PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA -...

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CONCURSO PÚBLICO CADERNO 1 GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ MÉDICO PARA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA EPD08 LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES 1 - A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo de preenchimento do cartão de respostas. 2 - O candidato que, na primeira hora de prova, se ausentar da sala e a ela não retornar, será eliminado. 3 - Os três últimos candidatos a terminar a prova deverão permanecer na sala e somente poderão sair juntos do recinto, após aposição em ata de suas respectivas assinaturas. 4 - Você poderá levar o seu caderno de questões faltando 1 hora para o término da Prova. INSTRUÇÕES - PROVA OBJETIVA 1 - Confira atentamente se este caderno de perguntas, que contém 60 questões objetivas, está completo. 2 - Confira se seus dados e o cargo e especialidade escolhido, indicados no cartão de respostas, estão corretos. Se notar qualquer divergência, notifique imediatamente o Fiscal/Chefe Local. Terminada a conferência, você deve assinar o cartão de respostas no espaço apropriado. 3 - Cuide de seu cartão de respostas. Ele não pode ser rasurado, amassado, dobrado nem manchado. 4 - Para cada questão objetiva são apresentadas cinco alternativas de respostas, apenas uma das quais está correta. Você deve assinalar essa alternativa de modo contínuo e denso. 5 - Se você marcar mais de uma alternativa, sua resposta será considerada errada mesmo que uma das alternativas indicadas seja a correta. AGENDA 27/03/2011, Entrega de Títulos, até 1h após encerramento da Prova Objetiva. 28/03/2011, divulgação do gabarito da Prova Objetiva: http://concursos.biorio.org.br 29 e 30/03/2011, recursos contra formulação e conteúdos da Prova Objetiva na Internet: http://concursos.biorio.org.br 08/04/2011, divulgação do resultado da análise dos recursos da Prova Objetiva. 15/04/2011, divulgação dos candidatos a terem os Títulos avaliados. 29/04/2011, divulgação do Resultado Final da Prova Objetiva. Informações: Tel: 21 3525-2480 das 9 às 17h. Internet: http://concursos.biorio.org.br E-mail: [email protected]

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CONCURSO PÚBLICO CADERNO 1 GABARITO 1 APLICAÇÃO MANHÃ

MÉDICO PARA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

EPD08

LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES

1 - A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo de preenchimento do cartão de respostas.

2 - O candidato que, na primeira hora de prova, se ausentar da sala e a ela não retornar, será eliminado.

3 - Os três últimos candidatos a terminar a prova deverão permanecer na sala e somente poderão sair juntos do recinto, após aposição em ata de suas respectivas assinaturas.

4 - Você poderá levar o seu caderno de questões faltando 1 hora para o término da Prova.

INSTRUÇÕES - PROVA OBJETIVA

1 - Confira atentamente se este caderno de perguntas, que contém 60 questões objetivas, está completo.

2 - Confira se seus dados e o cargo e especialidade escolhido, indicados no cartão de respostas, estão corretos. Se notar qualquer divergência, notifique imediatamente o Fiscal/Chefe Local. Terminada a conferência, você deve assinar o cartão de respostas no espaço apropriado.

3 - Cuide de seu cartão de respostas. Ele não pode ser rasurado, amassado, dobrado nem manchado.

4 - Para cada questão objetiva são apresentadas cinco alternativas de respostas, apenas uma das quais está correta. Você deve assinalar essa alternativa de modo contínuo e denso.

5 - Se você marcar mais de uma alternativa, sua resposta será considerada errada mesmo que uma das alternativas indicadas seja a correta.

AGENDA

27/03/2011, Entrega de Títulos, até 1h após encerramento da Prova Objetiva.

28/03/2011, divulgação do

gabarito da Prova Objetiva: http://concursos.biorio.org.br

29 e 30/03/2011, recursos contra formulação e conteúdos da Prova Objetiva na Internet: http://concursos.biorio.org.br

08/04/2011, divulgação do resultado da análise dos recursos da Prova Objetiva.

15/04/2011, divulgação dos

candidatos a terem os Títulos avaliados.

29/04/2011, divulgação do Resultado Final da Prova Objetiva.

Informações: Tel: 21 3525-2480 das 9 às 17h. Internet: http://concursos.biorio.org.br E-mail: [email protected]

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LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO 1

Dores e Delícias de Ser um Profissional de Saúde

A dor de ser um profissional de saúde trabalhando na comunicação de más notícias, no nosso caso na área de oncologia, foi um tema muito presente. Na verdade, esse foi um dos principais temas de todas as reuniões dos grupos que coordenei. Essas dores podem ser classificadas de vários pontos de vista, como, por exemplo, a questão de serem dores da condição humana ou dores da condição de seres que vivem na instituição de saúde, sujeitos e objetos das políticas de saúde. Ambas foram abordadas em vários momentos nos grupos, provocando nos participantes o compartilhar das experiências e nos coordenadores o amadurecimento de percepções antes apenas intuídas. A vivência grupal nos permitiu dar voz a representações apenas esboçadas, permitiu-nos viver nossas dores e a delícia da elaboração desses sofrimentos no entre que caracteriza a relação, no interpessoal que dá existência ao humano, que não existe como ser separado, a não ser na ficção do neurótico que se imagina sozinho. As dores da condição humana. A dor da fragilidade da vida, a dor da impotência de querer curar o incurável, a dor da finitude, a dor da separação. Quando se está diante da realidade inexorável da dor, do envelhecimento, da doença e da morte, a pergunta sobre o sentido da vida torna-se avassaladoramente inevitável e inelutável. Viver é sofrer? A reação dos profissionais de saúde pode ser:

• de aceitação da dor, da falta, da potência sempre relativa, daquilo que efetivamente caracteriza o humano, com a consequente elaboração dos limites, das dores, possibilitando o amadurecimento e o desfrutar das delícias da condição de ser gente e profissional de saúde; ou • de descarga catártica e reclamação, queixume sofredor com mitologização de um “pathos” heroico, com consequente idealização do sofrimento e do seu papel profissional, na busca constante de um reconhecimento que justifique sua existência e sua escolha profissional, acarretando com frequência a construção de um tipo de profissional arrogantemente humilde; ou • de recusa e endurecimento; quando essa recusa se torna um padrão de comportamento e passa a caracterizar o modo do profissional estar no mundo, estar na vida, aí sim se cristaliza o que poderíamos, em um contexto mais psiquiátrico, chamar de transtorno mental, com aquilo que em psicanálise poderíamos chamar de isolamento dos afetos e adoção de uma postura fria e distanciada diante dos pacientes e da vida em geral.

