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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR - BA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE COORDENADORIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PROTOCOLO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA PROTOCOLO DE FERIDAS SALVADOR – BA 2018

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR - BA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

COORDENADORIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

PROTOCOLO DE ENFERMAGEM NA

ATENÇÃO PRIMÁRIA

PROTOCOLO DE FERIDAS

SALVADOR – BA

2018

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PREFEITO

Antônio Carlos Peixoto Magalhães Neto

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

José Antônio Rodrigues Alves

SUBSECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Maria Lucimar Alves de Lira Rocha

DIRETORA DE ATENÇÃO À SAÚDE

Luciana Torres Peixoto

COORDENADORA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Adriana Cerqueira Miranda

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR SECRETARIA MUNICIPAL

DE SAÚDE COORDENADORIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

EQUIPE TÉCNICA

SANDRA MONTANHA GARGUR

Enfermeira – Subcoordenadora de Articulação de Redes de Atenção à Saúde – DAS

GEÓRGIA NEVES DA SILVA

Enfermeira – Técnica da Articulação de Redes de Atenção à Saúde - DAS

COLABORADORES

FERNANDA OLIVEIRA MARON

GILVANIA LIMA NOGUEIRA

LUIS HENRIQUE SANTOS FABIANA VANNI DE BRITO DANIELA ALENCAR

COMISSÃO DE CURATIVO DA SMS

SANDRA MONTANHA GARGUR – DAS/SUBCOORD. REDES GEÓRGIA NEVES – DAS/ART. REDES ATENÇÃO À SAÚDE CLAÚDIA HARDMAN NEVES – DS ITAPAGIPE SELMA BURGOS – DS CABULA BEIRU KELLY BRAGA – DS CAJAZEIRAS ANA NERY SANTOS – DS ITAPUÃ RITA JANAINA – DS PAU DA LIMA PATRICIA ANDRADE – DS SUBÚRBIO FERROVIÁRIO NILZA PEREIRA – DS LIBERDADE LELIA SOBRINHO – DS BARRA/RIO VERMELHO MARTA O. BIONDI – DS CENTRO HISTÓRICO ELISETE CRUZ GOMES – DS SÃO CAETANO- VALÉRIA ANDREIA COSTA MEIRELLES– DS BROTAS ANA SHIRLEY MARANHÃO - DS BOCA DO RIO

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SUMÁRIO

Apresentação 05

Introdução 06

Objetivo 07

Objetivo Especifico ..................................................................................................... 07

Atribuições 08

Anatomia e Fisiologia da pele 12

Classificação das Feridas 12

Etiologia das feridas 14

Cicatrização 28

Princípios para realização de Curativos 33

Coberturas padronizadas pela SMS 37

Referencias bibliográficas 44

Apêndice 45

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APRESENTAÇÃO

A complexidade do tratamento da pessoa com ferida fez com que esse

documento fosse avaliado para acompanhar a evolução científico-tecnológica no que se

refere às feridas complexas.

A implementação do Protocolo de Feridas da Secretaria Municipal da

Saúde/SMS, visa padronizar as ações relacionadas ao atendimento dos pacientes com

feridas, unificando as condutas realizadas pela equipe de enfermagem, sistematizando a

assistência no âmbito do atendimento ao usuário com lesões crônicas.

Este Protocolo ao instrumentalizar as ações dos profissionais no manejo de feridas, per-

mite um atendimento integrado, além de qualificar as ações de prevenção, minimizar fatores que

retardam a cicatrização e prolongam o tratamento, favorecendo a alta precoce e o retorno do

paciente a sociedade.

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1 INTRODUÇÃO

Desde o inicio do século passado, que a relação entre bactérias e a infecção ficou

conhecida, neste sentido, várias tentativas de combatê-las quimicamente foram sendo

aprimoradas, como as de Joseph Lister (1827-1912) que introduziu a assepsia para

limpeza de região de suturas conseguindo evitar as amputações e reduzir os índices de

mortalidade.

Entre 1840 e a Segunda Guerra Mundial o foco para o tratamento de feridas foi o

uso de antissépticos e agentes tópicos com ação antimicrobiana e a proteção com

cobertura seca. No século XX foi o advento dos antibióticos, utilizados, por aplicação

local através de pulverização ou por incorporação do material no próprio curativo que se

tornaram estéreis, fator importante para a cicatrização. Alexandre Fleming (1929) usou

penicilinas para tratar infecções e, questionou o uso de antissépticos (antimicrobianos)

devido a sua toxidade.

Na década de 80 surgem as coberturas à base de hidrocolóide, neste sentido, o

cuidado com feridas, estimulado pelo aprimoramento continuo de tecnologias e práticas

inovadoras, principalmente no campo interdisciplinar, vêm ocasionando inúmeros

questionamentos em relação à eficácia dos produtos utilizados no tratamento de feridas,

pois a incidência e a prevalência de úlceras crônicas são ainda extremamente altas,

repercutindo em elevados custos financeiros. A avaliação de feridas pelo profissional

enfermeiro é de extrema importância, pois permite planejar as intervenções pertinentes

ao cuidado adequado com o paciente.

Atualmente, uma nova nomenclatura, foi inserida para identificar as feridas

crônicas - feridas complexas- que apesar de serem bem conhecidas desafiam equipes

médicas e de enfermagem. Novas tecnologias estão sendo testadas a fim de contribuir

para uma melhor assistência nos cuidados ao paciente com feridas.

.

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2 OBJETIVO GERAL

Sistematizar o atendimento com a finalidade de padronizar as ações dos profissionais de

Enfermagem na Rede de Atenção Primária no cuidado aos pacientes com feridas do

Município de Salvador.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Orientar o paciente com feridas para o auto-cuidado; Prevenir complicações das lesões;

Minimizar fatores que retardam a cicatrização e prolongam o tratamento,

favorecendo a alta precoce; Reduzir custos;

Reduzir a demanda por outras especialidades fortalecendo a Atenção

Primária;

Orientar o uso adequado dos insumos disponíveis na SMS;

Inserir a família no cuidado.

[07]

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3 ATRIBUIÇÕES

3.1 MÉDICO

Avaliar clinicamente o paciente e definir a etiologia da ferida;

Prescrever coberturas, soluções ou cremes para curativo das feridas, bem como terapia compressiva e creme hidratante, conforme padronização da SMS;

Solicitar, quando necessário, os seguintes exames: hemograma completo, albumina sérica, glicemia jejum e cultura do exsudato com antibiograma e outros;

Encaminhar o paciente para avaliação com o cirurgião vascular,

quando necessário;

Acompanhar a evolução do quadro clínico junto ao especialista eà equipe de enfermagem da Unidade de Saúde;

Programar retorno;

Encaminhar para Unidade Hospitalar, sempre que necessário.

3.2 ENFERMEIRO

Fazer admissão/consulta de enfermagem com os pacientes com feridas crônicas, utilizando o Formulário de Consulta de Enfermagem;

Prescrever o tipo de curativo padronizado pela SMS; exceto botade unna;

Solicitar, quando necessário, os seguintes exames laboratoriais: hemograma completo, glicemia em jejum, cultura do exsudato com antibiograma, eletroforese de hemoglobina;

Executar o curativo;

Encaminhar o paciente para avaliação médica, quando necessário;

Encaminhar o paciente com doença falciforme para acompanhamento também em Unidades de Referência (ANEXO);

Encaminhar o paciente desnutrido para acompanhamento com

nutricionista em Unidades de Saúde do Distrito Sanitário;

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Encaminhar o paciente com Hanseníase para as Unidades de Referência (ANEXO);

Capacitar e supervisionar a equipe de enfermagem nos

procedimentos de curativo;

Registrar a dispensação e o consumo dos curativos especiais, utilizando o Consolidado Mensal de Curativos Especiais e encaminhar para o Distrito Sanitário;

Fazer previsão dos produtos de curativo e solicitar ao

almoxarifado.

3.3 TÉCNICO/AUXILIAR DE ENFERMAGEM

Organizar e manter a sala de curativo em condições adequadas para o atendimento;

Acolher o paciente, acomodando-o em posição confortável que permita

boa visualização da ferida;

Explicar ao paciente o procedimento a ser executado e a técnica do soro em jato para o paciente no primeiro atendimento;

Executar o curativo conforme prescrição e sob a supervisão

direta/indireta do enfermeiro;

Executar o curativo conforme a prescrição médica e/ou do enfermeiro;

Solicitar a avaliação do enfermeiro ou do médico, quando necessário;

Orientar o paciente quanto à data do retorno, cuidados específicos e gerais;

Registrar o procedimento executado no prontuário no Formulário de Consulta de Enfermagem e Ficha de Registro diário, caracterizando o aspecto da ferida, queixas do paciente e conduta;

Organizar a sala de atendimento;

Proceder à sala de atendimento;

Fazer a desinfecção de superfície;

Solicitar ao almoxarifado produtos de curativo.

[09]

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4 CONSULTA DE ENFERMAGEM

Primeira consulta:

Avaliar o paciente com ferida (entrevista e exame físico direcionado);

Registrar as informações relativas ao paciente, ao exame clínico, e aquelas relacionadas à doença de base e à ferida, utilizando no Formulário Consulta de Enfermagem (apêndice);

Informar sobre normas do serviço, esclarecer dúvidas e apresentar o

programa ao paciente;

Solicitar hemograma, glicemia em jejum, eletroforese de hemoglobina, cultura com antibiograma, quando houver indicação e desde que não haja resultados com período inferior a seis meses;

Definir o tipo de curativo e prescrevê-lo;

Prescrever, quando indicado, coberturas, cremes e soluções padronizadas pela SMS;

Executar o curativo;

Realizar se necessário o desbridamento mecânico desde que esteja habilitado;

Determinar o período de troca do curativo;

Fazer recomendações ao paciente (dieta, higiene, vestuário, repouso, hidratação oral e tópica, troca de curativo, cuidados com a cobertura secundária);

Fazer encaminhamento para avaliação médica, quando necessário;

Agendar a data de retorno para troca do curativo com o técnico/auxiliar de enfermagem;

Agendar a data para reavaliação do enfermeiro, conforme o plano

terapêutico de acompanhamento de feridas.

Consulta subsequente:

Avaliar o aspecto do curativo anterior e o aspecto da ferida após utilização da cobertura especial usada;

Definir mudança do tipo de cobertura, quando houver necessidade e registrar

a sua dispensação;

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Registrar a evolução no impresso Consulta de Enfermagem;

Repetir exames laboratoriais quando:

*Glicemia maior ou igual a 99g/dl (glicemia de jejum)

. *Hemoglobina menor ou igual a 10g/dl

Encaminhar para avaliação médica precoce, quando houver alterações laboratoriais;

Trocar curativo juntamente com o técnico/auxiliar de enfermagem, quando

necessário;

Agendar retorno para troca do curativo.

REGISTRO DE ENFERMAGEM

A descrição da ferida e as condutas adotadas qualifica a assistência ao paciente,

permitindo um acompanhamento preciso da evolução da ferida por todos os membros da

equipe de saúde. Além disso, o registro de enfermagem serve de parâmetro para propor novas

condutas e planejamento da alta. É de responsabilidade da equipe de saúde garantir a

qualidade e continuidade dos registros devido suas implicações assistenciais e legais.

O diagnóstico e o tratamento de feridas é um processo dinâmico que depende de

avaliações sistemáticas do Enfermeiro, para a adequada prescrição da cobertura eficaz, o

tempo de troca de acordo com o processo cicatricial e avaliação da qualidade da assistência

prestada ao usuário.

O registro deve ser objetivo, claro, sendo importante que as informações permitam

acompanhar a evolução da ferida e possibilitar o planejamento da alta do paciente.

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5 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE

A pele é um órgão complexo composto por diversos tecidos, tipos celulares e

estruturas especializadas. É composta por três camadas: a epiderme, mais externa; a

derme, intermediária e a hipoderme.

Este órgão desempenha um grande número de funções vitais, entre elas podemos

citar: proteção das estruturas internas, percepção sensorial, termorregulação, excreção,

metabolismo e absorção.

6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS

A ferida é a descontinuidade da integridade da pele, causada por qualquer tipo

de trauma físico, químico, mecânico, ou desencadeada por uma afecção clínica. Podem

ser classificado quanto à causa, ao conteúdo microbiano, ao tipo de cicatrização, ao grau

de abertura e ao tempo de duração:

Quanto às causas

1. Feridas Cirúrgicas: são provocadas intencionalmente e se dividem em:

Incisa: onde não há perda de tecido e as bordas são geralmente fechadas por

sutura;

Por excisão: onde há remoção de uma área de pele, ex: área doadora de enxerto.

Por Cirurgia e procedimentos terapêutico-diagnósticos (cateterismo cardíaco,

punção de subclávia, biópsia).

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2. Feridas Traumáticas: são aquelas provocadas acidentalmente por agentes:

Mecânico (contenção, perfuração, corte);

Químico (por iodo, cosméticos, ácido sulfúrico, etc.);

Físico (frio, calor, radiação).

3. Feridas Ulcerativas: são lesões escavadas, circunscritas na pele, formadas pela

morte e expulsão do tecido, resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas com o

impedimento do suprimento sanguíneo.

O termo úlcera de pele representa uma categoria de ferimento que inclui úlceras

de decúbito, assim como de estase venosa , arteriais e ulceras diabética.

Quanto ao conteúdo microbiano

1. Limpa: condições assépticas sem microorganismo;

2. Contaminadas: lesão ocorrida com tempo maior que 6 horas (trauma e atendimento)

sem sinal de infecção;

3. Infectadas: presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de intensa

reação inflamatória e destruição de tecidos podendo haver pus.

Quanto ao Tipo de Cicatrização

1. Feridas de cicatrização de primeira intenção: não há perda de tecidos, as bordas da

pele ficam justapostas.

2. Feridas de cicatrização por segunda intenção: houve perda de tecidos e as bordas

da pele ficam distantes. A cicatrização é mais lenta do que primeira intenção.

3. Feridas de cicatrização por terceira intenção: é corrigida cirurgicamente após a

formação de tecido de granulação, a fim de que apresente melhores resultados

funcionais e estéticos.

Quanto ao Grau de Abertura

1. Ferida aberta: tem as bordas da pele afastadas;

2. Ferida fechada: tem as bordas justapostas.

[13]

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Quanto ao tempo de duração, as feridas podem ser:

1. Feridas agudas: são as feridas recentes;

2. Feridas crônicas: tem um tempo de cicatrização maior que o esperado devido a sua

etiologia. São feridas que não apresentam a fase de regeneração no tempo esperado,

havendo um retardo na cicatrização.

6.1 ETIOLOGIA DAS FERIDAS

6.1.1 Lesão por pressão

A lesão por pressão pode ser definida como lesão localizada, acometendo pele

ou também tecidos subjacentes, usualmente sobre uma proeminência óssea, resultante

de pressão, que pode estar associada a cisalhamento e/ou fricção.

A lesão por pressão pode estar recoberta por uma escara, assim como pode haver

apenas a lesão, sem o tecido necrótico sobre ela. Portanto, o termo escara deve ser

utilizado apenas quando houver necrose de coagulação.

As áreas do corpo mais acometidas são: região sacra, trocantérica, isquiática,

calcânea, cotovelos, escápulas, frontal, orelhas, occipital, maléolos, joelhos, ombros,

panturrilhas e punhos.

Os fatores de risco são todos aqueles que predispõem o individuo a prolongados

períodos de isquemia induzida por pressão, e que reduzem a capacidade de recuperação

tecidual da lesão isquêmica, como: idade avançada, hipertensão, diabetes,

inconsciência, imobilização, perda de sensibilidade e da função motora comprometendo

o mecanismo de mobilização, incontinência urinária ou fecal, deficiências nutricionais,

anemias e doenças circulatórias, alto e baixo Índice de Massa Corpórea (IMC).

Prevenção:

As medidas de preventivas são:

Mudança periódica de posicionamento. O alivio da pressão sobre uma

proeminência óssea por 5 minutos a cada 2 horas permite a adequada

recuperação do tecido e evita à formação da lesão;

Observação de possíveis fatores locais adicionais de risco: evitar umidade local,

contato com fezes e/ou urina, tratamento de espasmos musculares e atenção às

forças de cisalhamento e de fricção na movimentação;

Atenção global ao paciente: avaliação clinica e nutricional

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A ferramenta utilizada para a avaliação de risco para úlcera por pressão é a

Escala de Braden.

Escala de Braden

Percepção 1-totalmente 2-muito limitado 3-levemente 4-nenhuma

sensorial limitado limitado limitação

Umidade 1-completamente 2-muito molhado 3-ocasionalmente 4-raramente

molhado molhado molhado

Atividade 1-acamado 2-confinado à 3-anda 4-anda

cadeira ocasionalmente freqüentemente

Mobilidade 1-totalmente 2-bastante 3-levemente 4-não apresenta

imóvel limitado limitado limitações

Nutrição 1-muito pobre 2-provavelmente 3-adequada 4-excelente

inadequada

Fricção e 1-problema 2-problema em 3-nenhum problema

cisalhamento potencial

Total Risco Brando Risco Moderado Risco Severo

15 a 16 ( ) 12 a 14 ( ) Abaixo de 11 ( )

Classificação das Lesões por Pressão

Adaptação cultural realizada por Profa Drª Maria Helena Larcher Caliri, Profª Drª

Vera Lucia Conceição de Gouveia Santos, Drª Maria Helena Santana Mandelbaum,

MSN Idevania Geraldina Costa.

Lesão por Pressão:

Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente

sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro

artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser

dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação

com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também

ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição.

Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece

Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer

diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece ou mudanças na

sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento) podem preceder as mudanças

visuais. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem

indicar dano tissular profundo.

Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da

derme

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Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de

coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta

(preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são

visíveis. Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões geralmente

resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo.

Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade,

incluindo a dermatite associada à incontinência (DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de

pele associada a adesivos médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras,

abrasões).

Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total

Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de

granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode

estar visível. A profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica; áreas

com adiposidade significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer

descolamento e túneis. Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem

e/ou osso. Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda

tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável.

Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular

Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da

fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e /ou escara pode estar

visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis ocorrem

frequentemente. A profundidade varia conforme a localização anatômica. Quando o esfacelo

ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como

Lesão por Pressão Não Classificável.

Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da pele em sua espessura total e perda

tissular não visível.

Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser

confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo ou

escara), Lesão por Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. Escara estável (isto é,

seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser

removida.

Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho escura, marrom ou

púrpura, persistente e que não embranquece.

Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura,

marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com

leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e mudança na temperatura

frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. A descoloração pode

apresentar-se diferente em pessoas com pele de tonalidade mais escura. Essa lesão resulta de

pressão intensa e/ou prolongada e de cisalhamento na interface osso-músculo. A ferida pode

evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular ou resolver sem perda tissular.

Quando tecido necrótico, tecido subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, músculo ou outras

estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por pressão com perda total de tecido

(Lesão por Pressão Não Classificável ou Estágio 3 ou Estágio 4). Não se deve utilizar a

categoria Lesão por Pressão Tissular Profunda (LPTP) para descrever condições vasculares,

traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas.

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Definições adicionais:

Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico

Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A Lesão por Pressão Relacionada a

Dispositivo Médico resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e

terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente apresenta o padrão ou forma do

dispositivo. Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões por

pressão.

Lesão por Pressão em Membranas Mucosas

A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico de uso de

dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem

ser categorizadas

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6.1.2 Úlcera Venosa

As lesões ulceradas em membros inferiores apresentam diversas etiologias,

surgindo em pacientes com diabetes, insuficiência venosa, insuficiência arteriais ou por

contato prolongado com superfície rígida.

