Como interpretar artigo científico Liga Acadêmica de Estudos e Ações em Cardiologia 2009.
Prova - Liga Acadêmica de Hipertensão
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PROCESSO SELETIVO 2014- LIGA ACADÊMICA DE HIPERTENSÃO
1) Atualmente, cada vez é mais cobrado que o estudante de Medicina saiba, além de tratar, conceituar o
que está se tratando. Não saber ao exato e detalhadamente aquilo que se trata é o primeiro passo
para erros terapêuticos. Assim sendo, pode-se definir hipertensão arterial como:
a) Uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e não sustentados de pressão
arterial (PA). Associa-se freqüentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo
(coração, encéfalo e rins) e a alterações metabólicas, com conseqüente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não fatais.
b) Uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial
(PA). Associa-se freqüentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e pulmão) e a alterações metabólicas, com conseqüente aumento do risco de eventos
cardiovasculares fatais e não-fatais
c) Uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e não sustentados depressão
arterial (PA). Não associada a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com conseqüente aumento do risco de
eventos cardiovasculares fatais.
d) Uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial
(PA). Associa-se freqüentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com conseqüente aumento do risco de
eventos cardiovasculares fatais e não-fatais.
2) A HAS tem altas prevalências e baixas taxas de controle, é considerado um dos principais fatores de
risco para doenças cardiovasculares. É uma condição clínica multifatorial e seu desenvolvimento
possui relação direta com alguns fatores de risco, como idade, excesso de peso e ingestão de sal. Sobre
esses fatores de risco é INCORRETO afirmar que:
a) Em faixas etárias acima de 65 anos a prevalência de HAS é superior a 60%.
b) A ingestão excessiva de sódio tem sido relacionada com elevação de PA e a restrição do mesmo tem
efeito hipotensor.
c) A proporção global de HAS entre homens e mulheres é igual até a 5ª década, quando a proporção de
mulheres ultrapassa a de homens.
d) HAS é duas vezes mais prevalente em indivíduos não-brancos.
3) HAS é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e sustentados de PA pela medida casual. É muito
importante seguir as recomendações da VI Diretriz Brasileira de Hipertensão no momento da aferição.
Dentre as tais recomendações NÃO ESTÁ CORRETO:
a) Certificar-se que o paciente não ingeriu café, bebidas alcoólicas, alimentos, não fumou e não praticou
exercícios físicos há pelo menos 60 minutos.
b) Insuflar rapidamente até o valor da PA sistólica estimada pelo método palpatório.
c) Desinsuflar o manguito na velocidade de 2 mmHg/segundo.
d) Anotar o valor, sem arredondar, e o braço em que a pressão foi medida.
4) Sobre a classificação da pressão arterial de acordo com a medida em consultório, para maiores de 18
anos, assinale a opção CORRETA:
a) Hipertensão sistólica isolada = PA sistólica > 140 mmHg.
b) Hipertensão estágio 2 = PA sistólica 160 – 179 e PA diastólica 90 -99 mmHg.
c) Limítrofe = PA sistólica 130 – 139 e PA diastólica 85 -89 mmHg.
d) Normal = PA sistólica <120 e PA diastólica <80 mmHg.
5) No que se refere à medida da PA, assinale a alternativa mais correta:
a) Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, em caso de diferença,
deve-se utilizar como referência sempre o braço com o menor valor para as medidas subseqüentes;
b) O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre
os membros superiores maiores de 10/20 mmHg para as pressões sistólica/diastólica
respectivamente;
c) Novas orientações desconsideram a utilização da MRPA como ferramenta na investigação de
pacientes com suspeita de hipertensão;
d) Os aparelhos semiautomáticos de braço certificados pelo INMETRO são os dispositivos mais
recomendados para a AMPA pela sua facilidade de manejo e confiabilidade.
6) Sobre MAPA, AMPA e MRPA, assinale a alternativa correta:
a) Uma das principais característica da AMPA é a possibilidade de identificar as alterações do ciclo
circadiano da PA, sobretudo as alterações durante o sono, que têm implicações prognósticas
consideráveis;
b) Para o MAPA são consideradas anormais as médias de PA de 24 horas > 125 x 75 mmHg, vigília >
130 x 85 mmHg e sono > 110/70 mmHg (B);
c) Hipertensão mascarada é definida como a situação clínica caracterizada por valores anormais de PA
no consultório (> 140/90 mmHg), porém com PA normal pela MAPA durante o período de vigília ou
na MRPA;
d) O valor limítrofe da MAPA vigília para hipertensão do avental branco deve ser < 130/75 mmHg.
