Proteção Radiológica Slide I aula

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No final de 1895, Wilhelm Conrad Röntgen publicou a primeira descrição dos raios-X, na qual apresentou uma caracterização experimental qualitativa da nova radiação. Logo após a sua descoberta dos raios-X, uma grande euforia tomou conta do meio médico e de diversas áreas, todos fascinados pelo fato de poder “ enxergar através das coisas”.

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Os primeiros aparelhos de Raios-x foram fabricados sem nenhuma proteção contra as radiações, permitindo que todas as pessoas próximas fossem irradiadas.

Como as alterações causadas pelo uso inadvertido das radiações demoram, em geral, algum tempo para aparecer, os primeiros problemas de saúde somente foram atribuídos a ela vários anos depois.

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Devido à falta de proteção radiológica, muitos radiologistas morreram pelos efeitos da radiação. A Figura a seguir, mostra a mão de Mihran Kassabian (1870-1910), um radiologista que fotografou as várias etapas dos efeitos de necrose e amputações sucessivas em seu corpo, para, depois de sua morte, servir de alerta aos efeitos nocivos da radiação.

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O uso de raio-x está intimamente ligado as práticas médicas e se constitui como o principal exame complementar para a conclusão de diagnósticos, representando um grande avanço na qualidade dos atendimentos, mas requer, ao mesmo tempo, que as exposições radiológicas sejam efetuadas em condições otimizadas de proteção e segurança seja para os profissionais seja para os pacientes. A necessidade de padronizar, a nível nacional, os requisitos de proteção radiológica para o funcionamento dos estabelecimentos que operam com raios-x diagnósticos e a necessidade de detalhar os requisitos de proteção em radiologia diagnóstica levaram as autoridades sanitárias a normalizar oficialmente este tema.

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Internacionais:

International Commission on Radiological Protection (ICRP);

International Commission on Radiation Units and Measurements (ICRU).

Brasil:

Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

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Exposição (X)

Os raios X ou gama, ao interagir com os átomos de um meio, produzem elétrons ou pares elétron-pósitron. A

exposição X é uma grandeza física definida para esses raios, tendo o ar como meio de interação.

X = Q

m

A unidade de exposição é o roentgen (R):

1 R = 2,58 x 10-4 C/kg-1

Onde, Q é o valor da carga total coletada no ar em um volume de ar com massa m.

C = Coulomb

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Dose absorvida (D)

As mudanças químicas e biológicas que ocorrem, por exemplo, no tecido exposto à radiação X dependem da energia absorvida pelo mesmo.

A grandeza dose absorvida (D) é definida como sendo a energia E absorvida da radiação pela massa m do absorvedor.

D = E

m

onde, E é a energia cedida pela radiação e m é a massa do corpo.

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Dose absorvida (D)

A unidade antiga era o rad (radiation absorbed dose):

1 rad = 100 erg g -1 = 10 -2 J kg -1

A unidade atual (SI) é o gray (Gy):

1 Gy = 1 J kg -1

A relação entre o Gy e o rad é dada por:

1 Gy = 100 rad

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Dose equivalente (H)

A unidade antiga era o rem (roentgen equivalent men):

1 rem = 1 rad x Q x N

Para fotóns Q = N = 1 e portanto 1 rem = 1 rad.

A unidade atual (SI) é o sievert (Sv):

1 sievert = 1 gray x Q x N

Para fotóns Q = N = 1 e portanto 1 Sv = 1 Gy.

A relação entre o sievert e o rem é

1 Sv = 100 rem

Resumindo: para raios X, gama e elétrons um gray é igual a

um sievert. Portanto, para fontes artificiais de maior uso, o

roentgen, o gray e o sievert possuem praticamente os

mesmos valores.

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Região Trabalhadores Público

Corpo Inteiro 50 mSv 1 mSv

Cristalino 150 mSv 50 mSv

Extremidades 500 mSv 50 mSv

Órgão ou Tecido T 500 mSv 1 mSv/WT

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Emissão

Fator de Peso da

Radiação w

R

Fator de Peso do

Tecido w

T

FONTE

dentro

ou fora do corpo

Dose Efetiva E( Sv)

Dose Equivalente

H T ( Sv)

ÓRGÃOS ÓRGAOS

D T ( Gy)

Dose

Absorvida

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São valores estabelecidos de modo a restringir os efeitos somáticos nos indivíduos expostos, na sua descendência direta e na população como um todo.

Limite anual de dose equivalente para os que trabalham com radiação:

50 m Sv

Limite anual de dose equivalente para o público em geral:

5 mSv

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As radiações são classificadas em duas categorias:

• radiações ionizantes ;

• e radiações não ionizantes.

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radiações ionizantes aquelas com energia suficiente para ionizar a matéria, ou seja, arrancar elétrons dos átomos. Como exemplos podemos citar as radiações alfa, beta, gama, raios-x e nêutrons.

