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Aç
ões
Rea
lizad
as
Direção Geralde Alimentaçãoe Veterinária
Prospeção de
Organismos de Quarentena
Zonas Protegidas
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO MAR
DIRECÇÃO-GERAL DE ALIMENTAÇÃO E VETERINÁRIA
Direção de Serviços de Sanidade Vegetal
Divisão de Inspeção Fitossanitária e de Materiais de Propagação Vegetativa
PROSPEÇÃO DE ORGANISMOS DE QUARENTENA
ZONAS PROTEGIDAS
AÇÕES REALIZADAS – 2013
Beet necrotic yellow vein vírus
Bemisia tabaci
Citrus tristeza vírus
Erwinia amylovora
Gonipterus scutellatus
Leptinotarsa decemlineata
Sternochetus mangifera
LISBOA
2014
Prospeção de organismos de quarentena: zonas protegidas: ações realizadas - 2013
Índice
Introdução 3
Beet necrotic yellow vein virus (Rhizomania) 4
Bemisia tabaci 8
Citrus tristeza virus 14
Erwinia amylovora 21
Gonipterus scutellatus 30
Leptinotarsa decemlineata 34
Sternochetus mangifera 38
Legenda de mapas 41
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INTRODUÇÂO
O Regulamento (CE) n.º 690/2008 da Comissão de 4 de julho e sucessivas alterações,
reconhece zonas protegidas na Comunidade expostas a riscos fitossanitários
específicos. Para que uma zona protegida (ZP) seja reconhecida como tal pela União
Europeia, devem ser efetuadas prospeções oficiais sistemáticas para a deteção dos
organismos prejudiciais relevantes. Os resultados obtidos são divulgados anualmente.
O facto de ser detetado o organismo prejudicial numa zona protegida não implica que
o estatuto ZP seja automaticamente perdido, pois é permitido aos Estados-membros a
aplicação de medidas de erradicação durante dois anos, de modo a que possam
continuar a manter aquele estatuto.
Os resultados dos programas de prospeção que a seguir se apresentam resumem os
trabalhos desenvolvidos pelas diferentes Direções Regionais de Agricultura e Pescas
e as Direções Regionais de Agricultura e do Desenvolvimento Rural das Regiões
Autónomas doa Açores e da Madeira durante o ano de 2013.
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Beet necrotic yellow vein virus (Rhizomania)
1. Descrição do Organismo prejudicial
Este organismo pertence à classe taxonómica Vírus: Furovirus e encontra-se na Lista
A2 OEPP: nº 160
Nos países pertencentes à OEPP, os primeiros prejuízos causados por este
organismo foram observados durante a década de 50, em Itália, no vale do Pó e no
vale d L’ Adige. Entre 1971 e 1982 a doença foi observada num número crescente de
países da Europa central e do sul assim como em alguns países do leste. Em 1983 foi
descoberta em países mais ao norte como a Bélgica, norte de França, Países Baixos e
Suíça. Considera-se que este organismo se encontra presente na maioria dos países
produtores de beterraba na área abrangida pela OEPP. Encontra-se também em
alguns países da Ásia e da América do Norte.
A Rhizomania é de difícil diagnóstico baseado só nos sintomas, pelo que dever-se-á
recorrer a testes em laboratório. No entanto descrevem-se alguns dos sintomas mais
importantes.
Nas raízes - em culturas fortemente infestados existe uma proliferação
anárquica de pequenas raízes parcialmente necrosadas apresentando a raiz
principal a forma de um funil e quando é cortada apresenta um tom
acastanhado dos tecidos vasculares. Em culturas menos atacadas os sintomas
são menos nítidos.
Nas folhas – o sintoma foliar mais nítido é observado no fim do crescimento
depois de chover em que as folhas tomam a cor verde pálido tornando-se
posteriormente translúcidas e eretas.
Em Primaveras frescas as infeções podem permanecer latentes sem sintomas
aparentes. Um atraso de crescimento pode ser observado na cultura desde os 2-3
meses. Um envelhecimento precoce pode ser observado em períodos de seca.
2. Legislação
Regulamento (CE) Nº 690/2008 da Comissão de 4 de junho e Decreto-Lei nº 154/2005
de 6 de setembro republicado pelo Decreto-Lei nº 243/2009 de 17de setembro e
posteriormente alterado pelo Decreto-Lei nº 7/2010 de 25 de janeiro e Decreto-Lei. nº
32/2010 de 13 de abril.
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3. Época de prospeção
Conforme a época de sementeira, as prospeções realizam-se 11 semanas após a
sementeira para culturas instaladas em outubro e 8-10 semanas após a sementeira
para culturas instaladas na Primavera, altura em que a raiz principal atinge
aproximadamente o diâmetro de um lápis, isto é 8 mm de diâmetro.
4. Hospedeiros a prospetar
Todas as formas cultivadas de Beta vulgaris (beterraba sacarina, beterraba forrageira,
beterraba de mesa e acelga) assim como o espinafre (Spinacia olearacea)
5. Natureza dos locais a prospetar
A prospeção deve incidir pelo menos em 10% da área da cultura.
4. Metodologia
Em virtude do método mais eficaz para deteção deste vírus ser através de realização
de análises é necessário a recolha das amostras para as quais se segue a seguinte
metodologia:
De plantas – Procede-se à recolha de 9 plantas por cada 1000 m2 andando em “W”.
Dever-se-á ter o cuidado de arrancar a planta sem destruir as pequenas raízes laterais
que deverão ser lavadas para arrastamento de detritos. Cada amostra é formada pelo
conjunto do terço inferior da raiz principal de cada planta.
De solo - No caso de ser necessário a colheita de amostras de solo, este deve ser
recolhido em parcelas de 1ha, sendo a recolha igualmente em “W” até perfazer 2,5Kg.
As amostras deverão ser colocadas em sacos de plástico devidamente identificadas e
enviadas para o laboratório no prazo máximo de 2 dias.