Essas reações não são necessariamente excludentes nem exclusivas de e em cada profissional, podendo existir em vários momentos em cada um de nós. As dores da vida institucional. Essas foram apontadas por todos os participantes como fontes do adoecimento do cuidador. O aceitar atender sem condições dignas – aí compreendidos:

• disponibilidade de medicamentos necessários para o tratamento eficaz do câncer no tempo adequado para cada paciente; • disponibilidade de número e tipos de profissionais que permitam o atendimento dos pacientes em tempo útil, possibilitando a cura dos casos em que isso seria possível e a redução dos danos nos demais casos, em uma estrutura realmente de equipe multidisciplinar; • disponibilidade de tempo adequado para uma escuta respeitosa, para que seja possível o encontro alegre (Spinoza) citado por Gustavo Tenório; • condições físicas mínimas de privacidade e manutenção da dignidade humana; • remuneração adequada que permita a dedicação integral dos profissionais e respeite sua dignidade; • condições de trabalho adequadas, inclusive férias distribuídas no ano e em quantidade suficiente para prevenir o adoecimento; • presença de estrutura de saúde do trabalhador que permita a promoção da saúde em vez do mero reconhecimento da doença instalada.

Mas nem tudo é dor. Alguns profissionais, talvez uns 30 a 40 % do total, puderam comentar o prazer de trabalharem com seus pacientes e colegas. Falou-se da possibilidade de aprender com aquelas pessoas que estão em momentos tão delicados e fundamentais de suas vidas, frequentemente diante da morte, da possibilidade que a disposição delas em compartilharem esses momentos oferece de amadurecimento e crescimento. Também do prazer de trabalhar em equipe, de construir coletivamente, de se sentir como apoiado e apoiador. Do prazer de sentir-se parte de um todo chamado humanidade, parte funcionante e fundamental como um pequeno tijolo que faz parte de uma grande estrutura. Do prazer de compartilhar experiências e afetos, tornando-os vivos nesse entre que caracteriza o humano. Do prazer de se saber suporte individual da vida e morte, sem expectativas, sem idealizações. Talvez este último prazer tenha sido mais meu, mais pessoal, menos dos grupos... Mas esses grupos, inclusive o nosso, o dos coordenadores possibilitaram-me isso. (...) Viver é doído muitas vezes... Dores familiares, relações com filhos que nos trazem sofrimento na medida em que não funcionam de acordo com nossos desejos e expectativas, desajustes amorosos momentâneos ou nem tão momentâneos, competições, neuroses, reatividades, e as dores ao vermos pacientes queridos ou mesmo menos queridos (mas nem por isso desassistidos) sofrendo na despedida da vida ou mesmo que sem sofrimento, partindo de nosso convívio, nós que oncologistas, cirurgiões, psicoterapeutas, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiras, auxiliares administrativos, pessoal da limpeza, voluntários, familiares, amigos, religiosos (esqueci alguma categoria?) partejamos o nascimento da morte... E nossa experiência nos grupos ajudou a nos apoiarmos mutuamente, sabedores de que em nossa fragilidade de elos transitórios podemos construir uma corrente forte que se preserva na transmissão da vida e na eternidade dos afetos e memórias compartilhados.

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Com certeza, os grupos possibilitaram o compartilhar desse prazer vinculado ao exercício profissional e, talvez mais até, possibilitaram a conscientização de sua existência, já que sem interlocutores frequentemente não nos damos conta desse prazer de trabalhar como profissional de saúde, imersos que ficamos todos na roda viva de empregos, pacientes, família, sobrevivência financeira... Os grupos possibilitaram a construção e a fruição de espaços onde foi possível viver e elaborar afetos e tornar mais claras as situações e as circunstâncias de nossas práticas profissionais. Os participantes puderam, em sua maioria, perceber a relação entre o tipo de vínculo estabelecido com os pacientes e a possibilidade de ocorrerem encontros verdadeiros, em que dor, sofrimento e prazer podem ser vividos, percebidos, falados e elaborados, em maior ou menor grau, dentro das possibilidades de cada participante. Poder falar de uma relação e trabalhar nela com base nas trocas ocorridas no grupo e observar as mudanças no paciente e em si mesmo foi uma experiência gratificante para os participantes e para nós. Perceber também que o fato de muitas situações não terem uma solução ideal não eliminava as soluções possíveis, inclusive a aceitação de um limite de não resolutividade compartilhado com o paciente. Um limite que compele à aceitação do inexorável destino de todos nós, a morte.

(BRAZ, Álcio. Sendo com os que cuidam, acolhendo o cuidador. In:

Comunicação de notícias difíceis: compartilhando desafios na atenção à saúde / Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Gestão Assistencial.

Coordenação de Educação. RJ: INCA, 2010. p.147-149; [http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/comunicando_noticias_dificeis.pdf] –

Fragmento do artigo, adaptado)

01 – O objetivo central do texto é: (A) enumerar as condições favoráveis e desfavoráveis ao

profissional de saúde que tem de trabalhar em áreas em que a comunicação de más notícias é mais freqüente;

(B) descrever as dores da condição humana e da vida numa instituição de saúde experimentadas por profissionais que lidam com a comunicação de más notícias;

(C) defender que, em meio a dores, os profissionais de saúde que lidam com a comunicação de más notícias também vivenciam prazeres;

(D) relatar conclusões sobre as dores e os prazeres experimentados por profissionais de saúde, particularmente pelos que trabalham em áreas mais sujeitas à comunicação de más notícias;

(E) argumentar que a relação interpessoal é condição fundamental para que o profissional de saúde que precisa lidar com a comunicação de más notícias possa experimentar prazeres.

02 – O espaço destinado à abordagem das dores e delícias de ser um profissional de saúde no desenvolvimento do texto: (A) revela o desequilíbrio no tratamento dos dois aspectos,

uma vez que predominou a descrição das delícias ou dos prazeres da experiência de ser um profissional de saúde;

(B) não condiz com o que é dito, na introdução, sobre o que foi tema muito frequente nas reuniões dos grupos e, no 5o parágrafo, acerca do percentual de profissionais que se preocuparam em destacar os prazeres de seu ofício;

(C) está em sintonia com o que é dito, na introdução, acerca do que foi tema muito presente nas reuniões dos grupos e, no 5o parágrafo, sobre o percentual de profissionais que se preocuparam em ressaltar os prazeres da sua atividade;

(D) torna evidente o equilíbrio no tratamento desses dois aspectos, sugerido tanto pelo título quanto pelo percentual de profissionais, mencionado no 5o parágrafo, que se preocuparam em comentar os prazeres nas reuniões dos grupos;

(E) revela um equilíbrio no tratamento dos dois aspectos, já que os comentários sobre cada um destes ocupam iguais porções de texto.

