncia mecnica??

    Resposta: Pois impedem o movimento das discordncias.

    L

  • Deformao Plstica em Cermicos

    Cermicos cristalinos (alta T)

    INICO COVALENTE

    Cermicos amorfos

    Dificuldade de deslocamento

    em cermicos com carter

    inico (repulso).

    Plano no NaCl onde os ons esto

    alinhados (pode ocorrer deslizamento).

    - necessidade de

    cinco sistemas de

    deslizamento

    Ex. Al2O3 disponvel

    em 1550C

    estrutura atmica no regular

    deformam-se como um fluxo viscoso semelhante aos lquidos

    Representao de um fluxo viscoso de um

    lquido ou fluido vtreo em razo de uma fora

    aplicada.

    N

  • Deformao Plstica em Cermicos

    N

  • Deformao Plstica em Polmeros

    A deformao plstica ocorre por deslizamento das cadeias moleculares umas

    sobre as outras, quebrando e refazendo as foras de ligao secundrias apolares.

    A) Frgil B) Plstico (Cristalino ou Semicristalino C) Altamente elstico L

  • Deformao Plstica em Polmeros Termoplstico:

    Comportamento elstico:

    Dois mecanismo: Estiramento e distoro das ligaes covalentes das cadeias;

    Se a recuperao das distores ocorrer somente aps um longo perodo de tempo

    -o comportamento viscoelstico contribui para o comportamento elstico no linear.

    Comportamento plstico:

    Tenso aplicada > Tenso escoamento;

    A deformao plstica nos polmeros no causada por deslocamento de

    planos, mas pela rotao, desentrelaamento e deslizamento de cadeias, umas

    sobre as outras, o que sob tenso causa uma deformao permanente; L

  • Deformao Plstica em Polmeros

    Em f do movimento

    molecular:

    Em T < Tg:

    A cristalinidade tem pouco efeito sobre Er(t)

    Em T > Tg:

    Er(t) polmero amorfo decai mais

    acentuadamente

    Er(t) polmero S-C permanece alto at

    prximo a Tf

    Polmero reticulado Er(t) torna-se cte j que as

    reticulaes no so

    termicamente lbeis

    (A)semi-cristalino

    (B)Reticulado

    (C)amorfo

    L

  • Deformao Plstica em Polmeros

    INFLUNCIA DA

    TEMPERATURA:

    Curvas de tenso x

    deformao do

    polimetacrilato de metila,

    obtidas em ensaio de trao

    realizados a vrias

    temperaturas . A transio

    dctil/frgil ocorre prximo a

    104F.

    L

  • Deformao Plstica em Polmeros

    L

  • Regio Plstica de Metais e Cermicos

    Como evitar o efeito de deslizamento?

    1. Solubilizao de um segundo

    elemento na rede

    2. Precipitao de uma segunda fase

    3. Contorno de gro

    4. Deformao plstica (excesso de

    discordncias)

    Endurecimento

    por partculas de

    segunda fase

    Encruamento

    Endurecimento

    por refino de gro

    N

  • 1 - Solubilizao de um segundo elemento na rede

    movimentao de discordncias dificultada

    segundo elemento a barreira para tal movimento

    maior a quantidade, maior o efeito

    quanto maior a diferena de tamanho de tomos, mais acentuado o

    efeito

    Quando um tomo de uma impureza esta presente,

    o movimento da discordncia fica restringido, ou

    seja, deve-se fornecer energia adicional para que

    continue havendo escorregamento.

    solues slidas de metais so sempre

    mais resistentes que metais puros de

    seus constituintes

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    N

  • 1 - Solubilizao de um segundo elemento na rede

    Presena de um ELEMENTO INTERSTICIAL

    reduz a mobilidade de movimento de discordncias

    aumenta a resistncia mecnica

    Discordncia: regies comprimidas regies tracionadas

    Elemento intersticial compensa a regio tracionada, aumentando a resistncia mecnica

    Para deformar o material com o segundo elemento necessita-se de maior energia

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    N

  • 1 - Solubilizao de um segundo elemento na rede

    Presena de um ELEMENTO SUBSTITUCIONAL

    reduz a mobilidade de movimento de discordncias

    aumenta a resistncia mecnica

    Discordncia: regies comprimidas regies tracionadas

    Elemento substitucional maior compensa a regio tracionada, aumentando a resistncia mecnica;

    Elemento substitucional menor compensa a regio comprimida, aumentando a resistncia mecnica;

    Para deformar o material com o segundo elemento necessita-se de maior energia.

