Prova1 Psicologia

14
CADERNO DE QUESTÕES PROVA 1 Instruções 1-Você está recebendo: a) este caderno com o enunciado das questões e relativas às suas impressões sobre a prova, obedecendo à seguinte distribuição: objetivas, discursivas b) 1 Folha de Respostas destinada às respostas das questões objetivas e de impressões sobre a prova. O desenvolvimento e as respostas das questões discursivas, a caneta esferográfica de tinta preta, deverão ser dispostos nos espaços especificados. OBS.: Caso ainda não o tenha feito, entregue ao Responsável pela sala as respostas da Pesquisa e as eventuais correções dos seus dados cadastrais. Se não tiver trazido as respostas da Pesquisa você poderá enviá-las diretamente ao INEP (Edifício - Sede do MEC, Anexo I - Esplanada dos Ministérios, Bloco "L" - Brasília, DF - CEP 70047-900). OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO! 2- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome na Folha de Respostas está correto. Caso contrário, notifique imediatamente a um dos Responsáveis pela sala. 3- Após a conferência, você deverá assinar a Folha de Respostas, a caneta esferográfica de tinta preta, e assinalar o gabarito correspondente à sua prova , , ou . Deixar de assinalar o gabarito implica anulação da parte objetiva da prova. 1 2 3 4 5- Tenha cuidado com a Folha de Respostas, para não a dobrar, amassar ou manchar. 6- Esta prova é individual, sendo vedadas qualquer comunicação e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliográfico, cadernos ou anotações de qualquer espécie, ou utilização de calculadora. 7- Você pode levar este Caderno de Questões. 8- Quando terminar, entregue a um dos Responsáveis pela sala a Folha de Respostas e assine a Lista de Presença. Cabe esclarecer que nenhum graduando deverá retirar-se da sala antes de decorridos 90 (noventa) minutos do início do Exame. 9- Você terá 4 (quatro) horas para responder às questões objetivas, discursivas e de impressões sobre a prova. MEC Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais DAES Diretoria de Avaliação e Acesso ao Ensino Superior Consórcio Fundação Cesgranrio/Fundação Carlos Chagas A B C D E Exemplo: 4- Na Folha de Respostas, a marcação das letras, correspondentes às suas respostas (apenas uma resposta por questão), deve ser feita preenchendo todo o alvéolo a lápis preto N° 2 ou a caneta esferográfica de tinta preta, com um traço contínuo e denso. PSICOLOGIA Questões discursivas e Rascunho Partes Questões Peso de cada parte Peso de cada parte Impressões sobre a prova 1a3 41 a 53 11 a 13 14 50% --- Páginas Questões objetivas 1 a 40 2 a 10 50% O PR V 200 1 O V EXAME NACIONAL DE CURSOS

Transcript of Prova1 Psicologia

  • CADERNODE

    QUESTES

    PROVA 1

    Instrues1-Voc est recebendo:a) este caderno com o enunciado das questes e relativas s suas

    impresses sobre a prova, obedecendo seguinte distribuio:objetivas, discursivas

    b) 1 Folha de Respostas destinada s respostas das questes objetivas e de impresses sobrea prova. O desenvolvimento e as respostas das questes discursivas, a canetaesferogrfica de tinta preta, devero ser dispostos nos espaos especificados.

    OBS.: Caso ainda no o tenha feito, entregue ao Responsvel pela sala as respostas daPesquisa e as eventuais correes dos seus dados cadastrais. Se no tiver trazido asrespostas da Pesquisa voc poder envi-las diretamente ao INEP (Edifcio - Sede do MEC,Anexo I - Esplanada dos Ministrios, Bloco "L" - Braslia, DF - CEP 70047-900).

    OBRIGADO PELA PARTICIPAO!

    2- Verifique se este material est em ordem e se o seu nome na Folha de Respostas estcorreto. Caso contrrio, notifique imediatamente a um dos Responsveis pela sala.

    3- Aps a conferncia, voc dever assinar a Folha de Respostas, a caneta esferogrfica detinta preta, e assinalar o gabarito correspondente sua prova , , ou .Deixar de assinalar o gabarito implica anulao da parte objetiva da prova.

    1 2 3 4

    5- Tenha cuidado com a Folha de Respostas, para no a dobrar, amassar ou manchar.