A úlcera venosa é uma ferida de forma irregular e superficial, podendo tornar-se

profunda, com bordas bem definidas comumente apresentando exsudato amarelado. O

leito da úlcera pode apresentar tecido necrótico ou exposição de tendões. Podem ser

únicas ou múltiplas e de tamanhos e localizações variáveis e, em geral, ocorrem na

porção distal dos membros inferiores. Há edema nos membros inferiores, com piora ao

final do dia e melhora com elevação do membro. Achado freqüente nos pacientes com

úlceras venosas é a hiperpigmentação da pele nos membros inferiores, devido ao

extravasamento de eritrócitos com resultante depósito de hemossiderina nos

macrófagos, e estímulo à produção de melanina e à pigmentação marrom na pele.

Uma das principais medidas é a manutenção da ferida limpa. A limpeza da

úlcera se faz com jato de NaCl 0,9% para diminuir a sensação de ardência. Há indicação

de terapia compressiva com bota de Unna ou terapias com bandagens elásticas.

6.1.3 Úlceras Arteriais

É produzida pela desnutrição cutânea devido a uma insuficiência arterial e tem como

resultado a isquemia, caracterizando por extremidade fria e escura. Observa-se palidez,

retardo no retorno da cor após a elevação do membro, a pele apresenta atrofia, perda de

pelo, diminuição ou ausência das pulsações das artérias do pé e dor severa aumentada

com a elevação das pernas.

A úlcera caracteriza-se por bordas cortadas a pique, irregular, localizada nos tornozelos,

maléolos e extremidades digitais ( perna, calcanhar, dorso do pé e/ou artelho).

A prevenção consiste:

Elevação da cabeceira da cama em 20 cm;

Proteção contra traumatismos no membro afetado;

Evitar ou recuperar atrofias musculares;

Cuidado com as unhas e unha encravada;

Pesquisar e tratar micoses;

Reduzir e manter controle de triglicérides e colesterol;

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Controlar hipertensão arterial e o diabetes;

Reduzir o uso de cafeína e tabaco.

6.1.4 Úlceras Falcêmicas

Em geral, as úlceras falcêmicas são rasas, com bordas sobrelevadas. É comum

apresentarem, na base, exsudação e material necrótico. Sua etiologia pode ser:

traumática (por contusões ou picadas de insetos); e espontânea (por hipóxia tissulares

decorrentes de crises vaso-oclusivas crônicas). O tamanho é variável, com margem

definida, bordas em relevo e base com tecido de granulação. São únicas ou múltiplas,

resistentes à terapia, e ocorrem durante meses ou anos. É possível que o tecido ao redor

da ferida, no início de sua formação, mostre-se de aspecto saudável. Com o tempo,

devido à manutenção das úlceras, a pele torna-se hiperpigmentada, com perda do tecido

celular subcutâneo e dos folículos pilosos. Pode ocorrer sintomatologia dolorosa, de

adenite inguinal e celulite reativa.

Os principais mecanismos da fisiopatologia são: a obstrução dos vasos pelas

hemácias falcizadas – vaso-oclusão (o que aumenta a pressão hidrostática capilar e

venosa); a alteração da concentração de hemoglobinal; a inibição do óxido nítrico; e os

fatores genéticos.

A ausência de cicatrização ocorre em até 60% dos casos, freqüentemente com

evolução arrastada por meses e até anos e geralmente associada a lesões maiores.

As medidas educativas devem ser tomadas no sentido de prevenir úlceras de

perna em todos os pacientes, como:

Utilização de sapatos e meias de algodão;

Usar repelentes para prevenir picadas de insetos;

Hidratante para evitar esfoliação e escarificação da pele;

Não utilizar as veias dos pés como acesso venoso e pronto tratamento de

pequenos traumas;

Quando há presença de edema ou úlceras prévias, deve-se orientar o uso de

meias elásticas acima dos joelhos e manter as pernas elevadas sempre que

possível e restringir o sal durante o verão.

A abordagem terapêutica utilizada para as úlceras de membros inferiores na

anemia falciforme é semelhante à de pacientes com úlceras de outras etiologias.

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6.1.5 Feridas Diabéticas

As feridas de origem diabética decorrem da perda de sensibilidade no membro. Podem estar

associadas à doença arterial. O estágio final da doença é a neuropatia diabética, com deformidades nos

pés e perda de sensibilidade.

As principais características destas feridas são: dor - ausente ou leve intensidade, bordas com

aspecto necrótico e odor fétido, fundo da ferida úmido, podendo sangrar ao toque e escoriação. As

complicações da ferida podem levar as situações de risco de perda do membro ou mesmo risco de

morte.

O tratamento das feridas nos pés de pacientes diabéticos deve ser multidisciplinar para o

controle do Diabetes e das complicações associadas. O tratamento da ferida diabética envolve o

controle da isquemia, com redução do risco cardiovascular. A ferida deve ser limpa e o material

necrótico, desbridado.

A prevenção do desenvolvimento da lesão consiste em orientar o paciente acerca dos seguintes

itens:

Realizar a higiene dos pés e pernas diariamente com água morna e sabão neutro, enxugando-os

com cuidado, principalmente entre os dedos. Não manter os pés imersos em água quente devido

à possível incapacidade de diferenciação térmica;

Cortar as unhas em ângulo reto, sem aprofundar os cantos;

Utilizar calçados protetores, mesmo dentro de casa;

Remover calos com a ajuda de um profissional treinado;

Inspecionar os pés diariamente, em caso de lesões recorrer à Unidade de Saúde;

Pacientes acamados devem ter seus calcanhares protegidos e inspecionados pelo menos duas

vezes ao dia;

Estimular a deambulação;

Interrupção do tabaco e controle glicêmico.

O Pé Diabético está entre as complicações mais frequentes do Diabetes Mellitus (DM) e suas

consequências podem ser dramáticas para a vida do indivíduo, desde feridas crônicas e infecções até

amputações de membros inferiores. O exame periódico dos pés propicia a identificação precoce e o

tratamento oportuno das alterações encontradas, possibilitando assim a prevenção de um número expressivo

de complicações do Pé Diabético. (BRASIL, 2013).

[20]

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Denomina-se Pé Diabético a presença de infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos

associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de doença vascular periférica em pessoas com

DM (GRUPO DE TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001).

As alterações de ordem neurológica e vascular em extremidades, provocadas pelo quadro de DM,

produzem distorções na anatomia e fisiologia normais dos pés. A alteração do trofismo muscular e da

anatomia óssea dos pés provoca o surgimento dos pontos de pressão, enquanto o ressecamento cutâneo

prejudica a elasticidade protetora da pele e o prejuízo da circulação local torna a cicatrização mais lenta e

ineficaz. Em conjunto, essas alterações aumentam o risco de úlceras nos pés, podendo evoluir para

complicações mais graves, como infecções e amputações. (BRASIL, 2013; GRUPO DE TRABALHO

INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001).

O Pé Diabético pode ser classificado, segundo sua etiopatogenia, em:

•• Neuropático.

•• Vascular (também chamado isquêmico).

•• Misto (neurovascular ou neuroisquêmico).

O pé neuropático é caracterizado pela perda progressiva da sensibilidade. Os sintomas mais frequentes

são os formigamentos e a sensação de queimação (que tipicamente melhoram com o exercício). A

diminuição da sensibilidade pode apresentar-se como lesões traumáticas indolores ou a partir de relatos,

como perder o sapato sem se notar. Já o pé isquêmico caracteriza-se tipicamente por história de

claudicação intermitente e/ou dor à elevação do membro. Ao exame físico, pode-se observar rubor

postural do pé e palidez à elevação do membro inferior. À palpação, o pé apresentasse frio, podendo

haver ausência dos pulsos tibial posterior e pedio considerando a amputação uma complicação

irreversível com implicações físicas, mentais e sociais extremas (BRASIL, 2014a).

É preciso, portanto, investir em ferramentas para a qualificação do cuidado à pessoa com diabetes,

modificando as formas de abordagem aos usuários e considerando as melhores evidências como guias

para a prática clínica cotidiana, grande parcela dos casos de amputações de membros inferiores em

pessoas com DM é evitável. Portanto, assumem importância central (BRASIL, 2013; GRUPO DE

TRABALHO INTERNACIONAL SOBRE PÉ DIABÉTICO, 2001).

Nesse contexto, é de relevância o cuidado com os pés para a pessoa com DM, que pode identificar

precocemente as alterações, permitindo o tratamento oportuno e evitando complicações. As ações

preventivas e educativas devem ser associadas ao exame periódico, a rotina recomendada para avaliação

dos pés e os tratamentos recomendados para as principais alterações do exame. (ADA, 2013).

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Classificação fisiopatológica do Pé diabético, segundo sinais e sintomas.

Sinal/ Sintomas Pé Neuropático Pé Isquêmico

Temperatura do pé Quente ou morno frio

Coloração do pé Coloração normal Pálido com elevação ou cianótico

com declive

Aspecto da pele do pé Pele seca e fissurada Pele fina e brilhante

Deformidade do pé Dedo em garra, dedo em martelo, pé

de Charcot ou outro

Deformidades ausentes

Sensibilidade Diminuída, abolida ou alterada

(parestesia)

Sensação dolorosa, aliviada quando

as pernas estão pendentes

Pulsos pediais Pulsos amplos e simétricos Pulsos diminuídos ou ausentes

Calosidades Presentes, especialmente na planta

dos pés

Ausente

Edema Presente Ausentes

Localização mais comum

da úlcera (se houver)

1º e 5º metacarpos e calcâneo

(posterior); redondas, com anel

querotásico periulcerativo; não

dolorosas

Latero-digital; sem anel

querotásico; dolorosas

Fonte: Dealey, 2006; International Diabetes Federation, 2006/Manual do Pé diabético, 2016.

[22]

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Com o intuito de transmitir, de maneira simples e clara, a importância da abordagem integral da pessoa com

DM, foi criado o desenho de uma mão (apresentada na Figura abaixo), cujas intervenções são apresentadas

do dedo polegar ao dedo mínimo em ordem decrescente de relevância para os resultados na saúde do

indivíduo (ERLICH et al., 2014).

“Dê uma mão ao seu paciente com Diabetes”

Manual do Pé Diabético, 2016.

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Periodicidade recomendada para avaliação dos pés da pessoa com DM, segundo a classificação de risco do

Pé Diabético.

CATEGORIA DE RISCO PERIODICIDADE DE ACOMPANHAMENTO

RECOMENDADA 0 Anual, preferencialmente com médico ou enfermeiro da AB.

1 A cada 3 a 6 meses, com médico ou enfermeiro da AB.

2 A cada 2 a 3 meses, com médico e/ou enfermeiro da AB.

Avaliar necessidade de encaminhamento para outro ponto de atenção.

3 A cada 1 a 2 meses, com médico e/ou enfermeiro da AB, ou equipe

especializada.

Manual do Pé Diabético, 2016.

Uma vez constatada qualquer alteração que coloque a pessoa em categoria de risco distinta da definida em

avaliação prévia, consequentemente, a periodicidade para reavaliação deve ser redefinida. Pessoas com

úlceras instaladas podem precisar de acompanhamento semanal ou até mesmo diário. Nesse caso, o

atendimento deve ser feito preferencialmente em horário em que não haja excesso de demanda de

atendimentos por outros motivos, para não tumultuar a agenda e não deixar o paciente esperando por muito

tempo, garantindo o atendimento de qualidade. Importante considerar os momentos de visita domiciliar e

encontros com o ACS como mais uma oportunidade de observar e acompanhar os usuários que atingem

classificação acima de 1.

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Organização ideal do sistema do manejo e conduta do Pé diabético, conforme a estratificação do risco.

Cuidado preferencialmente realizado na AB Avaliação periódica do Pé Diabético.

Estratificação do risco.

Orientação para o autocuidado com o pé.

Manejo de condições menores associadas

a risco de complicações, como micoses

interdigitais, calosidades, unha encravada,

infecções leves e moderadas, manejo da dor,

entre outros.

Cuidado idealmente realizado na AB pela

equipe multiprofissional, podendo ser

compartilhado com outros níveis de atenção.

Avaliação periódica do pé de maior risco

devido a deformidades e/ou diminuição da

sensibilidade plantar.

Cuidado preferencialmente realizado na AB

por equipe multiprofissional capacitada, mas

podendo ser compartilhado com outros níveis

de atenção.

Manejo de úlceras não complicadas (Estágio

A, Grau 0 a 2).

Cuidado obrigatoriamente compartilhado

entre equipe multiprofissional com o

angiologista/cirurgião vascular

Úlcera isquêmica ou neuroisquêmica

(mista)(Estágio C).

Úlcera sem resposta ao tratamento após

quatro semanas.

Úlcera com necrose ou gangrena

Cuidado obrigatoriamente compartilhado

entre equipe multiprofissional e o terapeuta

ocupacional

Deformidades no pé com indicação de

calçado especial.

Cuidado obrigatoriamente compartilhado

entre equipe multiprofissional e o ortopedista

Deformidades ósseas no pé com possível

indicação cirúrgica.

Artropatia de Charcot

Encaminhamento com urgência para

internação hospitalar

Úlcera profunda com suspeita de

comprometimento ósseo ou de articulação

(Grau 3).

Febre ou condições sistêmicas

desfavoráveis.

Celulite (> 2 cm ao redor da úlcera).

Isquemia crítica.

Quando a pessoa não tem condições de

realizar tratamento domiciliar adequado. Fonte: Adaptação de Brasil, 2013/Manual do Pé diabético, 2016

[25]

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6.1.6 Úlcera plantar na Hanseníase

A causa básica do aparecimento de feridas nas regiões dos pés é a perda de

sensibilidade protetora na região plantar por lesão do nervo tibial posterior, causada

pelo Mycobacterium leprae.

As presenças de modificações da forma do pé por alterações da estrutura óssea

criam pressões anormais facilitando o surgimento de úlceras.

O risco de úlcera plantar aumenta quando há paralisia dos músculos intrínsecos

do pé, a perda do coxim normal sob a ação dos metatarsianos e a pele anidrótica.

O tratamento da úlcera plantar se dá através da imobilização do pé, repouso e

tratamento da úlcera com limpeza e curativo apropriado.

6.1.7 Queimaduras

A lesão provocada pela queimadura pode ser descrita com base na sua

profundidade, sendo classificada como de primeiro grau, quando é comprometida

apenas a epiderme, apresentando eritema e dor; de segundo grau, quando atinge a

epiderme e parte da derme, provocando a formação de flictenas; e de terceiro grau,

quando envolve todas as estruturas da pele, apresentando-se esbranquiçada ou negra,

pouco dolorosa e seca.

Classificação

Grau da queimadura Agentes Aparência da Superfície Cor Nível doloroso

Superficial (1º grau) Sol, raios Seco, sem bolhas, Avermelhada Doloroso

ultravioletas. mínimo edema.

Parcial (2º grau) Líquidos aquecidos, Úmida, presença de Rosa Muito doloroso

vapor quente. bolha. impermeado por

coloração branca

ou vermelha

Total (3ºgrau) Chama direta, Seca, sem retorno Amarelado, Mínimo ou

líquidos aquecidos, capilar, vasos sanguíneos marrom, preto, indolor

químico e elétrico. coagulados. cor de cera.

[26]

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Cálculo da superfície

A Regra dos Noves é utilizada para o cálculo da Superfície Corporal Queimada (SCQ)

Área Adulto Criança

Cabeça e pescoço 9% 18%

Membro Superior Direito 9% 9%

Membro Superior 9% 9%

Esquerdo

Tronco Anterior 18% 18%

Tronco Posterior 18% 18%

Genitais 1% -

Membros Inferiores Direto 18% 14%

Membros Inferiores 18% 14%

Esquerdo

Na escolha do tratamento, deve-se considerar não só a profundidade da lesão,

mas também a sua fase evolutiva. As queimaduras de primeiro grau, dependendo da

extensão, geralmente evoluem rapidamente, regenerando-se em até cinco dias, sendo

indicado uso de creme hidratante local.

A queimadura de segundo grau tem sido classificada como superficial e

profunda, e a sua evolução dependerá desta graduação de profundidade e da ocorrência

ou não de complicações, sendo as infecções uma das causas mais freqüentes de piora

tanto no âmbito tópico quanto no sistêmico. As queimaduras de segundo e terceiro

graus terão que passar por um processo de desbridamento que consiste na retirada de

tecidos desvitalizados.

[27]

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7 CICATRIZAÇÃO

A pele, quando lesada, inicia imediatamente uma série de fases sobrepostas,

denominada cicatrização. A cicatrização ocorre por meio de um processo dinâmico,

interdependente, contínuo e complexo, cuja finalidade é restaurar os tecidos lesados.

Este processo é composto pelas seguintes fases: inflamatória, proliferativa e de

maturação.

Fase Inflamatória: nessa fase ocorre reação local não específica e danos teciduais com

invasão de microrganismos. A pele apresenta calor, rubor, edema, seguida de dor. Tem

inicio imediato com duração de 3 a 5 dias. É o processo que ocorre no organismo como

defesa à lesão tecidual e envolve reações neurológicas, vasculares e celulares que

destroem ou barram o agente lesivo e substituem as células mortas ou danificadas, por

células sadias. Possui a função de ativar o sistema de coagulação, promover o

desbridamento da ferida e a defesa contra microrganismos.

Fase Proliferativa: é constituída por quatro etapas fundamentais: epitelização,

angiogênese, formação de tecido de granulação e deposição de colágeno. Esta fase tem

início ao redor do 4º dia após a lesão e se estende aproximadamente até o término da

segunda semana. A epitelização ocorre precocemente. Se a membrana basal estiver

intacta, as células epiteliais migram em direção superior, e as camadas normais da

epiderme são restauradas em três dias. Se a membrana basal for lesada, as células

epiteliais das bordas da ferida começam a proliferar na tentativa de restabelecer a

barreira protetora. A angiogênese é estimulada pelo fator de necrose tumoral alfa (TNF-

α), e é caracterizada pela migração de células endoteliais e formação de capilares,

essencial para a cicatrização adequada. A parte final da fase proliferativa é a formação

de tecido de granulação. Os fibroblastos e as células endoteliais são as principais células

da fase proliferativa. Os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, porém

precisam ser ativados para sair de seu estado de repouso. O fator de crescimento mais

importante na proliferação e ativação dos fibroblastos é o PDGF, que são proteínas

receptoras transmembranares. Em seguida é liberado o TGF-β, que estimula os

fibroblastos a produzirem colágeno tipo I e a transformar-se em miofibroblastos, que

promovem a contração da ferida.

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Maturação: pode levar um ano nas feridas fechadas e mais nas feridas abertas. Nessa

fase diminui a vascularização, o colágeno se reorganiza, o tecido de cicatrização se

remodela e fica igual ao normal. A cicatriz assume a forma de uma linha fina e

coloração branca, o que aumenta a for. A cicatriz assume a forma de branca.

Fatores que interferem na cicatrização:

Idade: nos extremos de idade o funcionamento do sistema imunológico está

alterado, ora por imaturidade, ora por declínio de função;

Uso de substâncias impróprias para limpeza da ferida: algumas soluções são

irritantes e citotóxicas;

Uso de substâncias impróprias para antissepsia: algumas substâncias são lesivas

aos fibroblastos;

Compressão exagerada na oclusão ou na limpeza mecânica da lesão: pode

promover necrose dos tecidos;

Constituição/peso em relação à altura: na obesidade temos o aumento da

espessura do tecido subcutâneo (adiposo), o qual é pobremente vascularizado;

Estado de nutrição (alimentação e hidratação) para reconstrução tecidual é

necessário aporte de nutrientes, especialmente as proteínas;

Diabete: além da diminuição da resposta imunológica, os novos capilares podem

ser lesados devido à hiperglicemia;

Uso de drogas: esteróides, imunossupressores, citotóxicos;

Tabagismo: a nicotina altera o funcionamento do sistema imunológico, as

substâncias liberadas pelo cigarro (ou similar) são citotóxicas, além disso,

causam vaso constrição, favorecem aterosclerose e hipóxia tecidual, haja vista a

diminuição da capacidade de perfusão alveolar;

Infecção: a presença de microrganismos prolonga a fase inflamatória e a lesão

tecidual.

