Prosperidade

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FILOSOFIA RELIGIOSA DO MESSIAS: DEUS AO REINO DO CÉU NA TERRA PROSPERIDADE VOLUME 14 2010

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Prosperidade na Igreja Messiânica Mundial

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FILOSOFIA RELIGIOSA DO MESSIAS: DEUS AO REINO DO CÉU NA TERRA

PROSPERIDADE

VOLUME 14

2010

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INTRODUÇÃO Prosperidade tem como antônimos a pobreza e a involução, ou seja, tem como sinônimos a riqueza e o progresso. Uma maneira padronizada de avaliação da prosperidade de uma população é realizada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que é uma medida comparativa de riqueza (economia no sentido de renda através do PIB per capita) e progresso (saúde, por meio da longevidade, e educação, com taxa de alfabetização e freqüência a curso). Tendo em vista que economia e saúde foram os temas dos volumes 11 e 13, respectivamente, então, nesse volume 14, se restringe a prosperidade apenas como educação. Meishu-Sama tem relações com o ensino e aprendizagem a ponto de ser visto como um mestre da educação, interessado nela, a ponto de agradecer pela instrução, pelo custear despesas escolares, considerar o amor do ofertante, praticar seus ensinamentos educacionais. Ele é respeitado como um doutor em educação, um estudioso, pesquisador e escritor do Mundo Espiritual e da Nova Era, que defende uma tese educacional inédita para a cultura paradisíaca. Meishu-Sama aguardava para dizer o que ia acontecer com a educação no século XXI. De fato, Meishu-Sama, em um aprimoramento constante, leu muito, estudou vários temas, aprofundou nos estudos filosóficos, assistiu conferências, etc. Ele foi uma pessoa, considerada por muitos, como a de caráter mais multilateral, ninguém teria tido tanto interesse por quase todas as coisas da vida, e um destes atrativos se dava na Educação. Um exemplo, deste seu interesse, pode ser notado quando ele sensibilizado cumprimentou uma professora dizendo: “Agradeço o ensino dado a minha filha.”, o que deixou as duas muito emocionadas.

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Outro exemplo: “Certo dia, na época em que era atacadista de bijuterias e adornos, Meishu-Sama foi a Assakussa de jinriquixá assistir a um filme. Percebendo que o condutor, além de ser jovem, não conseguia conduzir o veículo adequadamente, ele perguntou: "Você ainda é novato nesse serviço, não é?" O rapaz respondeu. "Sim, faz pouco tempo que comecei. Na verdade, sou estudante e não queria estar fazendo este serviço. Mas quero ver se continuo até me formar". Então, Meishu-Sama disse-lhe: "Realmente, isso é admirável! Onde é que você mora? A minha residência é esta (entregou-lhe o cartão), venha me procurar. Quem sabe, talvez até possa pagar os seus estudos". O rapaz ficou muito contente e, dias depois, procurou-o em sua residência. Meishu-Sama fez-lhe várias perguntas e, após incentivá-lo, prometeu-lhe custear a educação até a formatura.” Um outro exemplo: “Passei praticamente toda minha juventude com Meishu-Sama, que me repreendia severamente. Logo que concluí o segundo grau, fui dedicar junto a ele, que me disse. "Você não quer fazer a faculdade à noite?" Assim sendo, fiz o referido curso em dois anos, e até hoje sinto profunda gratidão por isso. Naturalmente, Meishu-Sama assistiu-me em todos os sentidos. A partir de abril de 1942, comecei a freqüentar a escola de Oguikubo. Na conclusão do primeiro ano, recebi o quadro de honra. Nessa oportunidade, ele me disse: "Você é inteligente”. Esta foi a única vez que ele me elogiou. As despesas escolares variavam de 7 a 8 ienes, e essa quantia, na época era apreciável. Numa época economicamente difícil, pude estudar graças ao apoio de Meishu-Sama.” Mais um outro exemplo: “Uma vez, fui a Hakone levar trutas, peixes de que Meishu-Sama apreciava muito e, por ordem sua, fui levado a uma sala. Alguns momentos depois, ele entrou rapidamente e disse-me, apenas, num só fôlego: “Muito obrigado pelo peixe. Estava uma delícia” e retornou à outra sala. Senti que seu sentimento podia ser traduzido assim: “Pelo menos, quero dirigir-lhe, pessoalmente, palavras de

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agradecimento”, e por isso me fez esperar. Nesse espírito de querer valorizar o amor com que se fizesse uma oferta, por mínimo que ela fosse, percebe-se o calor dos seus sentimentos. Nunca senti tanto, como naquela ocasião, a importância de aprender e levar em consideração o amor das pessoas.” Ainda praticava o que pregava, eis o que ele ordenou para seus seguidores: "Sem levar em consideração o fato de saber redigir bem ou não, todos vocês que servem perto de mim, têm o dever de transmitir aos fiéis a minha vida diária. Vocês precisam observar direito se realmente estou pondo em prática tudo o que digo ou ensino aos membros, e registrar tudo tal qual têm observado.” O Mestre Meishu-Sama afirma que é preciso ser versátil, livre e desimpedido de acordo com o tempo e a ocasião. É como se fosse um estudo. Só que um estudo diferente dos estudos em geral, é de nível elevado, superior ao universitário. Portanto, tornando-se assim, qualquer erudito ou professor de faculdade abaixa a cabeça. O Mestre, por exemplo só concluiu a escola primária, no entanto, mesmo um professor de faculdade, muitas vezes, sentia que devia abaixar a cabeça para ele. Por isso, ele escreveu sobre os fenômenos do Mundo Espiritual não de forma superficial, mas, como resultado de estudos e pesquisas efetuados durante mais de vinte anos. O Mestre realizou minuciosos estudos e pesquisas procurando ouvir o maior número possível de espíritos desencarnados, através de médiuns. De tudo que esses espíritos disseram, ele eliminou aquilo que pode não ser verdade, transcrevendo apenas os pontos coincidentes entre os muito depoimentos que ouviu. Por isso, ele tem certeza de que não há erros em suas explanações. Segundo seus estudos, a Grande Natureza, isto é, o mundo em que se vive, está constituída de três elementos - o Fogo, a Água e o Solo. Atualmente, a Ciência e o homem, pelos seus cincos sentidos, têm conhecimento do eletromagnetismo, do ar, da matéria, dos elementos, etc., mas o seu propósito foi

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falar sobre a energia espiritual, que a Ciência e os cinco sentidos do homem ignoram. Na ciência contemporânea, está se tornando conhecida a existência de uma espécie de radioatividade em todos os seres, inclusive nos minerais e nos vegetais. Seus estudos revelaram que a radioatividade do corpo humano é de qualidade superior. Uma provação que Meishu-Sama passou foi a de saber das coisas que irão acontecer até daqui a um século em relação à Política, Educação, Economia, Filosofia e Medicina. Nada, porém, ele podia fazer enquanto não chegasse o tempo certo. No que diz respeito à Era do Dia, ele descreveu: “Refletindo sobre o que vira nesse dia, conclui que realmente o sonho da humanidade havia sido concretizado. Fiquei bastante comovido, achando que era a Utopia há tanto tempo idealizada por ela, e meu espírito de pesquisa aumentou de forma irrefreável, pois eu sentia necessidade de conhecer todos os aspectos da cultura da Nova Era. Primeiramente, resolvi pesquisar em silêncio. Acreditando, entretanto, que os leitores também desejam conhecer tudo sobre esse novo mundo, relatarei, pela ordem dos fatos, aquilo que fiquei sabendo.” Ao escrever um livro intitulado “A Criação da Civilização”, apregoa que a própria construção do Paraíso Terrestre é um fato sem precedentes; portanto, será necessário estabelecer idéias igualmente sem precedentes. Assim trata de uma nova tese sobre o processo de formação da cultura do Mundo Novo com objetivo de esclarecer que a civilização atual não é a verdadeira civilização e que, nesta a Medicina, Política, Religião e Arte serão inéditos, e aí inclui a Educação. Messias assim se expressou: “Além da reforma da Medicina, exerço, em relação ao Novo Mundo, a função de projetista da construção do Paraíso Terrestre, que é o ideal da humanidade. Nesse sentido, a teoria que estou expondo e sua prática é Ciência e não é Ciência; é Religião e não é Religião. Na realidade, é, ao mesmo tempo, Ciência e Religião. Por conseguinte, está relacionada também à Economia, à Educação,

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à Moral e à Arte. Todos os aspectos culturais da Era da Noite que não tiverem mais utilidade, serão eliminados; o que for útil, será preservado. Assim, prognostico que surgirá, em breve, uma nova cultura. Creio que a teoria da Unificação do Mundo, propalada ultimamente, seja uma das manifestações dessa nova cultura. Pretendo divulgar, posteriormente, minha teoria sobre diversos empreendimentos culturais, ligados, por exemplo, à Religião, à Política, à Economia, à Educação e à Arte do Novo Mundo.” “Prosperidade” compreende seis tópicos a respeito da educação: Valor; Definição; Objetivo; Conteúdo; Metodologia; Avaliação. O leitor que almeja a prosperidade, diz o Messias: “Se o homem deseja crescente prosperidade, deve fazer esforços para aprofundar sua inteligência. A profundidade da inteligência depende da força da sinceridade. Assim, conclui-se que o homem cuja fé não é correta, nada conseguirá.” O Messias traz a seguinte esperança para os envolvidos com a educação: “Até agora, vivíamos pressionados, mas essa força de pressionar vai enfraquecer. Isso no sentido de que, se antes precisávamos falar 10 ou 20 vezes para que as pessoas entendessem, agora entenderão se falarmos 5 ou 6 vezes.”

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ÍNDICE 1. Valor 15 1.1. Impulsionou o acúmulo de bens nas eras

selvagem e semicivilizada 15 1.2. Instiga a desagregação na era civilizada, como no

insuflar complexo de superioridade 15 1.3. Incita também a ponto de ser uma das causas dos

males sociais 16 1.4. No entanto, paradoxalmente uma tentativa de

solução para acabar com estes males 16 1.5. Porém, tornou-se um ensaio inútil que acabou sendo

usada para fins maléficos 18 1.6. Todavia a culpa dos erros não está na escassez de

benefícios e sim no próprio homem 18 1.7. Entretanto também se chega a exatidão pela

experiência de fé e sinceridade 19 1.8. Não só no Mundo Material como no

Mundo Espiritual 19 2. Definição 21 2.1. Riqueza espiritualista onde ensino-aprendizagem

acompanha transformação mundial 21 3. Objetivo 25 3.1. Prepara na formação de homens íntegros 25 3.2. Habilita na disposição de descobridores de segredos 26 3.3. Detentores de teoria e realidade semelhantes 26 3.4. Concebedores de uma civilização espiritual-material 27 3.5. Constituidores de uma ciência que englobe a

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matéria e o espírito 27 3.6. Diplomadores dos que buscam intensivamente a

missão das coisas 29 3.7. Estabelecedores de pessoas e sociedades

sadia, próspera e pacífica 29 3.8. Reeducadores dos formandos e dos formados pela

educação materialista 29 4. Conteúdo 31 4.1 Estado do que é próspero compreende tópico se

aproximando da verdade, bem e belo 31 4.2. Expressando um estudo útil a sociedade 32 4.3. Levando em conta um conhecimento amplo, como

científico, artístico, religioso etc 32 4.4. Cuidando de uma moral alicerçada no caminho divino 32 4.5. Entrando no mundo do infinito devido ao

aperfeiçoamento do microscópio 34 4.6. Fazendo descobrir que tudo na Terra é

formado por dualidades 34 4.7. Considerando os fenômenos espirituais 34 4.8. Entendendo a relação entre os mundos

Espiritual e Material 38 4.9. Utilizando as energias espirituais 38 4.10. Assumindo que tudo é proveniente do produto dos

espíritos do fogo, água e solo 38 4.11. Possibilitando o conhecimento e a obediência às

Leis da Natureza 39 4.12. Explicando que a tempestade é uma

ação purificadora do Mundo Espiritual 40 4.13. Aprofundando o significado dos elos espirituais 40 4.14. Conscientizando dos limites fruto da predestinação 41 4.15. Pesquisando Parapsicologia e desenvolvendo

mediunidade 41 4.16. Evitando empregar incorporação 41

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4.17. Atentando para não ser atingido pelos demônios 42 4.18. Esclarecendo sobre a vida após a morte e

mortes antinaturais 42 4.19. Refletindo sobre absurdo de seitas dentro

de religiões universais 43 4.20. Explicitando dois tipos de amor 43 4.21. Compreendendo de fato o que é a doença,

como tratá-la 44 4.22. Zelando pela capacidade de recuperação natural

do organismo 46 4.23. Mostrando a capacidade do organismo em se

adaptar ao meio ambiente 46 4.24. Tornando clara a capacidade do solo em prover

os homens de alimentos 46 4.25. Motivando respeito e amor para com o solo 47 4.26. Exibindo as vantagens da Agricultura Natural,

como não usar esterco 47 4.27. Superando a dependência em relação aos

adubos químicos 48 4.28. Abandonando o método hidropônico 48 4.29. Descobrindo potencialidades e ampliando cidadania 48 4.30. Aperfeiçoando os cálculos em geral,

destacadamente os econômicos 49 4.31. Aprendendo sobre o lado espiritual da

Bolsa de Valores 49 4.32. Expondo que dirigente deve se movimentar

menos e ficar mais retirado 49 4.33. Percebendo interferência dos antepassados 50 4.34. Apresentando o século XXI 50 5. Metodologia 53 5.1. Abundância de apresentação regida pelas

leis naturais da vida humana e do Universo se apartando dos detalhes 53

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5.2. Modo de agir segundo a precedência do espírito, a identidade espírito e matéria, a ordem e a causa e efeito 53

5.3. Alicerçado no respeito aos compromissos 55 5.4. Baseado na atração em vez do empurrar 56 5.5. Apoiado em linguagem compreensível 56 5.6. Arte de dirigir na investigação da verdade é

pelo caminho do meio 56 5.7. Negando a opressão e a libertinagem no controle de

turmas e filhos 58 5.8. Criando as crianças pela tradição com inovação

de práticas boas 59 5.9. Equilibrando entre as noções transmitidas

e o desenvolvimento psicofísico 60 5.10. Lendo de tudo sem esquecer os ensinamentos

de Meishu-Sama 62 5.11. Precavendo-se de haver empenho com objetividade 62 5.12. Utilizando livros didáticos e aulas adequados

ao avanço cultural 63 5.13. Norteada pela teoria da intuição 65 5.14. Guiada por todas as coisas se moverem 67 5.15. Pautada pelo “eu do momento” 67 5.16. Exterminando o pensamento ateísta 68 5.17. Cultivando o belo de sentimento, palavras e

atitudes 69 5.18. Eliminando as características animalescas da

alma do homem 70 5.19. Buscando mais do que a inteligência humana,

sem desprezar os conhecimentos 71 5.20. Conhecendo profundamente o que se ensina 71 5.21. Praticando o que se aprende 71 5.22. Aprendendo pelas manifestações contrárias 72 5.23. Evitando o apego e a irritação 72 5.24. Tendo dúvidas e obediência 74

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5.25. Prestando atenção para conhecer principalmente nas pequenas coisas 74

5.26. Motivando a ser prudente e a prever 75 5.27. Deixando livre sob observação ativa 76 5.28. Treinando o estado espiritual do estudante,

inclusive a fazer cópias 76 5.29. Apoiando ostensivamente quando se tem

convicção da capacidade 77 5.30. Ensinando com cortesia 78 5.31. Orientando para altruísmo e expansão da aura 78 5.32. Vivenciando gratidão 82 5.33. Ensinando sobre educação intra-uterina 83 6. Avaliação 85 6.1. Capacidade de estabelecer méritos muito mais

do que notas 85 6.2. Ela é parametrizada pela verdade 85 6.3. Pelo bem do espírito de justiça e responsabilidade 86 6.4. Pelo belo valorizado nas coisas 86 6.5. Respondendo clara e sucintamente o

que lhe é pedido 86 6.6. Não mentindo aos mestres 87 6.7. Sabendo conversar com qualquer pessoa 89 Síntese 91

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1. VALOR 1.1. Impulsionou o acúmulo de bens nas eras selvagem e semicivilizada. Há muitos séculos inúmeros pedagogos vêm se esforçando nesse campo. Pode-se reconhecer-lhes certo mérito, mas sua força não vai além disso. Não obstante, em relação á época selvagem, a sabedoria humana se desenvolveu bastante, e tanto a política como as organizações sociais e demais setores da sociedade conseguiram espantoso progresso, de modo que não se pode desprezar a contribuição da Educação. É inegável, entretanto, que faltou força na parte espiritual, ou seja, no aspecto referente ao melhoramento do espírito, visto que até agora não foi possível prescindir-se da jaula denominada lei. Observa que em prosseguimento às eras primitiva e selvagem-subdesenvolvida, surgiu a era semicivilizada decorrente do progresso da Religião e da Educação. Paralelamente, sabe que a era da verdadeira civilização só se efetivará no mundo que vai ser construído daqui para frente. Será o mundo de paz e felicidade tão esperado pelos homens. Para isso, apontará os muitos erros subjacentes na semicivilização atual e pregará o que é a verdadeira civilização. 1.2. Instiga a desagregação na era civilizada, como no insuflar complexo de superioridade. Meishu-Sama aponta este erro ocorrido no ensino japonês: “É óbvio que o respeito e a crença na eternidade da família imperial criaram esse sentimento no povo e que deu certo grupo de ambiciosos e de governantes exerceu enorme influência sobre o ensino e a propaganda, fazendo com que tudo

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saísse a seu favor. Como resultado, construiu-se uma nação singular, como jamais se viu outra igual. Considerando-se um país Divino, o Japão acabou caindo na auto-satisfação, fez-se de “filhinho mimado”, sem ao menos ser tão rico assim. Habilmente, os escolásticos insuflaram esse complexo de superioridade em termos lógicos e históricos, o que foi desastroso. Assim, o sentimento de lealdade e patriotismo assolou o país inteiro, e o povo acabou por achar muito normal fazer qualquer coisa em prol da nação e do Imperador, até mesmo sacrificar a própria vida. Isto era considerado o mais elevado ato moral.” 1.3. Incita também a ponto de ser uma das causas dos males sociais. Atualmente, a sociedade está repleta de males. Por toda parte ocorrem fatos desagradáveis, uns após outros; a intranqüilidade das pessoas alcança o auge. É urgente, portanto, meditar muito, para encontrar a causa dos males sociais. De onde eles provêm? A quem responsabilizar? Obviamente, a culpa não poderia deixar de ser da Religião, da Educação e da Política. A chave para a solução do problema é saber em que ponto está localizado o gravíssimo equívoco. 1.4. No entanto, paradoxalmente uma tentativa de solução para acabar com estes males. Para que este mundo se transforme em Paraíso existe uma condição fundamental: eliminar a maldade que a maioria dos homens traz no mais profundo recanto de suas almas. Pelo senso comum, as criaturas desaprovam o mal e temem o contato com ele. A Ética e a Educação procuram reprimi-lo. A Religião, também, tem por ensinamento básico recomendar a prática do bem e combater o mal.