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7. Resultados
Entidade N.º de locais N.º de pontos
N.º de amostras
Amostras positivas
DRAPN
- - - -
DRAPC
- - - -
DRAPLVT
- - - -
DRAPAL
- - - -
DRAPALG
- - - -
DRADRAA
140 140 2990 0
DRADRRAM
- - - -
Total
140 140 2990 0
DRADRAA
Corvo
Vila do Porto
Lagoa
NordesteP. Delgada
Povoação
R. Grande
VF do Campo
Angra do Heroísmo
VP da Vitória
Santa Cruz da Graciosa
Calheta
Velas
Lajes do PicoMadalena
São Roque do Pico
Horta
Lajes das Flores
Santa Cruz das Flores
140
140
2990
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7. Conclusões
Os resultados negativos obtidos em 2013, permitem concluir que o organismo
prejudicial Beet necrotic yellow vein virus não se encontra presente na Região
Autónoma dos Açores, pelo que o estatuto de zona protegida deve ser mantido para
esta região.
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Bemisia tabaci (mosca branca)
1. Descrição do Organismo prejudicial
A Bemisia tabaci é um aleirodídeo que se confude muito com o Trialeurodes
vaporariorum, a mosca branca das estufas. Este organismo que se pensa ser
originário do Oriente, foi descrito pela primeira vez em 1889,constituindo uma praga
importante dada a sua elevada capacidade reprodutiva e à extensa lista de
hospedeiros. Em Portugal foi detetada pela primeira vez em 1992 em culturas
hortícolas.
È um organismo de quarentena que se encontra referido na Diretiva 77/93/CEE no
Anexo IA1 (populações não europeias), IB (populações europeias para as zonas
protegidas: Dinamarca, Irlanda, Portugal e Reino Unido) e ainda no anexo IVB-24.
Esta praga pertence à lista A2 da OEPP.
As folhas de plantas atacadas apresentam manchas cloróticas que podem cobrir-se de
melada e de fumagina. Um amarelecimento e mosaicos foliares ou um
amarelecimento das nervuras podem indicar a presença de vírus transmitidos pelo
aleirodideo e reações de fitotoxicidade como um branqueamento marcado das folhas
da curgete e do melão traduzem infestação pelo biótipo B de B. tabaci. Em infestações
importantes a detecção faz-se pela presença dos adultos que levantam voo assim que
se agita uma planta infestada e que rapidamente pousam.
A sua presença em Portugal é sentida no Algarve, Alentejo, parte de Lisboa e Vale do
Tejo e na Madeira. As restantes regiões são consideradas zonas protegidas.
2. Legislação
Decreto-lei nº 154/2005 e alterações – Anexo IB e Regulamento (CE) Nº 690/2008 da
Comissão de 4 de junho.
ZP-Portugal (Norte, Centro, Oeste, Açores, Madeira)
3. Época de prospeção
Duas a três vezes por ano abrangendo o período Primavera-Verão.
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4. Hospedeiros a prospetar
No nosso país o ataque da Bemisia tabaci incide principalmente sobre Hibiscus,
Euphorbia pulcherrima, Begónia, Gerbera, Fuchsia, Lisianthus e ficus nas ornamentais
e as culturas do tomate, pimento, pepino e feijão nas hortícolas.
5. Natureza dos locais a prospetar
Embora se possa fazer a sua prospecção ao ar livre, é mais comum realizar-se a sua
prospecção em culturas e viveiros sob abrigo (em estufa), pelo que a unidade de
prospeção é a estufa sendo também o lote em comercialização.
6. Metodologia
A metodologia consta no documento “Zona Protegida Bemisia tabaci Gennadius” com
a referência CPA/D-1 PPA (ID) 43-94.
A deteção desta praga deve ser feita por três processos:
Deteção de adultos em placas cromotrópicas – colocar uma placa pegajosa amarela
por cada 100m2 de estufa em pontos adequados, que permaneçam 24h em cada
semana.
Deteção de adultos por observação direta – capturar adultos na página inferior de
duas folhas ao nível superior e numa folha ao nível médio de uma planta em cada 20
localizadas nas duas diagonais da estufa. Esta captura faz-se por meio de aspiradora
de boca
Deteção de larvas por amostragem de folhas – pelo mesmo processo descrito no
ponto anterior.
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7. Resultados
Entidade N.º de locais N.º de pontos
N.º de amostras
Amostras positivas
DRAPN
54 116 39 1
DRAPC
25 56 0 0
DRAPLVT
0 0 0 0
DRAPAL
0 0 0 0
DRAPAG
0 0 0 0
DRADRAA
35 59 53 0
DRADRRAM
14 22 22 1
Total
128 253 114 2
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DRAPN
V. Castelo
Esposende
Póv. Varzim
Caminha
FelgueirasVila Conde
Boticas
Guimarães
Cast. Paiva
Rib.Pena
Peso Régua
MelgaçoMonção
Bragança
Vimioso
Porto
Mir. Douro
Valença
V. N. Cerveira
Vizela
Trofa Santo Tirso
Vinhais
Mogadouro
Freixo Esp. à Cinta
Barcelos Braga
V.N.Famalicão
Montalegre
Cab. de Basto
A. ValdevezPar. Coura
Espinho
Mac. CavaleirosMirandela
Chaves
P. Barca
P. Lima
Vila Verde
Terras de Bouro
MatosinhosMaia
V. N. Gaia
S.J. Madeira
Valongo
Vieira do Minho
Amares
Póv. Lanhoso
Gondomar
Murça
Valpaços
V. P. Aguiar
Mond. Basto
Alfandega da Fé
Feira
Vale de Cambra
Torre Moncorvo
Vila Flor
Carraz. Ansiães
AlijóSabrosaVila Real
S. M. Penaguião
V.N. Foz Coa
Moimenta da Beira
Sernacelhe
São João da Pesqueira
PenedonoTarouca
TabuaçoArmamar
Mesão Frio
Amarante
Baião
Celorico Basto
Fafe
Paredes
P. FerreiraLousada
M.Canaveses
Cinfães
Arouca
Oliveira de Azeméis
Resende Lamego
Penafiel
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
DRAPC
Manteigas
Carregal do Sal
Castro d'Aire
Aguiar da Beira
Mangualde
Mortágua
Nelas
Oliveira de Frades Penalva do Castelo
São Pedro do Sul
Santa Comba Dão
Satão
Tondela
Vila Nova de Paiva
ViseuVouzela
Aveiro
Idanha-a-Nova
Penamacor
Sabugal
Castanheira de Pêra
Pedrogão Grande
Lousã
Figueiró dos Vinhos
Vagos
Ílhavo