7) Seu José de Ribamar é paciente da Liga Acadêmica de Hipertensão há mais de 10 anos, além de
diabético há 5 anos. Ao atendê-lo, você colheu a anamnese, realizou exame físico e passou o caso para
Drª Érika Carneiro, coordenadora docente da Liga. Assinale a alternativa que aponta para o manejo
CORRETO do paciente hipertenso e diabético:
a) É dispensável a medida da PA na posição ortostática visto que, por conta do diabetes mellitus, tais
pacientes não apresentam hipotensão ortostática;
b) A meta de PA deve ser <140/90mmHg no paciente hipertenso e diabético;
c) A razão albumina/creatinina em amostra de urina isolada é considerada microalbuminúria se for
menor que 30mg nos pacientes com HAS e DM;
d) O exame de fundo de olho/fundoscopia é indispensável para avaliar o paciente com HAS e DM.
8) Qual dos seguintes exames não faz parte da avaliação inicial para o paciente hipertenso?
a) ECG convencional.
b) Sódio urinário.
c) Creatinina plasmática.
d) Análise de urina.
9) Durante o atendimento que os acadêmicos realizam na Liga de Hipertensão, não é raro o
aparecimento de pacientes hipertensos com alguma afeccção renal. Assim, marque a alternativa
INCORRETA no que se refere à doença renal crônica (DRC):
a) A DRC é a principal causa de HAS secundária;
b) Um mecanismo patogênico da HAS na DRC é a maior ativação do Sistema renina-angiotensina-
aldosterona;
c) A meta de PA dos pacientes com DRC deve ser PA≤130/80mmHg;
d) IECAS e BRAs II devem ser evitados nos pacientes hipertensos com DRC, já que aumentam a
proteinúria;
e) Os beta-bloqueadores com freqüência fazem parte do esquema anti-hipertensivo nos hipertensos com
DRC.
10) Constituem indicadores de lesões subclínicas de órgãos-alvo, exceto:
a) Índice tornozelo braquial ≥ 0,9;
b) Velocidade de onda de pulso > 12m/s;
c) Clearance de creatinina <60 ml/min;
d) Espessura médio-intimal de carótida > 0,9 mm;
11) A hipertensão arterial sistêmica secundária (HAS-S) tem prevalência de 3% a 5%. Antes de
pensarmos nela, devemos excluir algumas situações, como medida inadequada da PA, hipertensão do
jaleco branco, tratamento inadequado, não-adesão ao tratamento, dentre outras. Assinale a
alternativa em que os achados clínicos NÃO correspondem à suspeita diagnóstica proposta:
a) Pulsos em femorais reduzidos ou retardados, raios-x de tórax anormal – Coarctação da aorta;
b) Hipertensão paroxística com cefaleia, sudorese e palpitações – hipertireoidismo;
c) Hipertensão resistente ao tratamento e/ou com hipocalemia e/ou com nódulo adrenal –
Hiperaldosteronismo Primário;
d) Litíase urinária, osteoporose, depressão, letargia, fraqueza muscular – Hiperparatireoidismo.
12) No que se refere à classificação da pressão arterial para crianças e adolescentes, assinale a
alternativa CORRETA:
a) Se o paciente apresentar PA limítrofe, deve-se reavaliá-la em 3 meses;
b) Hipertensão do jaleco branco é definida como PA > percentil 95 em ambulatório ou consultório e PA
normal em ambientes não-relacionados à prática clínica;
c) Hipertensão estágio 1 é definida como PA > percentil 99 mais 5 mmHg;
d) PA normal é definida como PA< percentil 85;
e) A medida da PA em crianças deve ser feita a partir dos 7 anos de idade, pelo menos anualmente.
13) A pressão arterial é um sinal vital de grande importância no exame físico de qualquer paciente.
Em algumas situações, a atenção sobre ela deve ser redobrada para evitarem-se complicações ao
paciente. A gravidez é uma de tais situações de muito cuidado e duas das possíveis complicações mais
temidas são a pré-eclâmpsia e a eclampsia.
a) A pré-eclâmpsia caracteriza-se pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 500 mg/24h) após a 30ª
semana de gestação em mulheres previamente hipertensas. A eclampsia corresponde à pré-
eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
b) A pré-eclâmpsia caracteriza-se pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 300 mg/24h) após a 10ª
semana de gestação em mulheres previamente hipertensas. A eclâmpsiacorresponde à pré-
eclâmpsia complicada por convulsões quaisquer.
c) A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 300 mg/24h) após a 20ª
semana de gestação em mulheres previamente normotensas. A eclampsia corresponde à pré-
eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
d) A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 600 mg/24h) após a 20ª
semana de gestação em mulheres previamente normotensas. A eclâmpsiacorresponde à pré-
eclâmpsia complicada por convulsões quaisquer.