03 – De acordo com o texto, a reação dos profissionais de saúde frente a situações de dor, doença, impotência clínica ou morte consiste em: (A) ou uma atitude positiva de aceitação e, assim, de

aprimoramento e até de benefício no que diz respeito ao que é positivo na condição humana e no exercício profissional do agente de saúde ou, então, uma destas duas atitudes negativas: a insatisfação declarada entremeada pela idealização do padecimento e do heroísmo profissionais em lidar com a dor ou uma atitude de endurecimento, distanciamento e frieza em relação aos pacientes;

(B) uma atitude positiva de aceitação da situação e, por conseguinte, de aprendizagem e de aproveitamento do que é prazeroso na condição humana e profissional do agente de saúde durante o processo de prestar assistência ao paciente;

(C) uma de duas posturas negativas, ou insatisfação declarada entremeada pela necessidade de idealização do padecimento e heroísmo profissionais envolvidos na escolha de lidar com o sofrimento ou outra de indiferença e distância em relação aos pacientes e à vida;

(D) ou uma atitude positiva de aceitação e, então, de aprimoramento e até de aproveitamento das delícias da condição humana e da prática profissional do agente de saúde ou uma atitude negativa de insatisfação declarada entremeada de arrogância com aparência de humildade profissional;

(E) uma atitude positiva de aceitação e, por conseguinte, de aprimoramento e até de benefício no que diz respeito ao que é positivo nessa condição humana e no exercício profissional do agente de saúde e/ou uma atitude negativa de insatisfação declarada entremeada pela idealização do padecimento e do heroísmo profissionais em lidar com a dor e/ou, ainda, uma atitude negativa de endurecimento, distanciamento e frieza em relação aos pacientes.

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04 – Em “a construção de um tipo de profissional arrogantemente humilde” (no 2o parágrafo), “arrogantemente humilde” corresponde: (A) à expressão de uma caracterização que é o contrário do que

se quer dar a entender; (B) ao enlace intencional de ideias contrastantes na

composição de uma caracterização; (C) à expressão, com entoação irônica, de um pensamento

pela ideia oposta à que a expressão linguística usada denota;

(D) simplesmente a uma alternativa utilizada para expressar, com eufemismo, uma caracterização hostil;

(E) à simples oposição de uma ideia ou palavra a outra de significado contrário.

05 – No enunciado do quinto parágrafo “Falou-se da possibilidade de aprender com aquelas pessoas que estão em momentos tão delicados e fundamentais de suas vidas, frequentemente diante da morte, da possibilidade que a disposição delas em compartilharem esses momentos oferece de amadurecimento e crescimento.”, o constituinte “de amadurecimento e crescimento” relaciona-se sintática e semanticamente ao núcleo: (A) verbal “oferece”, que, por sua vez, prevê um termo

complemento ligado por preposição; (B) nominal “momentos”, que, por sua vez, é antecedido do

pronome demonstrativo “esses”; (C) nominal “possibilidade” e, com este e o artigo definido,

forma o termo retomado pelo pronome “que” na oração construída com o verbo “oferece”;

(D) verbal “compartilharem”, que, por sua vez, se liga ao termo nominal “esses momentos”;

(E) nominal “disposição” e, com este, o artigo definido e a forma “delas”, forma o termo ao qual se liga o predicado com o verbo “oferece”.

06 – Observe os elementos grifados nos enunciados transcritos abaixo e, então, analise as afirmativas subsequentes:

(...) provocando nos participantes o compartilhar das experiências e nos coordenadores o amadurecimento de percepções antes apenas intuídas. (no 1o parágrafo) (…) possibilitando o amadurecimento e o desfrutar das delícias da condição de ser gente e profissional de saúde. (no 2o parágrafo) I - Coordenam-se termos nominais cujos núcleos são

palavras primariamente substantivas. Por isso, há paralelismo formal, ou seja, uma sequência de termos coordenados com estruturação gramatical similar.

II - Coordenam-se termos nominais cujos núcleos são palavras de natureza categorial distinta: verbos (convertidos em substantivos por atuação do artigo definido) e substantivos. Alternativa à estruturação acima em que se preserve o paralelismo formal é, por exemplo, a substituição de “compartilhar” e “desfrutar”, respectivamente, por “compartilhamento” e “desfrute” ou por substantivos equivalentes.

III - Coordenam-se termos nominais cujos núcleos são formas substantivadas, sob atuação do artigo definido (num processo tradicionalmente rotulado de derivação imprópria ou conversão), e formas substantivas. Daí advém o paralelismo formal que se observa entre os termos coordenados.

(A) apenas a observação I é pertinente; (B) apenas as observações I e II são pertinentes; (C) apenas a observação II é pertinente; (D) apenas as observações II e III são pertinentes; (E) as observações I, II e III são pertinentes. 07 – Se as frases “Essas dores podem ser classificadas de vários pontos de vista (...)” e “Ambas foram abordadas em vários momentos nos grupos (...)”, que se encontram no primeiro parágrafo, forem escritas na voz passiva sintética (ou pronominal), passam a ter, de acordo com a norma culta padrão, esta estruturação verbal: (A) Podem-se classificar essas dores de vários pontos de vista

(...) e Abordaram-se ambas em vários momentos nos grupos (…).

(B) Pode-se classificar essas dores de vários pontos de vista (...) e Abordou-se ambas em vários momentos nos grupos (…).

(C) Pode-se classificar essas dores de vários pontos de vista (...) e Elas foram abordadas em vários momentos nos grupos (…).

(D) Podem-se classificar essas dores de vários pontos de vista (...) e Abordou-se ambas em vários momentos nos grupos (…).

(E) É possível classificá-las de vários pontos de vista (…) e Abordaram-se ambas em vários momentos nos grupos (…).

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08 – Entre as alternativas abaixo, a que NÃO apresenta impropriedade em relação às regras de regência da norma culta padrão é: (A) Cada grupo trabalhou seu percurso em termos das

experiências positivas e negativas a que se referiram durante as reuniões, o que implicou em propostas específicas de conduta profissional e novos compromissos referentes à tarefa de atender aos pacientes.

(B) Tratou-se, por exemplo, da sobrecarga emocional que os residentes estavam expostos, especialmente os do 1o ano, por serem sistematicamente encarregados de transmitir más notícias aos familiares, frequentemente comunicações de óbito, sem preparo anterior para tal tarefa ou suporte de seus preceptores.

(C) A dificuldade com que os profissionais de saúde lidam com a morte pode também repercutir em sua saúde: em decorrência da ansiedade gerada pelo enorme esforço psíquico de negar algo que está prestes a ocorrer, os que prestam assistência a enfermos com que mantêm maior envolvimento podem adoecer no processo de destes cuidar.

(D) A dimensão relacional que muitos profissionais não gostam é um espaço fundamental de intervenção. Devemos esforçar-nos em aprimorar o complexo processo de produção de saúde de cujos procedimentos faz parte, também, buscarmos aproximar-nos do paciente, informá-lo de suas reais condições, acolher suas reações e ajudar-lhe a viver da melhor maneira possível.

(E) A obra propicia um conteúdo significativo sobre comunicações de más notícias, metodologias de capacitação profissional, considerações específicas a respeito da atenção dispensada à criança e o adolescente e até da experiência do luto que os profissionais da área estão sujeitos.