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Em termos concretos, é preciso transformar o mal em bem. Torna-se desnecessário dizer que esta é a sagrada missão da Religião. Até agora, a Religião, a Moral, a Educação e a Lei contribuíram para isso de certa forma, conseguindo alguns bons resultados, porém, ainda hoje, ao contrário do que se esperava, o bem está sendo subjugado pelo mal. Compreende-se perfeitamente que é impossível eliminar os crimes somente com as leis. Todavia, no momento, se elas não existissem, haveria uma catástrofe: o mundo seria dominado pelos maus, e os bons não conseguiriam dormir tranqüilos. Por isso, as leis precisam continuar existindo, mas seria bom unir a elas um meio eficaz. Em princípio, só se pode valer da Educação e da Religião, mas delas também não se pode esperar muito, pois, durante dezenas de séculos, vem-se utilizando desses recursos e o mundo humano ainda se encontra na situação presenciada. Diariamente, através do rádio e dos jornais, toma-se conhecimento de que a sociedade está repleta de males. Numa visão a grosso modo, e excluindo a guerra, pode-se enumerar a corrupção dos funcionários públicos, assassinatos, roubos, fraudes, suicídios, tuberculose e outras doenças contagiosas, falta de alimentos, crises habitacionais, dificuldades financeiras, opressão de impostos, etc. As coisas boas são tão poucas quanto as estrelas do amanhecer... Então surge a dúvida: por que a sociedade chegou até esse ponto? Realmente, pode ser que existam muitas causas, mas, em poucas palavras, a situação é decorrente da decadência moral e também da acentuada decadência do nível do homem. É por isso que, ultimamente, os entendidos no assunto e os educadores começaram a interessar-se por essa questão. Outra causa que pode ser levantada é que, após a Segunda Grande Guerra, o pensamento liberal passou dos limites. Parece que se discute a reforma e o incremento da educação, da moral e da educação cívica por não haver alternativa. No entanto a Educação continua sendo a grande herança.

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Só em 1903, as doações de milionários americanos a universidades, bibliotecas e institutos de pesquisas somaram mais de dez milhões de dólares, sendo que as doações anônimas teriam superado várias vezes essa quantia. Andrew Carnegie (1835-1919) doou uma quantia muito elevada e a Ciência e a Educação foram grandemente beneficiadas. Ele fez prevalecer, quando morreu, a tese que sempre defendera, destinando as obras de assistência social quase toda a sua fortuna, avaliada em bilhões de dólares, para o seu herdeiro deixou apenas um milhão de dólares e educação universitária garantida, A propósito, o grande psicólogo alemão Hugo Munsterberg (1863-1916) elogia os milionários que não deixam heranças. 1.5. Porém, tornou-se um ensaio inútil que acabou sendo usada para fins maléficos. Ao instituírem os estudos, desenvolvendo a cultura material como uma tentativa para combater a infelicidade acarretada pelo mal, o progresso dessa cultura foi muito além do que se podia imaginar. Ele não só foi inútil no sentido de evitar o mal - seu primeiro objetivo - mas acabou sendo usado para fins maléficos, gerando atos de crueldade cada vez maiores. Essa foi a razão pela qual as guerras passaram a ser realizadas em grande escala, até que acabou se inventando a monstruosa e terrível bomba atômica. Atingindo esse ponto, pode-se dizer que chegou-se a uma época em que se tornou impossível fazer a guerra. Falando sem reservas, é realmente uma ironia a cultura material ter progredido com a ação do mal e, através deste, ter se chegado a um tempo em que a guerra é impraticável. 1.6. Todavia a culpa dos erros não está na escassez de benefícios e sim no próprio homem. Inconscientes desse fato, as pessoas, em sua maioria, julgam que a causa da infelicidade esteja fora delas. Esquecem

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as suas próprias faltas e atribuem a culpa à Grande Natureza, às outras pessoas, à sociedade, ao governo, e muito em particular à educação. Homens que muitas vezes ocupam posições de destaque argumentam e defendem o mesmo errôneo ponto de vista. 1.7. Entretanto também se chega a exatidão pela experiência de fé e sinceridade. “Diante desses fatos, eu pensei: "Se servir com toda a Sinceridade, até mesmo uma pessoa como eu, sem nenhuma cultura e instrução, poderá ser utilizada na Obra Divina.” 1.8. Não só no Mundo Material como no Mundo Espiritual. Também o famoso autor de “O Pássaro Azul”, o belga Maurice Maeterlinck (1862-1949), tornou-se um estudioso dos fenômenos sobrenaturais após reconhecer a existência do espírito. Com a publicação, logo a seguir, do livro “Exploration in Spiritual World”, do Dr. Ward, as pesquisas tomaram um impulso ainda mais extraordinário. Nesta obra ele descreve minuciosamente o Mundo Espiritual. Conta que, uma vez por semana, entra em estado de transe, sentado numa cadeira, e se transporta para lá. Nessas ocasiões, o espírito de um tio seu acompanha-o para mostrar-lhe todos os aspectos daquele mundo, orientando-o sobre a sua verdadeira natureza. Também os espíritos de seus amigos e conhecidos desempenham papel de instrutores, enriquecendo sobremaneira os conhecimentos que lhe são ministrados.

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2. DEFINIÇÃO 2.1. Riqueza espiritualista onde ensino-aprendizagem acompanha transformação mundial. Mas, antes de tudo, o que é educação? Para uns, ela é um processo e efeito de desenvolver as faculdades humanas, na formação do espírito isento de todo dogmatismo, que capacite a pessoa tornar-se mestre da sua própria atividade desde que continue aprendendo. Para outros como o pragmatista William James: “Educação é a organização dos recursos biológicos individuais, e das capacidades de comportamento que tornam o indivíduo adaptável ao seu meio físico ou social.” No entanto, as capacidades são diversas, tem-se desde as instrucionais com conhecimentos e as morais com valores, passando pelas técnicas com habilidades e as gerais com cortesia, até as físicas com memorizações e as sociais com patriotismo. Meishu-Sama chega a falar a respeito: “O físico e também a inteligência vão se desenvolvendo gradualmente através da instrução e, na mocidade, o ser humano está apto a exercer as funções normais de um adulto. Surgem-lhe, então, diversas ambições, como a ânsia de poder, o espírito de competição e de progresso e, no plano físico, em forma de diversões, folguedos e namoros.” Por outro lado, ele também diz que a acepção de educação precisa ser mais abrangente, pois: “O homem tornou-se indiferente ao espírito, chegando a confundir ciência com civilização.” Dessa maneira, a educação precisa desenvolver a faculdade espiritualista, isto é, as intelectuais, emocionais e volitivas impregnadas de sabedoria, amor e coragem e de

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verdade, virtude e beleza. Uma educação com tal característica pode ser chamada de educação espiritualista. Ao se observar os efeitos perniciosos do pensamento materialista, vê-se maior necessidade da educação espiritualista. Para isso, ela deve ser fomentada amplamente e refletida pelos intelectuais do mundo inteiro a fim de ser compreendida por todos, e assim possa ser útil. Uma pessoa que recebeu educação na escola atual, forma seu pensamento através da educação materialista, por isso, se vez ou outra, alguém da família tenta curar a doença através da fé, a doença fica difícil de sarar porque esse pensamento atrapalha. Para as pessoas da atualidade, subjugadas pela educação materialista, haverá pontos difíceis de serem compreendidos. Mas, no intuito do pensamento delas não atrapalhar a cura pela crença, podem procurar saber o que vem a ser esse poder misterioso que todo ser humano possui, e como ele atua sobre os doentes. Entretanto, como se trata da Verdade, se elas lerem e analisarem repetidas vezes o principio do método terapêutico espiritual, certamente despertarão. E para conhecer esse princípio, é necessário, primeiramente, ter um conhecimento completo sobre a constituição da Grande Natureza e as suas atividades. A educação espiritualista passa pelo pensamento teísta. A História mostra desde os tempos antigos, por mais que a pessoas prospere por meio do mal, essa prosperidade não dura muito, acabando por desmoronar. É um fato que deveria ser percebido facilmente, mas parece que isso não acontece. A sociedade continua assolada pelos crimes. Crimes horripilantes, como assaltos, fraudes e assassinatos; casos de corrupção de pessoas que ocupam posições elevadas, os quais se tornam objeto de comentários sociais; incontável número de crimes de pequeno e médio porte, etc. Tudo isso é uma coonseqüência do pensamento ateísta; por conseguinte, pode-se dizer que esta é a verdadeira causa dos crimes. Está, pois, mais do que claro que só

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há um meio de eliminar os crimes deste mundo: destruir o ateísmo. Atualmente, porém, os intelectuais, as autoridades e os pedagogos estão confundindo pensamento teísta com superstição e tentando obter bons resultados com apoio nos regulamentos da lei, no ensino, nos sermões, etc. Dessa forma, por mais que eles se esforcem, é natural que nada consigam. As notícias publicadas diariamente nos jornais mostram claramente. Pensando bem sobre o assunto, existe algo difícil de se entender. Se as pessoas relacionadas ao caso em questão fossem camponeses de instrução primária, ainda seria compreensível. Mas todas elas são pessoas consideradas civilizadas, que receberam educação esmerada. Em geral, acredita-se que, quando as pessoas recebem educação apurada, sua mente se desenvolve e elas se tornam criaturas civilizadas, de modo que, assim, os crimes tendem a diminuir. Entretanto, vendo fatos como o que ora se apresenta, fica-se desapontado, só podendo dizer que tudo isso é realmente incompreensível. Portanto, a época em que se vive é semicivilizada e semi-selvagem, analisando a realidade que se tem diante dos olhos, ninguém conseguiria pensar o contrário. Que se deve fazer então? A solução do problema não é absolutamente difícil; pelo contrário, é muito fácil. Basta despertar as pessoas da educação materialista que receberam para a educação espiritualista. Em termos mais claros, destruir o pensamento errôneo de que se deve acreditar somente nas coisas que possuem forma e desacreditar daquelas que não a possuem. Meishu-Sama acreditava que era imperativo acompanhar os acontecimentos do mundo. No uso de meios modernos de comunicação, como a televisão e o rádio, ele absorvia os conhecimentos atuais. Seu programa era especialmente organizado para coincidir com os horários do rádio. Ele planejava seu tempo de modo que pudesse ouvir os noticiários enquanto

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tomava banho, fazia a barba, comia etc., horas em que ele não podia ser interrompido. Na verdade pode-se entrar em contato com Meishu-Sama através do que ele escreveu e deixou, mas é maravilhoso tomar conhecimento de algumas de suas características e poder vislumbrá-lo pelas impressões escritas por pessoas que o conheceram, donde, se passa sua autêntica e verdadeira imagem. Por exemplo, é curioso o fato do Messias ouvir rádio até mesmo durante o banho, mas ele o fazia ainda, que estivesse extremamente atarefado; ouvia, sobretudo, os noticiários. Isso mostra seu grande interesse em estar sempre a par das mudanças ocorridas no mundo. Tomando conhecimento dessas mudanças, vinham-lhe à mente, com toda a clareza, as soluções adequadas a cada caso.

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3. OBJETIVO 3.1. Prepara na formação de homens íntegros. A Educação está muito distante do verdadeiro caminho. Seu real objetivo é formar homens íntegros, isto é, homens que façam da justiça o seu código de Fé e se esforcem para aumentar o bem-estar social, contribuindo para o progresso e a elevação da cultura. Na situação atual, como já mencionado, até mesmo os que se formam nas melhores escolas superiores praticam crimes e outras ações que prejudicam a sociedade. Urge fazer algo para modificar essas condições. O maior erro da Educação, volta-se a insistir, é ser totalmente materialista. Meishu-Sama chegou a cansar-se de dizer que, se ela não evoluir juntamente com o espiritualismo, não lhe será possível nem mesmo sonhar em atingir seu verdadeiro objetivo. Entretanto, como esse erro vem de longa data, ele estava consciente de que se enfrentaria muitas dificuldades se tentasse eliminá-lo bruscamente. O ideal espiritualista é fazer reconhecer a existência do espírito, o que significa fazer reconhecer a existência de Deus. Sem isso, o espiritualismo não teria fundamento. Naturalmente, a Religião encarregou-se disso até hoje, mas não obteve resultado visível, porque não havia uma força suficiente para tanto. Atualmente já existe tal força para fazer com que todos reconheçam o espiritualismo e com que a Religião e a Ciência caminhem lado a lado. Dessa forma, nascerá um mundo de eterna paz, onde todos poderão viver uma vida celestial. Se o progresso da cultura, por maior que ela seja, não promove, paralelamente, o aumento da felicidade, a culpa cabe ao próprio homem, que ficou preso apenas à cultura material. A humanidade precisa perceber isso o quanto antes.

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Se o homem não tiver receio de cometer más ações, se não sentir vergonha de praticar atos impuros nem pena de fazer os outros sofrerem, esse homem já perdeu o valor como ser humano. Por mais que fale de teorias excelentes e se orgulhe de ter instrução, somente isso não lhe confere valor como ser humano. É um objeto, é um homem sem alma. Por haver muitas pessoas desse tipo atualmente, o mal social é intenso, apresentando-se o mundo em estado infernal. 3.2. Habilita na disposição de descobridores de segredos. É curioso, entretanto, que nada atraí mais o interesse do homem que o mistério. E existe mistério em todas as coisas. Antropólogos pesquisam ruínas antigas e a vida dos povos primitivos para descobrir o mistério que envolve aquela época; cientistas chegam a dedicar toda a sua vida à pesquisa dos fenômenos físicos, dissecando-os e fazendo estudos especiais sobre eles, criando a partir do nada, descobrindo o átomo e tentando conhecer a teoria da transformação da matéria, para revelar esses mistérios; médicos passam a vida inteira olhando por um microscópio, dedicando-se à análise de cadáveres e a experiências com animais, no objetivo de descobrir o mistério da vida; astrônomos vivem a observar o céu através de telescópios, pesquisando compenetradamente os astros, o vento, a chuva, os relâmpagos, as mudanças do tempo, etc. Idêntico esforço é desenvolvido por historiadores, geógrafos e outros estudiosos. Literatos e artistas plásticos também fazem o mesmo, a fim de receberem inspiração e descobrirem o mistério da Arte. A forma difere de acordo com a especialidade, mas todos são guiados por um só desejo: desvendar o mistério. 3.3. Detentores de teoria e realidade semelhantes. A ciência admite apenas o ar e o solo, em razão de não reconhecer o espírito, estudou visando somente esses

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elementos, para o seu desenvolvimento. Isso quer dizer que é uma ciência de "dois terço", e não aquela que engloba a totalidade da existência. Devido a essa deficiência fundamental, a despeito do propalado progresso e desenvolvimento, a ciência está fora da verdade Ternária. Por conseguinte, sempre existiram contradições entre a teoria do conhecimento científico e a realidade. Por isso, sem descobrir essa lacuna e sem que se faça a devida correção, não há possibilidade de nascer o mundo de verdadeira civilização. 3.4. Concebedores de uma civilização espiritual-material. A educação da atualidade forma as “inteligências” do mal, porém se corrigirá essa civilização falha, semicivilizada e semi-selvagem, fazendo com que Espírito e Matéria caminhem lado a lado, para a construção do verdadeiro mundo civilizado. 3.5. Constituidores de uma ciência que englobe a matéria e o espírito. Observando, a íntima relação entre educação e religião, pode-se afirmar que o fim da educação é o progresso e desenvolvimento da civilização conciliando a ciência material e a ciência espiritual. É evidente que o conhecimento do mundo do infinito não se deve a experiências de natureza científica; entretanto, ao aprofundar-se nos estudos científicos, o homem levantou uma tese hipotética sobre este mundo do infinito, baseada na dedução. Se não fosse assim, acabar-se-ia num beco-sem-saída. Ora, o mundo referido é justamente o Mundo Espiritual, o que significa que a Ciência, finalmente, está chegando ao lugar certo. Dessa maneira, deixando de lado os subterfúgios, ela, que por tanto tempo insistiu em negar a existência do espírito, acabou derrotada. Caso venha a apreendê-la com precisão, elevar-se-á a um nível mais alto e terá dado mais um passo em busca da

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Verdade. Sendo assim, tomará como objeto de seus estudos o espírito e não mais a matéria, de modo que a ciência que até agora raciocinava com base na matéria, será considerada como ciência da primeira fase, e a ciência baseada no espírito, como ciência da segunda fase. Com isso haverá uma mudança de cento e oitenta graus no rumo da Ciência. Em termos mais claros, será traçada uma linha demarcatória no mundo científico: a ciência da matéria ficará situada abaixo, e a ciência do espírito acima. Esta é uma visão no sentido horizontal, a primeira seria a parte externa, e a segunda, a interna ou conteúdo. Em outras palavras, significa que haverá uma evolução da ciência do concreto para a ciência do abstrato, o que de realmente motivo de alegria. Mas aqui se apresenta um problema: não adianta apenas conhecer a existência do Mundo Espiritual; é necessário apreender sua natureza e colocá-lo a serviço da humanidade. A ciência da matéria não tem meios para isso, pois, para o espírito, o meio deve ser o espírito; todavia, é possível superar esta dificuldade. Aliás, ela já foi superada: tenho obtido resultados admiráveis na resolução de problemas espirituais através do espírito. O que se refere justamente à questão das doenças. Explicando de forma sucinta, a causa de todas as doenças são as impurezas acumuladas no espírito, tornando-se evidente que, eliminando-se tais impurezas, as doenças serão erradicadas, de acordo com Lei do Espírito Precede a Matéria. O método consiste na irradiação de um espírito específico que pode ser considerado como a bomba atômica espiritual para queimar as impurezas. Esse método, denominado Johrei, constitui uma fórmula científica de alto nível. Não se limitando apenas ao campo da Medicina, ele consegue resolver problemas que nenhuma religião ou ciência conseguiu. Se isso não é uma super ciência, o que será?