    6- Esta prova individual, sendo vedadas qualquer comunicao e troca de material entre ospresentes, consultas a material bibliogrfico, cadernos ou anotaes de qualquer espcie,ou utilizao de calculadora.

    7- Voc pode levar este Caderno de Questes.

    8- Quando terminar, entregue a um dos Responsveis pela sala a Folha de Respostas e assinea Lista de Presena. Cabe esclarecer que nenhum graduando dever retirar-se da salaantes de decorridos 90 (noventa) minutos do incio do Exame.

    9- Voc ter 4 (quatro) horas para responder s questes objetivas, discursivas e deimpresses sobre a prova.

    MECMinistrio da

    Educao Instituto Nacional de Estudose Pesquisas Educacionais

    DAESDiretoria de Avaliao

    e Acesso ao Ensino Superior

    ConsrcioFundao Cesgranrio/Fundao Carlos Chagas

    A B C D EExemplo:

    4- Na Folha de Respostas, a marcao das letras, correspondentes s suas respostas (apenasuma resposta por questo), deve ser feita preenchendo todo o alvolo a lpis pretoN 2 ou a caneta esferogrfica de tinta preta, com um trao contnuo e denso.

    PSIC

    OLO

    GIA

    Questes discursivas eRascunho

    Partes Questes Peso de cada partePeso de cada parte

    Impresses sobre a prova

    1 a 3

    41 a 53

    11 a 13

    14

    50%

    - - -

    PginasQuestes objetivas 1 a 40 2 a 10 50%

    OPR V 2001

    OV

    EXAME NACIONAL DE CURSOS

  • 07/06/01 - 08:52

    2 MECPSI01 - PROVA c

    1. Um professor diz a seus alunos: "O nico jeito de vocsaprenderem fazendo a lio como est na lousa.Portanto, copiem com preciso."No discurso do professor, aprendizagem entendidacomo

    (A) produto das experincias ambientais acumuladasnos primeiros anos de vida da criana.

    (B) conjunto de aptides que a criana apresenta desdeseu nascimento e revela em aes sociais.

    (C)) produto da imitao de modelos possibilitando aaquisio de habilidades motoras e cognitivas.

    (D) produto de sucessivos processos de equilibrao naapreenso de esquemas conceituais.

    (E) processo complexo de interaes com o objeto, quetem conseqncias imediatas no desenvolvimentoinfantil.

    _________________________________________________________

    2. Resultados de um estudo demonstraram que crianas sobtratamento quimioterpico tiveram propenso adesenvolver averso a um sabor de sorvete especfico(Mapletoff), quando este sorvete era consumido antes decada sesso do tratamento (Bernstein, 1978). Estaaverso foi verificada em uma situao posterior em queas crianas podiam escolher entre tomar sorvete destemesmo sabor ou brincar com um jogo. Os resultadosmostraram que somente 25% das crianas que haviamtomado o sorvete nos dias em que receberam otratamento escolheram tomar sorvete. Em contrapartida,das crianas que nunca haviam tomado aquele sorvete,ou haviam tomado o sorvete em dias em que noreceberam tratamento, 75% preferiram tomar sorvete abrincar. Sobre este estudo e o processo comportamentalque envolve, possvel afirmar que

    (A) a averso ao sabor do sorvete produto decondicionamento operante, pois, durante ocondicionamento, tomar sorvete (resposta) foipunido por sensaes de nusea induzida pelotratamento (conseqncia).

    (B)) a averso ao sabor do sorvete produto decondicionamento respondente (ou clssico), pois osabor do sorvete deve ter sido associado ssensaes desagradveis de nusea induzida pelotratamento.

    (C) a averso resultante deste processo de condicio-namento irreversvel, o que significa que ascrianas que a desenvolveram passaro a evitareste sabor de sorvete indefinidamente.

    (D) a averso resultante deste processo decondicionamento certamente tem relao com osabor especfico do sorvete utilizado pelosexperimentadores, isto , Mapletoff.

    (E) dada a natureza do condicionamento que seestabeleceu na situao descrita, tentativas deprevenir a sua ocorrncia ou de minimizar os seusefeitos so infrutferas.

