Proudhon e a História

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Proudhon e a História. Dados biográficos I :. nascimento: 15 de janeiro de 1809. l ocal: comuna francesa de Besançon, departamento de Doubs , Região do Franche-Comté . o rigem: camponesa/operária. p rimeira profissão: tipógrafo (1827). - PowerPoint PPT Presentation

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Pierre-Joseph Proudhon

Proudhon e a Histria

Dados biogrficos I :nascimento: 15 de janeiro de 1809.local: comuna francesa de Besanon, departamento de Doubs, Regio do Franche-Comt.origem: camponesa/operria.primeira profisso: tipgrafo (1827).primeiro empreendimento: scio de uma tipografia (1836).inicio da vida pblica: bolsa Suard, na Academia de Cincias de Besanon (1837).primeiro processo: acusado pelo Ministrio Pblico do departamento de Doubs por ataque propriedade, incitamento contra o governo, ultraje religio e aos costumes.contatos em Paris (1844-1845): M. Bakunin, Karl Marx e K. Grn.representao parlamentar: eleies complementares de junho de 1848.Massacre de junho de 1848: Proudhon escreve no Representante do Povo, na edio de 5 de julho, uma carta em defesa dos operrios massacrados pelo general Cavaignac.

Dados biogrficos II :indisposio no Parlamento: Em 31 de julho de 1848 pronuncia violento discurso opondo os proletrios aos burgueses.retaliao do governo: em julho o Representante do Povo fechado e Proudhon passa a editar O Povo, em agosto de 1848. Proudhon refora neste novo peridico o direito ao trabalho.discurso no Parlamento, em 15 de outubro de 1848: As Revolues so as manifestaes sucessivas da justia na humanidade. 15 de novembro de 1848: Proudhon publica no O Povo um manifesto socialista contra o Estado e a favor das associaes operrias.posse e propriedade: Proudhon derrotado no Parlamento ao encaminhar projeto substituindo o estatuto jurdico de propriedade pelo de posse.Banco do Povo (1849): iniciativa de cooperao de crdito para operrios.

Dados biogrficos III :28 de maro de 1849: Proudhon condenado a 3 anos de recluso e 3 mil francos de multa por injrias publicadas, em O Povo, contra o presidente Lus Bonaparte. Ficar preso entre junho de 1849 e junho de 1852.

novo jornal: aps o fechamento de O Povo, Proudhon passar a publicar, em outubro de 1849, o A Voz do Povo.casamento de Proudhon: se casa com Euphrasie Pigard, operria, em 31 de dezembro de 1849.

dois importantes livros escritos na priso: A Ideia Geral de Revoluo no Sculo XIX (1851) e A Filosofia do Progresso (1853).

Graas superioridade de suas doutrinas, o cidado Proudhon, que porta alto e altivo o estandarte do socialismo,avana a largos passos na nova via, seguido por todo o povo que ele conseguiu convencer. (retirado de um jornal socialista)

O homem terror

Barricadas da rua Saint-Maur. Antes do ataque de 25 junho 1848.

Perscrutador dos acontecimento- Segundo Clestin Bougl, Proudhon: Avana, correndo como os prprios eventos, proclamando sua descoberta do dia. Seguindo como ele o fez, por uma reflexo sempre inclinada sobre o fato novo, o movimento da vida pblica sob todas as suas formas, - poltica e econmica, nacional e internacional, - o surpreendente seria que suas frmulas no tivessem variado.Sobre a experincia de 1848 I :A maior felicidade que poderia acontecer ao povo francs seria que cem deputados da Oposio fossem jogados ao Sena com uma pedra no pescoo. Eles valem cem vezes menos que os conservadores porque tm mais hipocrisia do que estes.

Sou o nico revolucionrio que no participou do ataque repentino de Fevereiro porque eu queria uma revoluo social.