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3.6. Diplomadores dos que buscam intensivamente a missão das coisas. Quando se observa o desenvolvimento, a união e a separação, a prosperidade e a ruína de todas as coisas existentes na Terra, vê-se que esses fatos são, ao mesmo tempo, naturais e inaturais, uma coincidência e uma necessidade, e que existe uma lei abrangente e, ao mesmo tempo, rigorosa. Na realidade, tais fenômenos vão muito além da inteligência e das teorias humanas. Consequentemente, o homem continua fazendo um esforço incansável para buscar a Verdade através de estudos e conhecimentos. Nesse sentido, o próprio homem nasce, cresce e morre dentro da Grande Natureza, mas o que se deve procurar saber, em primeiro lugar, é por que nascemos. Naturalmente, não é difícil imaginar que nascemos porque o Governante do Universo precisa realizar Sua Providência aqui na Terra. Como se pode ver claramente, cada povo e cada indivíduo possui características peculiares. 3.7. Estabelecedores de pessoas e sociedades sadia, próspera e pacífica. O objetivo do estudo de Meishu-Sama situa-se num campo completamente diverso. Seu propósito é atuar em dois planos: individual e social. No plano individual, consiste em salvar o homem da pobreza e contribuir para a sua saúde física e mental; no plano social, sua finalidade é construir uma sociedade sadia e pacífica. 3.8. Reeducadores dos formandos e dos formados pela educação materialista. Mas por que tantos homens da atualidade caíram nas garras desse fanatismo? Mais uma vez se diz que o fato se deve

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à educação materialista que desde o berço lhes veio sendo ministrada. A missão é convertê-los, isto é, reeducá-los. Não há outro meio para formar cidadãos honestos. Se os políticos e educadores não tomarem consciência da base do problema, tudo o mais que fizerem será provisório. É tarefa fazer os delinqüentes compreenderem que, embora ocultem seus crimes aos olhos do mundo, jamais poderão enganar a Deus. A causa da corrupção é o ateísmo. Daí se conclui que a educação e os estudos materialistas nada têm a ver com o senso de moral evoluída. O que faz pensar assim é a observação da conjuntura atual, onde se vê serem praticados inúmeros atos de selvageria, como violências de grupo, ameaças, brigas, roubos de armas, pessoas ferindo e sendo feridas, e muitos outros atos que assustam o povo e intranqüilizam toda a sociedade. Esta vive num estado de extrema aflição. Pois até os estudantes das escolas superiores, que deverão ser os futuros líderes da cultura, participam dessa agitação. Em todas as épocas, os jovens possuem vigoroso senso de justiça e ódio ao mal. Ao deixarem os bancos escolares, no entanto, enfrentam uma realidade tão inesperada, que golpeia todas as suas convicções, dissolve seus velhos ideais e exige a reformulação de seus valores, para que eles adquiram a chamada “experiência da vida”. Qualquer manifestação do espírito de justiça cria mal-entendidos, suscita antipatia de superiores hierárquicos e dificulta-lhes o sucesso na profissão. Qualquer intenção de justiça é considerada como pedantismo ou inexperiência. A essa altura, o sentimento de justiça é posto de lado, num canto do coração, sendo substituído pelo “senso prático”. Considera-se, então, que o jovem se aprimorou na arte de viver em sociedade.

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4. CONTEÚDO 4.1. Estado do que é próspero compreende tópico se aproximando da verdade, bem e belo. Ao falhar quando se tenta aplicar os conhecimentos adquiridos na escola - os quais se acredita piamente - é fatal cair na dúvida. Nesse momento, torna-se muito fácil as pessoas ingressarem em setores culturais supersticiosos e trapaceiros. Assim, compreende-se que a culpa de tudo [em termos escolares] cabe ao ensino ministrado nas escolas, o qual está muito distanciado da realidade, e concluí-se que, em parte, as superstições e trapaças são criadas por certo aspecto da Educação contemporânea. A Verdade e a Pseudoverdade existem na Religião, na Filosofia, na Arte e até na Educação. A Pseudoverdade desmorona com o passar dos anos, porém a Verdade é eterna. Quando surge uma nova teoria ou se faz alguma descoberta, as pessoas acreditam tratar-se da maior de todas as verdades; todavia, com o aparecimento de novas teses e descobertas, é comum que aquelas venham a ser superadas. Da mesma forma, por mais notável que seja uma religião, quem pode garantir que ela não se extinguirá após centenas ou milhares de anos? Não seria uma extinção total, e sim a extinção de sua parte falsa; é óbvio que se preservaria a parte verdadeira. Contudo, mesmo que não houvesse algo a preservar, essa religião não seria alvo de críticas, pois cumpriu sua missão para o progresso da cultura. Quanto mais próxima da Verdade estiver a Pseudoverdade, mais longa será sua vida; quanto mais distante, vida mais curta. Isso é inegável. Apesar da distribuição entre a Verdade e a Pseudoverdade caber aos intelectuais e aos dirigentes de cada

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época, raros são aqueles que têm esse poder de discernimento. Às vezes, a Pseudoverdade pode ser mantida por longo tempo. 4.2. Expressando um estudo útil a sociedade. Estudo não tem apenas uma modalidade, pois existe o estudo vivo e o estudo morto. Aprender por aprender é estudo morto, enquanto aprender algo para ser utilizado na sociedade é estudo vivo. O estudo para pesquisar a Verdade é diferente, e muito importante. 4.3. Levando em conta um conhecimento amplo, como científico, artístico, religioso etc. A consideração pela educação passa também pela instrução do conhecimento científico, tendo em vista que a ciência dominou a tal ponto a mente humana, que o homem só aceita aquilo que tem explicação científica. Além disso, caracterizam-se pelo seu amplo conteúdo, abrangendo Religião, Filosofia, Ciência, Arte e demais setores do conhecimento humano, sobretudo os referentes à saúde e à agricultura, que são pontos fundamentais da salvação. Tudo isso, pode-se dizer, constitui a condição fundamental para transformar o Inferno em Paraíso. 4.4. Cuidando de uma moral alicerçada no caminho divino. Todos os países que se dizem civilizados, é regido por leis. Entretanto, a realidade mostra que essa não é a forma ideal para se governar uma nação. Através da História, vê-se que é difícil exterminar os crimes somente com o poder das leis. Como não se consegue eliminar todo o mal do homem, os crimes são inevitáveis; conseqüentemente, só a Religião poderá trazer a verdadeira solução para o problema. Contudo, casos que exigem

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soluções imediatas não poderão ser resolvidos apenas por meio dela. Por esse motivo, em primeiro lugar é preciso ensinar ao homem o Caminho de Deus e à lógica. Embora o assunto se assemelhe à antiga moral oriental, o que se anuncia é uma moral nova e progressista, pois é evidente a decadência moral da sociedade contemporânea, onde saltam aos olhos a corrupção dos jovens, o aumento do índice de criminalidade e outros fatos. Até mesmo os intelectuais já estão percebendo a situação, tanto assim que aconselham a volta ao ensino da Moral nas escolas e a elaboração de algo que preencha as falhas da Educação. O assunto tem servido de tema para várias discussões e é muito animador contatar a existência de uma preocupação nesse sentido. Após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses ficaram sem qualquer apoio, não tendo a que recorrer. O resultado é que aumentou o número de criaturas desorientadas. Até o fim da guerra, em todas as escolas do país, o ensino tinha por base a Moral, as sábias palavras do Imperador e também a lealdade e o amor aos pais, profundamente enraizados no coração do povo japonês desde épocas antigas. É inegável, portanto, que a sociedade daquela época era muito mais honesta e sincera que a da época atual. Mas nem por isso se deve revitalizar essa velha moral; torna-se imprescindível criar uma ordem moral para a Nova Era. Após a guerra, estabeleceu-se a democracia no Japão, e assim libertou-se do despotismo. Isso foi muito bom; pena é que se tenha ido além dos limites e chegado à situação presente, ou seja, a uma sociedade predisposta à anarquia. Sendo assim, urge formar uma nova idéia moral que esteja em conformidade com a época, eliminando o que há de mau e aproveitando o que há de bom no antigo e no novo pensamento. Para tanto, a base é o Caminho Divino, cuja noção deve ser intensamente apregoada, não só no ensino como na sociedade.

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4.5. Entrando no mundo do infinito devido ao aperfeiçoamento do microscópio. A Ciência atual ainda está num nível muito baixo, nem podendo ser considerada como Ciência. Sua importância reside, sem dúvida, na descoberta e no estudo de corpos microscópicos. É claro que isso se deve ao aperfeiçoamento do microscópio, graças o qual o avanço nesse estudo é impressionante. Conseguem-se distinguir corpúsculos extremamente pequenos, frações da ordem de um milésimo, milionésimo ou bilionésimo. Trata-se de um avanço contínuo, chegando-se ao extremo do microscópico; atualmente se está quase prestes a entrar no mundo do infinito. A palavra espírito, muito empregada ultimamente, deve estar indicando esse mundo. 4.6. Fazendo descobrir que tudo na Terra é formado de dualidades. Tudo que existe neste globo terrestre está formado, por dualidades: negativo e positivo, claro e escuro, frente e verso, espírito e matéria etc. Entretanto, o estudo de até hoje reconheceu apenas o lado material e ignorava completamente o lado espiritual. Isso porque o espírito é invisível aos olhos e também não podia ser apreendido por aparelhos mecânicos. Por conseguinte, pelo estudo de até hoje, só se conhecia, na parte externa do globo terrestre, a existência do ar e da eletricidade. Entretanto descobre-se, além disso, a inegável existência do espírito. 4.7. Considerando os fenômenos espirituais. Com efeito, os fenômenos espirituais - grandes, médios ou pequenos - apresentam-se em todos os aspectos da vida humana, nos seus mínimos detalhes e em todos os locais do mundo. Só que o homem não os percebe. Essa falta de

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percepção é causada pelo desinteresse da educação da cultura tradicional em relação ao espírito, em decorrência da fase noturna que o mundo atravessava. No escuro da noite, com a luz da Lua, só se consegue enxergar escassamente, mas de dia, com a luz do Sol, é possível distinguir claramente todas as coisas, de forma global e instantânea. Num futuro bem próximo, o Mundo Conhecido, que era regido pela Lua, será o mundo regido pelo Sol, isto é, o mundo sob a Grande Luz. Como resultado dessa mudança de regência, serão revelados todos os segredos, falsidades e erros. Os casos que se seguem são relatos feitos por uma das discípulas de Meishu-Sama, esposa de um capitão da Marinha: “Minha irmã mais velha é professora de uma escola feminina da região de Kyushu e exerce a profissão há mais de vinte anos. Ela havia chegado de lá, depois de haver passado muito tempo sem nos visitar. Era uma noite de primavera e chovia silenciosamente. Nós conversávamos em volta do aquecedor, e a conversa acabou girando sobre a existência do espírito e de forças misteriosas que a Ciência moderna não consegue explicar. - Falando em espíritos, certa vez presenciei um fato muito estranho - disse minha irmã olhando para os quatro cantos do aposento e encolhendo os ombros como se estivesse vendo alguma coisa por ali. E prosseguiu: - Creio que o fato aconteceu há mais de dez anos, quando ainda morávamos na casa velha, que pertenceu a samurais. Certa madrugada, minha sogra, que dormia no andar de cima, de repente começou a dar gargalhada. Eu e meu marido nem ligamos, pois achamos que ela estivesse sonhando. Entretanto, como as gargalhadas não paravam, fomos ao seu quarto, ver o que se passava. Minha sogra ria sem nada ver, e nós pensamos que ela havia enlouquecido. Mesmo assim, fizemos tudo para vê-la recobrar a consciência. Procurávamos refrescar-lhe a cabeça e o pescoço com uma toalha úmida, e chamávamos em voz alta. "Mamãe, mamãe!" Não sei quanto tempo passou, mas

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quando eu torcia a toalha desesperadamente, vimos a janela do lado oeste se abrir sozinha. "Ouvindo as palavras de minha irmã, senti um arrepio pelo corpo todo e perguntei: Você disse que a janela se abriu: mas pouco ou bastante?" - Você se lembra daquela janela, não? Ela media cerca de 90 cm e se abriu totalmente. Nós ficamos arrepiados e frios como se tivéssemos tomado um banho de água gelada; nosso corpo estava tão enrijecido, que nem podíamos nos mover. O ar gelado da noite entrou pela janela aberta, e lá fora as árvores pareciam monstros em pé. Aquilo aumentava ainda mais o nosso medo e nem sequer conseguíamos fechar a janela. De repente, minha sogra parou de gargalhar e, dando-se conta de nossa presença, perguntou o que foi que acontecera. Meu marido, conseguindo afinal abrir a boca, falou: "O que aconteceu ou deixou de acontecer não importa. Nós é que perguntamos o que aconteceu com a senhora." "Terá sido um sonho? Um bicho grande que parecia um gato ou um cachorro entrou debaixo do acolchoado e tentou morder-me.” “Mas a senhora estava rindo, não?" "Eu estava rindo?! Não me recordo. Só sei que estava lutando para não ser mordida." - Nunca esperamos tão ansiosamente a luz do dia como naquela noite - disse minha irmã. E continuou: - Sem poder contar nada para outras pessoas e guardando no peito aquele estranho acontecimento, passou-se uma semana. Certa manhã, a Sra. S., minha amiga e vizinha (a Sra. S. também é professora de uma escola feminina, como minha irmã), entrou em minha casa pela porta dos fundos, ainda vestida de robe, e sem cumprimentar-me foi logo falando: "Vizinha, fui mordida na testa pelo meu marido, durante a noite". "Pare de falar tolices logo de manhã". - Dizendo isso, comecei a rir e não lhe dei atenção. Então a Sra. S. retrucou:

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"Não é brincadeira; olhe a marca dos dentes na minha testa!” - Ao olhar para o local indicado, fiquei surpresa: havia ali, realmente, uma profunda marca de dentes. Assim, achei que o caso era sério e perguntei como tudo acontecera. Tive pressentimento de que existia alguma relação entre o que a Sra. S. dizia e o que se passara naquela noite com minha sogra. “Mais ou menos às duas horas da madrugada - respondeu a Sra. S. - meu marido, de repente, deu uma mordida na minha testa. Com o grito que eu soltei, ele recobrou os sentidos e, levantando-se apressadamente, falou: "O que é que eu fui aprontar!..." Até agora o coitado está tão desolado que até dá pena de vê-lo. Como eu lhe perguntasse pôr que fizera aquilo, ele disse. "Eu estava dormindo tranqüilamente quando um animal enorme, que não era cachorro nem gato, entrou no quarto e tentou me morder, então parece que, desesperado, avancei sobre ele para mordê-lo." - Ainda hoje sinto arrepios toda vez que me lembro desses acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos em duas casas na mesma semana - comentou minha irmã. "Ao tomar conhecimento de tais fatos, lembrei-me das casas escuras e úmidas dos samurais, feita de sapê, e até senti um frio percorrer-me a espinha." As ocorrências narradas por minha discípula devem ter sido trabalhos de espírito de texugo, pois nelas existem alguns pontos característicos desses espíritos. Sem dúvida, era um espírito antigo e experiente. A gargalhada é típica do espírito de texugo. O fato de haver conseguido abrir a janela mostra a força impressionante que ele tem”. 4.8. Entendendo a relação entre os mundos Espiritual e Material.

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O Mestre foi incisivo a respeito, como no caso de fiéis: “Se alguém se interessa por Religião deseja compreendê-la a fundo, é-lhe indispensável, antes de mais nada, conhecer a relação entre o Mundo Espiritual e o Mundo Material. Isso porque o alvo da Fé é Deus, e Deus é Espírito, invisível aos olhos humanos; querer apreender a Sua essência apenas teoricamente é tão inútil como procurar peixe numa árvore.” 4.9. Utilizando as energias espirituais. Novamente o Mestre: “Se digo que estou utilizando ativamente as forças invisíveis, as pessoas da atualidade, que recebem educação materialista, podem achar minhas palavras extremamente absurdas e me olhar como um embusteiro, pois lhes é muito difícil e demasiado utópico acreditar em algo que não podem ver.” 4.10. Assumindo que tudo é proveniente do produto dos espíritos do fogo, água e solo. Embora o elemento fogo seja o mais forte, por ser extremamente rarefeito, não foi possível detectar, através da ciência da matéria, a não ser suas propriedades de luz e calor, razão pela qual sua natureza como espírito ainda não é conhecida. Assim, a Ciência tomou como objeto de estudo apenas os elementos água e terra, e por isso a cultura está baseada nesses dois elementos, o que constitui a maior falha da civilização atual. 4.11. Possibilitando o conhecimento e a obediência às Leis da Natureza.