TEXTO 2

Leia estas duas versões de um fragmento de texto, originalmente produzido em inglês:

1a versão

O jovem deixou-se ficar para trás da fila, até perder de vista o soldado andrajoso. Depois, seguiu com os outros.

Mas estava entre feridos. A multidão sangrava. Devido à pergunta do soldado maltrapilho, achava, agora, que podiam perceber-lhe a vergonha. Lançava continuamente olhares de soslaio, para ver se os homens estavam a contemplar as letras da culpa que lhe queimavam a testa.

Às vezes, olhava com inveja os soldados feridos. Imaginava felizes pessoas que tinham o corpo dilacerado. Desejava que ele, também, tivesse um ferimento – um emblema rubro da coragem.

O soldado espectral estava ao seu lado, como uma censura que o espreitasse. Os olhos do homem estavam ainda a fitar o desconhecido. Sua face cinérea, espantosa, chamara a atenção dos demais, e os homens, retardando o passo melancólico, caminhavam em sua companhia. Comentavam a situação em que ele se encontrava, faziam-lhe perguntas, davam-lhe conselhos.

2a versão

O jovem foi retrocedendo na procissão até o maltrapilho sumir de vista. E então, começou a caminhar com os outros.

Estava cercado de feridos. Aquela massa de homens sangrava. Por causa da pergunta do maltrapilho, ele agora sentia que sua ignomínia era visível. Lançava olhares oblíquos para um lado e para outro, tentando descobrir se alguém podia ler a culpa marcada a fogo em sua testa.

Chegava a sentir inveja dos feridos. Tinha a impressão de que as pessoas dilaceradas fossem estranhamente felizes. Desejou ter um ferimento grave, um emblema vermelho da coragem.

O soldado espectral seguia perto dele, como uma censura ambulante, os olhos ainda fixos no desconhecido. O pavoroso rosto cinzento atraíra atenções na multidão e os homens caminhavam com ele, no ritmo lúgubre de seus passos. Discutiam seu mau estado, faziam perguntas, ofereciam conselhos.

(Versões brasileiras – assinadas, respectivamente, por Brenno Silveira e Sérgio Rodrigues – de fragmento de O Emblema Vermelho da Coragem. In: Revista

Língua, ano 5, no. 63, janeiro de 2011., p.58)

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09 – Com base na leitura dessas versões, analise as afirmativas abaixo:

I - As duas versões diferem quanto ao grau de formalidade. A segunda contém escolhas lexicais e estruturas morfossintáticas mais formais do que as da primeira. Utiliza, por exemplo, termos como “ignomínia”, “olhares oblíquos”, “ritmo lúgubre”.

II - As versões situam-se rigorosamente no mesmo nível de formalidade. Em ambas, registram-se vocábulos pouco usuais em situações informais cotidianas. Ambas exploram variantes morfossintáticas similares: por exemplo, verbos flexionados no pretérito (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) do indicativo.

III - Na morfossintaxe, nota-se uma pequena diferença quanto ao nível de formalidade das duas versões. A primeira contém algumas variantes morfossintáticas menos usuais, em situações coloquiais, do que as correspondentes da segunda. Emprega, por exemplo, as formas “podiam perceber-lhe a vergonha” ou “as letras da culpa que lhe queimavam a testa”.

IV - As duas versões apresentam variantes morfossintáticas usadas na norma culta. Comparando-as, observa-se, por exemplo, no final do texto: a opção pelo preenchimento do constituinte destinatário previsto na estruturação de orações com verbos transitivos diretos e indiretos na primeira versão e a opção pela elipse desse constituinte na segunda.

Da análise, depreende-se que descrição compatível com o que se observa nas versões de texto acima está em: (A) II apenas; (B) III apenas; (C) I e IV apenas; (D) III e IV apenas; (E) II e IV apenas. 10 – Com base na análise do grau de equivalência de sentido das frases dessas duas versões de texto, verifica-se que a alternativa com variação de forma que menos implica nuance de sentido diferente está em: (A) “(...) estava entre feridos.” “Estava cercado de feridos.” (B) “Às vezes, olhava com inveja os soldados feridos.” “Chegava a sentir inveja dos feridos.” (C) “Desejava que ele, também, tivesse um ferimento – um emblema rubro da coragem.” “Desejou ter um ferimento grave, um emblema vermelho da coragem.” (D) “Sua face cinérea, espantosa, chamara a atenção dos demais (…).” “O pavoroso rosto cinzento atraíra atenções na multidão (…).” (E) “Comentavam a situação em que ele se encontrava (…).” “Discutiam seu mau estado (…).”

RACIOCÍNIO LÓGICO 11 – Naquela vila, todas as meninas gostam de jogar bola, mas algumas pessoas que são estrangeiras não gostam de jogar bola. Nesse caso: (A) as meninas que são estrangeiras gostam de jogar bola; (B) nenhum menino gosta de jogar bola; (C) nenhuma menina estrangeira gosta de jogar bola; (D) as meninas estrangeiras gostam de jogar bola; (E) quem não é estrangeiro gosta de jogar bola. 12 – Numa sala estão reunidos três homens e três mulheres. O número de casais diferentes que podem ser formados é igual a: (A) 6; (B) 9; (C) 12; (D) 16; (E) 18. 13 – Na sequência a seguir, cada termo a partir do segundo é obtido a partir de seu antecessor por uma mesma regra: 8 , 12 , 18 , 27 , ... O próximo termo é: (A) 36; (B) 39; (C) 40,5; (D) 43,5; (E) 50,5. 14 – Augusto precisava encontrar uma pessoa chamada Joaquim, a quem não conhecia pessoalmente, num certo botequim. Lá chegando, dirigiu-se ao dono do bar: “Por favor, preciso encontrar o Joaquim, me disseram que o senhor poderia me dizer como encontrá-lo”. O dono do bar respondeu então: “Joaquim está ali, naquela mesa, com o irmão gêmeo, Manoel. Olha, cuidado, o Manoel só fala mentiras. Já o Joaquim, esse só fala a verdade!”. Augusto aproximou-se dos dois e perguntou: “Com licença, um de vocês é o Joaquim?” Se a informação do dono do bar estava correta, Augusto ouviu como respostas “____” e “____” e identificou Joaquim como o que respondeu “_____”. As três lacunas são corretamente preenchidas respectivamente por: (A) “não”, “talvez”, “não”; (B) “sim”, “talvez”, “talvez”; (C) “sim” , “sim”, “sim”; (D) “sim” , “não”, “não”; (E) “sim” , “não”, “sim”.