14) Nem tudo são flores nessa vida médica. Não é sempre que o paciente hipertenso se apresentará
tranquilo e controlado em ambulatório. A hipertensão toma, por vezes, caráter de emergência. Mas de
urgência também. E, sim, tem diferença. Assinale a alternativa que define corretamente urgência e
emergência hipertensivas.
a) Convencionou-se definir urgência hipertensiva a elevação crítica da pressão arterial, em geral pressão
arterial diastólica ≥ 120 mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de órgãos-
alvo. Emergência hipertensiva é condição em que há elevação crítica da pressão arterial com quadro
clínico grave, progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, exigindo imediata redução da pressão
arterial com agentes aplicados por via parenteral.
b) Convencionou-se definir urgência hipertensiva a elevação crítica da pressão arterial, em geral
pressão arterial diastólica ≥ 100 mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de
órgãos-alvo. Emergência hipertensiva é condição em que há elevação crítica da pressão arterial com
quadro clínico grave, progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, exigindo imediata redução da
pressão arterial com agentes aplicados por via parenteral.
c) Convencionou-se definir urgência hipertensiva a elevação crítica da pressão arterial, em geral
pressão arterial sistólica ≥ 200 mmHg e com estabilidade clínica, sem comprometimento de órgãos-
alvo. Emergência hipertensiva é condição em que há elevação crítica da pressão arterial com quadro
clínico grave, progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, exigindo imediata redução da pressão
arterial com agentes aplicados por via parenteral.
d) Convencionou-se definir urgência hipertensiva a elevação crítica da pressão arterial, em geral
pressão arterial diastólica ≥ 120 mmHg, associado a com instabilidade clínica, sem comprometimento,
entretanto, de órgãos-alvo.Emergência hipertensiva é condição em que há elevação crítica da pressão
arterial com quadro clínico grave, progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, exigindo imediata
redução da pressão arterial com agentes aplicados por via parenteral.
15) Senhor Lennon, 64 anos, é um novo paciente da nossa Liga Acadêmica de Hipertensão e vem para
seu primeiro atendimento. Anteriormente, tinha se consultado em outras instituições de saúde.
Diabético, trouxe, entre vários outros exames, suas medidas de glicemia em jejum(236 mg/dL) e
hemoglobina glicada(9,0%). Em uso de metformina(850 mg, três vezes ao dia após as refeições),
Lennon relatou, misturando seu inglês com um típico maranhense, que vinha com seus exames
relacionados ao controle do diabetes alterados há cerca de oito meses. Entretanto, em exames de dois
anos atrás ele vinha controlando muito bem o diabetes. Há um ano ele também foi diagnosticado
como hipertenso e iniciou uma terapia com dois medicamentos: hidroclotiazida(50 mg, uma vez ao
dia) e atenolol(50 mg, duas vezes ao dia).Sr. Lennon diz-se muito triste, pois viu um de seus irmãos
sofrer infarto agudo do miocárdio aos 50 anos e estava sentindo sua diabetes piorar dia a mais. A
pressão arterial na pré-consulta, antes do seu atendimento, estava em 150 x 90 mmHg. Diante disso,
você, em atendimento como futuro ligante da LAHAS:
a) Ficaria espantado com a glicemia e hemoglobina glicada do paciente, mas estaria de acordo com sua
terapia anti-hipertensiva. Faria a aferição de pressão na posição sentada e supina. Ao passar o caso
para a orientadora, sugeriria manutenção da medicação vigente anti-hipertensiva.
b) Ficaria espantado com a glicemia, a hemoglobina glicada e mais ainda com a prescrição dos anti-
hipertensivos. Para o Sr. Lennon, como portador de risco cardiovascular moderado e por ter alteração
no metabolismo glicídico, deve-se ser muito cuidadoso e evitar a prescrição de terapia com
combinação de um diurético tiazídico e um betabloqueador simultaneamente. Faria a aferição de
pressão na posição sentada apenas, mas bilateralmente.