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Observando os revoltantes acontecimentos deste mundo, o caos reinante na sociedade, os conflitos, a desordem, o pecado, é impossível negar que tudo contribui mais para a infelicidade do que para a felicidade do homem. Precisa-se, pois, conhecer a razão de tais coisas. Tudo se baseia no fato de se estar longe da Verdade. O problema é que não se tem consciência disso. Exemplificando, vasta, ilimitada e infinita é a existência do mundo. O ser humano com a pretensão de desvendar este mundo misterioso, vem empregando todos os meios, principalmente a pesquisa; apesar de seus esforços, só consegue conhecer uma pequena parcela dos fenômenos infinitos. Daí pode-se atinar com a insignificância da inteligência humana em relação à Natureza. Entretanto, a vaidade humana, em sua tola presunção, excede-se a ponto de querer subjugar essa mesma Natureza. Sábio é o homem que, antes de mais nada, procura conhecer a si mesmo, submete-se a ela e participa das suas graças. Neste sentido, basta que o homem obedeça às Leis do Universo, para que todas as coisas se harmonizem e progridam normalmente. Assim, quando se provoca desarmonia, surge a desarmonia; caso contrário, surge a harmonia. Nisto consiste a Grandiosa Harmonia da Natureza. Para ser feliz, o homem precisa aprofundar seu conhecimento sobre este assunto. Com o tempo, a desarmonia momentânea se transforma em harmonia, e vice-versa. Essa é a realidade da vida, e reclama profunda reflexão. Por exemplo, nas condições atuais, em que se depende apenas da pesquisa metereológica, é impossível prestar auxílio em casos de urgência. Diz-se impossível porque as pesquisas científicas estão baseadas no materialismo, isto é, pesquisa-se somente a parte superficial das coisas, sem se procurar descobrir o seu interior. Para solucionar o problema, só há um recurso: aprender a essência desse interior e providenciar a

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prevenção das calamidades. Mas aí surge a pergunta: É possível conhecer as causas fundamentais do problema? 4.12. Explicando que a tempestade é uma ação puriicadora do Mundo Espiritual. Inicialmente diz-se que a tempestade é a ação purificadora do espaço acima da Terra, isto é, daquilo que é chamado de Mundo Espiritual, pois até nele há uma constante acumulação de impurezas. Materialmente falando, é como acumular poeira numa cidade ou numa casa. Só que, como o Mundo Espiritual é invisível, o homem não percebe o acúmulo de impurezas. Se até hoje essa percepção não foi possível, é porque a educação está voltada apenas para a matéria, negligenciando os estudos espirituais. Essa é a maior falha da humanidade. Se ela não reconhecer a existência do Mundo Espiritual e não fizer pesquisas baseadas nesse conhecimento, não lhe será fácil compreender o princípio da tempestade. 4.13. Aprofundando o significado dos elos espirituais. Até agora pouco se tem falado sobre elo espiritual, porque ainda se desconhece a sua importância. Entretanto, embora os elos espirituais sejam invisíveis e mais rarefeitos que a atmosfera, através deles todos os seres são influenciados consideravelmente. No homem, eles tornam-se o veículo transmissor da causa da felicidade e da infelicidade. Em sentido amplo, exercem influência até sobre a História. Portanto, o homem deve conhecer o seu significado. Os educadores, especialmente, devem saber que, através dos elos espirituais, exercem uma grande influência sobre todos os alunos. Por isso, devem polir continuamente a sua alma, para poderem servir de exemplo. 4.14. Conscientizando dos limites fruto da predestinação.

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A não-realização de diversos desejos deve-se à predestinação, da qual se está impossibilitado de se livrar. O importante é conhecer o seu limite, o que é difícil, ou seja, quase impossível. O desconhecimento desse limite faz o homem traçar planos superiores à sua capacidade e ter esperanças descabidas, que o levam ao fracasso. Se, consciente do seu erro, ele voltasse imediatamente ao ponto de partida, certamente sofreria menos, mas a ignorância da predestinação o impele a prosseguir, aumentando sua desgraça. 4.15. Pesquisando Parapsicologia e desenvolvendo mediunidade. Na Europa e na América, estão realizando ativas pesquisas de Parapsicologia. Na Inglaterra e em vários outros países, já existe até faculdade de estudos parapsicológicos, e também estão se desenvolvendo pessoas de alto potencial mediúnico. Como transmissoras de mensagens emitidas do Mundo Espiritual, são dignas de nota as obras do americano Woodrow Wilson (1856-1924) e de Sir Northeliffe (1868-1940), ex-editor do “The London Times”. Entretanto, em todos os lugares a situação é idêntica, e na verdade, mesmo na Europa ou nos Estados Unidos, aqueles que se dedicam a esse tipo de pesquisas estão sempre lutando contra o ceticismo das pessoas obstinadas, intituladas intelectuais, e contra a descrença dos cientistas bitolados no materialismo. 4.16. Evitando empregar incorporação. Se o homem pudesse desenvolver a capacidade de discernir os tipos de incorporação e soubesse dispensar-lhe as devidas cautelas e orientações, a incorporação seria muito útil à sociedade humana. Mas, além desse discernimento ser quase impossível, se o conhecimento sobre o assunto for apenas superficial, as conseqüências poderão ser desastrosas.

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4.17. Atentando para não ser atingido pelos demônios. Convém conhecer a característica dos demônios. Eles possuem uma persistência assustadora e, ainda que falhem inúmeras vezes, não se arrependem nem desistem de seus objetivos de maneira nenhuma. Tentam atingir os objetivos por estes e aqueles meios, insistentemente, utilizando-se de artifícios que nem se pode imaginar. Não há adjetivos para definir sua impiedade, barbárie e crueldade. No entanto, sendo esta a própria natureza dos demônios, o que fazer? Os mais poderosos escolhem e encostam nas pessoas que ocupam posições de destaque na sociedade, nos intelectuais e nos jornalistas. Todo mundo ficaria aterrorizado se conhecesse a extensão desta verdade. Embora a luta entre Deus e esses terríveis demônios seja travada incessantemente, não se toma conhecimento dela, por se tratar de um fato ocorrido no invisível Mundo Espiritual. É por esse motivo que o homem - o Rei da Criação - é manejado como se fosse um boneco. Às vezes se pode achar graça e outras até se divertir. 4.18. Esclarecendo sobre a vida após a morte e mortes antinaturais. Para a vida humana, talvez não haja problema tão premente quanto o da morte. Não será, pois, uma grande felicidade se o homem tiver esclarecimentos comprobatórios, e não fantásticos, a respeito dessa questão? Deve-se esclarecer as dúvidas existentes transmitindo a todas as pessoas o resultado dos estudos sobre os fenômenos espirituais. Com relação ao problema da vida após a morte, existem no Ocidente muitas obras famosas, tais como as de Sir Oliver Lodge (1851-1940) e do Dr. Ward, que são autoridades no assunto. No Japão tem-se

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Wazaburo Assano, um profundo pesquisador e que deixou vários trabalhos. O homem não pode evitar a morte, mas conhece muito pouco sobre a vida após a morte. Embora possa viver muito tempo, geralmente o homem não passa dos setenta ou oitenta anos. Se isso representa o fim de tudo, a vida não é realmente vã? Caso ele pense assim, é porque desconhece totalmente que, após a morte, existe a vida no Mundo Espiritual. Supondo, entretanto, que o homem chegue a adquirir profundo conhecimento a esse respeito: viveria uma vida feliz neste mundo e também depois de morrer. Sobre mortes antinaturais, há aspectos que convém conhecer. 4.19. Refletindo sobre absurdo de seitas dentro de religiões universais. Primeiramente, se precisa conhecer a natureza de todas as religiões existentes no mundo. Elas diferem entre si, possuindo suas próprias formas e meios doutrinários, baseados nos princípios dos respectivos fundadores. Basta uma simples reflexão para sentir o absurdo da existência de seitas, com características próprias, dentro de religiões consideradas universais, como o budismo, o cristianismo e, no Japão, o xintoísmo. 4.20. Explicitamdo dois tipos de amor. É preciso ter pleno conhecimento de que existem dois tipos de amor: o amor Shojo (restrito) e o amor Daijo (amplo). 4.21. Compreendendo de fato o que é a doença, como tratá-la.

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Os homens contemporâneos temem exageradamente a doença. Por essa razão, as autoridades e os especialistas preocupam-se com a higiene e empenham-se na prevenção das doenças. O mais engraçado nisso é a vacina preventiva: ela mesmo é que não cura; não passa de simples paliativo. Dessa forma, a Medicina nem ao menos sabe distinguir a cura temporária da cura verdadeira e radical. E, mesmo que soubesse, não adiantaria nada, pois desconhece o método para erradicar a doença. Além do mais, como ignora completamente que ela é uma Providência de Deus para aumentar a saúde, empenha-se tão simplesmente em deter sua marcha, pensando que isso é progresso. Outrossim, por total desconhecimento de que esse método se torna origem da doença - como mostra a realidade - quanto mais a Ciência progride, mais se multiplicam as enfermidades e o número de doentes, diminuindo cada vez mais a resistência física. Por isso, os homens sofrem de cansaço e insônia, não têm persistência, não podem fazer qualquer excesso; caso pratiquem um exercício um pouco pesado, acabam sentindo-se “quebrados”. Por que? Isso não é incompreensível? A doença é o sintoma que se manifesta na parte externa, e a causa da doença está nas máculas localizadas na parte interna. A eliminação das máculas vem a ser o verdadeiro método de tratamento da doença, No entanto, por desconhecer esse princípio, a Medicina considera que basta eliminar o sintoma que se manifesta. Mesmo que haja um efeito, é temporário, e disso, os médicos têm tido experiência constante. Em outras palavras, se surgem máculas numa parte do espírito (a parte correspondente à região pulmonar, por exemplo), o sangue dessa área fica sujo. E isso não se restringe às doenças pulmonares; praticamente todas as doenças têm essa origem. O princípio da cura deve basear-se na eliminação das máculas do espírito. Entretanto, desconhecendo esse princípio, a Medicina empenha-se em tratar apenas os sintomas

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que aparecem no corpo, porque só tem conhecimento do efeito, e não da causa do problema. Desse modo, mesmo que se consiga uma pequena melhora, não se obtém a cura completa da doença. O princípio do tratamento pela purificação do espírito, pela eliminação das máculas, é um assunto por demais difícil para a compreensão das pessoas da atualidade, dado o seu nível de instrução. Isso é inevitável, já que a educação está totalmente baseada no materialismo. Para explicar o princípio do Johrei (purificação do espírito), torna-se indispensável o conhecimento de um fato: todas as coisas existentes no Universo são constituídas não apenas da parte material, mas também de uma parte espiritual, invisível aos olhos. O homem, logicamente, também está constituído de matéria e espírito. Numa classificação sumária, o espírito é a essência do Sol; o corpo físico, a essência da Lua e da Terra. Em termos mais compreensíveis, o espírito é o fogo, positivo, masculino, frente, vertical e dia; o corpo, por sua vez, é água, negativo, feminino, verso, horizontal e noite. Entretanto, a Ciência não admite a existência do espírito, objetivando somente a matéria. Ora, se o homem fosse desprovido de espírito, não passaria de um simples objeto. Seria uma matéria como o pau e a pedra, sem vida [mental] e sem atividade mental. Não compreender essa teoria tão simples constitui o erro fundamental da Ciência até hoje. Para os cientistas, no espaço só existe o ar, nada mais. Mas a verdade é que, além do ar, existe um número incalculável de elementos invisivelmente a Ciência ainda não progrediu a ponto de detectá-los. Por felicidade descobriu-se a natureza desses elementos, tendo dado aos conhecimentos obtidos o nome de Ciência Espiritual. Com essa descoberta, evidentemente, chegou-se à época em que terá início a eliminação das doenças o maior sofrimento da humanidade.

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Por isso quando o Johrei, essa nova técnica medicinal, chegar ao conhecimento de todos os homens, motivará uma grande revolução no mundo. 4.22. Zelando pela capacidade de recuperação natural do organismo. O ponto mais grave entre os erros da Medicina é o seu absoluto desprezo à capacidade de recuperação natural do organismo, inerente a todo ser humano. 4.23. Mostrando a capacidade do organismo em se adaptar ao meio ambiente. O organismo do homem foi criado de modo a se adaptar ao meio ambiente. Comendo-se pratos pobres continuamente, o paladar se modifica e se começa a achá-los saborosos. Entretanto, parece que pouca gente tem conhecimento disso. Caso a pessoa se acostume com belos pratos, passará a não mais se satisfazer, exigindo iguarias cada vez melhores. Isso se observa em pessoas extravagantes. 4.24. Tornando clara a capacidade do solo em prover os homens de alimentos. O que se deve conhecer em primeiro lugar, é a capacidade específica do solo. Antes de tudo, ele foi criado pelo Criador do Universo, a fim de produzir alimento suficiente para prover o homem e os animais. Por essa razão, a terra já está em si mesma abundantemente adubada - pode-se até dizer que toda ela é uma massa de adubos. Desconhecendo isso até hoje, os homens se enganaram ao pensar que os alimentos das plantas são os adubos. Baseados nessa crença vieram aplicando adubos artificiais e, consequentemente, foram enfraquecendo,

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de forma desastrosa, a energia original do solo. Não é um equívoco espantoso? 4.25. Motivando respeito e amor para com o solo. Sem dúvida as pessoas ficarão boquiabertas, mas existe outro fator importante. O homem, até agora, pensava que a vontade-pensamento, assim como a razão e o sentimento, limitava-se aos seres animados. Entretanto, eles existem também nos corpos inorgânicos. Obviamente, como o solo e as plantações estão nesse caso, respeitando-se e amando-se o solo sua capacidade natural se manifestará ao máximo. Para tanto, o mais importante é não sujá-lo, mas torná-lo ainda mais puro. Com isso, ele ficará alegre e, logicamente, se tornará mais ativo. A única diferença é que a vontade-pensamento, nos seres animados, é mais livre, ao passo que, o solo e as plantas não têm liberdade nem movimento. Assim, pedindo-se uma farta colheita com sentimento de gratidão, o sentimento se transmitirá ao solo, que não deixará de corresponder. Por desconhecimento desse princípio, a Ciência comete uma grande falha, considerando que tudo aquilo que é invisível e impalpável não existe. 4.26. Exibindo as vantagens da Agricultura Natural, como não usar esterco. Depois de muitos anos de estudo, Meishu-Sama chegou à conclusão de que o seu método natural de cultivo era o melhor e advogava-o com fervor. Isso deu nascimento à Associação para Expansão da Agricultura Natural. Suas idéias foram adotadas por muitos fazendeiros, membros e não membros, em todo o país. Uma das suas vantagens para quem tem horta caseira é o não necessitar de esterco. O manuseio de esterco não só é insuportável para os amadores, como também traz o inconveniente de indesejáveis larvas de parasitas acabarem-se

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hospedando na pessoa. Até agora, por desconhecimento desses fatos, trabalhava-se muito e no fim se obtinham maus resultados. Por exemplo, apenas se deve semear as verduras e não ter maiores trabalhos a não ser, de vez em quando, remover o mato que começa a crescer. 4.27. Superando a dependência em relação aos adubos químicos. O princípio básico da Agricultura natural consiste em fazer manifestar a força do solo. Até agora o homem desconhecia a verdadeira natureza do solo, ou melhor, não lhe era dado conhecê-la. Tal desconhecimento levou-o a adotar o uso de adubos e acabou por colocá-lo numa situação de total dependência em relação a eles, tornando essa prática uma espécie de superstição. 4.28. Abandonando o método hidropônico. A base do problema é a falta de conhecimento em relação ao solo. A agricultura, até agora, tem negligenciado esse fator, que é o principal, dando maior importância ao adubo, algo acessório. Sem a terra, o que podem fazer as plantas, sejam elas quais forem? Um bom exemplo é daquele soldado americano que, após a guerra, praticou o cultivo na água, despertando grande interesse. No início, os resultados foram excelentes, mas ultimamente, eles foram decaindo, e o método acabou sendo abandonado. 4.29. Descobrindo potencialidades e ampliando cidadania. Existe uma expressão que aconselha a conhecermos bem a nós mesmos, mas é necessário estender esse pensamento aos limites do conhecimento de nossa pátria.