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15 – Para numerar as páginas de um livro, começando na página 1, 207 algarismos foram escritos. O número de páginas desse livro é igual a: (A) 102; (B) 105; (C) 112; (D) 120; (E) 135. 16 – Quatro atletas, Carlos, André, Bernardo e Vitor, resolveram disputar 10 corridas. Em cada corrida, o vencedor ganha 3 pontos, o segundo ganha 2 pontos, o terceiro, 1 ponto, e o quarto não ganha ponto algum. Ao final do torneio, Carlos fez 16 pontos, André fez 14, Bernardo fez 15. Assim, Vitor fez a seguinte quantidade de pontos: (A) 12; (B) 14; (C) 15; (D) 16; (E) 18. 17 – Observe a sequência: ABCA, BCDB, CDEC, DEFD,... O próximo termo é: (A) FGHF; (B) EFFG; (C) FEFF; (D) EGHE; (E) EFGE. 18 – Se é verdade que para que um aluno seja repreendido é necessário que ele tenha cometido um ato de indisciplina então: (A) não é possível que um aluno seja repreendido se não

cometeu ato de indisciplina; (B) todo aluno que comete ato de indisciplina é repreendido; (C) um aluno que não comete ato de indisciplina pode ser

repreendido; (D) se um aluno não foi repreendido então ele não cometeu ato

de indisciplina; (E) um aluno que comete ato de indisciplina não pode ser

repreendido.

19 – O Bom, o Mau, o Feio e o Bonito foram acusados de um delito. As investigações mostram que se o Bom não é culpado, o Feio é inocente; o Bom e o Bonito só são culpados se o Mau for inocente. Agora descobriu-se que o Mau é culpado. Logo, são inocentes:

(A) apenas o Bom e o Feio; (B) apenas o Bom e o Bonito; (C) apenas o Bonito e o Feio; (D) apenas o Bom, o Bonito e o Feio; (E) o Bom, o Mau, o Feio e o Bonito. 20 – Pedro digitou em seu computador:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Ele então se perguntou: “Se eu continuar a digitar números com essa mesma regra, qual será o primeiro número da vigésima linha?”. Pensou um pouco e obteve a resposta correta: (A) 188; (B) 189; (C) 190; (D) 191; (E) 192.

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

21 – As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas na Constituição Federal. Avalie se tais ações e serviços devem obedecer ainda, dentre outros, aos seguintes princípios:

I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência.

II - Integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.

III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.

IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.

Estão corretos: (A) I e II, apenas; (B) II e III, apenas; (C) I, III e IV, apenas; (D) II, III e IV, apenas; (E) I, II, III e IV.

22 – Em relação à Educação Permanente em Saúde avalie as afirmativas seguintes:

I - Destina-se a públicos segmentados. II - Objetiva transformações das práticas técnicas e

sociais. III - Preocupa-se com os problemas cotidianos das práticas

das equipes de saúde. IV - Usa práticas pedagógicas centradas em referenciais

teóricos, geralmente por meio de aulas expositivas com apoio supervisional, preferencialmente fora do ambiente de trabalho.

V - É esporádica e visa a atender às necessidades pontuais das políticas de desenvolvimento do SUS.

Estão corretas as afirmativas: (A) II e III, apenas; (B) I, IV e V, apenas; (C) I, II e V, apenas; (D) II, III e V, apenas; (E) I, II, III, IV e V.

23 – O Pacto pela Vida contém, dentre seus objetivos e metas prioritárias (Portaria GM/MS nº 325, de 21 de fevereiro de 2008), o fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase, dentre outras, nas seguintes, EXCETO: (A) dengue; (B) hanseníase; (C) aids; (D) poliomielite; (E) tuberculose. 24 – Um aspecto importante na Política Nacional de Promoção da Saúde é a busca pela redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas. Avalie se as seguintes ações devem ser implementadas com esse fim:

I - Investimento em ações educativas e sensibilizadoras para crianças e adolescentes quanto ao uso abusivo de álcool e suas conseqüências.

II - Produção e distribuição de material educativo para orientar e sensibilizar a população sobre os malefícios do uso abusivo do álcool.

III - Promoção de campanhas municipais em interação com as agências de trânsito no alerta quanto às consequências da “direção alcoolizada”.

IV - Desenvolvimento de iniciativas de redução de danos pelo consumo de álcool e outras drogas que envolvam a co-responsabilização e autonomia da população.

V - Investimento no aumento de informações veiculadas pela mídia quanto aos riscos e danos envolvidos na associação entre o uso abusivo de álcool e outras drogas e acidentes/violências.

VI - Apoio à restrição de acesso a bebidas alcoólicas de acordo com o perfil epidemiológico de dado território, protegendo segmentos vulneráveis e priorizando situações de violência e danos sociais.

Estão corretas as ações: (A) I, III, V e VI, apenas; (B) II, III e IV, apenas; (C) I, II, III, IV e V, apenas; (D) II, III, IV, V e VI, apenas; (E) I, II, III, IV, V e VI.

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25 – Em relação ao Projeto Terapêutico Singular NÃO é correto afirmar que: (A) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas

articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com Apoio Matricial se necessário;

(B) é em geral dedicado a situações mais simples; (C) desenvolveu-se em espaços de atenção à saúde mental

como forma de propiciar uma atuação integrada da equipe; (D) valoriza outros aspectos além do diagnóstico psiquiátrico e

da medicação no tratamento dos usuários; (E) é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões

são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações.

26 – A terceira diretriz da Resolução CNS333/03 diz que “A participação da sociedade organizada, garantida na Legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da Política de Saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros.(...) O Conselho de Saúde será composto por representantes de usuários, de trabalhadores de saúde, do governo e de prestadores de serviços de saúde”. De acordo com a resolução, as vagas devem ser distribuídas pelas (i) entidades de usuários, (ii) entidades de trabalhadores de saúde e (iii) representação de governo, de prestadores de serviços privados conveniados ou sem fins lucrativos, de acordo com os seguintes percentuais respectivos: (A) 40%, 30%, 30%; (B) 50%, 30%, 20%; (C) 50%, 25%, 25%; (D) 60%, 20%, 20%; (E) 30%, 40%, 30%.

27 – Com o objetivo de se reduzir a mortalidade infantil em nosso país, as seguintes ações estratégicas devem ser implementadas: a melhoria do acesso e da qualidade da assistência ao pré-natal, ao parto e ao RN, ações de promoção do Aleitamento Materno, tais como: Rede Amamenta Brasil, Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Método Canguru, Bancos de Leite Humano e vigilância dos óbitos maternos e infantis.

(Fonte: Orientações acerca dos Indicadores de Monitoramento – Avaliação do pacto pela saúde nos componentes Pela Vida e de Gestão para o

Biênio 2010-2011 – MS) A Taxa de Mortalidade Infantil é um indicador importante para este fim. A meta para 2011 é reduzi-la em 3%. Seus dois componentes são a Taxa de Mortalidade Neonatal e a Taxa de Mortalidade Pós-neonatal, definidas como: Taxa de Mortalidade Neonatal: Número de óbitos de menores de _______ dias por mil nascidos vivos na população residente em determinado espaço geográfico no ano considerado. Taxa de Mortalidade Pós-neonatal: Número de óbitos de ______ dias de vida completos por mil nascidos vivos na população residente em determinado espaço geográfico no ano considerado. Completam corretamente as lacunas, respectivamente: (A) 21 / 21 a 364; (B) 28 / 28 a 364; (C) 35 / 35 a 364; (D) 42 / 42 a 364; (E) 56 / 56 a 364. 28 – Dentre as prioridades do Pacto pela Vida, a primeira diz respeito à saúde do idoso. O objetivo, no caso, é promover a formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa. O indicador usado para monitorar essa prioridade é a taxa de internação hospitalar em pessoas idosas por: (A) fratura de fêmur; (B) pneumonia; (C) ateroesclerose; (D) senilidade; (E) artrose.