Castelo Branco
Mira
Murtosa
Ovar
Figueira da Foz
Cantanhede
Pombal
Leiria
Batalha
Porto de Mós
Belmonte
Vila Velha de Rodão
Proença-a-Nova
Vila de Rei
Figueira de Castelo Rodrigo
AlmeidaFornos de Algodres
Celorico da Beira
Góis
Vila Nova de Poiares
Miranda do CorvoCondeixa-a-Nova
Soure
Alvaiázere
Ansião
Penela
Sertã
Oleiros
Pampilhosa da Serra
Fundão
Covilhã
Seia
Gouveia
Oliveira do Hospital
Tábua
Arganil
Penacova
Montemor-o-VelhoCoimbra
Mealhada
Anadia
Oliveira do Bairro
Águeda
Sever do VougaAlbergaria-a-Velha
EstarrejaPinhel
Trancoso
Mêda
Marinha Grande
Guarda
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
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25
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DRADRAA
Corvo
Vila do Porto
Lagoa
NordesteP. Delgada
Povoação
R. Grande
VF do Campo
Angra do Heroísmo
VP da Vitória
Santa Cruz da Graciosa
Calheta
Velas
Lajes do PicoMadalena
São Roque do Pico
Horta
Lajes das Flores
Santa Cruz das Flores
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DRADRRAM
Calheta
Câmara de Lobos
Funchal
Machico
Ponta do Sol
Porto Moniz
Ribeira Brava
Santa Cruz
SantanaSão Vicente
Porto Santo
7. Conclusões
Os resultados obtidos em 2013 mostram que a Bemisia tabaci se encontra presente na
Região Autónoma da Madeira e DRAPN com a presença de uma amostra positiva
respetivamente nos concelhos do Funchal e Barcelos. Enquanto na região autónoma
da Madeira o organismo se encontra disperso por quase toda a região, na DRAPN não
se encontra disperso, não aparecendo nos locais positivos anteriores. Foi proposta a
retirada da classificação de Zona Protegida à Região Autónoma da Madeira.
Foram prospetados 128 locais em 4 regiões correspondendo a 253 pontos
prospetados com colheita de 114 amostras.
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Citrus tristeza virus (vírus da tristeza dos citrinos - CTV)
1. Descrição do Organismo
O CTV pertence ao grupo dos closterovirus, e é transmitido na natureza por vários
afídios, de forma semipersistente. Existem várias estirpes, que diferem na
sintomatologia causada e sua transmissibilidade. Todas as espécies de citrinos são
hospedeiras.
Este vírus encontra-se presente na maioria das regiões citrícolas a nível mundial,
sendo a doença mais importante que ataca os citrinos em geral.
Os principais sintomas são um repentino emurchecimento, com seca progressiva das
folhas, podendo ser seguida de desfoliação, definhamento e muitas vezes morte da
árvore. Os frutos das árvores afetadas são normalmente mais pequenos e de baixa
qualidade.
Portugal, exceto o Algarve e a Região Autónoma da Madeira, tem o estatuto, na
legislação nacional e comunitária, de zona protegida (ZP) para este organismo
prejudicial. Este estatuto foi estabelecido inicialmente para todo o território nacional,
tendo sofrido posteriores atualizações até à situação atual.
Este reconhecimento implicou a criação e implementação a nível nacional de um
programa de prospeção destinado a confirmar que o organismo nocivo em causa não
é endémico nem se encontra estabelecido no país.
As ações desenvolvidas nas diferentes regiões do país têm sido sujeitas à apreciação
da Comissão da UE, o que tem permitido a manutenção de Portugal como “zona
protegida”, objetivo fundamental desta prospeção.
2. Legislação
O estatuto de zona protegida foi estabelecido com a Diretiva 2001/32/CE, da
Comissão, ficando na altura todo o território português como ZP.
Em função dos resultados destas prospeções anuais, a situação foi revista. Assim,
com a publicação do Regulamento nº 690/2008/CE, da Comissão, foi retirada o
estatuto à região da Madeira. A situação foi novamente revista com o Regulamento de
Execução nº. 355/2012/UE, da Comissão, que altera o regulamento anterior, em que
foi também retirada a região do Algarve, situação que se mantém inalterada.
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O enquadramento para a aplicação a nível nacional foi dado pelo Decreto-Lei nº
4/2009, de 5 janeiro, conjugado com o Decreto-Lei nº 154/2005 e suas alterações -
Anexo IIB.
3. Época de prospeção
Março a julho e setembro a novembro, desde que a temperatura do ar não exceda os
30ºC. Realiza-se apenas uma prospeção por ano.
4. Hospedeiro a prospetar
Todos os citrinos.
5. Natureza dos locais a prospetar
Pomares e viveiros.
6. Metodologia
Em pomares: a unidade de prospeção deverá ser de um ponto de observação
correspondente a um hectare de pomar de citrinos. Este hectare de citrinos deverá ser
selecionado numa área de 2000 ha. Sendo assim, deverá ser adotada uma quadrícula
de 5 km de lado por 4 km de largura devendo o ponto de observação localizar-se no
interior desta quadrícula. Em cada ponto de observação deverão ser colhidas três
amostras. Cada amostra será colhida na área do ponto de observação e será
composta por 3 raminhos terminais (rebentação do ano) de uma árvore. Cada raminho
deverá ter 5 cm de comprimento e ser proveniente de um terço da copa da árvore.
Podem ser selecionadas árvores que apresentem um aspeto mais debilitado.
Em viveiros: deve ser colhida uma amostra por cada viveiro registado, sendo esta
análise incluída no esquema de inspeção fitossanitária aos locais de produção. No
caso de plantas envasadas, as amostras são compostas por 3 raminhos terminais (até
5 cm comprimento) provenientes de três plantas diferentes. No caso de plantas em
campo, as amostras são formadas por 6 raminhos terminais pertencentes a um terço
das copas de 2 árvores.