    Macroscopicamente aumenta-se a resistncia mecnica e a dureza

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    N

  • 2 Precipitao de uma segunda fase

    Movimentao de discordncias dificultada Segunda fase a barreira para tal movimento Maior a quantidade, maior o efeito Comportamento similar a presena de um segundo elemento na rede

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    N

  • 2 Precipitao de uma segunda fase

    Aumenta a RM Diminui a RM

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    N

  • 3 Endurecimento por refino de Gro

    Quanto menor o tamanho de gro, mais travamento para o movimento das

    discordncias, pois as direes de escorregamento variam de gro para gro.

    Aumenta a resistncia mecnica.

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    EQUAO DE HALL PETCH

    y= o + k . d-1/2 k - constante do material

    y - resistncia ao escoamento

    o - resistncia inicial

    d - dimetro mdio do contorno de gro

    y

    o

    d-1/2

    K

    grosseiro fino

    Em T < 1/3 a Tf

    N

  • 4 Deformao Plstica por Encruamento

    ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAO FRIO

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    L

  • QUANTIFICAO DA DEFORMAO PLSTICA

    % CW = [(Ao - Af)/Ao]*100

    %CW = % de trabalho a frio

    Ao = rea inicial

    Af = rea final

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    4 Deformao Plstica por Encruamento

    L

  • durante a movimentao de discordncias, ocorre a multiplicao das discordncias a existncia de muitas discordncias impede o movimento de outras (encruamento) pode-se ter tantas discordncias que nenhuma se move e o material rompe

    4 Deformao Plstica por Encruamento

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    Exemplo: trefilao

    L

  • Encruamento

    aumenta a

    resistncia

    mecnica

    Encruamento

    aumenta o

    limite de

    escoamento

    Encruamento

    diminui a

    ductilidade

    Percentagem de deformao a frio

    em funo da tenso de ruptura e

    extenso at a fratura do Cu.

    Percentagem de deformao a frio em

    funo da tenso de ruptura e extenso

    at fratura da liga 40%Cu 30%Zn.

    Regio Plstica de Metais e Cermicos

    4 Deformao Plstica por Encruamento

    L

  • ESTGIOS:

    A) Recuperao:

    Alvio das tenses internas devido ao movimento das discordncias travadas ativadas por difuso.

    B) Recristalizao (Recozimento):

    Atinge-se a temperatura em que h diminuio da dureza (temperatura de recristalizao).

    As propriedades voltam ao estado original.

    Rearranjo dos tomos em gros menos deformados.

    C) Crescimento dos gros

    Tratamento trmico

    L

  • Tratamento trmico

    L

    O crescimento dos gros maiores ocorre em detrimento dos menores.

    Existe uma maior densidade de movimento dos tomos internos aos gros maiores do

    que a que ocorre nos gros menores, de tal forma que a presso interna aos gros

    maiores maior do que a dos menores, gerando assim uma tenso superficial sobre as

    arestas dos gros menores. Os gros maiores tendero a incorporar os gros menores,

    dependendo da taxa de difuso dos tomos ao redor dos gros.

  • Deformao quente: quando a deformao ou trabalho mecnico

    realizado acima da temperatura de recristalizao do material

    Deformao frio: quando a deformao ou trabalho mecnico

    realizado abaixo da temperatura de recristalizao do material

    Tratamento trmico

    VANTAGENS:

    Permite o emprego de menor esforo mecnico para a mesma deformao (necessita-se ento

    de mquinas de menor capacidade se comparado com o trabalho a frio).

    Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a tenacidade

    Elimina porosidades

    Deforma profundamente devido a recristalizao

    DESVANTAGENS:

    Exige ferramental de boa resistncia ao calor, o que implica em custo

    O material sofre maior oxidao, formando casca de xidos

    No permite a obteno de dimenses dentro de tolerncias estreitas

    DEFORMAO QUENTE

    L

  • VANTAGENS:

    Aumenta a dureza e a resistncia dos materiais.

    Produz melhor acabamento superficial.

