Prova 9º 1º bim

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E. E. B Francisca de Morais Pontes Avaliação de Português - 1º bimestre Nome: ___________Nº. ____ Data ____/____ /____ Professora: Daniele Firmino Monteiro Sousa Ano ______ Leia o te xt o abaixo e, a se gu ir , re sp onda as questões 1, 2, 3 e 4. No restaurante Carlos Drummond de Andrade ” – uero lasan!a.  Aquele antepro"eto de mul!er quatro anos, no m#ximo, desabro$!ando na ultraminissaia – entrou de$idido no restaurante. %&o pre$isa'a de menu, n&o pre$isa'a de mesa, n&o pre$isa'a de nada. (abia per)eitamente o que queria. ueria lasan!a. * pai, que mal a$abara de esta$ionar o $arro em uma 'aga de milagre, apare$eu para di ri gi r a op er a+ &o " antar, qu e -, ou er a, da $ompetn$ia dos sen!ores pais. /eu bem, 'en!a $#. uero lasan!a. 0s$ute aqui, querida. rimeiro, es$ol!ese a mesa. %&o, "# es$ol!i. Lasan!a. u e parada – lia se na $ara do pa i. elutante, a garotin!a $ondes$endeu em sentar se primeiro, e depois en$omendar o prato ou querer lasan!a. 5il!in!a, por que n&o pedimos $amar&o6 o$ gosta tanto de $amar&o. 7osto, mas quero lasan!a. 0u sei, eu sei que 'o$ adora $amar&o. A gente pede uma )ritada bem ba$ana de $amar&o. 8#6 uero lasan!a, papai. %&o quero $amar&o. amos )a 9e r uma $o isa . Dep ois do $amar&o a gente tra+a uma lasan!a. ue tal6 o$ $ome $amar&o e eu $omo lasan!a. * ga r+om apro xi mou se, e el a )o i lo go instruindo uero uma lasan!a. * pai $orrigiu 8raga uma )ritada de $amar&o pra dois. Capri$!ada.  A $oisin!a amu ou. 0nt&o n&o pod ia querer6 u eriam qu erer em nome dela 6 or qu e - proibido $omer lasan!a6 0ssa s interroga+õe s tamb-m se liam no seu rosto, pois os l#bios man tin !am reser'a. uando o gar +om 'oltou $om os pratos e o ser'i+o, ela ata$ou /o+o, tem lasan!a6 er)eitamente, sen!orita. * pai, no $ontraataqu e * sen!or pro'iden$iou a )ritada6 :#, sim, doutor. De $amarões bem grandes6 Daqueles legais, doutor. ;em, ent&o me ' um $!inite, e pra ela< * que - que 'o$ quer, meu an"o6 =ma lasan!a. 8ra9 um su$o de laran"a pra ela. Com o $!opin!o e o su$o de laran"a, 'eio a )amosa )ritada de $amar&o, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos a$onte $i ment os , n&o )oi re$u sa da pe la sen! or ita. Ao $ontr#rio, papou a, e bem. A silen$iosa mandu$a+&o atesta'a, ainda uma 'e9, no mundo, a 'it>ria do mais )orte. 0sta'a uma $oisa, !eim6 – $omentou o pai, $om um sorriso bem alimentado. – (#bado que 'em, a gente repete< Combinado6 Agora a lasan!a, n&o -, papai6 0u est ou sat is) eit o. =n s $amarõ es t&o geniais? /as 'o$ 'ai $omer mesmo6 0u e 'o$, t#6 /eu amor, eu< 8em de me a$ompan!ar, ou'iu6 ede a lasan!a. * pai baixou a $abe+a, $!amou o gar+om, pediu. A@ , um $asal, na mesa 'i 9i n! a, bateu palmas. * resto da sala a$ompan!ou. * pai n&o sabia onde se meter. A garotin!a, impass@'el. (e, na $on"untura, o poder "o'em $ambaleia, 'em a@, $om )or+a total, o poder ultra"o'em.” 5onte* oder =ltra"o'em e mais B textos em prosa e 'erso, 1B2. D15 QUESTÃO 01 (0,5) No tre cho “Go sto , mas quero las anh a.” , a palavra sublinhada estabelece uma relação de A adi+&o. ; oposi+&o. C $ondi+&o. D expli$a+&o. D3 QUESTÃO 02 (0,5) No trecho “ coisinha amuou.”, a palavr a sublinhada su!ere que a menina "icou A a$an!ada. ; aborre$ida. C en$abulada. D en'ergon!a da.

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E. E. B Francisca de Morais Pontes

Avaliao de Portugus - 1 bimestreNome: ______________________________________________N. ____ Data ____/____ /____Professora: Daniele Firmino Monteiro Sousa 9 Ano ______Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questes 1, 2, 3 e 4.