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7. Resultados
Entidade N.º de locais N.º de
amostras Amostras positivas
DRAPN
16 36 0
DRAPC
65 107 4
DRAPLVT
27 5 0
DRAPAL
5 5 0
DRADRAA
68 581 2
Total
181 734 6
DRAPN
V. Castelo
Esposende
Póv. Varzim
Caminha
FelgueirasVila Conde
Boticas
Guimarães
Cast. Paiva
Rib.Pena
Peso Régua
MelgaçoMonção
Bragança
Vimioso
Porto
Mir. Douro
Valença
V. N. Cerveira
Vizela
Trofa Santo Tirso
Vinhais
Mogadouro
Freixo Esp. à Cinta
Barcelos Braga
V.N.Famalicão
Montalegre
Cab. de Basto
A. ValdevezPar. Coura
Espinho
Mac. CavaleirosMirandela
Chaves
P. Barca
P. Lima
Vila Verde
Terras de Bouro
MatosinhosMaia
V. N. Gaia
S.J. Madeira
Valongo
Vieira do Minho
Amares
Póv. Lanhoso
Gondomar
Murça
Valpaços
V. P. Aguiar
Mond. Basto
Alfandega da Fé
Feira
Vale de Cambra
Torre Moncorvo
Vila Flor
Carraz. Ansiães
AlijóSabrosaVila Real
S. M. Penaguião
V.N. Foz Coa
Moimenta da Beira
Sernacelhe
São João da Pesqueira
PenedonoTarouca
TabuaçoArmamar
Mesão Frio
Amarante
Baião
Celorico Basto
Fafe
Paredes
P. FerreiraLousada
M.Canaveses
Cinfães
Arouca
Oliveira de Azeméis
Resende Lamego
Penafiel
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
16
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DRAPC
Manteigas
Carregal do Sal
Castro d'Aire
Aguiar da Beira
Mangualde
Mortágua
Nelas
Oliveira de Frades Penalva do Castelo
São Pedro do Sul
Santa Comba Dão
Satão
Tondela
Vila Nova de Paiva
ViseuVouzela
Aveiro
Idanha-a-Nova
Penamacor
Sabugal
Castanheira de Pêra
Pedrogão Grande
Lousã
Figueiró dos Vinhos
Vagos
Ílhavo
Castelo Branco
Mira
Murtosa
Ovar
Figueira da Foz
Cantanhede
Pombal
Leiria
Batalha
Porto de Mós
Belmonte
Vila Velha de Rodão
Proença-a-Nova
Vila de Rei
Figueira de Castelo Rodrigo
AlmeidaFornos de Algodres
Celorico da Beira
Góis
Vila Nova de Poiares
Miranda do CorvoCondeixa-a-Nova
Soure
Alvaiázere
Ansião
Penela
Sertã
Oleiros
Pampilhosa da Serra
Fundão
Covilhã
Seia
Gouveia
Oliveira do Hospital
Tábua
Arganil
Penacova
Montemor-o-VelhoCoimbra
Mealhada
Anadia
Oliveira do Bairro
Águeda
Sever do VougaAlbergaria-a-Velha
EstarrejaPinhel
Trancoso
Mêda
Marinha Grande
Guarda
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
65
107
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DRAPVLT
Alcobaça
Sintra
AmadoraLisboa
Odivelas
Peniche
Óbidos
Cascais
Torres Vedras
Sobral de Monte Agraço
Constância
Entroncamento
Chamusca
GolegãCaldas Rainha
Almada
Almeirim
Alpiarça
Ourém
Santarém
Nazaré
Mafra
Oeiras
Loures
Vila Franca de Xira
Seixal
Sesimbra
Setúbal
Palmela
Alcochete
Montijo
Barreiro
Benavente
Abrantes
Lourinhã
Bombarral
Arruda dos Vinhos
Alenquer
Cadaval
Azambuja
Cartaxo
Salvaterra de Magos
Rio Maior
Coruche
Moita
Alcanena
Torres Novas
Vila Nova da Barquinha
Mação
Sardoal
Tomar
Ferreira do Zêzere
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
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DRAPAL
Odemira
Vidigueira
Elvas
Barrancos
Mourão
Alvito
Viana do Alentejo
Vendas Novas
Sines
Cuba
Redondo
Alter do Chão
Fronteira
Marvão
Monforte
Mora
Mértola
Almodôvar
Ourique
Serpa
Moura
Portel
Évora
Reguengos de Monsaraz
Vila Viçosa
Borba
Grândola
Santiago do Cacém
Castro Verde
Aljustrel
Beja
Ferreira do Alentejo
Alcácer do Sal
Alandroal
Portalegre
Arronches
Castelo de Vide
Crato
Estremoz
Arraiolos
Montemor-o-Novo
Ponte de Sôr
Avis
Sousel
Nisa
Gavião
Campo Maior
0 Km 30 Km 60 Km
Escala
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DRADRAA
Corvo
Vila do Porto
Lagoa
NordesteP. Delgada
Povoação
R. Grande
VF do Campo
Angra do Heroísmo
VP da Vitória
Santa Cruz da Graciosa
Calheta
Velas
Lajes do PicoMadalena
São Roque do Pico
Horta
Lajes das Flores
Santa Cruz das Flores
8. Conclusões
Todas as regiões que têm estatuto de zona protegida para o CTV foram objeto de
prospeção. Foram detetados casos positivos em 2 concelhos da DRAPC (Coimbra e
Águeda) e um concelho da RA Açores (Madalena do Pico). Em todos os casos
positivos foi feita a erradicação do foco e aplicadas medidas nas zonas circundantes e
programada vigilância suplementar em 2014.
Pelo exposto poderemos considerar que o estatuto de zona protegida (ZP) para o
CTV, em termos gerais, deve manter-se.
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Erwinia amylovora (fogo bacteriano)
1. Descrição do organismo
Erwinia amylovora é o agente causal da doença vulgarmente designada por fogo
bacteriano. Esta bactéria foi identificada pela primeira vez por Burril, em 1883 na
América do Norte área considerada o seu centro de origem geográfica.