    DESVANTAGENS:

    A ductilidade diminui

    Permite a obteno de dimenses dentro de tolerncias estreitas.

    DEFORMAO FRIO

    Tratamento trmico

    L

  • RUPTURA

    N

  • RUPTURA

    O processo se desenvolve de forma relativamente lenta medida que a trinca propaga

    Este tipo de trinca denominado estvel por que ela para de se propagar a menos que haja um

    aumento da tenso aplicada no material

    FRATURA DCTIL TRANSGRANULAR

    Materiais Metlicos

    FRATURA DCTIL INTERGRANULAR

    Microestrutura de um

    ao inoxidvel: corroso

    no contorno de gro

    provocando a fratura

    intergranular pelo

    excesso da temperatura

    no tratamento trmico

    em ao inoxidvel 316L.

    Fissurao interna na zona

    de estrico de um corpo

    policristalino de cobre de

    elevada pureza.

    N

  • RUPTURA

    FRATURA FRGIL

    Materiais Metlicos

    O material se deforma pouco, antes de fraturar

    O processo de propagao de trinca pode ser mito veloz,

    gerando situaes catastrficas

    A partir de um certo ponto, a trinca dita instvel porque se

    propagar mesmo sem aumento

    da tenso aplicada sobre o

    material

    N

  • DUREZA

    Metais: dureza medida pela resistncia a penetrao por algum metal

    duro.

    Resistncia ao risco.

    Valor da propriedade varia com o mtodo empregado

    Dureza dos metais:

    Brinell Vickers Rocwell Microdureza de Knoop

    Dureza dos cermicos:

    Vickers Knoop

    mede-se profundidade e largura da identao

    mede-se microfissuras no material

    N

  • DUREZA

    N

  • DUREZA

    N

  • DUREZA Microestrutura de ferro dctil de um corpo-de-prova retirado de um compressor.

    Na microstrutura salienta-se as marcas do identador de diamante devido a

    medio de microdureza Knoop. (100X)

    Dureza Knoop aproximada de alguns

    cermicos

    Material Dureza aproximada em Knoop

    Diamante 7000

    B4C 2800

    SiC 2500

    WT 2100

    Al2O3 2100

    Quartzo (SiO2) 800

    Vidro 550

    N

  • FADIGA x FLUNCIA ENSAIO CCLICO

    CARREGAMENTO/DESCARREGAMENTO

    Inicia na superfcie do material DEFORMAO A ALTA TEMPERATURA

    Inicia quando atinge-se uma determinada

    temperatura em que os tomos difundem.

    Temperatura equicoesiva (T.EQ.) = a 1/3 da Tf (K)

    Difuso! No,

    fuso!

    Exemplo de difuso

    atmica:

    substitucional e

    intersticial

    T. EQ.

    quente

    frio

    Mecanismo da deformao ocorre pela difuso.

    Os tomos se movimentam nos contornos de gro.

    Mecanismo da deformao ocorre pelo movimento das discordncias.

    As discordncias so travadas pelos contornos de gro.

    Tamanho

    de gro

    Tamanho

    de gro

    Resist.

    Mecnica

    Resist.

    Mecnica

    Qual a diferena entre

    difuso e solubilidade?

    MECNICA EM METAIS E CERMICOS

    L

  • FLUNCIA

    Material submetido a uma carga ou tenso constante pode sofrer uma deformao plstica

    ao longo do tempo, em temperatura elevada.

    ENSAIO PARA DETERMINAO DA RESISTNCIA FLUENCIA

    Variao do

    comprimento do

    corpo-de-prova ao

    longo do tempo, em

    funo do tempo.

    I - Alongamento inicial instantneo do corpo-de-prova

    taxa de fluncia diminui ao longo do tempo

    II - Declive da curva de fluncia a taxa de fluncia, que

    constante nesta fase

    III - Velocidade de fluncia aumenta rapidamente com o

    tempo at a ruptura

    MECNICA EM METAIS E CERMICOS

    L

  • FLUNCIA

    DEFORMAO A BAIXAS TEMPERATURAS:

    Metais de granulao fina so mais duros, e portanto mais resistentes do que os de granulometria grosseira

    DEFORMAO A ALTAS TEMPERATURAS:

    Acima de temperaturas em que os tomos iniciam o movimento, o contorno de gro uma ponte de fraqueza para o material.