O socialismo, pelo fato mesmo de que um protesto contra o capital, um protesto contra o poder. Ora, a Montanha entendia realizar o socialismo pelo poder e, o que pior, servir-se do socialismo para chegar ao poder.Sobre a experincia de 1848 II:Aos insurretos de junho de 48: Combatentes de Junho (...), aqueles l vos enganaram porque vos fizeram, em nome do poder, uma promessa que o poder era incapaz de manter. Discurso na Assembleia em 31 de julho: Em caso de recusa [de fazer desaparecer a propriedade], procederemos ns mesmos, sem vs, liquidao. Quando digo ns, eu me identifico com o proletariado e quando digo vs, eu vos identifico com a classe burguesa. (...) O capital no reaparecer, a sociedade tem seus olhos sobre ele.Diagnstico geral: A questo no estava mais entre a monarquia e a democracia, mas sim entre o trabalho e o capital.Sobre a experincia de 1848 III:A Revoluo Social desmontada pelo golpe de Estado de 2 de dezembro (1852): Mas a experincia atesta, e a filosofia demonstra, contrariamente ao preconceito, que toda a revoluo, para ser eficaz, deve ser espontnea, sair, no da cabea do poder, mas das entranhas do povo: que o governo mais reacionrio do que progressista; que ele no saberia ter a inteligncia das revolues, j que a sociedade, nica a que pertence esse segredo, no se revela de modo algum por decretos de legislatura, mas pela espontaneidade de suas manifestaes; que, enfim, a nica relao que existe entre o governo e o trabalho que o trabalho, ao se organizar, tem por misso abolir o governo.Ernest Meissonier (1815-1891) A Barricada, rua de la Mortellerie, junho de 1848, chamada: Lembrana da guerra civil.

Proudhon e suas filhas (1863) Gustave Courbet

O filsofo Pierre-Joseph Proudhon (1865) - Gustave Courbet

Sobre a dialtica serialA sntese no destri realmente, mas formalmente, a tese e a anttese. (A Criao da Ordem na Humanidade)A antinomia a concepo de uma lei de face dupla, uma positiva, a outra negativa... A antinomia no faz mais do que exprimir um fato, e impe-se imperiosamente ao esprito: a contradio propriamente dita uma absurdo. (Sistema das Contradies Econmicas)A teoria serial no um mtodo de descoberta... a teoria serial ... essencialmente demonstrativa... (A Criao da Ordem na Humanidade)Sobre a dialtica serial- Se se destri o equilbrio, o movimento no se paralisa, mas antes se desenvolve de uma maneira subversiva: a oposio dos elementos se converte em antagonismo; a sociedade passa ao estado revolucionrio. ( Contradies Polticas) Obras de Pierre-Joseph Proudhon

O que a propriedade? (1840)-Republicano, sim; mas esta palavra no especifica nada. Res publica a coisa pblica. Ora, quem quer que queira a coisa pblica, sob qualquer forma de governa que seja, pode se dizer republicano. Os reis tambm so republicanos. - Ento vs sois democratas? - No.- Como! Sereis monarquista? - No.- Constitucional?- Deus me livre. - Ento vs sois aristocrata?- De modo nenhum.- Vs quereis um governo misto?- Menos ainda.- O que sois ento?- Eu sou anarquista.O que a propriedade? (1840)Todo o ocupante pois, necessariamente, possuidor ou usufruturio, qualidade que exclui a de proprietrio. Ora, o direito do usufruturio este: responsvel pela coisa que lhe est confiada; deve us-la de acordo com a utilidade geral, em vista da conservao e desenvolvimento da coisa; no senhor de a transformar, diminuir, desnaturar; no pode dividir o usufruto de maneira a que um outro explore a coisa em quanto ele prprio recolhe o produto; numa palavra, o usufruturio encontra-se sob a vigilncia da sociedade, submetido condio do trabalho e a lei da igualdade.

O que a propriedade? (1840)Ora esse fermento reprodutor, esse germe eterno de vida, essa preparao de um fundo e de instrumentos de produo, o que o capitalista deve ao produtor e que nunca lhe entrega: e essa recusa fraudulenta que faz a indigncia do trabalhador, o luxo do cio e a desigualdade das condies. sobretudo neste aspecto que consiste o que to bem se apelidou de explorao do homem pelo homem.O que a propriedade? (1840)A metafsica do grupo: Uma fora de 1000 homens agindo durante 20 dias foi paga como o seria a fora de um s por 55 anos; mas essa fora de 1000 fez em 20 dias o que a fora de um s no conseguiria, repetindo o seu esforo durante um milho de sculos: o mercado est equitativo? Mais uma vez, no: logo, ao remunerar as foras individuais no foi paga a fora coletiva; por consequncia fica sempre um direito de propriedade coletiva que no adquiriu [o proprietrio] e de que goza injustamente.O que a propriedade? (1840)o proprietrio no se contenta com o ganho tal como o bom senso e a natureza das coisas lhe asseguram: quer ser pago dez, cem, mil, um milho de vezes [...]