    3. Considere o comportamento de pressionar a barra por umrato, experimentalmente ingnuo, privado de gua,submetido a um procedimento de discriminao deestmulos, em uma caixa de condicionamento operante.Neste procedimento, alternam-se aleatoriamente perodosem que a luz da caixa permanece acesa e perodos emque permanece apagada. Na primeira fase desteprocedimento, quando a luz est acesa, a probabilidadede que pressionar a barra seja seguida por gua alta(reforamento). Quando a luz encontra-se apagada, aprobabilidade nula (extino). Na segunda fase, as luzesso invertidas, isto , a luz acesa passa a sinalizarextino e a luz apagada passa a sinalizar reforamento.O grfico abaixo mostra o nmero de presses barra napresena da luz (crculos claros) e no escuro (crculosescuros), no decorrer apenas da primeira fase doprocedimento.

    20

    40

    60

    80

    10 20 30 400

    Prim eira Fase Segunda Fase

    Escuro

    Sesses

    ?

    ?

    Luz acesaN

    d e

    R esp

    ost a

    so.

    Sobre o comportamento do rato neste procedimento,pode-se afirmar que

    (A) h discriminao logo no incio do procedimento,pois o nmero de respostas na presena da luz prximo ao nmero de respostas no escuro.

    (B) medida que o rato exposto s contingncias daprimeira fase, o nmero de respostas diminui napresena da luz e aumenta no escuro, o quedemonstra a discriminao de estmulos; nasegunda fase, esta discriminao deve se manter.

    (C) na primeira fase, a curva contendo crculos clarosrepresenta os perodos de extino e a curvacontendo crculos escuros representa os perodos dereforamento.

    (D)) na segunda fase do procedimento, a inverso dasluzes dever ser acompanhada por uma modificaocorrespondente no comportamento do rato, isto ,ele passar a pressionar mais freqentemente abarra quando a luz estiver apagada.

    (E) com relao aos estmulos discriminativos, ocomportamento do rato na segunda fase doprocedimento ir se manter como na primeira, pois,apesar da inverso desses estmulos, ascontingncias de reforamento e extinopermanecem inalteradas.

  • 07/06/01 - 08:52

    MECPSI01 - PROVA c 3

    4. No filme "Luzes da Cidade", a personagem de CharlesChaplin interage com um milionrio. Quando o milionrioest bbado, a personagem de Chaplin tratadacordialmente; no entanto, sempre que fica sbrio, omilionrio torna-se rspido e quer expuls-la de sua casa.Conforme resultados de estudos experimentais, esteepisdio ilustra a relao que o "lembrar" mantm com ocontexto fsico onde ocorre e com estados internos ouemocionais da pessoa. Isto significa que

    (A) quanto mais semelhante for o contexto fsico no qualos fatos ocorrem quele no qual so recuperados,menor a tendncia de que o "lembrar" ocorra.

    (B) a memria depende do contexto fsico no qual osfatos ocorrem, mas no dos estados internos ouemocionais em que so recuperados.

    (C) a memria depende dos estados internos eemocionais, mas no do contexto fsico no qual osfatos so recuperados.

    (D) quanto mais semelhantes os estados internos emque os fatos ocorrem e so recuperados, menor atendncia a lembrar.

    (E)) quanto mais semelhana houver entre os estadosinternos ou emocionais e o contexto fsico em que osfatos ocorrem e so recuperados, maior ser atendncia a lembrar.

    _________________________________________________________

    5. Para Winnicott a habilidade em fazer amigos e manter aamizade est baseada, prioritariamente,

    (A)) na capacidade de estar s, pois requer a retenodo outro na mente.

    (B) na experincia da mutualidade, pois utiliza-se dasidentificaes cruzadas.

    (C) na capacidade para estar com o outro, pois dependedo espao transicional.

    (D) nas experincias da desiluso que facilitam aprogressiva separao da me.

    (E) no sentimento de self que se refere capacidade dever o conjunto dos objetos.