    DEFORMAO A ALTAS TEMPERATURAS:

    Na figura: diversos gros so solicitados por uma carga trativa vertical

    trao numa direo

    contrao na outra

    contornos verticais so aglomerados

    contornos horizontais h um aumento no seu espaamento

    ocorre a difuso dos tomos dos contornos verticais para os horizontais e o efeito global a deformao do metal.

    MECNICA EM METAIS E CERMICOS

    N

  • FLUNCIA

    DEFORMAO A ALTAS TEMPERATURAS:

    Na figura: gros menores

    maior rea de contorno

    fluncia mais rpida: existem mais alapes para os tomos ao longo dos contornos

    horizontais e mais fontes de tomos de contornos verticais em materiais de

    granulometria fina as distncias de difuso so

    bem menores

    este mecanismo no ocorre a baixas temperaturas, pois o

    movimento dos tomos so desprezveis

    temperatura onde ocorre esses efeitos do tamanho de

    gro funo do tempo, da resistncia e de impurezas

    MECNICA EM METAIS E CERMICOS

    N

  • FLUNCIA MECNICA EM POLMEROS

    Material submetido a uma carga ou tenso constante pode sofrer uma deformao

    viscoelstica ao longo do tempo.

    Diferentemente dos metais e cermicos, um valor constante durante o ensaio praticamente

    difcil de se manter devido ao comportamento viscoelstico do material.

    Muitos polmeros mesmo a temperatura ambiente apresentam o fenmeno do escoamento.

    Exemplo: bolhas, barrigas de pneus

    L

  • tenses

    contrrias

    tenses

    aleatrias

    tenses

    repetidas

    FADIGA

    O processo de fadiga normalmente dividido

    em trs fases :

    3. Fratura rpida

    2. Propagao da trinca

    1. Nucleao da trinca

    Deformao a que o material est suscetvel quando submetido a tenses dinmicas e

    flutuantes (variam com o tempo)

    A falha geralmente ocorre aps ciclos de tenses repetidos em tenses inferiores a

    tenses estticas suportveis

    A falha por fadiga do tipo frgil, com pouca deformao plstica

    L

  • FADIGA

    ENSAIO PARA DETERMINAO DA RESISTNCIA FADIGA

    Mais comum ensaio de flexo rotativa amostra sujeita a trao e compresso sucessivamente de igual intensidade

    N

  • FADIGA FATORES QUE AFETAM A RESISTNCIA FADIGA

    1. Concentrao de tenso: a resistncia fadiga reduzida por concentradores de tenso

    como: entalhes; irregularidades; poros. Portanto, quanto mais lisa (menos rugosa) for a

    superfcie da amostra maior a resistncia fadiga

    como a fratura inicia-se na superfcie do material, qualquer alterao na superfcie do

    material afeta a resistncia fadiga

    2. Ambiente: o ataque ou interaes de natureza qumico acelera a velocidade com que a trinca

    de fadiga se propaga: UMIDADE para cermicos

    Superfcie de um corpo cermico, salientando-se defeitos. Fratura por fadiga de um eixo

    rotativo de ao. Os sulcos de

    marcas de praia sao visiveis na fotografia.

    N

  • FADIGA

    MECNICA EM POLMEROS

    Os termorrgidos apresentam Fratura Frgil e os termoplsticos apresentam Fratura Frgil e Dctil

    A fratura frgil favorecida pela diminuio da temperatura, aumento da velocidade de deformao e modificao da estrutura do polmero;

    Polmeros termoplsticos vtreos que apresentam estrutura frgil, so quebradios e com aumento de temperatura passam a apresentar fratura dctil prximo a sua Tg.

    PMMA (Tg = 105C) A 4C: quebradio e apresenta fratura frgil A 60C: Apresenta fratura dctil, h escoamento plstico antes da fratura.

    Limite de fadiga inferior ao de metais e tambm mais sensveis freqncia. Altas frequncias ou altas tenses podem amolecer o polmero por aquecimento.

    RUPTURA

    L

  • FADIGA

    MECNICA EM CERMICOS

    Devido s ligaes inicas e covalentes h a ausncia de plasticidade durante o carregamento cclico

    a fratura em cermicos por fadiga rara e ocorre pela propagao

    por trincas.