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29 - A Atenção Primária à Saúde pode ser definida como um conjunto de: (A) ações que propiciam o conhecimento e a detecção de

mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde;

(B) intervenções individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela atuação sobre os determinantes sociais da saúde;

(C) ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, danos e riscos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde, tendo a estratégia de Saúde da Família como prioridade para sua organização;

(D) ações que visam à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processo produtivos;

(E) ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde.

30 – A Rede de Atenção Psicossocial brasileira está em expansão. O indicador da cobertura em saúde mental, medido pelo número de CAPS / 100.000 habitantes (×100), que era de cerca de 20% em 2002 é, atualmente, de cerca de: (A) 25%; (B) 30%; (C) 40%; (D) 60%; (E) 100%.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

31 – O exame a seguir mais indicado em caso de tosse aguda é: (A) pesquisa de BAAR; (B) hemograma; (C) radiografia do tórax; (D) espirometria; (E) tomografia do tórax. 32 – Sugere mais fortemente infarto agudo do miocárdio quando a dor se irradia para: (A) braço esquerdo; (B) ombro direito; (C) face; (D) ambos os braços; (E) abdome. 33 – Lesão vesicular aguda sugere: (A) herpes zoster; (B) candidíase; (C) escabiose; (D) sífilis; (E) sarampo. 34 – O contraceptivo oral pode ser inibido com o uso concomitante de: (A) isoniazisa; (B) rifampicina; (C) pirozamida; (D) etambutol; (E) estreptomicina. 35 – Em paciente de risco, a embolia pulmonar é sugerida mais fortemente por: (A) palpitação; (B) hemoptise; (C) tosse; (D) dor na panturrilha; (E) dispneia. 36 – Ginecomastia pode ser complicação do tratamento da hipertensão arterial quando se usa: (A) furosemida; (B) ácido etacrínico; (C) clortolidona; (D) metalazona; (E) amiloride.

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37 – Síndrome sugestiva de Lupus Eritematoso Sistêmico pode aparecer durante o uso de: (A) bromazepam; (B) captopril; (C) aspirina; (D) digital; (E) haloperidol.

38 – Anemia por deficiência de ferro pode ser sugerida quando o valor em mcg/L da ferritina for menor que: (A) 30; (B) 40; (C) 50; (D) 60; (E) 70. 39 – Pode ser complicação mais comum do uso de trimetropim sulfametoxazole: (A) anemia hemolítica; (B) hipoglicemia; (C) neurite óptica; (D) síndrome de Stevens-Johnson; (E) pancreatite aguda. 40 – É sugestivo de intoxicação por muscarina após ingestão de cogumelo: (A) miose; (B) taquicardia; (C) insufiência hepática; (D) alucinação; (E) hemólise.

41 – Paulo, 10 meses de idade, história de início há cinco dias com coriza hialina, tosse e febre variando de 37,8oC a 38,1oC. Há 48 horas houve piora do quadro, com recusa alimentar, sonolência, piora da tosse e aumento da temperatura, variando de 38,6oC a 39,2oC. Ao exame físico, a criança apresenta prostração, choro fraco, palidez de pele, tiragem subcostal, Tax = 39oC, FR = 58irpm, FC = 138bpm. Em relação a esta afecção é correto afirmar que: (A) a evolução do quadro clínico é atípica, considerando a

idade da criança; (B) o sinal mais consistente para o provável diagnóstico

evolutivo é a taquipneia; (C) a tiragem subcostal pode ser normal e esperada para a

faixa etária da criança; (D) pode ocorrer distensão abdominal por aumento do volume

do fígado; (E) a localização da afecção é facilmente identificada à

ausculta respiratória nessa idade. 42 – Joana, um ano e dois meses de idade, apresenta história de diarreia e vômitos há três dias, tendo evacuado oito vezes e vomitado cinco vezes nas últimas 24 horas. Nesse período, aceitou apenas o leite materno. Ao exame físico, irritabilidade, olhos encovados, saliva espessa, oligúria, FC = 130bpm, FR = 38irpm, PA = 100x70mmHg, Tax = 36oC. Nesse caso: (A) índices epidemiológicos para presumir o diagnóstico

etiológico podem induzir a erro; (B) deve ser realizada avaliação liquórica, pela presença de

irritabilidade; (C) trinta minutos antes do início da reidratação deve-se

administrar droga anti-emética; (D) está indicada a reidratação oral e a manutenção do

aleitamento materno; (E) inicia-se a terapia antimicrobiana após 72 horas de não

resolução do quadro. 43 – A seguinte terapêutica antimicrobiana inicial empírica das infecções bacterianas agudas do sistema nervoso central, relacionando-se os agentes mais frequentes para cada faixa etária, está correta: (A) criança de 0 a 2 meses: ampicilina + ceftriaxona; (B) lactente de mais de 2 meses e criança imunocompetente

< 5 anos: cefepima; (C) lactente de mais de 2 meses e criança imunocomprometida

< 5 anos: amicacina + cefepima; (D) criança imunocompetente com mais de 5 anos: cefepima; (E) criança imunocomprometida com mais de 5 anos:

amicacina + cefepima.

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44 – Lucas, cinco anos de idade, foi levado à Emergência com história de início a sete dias de febre alta e diarreia, média de seis evacuações por dia, fezes com sangue e muco. Evoluiu com piora da febre e da diarreia e importante queda do estado geral. Ao exame físico, prostração, palidez +++/4+, desidratação +++/4+, oligúria, pulsos finos e rápidos, FC=170bpm, FR=54irpm, PA=50x30mmHg, Tax= 35,5oC. A avaliação dos gases sanguíneos: Ph=7,21; PO2=85; PCO2=36; HCO−

2=16; BE= −17. Nesse caso: (A) para correção do quadro metabólico inicia-se a expansão

intravascular, a terapêutica mais eficaz; (B) deve-se iniciar imediatamente terapia com o uso de

solução endovenosa de bicarbonato; (C) o uso de bicarbonato deve ser monitorado porque pode

levar a alcalose respiratória grave; (D) o nível sanguíneo de potássio deve ser avaliado pela maior

possibilidade de estar elevado; (E) considerando o nível sanguíneo da PCO2, a criança

apresenta acidose respiratória associada. 45 – A peritonite pode resultar de processos infecciosos, entre outras causas. Em relação a essa afecção é correto afirmar que: (A) a peritonite primária resulta de infecção bacteriana da

cavidade peritoneal de origem intra-abdominal; (B) um dos exames para o diagnóstico de peritonite primária é

a radiografia de abdome deitado com raios verticais; (C) os agentes etiológicos que mais frequentemente se

associam à peritonite secundária são os cocos gram-positivos;

(D) o sinal de Blumberg é uma manobra semiótica que revela a rigidez da parede abdominal inflamada;

(E) na peritonite secundária, deve-se estabilizar o paciente e iniciar antibioticoterapia antes da intervenção cirúrgica.