c) Ficaria espantado com a glicemia, a hemoglobina glicada e mais ainda com a prescrição dos anti-
hipertensivos. Para o Sr. Lennon, como portador de risco cardiovascular alto e por ter alteração no
metabolismo glicídico, deve-se ser muito cuidadoso e evitar a prescrição de terapia com combinação
de um diurético tiazídico e um anti-hipertensivo de ação central simultaneamente. Faria a aferição de
pressão na posição sentada e supina.
d) Ficaria espantado com a glicemia, a hemoglobina glicada e mais ainda com a prescrição dos anti-
hipertensivos. Para o Sr. Lennon, como portador de risco cardiovascular alto e por ter alteração no
metabolismo glicídico, deve-se ser muito cuidadoso e evitar a prescrição de terapia com combinação
de um diurético tiazídico e um betabloqueador simultaneamente. Faria a aferição de pressão na
posição sentada, supina e ortostática.
16) Homem, 64 anos, chega ao pronto-socorro com intensa dor torácica esquerda. Ao exame:
PA=180/120 mmHg, ECG sem altereções significativas. Qual droga estaria contra-indicada neste
momento?
a) Captopril.
b) Nitroprussiato de sódio.
c) AAS.
d) Hidralazina.
17) Paciente hipertenso necessita de vários medicamentos para controle da pressão arterial. Passou a
apresentar insônia e pesadelos, deteriorando sua qualidade de vida. Qual dos medicamentos está mais
provavelmente relacionado à essa queixa?
a) Atenolol.
b) Clortalidona.
c) Losartana.
d) Alfametildopa.
18) Mecânico de 48 anos, hipertenso há cinco, em uso diário de hidroclorotiazida 25mg e captopril
50mg duas vezes ao dia. Apresenta PA=150/90 mmHg em três verificações nessa avaliação. O ECG
mostra bloqueio átrio-ventricular de 2º grau. Qual das condutas não está indicada?
a) Associar verapamil.
b) Aumentar a dose de captopril.
c) Associar losartana.
d) Associar alfametildopa.
19) De acordo com a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão, para um paciente hipertenso e diabético
que tem um ritmo de filtração glomerular <60ml/min a meta de pressão arterial é:
a) Inferior a 140/90 mmHg.
b) Inferior a 130/80 mmHg.
c) Inferior a 125/75 mmHg.
d) Inferior a 135/85 mmHg.
20) Paciente asmático, diabético, apresenta níveis tensionais elevados e é encaminhada ao
ambulatório da Liga de Hipertensão. Que grupo de drogas está formalmente contraindicado?
a) Diuréticos.
b) Bloqueadores de canal de cálcio.
c) Betebloqueadores.
d) Alfa2-agonista.
21) Um homem com 40 anos se apresenta com hipertensão arterial sistêmica e sobrepeso, além de
referir que não está fazendo tratamento com drogas. Os exames laboratoriais caracterizam-se pela
presença de hipocalemia e renina plasmática baixa. O diagnóstico mais provável é:
a) Hipertensão arterial primária.
b) Hipertensão renal crônica.
c) Feocromocitoma.
d) Hiperaldosteronismo primário.
22) Mulher de 66 anos, PA=158 x 98 mmHg, 52Kg, nega tabagismo ou etilismo, caminha 5 vezes por
semana, 30 minutos. Exame Físico: sem edemas, com níveis de PA elevados. Laboratório: Glicemia=
98mg/dl , Teste de tolerância a glicose = normal, K= 4,5 mg/dl, Creatinina=1,9 mg/dl, EAS normal, HDL=
40mg/dl, LDL=115 mg/dl, Triglicerídeos=160 mg/dl, ECG sem anormalidades dignas de nota. Em
relação ao caso, assinale a alternativa correta:
a) HAS estágio I e risco cardiovascular muito alto, pela presença de condição clínica associada à doença
renal crônica. Tem indicação precisa de um inibidor do sistema renina angiotensina aldosterona.
b) HAS estágio 2 e risco cardiovascular alto, pelos fatores de risco cardiovascular que apresenta. Tem
indicação precisa de um bloqueador do canal de cálcio de preferência associada ao diurético.
c) HAS estágio 1 e risco cardiovascular baixa, pois sua perda renal ainda é leve. Tem indicação precisa de
inibidor do sistema renina angiotensina aldosterona.
d) HAS estágio 2 e risco cardiovascular muito alto pela presença de doença renal crônica. Tem indicação
precisa de um diurético de alça.