No restaurante

Carlos Drummond de Andrade

Quero lasanha.

Aquele anteprojeto de mulher quatro anos, no mximo, desabrochando na ultraminissaia entrou decidido no restaurante. No precisava de menu, no precisava de mesa, no precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.

O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operao-jantar, que , ou era, da competncia dos senhores pais.

- Meu bem, venha c.

- Quero lasanha.

- Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.

- No, j escolhi. Lasanha.

Que parada lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:

- Vou querer lasanha.

- Filhinha, por que no pedimos camaro? Voc gosta tanto de camaro.

- Gosto, mas quero lasanha.

- Eu sei, eu sei que voc adora camaro. A gente pede uma fritada bem bacana de camaro. T?

- Quero lasanha, papai. No quero camaro.

- Vamos fazer uma coisa. Depois do camaro a gente traa uma lasanha. Que tal?

- Voc come camaro e eu como lasanha.

O garom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:

- Quero uma lasanha.

O pai corrigiu:

- Traga uma fritada de camaro pra dois. Caprichada.

A coisinha amuou. Ento no podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que proibido comer lasanha? Essas interrogaes tambm se liam no seu rosto, pois os lbios mantinham reserva. Quando o garom voltou com os pratos e o servio, ela atacou:

- Moo, tem lasanha?

- Perfeitamente, senhorita.

O pai, no contra-ataque:

- O senhor providenciou a fritada?

- J, sim, doutor.

- De camares bem grandes?

- Daqueles legais, doutor.

- Bem, ento me v um chinite, e pra ela O que que voc quer, meu anjo?

- Uma lasanha.

- Traz um suco de laranja pra ela.

Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camaro, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, no foi recusada pela senhorita. Ao contrrio, papou-a, e bem. A silenciosa manducao atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitria do mais forte.

- Estava uma coisa, heim? comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. Sbado que vem, a gente repete Combinado?

- Agora a lasanha, no , papai?

- Eu estou satisfeito. Uns camares to geniais! Mas voc vai comer mesmo?

- Eu e voc, t?

- Meu amor, eu

- Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.

O pai baixou a cabea, chamou o garom, pediu. A, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai no sabia onde se meter. A garotinha, impassvel. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem a, com fora total, o poder ultra-jovem.

Fonte:O Poder Ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso, 1972.D15 QUESTO 01 (0,5)No trecho Gosto, mas quero lasanha., a palavra sublinhada estabelece uma relao de

(A) adio.

(B) oposio.

(C) condio.

(D) explicao.

D3 QUESTO 02 (0,5)No trecho A coisinha amuou., a palavra sublinhada sugere que a menina ficou

(A) acanhada.

(B) aborrecida.

(C) encabulada.

(D) envergonhada.

D13 QUESTO 03 (0,5)Nos trechos Que parada lia-se na cara do pai., A gente pede uma fritada bem bacana de camaro. T? e Vamos fazer uma coisa. Depois do camaro a gente traa uma lasanha. Que tal?, as palavras sublinhadas so exemplos da linguagem

(A) formal

(B) Jurdica

(C) coloquial

(D) acadmica

D12 QUESTO 04 (0,5)A finalidade do texto (A) opinar.

(B) instruir.

(C) entreter.

(D) informar.Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questes 5 e 6.

Homem no chora

Freja/Alvin L.Homem no choraNem por dorNem por amorE antes que eu me esqueaNunca me passou pela cabeaLhe pedir perdoE s porque eu estou aquiAjoelhado no choCom o corao na moNo quer dizerQue tudo mudouQue o tempo parouQue voc ganhou

Meu rosto vermelho e molhado s dos olhos pra foraTodo mundo sabeQue homem no choraEsse meu rosto vermelho e molhado s dos olhos pra foraTodo mundo sabeQue homem no chora

Homem no choraNem por terNem por perderLgrimas so guaCaem do meu queixoE secam sem tocar o choE s porque voc me viuCair em contradioDormindo em sua moNo vai fazerA chuva passarO mundo ficarNo mesmo lugar

Meu rosto vermelho e molhado...

D4 QUESTO 05 (0,5)Podemos dizer que o eu do texto um homem:

(A) solitrio.

(B) desiludido.

(C) rancoroso.

(D) apaixonado.

D6 QUESTO 06 (0,5)Podemos afirmar que o tema do texto :

(A) A angstia que o amor pode causar nos apaixonados.

(B) A superioridade do amor sobre os demais sentimentos.

(C) A negao do sofrimento por amor por parte dos homens.

(D) A sensibilidade das mulheres frente ao sofrimento dos homens. D16 QUESTO 07 (0,5)Leia o texto abaixo e, a seguir, responda:

http://www.obidense.com.br/images/charges%2029.jpg

O humor do texto est no fato de

(A) os pacientes terem esperado tanto para serem atendidos e morrerem.