46 – Raiana, nove anos de idade, brincava no terreno próximo a sua casa, região rural, quando foi ferida na perna. Levada ao serviço de Emergência, foi atendida quatro horas após o traumatismo. O exame físico mostrou lesão corto-contusa em perna direita, profunda, 5cm de comprimento, suja, presença de restos de terra e fezes de animal. A criança recebeu quatro doses da vacina tríplice bacteriana sendo a ultima dose aplicada há sete anos. A conduta preferencial é limpeza, debridamento cirúrgico e reforço com: (A) toxóide tetânico e imunoglobulina tetânica humana; (B) vacina dupla bacteriana; (C) vacina tríplice bacteriana; (D) imunoglobulina tetânica humana; (E) toxoide tetânico.

47 – Pedro, dez anos de idade, passeava no Pantanal de Mato Grosso quando foi mordido no pé por uma cobra de cerca de dois metros de comprimento, cabeça triangular e pupilas elípticas. Atendido na Emergência uma hora após o acidente, refere náusea, vômitos, dor local e, ao exame físico, apresenta lesão bolhosa em planta de pé esquerdo com edema ++/4+ e equimose. Em relação ao caso é correto afirmar que: (A) o comprimento da cobra deve ser considerado para

orientar a presença ou não de peçonha; (B) a intensidade da dor no local é diretamente proporcional à

gravidade do envenenamento; (C) deve-se aplicar gelo, pressão local e torniquete proximal

para limitar disseminação do veneno; (D) caso a coagulopatia se instale, em seguida deve-se solicitar

tipagem sanguínea e prova cruzada; (E) deve-se indicar o antiveneno de acordo com a gravidade e

a progressão dos sinais e sintomas. 48 – Muitas doenças virais ocorrem na infância e apresentam o exantema como um sinal clínico. Entre elas, uma associação correta é: (A) exantema súbito e febre que desaparece em crise; (B) varicela e doença mão-pé-e-boca; (C) coxsackievirus A e linfadenopatia de cadeia occipital

posterior; (D) rubeola e enrubescimento facial eritematoso; (E) eritema infeccioso e lesões em vários estágios de evolução. 49 – Andressa, 2 anos de idade, foi levada à Emergência por apresentar, há duas horas, início súbito de vômitos e dificuldade respiratória. A mãe da criança trouxe embalagem encontrada aberta e vazia, próxima à menina. Ao exame físico, miose, lacrimejamento e salivação excessivas, perda urinária e fecal, diminuição da entrada de ar e sibilos expiratórios à ausculta respiratória, FR=54irpm, FC=80bpm e PA=60x40mmHg. Em relação ao quadro é correto afirmar que: (A) o caso reflete a literatura que indica que 60% das

intoxicações em crianças envolvem fármacos; (B) os sintomas são causados por acúmulo de

acetilcolinesterase nas sinapses nervosas; (C) a lavagem gástrica está contra-indicada pois a ingestão

tóxica ocorreu há duas horas; (D) um dos antídotos indicados para o tratamento do

envenenamento é a atropina; (E) se o tratamento não for instituído, o quadro reverterá

espontaneamente em três dias.

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50 – Quanto ao tratamento do estado de mal convulsivo é correto afirmar que: (A) o fenobarbital é eficaz quando usado pela via retal numa

criança em estado de mal convulsivo, em casa, antes de chegar ao hospital;

(B) a fenitoína deve ser aplicada via endovenosa, diluída em solução glicosada, para ser eficaz e não causar dor, irritação e flebite no local;

(C) caso uma droga seja administrada em dose baixa, várias vezes, sem resposta, deve-se introduzir outro anticonvulsivante a seguir;

(D) atualmente, com o desenvolvimento de drogas anticonvulsivantes mais eficazes, não há indicação para coma barbitúrico e anestesia geral;

(E) em caso de não reversão do estado de mal convulsivo após o uso adequado de benzodiazepínico, fenitoína e fenobarbital, indica-se infusão contínua de midazolam.

51 – Patrícia, onze anos de idade, procurou serviço de Emergência com quadro de início súbito há três dias com febre, calafrios, cefaleia, náuseas, vômitos e dor em membros inferiores. Mora na cidade de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Nas últimas enchentes, locomoveu-se a pé nos bolsões das águas das chuvas. Ao exame físico, queda do estado geral, fotofobia, dor orbital e mialgia intensa em panturrilhas. PA=110x70mmHg, FC=100bpm, FR=36irpm, Tax=39oC. Nesse caso: (A) a história epidemiológica tem pouco valor no diagnóstico

etiológico da doença; (B) indica-se observação hospitalar pois a enfermidade evolui

em três fases distintas; (C) há risco de evoluir com meningite asséptica na segunda

fase da doença anictérica; (D) para esclarecimento diagnóstico deve-se solicitar o

isolamento do microorganismo; (E) mesmo recebendo profilaxia medicamentosa há risco de

contrair a doença.

52 – Mateus, cinco anos de idade, foi levado ao serviço de Emergência com história de início, há 48 horas, de febre baixa, espirros e coriza hialina. Evoluiu nas últimas 16 horas com tosse seca e esforço respiratório progressivos. Apresentou dois episódios semelhantes anteriores. Ao exame físico: acordado, orientado, com dificuldade para articular palavras, palidez cutânea ++/4+, esforço respiratório com tiragem intercostal e retração diafragmática, entrada de ar diminuída e sibilos expiratórios em ambos os pulmões. Em relação a essa afecção é correto afirmar que: (A) os episódios semelhantes apresentados anteriormente se

associaram ao manejo inadequado da doença base; (B) a evolução da crise por um período de 16 horas ainda não

é indicação de risco de gravidade; (C) a abordagem inicial do quadro respiratório inclui, entre

outros, internação em enfermaria pediátrica; (D) glicocorticoide sistêmico está indicado caso não haja

resposta à instituição da terapia inicial; (E) inicia-se beta-agonista inalável de curta ação, que é a

droga de escolha para episódio agudo da doença. 53 – Em relação à insuficiência cardíaca congestiva é correto afirmar que: (A) em lactentes, é fácil identificar insuficiência cardíaca

congestiva, pois as manifestações incluem dificuldade alimentar, baixo ganho ponderal e irritabilidade;

(B) as crianças de dois a cinco anos de idade podem ter, primariamente, sintomas abdominais e ausência de queixas respiratórias;

(C) a inspeção clínica da pressão venosa jugular e da hepatomegalia são úteis na avaliação da pressão venosa sistêmica;

(D) edema pulmonar é visualizado à radiografia de tórax na insuficiência cardíaca congestiva moderada;

(E) a eletrocardiografia é útil para o encontro de hipertrofia das câmaras cardíacas e na avaliação da função ventricular.