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4.30. Aperfeiçoando os cálculos em geral, destacadamente os econômicos. O que mais falta aos políticos são conhecimentos sobre Economia, são os cálculos. Entretanto, isso não acontece somente na política; em qualquer empreendimento é impossível obter êxito quando se esquecem os cálculos. E estes não dizem respeito apenas às coisas relacionadas a dinheiro. Seja qual for a circunstância para saber claramente as possibilidades de lucros e prejuízos, vantagens e desvantagens, não se pode menosprezar os cálculos. 4.31. Aprendendo sobre o lado espiritual da Bolsa de Valores. Meishu-Sama, na época em que era agnóstico, lançou mão desse investimento em Bolsa de Valores. Durante alguns anos vendeu e comprou ações, mas acabou tendo um grande prejuízo. Naturalmente, esse também foi um dos motivos que o levaram a entrar para a vida religiosa. Além disso, os conhecimentos que adquiriu sobre o lado espiritual da questão, mostraram-lhe que jamais se deve fazer tal tipo de investimento. 4.32. Expondo que dirigente deve se movimentar menos e ficar mais retirado. A pessoa que exerce as funções vitais das coisas se move menos. Enquanto quem faz serviços de menor importância, se movimenta mais. Entretanto, como olham só materialmente, sem conhecer o espírito, os trabalhadores se vangloriam, e dizem que eles são importantes, e isso é o comunismo. Por isso, não se reconhecendo a existência do espírito, o princípio do comunismo seria verdadeiro, Realmente, ele está bem constituído; mas uma vez que reconhecendo o espírito, o comunismo não causa nenhum pavor. Freqüentemente, as pessoas perguntavam a

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opinião de Meishu-Sama sobre o comunismo, ele respondia que aquilo por ser somente matéria e negligenciar o espírito, que é o principal, não tem perpetuidade, não era nada, que logo iria se extinguir. É por isso que os personagens principais e o governante não podem movimentar-se muito. Por isso também quando as pessoas perguntavam: "Meishu-Sama, o senhor não vai vir para o interior?" Então, ele dava o exemplo do eixo de rodas. Dizia que o eixo não pode se deslocar, e com isso elas entendiam. Dessa forma, costuma-se dizer que é preciso agir na dianteira, ou seja, que o dirigente ou chefe precisa comandar, ficar na frente, mas isso é errado. Desde a Antigüidade, na guerra, quando o general, por exemplo, comandava tomando a frente, sempre perdia. Realmente, a tática em que o general fica retirado, sem mostrar sua presença, costuma ser vitoriosa. Isso acontece porque está em conformidade com a Lei do Espírito Precede a Matéria. 4.33. Percebendo interferência dos antepassados. No caso do enriquecimento ilícito por parte do descendente, fazem com que este tenha prejuízos, ocasionando, por exemplo, um incêndio ou outras formas de perda, que lhe esgotam a fortuna. 4.34. Apresentando o século XXI. Meishu-Sama narrando como seria o século XXI descreve: “Nesse meu passeio pela cidade, vi algo interessante. Em diversos locais havia umas casinhas de vidro, semelhantes a caixas, onde se podiam ver desde árvores com folhas aculeiformes até árvores que apresentam sempre o mesmo aspecto, como pinheiros, cedros, ciprestes, lariços e outras. Nessas casas conservava-se a temperatura de mais ou menos dez graus centígrados; naturalmente, havia um aparelho de ar condicionado em cada uma. Era oásis artificiais para aqueles que

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transitavam pelos arredores, sob o sol quente do verão. Em todos esses locais vi jovens realizando diversas atividades sob a orientação de um responsável, que tinha vasto conhecimento de botânica e fora selecionado entre os componentes da comissão de cada bairro”.

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5. METODOLOGIA 5.1. Abundância de apresentação regida pelas leis naturais da vida humana e do Universo se apartando dos detalhes. Há leis naturais no Universo que regem todos os processos e mutações. Essas leis também governam a Religião, a Filosofia, a Ciência, a Política, a Educação, a Economia, as Artes, a paz e a guerra, o bem e o mal. “Para encontrar e compreender claramente a essência das Leis que regem a vida humana e também o Universo, é preciso, em primeiro lugar, desprender-se dos detalhes. Agindo assim, o ser humano torna-se capaz de expandir o pensamento com muita rapidez e, ao mesmo tempo, passa a não negligenciar as verdadeiras ações, centrando-se mais na essência dos fatos. Com isso, prospera rapidamente.” 5.2. Modo de agir segundo a precedência do espírito, a identidade espírito e matéria, a ordem e a causa e efeito. O Mestre Meishu-Sama escreveu muito sobre a Lei do Espírito sobre a Matéria. Ao repreender sobre a maneira de usar o aparelho de Cerimônia de Chá “Não faço Cerimônia de Chá, mas entendo o seu espírito”, ele ensinou que o espírito se relaciona a tudo e tem a predominância sobre a matéria. Ensinou também: “com as crianças que facilmente se irritam acontece o mesmo, mas por meio da purificação do espírito o problema se resolve, e elas se tornam obedientes; além disso, seu nível de aproveitamento escolar também melhora.” O Mestre redigiu um ensinamento sobre a Lei da Identidade Espírito-Matéria, dando grande importância à Lei da

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Concordância, respeitando-a sempre, ou seja, aplicando-a em todos os momentos do seu dia-a-dia. Meishu-Sama orientou sobre a Lei da Ordem, dizendo que a Política, a Economia, a Educação, a Religião, ou qualquer outra atividade humana, tudo, em suma, deve observar hierarquia. Se assim não for, nada poderá correr bem. Mas, até hoje tudo que existe geralmente está separado, situando-se no plano vertical ou no plano horizontal. Uma das maiores conseqüências disso observa-se no antagonismo entre o pensamento fundamental do Oriente e do Ocidente. Finalmente chegou o tempo de cruzar os pensamentos e as atividades. Ele dizia que ordem e educação estão estreitamente relacionadas e a isso se exige especial atenção, bem como também ordem e arte: “Se durante as entrevistas surgissem discussões sobre Arte, isso era motivo de grande alegria para Meishu-Sama. Após a construção do Museu de Belas-Artes, em Hakone, ele ia lá diariamente, mesmo em dia de chuva ou de vento, a fim de dar orientações sobre a exposição das obras. Preocupava-se com os mínimos detalhes. Antes de cada exposição fazia no Solar da Contemplação da Montanha, um minucioso estudo sobre as obras a serem expostas, preocupando-se com sua ordem, posição, harmonia com as demais obras etc.”. Falou do desrespeito a ordem: “Em primeiro lugar, observando o movimento de todas as coisas do Universo, verifica-se que tudo se desenvolve dentro de perfeita harmonia. As flores desabrocham neste seqüência: ameixeiras, cerejeiras, glicínias, íris. Assim, a Natureza nos ensina a ordem. Se o homem a desconhecer ou for indiferente a ela, nada lhe correrá bem. Os obstáculos serão freqüentes, resultando em confusão. Até hoje, no entanto, a maioria dos homens não têm respeitado a ordem, o que se pode desculpar pelo fato de não ter havido quem lhes ensinasse as más conseqüências desse desrespeito”.

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Numa ocasião, Meishu-Sama ensinou calmamente: "As pessoas devem estar sempre atentas em deixar os seus objetos em ordem para tê-los à mão quando necessário, de tal modo que possa apanhá-los livremente, mesmo na escuridão. Não se importar em deixar as coisas em desordem embota a mente." 5.3. Alicerçado no respeito aos compromissos. Enfim, todos os problemas são gerados pela falta de sinceridade. Religião, Educação e Arte que não se alicerçam na sinceridade, passam a representar meras formas sem conteúdo. Para saber se uma pessoa age com sinceridade ou não, tem-se um meio muito simples: ver se ela respeita seus compromissos. Deixar de cumprir os compromissos, parece - à primeira vista e em certos casos - coisa de pouca importância. Mas, na verdade, significa enganar, e isso constitui uma espécie de pecado. Portanto, é assunto que merece a máxima atenção. Um dos compromissos mais sujeitos a ser desrespeitado é o que se refere ao horário. Depois desse fato, um discípulo de Meishu-Sama ainda voltou a se atrasar, certo dia em que pediu uma entrevista junto com um fiel. Eis o que Meishu-Sama disse nessa oportunidade: "Como é que uma pessoa que tem a missão de orientar pode atrasar-se para um compromisso? Não acha que é falta de consideração com a pessoa que chegou no horário combinado? Eu também tive de ficar esperando para iniciar a conversa. Uma pessoa de sua posição sempre deve comparecer aos compromissos antes da hora marcada." As minhas tarefas diárias estão distribuídas por horas. Portanto, qualquer atraso desequílibra-as totalmente. Um minuto que seja, é importante para mim." Meishu-Sama sempre adiantava seu relógio cinco minutos. Além disso, começava a preparar-se com mais cinco minutos de antecedência. Como uma pessoa houvesse chegado

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atrasada, não quis recebê-la de forma alguma, mesmo tomando conhecimento do motivo do atraso. Disse o seguinte: "Se a pessoa, ciente do quanto sou atarefado, vem a mim com sinceridade, não digo nada caso ela atrase cinco ou dez minutos. Mas quem é verdadeiramente sincero, sai de casa prevendo um possível atraso de dez minutos ou até mais. Por isso, vamos marcar novo encontro”. 5.4. Baseado na atração em vez do empurrar. E de fato, foi com incrível seriedade, a ponto de não deixar Meishu-Sama dormir a noite toda, que eu lhe fizera uma infinidade de perguntas. E ele, com muito boa vontade, ensinou-me sobre diversas coisas. Assim, quando a semana de aulas de inscrição terminou, eu não conseguia, de maneira alguma, afastar-me dele. Abandonei tudo e me entreguei unicamente à Causa Divina. Meishu-Sama era, realmente, uma pessoa atraente. 5.5. Apoiado em linguagem compreensível. A orientação do Mestre sempre foi a de eliminar formalidades e palavras difíceis, utilizando uma linguagem que todos pudessem compreender facilmente. 5.6. Arte de dirigir na investigação da verdade é pelo caminho do meio. Exemplificando. Segundo a tese do famoso filósofo alemão Friedrich Nietzsche, o ser humano possui, desde o nascimento, vários instintos que lhe é quase impossível dominar, parecendo uma predestinação à qual ele está sujeito. À primeira vista, a teoria satisfaz; entretanto, explicada apenas nesses termos, ela seria uma forma de admitir a imoralidade, o que é um pensamento um tanto perigoso.

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Existem teorias completamente contrárias à de Nietzsche, as quais vêm sendo praticadas desde épocas antigas. Algumas religiões, por exemplo, têm uma visão pecaminosa sobre os instintos. Por esse motivo, seus seguidores fazem abstinências extremamente rigorosas, achando que esse sofrimento é uma prática sagrada e até um meio de aprimoramento pessoal. Meishu-Sama, não só discorda de tal prática, como também acha que as religiões que a adotam não se integram na sociedade, permanecendo isoladas. Entre os mais expressivos exemplos desse tipo de Fé, ele cita o islamismo, o bramanismo da Índia, o puritanismo cristão e algumas religiões japonesas. Comparando a tese de Nietzsche com a das religiões citadas – teses que se opõem entre si – não se pode optar por nenhuma, pois elas tendem para o extremismo. Parece muito fácil perceber esse erro, mas a maioria das pessoas não consegue percebê-lo, ou não o leva em consideração. Em relação a isso, Deus indica um rígido padrão. É a “Teoria do Caminho do Meio”, de Confúcio. Todavia, como disse aquele filósofo, “falar é fácil, fazer é difícil”. A “Teoria do Caminho do Meio”, em verdade, é uma das bases que constituem o verdadeiro caminho da Fé. Explicando da maneira mais simples possível. Em primeiro lugar, cita-se um exemplo que pode ser facilmente compreendido, tomando por termo de comparação as estações do ano. Ninguém gosta do rigoroso frio do inverno nem do calor excessivo do verão, mas todos acham extremamente agradável a temperatura moderada da primavera e do outono. É natural, portanto, que, nessas estações, as pessoas sintam alegria. No mundo em que se vive também é imprescindível evitar os extremos e os excessos. A verdade, porém, é que o homem tem propensão a optar por um lado ou pelo outro, o que é um comportamento errado. A causa dos fracassos geralmente reside nisso. Há coisas, no entanto, que precisam ser decididas, mas sua escolha e dosagem são pontos

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realmente difíceis. Falando com mais profundidade, quando a pessoa pensa em não decidir, na verdade já está tomando uma posição. Por conseguinte, não se pode fazer definições nem deixar de fazê-las, mas nem por isso deve-se abster de ficar no meio-termo. É uma situação bastante ambígua, entretanto é a rigorosa Lei Divina; é ela que torna o mundo interessante. Com isso, diz-se que as pessoas precisam alcançar o estado espiritual de “livre adaptação à situação do momento”, isto é, elas não devem prender-se a nada, por motivo nenhum. Meishu-Sama ensinava: "O bom é conseguir a dosagem certa. Vocês não a conseguem porque tendem sempre ao extremismo.” Em síntese, “Izunomê” significa “princípio imparcial”, isto é, manter-se sempre no centro. Não é “Shojo” nem “Daijo”: é Shojo e Daijo simultaneamente, ou seja, significa não tender aos extremos, nem decidir-se de maneira impensada. 5.7. Negando a opressão e a libertinagem no controle de turmas e filhos. Numa vida social tão complicada como a da época atual, não é possível praticar a civilidade como se deseja. De certa forma é impossível. Mesmo assim, deve-se tomar muito cuidado, pois, levados por um conceito errado de democracia, muitos jovens não levam em consideração a diferença existente entre superior, médio e inferior, e isso é um problema. Realmente, o antigo princípio de discriminação das classes militar, agrícola, industrial e comercial estava errado, mas ações igualitárias como as da atualidade também estão erradas. Principalmente a forma pela qual é efetuada a educação escolar é realmente lamentável. Observa-se freqüentemente, os jovens caírem na libertinagem pelo excesso de liberalismo e pela ausência da distinção entre professores e alunos. Nesse sentido, os professores também têm muitos pontos que devem ser objeto de reflexão. Evidentemente, a forma militar dos tempos antigos não é boa,

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mas o relaxamento atual também não é bom. Em suma, o essencial é não cair nos extremos, obedecer aos limites, mantendo-se no centro. Nem é preciso dizer que a diretriz da Educação deve estar centralizada neste ponto. isso significa civilidade. Como essa afirmação já vem desde os tempos antigos, o homem moderno também deve proceder de forma que não sinta vergonha de seus atos. 5.8. Criando as crianças pela tradição com inovação de práticas boas. As crianças de hoje têm saúde muito precária. É desencorajador verificar, em toda parte, o grande número de crianças magras e pálidas. Até pouco tempo, isso só ocorria na cidade, mas ultimamente vem se observando a mesma tendência no interior. Em certa vila do Estado de Nagano constatou-se, após exame de saúde, que, entre cem alunos da escola primária, oitenta e um apresentavam suspeitas de tuberculose pulmonar. De vez em quando aparecem notícias semelhantes nos jornais. Tomando conhecimento de tais ocorrências, qualquer pessoa achará estranho, pois hoje o progresso da Medicina atinge até mesmo as vilas do interior. E o que torna mais grave o problema é que se desconhece totalmente a sua verdadeira causa. O fato exposto acima só pode ser decorrente da higiene e nutrição erradas. Atualmente, acreditando-se que é bom fazer tudo à moda do Ocidente, dá-se às crianças japonesas o mesmo tratamento dispensado ás ocidentais. Isso constitui um grande erro, porque, na realidade, os japoneses e os ocidentais são essencialmente diferentes. Essa educação errada limitava-se às grandes cidades, mas parece que nos últimos tempos vem se adotando no interior o sistema educacional urbano. A falha está em desprezar a Natureza e atribuir pouca importância ao leite materno, como acontece no Ocidente, dando às crianças leite de vaca em excesso, lhes dispensado cuidados exagerados,

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fazendo-as ingerir remédios em demasia e aplicando-lhes injeções inadequadas. Isso, ainda que teoricamente esteja correto, na verdade acaba enfraquecendo o corpo. Para os ocidentais não há problema, pois foram criados dessa maneira desde os seus ancestrais; com relação aos japoneses, entretanto, a mudança brusca é nociva. Para eles, o melhor método de criação é o japonês, empregado desde a Antigüidade; caso não seja possível aplicá-lo, a mudança deve ser feita gradativamente. Os fatos reais são bem ilustrativos. Parece-me que as crianças de alguns anos atrás, quando a Medicina ainda não havia alcançado o progresso atual, eram muito mais saudáveis. Expondo agora a forma correta de criar os filhos. A mãe, na medida do possível, deve trabalhar até o mês do parto; deve amamentar seu filho, restringindo o leite de vaca aos casos imprescindíveis; não deve temer que ele fique gripado; deve fazer tudo de acordo com a Natureza, isto é, deixar a criança à vontade, não lhe colocando cinteiro, evitando o máximo possível o uso de medicamentos, etc. Em suma, basta reconhecer a grande verdade de que o homem foi feito para crescer naturalmente, com saúde. Por conseguinte, é evidente que quanto mais cuidados a criança receber, mais fraca ela se tornará. Sem se deixar influenciar pela moda, os pais devem criar seus filhos de acordo com o método que lhes foi legado pelos seus antepassados, levando em conta apenas os pontos positivos do progresso da era moderna, as práticas realmente boas, e não as teorias. Nesse particular, pede-se profunda reflexão às autoridades e aos especialistas no assunto. 5.9. Equilibrando entre as noções transmitidas e o desenvolvimento psicofísico. Talvez se ache paradoxal falar que o homem da atualidade desenvolveu sua inteligência, mas prejudicou sua capacidade intelectual. O que se quer dizer, no entanto, é que aumentaram as pessoas de inteligência limitada, superficial, ágil

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e diminuíram as pessoas gabaritadas, dotadas de inteligência profunda. Mas por que será que isso acontece? Segundo observações, é uma conseqüência da instrução efetuada antes do tempo apropriado. A instrução prematura é maléfica porque se incutem conhecimentos sem que a mente esteja suficientemente desenvolvida, isto é, há um desequilíbrio entre as noções transmitidas e o desenvolvimento psicofísico. Em verdade, o homem tem que utilizar o corpo e a mente de acordo com sua idade. Dar a uma criança de sete ou oito anos um trabalho mental apropriado a um jovem de quinze ou dezesseis é uma tarefa excessivamente pesada. Qual será o resultado disso? Meishu-Sama mostrou através de um exemplo ocorrido consigo: “Quando eu estava no curso primário (entre sete e onze anos) quis aprender judô, mas disseram-me que antes dos quinze eu não poderia fazê-lo. Como eu perguntasse o motivo, responderam-me que, se a pessoa praticar judô ou qualquer outro esporte inadequadamente, poderá prejudicar seu crescimento e desenvolvimento. Naturalmente eles param por causa do excesso de esforço físico. Da mesma forma, no ensino atual, acha-se que é bom uma criança de doze ou treze anos fazer o que um adulto faz. Realmente, durante algum tempo, a capacidade intelectiva se desenvolve com grande rapidez, e por isso a instrução pode parecer boa, mas não há um desenvolvimento em profundidade, formando-se adultos com capacidade intelectiva inadequada e sem uma lógica profunda”. Na realidade, no Japão também está diminuindo cada vez mais o número de “grandes” políticos. Portanto, os que estão ligados à Educação devem pensar bastante sobre esse problema.