23) Paul é um acadêmico de Medicina muito estudioso. Após tantos vestibulares aos quais se
submeteu, sente-se na necessidade de honrar todo o esforço de outrora estudando e aprendendo o
máximo que puder. Assim, para se manter em alerta, está sempre sendo visto na cantina da querida
Tia Gegê com um cafezinho na mão. Sua única folga é na sexta à noite, quando toma várias cervejas
com seus amigos. Entretanto, já praticamente no meio do curso, Paul relata ter feito nos últimos dois
meses duas aferições em que a pressão mostrou-se acima de 140 x 90 mmHg. Sua mãe, Mary, disse a
ele o seguinte: “Paul, meu filho, larga esse café porque isso só sobe a sua pressão. Da cerveja eu não
falo nada porque o álcool dilata as ‘veias’ que é uma be-le-za!”. Duvidoso a respeito, já faltou à aula
sobre hipertensão, Paul procurou você, ligante, preocupado por sua família ser toda hipertensa e ele
achar estar próximo disso. Assim, você o orientou que:
a) Sua mãe estava certíssima. Há grandes evidências da redução da pressão arterial a longo prazo com o
consumo de álcool, enquanto que o café pode causar elevações arriscadas e importantes da pressão
arterial.
b) Sua mãe estava certa, mas com algumas observações. O café pode causar elevações arriscadas
importantes da pressão arterial e o álcool seguramente causa efeito de redução da pressão arterial a
longo prazo desde que não se ultrapasse a quantidade de 60 gramas de etanol diários para homens.
c) Sua mãe estava errada. O café tem propriedades vasoprotetoras, com elevações de pressão arterial de
risco irrelevante. Já que o consumo de álcool tem recomendação, para homens, de não ultrapassar a
quantidade de 30 g de álcool diários. Seu consumo por longo período está associado a maior
morbidade e mortalidade cardiovascular.
d) Sua mãe estava parcialmente errada! O café tem propriedade vasoprotetoras, com elevações variáveis
da pressão arterial. Já o consumo de álcool deve ser limitado a 30 gramas de etanol diários para
homens, ainda que não esteja associado a morbidade e mortalidade cardiovascular em consumo por
longo período.
24) Ringo é um senhor de 70 anos que vê a idade como uma questão apenas de opinião. Fascinado
por musculação, vai diariamente à academia apenas para exercícios com peso e faz uso de seus
suplementos com frequência. Sr. Ringo nem olha para a esteira, bicicleta ou nada aeróbico. Seu filho,
George, estudante de Medicina, certo dia o falou: “Pai, acho que esses exercícios do senhor são bons
sim, mas o senhor deveria também realizar atividades aeróbicas diariamente para uma proteção
cardiovascular de fato”. Ringo primeiro achou que seu filho estivesse falando besteira e que não
estava estudando direito, mas na consulta de rotina com o cardiologista, narrou a situação. O médico,
orientando-o corretamente, afirmou que:
a) George, de fato, não está estudando direito. Os exercícios resistidos do Sr. Ringo já eram suficientes
para a proteção cardiovascular.
b) George está estudando mais ou menos. Na realidade, para proteção cardiovascular, os exercícios não
precisariam ser diários. 30 minutos por semana de atividade aeróbica resolveriam a situação de Sr.
Ringo quanto à proteção cardiovascular. Os exercícios resistidos devem ser prioritários.
c) George estava estudando muito bem! Para proteção cardiovascular de fato, os exercícios resistidos
devem ser apenas complementares. As atividades aeróbicas devem corresponder a pelo menos 30
minutos em frequência mínima de três vezes por semana, com ritmo moderado.
d) George estava estudando muito bem! Para proteção cardiovascular de fato, os exercícios resistidos
devem ser apenas complementares. As atividades aeróbicas devem corresponder a pelo menos 60
minutos em frequência mínima de cinco vezes por semana, com ritmo moderado.
25) Qual das associações de anti-hipertensivos a segui NÃO é considerada eficaz?
a) Hidroclorotiazida com clortalidona.
b) Clortalidona com atenolol.
c) Losartana com hidroclorotiazida.
d) Hidroclorotiazida com espironolactona.
PROCESSO SELETIVO 2014
GABARITO
1 D
2 C
3 B
4 C
5 D
6 B
7 D
8 B
9 D
10 A
11 B
12 B
13 C
14 A
15 D
16 D
17 A
18 A
19 B
20 C
21 D
22 A
23 C
24 C
25 A