    6. Em O mito do amor materno (1980), Elisabeth Badinterconsidera que, sob uma perspectiva histrica, este amornem sempre existiu em todas as sociedades e varioutambm em relao linha do tempo. A partir do final dosculo XVIII, houve todo um trabalho na direo depromover o estreitamento dos laos afetivos entre me efilho. Considerando a importncia deste tema nas teoriasde personalidade, pode-se dizer que:

    I. Estudos atuais indicam que a continuidade darelao simbitica me-filho faz bem para a sadepsquica da criana.

    II. O amor materno tem como funo primordiallibidinizar o corpo do filho, ou seja, permitir que o"corpo carne" aceda ao estatuto de "corpo ergeno".

    III. O primeiro objeto de amor, tanto dos meninos comodas meninas, a figura materna.

    Est correto o que se afirma em

    (A) I, II e III.

    (B)) II e III, somente.

    (C) I e III, somente.

    (D) I e II, somente.

    (E) III, somente._________________________________________________________

    7. Vrias teorias de personalidade incluem em seusfundamentos a noo de que h no ser humano umatendncia para o crescimento, para o desenvolvimento,para a realizao de potencialidades. Esta nootem recebido denominaes como: auto-realizao,auto-regulao e auto-atualizao. O autor que NOemprega esse postulado na construo de sua abordagem

    (A) Maslow.

    (B) Reich.

    (C)) Freud.

    (D) Perls.

    (E) Rogers._________________________________________________________

    8. De acordo com a teoria de personalidade elaborada porJung,

    (A)) o inconsciente coletivo designa o substrato maisprofundo, que contm os fundamentos comuns atodos os homens.

    (B) o termo libido empregado para indicar a energiapsquica de origem sexual.

    (C) o processo de individuao refere-se ao maiscompleto desenvolvimento do individualismo.

    (D) os arqutipos so imagens e idias inatas.

    (E) os sonhos expressam idias e imagens que sereferem s experincias recalcadas do indivduo.

  • 07/06/01 - 08:52

    4 MECPSI01 - PROVA c

    9. Na esfera da sexualidade humana, para a posiofreudiana, a orientao homossexual

    (A) indica um desvio da normalidade, pois o objetonatural da pulso heterossexual.

    (B) indica um desvio da normalidade, pois o objeto dapulso possui determinao biolgica.

    (C) mais uma orientao possvel, pois o objeto dapulso possui determinao biolgica.

    (D)) mais uma orientao possvel, pois a pulso nopossui objeto pr-determinado.

    (E) indica um desvio da normalidade, pois o objetoda pulso possui determinao histrica e nobiolgica.

    _________________________________________________________

    10. Vygotski analisa a relao entre aprendizagem edesenvolvimento. O autor considera que a melhor definiopara esta relao :

    (A) aprendizagem e desenvolvimento so processosindependentes, que ocorrem em paralelo, ou seja,aprendizagem no participa ativamente no processode desenvolvimento da criana.

    (B) aprendizagem e desenvolvimento so processosabsolutamente dependentes, isto , aprendizagem desenvolvimento.

    (C) aprendizagem e desenvolvimento so processos oradependentes, ora independentes, o que implica umateoria dualista de desenvolvimento infantil.

    (D) o processo de desenvolvimento posterior aoprocesso de aprendizagem, no havendo qualquerrelao desses processos com a rea dedesenvolvimento potencial da criana.

    (E)) o processo de desenvolvimento no coincide com oprocesso de aprendizagem; o processo de desen-volvimento segue o processo de aprendizagem,criando a rea de desenvolvimento potencial.

    11. Imagine que Cssio esteja chegando a uma festa um tantopeculiar ...

    I. Logo na entrada, um homem altivo vai para a suadireo e se apresenta como Napoleo Bonaparte,o grande conquistador. Cssio ouve, faz meno decontinuar seu caminho, pensando ser umabrincadeira. Num certo momento, "Napoleo" dordens imediatas de invaso, por via martima, aoseu subordinado. S ele era capaz de v-lo e ouvi-lo. Todo o seu relato da ordem da certeza.

    II. Mais adiante, Cssio pensa ter visto e ouvido Slvia,respira fundo e aproxima-se: dela, s havia umcabelo parecido!

    III. Prximo caixa de som, Cssio encontra Joaquina,chorando e falando que Joo acabara de lhe dizeradeus! Maria, que no conhecia nenhum dos dois,ao ouvir a conversa, passa a chorar copiosamente.