    Aplicando-se tenses compresso-compresso em corpos-de-prova

    entalhados de alumina policristalina, pode-se observar o crescimento

    estvel de trincas por fadiga.

    observou-se a propagao de microtrincas no contorno de gro que

    levaram a ruptura final

    O que se quer obter cermicos mais tenazes para suportar tenses cclicas

    por exemplo em aplicaes de prteses.

    L

  • FADIGA MECNICA EM METAIS

    Macroscopicamente duas regies distintas podem ser observadas na superfcie

    de fratura:

    A primeira de aparncia lisa, onde esto contidas as fases de nucleao e

    propagao, tem um aspecto de fratura do tipo frgil, sem sinais de

    deformao plstica.

    Apesar da deformao plstica no ocorrer a nvel macroscpio ela pode ser

    observada microscopicamente com a formao de estrias.

    Liga de Alumnio fundido

    Falha por fadiga

    L

  • FADIGA

    TRMICA ESTTICA

    = a E DT

    Afetada pelo ambiente

    Induzida em T elevadas por tenses trmicas flutuantes

    Corpo slido aquecido e resfriado

    Tenses trmicas: expanso ou contrao restringida

    rompimento do material sob um estado de tenses constante, durante um certo tempo em ambientes midos.

    ocorre em cermicos

    Visualizao de um mecanismo alternativo para explicar a

    influncia da umidade no crescimento subcrtico de trincas.

    N

    o coeficiente de expanso trmica. E, mdulo de elasticidade e T variao da T

  • IMPACTO

    A ductilidade dos materiais funo da temperatura e da presena de impurezas.

    Materiais dcteis se tornam frgeis a temperaturas mais baixas.

    ENSAIO PARA DETERMINAO DA ENERGIA DE IMPACTO

    Charpy

    Izod

    Corpo-de-prova

    Um martelo cai como um pndulo e bate na amostra que fratura.

    A energia necessria para fraturar (ENERGIA DE IMPACTO) obtida

    diretamente da diferena entre a

    altura final e altura inicial do

    martelo

    Influenciado: entalhe

    temperatura de

    transio N

  • IMPACTO TEMPERATURA DE TRANSIO

    Temperatura caracterstica onde ocorre a transio dctil-frgil dos materiais

    Baixas temperaturas

    trinca se propaga mais velozmente que os mecanismos de deformao plstica

    pouca energia absorvida

    Temperaturas elevadas

    fratura precedida de uma

    deformao que consome energia

    Temperatura de transio varia

    com a taxa de carregamento

    CFC permanecem dteis mesmo em temperaturas extremamente baixas. Ligas CCC e

    HC experimentam esta transio N

  • IMPACTO INFLUNCIA DA MICROESTRUTURA

    Causa: aumento

    da temperatura

    transio numa

    junta de solda

    devido ao

    CRESCIMENTO

    DE GRO

    Gros grossos

    Gros finos

    N

  • IMPACTO INFLUNCIA DA ESTRUTURA CRISTALINA

    Teste de impacto Charpy em V, mostrando a

    capacidade de absoro de energia de

    diferentes planos em uma mesma estrutura

    CCC do ao carbono, e em uma estrutura CFC

    no ao inoxidvel.

    Efeito da temperatura na energia absorvida por

    diferentes tipos de materiais durante o impacto.

    N

  • IMPACTO

    Para os polmeros amorfos ou semicristalinos a resistncia ao impacto e a

    conseqente falha frgil/dctil, depender da temperatura de solicitao em que

    o polmero est sendo testado.

    L

  • Revisando

    Fatores que alteram o mdulo de elasticidade:

    Ligao Qumica

    Estrutura Cristalina

    Microestrutura (porosidade)

    Temperatura

    Materiais com altos valores de E, como os ___________, deformam-se

    minimamente; contudo podem suportar altas tenses de impacto.

    Os ___________ suportam altas tenses e conseguem resistir a fadiga sem

    deformar-se plasticamente por uma grande faixa de tenses aplicadas.

    Materiais com baixos valores de E, como os ___________ tm alta

    deformao, e suportam baixas tenses, de forma que seu comportamento

    viscoelstico amortecem tenses de impacto.

    cermicos

    metais

    polmeros

    L