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5.10. Lendo de tudo sem esquecer os ensinamentos de Meishu-Sama. Pensando em seguir fielmente as palavras de Meishu-Sama “Leia de tudo”, um discípulo passou a ler demasiadamente os romances e deixou de ler os Ensinamentos. Nessa ocasião, ele repreendeu-o severamente: “De agora em diante, deixe totalmente de ler os romances, queime-os!” E ensinou que não se deve pender para um lado só, embora a tendência humana seja para o desequilíbrio. Todos se surpreendiam com a vasta erudição e extraordinária memória de Meishu-Sama, que sempre incitou seus discípulos a procurarem ampliar seu campo de conhecimento. Principalmente a sede de aprender, ele apreciava como “Virtude divina que o homem possui.” Ele próprio, nos seus últimos anos de vida, mesmo no período mais atarefado, não só ouvia rádio, como lia mais de dez jornais por dia, e livros sobre assuntos os mais diversos - arte, arquitetura e outros – com inigualável entusiasmo. Uma ocasião ocorreu o seguinte: Entre os dedicantes, havia um que vinha agindo estranhamente. Então, indagado por Meishu-Sama se estava lendo os Ensinamentos, ele respondeu: - Sim, leio diariamente, repetidas vezes. - E tem lido outros livros? - Não, não tenho lido muito. Então, Meishu-Sama disse-lhe: “Já sabia! Mas não deve ser assim. Você deve ler, em primeiro lugar, os livros em geral e, em segundo, os Ensinamentos.” 5.11. Precavendo-se de haver empenho com objetividade. Certa vez, quando um discípulo de Meishu-Sama se lamentava muito pela falta de inteligência, ele ensinou-lhe o seguinte: “Muitas vezes as pessoas que têm inteligência deixam-se envaidecer e são mal sucedidas porque não se esforçam.

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Aqueles que não têm muita inteligência, mas se esforçam, atingem certo resultado, mesmo que não alcancem grandes sucessos. O ser humano precisa estar constantemente desenvolvendo esforços, ainda que sejam gradativos. Toda pessoa tem um tipo de talento e é capaz de se esforçar um pouco, mais é rara aquela que consegue desenvolver um esforço incansável.” Por outro lado, Meishu-Sama diz que no início, faz-se grande empenho, mas o resultado não é nada bom. Entretanto, após várias experiências, começa a aprender a ser mais objetivo. De início, deve falar um pouco, e se a pessoa lhe der ouvidos, então, deve aprofundar mais a conversa; caso contrário, convém interrompê-la. O projeto de construção do Templo Messiânico, naturalmente, foi feito por Meishu-Sama. Ele refez a planta e realizou reuniões de estudo sobre o plano geral de edificação diversas vezes. 5.12. Utilizando livros didáticos e aulas adequados ao avanço cultural. Atualmente, nas escolas primárias, secundárias e superiores, utilizam-se os livros didáticos, ou melhor, a teoria, como linha vertical; já o que é ensinado pelo professor, constitui a linha horizontal. Esse método de ensino foi elaborado após grandes esforços e inúmeras experiências feitas por didatas. Logicamente, novas descobertas e novas teorias surgiram e desapareceram; algumas surgiram e foram ultrapassadas por outras mais recentes, as quais aproveitaram daquelas apenas o que tinha validade para ser incorporado. Aquilo que em outra época era considerado verdade e respeitado como regra de ouro, foi desaparecendo sem deixar nenhum vestígio, na medida em que aparecia algo que o superava. Existem, contudo, algumas teorias descobertas que se mantêm vivas até hoje, concorrendo para tornar a sociedade mais feliz.

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É o tempo que determina o valor de todas as coisas. Por esse motivo, embora se tenha plena certeza de que uma teoria seja absolutamente verdadeira, inalterável e eterna, não se pode saber quando aparecerá outra que a destrua, nem quem o fará. Vários exemplos podem ser citados, desde tempos antigos. Quando aparecem novas descobertas, é natural que elas não se encaixem nos moldes das tradicionais; quanto menos se encaixam, maiores são os seus valores. Resumindo, é uma ruptura das formas enraizadas; na medida em que for mais intensa, maior a sua validade. Desse modo, é evidente que as velhas teorias são afastadas devido ao aparecimento de teorias novas, superiores a elas. Se a verdade em que acreditava-se é ultrapassada, é porque surgiu outra de maior Luz. É assim que se processa o desenvolvimento cultural. Analisando mais profundamente. O ensino tradicional foi sedimentando-se através dos anos, mas o progresso cultural faz com que ele se dissocie dessa forma estática numa rapidez incrível. Um dia um presidente de uma empresa emitiu o seguinte comentário: ”Embora seja muito inteligente, uma pessoa que saiu da universidade há mais de dez anos não consegue situar-se, em face dos problemas reais do presente. Isso acontece por não haver correspondência entre o que ela aprendeu naquela época e o tempo atual, especialmente no que se refere aos técnicos”. Essas palavras vêm ao encontro daquilo que se explanava, porque, pela sua própria natureza, os conteúdos das matérias estudadas devem se referir à época do estudo, mas, se eles não acompanharem o progresso cultural, fatalmente o estudo perderá sua validade. Exemplificando. Dizem que os políticos contemporâneos tornaram-se muito “pequenos”, o que significa dizer que é dificil encontrar políticos de grande envergadura. Os ministros de hoje não são nada hábeis; o máximo que eles conseguem é resolver problemas do momento. Isso ocorre porque, na atualidade, os estadistas de nível ministerial são formados pelas Universidades Federais e deixam-se levar facilmente pelas velhas teorias

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aprendidas. Racionais em tudo, eles não sabem que existe algo além da lógica. É a mesma coisa que utilizar o cavalo como meio de transporte numa rodovia, ou aprender a dirigir charrete ao invés de carro. O estudo destina-se ao desenvolvimento do cérebro humano. É para edificar uma base, como se fosse o alicerce de uma casa. Sobre essa base, precisa-se fazer uma nova construção, ou seja, utilizar o estudo, desenvolvê-lo e com ele criar coisas novas. Isso significa ajustar os passos ao contínuo progresso cultural. E não é só isso. O verdadeiro estudo vivo é aquele que avança ainda mais, desempenhando a função de orientar a cultura. Recentemente, o presidente Truman, dos Estados Unidos, declarou que, por volta de 1921, ele era um simples comerciante de variedades. Não se pode imaginar o quanto lhe foi benéfica essa experiência na realidade social. Até as dedicações devem ser adequadas às diferentes pessoas. 5.13. Norteada pela teoria da intuição. Meishu-Sama quando jovem, foi simpatizante da teoria de Henri Bergson, o eminente filósofo francês (1859-1941). Segundo suas interpretação, a filosofia de Bergson baseia-se nestes três princípios: “Todas as coisas se movem”, “Teoria da Intuição” e “O eu do momento”. Dentre eles, o que mais lhe impressionou foi a “Teoria da Intuição”, a qual diz o seguinte: “É algo dificílimo ver as coisas exatamente como elas são, captar o seu verdadeiro sentido, sem cometer o mínimo engano.” Entendendo-se, a seguir, o porquê dessa afirmativa. Os conceitos formados pela instrução que se recebe, pela tradição, pelos costumes, etc., ocupam o subconsciente humano formando como se fosse uma barreira, e dificilmente percebe-se. Tal “barreira” constitui um obstáculo quando se observa as coisas. Quando se diz, por exemplo, que todas as religiões novas

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são supersticiosas, heréticas ou falsas, deve-se esse julgamento à “barreira”, que está servindo de estorvo. Os homens de hoje, através dos jornais, das revistas, do rádio e dos comentários públicos, constantemente tomam conhecimento de idéias e opiniões que concorrem para aumentar e solidificar essa “barreira”. Devido ao conceito de que as doenças só podem ser curadas pela medicina, a realidade é deturpada quando ocorre um milagre: dizem ser ação do tempo ou buscam mil explicações. Presencia-se tal fato com freqüência. A “Teoria da Intuição” encarrega-se de corrigir tais erros, comuns entre os homens. Libertando-os, completamente, de preconceitos, ela os ensina a fazerem uma fiel observação dos fatos. Para isso é necessário ser “o eu do momento”, isto é, fazer com que a impressão instantânea, captada pela intuição, corresponda à verdadeira substância do objeto de observação. Caso se presencie uma cura realmente milagrosa, deve-se crer, pois essa é a verdadeira observação. Se, ao contrário, se julga impossível que uma doença seja curada sem o auxílio de aparelhos ou remédios, significa que se está sendo bloqueado pela tal “barreira” de preconceitos. Na hipótese de alguém acrescentar: “Isto é superstição, não pode ser verdade”, é porque a “barreira” do próximo está contribuindo para aumentar o obstáculo, e deve-se ficar de guarda contra isso. "Não subestime as pessoas, quando lhe falam", disse um antigo filósofo chinês. Ele queria dizer que se deve ouvir com a mente aberta e não subestimar as idéias de uma pessoa antes de saber o que ela tem a dizer, que não se deve julgar pelas aparências. Às vezes, pode-se aprender algo valioso com um operário analfabeto ou com um simples camponês. Freqüentemente, ouve-se uma criancinha proferir uma verdade maravilhosa ou exprimir uma idéia original. Bergson, em seu livro "Intuição", diz que as crianças são altamente intuitivas e que, muitas vezes, vão diretamente ao âmago da questão. Nas discussões entre mãe e filho, a verdade freqüentemente está do lado da criança.

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5.14. Guiada por todas as coisas se moverem. O outro princípio - “Todas as coisas se movem” - significa que tudo está em eterno movimento. Por exemplo: o próprio leitor não é o mesmo de ontem, nem mesmo o que foi há cinco minutos atrás; o mundo de ontem não é o mesmo de hoje. Isso abrange também a sociedade, a civilização e as relações internacionais. Precisa-se, portanto, fazer uma observação fiel, isto é, uma observação clara, do homem e de suas transformações. Em sentido mais amplo, observa-se a radical diferença entre o período anterior e posterior à guerra. É surpreendente a mudança que ocorreu em tão breve espaço de tempo. Mas a maioria dos indivíduos não conseguem captar, com exatidão, a realidade atual, bloqueados pelos métodos e conceitos antigos, que eles herdaram de seus antecessores e que constituem um verdadeiro obstáculo. Esses indivíduos são conservadores e antiquados, porque mantêm a mente estagnada, enquanto tudo obedece à lei do movimento perpétuo. Eles sofrem o abandono do mundo e vão ao encontro de um trágico destino. 5.15. Pautada pelo “eu do momento”. A razão pela qual as pessoas não entendem coisas tão fáceis é que elas não ficam no estado do “eu do momento”, talvez por não terem conhecimento, ou melhor, consciência disso. Segundo a teoria de Bergson, mal o homem começa a ter noção do mundo à sua volta é cercado de comentários, imposições de lendas e instruções, que lhe criam uma espécie de “barreira mental”, antes de atingir a maioridade. Essa “barreira” o impede de assimilar novas teorias. Uma mente desimpedida as compreenderá com facilidade, pois tem livre arbítrio; por isso aconselha-se que a mente seja aberta como uma página em branco. Entretanto, são raros os que percebem a “barreira”.

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Quem já leu o princípio de Bergson, comece a ser, agora, o “eu do momento”. Este “eu do momento” refere-se à impressão instantânea, captada no momento em que se observa ou se ouve alguma coisa. É agir como uma criança, sem dar tempo para a intromissão de “barreiras”. Muitas vezes admira-se certas palavras usadas pelas crianças para se certificarem de algo que um adulto lhes disse. Bergson chamou a isso de “Teoria da Intuição”. Através desta, ele também queria mostrar que uma observação fiel consiste em ver a coisa tal qual ela é, sem torcê-la, relacionando-a ao “eu do momento”. 5.16. Exterminando o pensamento ateísta. Atualmente, a nação está imprimindo um largo incremento à Educação e a outros setores, num esforço para desenvolver a inteligência do homem e reformar-lhe o pensamento. Todavia, enquanto não se exterminar pelas raízes o pensamento ateísta - que é a principal causa do problema - será como tentar encher uma peneira com água. Obviamente, os conhecimentos obtidos com tanto sacrifício viriam a ser mais utilizados para o mal do que para o bem. Seria, portanto, uma idiotice tão grande, que não há palavras para expressá-la. A melhor prova disso é o crescente aumento do número de crimes intelectuais á medida que a cultura progride. O aumento do mal social, principalmente os pensamentos insanos que infestam os jovens - verdadeiros sustentáculos do futuro - e o estado confuso em que estes se encontram, não deixam de representar uma realidade apavorante. A causa de tudo isso é a educação recebida pelos jovens, a qual os levou a aceitar o materialismo como norma de ouro. Enquanto os homens não despertarem desse engano, não haverá solução para o problema. Supondo-se que seja declarada a Terceira Guerra Mundial, isso aconteceria por ter aumentado demasiadamente o número de homens com espírito maculado, chegando-se a uma

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situação em que não havia outro recurso. Não é exagero afirmar que atualmente o mundo está repleto de homens impuros. O ser humano acumulou máculas pela prática do mal, decorrente de uma educação baseada no materialismo, o qual ignora a existência de Deus. Sendo assim, o problema só poderia ser solucionado pela retificação das idéias materialistas. Com o espírito extremamente maculado por esse tipo de educação, o homem ficou cego, o que é um resultado muito normal. “Então, a partir de agora, torna-se fundamental despertar os homens para o poder de Deus sobre todas as criaturas, princípio esse, por longo tempo, adormecido. Não se trata, contudo, de um trabalho fácil porque a maioria dos povos civilizados, tendo a alma fascinada pela ciência, negligenciou a existência de Deus. Daí ser necessária uma força supra-humana para sacudir as mentes e os corações. A esse prodígio renovador eu chamo de milagres. São ocorrências comuns na fé messiânica e operadas pelo poder absoluto de Deus Supremo, que realiza transformações extraordinárias nos seres humanos, fazendo-os ingressar numa nova era de prosperidade.” 5.17. Cultivando o belo de sentimento, palavras e atitudes. O Paraíso Terrestre é o Mundo do Belo. Em relação ao homem, é a beleza dos sentimentos, o belo espiritual. Naturalmente, as palavras e atitudes do homem devem ser belas. Da expansão do belo individual nasceria o belo social, isto é, as relações pessoais se tornariam belas, assim como também as casas, as ruas, os meios de transporte e as praças públicas. Em grande escala, como é natural que a limpeza acompanhe o Belo, a política, a educação e as relações econômicas também se tornariam belas e limpas, da mesma forma que as relações diplomáticas entre os países. Pensando desse modo, pode-se perceber o quanto a sociedade contemporânea está cheia de Fealdade e Maldade. Nas classes baixas, principalmente, o Belo é escasso demais, em

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virtude das péssimas condições financeiras, que causam a decadência do ensino e a precariedade dos estabelecimentos e instalações de atendimento ao público. Daí, conseqüentemente, nasce a intranqüilidade social. Bondade e cortesia são qualidades que mais faltam ao homem da atualidade. Há um método que permite avaliar o progresso na Fé e o aprimoramento espiritual. Primeiro, deve-se evitar as desavenças; depois, desenvolver a bondade; por fim, se tornar mais cortes. Se conhecer alguém com tais atributos, vê-se logo que é pessoa polida, que se aprimorou e que possui o intrínseco valor da Fé. Essa pessoa será estimada e respeitada por todos; suas atitudes valerão como uma silenciosa divulgação de Fé; servirá como exemplo de Fé concretizada em atos. 5.18. Eliminando as características animalescas da alma do homem. Ora, se não se consegue manter a disciplina da sociedade nem mesmo com as malhas da lei, torna-se necessário descobrir onde está a causa do problema. Mas ninguém a percebe. A sociedade continua sendo uma coletividade constituída de seres que são meio-homens e meio-animais. Por esse motivo, está demasiado claro que já não é possível eliminar o caráter animalesco do homem através da educação materialista. O ensino ministrado até hoje, como se pode ver pelos seus resultados, não passa de uma técnica para encobrir esse caráter. Dessa maneira, não se pode sequer imaginar quando se edificará uma sociedade verdadeiramente civilizada. Portanto, para solucionar o problema, é fundamental eliminar as características animalescas da alma do homem. Não há método mais eficiente.