As radiações não-ionizantes correspondem àquelas com menor energia, portanto, incapazes de ionizar átomos, entre as quais podemos citar as ondas eletromagnéticas de luz , rádio (AM ou FM), TV, microondas, etc.

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As radiações ionizantes possuem poder de penetração diferentes na matéria, como ilustrado na figura anterior. Pode-se verificar que as radiações eletromagnéticas (g e X) possuem um poder de penetração muito maior do que das partículas alfa e beta. A partícula alfa não consegue ultrapassar uma folha de papel, enquanto a partícula beta atravessa o papel, mas pode ser barrada completamente por uma folha fina de alumínio.

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qualquer exposição à radiação pode ser perigosa e, conseqüentemente, todas as doses devem ser minimizadas;

a exposição de grande número de pessoas a pequenas quantidades de radiação pode produzir os mesmos efeitos genéticos numa população, que a exposição de um pequeno número de pessoas a grandes doses de radiação.

Sendo assim, cada situação de exposição deve ser avaliada de modo a alcançar a menor exposição possível com o máximo de benefício.

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Os fatores básicos de proteção radiológica para exposição à radiação ionizante são:

o tempo de exposição;

a distância da fonte ;

e a blindagem.

Assim, Para minimizar a exposição à radiação, é necessário: minimizar o tempo de exposição; maximizar a distância à fonte de radiação e maximizar a blindagem.

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A dose de radiação recebida por um indivíduo é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre o indivíduo e a fonte, ou seja, à medida que um indivíduo se afasta da fonte de radiação, a dose por ele recebida diminui.

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LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA

FONTE

100 %

25%

1 metro

2 metros

Assim,pequenos afastamentos de uma fonte de radiação,pode causar grande redução na intensidade da radiação.

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Causam alterações no DNA da célula e podem ocorrer com qualquer dose de radiação; a célula continua se reproduzindo, passando as alterações adiante. O sistema de defesa do nosso organismo reconhece estas células alteradas e as eliminas. Quando este sistema de defesa falha, a célula pode continuar se reproduzindo até o surgimento de um tumor.

Exemplo: câncer e doenças genéticas (anomalias)

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Levam à morte celular. A ocorrência e a severidade do dano dependem do tecido atingido e aumentam diretamente proporcional à dose de radiação. Como exemplo, podemos citar a leucopenia, anemia, catarata, necrose tissular, radiodermite etc.

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Uma dose absorvida de 2,6 Gy na entrada da pele produz um eritema (vermelho). Doses mais altas estão associadas à queda de cabelo, necrose, bolhas e ulcerações. Uma dose de 300 mGy nos testículos do homem, e 3 Gy nos ovários em mulheres, resulta em esterilidade temporária. Doses mais elevadas aumentam o tempo da esterilidade. Uma dose nos olhos de alguns grays pode resultar em conjuntivite aguda.

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Radiodermite (queimadura por radiação), “Síndrome Aguda da Radiação”

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O objetivo básico da proteção radiológica é o de garantir o uso das radiações ionizantes com o menor dano ao ser humano.

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O sistema de proteção radiológica está baseado nos princípios à seguir:

(1) Princípio da JUSTIFICAÇÃO DA PRÁTICA;

(2) Princípio da OTIMIZAÇÃO DA PRÁTICA;

(3)Princípio da LIMITAÇÃO DA DOSE INDIVIDUAL.

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(1) Nenhuma prática envolvendo exposição à radiação deve ser adotada a menos que produza, pelo menos, benefício suficiente para os indivíduos expostos ou para a sociedade, para compensar o detrimento da radiação que ela causa. (Denominado de “justificação de uma prática”).

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(2) Em relação a qualquer fonte de radiação em particular dentro de uma prática, todos as medidas razoáveis devem ser tomadas para ajustar a proteção de modo a maximizar o benefício líquido, levando-se em conta fatores econômicos e sociais. (Denominado de “otimização da proteção”).

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(3) Finalmente, um limite deve ser aplicado às doses recebidas (exceto em exposições médicas) por qualquer indivíduo como resultado de todas as práticas as quais ele estiver exposto. (Denominado de “aplicação de limites individuais de dose”).

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1) Como são classificadas as radiações? 2) Em se tratando de unidades de radiações, qual é a

unidade atual definida pelo Sistema Internacional (SI), da dose equivalente hoje em dia?

3) Quais são os princípios básicos da proteção radiológica? 4) Defina efeitos Estocásticos e Determinísticos? 5) Qual é o objetivo da proteção radiológica? 6) Defina a Lei do inverso do quadrado da distância? 7) Quais são os fatores básicos da proteção radiológica? 8) Com qual objetivo criou-se os ORGANISMOS DE

CONTROLES em todo o mundo ? E qual é o órgão responsável no Brasil?