[29]

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8 AVALIAÇÃO DA PESSOA COM FERIDAS

Para a escolha de um curativo adequado, é essencial uma avaliação criteriosa da

ferida. É necessário levar em consideração as evidências clínicas observadas quanto à

localização de tecido de granulação e quantidade de tecido necrótico, sua drenagem e às

condições da pele perilesional. A sistematização do tratamento de feridas ocorre por

meio de ações simples que visam remover as barreiras que impedem a cicatrização.

Devemos observar:

Dor:

O paciente informa o escore de dor, segundo avaliação própria, após ser

esclarecido da correspondência de cada valor: - 0 – ausência de dor; - 1 – leve: dor sem

demanda de analgésico; - 2 – moderada: dor com demanda de analgésico relativa; - 3 –

intensa: dor com demanda de analgésico em horários específicos.

Edema:

Avalia-se a profundidade do cacifo formado a partir da pressão do dedo sobre os

tecidos contra a estrutura óssea. Quanto mais profundo o cacifo, maior o número de

cruzes, conforme escala abaixo: - 1+/4+ - 2+/4+ - 3+/4+ - 4+/4+. Esta avaliação não se

aplica em caso de edema duro (linfedema).

Tamanho: Use a régua para medir, em centímetro, o maior comprimento e a maior

largura da superfície da ferida, multipliquem comprimento x largura, para obter a área

em cm2.

Observações:

-Na presença de duas ou mais feridas, separadas por pele íntegra de até 2 cm, deve-se

considerar como lesão única. Fazer a mensuração das feridas, calcular a área lesada e

somá-la;

-Durante o processo cicatricial com a formação de ilha de epitelização, que divide a

ferida em várias, deve-se considerar na horizontal a medida da maior ferida e, na

vertical, somar a medida de todas as feridas. Calcular a área posteriormente,

considerando apenas uma lesão.

Profundidade: escolha a profundidade e a espessura mais apropriada para a ferida

usando essas descrições adicionais:

Dano tecidual sem solução de continuidade na superfície da ferida;

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Superficial, abrasão, bolha ou cratera rasa. Plana/nivelada com a superfície da

pele, e / ou elevado acima da mesma (ex. hiperplasia);

Cratera profunda com ou sem descolamento de tecidos adjacentes;

Sem possibilidade de visualização das camadas de tecidos devido à presença de

necrose;

Comprometimento de estruturas de suporte tais como tendão, cápsula de

articulação.

Classificação baseada no comprometimento tecidual e se dividem em 4 estágios de

acordo com a sua profundidade:

Estágio 1: não há perda tecidual, ocorre comprometimento apenas da epiderme,

com presença de eritema em pele intacta;

Estágio 2: perda de tecido envolvendo a epiderme, a derme ou ambas (a úlcera é

superficial e apresenta-se clinicamente como uma abrasão ou úlcera rasa);

Estágio 3: perda total da pele, com necrose de tecido subcutaneo, sem

comprometimento da fáscia muscular (a ferida apresenta-se clinicamente como

úlcera profunda);

Estágio 4: ocorre destruição extensa de tecido, necrose tissular ou lesão de osso,

músculo ou estruturas de suporte.

Técnica de mensuração da profundidade da lesão

Limpar a ferida;

Introduzir uma haste flexível com ponta de algodão no ponto mais profundo

da lesão;

Marcar no instrumento o ponto mais próximo da borda;

Medir com uma régua o segmento marcado e anotar resultados em cm para

comparação posterior.

Tipo de Tecido:

Tecido Necrosado: define o tipo de tecido necrosado predominantemente na ferida de

acordo com a cor, a consistência e a aderência, usando o seguinte roteiro:

• Necrose branca/cinza: Pode aparecer antes de a ferida abrir, a superfície da pele está

branca ou cinza;

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• Esfacelo amarelo, não aderido: Fino, substância mucinosa, espalhado por todo o leito

da ferida; facilmente separado do tecido da ferida;

• Esfacelo amarelo, frouxamente aderido: Espesso, viscoso, pedaços de fragmentos,

aderido ao leito da ferida;

• Tecido preto, macio e aderido: Tecido saturado de umidade, firmemente aderido ao

leito da ferida.

• Tecido preto / duro, firmemente aderido: Tecido firme e duro, fortemente aderido ao

leito e às bordas da ferida (como uma crosta dura / casca de ferida).

Obs: Quantidade de Tecido Necrosado: Determinar o percentual de ferida envolvida.

Tecido de Granulação: tecido de granulação é o crescimento de pequenos vasos

sanguíneos e de tecido conectivo para preencher feridas de espessura total. O tecido é

saudável quando é brilhante, vermelho vivo, lustroso e granular com aparência

aveludada. Quando o suprimento vascular é pobre, o tecido apresenta-se de coloração

rosa pálido ou esbranquiçado para o vermelho opaco.

Exsudato

O exsudato é o líquido inflamatório extravascular com concentração proteica

elevada e grande quantidade de restos celulares. A presença de exsudato no leito da

ferida é uma reação natural do processo de cicatrização. Deve avaliar cor, volume,

consistência e odor do exsudato.

Em relação ao odor pode ser inodoro ou fétido. São destacados três tipos de

exsudado:

Seroso: plasmático, aquoso, transparente e encontrado nas lesões limpas.

Sanguinolento: avermelhada, indicativo de lesão vascular.

Purulento: espesso, coloração amarelada, esverdeada, marrom, conforme o

processo de infecção.

A mensuração do exsudato é anotada por muitos profissionais por pequena,

média e grande quantidade, porém esta forma torna a avaliação subjetiva e não

confiável. A mensuração de gazes molhadas retiradas no curativo anterior pode ser um

método mais preciso, onde é possível obter os seguintes volumes:

Pouco: até 05 gazes;

Moderado: de 05 a 10 gazes;

Acentuado: mais de 10 gazes.

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Pele ao redor da ferida

A pele ao redor da ferida poderá apresentar-se fria, seca e fina, dados comuns

nas patologias arteriais; descamativa e quente, comuns nas patologias venosas e com

sinais de dermatite, freqüentes em feridas exsudativas.

8 PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS

O curativo é a denominação genérica que se dá aos procedimentos e cuidados

externos dispensados a uma lesão. A proposta do tratamento de uma lesão com a

utilização de um curativo tem por finalidade:

Limpar a lesão;

Proteger do traumatismo mecânico;

Prevenir contaminação exógena;

Absorver secreções;

Minimizar acúmulo de fluidos e odores por compressão;

Imobilizar;

Cicatrizar a lesão.

Alguns cuidados devem ser observados na realização de curativos

MANUTENÇÃO DO MEIO SECO

Para lesões como suturas e locais de inserção de dispositivos invasivos na pele

(cateteres vasculares centrais, fixadores e sistemas de drenagem), os curativos devem

ser mantidos limpos e secos, pois a umidade é fator de risco para colonização bacteriana

e consequentemente para infecções. Para incisões cirúrgicas, a oclusão deverá ser por

24 a 48 horas mantendo o curativo seco e realizando a troca quando necessário.

MANUTENÇÃO DO MEIO ÚMIDO

Para lesões abertas como lesão por pressão, deiscência, entre outros, os

curativos oclusivos devem ser mantidos úmido para auxiliar na cicatrização. É

necessário também, ser estéril, confortável e permitir trocas gasosas.

[33]

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8.1 NORMAS BÁSICAS DE ASSEPSIA PARA CURATIVO

Para realização de um curativo, é necessário obedecer aos princípios de assepsia,

onde se preconiza:

Higienizar as mãos antes e após a realização do curativo;

Remover assepticamente tecidos desvitalizados ou necrosados;

Limpar do local menos contaminado para o mais contaminado;

Utilizar curativo de pinças estéreis preferencialmente;

Utilizar luvas estéreis em substituição de curativo de pinças estéreis.

8.2 NORMAS TÉCNICAS PARA REALIZAÇÃO DO CURATIVO

Existem duas técnicas distintas para realização de curativos: técnica asséptica ou

estéril e técnica limpa. Para feridas limpas é obrigatório o uso de técnica asséptica e

para as demais feridas não há definição da necessidade de técnica estéril (asséptica) ou

técnica limpa.

Técnica estéril - as mãos devem ser lavadas com solução antisséptica antes e após o

curativo; deve ser utilizado material ou luvas estéreis para manipulação da lesão, a

limpeza deve ser feita de dentro para fora com solução estéril e utilizar cobertura estéril.

Recomendamos a utilização exclusiva da técnica estéril para o tratamento hospitalar de

feridas, devido aos riscos aumentados de colonização das lesões.

Técnica limpa – as mãos devem ser lavadas com solução antisséptica ou água e sabão

antes e após o curativo, pode ser utilizado material limpo para manipulação da lesão; a

limpeza da lesão poderá ser feita com água limpa e tratada, porém a cobertura da lesão

deve ser preferencialmente estéril. Esta técnica pode ser utilizada no tratamento

domiciliar e criteriosamente nos tratamentos ambulatoriais. A escolha da técnica deve

considerar os riscos de contaminação da lesão, as características da ferida e as

características individuais do paciente.

[34]

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8.2.1 TÉCNICAS DE CURATIVO

Técnica de curativo convencional

Higienizar as mãos; Paramentar com luvas de procedimento, máscara e óculos de proteção. Usar

capa e gorro quando necessário; Abrir material de curativo com técnica asséptica.

Curativo com pinças

Remover o curativo sujo com a pinça dente de rato;

Montar a pinça Pean ou Kelly com gaze, auxiliada pela pinça anatômica;

Umedecê-la com a SF 0,9%, atentando para não encostar a gaze no frasco;

Realizar limpeza da ferida com jato de soro fisiológico a 0,9% com aproximadamente 10 cm de distância da lesão (fazer desinfecção prévia do frasco com álcool a 70% e furar o mesmo, uma única vez, com agulha 40 x 12, retirando a mesma), atentando para o sentido da limpeza: movimentos do centro para periferia.

Avaliar o tipo de curativo a ser utilizado conforme padronizado neste documento;

Utilizar cobertura secundária quando necessário; Realizar enfaixamento com atadura de crepom em sentido distal-proximal,

da esquerda para direita, com o rolo de atadura voltado para cima, quando necessário. Em caso de abdômen, utilizar a técnica em Z (em jaqueta com atadura de crepom de 20 ou 25 cm);

Fazer enfaixamento compressivo de úlceras venosas; Realizar anotações (região anatômica, aspecto, quantidade e tipo de

exsudato) na Ficha de Consulta de Enfermagem (em anexo); Colocar data da próxima troca e nome de quem realizou o curativo; Desprezar os materiais utilizados;

Higienizar as mãos após o término do procedimento.

8.3 DESBRIDAMENTO

A desbridação é o ato de remover da lesão o tecido desvitalizado e/ou material

estranho ao organismo.

Desbridamento autolítico – significa auto degradação natural do tecido

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necrótico. Para que este processo possa acontecer, é necessário que o leito da

ferida seja mantido com umidade fisiológica e temperatura em torno de 37ºC,

utilizando coberturas que são detentoras de umidade. Sua vantagem é ser um

método indolor, não invasivo e seletivo (destrói somente o tecido desvitalizado).

Exemplo: Hidrogel.

Desbridamento químico – método onde são utilizadas enzimas proteolíticas

para obter remoção mais rápida do tecido desvitalizado. Não é um método

seletivo. Exemplo: Colagenase e Papaína.

Desbridamento mecânico – Consiste na remoção da necrose do leito da ferida

utilizando força física. Pode ser usada fricção com gaze, irrigação com jato de

soro, curativo úmido-seco, instrumental cortante, podendo ser necessária ou não

a analgesia. O desbridamento mecânico é uma atribuição médica ou de

enfermeiro habilitado.

8.4 TÉCNICA DE ENFAIXAMENTO

É a aplicação de uma faixa com o objetivo de:

envolver, conter e proteger as partes lesadas;

manter curativos e talas;

facilitar a circulação venosa através de compressão;

imobilizar membros.

Observações:

O enfaixamento deve ser feito sempre da parte distal para a proximal;

Atentar para garroteamento sobre a lesão;

Não iniciar ou terminar o enfaixamento sobre a lesão;

Em úlceras venosas o enfaixamento deverá ser feito do pé até o joelho;

Em úlceras arteriais o enfaixamento não deverá ser compressivo.

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8.5 CULTURA COM ANTIBIOGRAMA.

Deve ser feita em suspeita de infecção. O método preferido para coleta de material para

cultura é através do líquido obtido por aspiração com agulha com a seringa ou biopsia

de tecido. A punção percutânea é o melhor método pela simplicidade e facilidade de

obtenção de amostras de úlceras, abscessos e lesões superficiais. Fazer a desinfecção da

pele com 10 % de povidona iodo e deixa-se secar durante um minuto. A punção da pele

é com uma seringa e agulha (X 40 mm. 09 milímetros) direcione a agulha para área de

tecido de granulação, se não obtiver material aspirado, fazer lavado com 0,5 cc de

solução fisiológica.

9. COBERTURAS PADRONIZADAS PELA SMS

Espuma hidrocelular de poliuretano

Apresentação: Adesivo secundário com designe anatômico;

Composição: Poliuretano;

Indicação: mantém um meio úmido apropriado à cicatrização de lesões com

exsudado, incluindo lesões por pressão, úlceras de perna, ferimentos

infectados e úlceras de pé diabético;

Aplicação: Prepare e limpe a pele em redor da ferida removendo o excesso

de umidade. Os pelos em excesso devem ser cortados para assegurar um

contato íntimo com a ferida. Pressione levemente o curativo sobre a ferida

removendo o material protetor restante e certifique-se de que o curativo está

bem aderente em todo o redor da ferida. A cobertura pode ser cortada para

ajustar ao tamanho da ferida.

Troca: a cada 7(sete) dias ou quando o exsudato for visível na camada

externa da cobertura.

A troca da cobertura secundária deve ser diária, ou sempre que necessário.

Compressa não aderente

Apresentação: Placas (7,5 x 7,5 cm e 7,5 x 20 cm)

Composição: Acetato de celulose impregnada com petrolatum.

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Mecanismos de ação: Preserva o tecido de granulação e não adere ao leito da

ferida.

Indicação: Queimaduras superficiais de 2º grau, áreas cruentas pós-trauma

ou ressecção cirúrgica.

Contra-indicação: feridas exsudativas, com infecção.

Aplicação: Limpar a ferida com soro fisiológico a 0,9% e secar, aplicando a

gaze não aderente com cobertura secundária.

Troca: A cada 48 horas, ou antes, se necessário. A troca da cobertura

secundária deve ser diária, ou sempre que necessária.

Carboximetil celulose sódica

Apresentação: Placa (4 x 6 cm, 10 x 10 cm, 15 x 15 cm e 20 x 20 cm) ou

pasta (12 g).

Composição: A camada externa é composta por filme de poliuretano e serve

como barreira térmica mecânica aos gases, líquidos, e aos microorganismos.

A camada interna composta de carboximetilcelulose sódica e alginato de

cálcio, tem a propriedade de absorver exsudato, manter pH ácido e o

ambiente da ferida úmido, estimulando o desbridamento autolítico e a

angiogênese.

Mecanismos de ação: estimula a granulação e a angiogênese (devido hipóxia

no leito da ferida), absorve o excesso de exsudato, mantém a umidade e

temperatura em torno de 37°C facilitando o crescimento celular e a

regeneração tissular, também promove o desbridamento autolítico e alivia a

dor por manter protegidas, úmidas e aquecidas as terminações nervosas.

Indicação: para feridas abertas não infectadas, com leve ou moderada

exsudação e queimaduras superficiais. Usar apresentação placa para feridas

superficiais e pasta, para feridas cavitárias.

Contra-indicação: feridas infectadas e altamente exsudativas.

Aplicação: deve ser aplicada diretamente sobre a ferida, deixando uma

margem de 1 a 2 cm para perfeita aderência à pele íntegra. Pode ser

recortada, não precisa de tesoura estéril, pois, as bordas da placa não entram

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em contato com o leito da ferida. Em caso do hidrocolóide pasta, aplicar o

mesmo na cavidade e ocluir a ferida com cobertura secundária.

Troca: De 5 a 7 dias, ou sempre que necessário. A troca da cobertura

secundária convencional deve ser diária, ou sempre que necessária. Em caso

de utilização de filme transparente como cobertura secundária, trocar a cada

05 dias juntamente com o hidrocolóide.

Bota de unna

Apresentação: Bandagem.

Composição: 42% glicerina, 11,1% gelatina, 10,5% óxido de zinco, 100 g água

qsp, 0,2% conservantes.

Mecanismos de ação: é uma bandagem de compressão não elástica que

apresenta efeito apenas durante a movimentação, quando ocorre a contração e

relaxamento dos músculos dos membros inferiores, auxiliando o retorno venoso.

Além de auxiliar o retorno venoso, diminui edema, promove proteção e favorece

a cicatrização da úlcera.

Indicação: Úlcera venosa, úlcera de pacientes com hanseníase e edema.

Contra-indicação: Úlcera arteriais e mistas (arteriovenosa) com ITB < 0,8,

úlcera infectada, insuficiência cardíaca descompensada, DPOC, trombose

venosa profunda, celulite, sensibilidade aos componentes da pasta. Deve ser

retirado quando apresentar sinais e sintomas de insuficiência arterial (dedos

pálidos ou cianóticos, edema severo acima da bandagem, dor ou falta de

sensibilidade nos dedos).

Aplicação: se o paciente utiliza outras coberturas, realizar o curativo antes do

repouso e aplicação.

Antes de iniciar o procedimento colocar o paciente em repouso com os membros

inferiores elevado por 30 minutos;

Durante o enfaixamento manter o pé em ângulo de 90º em relação à perna para

favorecer a deambulação;

Iniciar o enfaixamento da região distal do metatarso, incluindo o calcanhar até 3

cm abaixo do joelho. O enfaixamento deverá ser sobreposto em 50% em espiral

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ou “8”; na região do calcanhar utilizar sempre o enfaixamento em “8”. Evitar

dobras ou rugas na atadura durante o enfaixamento;

Fazer pressão suficiente para manter o enfaixamento firme, porém sem garrotear

o membro;

Aplicar gaze sobre a primeira bandagem para absorção do excesso de exsudato

na região próxima a ferida, se houver necessidade;

Aplicar a segunda camada da bandagem, observando todos os procedimentos

anteriores.

Troca: A cada 07 dias.

Espuma de poliuretano com prata iônica

Apresentação: Curativo de Espuma altamente absorvente;

Composição: Espuma de poliuretano absorvente, macia e flexível, que

contém um complexo de prata patenteado; Pode ser recortado.

Mecanismo de ação: Na presença de exsudato, a prata é continuamente

liberada no leito da ferida durante 7 dias.

Indicação: Feridas infectadas e com exsudato;

Contra-indicação: feridas com necrose seca ou sem exsudato.

Aplicação: Deve ser utilizado com a face branca voltada para o leito da

ferida, com cobertura de pelo menos de 2 cm além da borda da ferida; sendo

necessário uma fixação externa(atadura ou micropore).

Troca: Até no máximo 7 dias; a depender do nível de exsudato. Ideal a cada

5 (cinco)dias.

Hidrogel

Apresentação: Gel (bisnaga 85 g).

Composição:

Com alginato: alginato de cálcio e sódio, carboximetilcelulose sódica.

Sem alginato : água deionizada, glicerina, carboxi-metil-celulose sódica,

alantoina, álcool benzílico metilparabeno propilparabeno .

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Mecanismos de ação: Remove as crostas e tecido desvitalizado e necrose de

feridas abertas por meio de desbridamento autolítico. Não adere ao leito da

ferida.

Indicação: Feridas com tecido desvitalizado, crostas e necrose com pequena

a média exsudação.

Contra-indicação: Feridas com grande quantidade de exsudato.

Aplicação: Deve ser usado sempre associado à cobertura oclusiva secundária

Troca: A cada 72 horas. A cobertura secundária deverá ser trocada a cada 72

horas ou sempre que necessário.