(B) os pacientes serem comparados a esqueletos por estarem magros demais.

(C) o mdio conversar com os esqueletos como se fossem pacientes de verdade.

(D) o mdio ter se atrasado e demorado muito tempo para atender os pacientes.

Leia o texto abaixo e, a seguir, responda as questes 8, 9 e 10.

Transplante de menina

Tatiana Belinky

[...] Na Avenida Rio Branco, reta, larga e imponente, embicando no cais do porto [...] tivemos a nossa primeira impresso - e que impresso! - docarnaval brasileiro. [...] O que ns vimos, no Rio de Janeiro, no se parecia com nada que eu pudesse sequer imaginar nos meus sonhos mais desvairados.

Aquelas multides enchendo toda a avenida, aquele corso - desfile interminvel e lento de carros, pra-choque com pra-choque, capotas arriadas, apinhados de gente fantasiada e animadssima. Todo aquele mundaru de homens, mulheres, crianas de todos os tipos, de todas as cores, de todos os trajes - todos danando e cantando, pulando e saracoteando, jogando confetes e serpentinas que chegavam literalmente a entupir a rua e se enroscar nas rodas dos carros... E os lana-perfumes, que que isso minha gente! E os "cordes", os "ranchos", os "blocos de sujos" - e todo o mundo se comunicando, como se fossem velhos conhecidos, se tocando, brincando, flertando - era assim que se chamavam os namoricos fortuitos,. a paquera da poca -, tudo numa liberdade e descontrao incrveis, especialmente para aqueles tempos to recatados e comportados...

[...] Vi muitos carnavais daquele, participei mesmo de vrios, e curti-os muito. Mas nada, nunca mais, se comparou com aquele primeiro carnaval no Rio de Janeiro, um banho de Brasil, inesquecvel...

Transplante de menina, So Paulo, Moderna, 2003D17 QUESTO 08 (0,5)No trecho ... tivemos a nossa primeira impresso e que impresso! do carnaval brasileiro., o uso do ponto de exclamao expressa

(A) ironia

(B) nfase

(C) exagero

(D) cuidado

D14 QUESTO 09 (0,5)Em qual das alternativas a seguir est expresso um fato?

(A) Na Avenida Rio Branco, reta, larga e imponente, embicando no cais do porto.

(B) [...] tivemos a nossa primeira impresso e que impresso! do carnaval brasileiro.

(C) ... tudo numa liberdade e descontrao incrveis, especialmente para aqueles tempos...

(D) Vi muitos carnavais depois daquele, participei mesmo de vrios...

D1 QUESTO 10 (0,5)Para o narrador-personagem, o primeiro carnaval no Rio de Janeiro foi

(A) imponente.

(B) animadssimo.

(C) descontrado.

(D) incompatvel. QUESTO 11 (1,0) Na Frase Lembre-se de que a violncia s gera mais violncia, a orao subordinada substantiva classificada como:

(A) objetiva direta

(B) objetiva indireta

(C) completiva nominal

(D) predicativa QUESTO 12 (1,0)Classifique as oraes subordinadas

substantivas destacadas, de acordo com as seguintes opes:

(1) subjetiva

(2) objetiva direta

(3) objetiva indireta

(4) completiva nominal

(5) predicativa

(6) apositiva

( ) Ela me disse que eu estava redondamente enganado.

( ) A verdade s uma: que voc fracassou.

( ) Estou certo de que ela se sair bem.

( ) A verdade que ningum estudou.

( ) terrvel que eles no tenham casa ou comida

( ) Necessito de que me ajudem agora. A sequncia dos nmeros de acordo com a classificao acima : (A) 2, 6, 3, 5, 1, 4.

(B) 1, 6, 3, 5, 2, 4.

(C) 2, 6, 4, 5, 1, 3.

(D) 5, 6, 4, 1, 2, 3 QUESTO 13 (1,0)No perodo "Todos tinham certezade que seriam aprovados", a orao destacada :

(A) substantiva objetiva indireta

(B) substantiva completiva nominal

(C) substantiva apositiva

(D) substantiva subjetiva QUESTO 14 (1,0)Marque o item que apresenta a orao subordinada reduzida em particpio, gerndio ou infinitivo.(A) Era preciso que rezssemos quela hora.

(B) J pedi dinheiro a fim de que comprasse mais selos.

(C) A velhinha, que arrastava a cesta pesada, agradeceu a caridade.(D) Disse no saber de nada. QUESTO 15 (1,0)O plural dos substantivos couve-flor, po-de-l e amor-perfeito, :

(A) couve-flores; pes-de-l; amores-perfeitos;

(B) couves-flores; pes-de-l; amores-perfeitos;

(C) couves-flores; po-de-l; amor-perfeitos;

(D) couves-flores; po-de-ls; amores-perfeitos;

BOA PROVA!!!