Na Europa a doença foi introduzida, em Inglaterra, no ano de 1957, tendo-se
posteriormente dispersado por grande parte dos países deste continente.
No ano de 2006 em Portugal ocorreu um foco da doença com sintomas atribuíveis a
Erwinia amylovora, tendo sido tomadas medidas para a sua erradicação não tendo
havido notícias de novos focos confirmados até 2010.
No decorrer do programa de prospeção da campanha de 2010 foram detetados novos
focos de fogo bacteriano para os quais foram tomadas medidas para o seu controlo e
erradicação.
A bactéria Erwinia amylovora (Burr.) Winsl. et al, é considerada um organismo nocivo
de quarentena a nível comunitário e, figura na Lista A2 - da Organização Europeia e
Mediterrânica da Proteção das Plantas (OEPP). Portugal é reconhecido como zona
protegida para esta bactéria.
A doença provoca um aspeto queimado generalizado na planta e os seguintes
sintomas nas fruteiras e ornamentais:
Fruteiras: a) flores: escurecem, secam e curvam ligeiramente; b) frutos:
encarquilham e escurecem; c) ramos: aspeto oleoso, passando a coloração verde
escura e evoluindo para o sintoma típico do “cajado de pastor”. Exsudado de cor
branca a amarelada podendo ter forma líquida ou em fios.
Ornamentais: as flores infetadas e os ramos novos curvam-se na extremidade
(cajado de pastor); folhas avermelhadas com aspeto oleoso ao longo da nervura.
Portugal é reconhecido como zona protegida (ZP) relativamente ao organismo nocivo
Erwinia amylovora. Este facto implicou a criação e implementação a nível nacional de
um programa de prospeção destinado a confirmar que o organismo nocivo em causa
não se encontra presente no território nacional.
Com o surgimento de focos em Portugal em 2010, e dada a perigosidade da bactéria
foi elaborado em 2012, o Plano de Ação Nacional para o controlo do Fogo
Bacteriano que se encontra em execução, e onde estão envolvidas entidades com
responsabilidade na execução das várias ações nas áreas da prospeção, do controlo e
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da inspeção a realizar no território nacional, nos viveiros de plantas hospedeiras e nos
locais de receção de fruta.
2. Legislação
Regulamento (CE) Nº 690/2008 da Comissão de 4 de junho e Decreto-Lei nº 154/2005
de 6 de setembro republicado pelo Decreto-Lei nº 243/2009 de 17de setembro e
posteriormente alterado pelo Decreto-Lei nº 7/2010 de 25 de janeiro e Decreto-Lei. nº
32/2010 de 13 de abril.
Para reforço e atualização das medidas fitossanitárias adicionais e de emergência a
desenvolver para o controlo e erradicação do fogo bacteriano, foi publicada a Portaria
n.º 287/2011, de 31 de outubro.
3. Época de prospeção
A prospeção deve ocorrer em duas épocas distintas tanto em pomares como em
plantas prontas a serem comercializadas: a 1ª época da 2ª quinzena de março a maio
e 2ª época de julho a agosto em pomares; e 1ª época de janeiro a março em plantas
prontas para serem comercializadas e aos materiais adquiridos noutros Estados
Membros, durante os meses de abril a outubro para as plantas de viveiro fruteiras e
ornamentais.
4. Hospedeiro a prospetar
Deverão ser prospetados os hospedeiros de plantas ornamentais e de fruteiras das
seguintes espécies: Chaenomeles, Cotoneaster, Crataegus, Cydonia, Eriobotrya,
Malus, Mespilus, Photinia davidiana, Pyracantha, Pyrus e Sorbus.
5. Natureza dos locais a prospetar
Os locais a prospetar deverão ser: pomares, jardins e parques, parcelas de plantas-
mãe e viveiros. No entanto, deverá ser dada prioridade aos viveiros com elevado nº.
de plantas hospedeiras, a pomares recentemente instalados e em zonas onde a
cultura tenha maior importância, aos jardins ou parques densamente povoados de
plantas hospedeiras e às zonas de segurança.
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6. Metodologia Foram seguidos os procedimentos estabelecidos no Plano de Ação Nacional para o
controlo do Fogo Bacteriano, versão de agosto de 2013, e o documento “Erwinia
amylovora Agente Causal do Fogo Bacteriano das Rosáceas”, (INRB (L-INIA),2012). A
ficha para registo das observações de campo e das análises laboratoriais encontram
disponíveis no Infinet.
Deverão ser observados os sintomas descritos e colher amostras de acordo com o
seguinte critério: viveiros e parcelas de plantas mãe (em todos os pontos de
prospeção) e pomares e jardins (em caso de sintomas suspeitos).