Pomada estéril com 0,9%de concentração de iodo

Apresentação: bisnaga

Composição: cadexômero, polietilenoglicol e 0,9% de concentração de iodo;

Mecanismo de ação: remove o excesso de exsudato e fibrina na base da ferida e

reduz a contaminação bacteriana na sua superfície;

Indicação: é indicado no tratamento tópico de feridas exsudativas crônicas e

infectadas;

Contra-indicação: não deverá ser usado em tecidos necróticos secos ou em

doentes com sensibilidade conhecida ao iodo ou a qualquer um dos seus

componentes;

Aplicação: aplique uma quantidade suficiente e cubra completamente a lesão

com um curativo secundário adequado;

Troca: deve ser trocado quando se apresentar saturado de fluídos da lesão e todo

iodo tiver sido liberado. Isso é indicado pela perda de cor e em geral ocorrem

duas a três por semana.

Gaze estéril impregnada com PHMB 0,2%

Apresentação: compressa de gaze, estéril, 100 % algodão ;

Composição: compressa de gaze estéril, 100% algodão, trama larga, impregnada

com polihexametileno de biguanida 0,2%;

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Mecanismo de ação: a uniformidade da malha que compõe a gaze, associada à

emulsão de petrolatum ou parafina proporciona uma cobertura primária com

poros não ocluídos que impede a aderência do mesmo ao ferimento, além de

facilitar o fluxo de exsudato para a cobertura secundária absorvente;

Indicação: indicado como coberta primária de queimaduras, úlceras, áreas

doadoras e receptoras de enxerto, abrasões, lacerações, incisões cirúrgicas,

feridas drenantes e outras que seja necessário a não aderência do curativo à

ferida;

Contra-indicação: não há.

Aplicação: o curativo deverá ser substituído sempre que for necessário a

diminuição de sua caracterização não aderente. Antes de aplicar o curativo,

deverá ser feita limpeza do local com soro fisiológico a 0,9%. O curativo deverá

ser coberto com um curativo secundário absorvente conforme indicação clínica

da lesão;

Troca: a cada 72 horas ou conforme a saturação do curativo secundário.

Ácidos graxos essenciais (AGE)

Os AGE são extraídos de sementes de girassol, e foram desenvolvidos inicialmente para

hidratar a pele, prevenindo lesões por pressão. Posteriormente passou-se a utilizar o

AGE também para promover a cicatrização em lesões com tecido de granulação,

demonstrando eficácia e evolução rápida. Apresenta-se sob a forma de bisnagas ou

compressas embebidas, sendo necessária uma cobertura secundária que não absorva o

produto.

Colagenase

Enzima proteolítica que literalmente digere o colágeno que se liga aos tecidos

desvitalizados. Necessita de pH controlado entre 6 a 8. Por não ser seletivo, pode

macerar as bordas da ferida e remover tecido viável, retardando o processo cicatricial.

Sulfadiazina de prata

O uso de antimicrobianos de uso tópico possui eficácia duvidosa, pois pode estar associada à

resistência, reações de hipersensibilidade e hiperinfecção. No entanto, ainda é utilizado no

tratamento da infecção ou lesão com risco inerente de infecção por causa do tempo,

tamanho ou localização do ferimento. Grande poder de penetração na lesão oclusiva, a

cada 8(oito) horas, aplicar camada fina de 1(um) mm.

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Creme Barreira

Composição: óleo mineral, parafina líquida, petrolato, cera microcristalina, oleato de glicerol,

álcool de lanolina, ácido cítrico, citrato de magnésio, ciclometicona, glicerina, metilparabeno,

propilparabeno. Apresentação: Frasco (bisnaga 60 g).

Mecanismos de ação: Creme hidrofóbico, protetor da pele, mantém hidratação adequada,

minimiza perdas transdérmicas, restaura o Ph e protege a pele. Indicação: Barreira de proteção da pele contra exsudatos e efluentes agressivos, prevenção e

tratamento de dermatites, hidratação, diminuição da permeabilidade da pele. Contra-indicação: Uso no leito da ferida. Aplicação: Limpar a pele, aplicar creme barreira em fina camada em região perilesional. Troca: a cada troca de curativo.

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Referências:

FERREIRA, Adriano Menis; et al. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca da autonomia do cuidado. ArqCiênc Saúde, 15(3): 105-9,jul-set, 2008.

SILVA, R. C. L., et al. Feridas: fundamentos e atualizações em enfermagem. 3ª edição revisada, São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2011.

Dealey C. Cuidando de feridas: um guia prático para as enfermeiras. 3st ed. São Paulo: Atheneu; 2008.

Conselho Federal de Enfermagem – COFEN (BR). Resolução 0501 de 2015, que

regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado às feridas e dá outras

providências.

Feridas Hospitalares II – Diretrizes Clínicas/Protocolos Clínico/08/2013 Brasil.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica /

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –

Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Ministério da Saúde/ANVISA/Fiocruz,

2013.

Alves DFS, Almeida AO, Silva JLG, Morais FI, Dantas SRPE, Alexandre NMC.

Tradução e adaptação do BATES-JENSEN WOUND ASSESSMENT TOOL para

cultura brasileira. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, Jul-Set; 201524(3):826-33.

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APÊNDICES

Ficha de Avaliação do Portador de Feridas (Consulta de Enfermagem);

Avaliação da ferida/Escala de Bates-Jasen;

Ficha de Registro Diário;

Termo de Adesão/Compromisso;

Tabela resumida das Coberturas utilizadas SMS;

Fluxograma de atendimento ao Portador de Feridas;

Protocolo de tratamento para lesões;

Escala de Bates-Jansen/Guia de Preenchimento;

Unidades de Referência para Doença Falciforme;

Unidades de Referencia para Escleroterapia;

Unidades de Referencia para Portador de Hanseníase;

Norma técnica que regulamenta a competência da Equipe de Enfermagem no cuidado às

feridas.

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APÊNDICE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

SALA DE CURATIVOS - CONSULTA DE ENFERMAGEM DISTRITO SANITARIO: ____________________________UNIDADE:_________________________

DADOS SOCIO DEMOGRAFICOS

Nome: Idade: Raça/Cor: Data:

Endereço/Fone: DN: CSUS:

Ocupação: Matric: Sexo: Vive sozinho: Não ( ) Sim ( ) Recebe ajuda? ( )Sim ( ) Não

Religião: Escolaridade: Responsável pelo sustento da família: ( )Sim ( ) Não

HISTÓRICO CLÍNICO

No Exame:

Estado emocional: comunicativo ( ) deprimido ( ) ansioso( ) irritado( ) preocupado( ) outros ( )

Nível de consciência: consciente ( ) sonolento ( ) agitado( ) outros( )

Diurese: Espontânea ( ) SVD ( )SVA( ) DU( ) Fralda( ) Evacuações: Repouso: Imunização:

( ) Tabagismo ( ) Etilismo ( ) Sedentarismo Alimentação compatível ( ) Sim ( ) Não

Morbidades: Medicação em uso:

( ) HAS ( ) DM1 ( ) DM2 ( ) DMG( ) AVE ( ) DOENÇA FALCIFORME ( ) DOENÇA VASCULAR ( ) OBESIDADE ( ) NEOPLASIA ( ) NEFROPATIAS ( ) ALERGIA SIM ( ) NÃO( ) OUTROS ( ) EM TTO: NÃO ( ) SIM ( ) ONDE: RP( ) RS( )

Nome: dose: horário:

Queixas: respiratória ou cardíaca: Acuidade visual em ( ) OD ( ) OE ( ) ambos ( ) lentes ( )óculos Acuidade auditiva em ( ) OD ( ) OE ( ) ambos. ( ) aparelho auditivo Cavidade oral: Gastrointestinais e urinarias:

Queixas: dor Local.................................................... duração: ..........em meses . Intensidade ( )1quase sem dor ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )7 ( )8 ( )9 ( )10 a pior dor imaginável Posição de alivio: ( )não ( ) sim qual __________________

Pregresso:

CIRURGIAS NÃO ( ) ( )SIM QUAL :

Ocorrência de internações: ( )NÃO ( ) SIM Motivo ___________________ Tempo de internamento________________________________________ Atendimento de emergência ( ) Não ( ) SIM Motivo __________________

HISTÓRICO FAMILIAR

( ) HAS ( ) DM ( ) DOENÇA FALCIFORME ( ) DOENÇA VASCULAR ( ) OBESIDADE ( ) NEOPLASIA ( ) OUTROS

AUTOCUIDADO

Independente ( ) SIM ( ) NÃO

Deambulação: ( )sozinho( ) cadeira de rodas( ) muletas ( )acamado ( ) movimentação ativa ( ) movimentação passiva

Necessita de cuidados para: ( ) higiene ( ) deambulação ( ) medicação ( ) vestir-se ( ) lazer ( )mobilização ( )curativo

AVALIAÇÃO GERAL

SEGMENTO CORPOREO: INTEGRIDADE CUTANEA/LOCAL:

E= Esquerda D= Direita

( ) corada ____________________________ ( ) descorada ________________________ ( ) hidratada ________________________ ( ) pálida ___________________________ ( ) cianótica _________________________ ( ) fria _________________________ ( ) quente_________________________ ( ) seca

( ) úmida _________________________ ( ) hematoma_________________________ ( ) equimose _________________________ ( ) edema _________________________ ( ) manchas _________________________ ( ) lesões _________________________. ( ) cicatrizes_________________________

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LOCALIZAÇÃO

PA (deitado): ...............x..............mmHg Temp. ........°C Pulso: ...............bat./min ( ) rítmico ( ) arrítmico Freq. Resp.: ................. ( ) eupneico ( ) dispneico ( ) regular ( ) irregular ( ) superficial ( ) profunda Dor que mais incomoda: local ....................................................

Peso ............... Kg Estatura .................... m IMC........... Critério para definição de Desnutrição a partir do IMC para idosos IMC = igual ou menor que 22 – baixo peso – risco de desnutrição >22 e < 26 – adequado ou estrófico Maior ou igual a 27 – sobrepeso

AVALIAÇÃO POR SEGMENTOS P= Presente A=Ausente ou E= Esquerda D= Direita

Motricidade: força normal em ( ) MSD ( ) MSE ( ) MID ( ) MIE paresia em ( ) MSD ( ) MSE ( ) MID ( ) MIE ( ) Outras alterações ..............................................................................................................................................

Avaliação pés:

Deformidade: E ( ) D( ) Calosidade: E( ) D( ) Pele seca e/ou fissuras: E( ) D( )

Unhas encravadas ou encavaladas: E ( ) D( ) Ressecamento e/ou fissuras: E( ) D( )

Maceração interdigital: E ( ) D( ) Úlcera Prévia: E( ) D( ) Pele fria (Extremidades): E( ) D( )

Amputação cicatrizada abaixo do tornozelo: E( ) D( )

Sensibilidade Protetora Plantar: Uso do monofilamento de 10g.

Usar esquema

Presente: Pontos ( )

Ausente: Pontos ( )

Avaliação circulatória:

Pulso Tibial Posterior: E ( ) D( )

Pulso Pedioso: E( ) D( )

Perfusão Pulso E ( ) D( )

Claudicação Cianose:

Calçado em uso: terapêutico: SIM ( ) NÃO ( )

Adequado ( ) Inadequado( )

CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO

( ) DEISCÊNCIA ( ) ABSCESSO ( ) QUEIMADURA ( ) ulcera diabética ( ) ÚLCERA VENOSA ( ) ÚLCERA ARTERIAL

( ) ÚLCERA DF ( ) ARMA BRANCA/FOGO ( ) ONCOLÓGICA ( ) LESÃO POR PRESSÃO ( ) LEISHMANIOSE ( ) ALÉRGICA

( ) OUTRAS: ( ) A DEFINIR

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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SALA DE CURATIVOS - CONSULTA DE ENFERMAGEM

DISTRITO SANITARIO: ____________________________UNIDADE:_________________________

AVALIAÇÃO DA FERIDA/ Escala Bates-Jensen

Mensuração Data

Comprimento

Largura

INDICADORES

Datas Item Avaliação/Localização – Registrar E- esquerdo ou D- Direito 1. Tamanho

1 = Comprimento x largura < 4 cm2

2 = Comprimento x largura 4- < 16 cm2

3 = Comprimento x largura 16,1- < 36 cm2

4 = Comprimento x largura 36,1- < 80 cm2

5 = Comprimento x largura > 80 cm2

2. Profundidade 1 = Eritema não branqueável na pele íntegra

2 = Perda parcial da espessura da pele envolvendo epiderme e/ou derme

3 = Perda total da espessura da pele envolvendo dano ou necrose do tecido

subcutâneo

4 = Coberto com necrose

5 = Perda total da espessura da pele com destruição extensa, necrose tecidual, ou

dano muscular, ósseo ou de estruturas de apoio

3. Bordas 1 = Indefinidas, não visíveis claramente

2 = Definidas contorno claramente visível, aderidas, niveladas com a base da

ferida

3 = Bem definidas, não aderidas à base da ferida

4 = Bem definidas, não aderidas à base, enrolada, espessada

5 = Bem definidas, fibróticas, com crosta e /ou hiperqueratose

4. Descolamento 1 = Ausente.

2 = Descolamento < 2cm em qualquer área

3 = Descolamento de 2-4cm envolvendo < 50% das bordas

4 = Descolamento de 2-4cm envolvendo > 50% das bordas

5 = Descolamento > 4 cm ou tunelização em qualquer área

5.Tipo de tecido

necrótico

1 = Ausente

2 = Tecido não viável branco/cinza e /ou esfacelo amarelo não aderido

3 = Esfacelo amarelo pouco aderido

4 = Escara preta, úmida, aderida

5 = Escara preta, úmida, totalmente aderida

6.Quantidade de

tecido necrótico

1 = Ausente

2 = < 25% do leito da ferida coberto

3 = 25% a 50% da ferida coberta

4 = > 50% e < 75% da ferida coberta

5 = 75% a 100% da ferida coberta.

7. Tipo de Exsudato 1 = Ausente

2 = Sanguinolento

3 = Serossanguinolento: fino, aquoso, vermelho/rosa pálido

4 = Seroso: fino, límpido, aquoso

5= Purulento: fino ou espesso, entre marrom opaco e amarelo, com ou sem odor

8. Quantidade de

exsudato

1 = Ausente, ferida seca

2 = Escassa, ferida úmida, mas sem evidência de exsudato

3 = Pequena

4 = Moderada

5 = Grande

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Bates-Jensen: Complete a folha de pontuação para avaliar as condições da ferida. Avalie cada item escolhendo a resposta que melhor descreve a ferida, registrando as respectivas pontuações e datas na coluna correspondente.

REGISTRO DE AVALIAÇÃO DA FERIDA

9 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65

Regeneração da ferida Degeneração da ferida

Assinale com um X a pontuação na linha de registro de avaliação da ferida, inserindo a data abaixo da linha. Anote as

diversas pontuações e suas respectivas datas, a fim de possibilitar visualização da regeneração ou degeneração da ferida.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

SALA DE CURATIVOS - CONSULTA DE ENFERMAGEM DISTRITO SANITARIO: ____________________________UNIDADE:_________________________

9. Cor da pele ao

redor da ferida

1 = Rosa ou normal para o grupo étnico

2 = Vermelha brilhante e/ou esbranquiçada ao toque

3 = Branca ou cinza pálido ou hipopigmentada

4 = Vermelha escura ou roxo e/ou não branqueável

5 = Preta ou hiperpigmentada

10. Edema do tecido

periférico

1 = Sem edema

2 = Edema não depressível estende-se < 4cm ao redor da ferida

3 = Edema não depressível estende-se >4cm ao redor da ferida

4 = Edema depressível < 4cm ao redor da ferida

5 = Crepitações e/ou Edema depressível > 4cm ao redor da ferida

11.Endurecimento

do tecido periférico

1 = Ausente

2 = Endurecimento <2cm ao redor da ferida

3 = Endurecimento 2-4 cm estendendo-se <50% ao redor da ferida

4 = Endurecimento 2-4 cm estendendo-se >50% ao redor da ferida

5 = Endurecimento > 4cm em qualquer área ao redor da ferida

12. Tecido de

Granulação

1 = Pele íntegra ou ferida de espessura parcial

2 = Vermelho vivo brilhante: 75% a 100% da ferida preenchida e/ou crescimento

excessivo do tecido

3 = Vermelho vivo brilhante <75% e > 25% da ferida preenchida

4 = Róseo e/ou vermelho escuro opaco e/ou preenche < 25% da ferida

5 = Ausência de tecido de granulação

13. Epitelização

1 = 100%da ferida coberta, superfície intacta

2 = 75% a < 25% da ferida coberta e/ou com tecido epitelial estendendo-se >

0,5cm no leito da ferida

3 = 50% a <75% da ferida coberta e /ou com tecido epitelial estendendo-se <

0,5cm no leito da ferida

4 = 25% a <50% da ferida coberta

5 = <25% da ferida coberta

Pontuação Total: Bates-Jensen

Evolução/Registos e Encaminhamentos ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Data-------/----------/----------------- Assinatura/Carimbo.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

FICHA DE REGISTRO DIÁRIO – SALA DE CURATIVOS DISTRITO SANITÁRIO____________________UNIDADE DE SAÚDE:_________________

Nome: Idade: Prontuário:

Endereço: ( ) HAS ( ) DM____ ( ) TABAGISMO ( ) ETILISMO ( ) DOENÇA FALCIFORME ( ) DOENÇAS VASCULARES ( ) NEOPLASIA ( ) OUTROS

DN CNS Sexo:

Ocupação: Tel.:

DATA TIPO DE LESÃO

¹ ² ³ 4 5 6 7 8 9 10

RETIRADA PONTOS

CIRÚRGICA

DEISCÊNCIA

ABSCESSO

QUEIMADURA

PÉ DIABÉTICO

ÚLCERA VENOSA

ÚLCERA ARTERIAL

ÚLCERA DOENÇA FALCIFORME

ESCORIAÇÕES

ARMA BRANCA/FOGO

OUTROS:

CARACTERÍSTICAS DA LESÃO

NECROSE

ESFACELO

EXSUDATIVA

SECA

CAVITÁRIA

INFECTADA

GRANULADA

BORDA MACERADA

EPITELIZADA

MATERIAL UTILIZADO

BOTA DE UNNA

COMPRESSA COM PHMB (KERLIX)

COMPRESSA NÃO ADERENTE

ESPUMA DE POLIURETANO (ALLEVYN) ESPUMA DE POLIURETANO AG (BIATAIN AG)

HIDROFIBRA (AQUACEL)

HIDROFIBRA AG (AQUACEL AG)

HIDROGEL (SOLOSITE)

HIDROGEL COM ALGINATO (SAF-GEL)

POMADA A BASE DE IODO (IODOSORB) CREME HIDROFÓBICO (CREME BARREIRA)

OUTROS:

LOCALIZAÇÃO DA LESÃO:

LOTE VALIDADE

ASSINATURA CARIMBO

¹ ² ³ 4 5

6 7 8 9

10

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TERMO DE ADESÃO/COMPROMISSO

Objetivos do tratamento:

No tratamento de feridas o Serviço tem por objetivos:

Avaliar e acompanhar o portador de ferida;

Encaminhar para outros profissionais quando se fizer necessário;

Propiciar condições que facilitam a cicatrização da ferida;

Orientar e estimular o autocuidado.

Entendimento por parte do paciente

Fica claro ao paciente o direito e a oportunidade de fazer perguntas relacionadas ao Serviço, tratamento,

seus objetivos e suas regras, sendo que os profissionais do serviço estarão sempre aptos a respondê-las.