[...] a propriedade, aps despojar o trabalhador pela usura, assassina-o lentamente pelo esgotamento; ora, sem a espoliao e o assassinato a propriedade no nada; com a espoliao e o assassinato ela logo perece, desamparada: logo, impossvel.Da Criao da Ordem na Humanidade Princpios da Organizao Poltica (1843)- Como na sociedade as ideias so interesses, e os interesses so homens, difcil que homens que reinaram por interesses e pelas suas ideias consintam em eclipsar-se e desaparecer. preciso venc-los. por isso tambm que julguei dever lembrar aos que me leem que existem casos em que a revolta contra o governo se torna, ao mesmo tempo, um direito e um dever. No deixemos enfraquecer entre ns o esprito revolucionrio, o esprito prprio da liberdade e do progresso.barricadas de junho de 1848Horace Vernet - Barricada rua Soufflot

TonyJohannot,A barricada de 1848, Museu Carnavalet, Paris, Frana

Gaspard Gobaut,Barricada na rua Culture-Sainte-Catherine, 23 de agosto de 1848.Museu Carnavalet, Paris, Frana

As Confisses de um Revolucionrio. (1849)A demagogia, to conhecida na Frana h mais de 60 anos sob o nome de jacobinismo, o justo meio disfarado sob a mscara da violncia e das afetaes revolucionrias. O jacobinismo as toma pelos cargos, no pelas instituies; acusa aos homens, no aos princpios, consagrando-se a mudar os nomes sem mexer nas ideias e nas coisas. As Confisses de um Revolucionrio. (1849)Assim, uma vez que apresenta os reis e os sacerdotes como tiranos e impostores, aos moderados como mistificadores e ambiciosos, procura fazer todas as reservas em favor da manuteno gananciosa da autoridade e do preconceito do qual pretende se servir. Os anarquistas e os livres-pensadores so seus maiores inimigos. Robespierre, ao enviar para o cadafalso os partidrios do antigo regime, os defensores da Constituio, Hbert, Leclerc, Jacques Roux, Anacharsis Clootz, Danton e seus amigos, a encarnao do jacobinismo.As Confisses de um Revolucionrio. (1849)Sobre a Revoluo de 1848: Os que h dezoito anos, observando com impacincia o desenvolvimento das ideias socialistas haviam repetido em todos os tons: A revoluo social o fim, mas a revoluo poltica o meio, se viram embaraados, Deus o sabe!, quando, uma vez em poder dos meios, lhes foi necessrio chegar ao fim e pr a mo na massa.

Polemica contra Louis Blanc e Pierre Leroux, 1849-1850

- Negamos o governo e o Estado porque afirmamos - coisa em que os fundadores de Estados nunca acreditaram - a personalidade e a autonomia das massas.- Quanto ao Estado, uma vez que, apesar da diversidade de aspectos, concluso definitiva que o problema da sua organizao se confunde com o da organizao do trabalho, pode e deve concluir-se que vir um tempo em que, estando o trabalho organizado por si mesmo, segundo a lei que lhe prpria, e no necessitando j nem de legislador nem de soberano, a oficina far desaparecer o governo.- que estas duas proposies: abolio da explorao do homem pelo homem e abolio do governo pelo homem, so uma s e mesma proposio.Ernest-Louis Pichio,Jean-Baptiste Alphonse Baudin (1811-1851) nas barricadas de Saint-Antoine em Paris aps o golpe de Esta de 2 dezembro de1851.Museu Carnavalet, Paris, Frana

Um homem armado at os dentes contra a civilizao

Ideia Geral de Revoluo no Sculo XIX. (1851)O que colocamos no lugar do governo, j expusemos, a organizao industrial;O que colocamos no lugar das leis so os contratos (livre acordo). Fim das leis votadas, nem por maioria, nem por unanimidade; cada cidado, cada comuna ou corporao faz a sua;O que colocamos no lugar dos poderes polticos so as foras econmicas;O que colocamos no lugar das antigas classes de cidados, nobreza e plebe, burguesia e proletariado so as categorias e especialidades de funes, Agricultura, Indstria, Comrcio etc;O que colocamos no lugar da fora pblica a fora coletiva;O que colocamos no lugar dos exrcitos permanentes so as companhias industriais;O que colocamos no lugar da polcia a identidade de interesses;O que colocamos no lugar da centralizao poltica a centralizao econmica.