54 – Felipe, 2 anos e 5 meses de idade, foi levado à Emergência com história de início súbito, há 10 minutos, de ter “tossido muito e ficado engasgado”. Antes desse episódio, estava bem, brincando. Ao exame físico, acordado, agitado, estridor e esforço inspiratórios, cianose em mucosa oral e extremidades, impossibilidade de falar ou tossir. É correto afirmar que, nesse caso: (A) a presença de estridor inspiratório indica que a obstrução

se localiza em região infraglótica; (B) deve-se iniciar série de cinco compressões abdominais

com a criança de pé ou sentada; (C) indica-se imediata investigação da localização da

obstrução com radiografia de perfil da região cervical; (D) solicita-se broncoscopia que pode ser realizada com

rapidez, pois não requer preparo do paciente; (E) a laringotraqueobronquite viral é o principal diagnóstico

diferencial a ser considerado.

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55 – No lactente de dois meses de idade que chega à Emergência apresentando quadro de sibilância: (A) indica-se oxigenioterapia, que é a única terapia de valor

indiscutível para os quadros de sibilância de etiologia viral;

(B) solicita-se radiografia póstero-anterior de tórax porque é o primeiro episódio de sibilância;

(C) inicia-se tratamento imediato com corticosteroide sistêmico pois trata-se de um quadro agudo e grave;

(D) dentre os fatores etiológicos, o adenovirus é o principal agente causal a ser considerado;

(E) essa criança, com sibilância de início precoce, apresenta risco significativo para asma persistente.

56 – André, 6 anos de idade, foi levado à Emergência com história de início há quatro dias com “rosto inchado e urina escura”. A mãe refere que a criança apresentou “feridas na pele” há três semanas, com resolução espontânea. Ao exame físico, edema em face ++/4+, esforço respiratório, diminuição do murmúrio vesicular em base direita e estertores subcrepitantes disseminados, abdome distendido, sinal do piparote positivo, edema em membros inferiores ++/4+. FC=90bpm, FR=48irpm, PA=150x100mmHg. Radiografia de tórax: velamento de seio costofrênico direito e aumento da área cardíaca. É correto afirmar que, nesse caso: (A) o quadro edemigênico é causado por hipoalbuminemia e,

por isso, indica-se infusão de albumina humana; (B) a hipertensão arterial deve ser controlada pelo risco de

levar à insuficiência real aguda; (C) há risco elevado de evoluir para encefalopatia aguda e/ou

insuficiência cardíaca congestiva; (D) se a piodermite tivesse sido tratada com antibioticoterapia

sistêmica precoce não haveria risco de nefropatia; (E) a evolução da doença, da fase aguda para a fase crônica,

vai ocorrer num período de 20 a 30 dias. 57 – A raiva humana é uma grave doença viral do sistema nervoso central na qual, uma vez desenvolvidos os sintomas, a recuperação é rara. Entretanto, sua transmissão pode ser evitada através da profilaxia. Preconiza-se: (A) evitar contato com animais potencialmente raivosos e

vacinar, de preferência, cães que residem em domicílios; (B) limpar o local da mordida por animal potencialmente

raivoso com água e sabão e água oxigenada por três minutos;

(C) aplicar imunoglobulina humana anti-raiva dentro das primeiras 24 horas após a mordida do animal potencialmente raivoso;

(D) aplicar parte do volume da imunoglobulina humana anti-raiva no interior e ao redor da ferida e a parte restante, via intramuscular;

(E) aplicar treze doses da vacina anti-rábica, via intramuscular, no deltoide, em crianças, longe da inoculação da imunoglobulina.

58 – Melissa, 8 anos de idade, moradora do Rio de Janeiro, foi levada à Emergência com história de início súbito, a três dias, de febre alta (39,4oC a 40,1oC), astenia e “pele avermelhada”. Ao exame físico, prostração, cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, exantema maculopapular, petéquias em membros inferiores, PA=100x70mmHg, Tax=39,5oC. Nesse caso: (A) deve-se solicitar a avaliação da prova do laço, do

hematócrito e do número de blastos; (B) o aumento de 20% do hematócrito ou hematócrito superior

a 38% indica a forma grave; (C) se ocorrer associação de febre alta e hipotensão arterial

suspeita-se da forma clássica da doença; (D) se plaquetas < 50000/mm3 na presença de petéquias, está

indicada transfusão de plaquetas; (E) a plasmaférese pode ser um dos procedimentos indicados

para que se evite síndrome de choque. 59 – Em crianças em tratamento contra o câncer: (A) a neutropenia é a segunda maior anormalidade do sistema

imunológico associada à infecção; (B) o grau e a duração da neutropenia são preditores

sugestivos do risco de complicação com infecção; (C) se a contagem de neutrófilos for inferior a

500 células/mm3 há risco elevado de infecção bacteriana; (D) hipo e hipertermia podem ser as únicas manifestações de

infecção na presença de neutropenia; (E) se houver neutropenia e febre aguarda-se o resultado da

hemocultura para iniciar antibioticoterapia. 60 – Kátia, sete anos de idade, chega ao serviço de Emergência trazida por sua mãe. A mãe refere que a criança apresentou sonolência e dor abdominal difusa durante o dia, não quis brincar e não aceitou a alimentação. O quadro veio se acentuando até o momento em que deu entrada no hospital. Não há história de episódio semelhante anterior. Ao exame físico: criança sonolenta, respondendo mal às solicitações verbais, olhos encovado, mucosas secas, saliva espessa, oligúria, auscultas cardíaca e respiratória normais, abdome flácido, doloroso difusamente à palpação superficial, ausência de vísceras palpáveis, FR=62bpm, FC=140bpm, PA=90x60mmHg. Em relação ao quadro está indicado: (A) solicitar tomografia computadorizada de crânio para

esclarecer a alteração sensorial; (B) solicitar ultrassonografia abdominal para excluir quadro de

abdome cirúrgico; (C) iniciar reidratação venosa com partes iguais dos soros

glicosado 5% e fisiológico; (D) dosar a glicemia e, se for ≥ a 300mg/dl, iniciar

insulinoterapia venosa; (E) avaliar o ph venoso após melhora do sensório e

estabilização do quadro clinico.

Page 16: PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA - concursos.biorio.org.brconcursos.biorio.org.br/Varzea2011/arquivos/prova/EPD08-G1.pdf · (E) argumentar que a relação interpessoal é condição fundamental

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