É de sua responsabilidade: não faltar aos retornos agendados por duas vezes consecutivas ou três

alternadas sem comunicação prévia; respeitar e seguir todas as orientações fornecidas pelos profissionais de

saúde; não retirar ou trocar o curativo no domicílio sem a autorização do profissional; procurar o Serviço de

Saúde fora da data agendada em caso de intercorrências ou complicações; assumir as atividades relativas à

limpeza e higiene pessoal.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE COMISSÃO DE FERIDAS DA SMS DISTRITO SANITÁRIO:_______________________________ UNIDADE DE SAÚDE:_________________________________

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PARA ADESÃO AO TRATAMENTO, OBTENÇÃO E UTILIZAÇÃO DE IMAGENS

Eu, ________________________________________________________________________, RG:_____________________,

residente à _________________________________________ Nº_______, complemento ____________________, Bairro

____________________________, na cidade de ____________________________________, por meio deste Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido para Adesão ao Tratamento, Obtenção e Utilização de Imagens, consinto que o (a)

profissional: __________________________________________ Unidade de Saúde:

______________________________________________, tire fotografias, faça vídeos e outros tipos de imagens, sobre o meu

caso clínico. Consinto que estas imagens sejam utilizadas para finalidade didática e científica, divulgadas em aulas, palestras,

conferências, cursos, congressos entre outros. Consinto ainda, que os dados dos meus exames laboratoriais e de imagem,

solicitados para auxílio diagnóstico e acompanhamento do caso, sejam utilizados e divulgados. Fui esclarecido do

compromisso de realizar o(s) curativo(s), conforme orientações fornecidas pelos profissionais de saúde, sobre o tratamento a

ser realizado, cuidados com a higiene pessoal, não faltar aos agendamentos por duas vezes consecutivas ou três vezes

alternados sem aviso prévio e, de que não receberei nenhum ressarcimento ou pagamento pelo uso das minhas imagens,

dados e resultados de exames. Minha participação é de livre e espontânea vontade, sendo assegurado a confidencia das

respostas, assim como, o sigilo da minha identidade. Este consentimento pode ser revogado, a meu pedido, sem qualquer

ônus ou prejuízo à minha pessoa, desde que a revogação ocorra antes da publicação.

Salvador-Ba, _______ de _________________ de ______.

________________________________________________

Assinatura do paciente

Paciente: _______________________________________________ Tel.: ( )_____________

Cartão SUS: _____________________________ C.P.F: _____________________________

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Tabela resumida das Coberturas utilizadas SMS

NOME COMPOSIÇÃO AÇÃO TROCA APLICAÇÃO

COMERCIAL

Curativo estéril, não Tem capacidade de 7 dias Aplicar diretamente sobre a ferida de forma que ultrapasse

aderente, de material absorver, moderado a a borda da ferida em pelo menos 1 cm em toda a sua

não-tecido, em placa ou intenso, exsudato extensão. Requer cobertura secundária. Em feridas

fita, composto por formando um gel cavitárias introduzir a fita preenchendo o espaço

CARBOXIMETIL hidrofibras100% coeso, que se adapta parcialmente, deixando margem mínima de 2,5 cm da fita

CELULOSE carboximeticelulose a superfície da ferida para fora da superfície para facilitar a retirada. O curativo

SÓDICA sódica e 1,2% de prata formando meio úmido, pode ser cortado no tamanho necessário sem desfiar suas

iônica. provendo fibras. Ocluir com gaze estéril. Fixar com micropore ou

desbridamento atadura de crepom.

autolítico. Sua

absorção ocorre na

vertical e horizontal.

Bandagem estéril É uma bandagem de Quando Antes de iniciar o procedimento colocar o paciente em

composto por 42% compressão elástica / houver repouso com os membros inferiores elevado por 30

BOTA DE UNNA glicerina, 11,1% gelatina, não-elástica que saturação da minutos;

10,5% óxido de zinco, apresenta efeito cobertura ou Caso o paciente utiliza outras coberturas, realizar o

100 g água qsp, 0,2% apenas durante a extravasament curativo antes do repouso e aplicação.

conservantes movimentação, o de exsudato, Durante o enfaixamento manter o pé em ângulo de 90º em

quando ocorre a não relação à perna para favorecer a deambulação;

contração e ultrapassando Iniciar o enfaixamento da região distal do metatarso,

relaxamento dos 07 dias após a incluindo o calcanhar até 3 cm abaixo do joelho. O

músculos dos aplicação. enfaixamento deverá ser sobreposto em 50% em espiral ou

membros inferiores, Trocar o “8”; na região do calcanhar utilizar sempre o enfaixamento

auxiliando o retorno curativo em “8”. Evitar dobras ou rugas na atadura durante o

venoso diminuindo o secundário e enfaixamento;Fazer pressão suficiente para manter o

edema e favorecendo sua faixa de enfaixamento firme, porém sem garrotear o

a cicatrização da fixação membro;Aplicar gaze sobre a primeira bandagem para

úlcera. sempre que absorção do excesso de exsudato na região próxima a

sujos ou ferida, se houver necessidade; Aplicar a segunda camada

molhados. da bandagem, observando todos os procedimentos

anteriores.

Pomada estéril composta Promove a remoção Deve ser Aplique uma quantidade suficiente e cubra completamente

porcadexômero, do excesso de trocado a lesão com um curativo secundário adequado. Não deverá

POMODA ESTÉRIL polietilenoglicol e 0,9% exsudato e fibrina na quando se ser usado em tecidos necróticos secos ou em doentes com

COM 0,9% DE de concentração de iodo. base da ferida e reduz apresentar sensibilidade conhecida ao iodo ou a qualquer um dos

CONCENTRAÇÃO Embalagem: individual a contaminação saturado de seus componentes.

DE IODO em tubo de alumínio bacteriana na sua fluídos da

contendo 40g. superfície. lesão e todo

iodo tiver sido

liberado. Isso

é indicado

pela perda de

cor e em geral

ocorrem duas

a três por

semana.

Compressa de gaze, Curativo altamente A cada 72 O curativo deverá ser substituído sempre que for

estéril, 100% algodão, absorvente, sistema horas ou necessária a diminuição de sua caracterização não

GAZE ESTERIL trama larga, impregnada especial de produção conforme a aderente. Antes de aplicar o curativo, deverá ser feita

IMPREGNADA com polihexametileno de para que não se saturação do limpeza do local com soro fisiológico a 0,9% ou com

COM PHMB 0,2% biguanida 0,2%. Pacote desfie agente curativo surfactante em jato morno. O curativo deverá ser coberto

contendo duas gazes, antimicrobiano de secundário. com um curativo secundário absorvente conforme

esterilizado por oxido de amplo espectro. A indicação clínica da lesão;

etileno, dimensões: 15 x uniformidade da

17cm. malha que compõe a

gaze, associada à

emulsão de

petrolatum ou parafina

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proporciona uma

cobertura primária

com poros não

ocluídos que impede a

aderência do mesmo

ao ferimento, além de

facilitar o fluxo de

exsudato para a

cobertura secundária

absorvente.

Possui 77,7% de água, Curativo hidrogel, com A cada 72 Deve ser usado sempre associado à cobertura oclusiva

20% de propilenoglicol, gel hidratante amorfo horas. A secundária. Contra-indicado: para Feridas com grande

HIDROGEL COM 2,3% de transparente, com cobertura quantidade de exsudato

ALGINATO/SEM carboximetilcelulose. alginato, 85 g não secundária

ALGINATO estéril. deverá ser

trocada a cada

72 horas ou

sempre que

necessário.

Mantém um meio úmido Curativo de espuma A cada 7 dias Prepare e limpe a pele em redor da ferida removendo o

apropriado à cicatrização hidrocelular/ hidrofílico ou quando o excesso de umidade. Os pelos em excesso devem ser

ESPUMA

de lesões com exsudato, altamente absorvente cortados para assegurar um contato íntimo com a ferida. exsudato

for

HIDROCELULAR incluindo úlceras de composto de 02 Alise o curativo sobre a ferida removendo o material

DE POLIURETANO pressão, úlceras de camadas de visível na protetor restante e certifique-se de que o curativo está bem

perna, ferimentos poliuretano, sendo camada aderente em todo o redor da ferida. A cobertura pode ser

infectados e úlceras de uma permeável a

cortada para ajustar ao tamanho da ferida. externa

da

pé diabético

vapores úmidos, que

cobertura.

permite troca gasosa,

impermeável a água e A troca da bactérias. Estéril. cobertura

Dimensões 10x10 cm. secundária

deve ser

diária, ou

sempre que

necessário

CREME

HIDROFÓBICO

Pomada estéril composta de

Protetor de pele e hidratante

Qdo necessário Barreira de proteção da pele quanto exdutatos

Placas de 7,5 x 7,5 cm e Age preservando o A cada 48 Limpar a ferida com soro fisiológico a 0,9% e secar,

7,5 x 20 cm compostas tecido de granulação horas, ou aplicando a gaze não aderente com cobertura secundária.

GAZE COM de acetato de celulose e não adere ao leito antes, se Contra-indicado para feridas exsudativas com infecção.

PETROLATUM impregnada com da ferida. necessário. A

petrolatum. Indicado para troca da

queimaduras cobertura

superficiais de 2º secundária

grau, áreas cruentas deve ser

pós-trauma ou diária, ou

ressecção cirúrgica. sempre que

necessária.

ESPUMA DE Espuma de poliuretano Age na presença de A troca deve Aplicar após limpeza com solução fisiológica. Deve ser

POLIURETANO absorvente, macia e exsudato, a prata é ser realizada utilizado com a face branca voltada para o leito da ferida,

COM PRATA flexível, que contém um continuamente em até 7 dias, com cobertura de pelo menos de 2 cm além da borda da

IÔNICA complexo de prata liberada no leito da ou quando ferida; sendo necessário uma fixação externa(atadura ou

patenteado. ferida durante 7 dias. necessário. micropore).

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Fluxograma para atendimento de Portador de Feridas

Unidade de Saúde

PACIENTE

A.C.S.

Visita Domiciliar

Recepção

Acolhimento na Sala de Curativo

Consulta de Enfermagem

Aguarda Vaga Inserção no Programa

Avaliação Médica Avaliação Médica Avaliação do Enfermeiro

Alta ou

Encaminhamentosssssss

Avaliação e orientação pelo Enfermeiro

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ESCALA DE BATES - JANSEN

A literatura internacional disponibiliza instrumentos para avaliação de feridas, que são

considerados válidos, confiáveis, de auxílio à prática clínica e podem ser utilizados como

ferramentas de decisão, pelo enfermeiro, sobre o tratamento do paciente. Dentre os

instrumentos disponíveis, pode-se destacar o Pressure Score Status Tool (PSST)

desenvolvido em 1990, por meio da Técnica Delphi¹, com a finalidade de acompanhar o

processo de cicatrização das úlceras por pressão. Em 2001, o instrumento foi reformulado

para poder ser utilizado em feridas de outras etiologias, passando então a ser denominado

Bates-Jensen Wound Assessment Tool (BWAT). A versão atual do BWAT contém 13 itens

que avaliam tamanho, profundidade, bordas, descolamento, tipo e quantidade de tecido

necrótico, tipo e quantidade de exsudato, edema e endurecimento do tecido periférico, cor da

pele ao redor da ferida, tecido de granulação e epitelização. A escala de medida é do tipo

Likert², com cinco pontos, onde 1 indica a melhor condição da ferida e 5, a pior condição. O

escore total é obtido com a soma de todos os itens e pode variar de 13 a 65 pontos, sendo que

as maiores pontuações indicam as piores condições da ferida. Os itens tamanho,

profundidade, bordas e descolamento devem ser pontuados como zero quando as lesões estão

cicatrizadas. O instrumento contém dois itens adicionais – localização e forma – que não

fazem parte do escore total. Em seu formato original, o BWAT é acompanhado de um guia

com instruções de preenchimento de cada um dos itens de avaliação da ferida. Este guia

possibilita que os profissionais utilizem os mesmos critérios durante o processo de avaliação,

pois define cada característica a ser observada.

¹Trata-se de uma técnica que pode ser usada para obter consenso a respeito dos riscos de um projeto;

²Tipo de escala de resposta psicométrica usada habitualmente em questionários, e é a escala mais usada em pesquisas de opinião.

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GUIA DE INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO DA ESCALA DE BATES-JANSEN

DIRETORIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/DAS

SUBCOORDENADORIA DE ARTICULAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

COORDENADORIA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA À SAÚDE

1. Tamanho (largura x comprimento) Use uma régua para medir, em centímetros, o maior

1=comprimentoxlargura <4 cm2

comprimento e a maior largura da ferida; multiplique largura x

2=comprimentoxlargura 4-<16 cm2

comprimento. Registrar em régua, iniciais do nome do paciente,

3=comprimentoxlargura 16,1- <36 cm2

registro da unidade, data e cobertura utilizada.

4=comprimentoxlargura 36,1-<80 cm2

5=comprimentoxlargura >80 cm2

2. Profundidade 1 = tecidos danificados (lesionados), mas sem ruptura na

1= Eritema não branqueável na pele íntegra. superfície da pele

2=Perda parcial da espessura da pele envolvendo 2 = superficial, abrasão, bolha ou ferida rasa; plana e/ou com

epiderme e/ou derme. elevação acima da superfície da pele (p.ex. Hiperplasia)

3=Perda total da espessura da pele envolvendo 3 = ferida profunda com ou sem descolamento do tecido adjacente

dano ou necrose do tecido subcutâneo. 4 = impossibilidade de visualização das camadas do tecido,

4=coberto com necrose devido à necrose

5=Perda total da espessura da pele com destruição 5 = estruturas de apoio incluindo tendão e cápsula articular

extensa, necrose tecidual, ou dano muscular, ósseo

ou de estruturas de apoio

3. Bordas 1.Indefinidas = impossível distinguir visivelmente o contorno da

1= Indefinidas, não visíveis claramente ferida

2=Definidas, contorno claramente visível, 2.Aderidas = nivelada com o leito da ferida, sem a presença de

aderidas, niveladas com a base da ferida. paredes laterais; plana

3=Bem definidas, não aderidas a base da ferida. 3.Não aderidas = presença de paredes laterais elevadas; leito ou

4=Bem definidas, não aderidas à base, enrolada, base da ferida mais profundos do que as bordas

espessada. 4.Enroladas sobre si mesmas, espessadas = de macia a firme e

5=Bem definidas, fibróticas, com crosta e /ou flexível ao toque

hiperqueratose. 5.Hiperqueratose = formação de tecido caloso ao redor da ferida

e nas bordas. Fibróticas, cicatrizadas = dura, rígida ao toque.

4. Descolamento Proceder a avaliação inserindo uma haste flexível sob a borda da

1=Ausente ferida; introduza-a até onde for possível, sem forçar; levante a

2= Descolamento <2cm em qualquer área ponta da haste, de forma que possa ser visualizada ou perceptível

3= Descolamento de 2-4cm envolvendo <50% das na superfície da pele; marque a superfície com uma caneta;

bordas. mensure a distância entre a marca feita na pele até a borda da

4= Descolamento de 2-4cm envolvendo > 50% das ferida. Continue com o processo ao redor de toda a ferida. Use,

bordas então, uma escala de medida circular e transparente, com círculos

5= Descolamento > 4 cm ou tunelização em concêntricos divididos em 4 quadrantes (25%), para possibilitar a

qualquer área. definição do percentual da área envolvida.

5. Tipo de tecido necrótico Escolha o tipo de tecido necrótico que é predominante na ferida,

de acordo com a cor, consistência e aderência:

1=Ausente 2 Tecido não viável branco/cinza = pode estar presente antes da

2= Tecido não viável branco/cinza e /ou esfacelo ferida abrir; a superfície da pele é branca ou cinza Esfacelo

amarelo não aderido amarelo não aderido = substância fina, macerada; espalhada por

3= Esfacelo amarelo pouco aderido todo o leito da ferida; facilmente separada do tecido da ferida

4= Escara preta, úmida, aderida 3.Esfacelo amarelo, pouco aderido = tecido espesso, fibrinoso,

5= Escara preta, dura, totalmente aderida. debris, aderido ao leito da ferida

4. Escara preta, macia, aderida = tecido úmido totalmente aderido

ao leito da ferida

5.Escara preta/dura, totalmente aderida = tecido firme, com

crosta; totalmente aderido à base e às bordas da ferida (como uma

crosta dura)

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6. Quantidade de tecido necrótico

1=Ausente

2= <25% do leito da ferida coberto

3= 25% a 50% da ferida coberta

Utilize uma escala de medida circular e transparente, com círculos

concêntricos divididos em 4 quadrantes (25%), para possibilitar a

definição do percentual da ferida envolvida.

4= > 50% e <75% da ferida coberta

5= 75% a 100% da ferida coberta.

7. Tipo de Exsudato Algumas coberturas interagem com a drenagem da ferida

1 =Ausente produzindo um gel ou um líquido que pode confundir a avaliação.

2= Sanguinolento Antes de avaliar o tipo de exsudato, limpe a ferida suavemente

3= Serosanguinolento: fino, aquoso, vermelho/rosa com soro fisiológico. Escolha o tipo de exsudato que é

pálido predominante na ferida, de acordo com a cor e consistência,

4= Seroso: fino, límpido, aquoso utilizando este guia:

5= Purulento: fino ou espesso, entre Sanguinolento = fino, vermelho brilhante

marrom opaco e amarelo, com ou sem odor Serosanguinolento = fino, vermelho aquoso a róseo

Seroso = fino, aquoso, límpido

Purulento = fino ou espesso, marrom opaco a amarelo

Purulento fétido = espesso, amarelo opaco a verde, com odor

fétido

8. Quantidade de exsudato Utilize uma escala de medida circular e transparente, com círculos

concêntricos divididos em 4 quadrantes (25%), para possibilitar a

1=Ausente, ferida seca definição do percentual da cobertura envolvida pelo exsudato:

2= Escassa, ferida úmida, mas sem evidência de 1.Ausente = leito da ferida seco

exsudato 2.Escassa = leito da ferida úmido; exsudato não mensurável

3= Pequena 3.Pequena = leito da ferida úmido; umidade distribuída na ferida

4= Moderada de maneira uniforme; a saturação envolve < 25% da cobertura

5= Grande 4.Moderada = leito da ferida saturado; o exsudato pode ou não

estar uniformemente distribuída na ferida; a saturação envolve

mais de 25% até 75% da cobertura

5.Grande = leito da ferida banhado em fluído; exsudato

abundante; pode ou não estar uniformemente distribuída na

ferida; a saturação envolve >75% da cobertura

9. Cor da pele ao redor da ferida Avalie os tecidos até 4 cm da borda da ferida. Pessoas de pele

1=Rosa ou normal para o grupo étnico escura apresentam uma coloração “vermelho vivo” e “vermelho

2= Vermelha brilhante e/ou esbranquiçada ao escuro”, como um escurecimento normal da pele devido a etnia,

toque ou uma tonalidade roxa. Conforme a cicatrização vai ocorrendo

3= Branca ou cinza pálido ou hipopigmentada em pessoas de pele escura, o novo epitélio apresenta uma

4=Vermelha escura ou roxo e/ou não branqueável

coloração rósea e poderá não ocorrer posterior escurecimento.

5= Preta ou hiperpigmentada

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10. Edema do tecido periférico Avalie os tecidos até 4 cm da borda da ferida. Edema não

depressível aparece como uma pele brilhante e distendida.

1=Sem edema Identifique edema depressível pressionando firmemente um dedo

2= Edema não depressível estende-se < 4cm ao nos tecidos e esperando 5 segundos; à liberação da pressão, os

redor da ferida tecidos não retornam à posição anterior e forma-se uma

3= Edema não depressível estende-se >4cm ao depressão. O endurecimento é um enrijecimento anormal dos

redor da ferida tecidos ao redor da ferida. Avalie os tecidos pinçando-os

4= Edema não depressível < 4cm ao redor da ferida suavemente. O endurecimento resulta na impossibilidade de

5= Crepitações e/ou Edema não depressível > 4cm

pinçar os tecidos. Utilize um guia de mensuração transparente ou

régua para determinar a extensão do edema ou do endurecimento

ao redor da ferida que ultrapassa a área da ferida.