7. Resultados
Entidade N.º de locais prospeção
N.º de pontos N.º de amostras
analisadas Amostras positivas
DRAPN 56 134 361 4
DRAPC 169 341 3712 4
DRAPLVT 103 164 293 0
DRAPAL 44 55 114 1
DRAPALG 13 25 10 0
DRADRAA 58 58 45 0
DRADRRAM 10 22 1 0
Total 453 799 503 9
1 Inclui 19 amostras (programa) e 17 amostras colhidas (viveiristas).
2 Inclui 85 amostras (programa) e 268 amostras colhidas e analisadas (viveiristas).
3 Inclui 10 amostras (programa) e 19 amostras colhidas e analisadas (viveiristas).
4 Uma análise foi repetida.
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DRAPN
V. Castelo
Esposende
Póv. Varzim
Caminha
FelgueirasVila Conde
Boticas
Guimarães
Cast. Paiva
Rib.Pena
Peso Régua
MelgaçoMonção
Bragança
Vimioso
Porto
Mir. Douro
Valença
V. N. Cerveira
Vizela
Trofa Santo Tirso
Vinhais
Mogadouro
Freixo Esp. à Cinta
Barcelos Braga
V.N.Famalicão
Montalegre
Cab. de Basto
A. ValdevezPar. Coura
Espinho
Mac. CavaleirosMirandela
Chaves
P. Barca
P. Lima
Vila Verde
Terras de Bouro
MatosinhosMaia
V. N. Gaia
S.J. Madeira
Valongo
Vieira do Minho
Amares
Póv. Lanhoso
Gondomar
Murça
Valpaços
V. P. Aguiar
Mond. Basto
Alfandega da Fé
Feira
Vale de Cambra
Torre Moncorvo
Vila Flor
Carraz. Ansiães
AlijóSabrosaVila Real
S. M. Penaguião
V.N. Foz Coa
Moimenta da Beira
Sernacelhe
São João da Pesqueira
PenedonoTarouca
TabuaçoArmamar
Mesão Frio
Amarante
Baião
Celorico Basto
Fafe
Paredes
P. FerreiraLousada
M.Canaveses
Cinfães
Arouca
Oliveira de Azeméis
Resende Lamego
Penafiel
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
DRAPC
Manteigas
Carregal do Sal
Castro d'Aire
Aguiar da Beira
Mangualde
Mortágua
Nelas
Oliveira de Frades Penalva do Castelo
São Pedro do Sul
Santa Comba Dão
Satão
Tondela
Vila Nova de Paiva
ViseuVouzela
Aveiro
Idanha-a-Nova
Penamacor
Sabugal
Castanheira de Pêra
Pedrogão Grande
Lousã
Figueiró dos Vinhos
Vagos
Ílhavo
Castelo Branco
Mira
Murtosa
Ovar
Figueira da Foz
Cantanhede
Pombal
Leiria
Batalha
Porto de Mós
Belmonte
Vila Velha de Rodão
Proença-a-Nova
Vila de Rei
Figueira de Castelo Rodrigo
AlmeidaFornos de Algodres
Celorico da Beira
Góis
Vila Nova de Poiares
Miranda do CorvoCondeixa-a-Nova
Soure
Alvaiázere
Ansião
Penela
Sertã
Oleiros
Pampilhosa da Serra
Fundão
Covilhã
Seia
Gouveia
Oliveira do Hospital
Tábua
Arganil
Penacova
Montemor-o-VelhoCoimbra
Mealhada
Anadia
Oliveira do Bairro
Águeda
Sever do VougaAlbergaria-a-Velha
EstarrejaPinhel
Trancoso
Mêda
Marinha Grande
Guarda
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
371
169
56
36
134
341
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DRAPLVT
Alcobaça
Sintra
AmadoraLisboa
Odivelas
Peniche
Óbidos
Cascais
Torres Vedras
Sobral de Monte Agraço
Constância
Entroncamento
Chamusca
GolegãCaldas Rainha
Almada
Almeirim
Alpiarça
Ourém
Santarém
Nazaré
Mafra
Oeiras
Loures
Vila Franca de Xira
Seixal
Sesimbra
Setúbal
Palmela
Alcochete
Montijo
Barreiro
Benavente
Abrantes
Lourinhã
Bombarral
Arruda dos Vinhos
Alenquer
Cadaval
Azambuja
Cartaxo
Salvaterra de Magos
Rio Maior
Coruche
Moita
Alcanena
Torres Novas
Vila Nova da Barquinha
Mação
Sardoal
Tomar
Ferreira do Zêzere
0 Km 35 Km 70 Km
Escala
103
29
164
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DRAPAL
Odemira
Vidigueira
Elvas
Barrancos
Mourão
Alvito
Viana do Alentejo
Vendas Novas
Sines
Cuba
Redondo
Alter do Chão
Fronteira
Marvão
Monforte
Mora
Mértola
Almodôvar
Ourique
Serpa
Moura
Portel
Évora
Reguengos de Monsaraz
Vila Viçosa
Borba
Grândola
Santiago do Cacém
Castro Verde
Aljustrel
Beja
Ferreira do Alentejo
Alcácer do Sal
Alandroal
Portalegre
Arronches
Castelo de Vide
Crato
Estremoz
Arraiolos
Montemor-o-Novo
Ponte de Sôr
Avis
Sousel
Nisa
Gavião
Campo Maior
0 Km 30 Km 60 Km
Escala
11
44
55
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DRAPALG
Vila do Bispo
Lagos
Aljezur
Alcoutim
LouléVila Real de Santo António
Castro Marim
Albufeira
Monchique
Portimão
Lagoa
Silves
São Brás de Alportel
FaroOlhão
Tavira
DRADRAA
Corvo
Vila do Porto
Lagoa
NordesteP. Delgada
Povoação
R. Grande
VF do Campo
Angra do Heroísmo
VP da Vitória
Santa Cruz da Graciosa
Calheta
Velas
Lajes do PicoMadalena
São Roque do Pico
Horta
Lajes das Flores
Santa Cruz das Flores
58
45
13
10
25
58
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DRADRRAM
Calheta
Câmara de Lobos
Funchal
Machico
Ponta do Sol
Porto Moniz
Ribeira Brava
Santa Cruz
SantanaSão Vicente
Porto Santo
7. Conclusões
A prospeção foi efetuada em todas as regiões do País, com as seguintes
características: pomares, jardins públicos, centros de jardinagem, parcelas de plantas
mãe e viveiros.
No decorrer da prospeção durante o ano de 2013, foram registados novos focos de
infeção nas regiões Norte, Centro e Alentejo.
Na região Norte foi detetado um foco em dois pomares de macieira, um pomar de
marmeleiro e numa árvore dispersa de marmeleiro todos localizados no concelho de
Sernancelhe. Foi igualmente destruído um pomar de macieiras que se encontrava
localizado na zona de segurança, entretanto constituída, e que apresentava sintomas.
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Esse pomar estava localizado no concelho de Sernancelhe.
Já na região Centro os focos surgiram em dois pomares de macieiras no concelho da
Guarda, e de marmeleiros no concelho de Seia. O outro foco surgiu em plantas de
macieira num viveiro no concelho de Miranda do Corvo.
Na zona de segurança constituída em 2011 no concelho de Viseu, foi novamente
detetado um foco em macieira, tendo-se procedido ao seu arranque e destruição.
No Alentejo surgiu novamente um foco no mesmo pomar de macieira no concelho de
Ferreira do Alentejo anteriormente detetado.
Em todas as situações foram aplicadas as medidas previstas na lei, que incluíram o
arranque e destruição das plantas infetadas e a imposição de um período de
quarentena de, no mínimo, dois anos ao viveiro infetado.