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5.19. Buscando mais do que a inteligência humana, sem desprezar os conhecimentos. “Diz-se que a inteligência é humana, quando o conhecimento é aprendido; é Divina, quando não depende de aprendizado.” Meishu-Sama chegou a dizer: “Não se trata de interpretação minha, e sim de um conhecimento que me veio totalmente por intuição espiritual.” 5.20. Conhecendo profundamente o que se ensina. Para que o professor seja compreendido, é necessário que ele tenha profundo conhecimento sobre o objeto a ser ensinado. 5.21. Praticando o que se aprende. Se entrar na escola para receber instrução e não praticar o que aprendeu, não adianta. Aliás, isso ocorre em todos os campos, inclusive na educação. Um fato a seguir aconteceu antigamente. Havia um oftalmologista que também trabalhava na escola e era de muita confiança. Certo dia entrou água com sabão no seu olho. Se não tivesse mexido, teria sarado, mas, pelo uso do remédio, acabou complicando. Isto aconteceu porque o seu filho levou-o ao oftalmologista do Hospital, que lhe aplicou um novo tratamento agravando a situação. Depois, desesperado, procurou Meishu-Sama para cuidar-se pelo tratamento da purificação do espírito e sarou por completo em uma semana. Ele ficou deveras impressionado e, na época, fez o Curso de Formação de Novos Membros. Passados dois ou três meses, ele foi visitar Meishu-Sama que lhe perguntou “como é? Está praticando o tratamento?" Ele respondeu-lhe "Não! Que absurdo! Em primeiro lugar, guardo

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em segredo a cura que obtive através deste tratamento. Se meu filho e minha esposa souberem disso, não sei o que eles irão dizer. E, se por ventura, a Associação dos Médicos tomar conhecimento disso, serei expulso. E, sendo expulso, não poderei comer. Não poderei sobreviver de maneira alguma." Assim, Meishu-Sama também ficou impressionado, sentiu que realmente não dá para salvar os médicos e concluiu que pessoas assim, não adiantam fazer o Curso de Formação de Novos Membros.” 5.22. Aprendendo pelas manifestações contrárias. A maioria das coisas do mundo têm efeitos contrários. Por isso deve-se aprender, observando os resultados, as manifestações opostas. Desse modo, é possível obter êxito facilmente. Portanto, se viver no estilo “perder é vencer”, infalivelmente, será bem-sucedido na vida. No final, acaba sendo vencedor. É isso mesmo. Portanto, é a teoria dos efeitos contrários. Dá-se o oposto. É muito importante conhecer essa teoria, porque existem pontos que são bem diferentes da lógica do homem. Por isso, as coisas realizadas com base no pensamento do homem sempre fracassam. 5.23. Evitando o apego e a irritação. Um dia, quando a entrevista já estava para terminar, em tom mais alto que o normal, Meishu-Sama disse: “Hoje, como presente, ensinarei uma coisa boa.” Instintivamente, passou-se a prestar maior atenção, e ele ensinou como o apego é algo errado. “Quando temos apego, o resultado será infalivelmente contrário. Procurando sempre eliminar o apego, devem deixar tudo nas mãos de Deus. A água de uma vasilha, por exemplo, se

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puxamos ela recua e se empurramos, vem para frente.” Assim, ensinou o segredo de tornar realidade tudo o que se deseja. Remédio é veneno. Quando ele é introduzido no corpo, suja o sangue; sujando-se o sangue, o espírito se macula; como seu espírito está maculado, a pessoa sente-se irritada. Isso é perigoso, pois, quando se fica irritado, esbraveja-se com facilidade, o que acaba resultando em conflito. Estando-se de bom humor, ainda que provocado, as coisas se ajeitam entre risos; ao contrário, estando-se mal-humorados, estoura-se pelos motivos mais insignificantes. Dessa maneira, o homem depende do seu estado de espírito para torna-se alegre ou triste. Não se pode menosprezar tal aspecto, pois ele também tem grande relação com a sorte ou azar. No relacionamento diário entre as pessoas, não há nada mais importante que os sentimentos, pois deles pode resultar a separação de um casal, brigas familiares, atritos entre namorados, perda de emprego e até casos piores. Ninguém desconhece, também, a grande influência dos sentimentos sobre a confiança dos superiores em seus subordinados, nas empresas ou repartições públicas, ou sobre o bom relacionamento entre colegas de serviço, a preferência dos fregueses por determinado comerciante, o desempenho de um técnico, o êxito nos estudos, etc. Essas situações são habituais, mas, com o seu aumento, pode haver conseqüências graves. Também a respeito do meu mau costume de me irritar, uma vez Meishu-Sama ensinou: “Você disse que fica irritado e não consegue conter-se; quando um cachorro late para você, você briga com o cachorro ? Se você faz algo com boas intenções para alguém, mas esse alguém antipatiza consigo, ele não pode ser considerado um homem. Entretanto, quando você é que se irrita a ponto de cometer uma agressão, lembre-se que o seu espírito estará rebaixado, nas mesmas condições do espírito desse alguém.”

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5.24. Tendo dúvidas e obediência. Meishu-Sama ensinou a um discípulo seu: “No início é bom que tenha dúvidas em vários sentidos. Através das dúvidas é que se consegue crescer e compreender.” Certo dia, no Hozan-So, Solar da Montanha Preciosa, o Mestre ordenou ao jardineiro: “Corte está árvore.” Entretanto, sendo um profissional, ele não conseguiu podar com entusiasmo, conforme a instrução que recebera. Aí, Meishu-Sama virou-se para um dedicante e disse: “Pode você.” Este, como não era jardineiro, podou-a imediatamente, tal como lhe foi dito. Meishu-Sama, vendo-o, disse: “Você é ótimo, pois age com obediência.” 5.25. Prestando atenção para conhecer, principalmente nas pequenas coisas. Meishu-Sama era realmente um bom ouvinte. Quando convidava alguém, ficava sempre atento para deixar que aquela pessoa falasse, dando-lhe prioridade no diálogo. Conversava de forma agradável e sorridente, colhendo novos conhecimentos. Em se tratando de um assunto que ele não conhecia, ficava realmente muito interessado. Fazia perguntas com seriedade, adotando um comportamento de quem falava com um mestre. Certo dia, Meishu-Sama ensinou o seguinte: “A maioria das pessoas pensa que ter fé é orar a Deus, fazer-lhe pedidos e outras coisas desse gênero. Entretanto, isso vem em segundo plano. Conseguir perceber as pequeninas coisas é que está em primeiro lugar. Diz um ditado que um grande dique forma, a partir do buraco feito por uma formiga. Da mesma forma, se não conseguirmos fazer pequeninas coisas, também não conseguiremos fazer as grandes. Inevitavelmente, um dia virá a derrocada. Deus é realmente minucioso. Vendo as experiências de fé, dá para perceber isso, não? Como recebemos as graças

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até nas coisas realmente pequenas, enquanto não conseguirmos prestar atenção nas pequenas coisas, estaremos reprovados na fé. Os ensinamentos da religião Oomoto falam: ‘Prestar a máxima atenção está em primeiro lugar’. Aqueles que não prestam atenção nos pormenores, diz-se que são ignorantes em relação a Deus.” 5.26. Motivando a ser prudente e a prever. Um novato seguidor de Meishu-Sama conta como aprendeu com ele sobre conter a precipitação: “Recebi permissão para servir na residência de Meishu-Sama, e no quinto dia, pela primeira vez, fui apresentar-me. Ele se encontrava na Casa do Trevo, ouvindo rádio, escrevia Imagens da Luz Divina e Ohikari. Depois de cumprimentá-lo, fiquei observando do canto da sala, o trabalho das três pessoas que o serviam, para aprender. Nisso, o rádio que Meishu-Sama estava ouvindo, começou a sofrer interferências e a chiar. Ele ordenou então a um dos servidores que fosse até à sala de estilo ocidental buscar um outro. Como essa pessoa estava bastante atarefada e eu, apenas observando, ofereci-me para ir em seu lugar. Fiz uma reverência diante de Meishu-Sama e fui correndo até o Solar da Montanha Divina para buscá-lo. Como Meishu-Sama havia dito que era para buscar o rádio na sala de estilo ocidental, presumindo que tal sala só existisse naquele Solar, levei-lhe o que lá se encontrava. Fiquei sabendo depois, que no Solar da Contemplação da Montanha também havia uma sala de estilo ocidental, Meishu-Sama redigia. E a sala referida por ele era esta e não aquela. É que, normalmente esta sala era conhecida como "Room", de modo que quando me disseram que eu havia trazido o rádio errado, não consegui perceber logo e pensava: "Onde será que tem outra sala estilo ocidental?" Naquele momento, não sabendo como me desculpar, fiquei calado e cabisbaixo. No mesmo instante, o servidor a quem anteriormente Meishu-Sama dera a ordem para buscá-lo, voltou

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com um outro rádio. Não conseguia entender nada. Assim sendo, não recebi nenhuma repreensão e o trabalho foi encerrado sem contratempo. Fiquei bastante intrigado e queria saber por que razão aquele servidor havia saído logo atrás de mim para ir buscar o rádio, e de onde o havia trazido. Então, ele me explicou que, tão logo eu saíra Meishu-Sama lhe disse: "Tenho certeza que ele vai trazer o rádio errado. Vá você mesmo buscá-lo." Assim, Meishu-Sama havia percebido claramente que eu iria cometer um engano. Arrependi-me pelo erro cometido, pois sendo ainda novato, havia-me precipitado sem antes saber direito as coisas, e acabei causando transtornos. Entendi do fundo do coração que deveria seguir obedientemente as suas palavras, pois ele era capaz de prever tudo. 5.27. Deixando livre sob observação ativa. Um dos filhos de Meishu-Sama conta como seu pai o educava: “À primeira vista, parecia que meu pai nos deixava livres. Todavia, discretamente, observava a nossa conduta diária. Ele não nos forçava uma educação, mas, se fazíamos algo incorreto, repreendia-nos severamente.” 5.28. Treinando o estado espiritual do estudante, inclusive a fazer cópias. Meishu-Sama assim avaliava um de seus filhos: “Quando eu freqüentava a Escola de Belas-Artes, muitas vezes, meu pai Meishu-Sama tecia comentários a respeito de minha pintura. Entretanto, as críticas severas eram mais freqüentes que os elogios. Quando eu fazia colagem ou pintura de pessoa famosa, dizia: "Falta seriedade e firmeza” ou "Você ainda é imaturo”.

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As críticas de meu pai estavam voltadas não à pintura em si: ele levava em consideração, principalmente, o estado espiritual do pintor antes de iniciar o trabalho. Desse modo, ele sempre cobrava minha condição espiritual antes de começar a pintar, e submetia-me a intenso treinamento do espírito. Quando ele criticava, eu compreendia que ainda não estava espiritualmente preparado para executar a obra. Uma vez, quando lhe mostrei a pintura que fizera de uma mulher famosa, ele me perguntou severamente: "Isso é pintura de uma beldade?" Nesse momento, minha mãe apareceu e consolou-me, dizendo. "Seu pai não está criticando a pintura, mas o seu sentimento. Portanto, não fique aborrecido.” Certo dia, cheguei a discutir com meu pai sobre pintura. Quando eu disse: "Não gosto de fazer cópias", ele retrucou: "É melhor fazer cópias. Após obter firmeza através delas, faça suas próprias criações “Nesse ponto, opus-me muito por achar que estava imitando os outros. Entretanto, como isso também era importante para o aprimoramento da carreira, resolvi seguir seus conselhos.” 5.29. Apoiando ostensivamente quando se tem convicção da capacidade. Um filho de Meishu-Sama conta: “Interessei-me pela astronomia quando tinha 16 anos e pedi a meu pai que me desse um telescópio, pois queria observar as constelações. Porém, ele não comprou. Então, decidi fazer umas economias e, comprando só as lentes, eu mesmo montei um telescópio. Sacrifiquei-me muito por longo tempo, mas, concluída a tarefa, levei o telescópio à escola, e o professor me elogiou, dizendo: "Ficou excelente". Desta forma, participei, através do colégio, da exposição de trabalhos escolares promovida pela cidade de Tóquio, e o meu telescópio ganhou o prêmio especial. O imperador também compareceu à exposição e me congratulou pelo meu trabalho.

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Tenho guardada, com todo carinho, a foto tirada naquela ocasião. Com esse fato, meu pai finalmente reconheceu meu empenho e comprou-me um telescópio profissional, que custou 25.000 ienes. Enquanto não tivesse certeza da nossa capacidade, Meishu-Sama nos deixava fazer com as nossas próprias mãos, mas quando ficava confirmada a nossa habilidade, ele nos comprava peças maravilhosas. Hoje, penso que o modo de agir de meu pai era, de fato, racional. Quando eu era criança, a família vivia apertada financeiramente, e como Meishu-Sama não estava em condições de gastar, eu mesmo fazia tudo. Por isso, até hoje, gosto de fazer mesas e estantes para meus filhos. Dessa forma, acabei me tornando um "carpinteiro de fins-de-semana”. Não era só eu que era assim: com relação às despesas da família, meu pai era muito meticuloso, mas, para os gastos em geral, era liberal a ponto de se poder chamá-lo de ousado.” 5.30. Ensinando com cortesia. Aquele que ensina com cortesia, sem distinção da posição que as pessoas ocupam, está de acordo com a Vontade de Deus. 5.31. Orientando para altruísmo e expansão da aura. “Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que a essência da aura está diretamente ligada à prática do bem e do mal. Assim, pensamentos e atos de amor e justiça, bondade, ou qualquer outro ato de nobreza estão proporcionalmente relacionados à espessura da aura. A prática de boas ações, além de sempre gerar satisfação na consciência, converte-se em Luz que se soma à já existente no corpo espiritual. Por outro lado, externamente, tudo que é feito pela felicidade do outro também se transforma em Luz, por meio do sentimento de gratidão de

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quem foi beneficiado pela ajuda recebida. Ao mesmo tempo, aquele que praticou o bem será, mais uma vez, agraciado pelo aumento da vibração de sua aura. Por outro lado, pensamentos e atos maus geram nuvens no corpo espiritual, as quais se juntam às demais existentes, aumentando-lhes o volume. Além disso, são ainda acrescidas das transmissões de pensamentos de vingança, ódio, ciúme, inveja de quem foi atingido pelo mal. É, portanto, de suma importância proporcionar alegria e felicidade aos outros, evitando sempre provocar pensamentos maldosos ou mantê-los no coração, pois, com certeza, enfraquecerão a aura. O mesmo processo comportamental, fundamentado em atos de egoísmo e maldades, justifica também o motivo pelo qual pessoas que obtiveram sucesso rápido e acumularam fortunas em tempo recorde conheceram o fracasso e a ruína. Na verdade, tendo atribuído a causa do êxito à própria capacidade, ou esforço, tornaram-se vaidosas, egoístas, e entregaram-se ao luxo. Dessa forma, acumularam nuvens provocadas por pensamentos de vingança, ódio, ciúmes, emitidos pelas pessoas às quais prejudicaram. Como resultado dessa atitude inconseqüente, a própria aura perde a luminosidade e diminui de espessura. Daí o motivo de tantas desgraças atingirem a vida de quem age tão impensadamente. Pela mesma razão, também se explica por que famílias prósperas durante gerações chegaram à miséria; ou ainda de pessoas de alta posição social ou de outras que ocupavam cargos superiores no país terem conhecido tantos insucessos. Na verdade, quem é beneficiado de alguma forma deve retribuir colaborando para o bem comum e, por meio desses gestos altruísticos, estar continuamente eliminando as próprias nuvens. A maioria, porém, só pensa em seus desejos egoístas e, dessa forma, aumenta a quantidade de máculas. Então, mesmo ostentando magnificência, têm um espírito miserável. Por isso, pela Lei da Precedência do Espírito sobre a Matéria,

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infalivelmente se destroem. Foi, por exemplo, o que aconteceu com Tóquio durante o terremoto. Pouco antes, um vidente havia dito: “Embora seja uma cidade de arranha-céus, do ponto de vista espiritual é um aglomerado de favelas”. De fato, mais tarde, toda essa previsão se concretizou de modo assombroso. Há alguns exemplos famosos de homens célebres que mantiveram, durante suas vidas, alta prosperidade em decorrência de atitudes altruísticas. Um deles é o famoso milionário John Davidson Rockffeler. Quando ainda era office-boy nos Estados Unidos, começou a contribuir para a igreja católica, pois, já nessa época, achava que o homem deve praticar boas ações. Inicialmente, doava cinco cents por semana. À medida que ia melhorando o seu salário, aumentava o valor das contribuições, chegando finalmente a fundar a Instituição Rockefeller que ainda hoje colabora no progresso social e científico. Desde o começo, todas as suas doações foram sendo anotadas num caderno que permanece com sua família como um tesouro. Outro exemplo é o de Andrew Camegie, fundador da maior usina siderúrgica dos Estados Unidos. Pouco antes de morrer, decidiu fazer o que sempre pregava: doou toda sua fortuna a obras sociais. Para o herdeiro, deixou apenas um milhão de dólares e o custeio dos estudos universitários. Só no ano de 1903, as suas contribuições para bibliotecas, laboratórios e universidades equivaleram a dez milhões de dólares. O montante das ofertas anônimas, entretanto, foi de duas a três vezes maiores. Logo após a Segunda Guerra Mundial, Carnegie destinou enorme soma para a Fundação da Paz Internacional. Uma parte dessa contribuição permitiu que se fizessem extensas pesquisas sobre a relação entre a guerra e a criminalidade. Esses estudos foram depois completados pelo professor Walter Lippmann e publicados em livro, cuja leitura colaborou enormemente para a felicidade mundial. Ao serem relatados fatos como os dos exemplos citados, pode-se descobrir onde se encontra a causa da prosperidade