11. Endurecimento do Tecido Avalie os tecidos até 4 cm da borda da ferida. Edema não

depressível aparece como uma pele brilhante e distendida.

1=Ausente Identifique edema depressível pressionando firmemente um dedo

2= Endurecimento <2cm ao redor da ferida nos tecidos e esperando 5 segundos; à liberação da pressão, os

3= Endurecimento 2-4 cm estendendo-se <50% ao tecidos não retornam à posição anterior e forma-se uma

redor da ferida depressão. O endurecimento é um enrijecimento anormal dos

4= Endurecimento 2-4 cm estendendo-se >50% ao tecidos ao redor da ferida. Avalie os tecidos pinçando-os

redor da ferida suavemente. O endurecimento resulta na impossibilidade de

5= Endurecimento > 4cm em qualquer área ao pinçar os tecidos. Utilize um guia de mensuração transparente

redor da ferida para determinar a extensão do edema ou do endurecimento que

ultrapassa a área da ferida.

12. Tecido de Granulação O tecido de granulação é o crescimento de pequenos vasos

sanguíneos e de tecido conjuntivo para preenchimento de feridas

1=Pele íntegra ou ferida de espessura parcial

2= Vermelho vivo brilhante: 75% a 100% da ferida

preenchida e/ou crescimento excessivo do tecido

3= Vermelho vivo brilhante <75% e > 25% da

ferida preenchida

5= ausência de tecido de granulação

de espessura total. O tecido é saudável quando

brilhante,vermelho vivo, luminoso e granular, com uma

aparência

aveludada. O suprimento vascular insuficiente aparece como uma

coloração rosa pálido ou vermelho escuro, acinzentado.

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Referencia e Fonte: David, RAR. FERNANDES, AP Curativos Especiais no Tratamento das

Úlceras Diabéticas a Rede Primária de Salvador – BA . Universidade Federal da Bahia.

Salvador, 2017

Alves DFS, Almeida AO, Silva JLG, Morais FI, Dantas SRPE, Alexandre NMC. TRADUÇÃO E

ADAPTAÇÃO DO BATES-JENSEN WOUND ASSESSMENT TOOL PARA CULTURA

BRASILEIRA. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, Jul-Set; 2015 24(3): 826-33.

13. Epitelização A epitelização é o processo de regeneração da epiderme e aparece

como uma pele cor-de-rosa ou vermelha. Em feridas de espessura

1=100%da ferida coberta, superfície intacta parcial, a epitelização pode ocorrer ao longo do leito da ferida,

2= 75% a < 25% da ferida coberta e/ou com tecido bem como a partir das bordas da ferida. Em feridas de espessura

epitelial estendendo-se > 0,5cm no leito da ferida total, ocorre apenas a partir das bordas. Use uma escala de medida

3= 50% a <75% da ferida coberta e /ou com tecido circular e transparente, com círculos concêntricos divididos em 4

epitelial estendendo-se < 0,5cm no leito da ferida quadrantes (25%), para possibilitar a definição do percentual da

4= 25% a <50% da ferida coberta ferida envolvida e para mensurar a distância pela qual o tecido

5= <25% da ferida coberta epitelial estende-se na ferida.

Pontuação total bates Jensen Após a leitura das definições e métodos de avaliação descritos a

seguir, preencha o instrumento em anexo para avaliar as

condições da ferida. Avalie uma vez por semana, ou

quinzenalmente, e/ou sempre que ocorrer alguma alteração na

ferida. Classifique de acordo com cada item, escolhendo a

resposta que melhor descreva a ferida, registrando as respectivas

pontuações e datas na coluna correspondente. Após a avaliação de

todos os itens da ferida, estabeleça a pontuação total, somando as

pontuações dos 13 itens. Quanto maior a pontuação total, mais

grave é a condição da ferida. Anote a pontuação total no Registro

de Avaliação da Ferida para acompanhar o progresso. Se a ferida

estiver cicatrizada/resolvida, pontue os itens 1, 2, 3 e 4 como zero.

Registro da Avaliação da Ferida Assinale com um X a pontuação na linha de registro de avaliação

(Régua Bates Jensen) da ferida, inserindo a data abaixo da linha. Anote as diversas

pontuações e suas respectivas datas, a fim de possibilitar

visualização da regeneração ou degeneração da ferida.

As avaliações consecutiva revelarão os resultados referentes as

intervenções sistêmica e tópica no tratamento das feridas.

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Lista de Vinculação dos Ambulatórios Municipais de

Doença Falciforme

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – PAPDF

DS Barra/Rio Vermelho Coordenação: Louricéia de Cerqueira Daltro

Tel: 3611-3914/3915

9º Centro de Saúde Sabino Silva Gerente: Marta Cristina Câmara Endereço: Rua Reinaldo de Matos, S/N – Nordeste de Amaralina Tel: 3611-3537

UBS São Gonçalo Av. Cardeal da Silva, s/n° - Federação Tel.3611-1340 UBS Clementino Fraga (5° Centro) Av. Centenário s/n° - Centenário Tel.3221-0800 UBS Engenho Velho da Federação Rua Apolinário Santana, s/nº - Engenho Velho da Federação Tel.3611-5706 UBS Osvaldo Caldas Campos (Santa Cruz) Rua Disneylândia, s/n° - Alto da Santa Cruz Tel.3611-3540 /3611-3541 USF Alto das Pombas Rua Teixeira Mendes s/n° - Alto das Pombas Tel.3611-1332 / 1333 USF Federação Rua Pedro Gama – Federação Tel.3611-1338 / 1339 USF Garcia Rua Quintino Bocaiúva, n° 8 - Fazenda Garcia Tel.3611-1334 / 1317 USF Ivone Silveira (Calabar) Av. Mª Pinto, s/n° - Calabar

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USF Sabino Silva - (9° C. S.) Rua Reinaldo de Matos s/n° - final de linha Nordeste Tel. 3611-3536 /3537

DS Boca do Rio Coordenação: Amália Lucy Araújo Magalhães

Tel: 3611.7312 / 7314

UBS César de Araújo Gerente: Rosângela Marques S. Santos Endereço: Rua Manoel Quaresma, nº 08 – Boca do Rio Tel. 3611 7317/7318 UBS Alfredo Bureau (12º C. S.) Rua Jaime Sapolnick, s/n – Marback Tel.3034-7777 / 7750 USF Parque de Pituaçu Rua Netuno, n° 04 - Pituaçu Tel.3611-7315 USF Pituaçu Rua Gonçalves Cezimbra s/n° - Pituaçu Tel. 3363-8618 USF Zulmira Barros - Costa Azul Rua Desembargador Manoel Pereira, s/n – Costa Azul Tel.3611-6853

DS Brotas Coordenação: Ricardo Augusto Freitas Santos

Tel: 3611-2961

UBS – 14º C.S. Mário Andrea Gerente: Lavinia Maria Valle Oliveira Endereço: Rua Fortunato Benjamin Saback, s/nº Sete Portas Tel: 3611-2958

Centro de Saúde Major Cosme de Farias Rua Direta de Cosme de Farias, s/n CEP: 40.252-000 Tel.3611-2963 UBS Manoel Vitorino Av. Dom João VI, 450 – Brotas Tel.3611-3801

USF Candeal Pequeno R. 18 de agosto, s/n Tel.3611-3605 /3611-3604

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USF Santa Luzia Rua Almirante Alves Câmera, 112- Engº. Velho de Brotas- 40243.000 Tel.3261-5042

DS Cabula-Beiru Coordenação: Gláucia Mª Dultra Deiró Torres

Tel: 3611-5416

UBS – 6° C.S. Rodrigo Argolo Gerente: Antonio Elias da Silva Endereço: Rua Pernambuco, s/nº - Tancredo Neves Tel: 3611-7306

DS Cajazeiras Coordenação: Simone Cruz de Barros

Tel.; 3611-5308

UBS – C.S. Nelson Piauhy Dourado Gerente: Herbert Espínola Endereço: Rua Endeo Nascimento, Qd C, s/nº Cajazeiras III – Águas Claras Tel.: 3611-5313

USF Boca da Mata Setor 07, Caminho 58 Fazenda Grande IV, CEP 41645175 Tel.3611-5304 / 5305 USF Cajazeira IV Rua Álvaro da Franca Rocha Via Coletora, s/n, CEP 41640010 Tel.3611-5350 / 5351 USF Cajazeira V Estrada do Matadouro, Rótula de Cajazeira V, s/n, CEP 41320060 Tel.3611-5309 / 5310 USF Cajazeira X Rua Ministro Apolônio Sales, Rua D, Quadra D, s/n, St 2, CEP 41330000 Tel.3611-5300 / 5301 USF Cajazeira XI Rua Juscelino Kubitschek, nº 18, Quadra D, CEP Tel.36115353 USF Jardim das Mangabeiras Rua Direta da Mangabeira, nº 108, Cajazeiras VIII, CEP 41338-070 Tel.3611-6902 USF Palestina Rua Sargento Bonifácio, s/n - Palestina, CEP 41308000 Tel.3611-6839

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USF Yolanda Pires Rua Direta, Quadra E, s/n - Fazenda Grande I, CEP Tel.3611-5369 / 5371

DS Centro Histórico Coordenação: Raimundo Messias Leal de Carvalho

Tel.: 3611-4134 UBS – CAE Centro Gerente: Carolina da Rocha Souza Endereço: Rua Carlos Gomes, 270 - Centro Tel.: 3611-6827

CS Ramiro de Azevedo Praça Campo da Pólvora s/n Nazaré Tel.3611-4194/4135 CS Santo Antônio Praça Quinze Mistérios, 238 Santo Antonio Tel.3611-4132/4133

UBS Pelourinho (19º C.S) Rua do Bispo, 37 Pelourinho Tel.3611-6821/6822/6851 UBS Péricles Esteves Cardoso (Barbalho) Rua Arturh de Aguiar, 04 Barbalho Tel. 3611-4137 / 4136 3611-4187 USF Iraci Izabel da Silva (Gamboa) Rua Gabriel Soares, 58b Ladeira dos Aflitos Tel.3611-6418/ 6419/6420 USF Terreiro de Jesus Faculdade de Medicina Subsolo Tel.3283-5569

DS Itapagipe Coordenação:

36116.6552 / 6554 UBS Ministro Alckimim Gerente: Bruno Borges Endereço: Lopes Trovão, s/nº - Massaranduba Tel: 3611-6562/52/72/83/88 UBS Virgílio de Carvalho Gerente: Suely Marisa Nery Ferreira Endereço: R. Duarte da Costa s/n Dendezeiros Tel: 3611-6563 USF Joanes Centro Oeste Gerente: Aline Vidreira Endereço: Conj. Joanes Centro Oeste Qd. 18 L 17 Hamesa-Lobato

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Tel: 3611-5201 USF Joanes Leste Gerente: Beatriz Santos Endereço: Conj. Joanes Leste Qd 23 - Lobato Tel: 3611-5202 / 03

DS Itapuã Coordenação: Ana Claudia Santana da Luz

Tel.: 3611-7220 UBS – 7° C.S. Prof. José Mariani Gerente: Tiana Alfaia de S. Pardo Endereço: Av. Dorival Caymmi, s/n - Itapuã Tel.: 3611-7116

USF Eduardo Mamede Setor E, Rua 1, s/nº - Caminho 16 - Mussurunga I - CEP: 41490-272 Tel.98143-0933 USF Nova Esperança Rua Sete de Setembro, s/nº CEASA (Rodovia Cia Aeroporto, Km 04) CEP: 41402-320 Tel. 3301-5063 UBS Orlando Imbassahy Rua Tancredo Neves s/n - Bairro da Paz - CEP: 41515-235 Tel.3611-7002 / 7012

UBS São Cristóvão Rua Lauro de Freitas, 53 - São Cristovão CEP: 41500-190 Tel.3377-2112

USF Alto do Coqueirinho Rua Sérgio Brito, s/nº - Alto do Coqueirinho - CEP: 41615-260 Tel.3611- 7121 USF Aristides Pereira Maltez Rua Lauro de Freitas, s/nº - São Cristovão CEP: 41500-190 USF Mussurunga I Rua 1, s/nº - Caminho 16 - Setor E - Mussurunga I - CEP 41490-272 Tel.3611-2982 USF Parque São Cristóvão R. Santa Rita da Ceasa, s/nº Parque São Cristóvão - CEP 41510-83 Tel.3611-7230

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DS Liberdade Coordenação: Maria Regina Santos de Oliveira

Tel: 3611-4141 UBS – 3º C.S. Bezerra Lopes Gerente: Alda Velloso Endereço: Rua Lima e Silva, 217 - Liberdade Tel: 3611-4145 /4140 16° CS Maria Conceição Santiago Imbassahy Rua Marquês de Marica, s/n – Pau Miúdo CEP: 40.310-000 Tel.3386-2086 UBS São Judas Tadeu Rua Prof. Soeiro, s/n – Pau Miúdo CEP: 40.310-300 Tel.3611-4013/4014 USF San Martin Av. San Martin, s/n CEP: 40.355-000 Tel3611-3559 USF Santa Mônica Rua Dr. Aristides Oliveira, 3401 – Santa Mônica CEP: 40.342-000 Tel.3611-1009

DS Pau da Lima Coordenação: Marcelo Augusto dos Santos Tavares

Tel.: 3611-7836 C.S. 7 de Abril Gerente; Fernanda Cristina Guedes Casado Endereço: Rua Feliciano, s/nº - Sete de Abril (próximo ao 50ª CPM) Tel.: 3611-7832/ 7833/ 7860/ 7861

DS Subúrbio Ferroviário Coordenação: Moisés Teles Ribeiro

Tel: 3397-6032

UBS – Sergio Arouca Gerente: Adeilton Lima de Jesus Endereço: Rua Carioca s/nº - Paripe Tel. 3611-5926

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DS São Caetano/Valéria Coordenação: Ricardo Augusto Valle Gomes

Tel: 3611-5800/5801/5802 UBS Marechal Rondon Gerente: Deise Freitas Endereço: Pça Marechal Rondon, s/nº - final de linha - Marechal Rondon Tel: 3611-5208/5209

18º Centro de Saúde - UBS Péricles Laranjeiras Rua das Pitangueiras s/nº - Faz. Grande do Retiro Tel.3611 -5805 / 5806 UBS Frei Benjamin Rua da Matriz s/nº - Valéria Tel.3611 -7910 / 7911 USF Nossa Senhora de Guadalupe (Alto do Peru) Endereço: 2ª Travessa do Oriente s/n Tel.3611-5819/5807 USF Alto do Cabrito Rua Santa Gertrude s/n – Alto do Cabrito Tel.3611-5210/5211 USF Antonio Lazzarotto Avenida Suburbana USF Boa Vista de São Caetano Rua Rodovia A, s/nº - Boa Vista de São Caetano Tel.3611-3543 USF Boa Vista Lobato Rua João Rodrigues Mendes s/nº- Final de Linha de Boa Vista do Lobato.

Tel.3611-5212/5213 USF Fiais Rua Voluntários da Pátria nº 67 – Fiais Tel.3611-5839 / 5840

USF Jaqueira do Carneiro Rua da Jaqueira s/nº- Retiro Tel.3611- 2967 USF Recanto da Lagoa Rua Salvador s/n Tel.3217-4669

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Ambulatórios Especializados DS Centro Histórico

Ambulatório Municipal de Hepatites Virais e Doença Falciforme (Multicentro Carlos Gomes) Rua Carlos Gomes, nº 270, Centro. Telefone: 3043-7003/ 3017-4937 (linha direta) Distritos atendidos: Brotas, Cabula/Beiru, Cajazeiras, Centro Histórico, Itapagipe, Liberdade, Pau da Lima, São Caetano/Valeria e Subúrbio Ferroviário.

DS Barra/Rio Vermelho

Ambulatório Municipal de Hepatites Virais e Doença Falciforme (Multicentro Vale das Pedrinhas) Avenida Ypiranga, s/n, Vale das Pedrinhas. Telefone: 3248-5279/ 3345-2332 Distritos atendidos: Barra/Rio Vermelho, Boca do Rio e Itapuã.

OBSERVAÇÃO: O Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme está em processo de descentralização na Atenção Primária. Os distritos que possuem apenas uma unidade descrita, ainda não realizaram a capacitação nas demais unidades para descentralização, portanto possuem uma unidade de referência distrital para o atendimento às pessoas com doença falciforme

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Unidades de Referência para Escleroterapia

NOME DA DISTRITO CONTATO EMAIL UN. PARA ESCLEROTERAPIA ENFª

SANDRA DAS 3202-1244 [email protected] REDES/DAS

GARGUR

[email protected]

ISABEL ALVES CABULA/BEIRU 3611-5416 USF - ALTO DA

CACHOEIRINHA

[email protected]

[email protected]

USF BOCA DA MATA

KELLY CAJAZEIRAS 3611-5306 [email protected]

BRAGA 3611-5308 [email protected]

3611-7221 [email protected] USF ARISTIDES PEREIRA

ANA NERY ITAPUÃ

MALTEZ [email protected]

[email protected]

PAU DA LIMA 3611-7836 [email protected] USF CANABRAVA

RITA

JANAÍNA [email protected]

[email protected]

[email protected]

SUBÚRBIO 3397-6743 UBS SÉRGIO AROUCA

FERROVIÁRIO [email protected]

PATRICIA

ANDRADE [email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

NILZA LIBERDADE 3611-4139 [email protected] USF - SAN MARTIN

PEREIRA/ 3611-4141

[email protected]

LYVIA

MIRELLE [email protected]

[email protected]

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CLAUDIA ITAPAGIPE 3611-6552 [email protected] USFJOANES LESTE

NEVES

[email protected]

[email protected]

LÉLIA BARRA - RIO 3611-3918 [email protected] USF - FEDERAÇÃO

SOBRINHO VERMELHO 3611-3915

[email protected]

MANUELA CENTRO 3611-4130 [email protected] 19° C.S. PELOURINHO

HISTÓRICO

[email protected]

ELISETE SÃO CAETANO 3611-5802 [email protected]

CRUZ

GOMES [email protected] UBS MARECHAL RONDON

[email protected]

ANDRÉIA BROTAS 3611-2961 [email protected] 14º C.S. MARIO ANDREA

COSTA

[email protected]

ANA BOCA DO RIO 3611-7314 [email protected] C.S. CÉSAR DE ARAÚJO

SHIRLEY

VIEIRA [email protected]

[email protected]

ATUALIZADO EM 04/01/2018

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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO SALVADOR COM PROFISSIONAIS CAPACITADOS NO MANEJO CLÍNICO EM HANSENÍASE

Atualizada em 12 de Dezembro de 2017

DISTRITO SANITÁRIO BARRA/RIO VERMELHO

Técnico de referência no DS: Enf. Dionise Dias Telefone: 3202-1513

Unidades Telefone Prof. Nome

USF Alto das

Pombas Rua Teixeira Mendes, S/N - Alto das Pombas

3611-1332/1333

Enf Daniela Alencar Vieira

Enf Isabela Longa

Enf Ana Paula Cândido de Oliveira

Med Ellen Lacerda de Oliveira

USF Garcia Rua Quintino Bocaiúva, N 6

Fazenda Garcia

3611-1334/1335

Med Caroline Bourbon

Med Creuza B. Barbosa Matias

Med Diego Espinheira da Costa Bomfim

Med Caroline Tanajura

Enf Ingrid JamilleTeixeira de Carvalho

Enf Laudelina Almeida dos Santos

Enf Alexandre Araújo Cordeiro de Sousa

USF Federação Rua Pedro Gama, Nº

28 - Federação 3611-1338/1339

Enf Acácio Rodrigues de Almeida

Med Rita de Cassia Carvalho Pereira

Med Rosa Maria Sapucaia

Med Antônio Carlos Fonseca Gomes

Enf Patricia Silva Prado

Enf Taise Oliveira

Enf Taiane Araújo

Enf Amanda Rafaela Cruz Bernardo

USF Ivone Silveira - Calabar

Av. Maria Pinho, S/N - Calabar

3611-1336 /1337

Med Ilka Maciel

Enf Denise Sena

Enf Mariana Cavalcante B. Passos

Enf Wesley Lima Rigor

Enf

Denise Sena Silva

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USF Prof. Sabino Silva - Nordeste Rua Reinaldo de