Apesar dos resultados obtidos naquelas regiões, considera-se que as mesmas devem
manter o estatuto de zona protegida (ZP) relativamente à bactéria Erwinia amylovora
pelo que devem ser intensificadas as prospeções de modo a poder conhecer melhor a
real dispersão da bactéria para a sua posterior erradicação.
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Gonipterus scutellatus (Gorgulho do eucalipto)
1. Descrição do organismo
Gonipterus scutellatus, vulgarmente designado como gorgulho do eucalipto, é um
coleóptero da família Curculionidae que ataca vegetais do género Eucalyptus.
Este inseto é originário da Austrália de onde, juntamente com os seus hospedeiros, se
dispersou para outras regiões do mundo, estando atualmente presente em vários
países dos diversos continentes. Na Europa já foi assinalado em Itália (1975), França
(1977), Espanha (1991) e Portugal (1995), com exceção dos Açores.
Os ovos têm forma subcilíndrica e cor amarela translúcido. Têm cerca de 1 mm de
comprimento e 0,5 mm de largura, são postos em grupos de 8 a 12 e cobertos por
uma capa protetora de coloração castanha, constituída quase exclusivamente por
excrementos.
A larva é apoda, glabra e passa por 4 estados larvares, tendo nos dois primeiros uma
coloração amarelo claro com pontos negros dorsais e nos dois últimos é de cor
amarelo esverdeado com duas riscas longitudinais escuras.
Após a maturação a larva deixa-se cair no solo, enterrando-se a uma profundidade
entre 10 e 15 cm para pupar.
O adulto, que apresenta forma elíptica e cor castanha, tem 7 a 9 mm de comprimento,
sendo o macho de menor tamanho que a fêmea. Tem um rostro curto e forte e o tórax
rugoso e coberto de escamas claras.
O gorgulho do eucalipto é um inseto desfolhador que causa estragos quer na fase
larvar quer no estado adulto. As larvas dos primeiros instares alimentam-se da
epiderme da folha produzindo galerias enquanto que nos estados mais desenvolvidos
alimentam-se e destroem a totalidade da folha, gomos e rebentos. Os adultos
alimentam-se preferencialmente na margem das folhas, podendo também atacar
rebentos jovens e gomos apicais. No nosso país este inseto tem duas gerações anuais
Embora o controlo desta praga possa ser efetuado através da luta química, a
dificuldade nas aplicações e o seu elevado custo tornam esse meio de luta pouco
atrativo. Atualmente o meio de luta alternativo é a luta biológica, com utilização do
himenóptero Anaphes nitens, parasita específico dos ovos de G. scutellatus.
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2. Legislação
Dado que o inseto nunca foi detetado na Região Autónoma dos Açores considerou-se
importante manter esse estatuto fitossanitário tendo a referida região sido reconhecida
como “zona protegida” (ZP) para o Gonipterus scutellatus, tal como estabelecido no
Anexo II B da Diretiva do Conselho 2000/29/CE transposta para o direito nacional pelo
Decreto-Lei nº 154/2005 e no Regulamento (CE) Nº 690/2008 da Comissão.
3. Época de prospeção
Podem ser observadas todas as fases de desenvolvimento do inseto (ovo, larva,
adulto) em momentos diferentes, ao longo de todo o ano.
A prospeção pode ser efetuada em qualquer altura do ano, embora os períodos mais
adequados sejam o início da Primavera e o final do Verão/ início do Outono.
4. Hospedeiros a prospetar
Vegetais de Eucalyptus spp., exceto frutos e sementes.
5. Natureza dos locais a prospetar
Viveiros e povoamentos florestais.
6. Metodologia
Observação visual dos vegetais de Eucalyptus tendo em vista detetar a praga em
qualquer fase do seu desenvolvimento, em particular nas plantas que apresentam
sintomas / sinais da sua presença (folhas e rebentos com galerias ou roídos).
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7. Resultados
Entidade Ilha Concelho Nº de locais
prospetados
Resultados
Neg(-)/Pos(+)
DRADRAA
Santa Maria Vila Porto 2 -
S. Miguel
Ponta Delgada 3 -
Lagoa 6 -
Ribeira Grande 5 -
V. Franca Campo 1 -
Terceira Angra Heroísmo 6 -
Praia da Vitória 4 -
Graciosa Santa Cruz 2 -
S. Jorge Velas 4 -
Pico Lages 1 -
S. Roque 1 -
Faial Horta 2 -
Flores Lajes 2 -
Santa Cruz 2 -
TOTAL - 41 -
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DRADRAA
Corvo
Vila do Porto
Lagoa
NordesteP. Delgada
Povoação
R. Grande
VF do Campo
Angra do Heroísmo
VP da Vitória
Santa Cruz da Graciosa
Calheta
Velas
Lajes do PicoMadalena
São Roque do Pico
Horta
Lajes das Flores
Santa Cruz das Flores
8. Conclusões
Não foi detetada a presença de Gonipterus scutellatus em nenhum dos 41 locais
prospetados em 2013, pelo que a Região Autónoma dos Açores deve continuar a ser
reconhecida como “zona protegida” para aquele inseto, mantendo-se assim em
execução no próximo ano o programa de prospeção.
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Leptinotarsa decemlineata (escaravelho da batateira)
1. Descrição do Organismo
O escaravelho da batateira é um crisomelídeo que ataca a batateira e outras espécies
cultivadas e espontâneas de solanáceas. As culturas da batata, tomate e beringela
são as de maior risco mas as infestantes solanáceas podem constituir um repositório
da infestação.
Os adultos e as larvas alimentam-se da parte aérea das plantas, podendo consumir a
totalidade das folhas. Além da eliminação da folhagem, é também característica a
presença dos excrementos, negros e pegajosos, sobre o caule e folhas.
O inseto está presente na maioria dos países da Europa. Está presente em Portugal
continental mas não existe nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, regiões
onde existe o estatuto de zona protegida (ZP) para este organismo prejudicial.
Por esta razão foi criado este programa de prospeção, específico para as regiões
autónomas dos Açores e Madeira, de forma a permitir a manutenção do estatuto de
ZP dessas regiões.