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humana. Não é, com certeza, fundamentada em atitudes egoístas. A ruína de grandes riquezas não ocorre, portanto, por acaso. Algumas conclusões correlatas. a) Acidentes e infortúnios podem ocorrer mais facilmente com pessoas que têm aura fina, porque o cérebro não funciona adequadamente devido à presença de muitas nuvens espirituais. Faltando-lhes o correto discernimento e o poder de decisão, não conseguem prever os acontecimentos. Então, sonhando com êxitos instantâneos, apressam-se e põem tudo a perder, além de acumularem inúmeras máculas. b) Quando a política de um país vai mal, com certeza, seus dirigentes e representantes, bem como o povo, que sofre as conseqüências da má administração, têm aura fina. É um processo inevitável. c) Pessoas com muitas nuvens espirituais estão sujeitas a sofrer, com freqüência, ações purificadoras; por isso, facilmente contraem doenças, ou se tornam vítimas de outros infortúnios. d) Aqueles que sofrem acidentes de trânsito sempre têm aura fina. Quem a possui espessa escapa dos perigos em qualquer circunstância. Assim, quando ocorre um choque entre veículos, os atingidos são os de aura fina. Observem-se os casos de pessoas que, mesmo sendo atropeladas, não levam sequer um arranhão. Tal fato se deve à espessura e elasticidade de sua aura. Conclusões finais. a) A partir da análise de fatos ou acontecimentos, às vezes, corriqueiros, pode-se perfeitamente concluir que o único caminho a seguir para tornar-se um afortunado é o da prática do bem e da virtude. Agindo assim, cada um em particular ampliará, dia a dia, a própria aura. Não adianta, pois, queixar-se da sorte, do destino. É preciso, sim, saber como estar constantemente buscando o aprimoramento. b) Mesmo em se tratando do Johrei, pode-se perceber facilmente que ministrantes de aura espessa obtêm melhores

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resultados. c) Também quando um mamehito consegue salvar grande número de pessoas e recebe, por essa sua disponibilidade de amar o próximo, intenso sentimento de gratidão, muito espessa se tornará a sua aura e bastante eficaz será o Johrei que canaliza. 5.32. Vivenciando gratidão. Conforme comprovam as experiências, oferecer dinheiro à causa de Deus significa poupá-lo e tê-lo de volta multiplicado. Meishu-Sama afirmava que quando algumas filiais messiânicas enfrentavam problemas de ordem econômica era porque os seus membros não se dispunham a doar o suficiente, esqueciam que Deus nunca permite as pessoas dedicadas sofrimentos financeiro a ponto de ficarem na miséria. É, portanto, de suma importância se prestar bastante atenção a esse ponto relativo a dádivas de gratidão, pois Deus jamais abandona os servidores fiéis e sinceros. Caso contrário, seria melhor não acreditar n’Ele. Muitas das adversidades que afetam o ser humano estão relacionadas a questões monetárias. Quando, então, alguém precisa muito de dinheiro e, por isso, o deseja ardentemente, não consegue obtê-lo; mas, se não dá tanta importância a essa necessidade, o dinheiro entra com abundância. Ocorrem também transtornos semelhantes aos da problemática econômica nas demais questões existenciais. De um modo geral, o ser humano não as consegue resolver devido à excessiva confiança depositada na própria capacidade. Acha simplesmente que ele mesmo tem condições de solucionar tudo. Foi, por exemplo, a atitude dos japoneses na Segunda Guerra Mundial. Planejaram uma forma maciça de ataque para atingir, de uma só vez, todos os pontos estratégicos. Não deu certo, pois confiaram apenas na habilidade que julgavam possuir.

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Deus pode dar ajuda financeira, enchendo os bolsos de dinheiro, porém, enquanto houver impurezas dentro deles, não colocará a fartura. O que se precisa fazer primeiramente é limpar o interior dos bolsos. 5.33. Ensinando sobre educação intra-uterina. “Pergunta: Gostaria que me ensinasse sobre a educação intra-uterina, de que falam muito por aí. Meishu-Sama: Significa educar o bebê que se encontra no ventre da mãe. Quando ouve coisa boa, a mente do bebê recebe esta influência e se torna uma boa pessoa. As mães vêem as fotos de grandes personalidades e de pessoas bonitas. Esta influência realmente existe. Isto é realmente bom; vendo sempre a caligrafia e a pintura de pessoas ilustres, estarão dando boa educação intra-uterina. (É bom ler revistas religiosas)"

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6. AVALIAÇÃO 6.1. Capacidade de estabelecer méritos muito mais do que notas. O Mestre vivia muito ocupado, por isso, não cuidava diretamente da educação dos filhos. Mas notava-se sua preocupação nesse sentido, pois chegou até a contratar professores particulares. Um discípulo de Meishu-Sama recorda algo ocorrido na época do Hozan-So. “Como o jardim era imenso, num verão, Meishu-Sama o cedeu para a instalação de uma escola ao ar livre. Ele dava pousada às inúmeras crianças naquele, espaço, e dispensava-lhes toda atenção e cuidado. Observando essa sua atitude, sinto que ele não se preocupava muito quanto às notas obtidas pelos filhos nos estudos; contudo, em se tratando da educação, era muito atento”. 6.2. Ela é parametrizada pela Verdade. No caso particular da avaliação da doença. A verdadeira causa da doença psíquica é física e, ao mesmo tempo, fenômeno de encosto. Para os homens da atualidade, que receberam uma educação materialista, talvez seja um pouco difícil entender isso, o que é plenamente justificável, pois lhes incutiram na mente que não se deve acreditar naquilo que não que se vê. Porém, a Verdade é a Verdade, mesmo que a neguem. Se disserem que o espírito não existe, por ser invisível, terão de concluir que também não existe o ar nem os sentimentos.

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6.3. Pelo bem do espírito de justiça e responsabilidade. O meio mais eficiente para a avaliação de uma pessoa, é o conhecimento do grau do seu espírito de justiça. O processo mais correto é determinar o padrão de honestidade, o senso de responsabilidade e a confiança que ela inspira. 6.4. Pelo belo valorizado nas coisas. Meishu-Sama ensinou sobre a importância da harmonia, e verificava-se que ele dava igualmente grande valor ao Belo a ponto de dizer: "os verdadeiros homens de fé costumam tratar as coisas com carinho, sem nenhum desperdício, pois tudo pertence a Deus” e “Sentimos que até o pequenino verme da terra se acha próximo de nós... É o estado de êxtase”. 6.5. Respondendo clara e sucintamente o que lhe é pedido. Haverá muitas oportunidades em que farão perguntas à quais se tem de responder com bastante clareza, pois, do contrário, as pessoas não ficarão satisfeitas. Por mais difícil que seja a pergunta, precisa-se dar uma resposta que elas aceitem. Deve-se ter o máximo cuidado para não lhes responder de forma evasiva, por falta de conhecimento. Quando as pessoas vão se aprofundando muito, às vezes os indagados se esquivam, dando uma resposta qualquer, o que não deve acontecer de maneira nenhuma. Como seguidores de Deus, não se pode usar do expediente de mentir. Se não souber responder, deve-se dizê-lo francamente. No entanto, pelo receio de que, agindo assim, as pessoas menosprezem, costuma-se fingir que sabe. Isso é péssimo. Nesse caso, os resultados são desastrosos. Confessando-se o desconhecimento, as pessoas confiarão, achando que se é honesto e sincero. Por mais inteligente que alguém seja, é impossível saber tudo; portanto, não é nenhuma vergonha desconhecer alguma coisa.

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Certa vez uma pessoa recebeu uma advertência severa, quando alguém telefonou solicitando Johrei de Meishu-Sama. Ela transmitiu o pedido da seguinte forma: “Meishu-Sama, o senhor tal, da Igreja tal, telefonou ...” achando que havia feito o comunicado baseado no senso comum e de forma cortês. Mas, assim que acabou de falar, como se estivesse esperando ela terminar, Meishu-Sama lhe ensinou: “Meishu-Sama, o senhor tal telefonou pedindo Johrei. Só isso é suficiente. Não sou pessoa que dispõe de muito tempo. Por isso, basta dizer só o que importa, o mais concisamente possível.” Numa outra ocasião Meishu-Sama comentou: “As cadeiras do interior da nave, o teto e as paredes, tudo deve ser feito como eu penso. O Museu de Arte também está quase pronto. A parte que ficou concluída primeiramente não está muito boa. Foi preciso explicar tudo, tintim por tintim. E se tivessem feito tal como eu havia pedido, estaria ótimo; mas os profissionais não fazem como foi solicitado, dizendo que isso prejudica a sua reputação, e mudam. Eles procuram corrigir e acabam modificando, ao invés de fazerem como foi dito. Eles dizem: "O amador não entende esses pontos. Desse jeito não está bom, pois parece trabalho de principiante." Trata-se de um tipo de educação. Leva-se muito tempo para fazer assimilar o modo de fazer de acordo com o que eu falo.” 6.6. Não mentindo aos mestres. Até hoje, a Religião, a Filosofia, a Educação, a Ideologia, etc., em relação a todas as coisas, achavam impossível obter a compreensão além de certo limite, ou tocar no âmago das coisas. Dizem que Sakyamuni atingiu o Estado de Suprema Iluminação Espiritual aos 72 anos, e Nitiren, com pouco mais de 50 anos. O Estado de Suprema Iluminação Espiritual se refere ao fato de se chegar à essência. Explicando de forma mais compreensível: o Estado de Suprema Iluminação Espiritual é

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como se subisse no ápice de uma pirâmide. Ao galgar o topo da mesma, verifica-se que o campo de visão será mais amplo quanto mais alto se for. Meishu-Sama atingiu o Estado de Suprema Iluminação Espiritual, aos 45 anos de idade. Ao alcançá-lo, é possível conhecer claramente todas as coisas do passado, do presente e do futuro. É claro que, além de transparecerem todos os erros do passado, é possível saber também sobre o mundo futuro, o comportamento dos homens dessa época. Assim, é impossível mentir a Meishu-Sama. Um dia, um homem de cerca de quarenta anos de idade, um dos ministros de Meishu-Sama, procurou-o e pediu desculpas por algo que havia feito. Ele ouviu calmamente e disse: "Esta não é a primeira vez que você procede dessa maneira? O homem respondeu: "Oh, sim, é a primeira vez!" Imediatamente, Meishu-Sama relatou o seguinte: "No dia ... do mês ... no ano passado, você fez o que não foi correto e você sabia que estava procedendo mal". Depois prosseguiu: "Você é ministro. Ainda que tenha sido algo de pouca relevância, você deveria ter pedido perdão naquela ocasião. O motivo pelo qual você está com maiores problemas hoje, decorre do fato de você não ter agido como lhe competia, ainda que se tratasse de um pequeno erro". Uma pessoa que estava presente ficou surpresa de ouvir tudo isso e perguntou a Meishu-Sama, como ele poderia ter conhecimento de tudo isso com tanta precisão. Meishu-Sama respondeu: "Se eu desejar saber a respeito de determinada pessoa, posso identificar tudo sobre ela, mesmo as coisas mais simples do dia a dia”. E acrescentou: "Sei tudo a seu respeito também". "Oh, não! Para mim basta!", exclamou a pessoa logo, meio assustada.

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Como poderia Meishu-Sama ter conhecimento da hemorragia que uma pessoa sofreu, sem sequer lhe ver, quando os próprios médicos não haviam se dado conta disso? Depois que a pessoa se recuperou completamente, esteve com Meishu-Sama e expressou-lhe toda a sua gratidão. Meishu-Sama disse-lhe: "O acidente e seu ferimento foi de natureza cármica e já estavam predestinados no reino espiritual." 6.7. Sabendo conversar com qualquer pessoa. Então, por aproximadamente vinte minutos, de maneira séria e persuasiva, Meishu-Sama orientou, dizendo entre outras coisas: “Vocês precisam aprender a conversar com qualquer pessoa, pois do contrário não poderão ser chamados de homens modernos; afinal, o ser humano que não sabe falar, não é ativo e nem progride.”

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PROSPERIDADE 1. VALOR 1.1. Impulsionou o acúmulo de bens nas eras selvagem e semicivilizada. 1.2. Instiga a desagregação na era civilizada, como no insuflar complexo de superioridade. 1.3. Incita também a ponto de ser uma das causas dos males sociais. 1.4. No entanto, paradoxalmente uma tentativa de solução para acabar com estes males. 1.5. Porém, tornou-se um ensaio inútil que acabou sendo usada para fins maléficos. 1.6. Todavia a culpa dos erros não está na escassez de benefícios e sim no próprio homem. 1.7. Entretanto também se chega a exatidão pela experiência de fé e sinceridade. 1.8. Não só no Mundo Material como no Mundo Espiritual. 2. DEFINIÇÃO 2.1. Riqueza espiritualista onde ensino-aprendizagem acompanha transformação mundial. 3. OBJETIVO 3.1. Prepara na formação de homens íntegros. 3.2. Habilita na disposição de descobridores de segredos. 3.3. Detentores de teoria e realidade semelhantes. 3.4. Concebedores de uma civilização espiritual-material. 3.5. Constituidores de uma ciência que englobe a matéria e o espírito.

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3.6. Diplomadores dos que buscam intensivamente a missão das coisas. 3.7. Estabelecedores de pessoas e sociedades sadia, próspera e pacífica. 3.8. Reeducadores dos formandos e dos formados pela educação materialista. 4. CONTEÚDO 4.1. Estado do que é próspero compreende tópico se aproximando da verdade, bem e belo. 4.2. Expressando um estudo útil a sociedade. 4.3. Levando em conta um conhecimento amplo, como científico, artístico, religioso etc. 4.4. Cuidando de uma moral alicerçada no caminho divino. 4.5. Entrando no mundo do infinito devido ao aperfeiçoamento do microscópio. 4.6. Fazendo descobrir que tudo na Terra é formado de dualidades. 4.7. Considerando os fenômenos espirituais. 4.8. Entendendo a relação entre os mundos Espiritual e Material. 4.9. Utilizando as energias espirituais. 4.10. Assumindo que tudo é proveniente do produto dos espíritos do fogo, água e solo. 4.11. Possibilitando o conhecimento e a obediência às Leis da Natureza. 4.12. Explicando que a tempestade é uma ação puriicadora do Mundo Espiritual. 4.13. Aprofundando o significado dos elos espirituais. 4.14. Conscientizando dos limites fruto da predestinação. 4.15. Pesquisando Parapsicologia e desenvolvendo mediunidade. 4.16. Evitando empregar incorporação. 4.17. Atentando para não ser atingido pelos demônios.

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4.18. Esclarecendo sobre a vida após a morte e mortes antinaturais. 4.19. Refletindo sobre absurdo de seitas dentro de religiões universais. 4.20. Explicitamdo dois tipos de amor. 4.21. Compreendendo de fato o que é a doença, como tratá-la. 4.22. Zelando pela capacidade de recuperação natural do organismo. 4.23. Mostrando a capacidade do organismo em se adaptar ao meio ambiente. 4.24. Tornando clara a capacidade do solo em prover os homens de alimentos. 4.25. Motivando respeito e amor para com o solo. 4.26. Exibindo as vantagens da Agricultura Natural, como não usar esterco. 4.27. Superando a dependência em relação aos adubos químicos. 4.28. Abandonando o método hidropônico. 4.29. Descobrindo potencialidades e ampliando cidadania. 4.30. Aperfeiçoando os cálculos em geral, destacadamente os econômicos. 4.31. Aprendendo sobre o lado espiritual da Bolsa de Valores. 4.32. Expondo que dirigente deve se movimentar menos e ficar mais retirado. 4.33. Percebendo interfereência dos antepassados. 4.34. Apresentando o século XXI. 5. METODOLOGIA 5.1. Abundância de apresentação regida pelas leis naturais da vida humana e do Universo se apartando dos detalhes. 5.2. Modo de agir segundo a precedência do espírito, a identidade espírito e matéria, a ordem e a causa e efeito. 5.3. Alicerçado no respeito aos compromissos. 5.4. Baseado na atração em vez do empurrar.

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5.5. Apoiado em linguagem compreensível. 5.6. Arte de dirigir na investigação da verdade é pelo caminho do meio. 5.7. Negando a opressão e a libertinagem no controle de turmas e filhos. 5.8. Criando as crianças pela tradição com inovação de práticas boas. 5.9. Equilibrando entre as noções transmitidas e o desenvolvimento psicofísico. 5.10. Lendo de tudo sem esquecer os ensinamentos de Meishu-Sama. 5.11. Precavendo-se de haver empenho com objetividade. 5.12. Utilizando livros didáticos e aulas adequados ao avanço cultural. 5.13. Norteada pela teoria da intuição. 5.14. Guiada por todas as coisas se moverem. 5.15. Pautada pelo “eu do momento”. 5.16. Exterminando o pensamento ateísta. 5.17. Cultivando o belo de sentimento, palavras e atitudes. 5.18. Eliminando as características animalescas da alma do homem. 5.19. Buscando mais do que a inteligência humana, sem desprezar os conhecimentos. 5.20. Conhecendo profundamente o que se ensina. 5.21. Praticando o que se aprende. 5.22. Aprendendo pelas manifestações contrárias. 5.23. Evitando o apego e a irritação. 5.24. Tendo dúvidas e obediência. 5.25. Prestando atenção para conhecer, principalmente nas pequenas coisas. 5.26. Motivando a ser prudente e a prever. 5.27. Deixando livre sob observação ativa. 5.28. Treinando o estado espiritual do estudante, inclusive a fazer cópias.

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5.29. Apoiando ostensivamente quando se tem convicção da capacidade. 5.30. Ensinando com cortesia. 5.31. Orientando para altruísmo e expansão da aura. 5.32. Vivenciando gratidão. 5.33. Ensinando sobre educação intra-uterina. 6. AVALIAÇÃO 6.1. Capacidade de estabelecer mériotos muito mais do que notas. 6.2. Ela é parametrizada pela Verdade. 6.3. Pelo bem do espírito de justiça e responsabilidade. 6.4. Pelo belo valorizado nas coisas. 6.5. Respondendo clara e sucintamente o que lhe é pedido. 6.6. Não mentindo aos mestres. 6.7. Sabendo conversar com qualquer pessoa.

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