Da Justia na Revoluo e na Igreja. (1858)Vamos mais longe: se, como h pouco dizamos, a reflexo, e por consequncia a ideia, nasce do homem de ao e no da ao da reflexo, o trabalho que deve prevalecer sobre a especulao, o homem de indstria sobre a filosofia, o que a ruina do preconceito e do estado social atual. (...) A primeira parte da nossa proposio est pois estabelecida: a ideia, com as suas categorias, nasce da ao; por outras palavras, a indstria me da filosofia e das cincias.Graas noo finalmente explicitada de livre arbtrio, dou-me conta deste ideal [socialismo] que me arrebata, deste progresso que a minha lei, e que consiste, no em uma evoluo fatal da humanidade, mas na sua libertao indefinida de toda a fatalidade.A Guerra e a Paz. Investigao sobre o princpio e a constituio do direito das gentes. (1861)Em resumo, a guerra, mesmo entre as mais honrosas naes e quaisquer que sejam os motivos oficialmente declarados, no parece ser doravante outra coisa seno uma guerra pela explorao e pela propriedade, uma guerra social. No pouco dizer que at a constituio do direito econmico, tanto entre as naes como entre os indivduos, a guerra j nada ter a fazer no mundo (...) Os Homens so pequenos. (...) S a humanidade grande, infalvel. Ora eu julgo poder afirmar em seu nome: A humanidade j no quer a guerra.Victor-Marie Hugo

Retrato de "Cosette" na pousada Thnardier por mile Bayard, da edio original de Les Misrables (1862)

Enjolras, lder da sociedade secreta Os Amigos do ABC

Enjolras capturado pelas foras da ordem.

Do princpio federativo e da necessidade de reconstruir o partido da Revoluo. (1863)FEDERAO, do latim foedus, genitivo foederis, quer dizer pacto, contrato, tratado, conveno, aliana etc, uma conveno pela qual um ou mais chefes de famlia, uma ou mais comunas, um ou mais grupos de comunas ou Estados, se obrigam recproca e igualmente uns em relao aos outros para um ou mais objetos particulares, cuja carga incumbe ento especial e exclusivamente aos delegados da federao. Do princpio federativo e da necessidade de reconstruir o partido da Revoluo. (1863)A causa do povo, quero dizer daquela plebe operria das cidades e dos campos que deve doravante atrair toda a ateno dos verdadeiros revolucionrios, ter sido sacrificada pelo pretenso partido da ao s especulaes pessoais to ambiciosas quanto quimricas, e a verdadeira questo durante muito tempo adiada.Giuseppe Garibaldi

Carta de Proudhon aos sessenta operrios. (1864)(...) No h, acreditai-me, seno uma concluso lgica ao Manifesto dos Sessenta; que a democracia operria declare, por seu voto, que ela renega a oposio e que ela renuncia, at tempos melhores, no a votar mas a se fazer representar.

Da Capacidade Poltica da Classe Operria. (1865)Segundo Proudhon existem elementos importantes para a aferio da capacidade poltica da classe operria: a) se a classe operria, sob o ponto de vista das suas relaes com a sociedade e o Estado, adquiriu conscincia de si mesma; se como ser coletivo, moral e livre, ela se distingue da classe burguesa; se separa dos interesses desta os seus; se aspira a no confundir-se com ela; Da Capacidade Poltica da Classe Operria. (1865)b) se possui uma ideia, quer dizer, se j a formou por sua prpria constituio; se conhece as leis, condies e frmulas de sua existncia; se prev seu destino, seu fim; se se compreende a si mesma em suas relaes com o Estado, a nao e a organizao humana; c) se desta ideia se encontra em condies de deduzir, para a organizao da sociedade, concluses prticas que sejam prprias, e se, no caso do poder cair em suas mos, porque ir cair quando for retirada a burguesia, tiver condies de criar uma nova ordem poltica.

Da Capacidade Poltica da Classe Operria. (1865)Ambas devem reciprocamente absorver-se em uma conscincia superior e o dia em que a classe operria, constituda em maioria, tenha se apoderado do poder e proclamado a reforma econmica e social, ser o dia da fuso definitiva. No sobre velhos, seno sobre novos elementos devem definir-se neste outro contexto, estabelecer sua independncia e constituir sua vida poltica, elas que viveram durante muito tempo em permanente antagonismo.

Pensamento revolucionrio de Proudhon IMeios:formao das mutualidades/centralidade no trabalho.educao independente do Estado (demo pedia/politecnia).aes no campo do crdito e da produo (cooperativas).criao de veculos prprios de informao (jornais).uma esttica engajada, operria e popular.autonomia operria na produo.rejeio das vias polticas institucionais (antiparlamentarismo).

Pensamento revolucionrio de Proudhon IIFins:Revoluo Social.derrubada do Feudalismo Industrial e Agrcola.fim da sociedade de classes.centralizao econmica.federalismo poltico.uma ptria de produtores.- instituio da federao agrcola-industrial. Daguerretipo de manifestao cartista na Inglaterra na dcada de 1860.

Imagens de 1848