Matos, S/N - Final de linha Nordeste

7 ESF

3611-3536/3537

Enf Luciana Lopes da Cruz Neves

Enf Andréia de Jesus Soraes

Enf Manoela Pereira Silva

Enf Tereza Cristina Rodrigues Oliveira

Med Luiza Batinga

Med Larissa Cerqueira

Med Lara Cardoso

Enf Ana Carolina Falcão

Enf Leandro Lacerda

UBS São Gonçalo Não tem consultório

3611-1340 /1341

USF Menino Joel Med Diogo Neves/Fabiana Vanni Brito

USF Clementino Fraga

3247-1145 /7686

Enf Daniel Januzzi Ferreira

Enf Elisângela Sousa Ramos

Enf Cícero Vieira Mendes

Med Lua Morena Leoni Silva

Med Priscila Teixeira de Queiroz Rocha

UBS Osvaldo Caldas Campos (Santa Cruz) R. Disneylândia, s/n° -

Alto da Santa Cruz

3611-3540 3611-3541

Enf Márcia Liborio

Med Lindaura Machado

Enf Letícia Guedes Barbosa

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DISTRITO SANITÁRIO BOCA DO RIO

Técnico de referência no DS: Enf. Ana Maria Aguiar de Almeida Santos Telefone: 3611-7312/7313/7314

Unidades Telefone Prof. Nome

USF Zulmira Barros - Costa Azul

Rua Desemb. Manoel Pereira, S/N - Costa

Azul

3611-6853 Gerente: Rita

01 ESF

Med Breno Maximiano Soares

Enf Mariana Carvalho Gavazza

USF Parque Pituaçu Rua Netuno, nº 04 -

Pituaçu

3611-7315/7376 Gerente: Orlando

02 ESF

Enf Elisângela Cecília Cunha Guerra

Med Marita Pinho Cerqueira

Med Rosalvo Abreu Silva

Enf Patrícia Azevedo

UBS Dr. César Araújo

Rua Manoel Quaresma, nº 08 -

Boca do Rio

3611-7317/7375

Enf Valdete Liete Surlo

Enf Lauriman Bezerra

Med Maria Ângela Pimentel

Enf Valdete LeideSurlo

USF Pituaçu Rua Gonçalves Cezimbra, S/N -

Pituaçu

3363-8618 Gerente: Luciana

03 ESF

Enf Maira do Prado Silva

Med Mariel Souza Castro

Med Patrícia Dantas Albuquerque

Med Sita Viana Salustino

12º C.S. Alfredo Bureal + PA

Rua Jaime Sapolnick, S/N –Marback Imbuí

3034-7777 /7771/7768

Gerente Municipal: Taiane

Gerente da Terceirizada:

Monique

Enf Naiara Fiscina Ribeiro de Lima

Enf Alessandra Sandro de Souza

Med Maria de Lourdes de Britto Deda

Med Lucila Andrade Souza Freitas

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DISTRITO SANITÁRIO BROTAS

Técnico de referência do DS: Enf. Ângela Barros Telefone:3611-2960/59

Unidades Telefone Prof. Nome

USF Santa Luzia Rua Almirantes Alves

Câmara, 112 - Engenho Velho de

Brotas

3261-0120 Gerente: Wilmara

04 ESF

Enf Ana Paula Oliveira Braga

Enf Ana Patrícia Lisboa F. Ramos

Med Ricardo Lima Nery

Med Jaqueline Dias da Silva

Enf Wilmara Amorim Silva

UBS 14ºC.S Mario Andrea

Rua Fortunato Benjamin Saback, S/N

- Sete Portas

3611-2958/2962 Gerente: Michele

Med André Almeida Ribeiro de Jesus

Enf Antonia Ivana F. Aragão

USF Candeal Pequeno

Rua 18 de Agosto, S/N

3611-3605/3604 Gerente: Nadia

02 ESF

Med Maria das Graças Prisco

Med Regina Licia Peixinho

Med Camila Lyra Borges

Enf Poliana Lins de V. Raykel

Enf Isis Mariana Rocha Moraes

USF do Vale do Matatu

Vale do Matatu- Brotas

3334-0133 Gerente: Carolina

06 ESF

Enf Manoela Pereira Silva

Med Ana Luiza Tripodi Faria

Med Amanda Ribeiro de Araújo

Enf Gleidemárcia Dourado

Med Ariana de Oliveira Reis

Med Lívia Andrade

Med Aline Galvão

Med Alan Dantas

UBS Manoel Vitorino 3611-3800 / 3801

UBS Cardeal da Silva Rua Direta de Cosme

de Farias, s/n CEP:40.252-000

3611-2963 Enf Livia Sacramento Dantas

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DISTRITO SANITÁRIO CABULA/BEIRU

Técnico de referência no DS: A. S. Cleide Regina V. Lima Silva Telefone: 3611-5416 /5417/5418

Unidade Telefone Prof. Nome

USF Raimundo Agripino -

Sussuarana Rua UlisseGuimares

S/N

3611-5516 Gerente: Jaize

05 ESF

Enf Fernanda Maria de Lima Barrros

Med Flavia Queiroz Bessa

Enf Suzelli Mafra

Med Jeyson Luiz Moura

Enf Fernando Fábio Borges

Enf Lais Correia de Souza

USF Profº Guilherme Rodrigues da Silva -

Arenoso Rua Barão de Mauá,

79

3611-7300/01 Gerente:

Wellington 03 ESF

Enf Gisele Maria de Brito

Enf Vanessa de Carvalho Almeida

USF Prof. Dr. Carlos Santana - Doron

Rua Fernando de S. Paulo, S/N

3811-7302/7303 Gerente: Dulce

04 ESF

Enf Jean Ferreira Souza

Enf Ana Rita de Oliveira Pereira

Med Liana Cardoso Tellez

USF Prof. Humberto Castro Lima -

Pernambuezinho Rua Thomaz

Gonzaga, S/N

3611-7304 3611-7305

Gerente: Marília 04 ESF

Enf Herminia M de Oliveira Neta

Med Eunice B Ribeiro de Almeida

Enf Milton Neto

USF Fernando Filgueiras - Alto

Cachoeirinha Rua Alto da

Cachoeirinha, S/N Cabula VI

Gerente: Danie 04 ESF

Enf Érica Velascos Dias Gomes

Med Isabela Cruz de Vasconcelos

Enf Vania Magalhães

Med Larissa Lopes Caminha

Enf Milene Ramos

Enf Landineidy Correia

UBS CSU Pernambues Rua Thomaz

Gonzaga, 150, Pernambués

3611-9010/11 Gerente: Fabiana

Enf Magali Vidal G. Assis

Med

Karla Ramos M. de Oliveira

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USF Barreiras Rua Fernando

Pedreira as Silva S/N – Estrada das

Barreiras

3611-5421/22 Gerente: Lorena

04 ESF

Enf Valéria O. Borges

Med Luana Durães

Med Andrea Souza Perez Granja

USF Cristóvão Ferreira -

Saramandaia Rua da Horta, 270 –

Detran - Saramandaia

3611-9014/15 Gerente: Raquel

04 ESF

Enf Lhais C. Fraga

Med Saionara Maria Nunes Nascimento

Enf Magda Correia

USF Calabetão Rua Cleriston Andrade, s/n

3611-5206 Gerente: Carolina

02 ESF

Enf Dândara Santos

Enf Sara Peixoto

Med Tâmara Liborio

Med Fernanda Gadelha

UBS Mata Escura

Enf Nivea Palma Pereira

UBS Santo Inácio

Enf Sueli Barreto de Andrade

UBS Rodrigo Argolo – Tancredo Neves

Med Paula Fabiane da Hora Correia

UBS Eunísio Teixeira

Med Amanda Andrada Viana

Enf Núbia Meira

UBS Edson Teixeira Barbosa

Av. Hilda, 2 – CEP 41130-200

3611-9012 / 9013/ 98320-9441

Enf Silvia Gomes

UBS Arenoso Rua do Pastor – CEP

4121-405 3611-7301 Enf Dannubia Santana Barbosa

Central Médica Penitenciária

Enf Rita de Cássia Gentil da Silva

Enf Ingrid da Silva Barreto dos Anjos

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DISTRITO SANITÁRIO CENTRO HISTÓRICO

Técnico de referência no DS: Enf. Margareth Rocha Telefone:3611-4130/4131

Unidades Telefone Prof. Nome

UBS Santo Antônio Praça Quinze

Mistérios, 238 – Santo Antônio

3611-4132/4133 Enf Ana Cristina Freitas

19º C.S. – UBS Pelourinho

Rua do Bispo, 37 – Pelourinho

3611-6821 /6822/6851

Farm Adriana Brasil

Enf Irineide Rezende Campos Falcão

Enf Maria do Carmo Vilas Boas Santos

Med Mirella de Holanda Viana

Med Orisvaldo Rodrigues

Enf Maria Auxiliadora Santos Soares

USF Terreiro de Jesus

Fac. De Medicina – Sub solo – Terreiro de

Jesus

3283-5581

Med Lua Dultra

Enf Cintia Costa de Almeida

USF Dona Isabel da Silva - Gamboa

36116419 / 6418

Enf Leilane Grazziela

Med Carolina Machado

Med Licínia Pantaleão

Med Rita Sitael

UBS Ramiro de Azevedo

3611-4134 / 4135

Med Soraya Cristina Da Silva Badaró

Enf Gicele Dórea

Enf Jane Dias Coelho

Med Patrícia S. A. Mendes

UBS Dr. Péricles Esteves - Bárbalho

3611-4136 / 4137

Enf Daniela Costa

Med

Keila Alinine de Araújo

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Multicentro Carlos Gomes

3266-2187

3202-1915

Coord Enf. Wyne Rodrigues BArberino

Enf Maria Cristina Silva Costa Moreira

Enf Lorena Correia Cardoso

Enf Iraci R. de F. Souza

Coord Fisio Karen Pereira

Fisio Larissa Tosta

Fisio Priscila Carrilho

Coord Med Marcos Landim

Med Eduardo Rios

Med Mariana Pinheiro

Med Karina Sentó Sé

Enf Graciela Fagundes

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DISTRITO SANITÁRIO ITAPAGIPE

Técnico de referência no DS: Biol. Nadia Afonso das Chagas Lima Telefone: 3611-6552 / 6553

Unidades Telefone Prof. Nome

USF Joanes Leste Conjunto Joanes

Leste, Qd. 23 - Lobato

3611-5202/ 5203 Gerente: Beatriz

03 ESF

Enf Maria Elizabete Arariba

Med Hulda Maria Lopes

Med Haydeê Mascarenhas Godinho

Enf Giselle Sophia Craveiro Montargil

Enf Milena Assunção Costa Almeida

Med Pitia Novaes Tenise

USF Joanes Centro Oeste

Conjunto Joanes Centro Oeste, Qd. 18, L 17 Hamesa - Lobato

3611-5200/5201 Gerente: Aline

02 ESF

Enf Sandra Mara Ferraz de Souza

Med Diego Coelho Couto Maia

Med Thamires Ribeiro Gonzaga

Enf Marina Póvoas do Valle

UBS Virgílio de Carvalho

Rua Duarte da Costa, S/N - Dendezeiros

3611-6563/6564

UBS Ministro Alkmin Rua Lopes Trovão,

S/N - Massaranduba

3611-6551/6552/6572/6

583/6588

Enf Mirian Bomfim Santos

Med Alex Henrique G. Oliveira

Assist Social

Cleide Xavier

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DISTRITO SANITÁRIO CAJAZEIRAS

Técnico de referência no DS:Nilson R Barreto dos Santos Telefone: 3611-5308 / 5306 / 5307

Unidade Telefone Prof. Nome

USF Yolanda Pires Rua Direta da

Fazenda Grande, Quadra E, S/N -

Fazenda Grande I

3611-5369 3611-5371

Gerente: Geiza Emanuelli Sales Santos Moreira

04 ESF

Enf Erik Asley Ferreira Abade

Enf Giovanna Christina de Freitas M. Bastos

Med Estefane Evelin Gaspar

Enf Samantha Coelho Torres

Enf Dalila Melo de Souza

USF Jardim das Mangabeiras Rua Direta da

Mangabeira, nº 108, Cajazeiras VIII

3611-6902

Gerente: Vanessa de Jesus Reis

03 ESF

Enf Isabela Moitinho da Silva

Enf Morgana S Mascarenhas

Enf Amanda Amigo Soares

Med Henrique Simões Ribeiro

USF Cajazeiras X Rua Ministro Apolônio Sales, Rua D, Setor 2,

S/N

3611-5300 3611-5301

Gerente: Daiana Souza Magalhães

Med Luciano Oliveira de Almeida

Med Ticiane Monteiro Maia

Med Amanda Teixeira F Perreira

Enf Patrícia Dias de S. Moitinho

Enf Camila Lima Pedreira

Enf Ingrid Kanan de Sena Costa

USF Cajazeiras XI Rua Juscelino

Kubitschek, nº 18, Quadra D. Cajazeiras

XI

Gerente:

Elzanete Mangueira Espinheira

8614-8169

Enf Michele Almeida Conceição

Med Tainara Moreira dos Reis

Enf Mariana Mourão

Enf Fernanda Martins Iunes

Med Liv Ane Anjos Aranha

Enf Samuel Oliveira Soares da Silva

USF Boca da Mata Conj. Fazenda

Grande IV, Setor 06, Caminho 58 -

Fazenda Grande IV

3611-5304 3611-5305

Gerente: Rita de Cássia Nunes Reis

dos Santos

Enf Ludmilla Soares Dantas

Med Nirvana Rocha Pereira Cruz

Med Kenia Garcia Fleites

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Enf Gérsica Soares Pedreira Lima

Med Priscila Lima Fatal

USF Cajazeiras IV Rua Álvaro da Franca Rocha, Via Coletora, S/N – Cajazeiras IV

3611-5350 /5351

Gerente: Carina Assunção Fernandes

Med Liliane Sobreira

Enf Alisson F. M. Bastos

Enf Karina de Santana Prata

USF Cajazeiras V Est. do Matadouro,

Rótula de Cajazeiras V, S/N

3611-5309 /5310

Gerente: Laisa Santa Cruz de Matos

Enf Juliene Porto Coelho

Med Tainã Rocha Barreto

Med ValeriVanesca Rodrigues de Assis

Enf Raylanne Nunes Silva

Enf Silvia Carla Oliveira Gomes

Enf Simone Silva Portugal Bittencourt

Med Grace Santos O. da Silva

USF Palestina Rua Sargento

Bonifácio, S/N. Fim de linha

Gerente: Jessica Ribeiro Souza

Enf Ana Paula Oliveira

Enf Daniela Almeida da Silva

UBS Nelson Piauhy Dourado

Rua Endeo nascimento, Qd. C,

S/N – Cajazeiras III – Águas Claras

3611-5313 /5314

Gerente: Elen Sales Sacramento

Azevedo

Med Ruth Conceição Passos Carvalho Bahia

Sapucaia

AS Cristina Paulo Lima Freitas

Enf Ana Rosa Anunciação de Souza Martins

Med Roberto Constantino A. Longoni

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DISTRITO SANITÁRIO ITAPUÃ

Técnico de referência no DS: Enf. Ana Maria Santos Telefone: 3611-7202/7203/7221

Unidades Telefone Prof. Nome

USF Aristides Maltez Rua Lauro de Freitas, S/N - São Cristovão

3611-7218/7219 Gerente: Geiza

Enf Iael Maria Cardoso Leite

Med Izeni Lopes Lima

Enf Bruna Fernandes Cardoso

Enf Fabiana Camacam Sotero Souza

Med Larissa Portela P. da Silva

Fisio Uberlânia Matos Santana

USF Nova Esperança Rua 07 de Setembro,

S/N - Rod. Cia Aeroporto, KM 04

33015063 Gerente: Daiane

98841-9536

Enf Carla Cristina Meijinhos Rocha

Enf Dielma Rocha

USF Alto do Coqueirinho

Praça Sérgio Carneiro Brito, S/N

3611-7120/7121 Gerente: Azila

Med Francisco Rego Bastos Filho

Med José Carlos dos Santos Silva

Enf Débora Lima de Souza Santos

USF Parque São Cristóvão

Rua Santa Rita Cassange da CEASA,

São Cristovão

Med Amanda Ribeiro Araújo

Med Raul dos Reis Ramalho

3611-7230 Gerente: Osaneide

987232439

Enf Elaine Oliveira Silva

Enf Lilia Pereira Costa Cordeiro

Enf Luciana Petrusca R. Moura

Enf Jacineidy de Moura Souza

Enf Bárbara Cristina dos Santos Ribeiro

Med Edson Filho

USF Mussurunga I Setor E, Rua I,

caminho 16, S/N Mussurunga

3611-6411

Enf Xênia Paula Correia Reis

Med SanchelaRaiane Pereira Oliveira

Enf Cláudia A. S. Santana

Med Maria da Conceição Sousa de Abreu

Enf Drielle Caroline da Silva Lobo

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UBS 7º CS Prof. José Mariane

Av. Dorival Cayme, S/N - Itapuã

3611-7116/7117 Gerente: Erica

Enf Joselita Pereira de Miranda

Med Rosângela Solano Paiva

UBS Dr. Orlando Imbassahy

Av. Tancredo Neves, S/N – Bairro da Paz

3611-702/7012 Gerente: Irene

Enf Rita Domimgues

Enf Alexssandra Moura Leitão

Enf Danilo de Almeida Freitas

Med Adriele Oliveira de Assis Cruz

13º C.S. – UBS Prof. Eduardo Mamede

Setor E, S/N – Mussurunga I

Gerente: Luzivaldo 9912-72915

Med Lucas Mascarenhas da Silveira

Med Iara Queiroz Pedreira

Enf Rafael Silva Medeiros

Enf Elizabete Clara Silveira

Enf Andreia Luz

Enf Sílvia Oliveira de Souza

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DISTRITO SANITÁRIO LIBERDADE

Técnico de referência no DS: Enf. Airam Bonfim Cunha de Lima Telefone: 3611-4139/4138/4141

Unidade Telefone Prof. Nome

UBS 16º C Ma da

Conceição Santiago Imbassahy

Rua Marquês de Maricá, S/N, Pau

Miúdo

3386-2086

Enf Joilson Nascimento

Med Maurício Rocha Cerqueira

Enf Isadora dos Santos Menezes

USF San Martin Av. San Martin, S/N

3389-4422

Enf Patrícia Mallu Lima Domingues

Enf Aline Alencar Chaves

Med Mariana Mansur Santos

Med Rafael Cavalcante Mota

Enf Lyvia Meirelle Carneiro da França

Med Cristianmar Karen Betencourt Carins

Med Priscila Cassia dos Santos Santiago

USF Santa Mônica Rua Dr Aristides Oliveira, N 3401,

Santa Mônica

3611-4009/4010

Enf Helder Vaz Oliveira

Enf Tacila Machado Levi

Med Ícaro Luis Vidal Quintero

Med Juliana Fonseca Benevides.