2. Legislação
O estatuto de zona protegida foi estabelecido com a publicação da 1ª diretiva que
estabeleceu zonas protegidas no espaço UE, a Diretiva 92/76/CEE, da Comissão.
Esse estatuto mantém-se inalterado até à atualidade, encontrando-se atualmente
vertido no Regulamento nº 690/2008/CE, da Comissão.
O enquadramento para a aplicação a nível nacional foi dado pelo Decreto-Lei nº
4/2009, de 5 janeiro, conjugado com o Decreto-Lei nº 154/2005 e suas alterações -
Anexo IB.
3. Época de prospeção
Maio a junho. Apenas uma prospeção por ano.
4. Hospedeiro a prospetar
Plantas de Solanum tuberosum (batateira) e observação de produtos à importação.
5. Natureza dos locais a prospetar
Campos de cultura e plantas espontâneas de Solanum tuberosum (batateira).
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Observação de tubérculos de batata e outros produtos à importação.
6. Metodologia
Dado que se trata de um inseto com características bem definidas e de fácil
identificação, não se torna necessário a colheita de amostras, mas sim fazer o registo
da sua ausência ou presença. Realiza-se a inspeção visual em pontos de observação
nas principais zonas de cultura da batata, por observação direta da totalidade da
planta, para deteção de adultos ou larvas do inseto, ou sinais de alimentação ou
presença de excrementos.
7. Resultados
Entidade N.º de locais N.º de observações visuais
positivas
DRADRRAA
105 0
DRADRRAM
18 0
Total 123 0
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DRADRAA
Corvo
Vila do Porto
Lagoa
NordesteP. Delgada
Povoação
R. Grande
VF do Campo
Angra do Heroísmo
VP da Vitória
Santa Cruz da Graciosa
Calheta
Velas
Lajes do PicoMadalena
São Roque do Pico
Horta
Lajes das Flores
Santa Cruz das Flores
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DRADRRAM
Calheta
Câmara de Lobos
Funchal
Machico
Ponta do Sol
Porto Moniz
Ribeira Brava
Santa Cruz
SantanaSão Vicente
Porto Santo
8. Conclusões
Todas as regiões que têm estatuto de zona protegida para o escaravelho da batateira
foram objeto de prospeção.
Pelos resultados expostos poderemos considerar que o estatuto de zona protegida
(ZP) para esta praga deve manter-se, assim como a realização desta prospeção.
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Sternochetus mangifera Fabricius
1. Descrição do Organismo
Organismo que não está presente na União Europeia sendo considerado de
quarentena nas zonas protegidas da UE: Espanha (Granada e Málaga) e Portugal
(Alentejo, Algarve e Madeira) associado a sementes de Mangifera spp.
Coleóptero; corpo negro coberto de escamas cinzentas ou amareladas; comprimento
7,5 a 9,5 mm; rostro mediano, cilíndrico e um pouco arqueado; olhos bem separados
pela fronte. As fêmeas fazem a postura nos frutos quando estes atingem a meia
maturação, a larva escava a polpa até atingir a semente onde se desenvolve. Os
adultos emergem, um a dois meses após a queda dos frutos, produzindo um orifício na
extremidade côncava.
2. Legislação
Decreto-Lei nº 154/2005 de 6 de setembro alterado e republicado pelo DL nº 243/2009
de 17 de setembro que transpõe a Diretiva nº 2000/29/EC e alterações - Anexo II B e
Regulamento (CE) n.º 690/2008.
3. Época de prospeção
Uma inspeção por ano no período de junho a outubro.
4. Hospedeiro a prospetar
Mangifera spp.
5. Natureza dos locais a prospetar
Pomar de Mangifera.
6. Metodologia
Percorrer a plantação e procurar vestígios de folhas roídas e insetos. Abrir os frutos
caídos e procurar orifícios ou manchas de apodrecimento em especial na extremidade
concava. Abrir a semente separando os cotilédones. Colheita de amostras (insetos ou
frutos) em caso de suspeita.
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7. Resultados
Entidade N.º de locais N.º de observações
visuais positivas
DRAPALG 2 0
DRADRRAM 6 0
Total 8 0
DRAPALG
Vila do Bispo
Lagos
Aljezur
Alcoutim
LouléVila Real de Santo António
Castro Marim
Albufeira
Monchique
Portimão
Lagoa
Silves
São Brás de Alportel
FaroOlhão
Tavira
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DRADRRAM
Calheta
Câmara de Lobos
Funchal
Machico
Ponta do Sol
Porto Moniz
Ribeira Brava
Santa Cruz
SantanaSão Vicente
Porto Santo
8. Conclusões
Na prospeção de Sternochetus mangifera, em 2013, efetuaram-se observações nas
duas regiões do país onde existem pomares de manga. Não foi detetada a presença
da praga, devendo, portanto, manter-se o estatuto de zona protegida.
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LEGENDA DOS MAPAS
- Concelhos com amostras positivas ou observações visuais positivas
- Concelhos com amostras negativas ou observações visuais negativas
- N.º de locais prospetados por região
- N.º de pontos prospetados por região
- N.º de amostras colhidas por região
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Direções Regionais de Agricultura:
DRAPN – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte
DRAPC – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro
DRAPLVT – Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do
Tejo
DRAPAL – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo
DRAPALG – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve
DRADRAA – Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da
Região Autónoma dos Açores
DRADRRAM – Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da
Região Autónoma da Madeira
Entidade Central
ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, IP
DRAPN
DRAPC
DRAPLVT
DRAPAL
DRAPALG
DRADRRAA
DRADRRAM
Prospeção de organismos de quarentena
Zonas protegidas
Ações realizadas - 2013
FICHA TÉCNICA
Edição: Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
Compilação de textos: Sandra Sousa Pinto
Textos técnicos: António Pacheco
Cláudia Sá
Hugo Tavares
Sandra Sousa Pinto
Teresa Afonso
Design da capa: Divisão de Comunicação e Informação
Fotos da capa: Sandra Sousa Pinto www.eppo.int
©2014, DIRECÇÃO-GERAL DE ALIMENTAÇÃO E VETERINÁRIA (DGAV) Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 2 – 1249-105 LISBOA