UBS 3º Centro de Saúde

Prof. Bezerra Lopes

3241-6647/ 6477/ 3611-

4138/39/40/41/45

Enf Micaelle Oliveira da Exaltação

Enf Alinne Miranda Gomes Figueredo

Med Thiago Lopes

Farm Rita de Cassia Lula

Enf Virginia Maria Dias Farias

Med Thiago Lopes Rios

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DISTRITO SANITÁRIO PAU DA LIMA

Técnico de referência no DS: Bioq. Maria Luiza de Assis Telefone: 3611-7836/7837/7851

Unidade Telefone Prof. Nome

USF Canabrava Rua Arthêmio Castro

Valente, S/N – Canabrava

3611-7338 3611-7339

Med Ana Carolina Gonçalves Corneau

Enf Neyandra dos Santos de Souza

Enf Luzane Rocha

Med Over Sanches Abreu

Enf Bianca Gonzaga Trindade

Med Verônica Larissa V. dos Santos

Enf Vivian Mikiko Queiroz Lino

Med Alynne Rodrigues Ferreira

Med Rafaela Andrade Almeida

UBS 20º CS Castelo Branco

Rua A, Terceira Etapa, CSU, S/N –

Castelo Branco

3611-5316 3611-5317

Enf Maria Rita Mendes da Cruz Saraiva

Med Angélica Correa Pessanha

Enf Vanessa Silva Bastos

Med Jorge de Oliveira Santos Neto

Med Itana Coutinho Brito Alvim

USF Dom Avelar Rua das Paulinas, S/N

– Dom Avelar (PR: Final de Linha)

3293-8772

Med Fátima Lorena M.C.Guimarães

Enf Aline Pinheiro de Carvalho

Med Pablo Barbosa Monteiro

Enf Sirlei Moura Arielo

Enf Renata Costa Santos

Med João AntonioMungolo

UBS Edgar Pires da Veiga

Rua Jaime Vieira Lima S/N – Pau da Lima

3611-7830 /7831

Enf Lídia Maria dos Santos Corrêa

Enf Fernanda Peixoto Nunes

Med Larissa Oliveira

UBS Nova Brasília Rua Nelson Lacerda S/N – Nova Brasília

3611-7828/7829

Med Andrea Teixeira S. Rebouças

Enf Eliane Maria Cabral Dias

Enf Claudemira dos Santos Alves

Enf Tatiana da Costa Carvalho

Med Luciano Arthur O.da Silva Pereira

Med Maria Isabel Andrade

Med Marília Gaspar

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UBS Sete de Abril 3611-7832 / 7833 7860 / 7861 / 7862

Med Andrea Teixeira S.Rebouças

Enf Vanessa Sampaio

Med Talita Maria de S. Oliveira

UBS Drª Celcy Andrade

3611-5214 / 5215 Med Flávia Machado Nogueira

Enf Rosemeyre de Oliveira Roxo

USF Vale dos Cambonas

Enf Gisela Rodrigues Piloto

Enf Junio Alves Menezes

Enf Ednara Guedes de Jesus

UBS Novo Marotinho 3611-7834 / 7835 Enf Eliane Maria Cabral Dias

UBS Canabrava 3611-7340 / 7341 Enf Lívia Maria Dias Magalhães

USF Nova Brasília

Enf Claudemira dos Santos Alves

Enf Tatiana da Costa Carvalho

Enf Maria de Fátima Firmo

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DISTRITO SANITÁRIO SÃO CAETANO/VALÉRIA

Técnico de referência no DS: Enf. Vanilda Souza Sales Neta Telefone: 3611-5803/5804

Unidades Telefone Prof. Nome

USF Fiais Rua Voluntários da

Pátria, 67 - Largo do Tanque

(PR: Próximo à Caixa Econômica) 3611-5839

3611-5840

Enf Maria do Socorro Cruz Aragão Torres

Enf Joyce Emanuelly da Silva Alves

Med Markus Santil

Enf Isadora Bacellar Paim

Med Rubiela Torres Hernandez

Enf Tatiana Pedreira Alves Montenegro

Med Alane Adriana Filha Santos

Med Erenaldo de Souza Rodrigues

USF Recanto da Lagoa

Rua Salvador, S/N 3217-4669

Med Marcelo Fernando T. da Cruz

Enf Dielma Rocha Santos

Enf Kelly Cristina da Silva Moraes

Enf Juliana Costa Almeida

Enf Leilane Santana Santos

Enf Renata Freire dos S. de Almeida

USF Jaqueira do Carneiro

Rua da Jaqueira, S/N - Retiro

3611-2967

Enf Camila Carvalho Santos

Enf Bárbara Anny Oliveira Sansão

Med Armando Tavares Neto

Med Fernanda Matos Da Silva

USF Alto do Cabrito Rua Santa Gerturdes -

Alto do Cabrito

3611-5210 3611-5211

Enf Dinah Alves

Enf Valdinei Barbosa dos Santos

Med Sônia Lynn Seng

USF Boa Vista de São Caetano

Rodovia A, S/N (PR: Depois da Igreja

Divinas Vocações)

Enf Fabrícia Oliveira dos Santos

Med Antônio Profeta Rodrigues Sousa

Enf Monique França Carneiro

Enf Erica Nunes Vasconcelos Bastos

Enf Daiane P. do N.Figueredo

Enf André Lázaro Ferreira Santos

Med Lucas Souza Braga

USF Boa Vista do Lobato

R. João Rodrigues Mendes, S/N - F Linha

de B V Lobato

3611-5212 3611-5213

Med Adelice Couto dos Santos Silva

Med Marcele Barreto Lima Obregón

Enf Luciana de Carvalho Feitosa

Enf Vanessa Paes Santana D´Vila

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USF Antônio Lazzarotto

Av. Afrânio Peixoto, S/N – São Bartolomeu

Med Alda Nery Lamego de Carvalho

Enf Mariana Nunes Moura

UBS Dr. Péricles Laranjeiras

18º CS Rua da Pitangueira,

S/N – Fazenda Grande do Retiro

3611-5805 /5806

Enf Tatiane Barbosa da Silva

Enf Denice Ramos Almeida

Med José Ricardo Dantas Moura

Med Talita Maria de Santana Oliveira

USF Nossa Senhora de Guadalupe (Alto

do Peru) 3611-5819

Med Filipe Pedral

Enf Márcia Maria Andrade Reis

Med Ismael Santos

Enf Laura Virginia

Enf Mabel Lima

USF Bom Juá 3214-0735 Med Luiz Felipe Leite Martins

Enf Aline Mendonça Matos

Unidade Capelinha Enf Daiane Carla da Silva Pimentel

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DISTRITO SANITÁRIO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO

Técnico de referência no DS: Enf. Cláudia Costa da Cruz Telefone: 3397-6743/6030/6032

Unidades Telefone Prof. Nome

USF da Estrada Cocisa

Rua Monte Clara, S/N – Paripe – Final de

Linha da Cocisa 36116529

Enf Jéssica Chalegre Costa

Enf Tâmara de Souza Alverga Fonseca

Med Rafael Caldeira E Silva

Med Michele Nikita

USF Congo Rua Santo Inácio, S/N

– Alto de Coutos

3611-5908 3611-5909

Med Julio Cesar Silva Viana

Enf Fabiana Vanni de Brito

Enf Lizandra Goes

USF Bate Coração Rua Juracy

Magalhães de Paripe, S/N – Paripe

Enf Carla Marques de Souza

Enf Patrícia Borges

Enf Rodrigo Josafá Sousa

Enf Fabíola Freitas Ferraz

Odont Carlos Alberto Peris

USF Nova Constituinte Rua Direta da

Constituinte, S/N – Periperi

3407-4584

Enf Susy Darling Bessa

Med Izabel Bou Teixeira

UBS Alto do Bariri Praça do Bariri, S/N –

Bariri / Plataforma

3611-5600 3611-5601

Med Maria da Conceição Santos Santana

USF Fazenda Coutos III

Rua Alto da Malvinas, S/N – Fazenda Coutos

III

3611-5910 3611-5911

Enf Sofia Maria de Souza Santana

Enf Rubia Viviane Correra Santos

USF Alto do Cruzeiro Rua Campo da Bola,

S/N – Rio Sena

3611-5904 / 3611-5905

Med Orivalda Cerqueira Pombal

Med Bethânia Araújo Matos

Enf Camila de Souza Oliveira

Enf Adriany Peixoto Reis

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Enf Suzana Valeria

USF Alto da Terezinha

Rua Direta da Terezinha, S/N

Med Juliani Dourado

Med Marcos Cunha

Enf Carla dos Santos Souza

Enf Lidiane Borges

Enf Andréia Carla dos Santos Silva

USF Ilha Amarela Rua Direita da Ilha Amarela, S/N – Ilha

Amarela

3611-5604 3611-5605

Enf Jaqueline Pedreira Rodrigues

Enf Vanessa Fernandes Nunes

UBS Sérgio Arouca Rua Rei Charles, S/N.

Ao lado do 19º Complexo Polícia

Independente- Paripe.

3611-5926

Med Isaias Moura dos Santos Filho

Enf Zenilda Barreto da Silva

AS Maria Isabel Maia Menezes

AS Clodege Fernandes Costa

USF Alto de Coutos Travessa 2 de Julho, S/N – Alto de Coutos

3611-5902 3611-5903

Med Rozana Cristina Gomes Paiva

Med Pablo Moura Bispo

USF São Tomé de Paripe

Rua Santa Filomena, S/N – São Tomé de

Paripe

3394-8220

Med Tania Márcia Carvalho S. Souza

Med Iara Coelho Souza

Med Everaldo Azi Santana

Enf Matildes Moura Macedo de Souza

Enf Geovana da Mata Bina

USF Itacaranha Rua da Biriba, S/N –

Itacaranha

3611-5606 3611-5607

Med Maria Lúcia Oliveira Costa

Enf Daianna Santos Matos

USF Ilha de Maré Rua da Caeria, 72 –

Praia Grande – Ilha de Maré

3314-0047

Med Ernesto Tirone

Enf Patrícia

Enf

Fernanda Feitosa

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USF Bom Jesus dos Passos

Rua da Praia, S/N – Ilha de Bom Jesus dos

Passos

3297-3277

Enf

Nei Francisco B. de Oliveira

Enf

Lorena de Carvalho

USF Fazenda Coutos II

Rua Cristóvão Barreto – Fazenda Coutos II

3521-7005

Enf Bruna Souza Simões

Med Mateus Andrade

Enf Marisa Paula Costa Ramos

Med Charles Albert

Enf Renata Pacheco Reis

Med Josefa Aquino

Enf Fabiano Cardoso

Med Flávia Aguiar da Silva

Med Nayara Abade Continguiba

Enf Sinara Moreira Couto Ferreira

Med Gustavo Thadeu H. B. G.

USF Rio Sena Rua do Lírio, 339 –

Rio Sena 3611-5906 /5907

Enf Caroline de Brito

Med Ivonilson Oliveira Soares

Enf Denise Santos da Silva

USF Beira Mangue Rua Afrânio Peixoto

S/N – São Bartolomeu 3611-5602 /5903

Enf Amanda Maria Souza de Oliveira

Enf Talita Aquira dos Santos Lima

Med Taiana Santos da Silva

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USF Vista Alegre Rua do sabia, s/n,

Vista alegre.

3611-5912 / 3611-5913

Enf Gabriela Lobo

USF São José de Baixo

Rua Voluntários da Pátria, 617. Lobato.

36116568 Enf Laís Pithon de Abreu

USF São João do Cabrito

Rua dos Ferroviários (final de linha) 122. São João do cabrito

36115906

Fisio Luciana Almeida

Fisio Fernanda Bilhões

USF Fazenda Coutos I

Rua Teodoro da Fonseca, s/n Fazenda

Coutos

36115927

Med Rodrigo Matos Amaral

Med Karoline Gonçalves Novaes

Enf Gabriel Brasil

Enf. Claudio Marcos de Oliveira

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NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS.

I. OBJETIVO Regulamentar a competência da equipe de enfermagem, visando o efetivo cuidado e segurança do paciente submetido ao procedimento.

II. GLOSSÁRIO

Para efeito desta norma técnica serão utilizadas as seguintes definições:

1. Abrasão – erosão da pele através de algum processo mecânico (fricção ou traumatismo).

2. Abscesso – coleção de pus na derme e tecidos profundos adjacentes.

3. Celulite – inflamação dos tecidos indicando uma infecção local, caracterizada por vermelhidão, edema e sensibilidade.

4. Cisalhamento – deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes.

5. Cicatrização – é a cura de uma ferida por reparação ou regeneração dos tecidos afetados evoluindo em fases distintas.

6. Classificação das feridas – De acordo com o comprometimento tecidual as feridas são classificadas em quatro estágios:

Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de

eritema em pele íntegra e sem perda tecidual.

Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento

da epiderme, derme ou ambas.

Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da

pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.

Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea

ou muscular ou necrose tissular.

7. Deiscência – Separação das bordas da ferida.

8. Desbridamento autolítico – processo seletivo de remoção da necrose (preserva o tecido

vivo) pela ação dos neutrófilos, eosinófilos e basófilos; e das enzimas digestivas do próprio

organismo do paciente. É promovido pelo uso de produtos que garantam a umidade adequada

na ferida.

9. Desbridamento instrumental conservador – pode ser realizado à beira do leito ou

ambulatorial, em lesões cuja área de necrose não seja muito extensa. Nestes casos, a analgesia

local geralmente não é necessária visto que o tecido necrótico é desprovido de sensação

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dolorosa. Nos casos de lesões extensas ou úlceras em estágio IV, o paciente deverá ser encaminhado ao centro cirúrgico.

10. Desbridamento mecânico – consiste na aplicação de força mecânica diretamente sobre o

tecido necrótico a fim de facilitar sua remoção, promovendo um meio ideal para a ação de

cobertura primarias. Pode ser fricção, irrigação com jato de solução salina à 0,9%, irrigação

pulsátil, hidroterapia, curativo úmido-seco, enzimático e autólise.

11. Desbridamento químico – processo seletivo de remoção da necrose (preserva o tecido vivo) por ação enzimática.

12. Escoriação – arranhões lineares na pele.

13. Estoma - É a abertura cirúrgica que permite a comunicação entre um órgão interno e meio exterior.

14. Exsudato – acúmulo de líquidos em uma ferida.

15. Ferida – As feridas são modificações da pele ocasionadas por: traumas, processos

inflamatórios, degenerativos, circulatórios, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de

formação. É o rompimento da estrutura e do funcionamento anatômico normal, resultante de

um processo patológico que se iniciou interna ou externamente no(s) órgão(s) envolvido(s).

16. Ferida aguda – aquela que é resultado de cirurgia ou lesões ocorridas através de acidentes.

17. Ferida contaminada ou suja – ocorrida com tempo maior que 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem sinal de infecção.

18. Ferida crônica – que têm um tempo de cicatrização maior que o esperado devido a sua

etiologia. São feridas que não apresentam a fase de regeneração no tempo esperado, havendo

um retardo na cicatrização.

19. Ferida infectada – são aquelas em que houve a proliferação de microrganismos, levando a

um processo infeccioso, de início localizado, mas que pode sob determinadas condições,

estender-se aos tecidos vizinhos, formar novos focos a distância ou generalizar-se por todo o

organismo.

20. Ferida limpa – aquela produzida voluntariamente no ato cirúrgico, em local passível de assepsia ideal e condições apropriadas, não contendo microrganismos patogênicos.

21. Ferida ulcerativa – feridas escavadas, circunscritas na pele (formadas por necrose,

seqüestração do tecido), resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas com o

impedimento do suprimento sanguíneo. As úlceras de pele representam uma categoria de

feridas que incluem úlceras por pressão, de estase venosa, arteriais e diabéticas.

22. Fricção – atrito que causa traumatismo mecânico a pele.

23. Granulação – formação de tecido conjuntivo e vários novos capilares em uma ferida.

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24. Necrose – degeneração de um tecido por morte de suas células. Apresenta aspecto amarelado ou enegrecido.

25. Pus – fluido espesso composto por leucócitos, bactéria e debris celulares.

26. Úlcera por pressão – é uma lesão localizada na pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão e cisalhamento, causado pela fricção.

III. COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO NO CUIDADO ÀS FERIDAS

1. Geral:

a) Realizar curativos, coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado às feridas.

2. Especificas:

a) Abertura de consultório de enfermagem para a prevenção e cuidado às feridas de forma

autônoma e empreendedora, preferencialmente pelo enfermeiro especialista na área.

b) O procedimento de prevenção e cuidado às feridas deve ser executado no contexto do

Processo de Enfermagem, atendendo-se às determinações da Resolução Cofen nº 358/2009 e

aos princípios da Política Nacional de Segurança do Paciente, do Sistema Único de Saúde.

c) Estabelecer prescrição de medicamentos/coberturas utilizados na prevenção e cuidado às feridas, estabelecidas em Programas de Saúde ou Protocolos Institucionais.

d) Realizar curativos de feridas em Estágio III e IV.

e) Os curativos de feridas em Estágio III, após sua avaliação, poderão ser delegados ao Técnico de Enfermagem.

f) Executar o desbridamento autolítico, instrumental, químico e mecânico.

g) Participar em conjunto com o SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) da escolha de materiais, medicamentos e equipamentos necessários à prevenção e cuidado às feridas.

h) Estabelecer uma política de avaliação dos riscos potenciais, através de escalas validadas para a prevenção de feridas, elaborando protocolo institucional.

i) Desenvolver e implementar plano de intervenção quando um individuo é identificado como

estando em risco de desenvolver úlceras por pressão, assegurando-se de uma avaliação

completa e continua da pele.

j) Avaliar estado nutricional do paciente através de seu IMC e se necessário utilizar-se de

indicadores nutricionais como: hemoglobina, albumina sérica, aporte de zinco, vitaminas B12 e

D.

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k) Participar de programas de educação permanente para incorporação de novas técnicas e

tecnologias, tais como coberturas de ferida, laser de baixa intensidade, terapia por pressão

negativa, entre outros.

l) Executar os cuidados de enfermagem para os procedimentos de maior complexidade técnica e aqueles que exijam tomada de decisão imediata.

m) Garantir com eficácia e eficiência o reposicionamento no leito (mudança de decúbito), devendo estar devidamente prescrito no contexto do processo de enfermagem.

n) Coordenar e/ou participar de testes de produtos/medicamentos a serem utilizados na

prevenção e tratamento de feridas. o) Prescrever cuidados de enfermagem aos Técnicos e

Auxiliares de Enfermagem, observadas as disposições legais da profissão.

p) Solicitação de exames laboratoriais inerentes ao processo do cuidado às feridas, mediante protocolo institucional.

q) Utilização de materiais, equipamentos e medicamentos que venham a ser aprovados pela Anvisa para a prevenção e cuidado às feridas.

r) Utilização de tecnologias na prevenção e cuidado às feridas, desde que haja comprovação científica e aprovação pela Anvisa.

s) Efetuar, coordenador e supervisionar as atividades de enfermagem relacionadas à terapia hiperbárica.

t) Quando necessário, realizar registro fotográfico para acompanhamento da evolução da

ferida, desde que autorizado formalmente pelo paciente ou responsável, através de formulário

institucional.

u) Registrar todas as ações executadas e avaliadas no prontuário do paciente, quanto ao cuidado com as feridas.

IV. ATUAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM EM FERIDAS

a) Realizar curativo nas feridas em estágio I e II.

b) Auxiliar o Enfermeiro nos curativos de feridas em estágio III e IV.

c) Realizar o curativo nas feridas em estágio III, quando delegado pelo Enfermeiro.

d) Orientar o paciente quanto aos procedimentos realizados e aos cuidados com a ferida.

e) Registrar no prontuário do paciente a característica da ferida, procedimentos executados,

bem como as queixas apresentadas e/ou qualquer anormalidade, comunicando ao Enfermeiro

as intercorrências.

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f) Executar as ações prescritas pelo Enfermeiro.

g) Manter-se atualizado participando de programas de educação permanente.

V. ATUAÇÃO DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM EM FERIDAS

a) Realizar o curativo de feridas em estágio I.

b) Auxiliar o Enfermeiro nos curativos de feridas em estágio III e IV.

c) Orientar o paciente quanto aos procedimentos realizados e aos cuidados com a ferida.

d) Registrar no prontuário do paciente a característica da ferida, procedimentos executados,

bem como as queixas apresentadas e/ou qualquer anormalidade, comunicando ao Enfermeiro

as intercorrências.

e) Executar as ações prescritas pelo Enfermeiro.

f) Manter-se atualizado participando de programas de educação permanente.