    IV. Foi demais, tudo aquilo era muita loucura! Restou Cssio tirar, cuidadosamente, do seu fraque, ocopo e os talheres para beber e comer algo, semque germes pudessem contamin-lo. claro queficaria num cantinho da sala, observando a dana,o movimento das pessoas ...

    Considerando-se:

    M Neurose obsessivo-compulsiva

    N Neurose histrica

    R Psicose: delrio e alucinaes visuais e auditivas

    S Neurose: delrio e alucinaes visuais e auditivas

    T Neurose: iluso visual e auditiva

    X Psicose: iluso visual e auditiva

    Estabelea a correspondncia correta entre sinaissintomticos e estruturas psicolgicas acompanhadas,eventualmente, de correspondentes distrbiosperceptivos.

    (A) I-M; II-N; III-S; IV-X(B) I-X; II-R; III-N; IV-M(C) I-R; II-T; III-M; IV-N(D)) I-R; II-T; III-N; IV-M(E) I-X; II-R; III-X; IV-S

    _________________________________________________________

    12. Na literatura e na filmografia contemporneas, a presenado humano que se revela um rob atesta oreconhecimento de um tipo de personalidade cada vezmais freqente em nossa cultura. Trata-se de uma pessoacuja caracterstica principal, segundo Winnicott, aalienao "do mundo subjetivo e da abordagem criativados fatos" e, nos termos de Bion, a produo empobrecidade "elementos alfa" e exagerada de "elementos beta".Esse tipo de personalidade, em PsicopatologiaPsicanaltica, denominada

    (A)) normtica.(B) falso-self.(C) melanclica.(D) esquizide.(E) perversa.

  • 07/06/01 - 08:52

    MECPSI01 - PROVA c 5

    13. A tcnica de biofeedback permite que uma pessoaaprenda a controlar respostas fisiolgicas como ondascerebrais, presso sangnea, contraes do esfncter etc.Sinais fisiolgicos captados por meio de eletrodos soamplificados, convertidos em estmulos sonoros ou visuaise, ento, apresentados pessoa como conseqncia daresposta fisiolgica que se pretende modificar. Porexemplo, um equipamento de biofeedback pode registrara freqncia cardaca de uma pessoa e apresentar asmensagens "freqncia cardaca adequada" e "freqnciacardaca inadequada" como conseqncia da faixa defreqncia cardaca mantida.

    Utilizando o equipamento de biofeedback acima exem-plificado, um psiclogo deve estabelecer contingnciasque ensinem o seu paciente a manter predominantementebaixa a freqncia cardaca.

    Analisando-se as seguintes contingncias:

    I. apresentar as frases "freqncia cardacaadequada" e "freqncia cardaca inadequada",contingentemente ocorrncia de baixas e altasfreqncias cardacas, respectivamente.

    II. apresentar somente a frase "freqncia cardacainadequada" contingentemente manuteno defreqncias cardacas altas; a ocorrncia de baixasfreqncias cardacas no tem conseqnciaprogramada.

    III. apresentar somente a frase "freqncia cardacaadequada" contingentemente manuteno defreqncias cardacas baixas; a ocorrncia defreqncias cardacas altas no tem conseqnciaprogramada.

    Promove os resultados esperados

    (A) I, somente.(B) II, somente.(C) III, somente.(D) I e III, somente.(E)) I, II e III.

    _________________________________________________________

    14. Em um atendimento clnico, um ex-usurio de droga diz:"A primeira vez que eu usei maconha foi numa roda detrs amigos. Na poca, eu tinha 19 anos. Todos os diasnos reunamos para ouvir msica e fumar. Com o passardo tempo, parecia que a erva ia se enfraquecendo, poiseram necessrios mais baseados para fazer o mesmoefeito. Cheguei numa poca a fumar 5 baseados por noite,geralmente antes de dormir, para relaxar numa boa."

    Nesse relato, o paciente descreve que, ao longo deadministraes repetidas, os efeitos da droga no semantm constantes. Este fato caracteriza, emPsicofarmacologia:

    (A) independncia da droga.

    (B) abuso de droga.

    (C)) tolerncia droga.

    (D) sensibilizao droga.

    (E) sndrome de abstinncia.

    15. Face dor psquica, o homem capaz, por exemplo, decriar uma neurose, uma psicose, uma doenapsicossomtica. Considerando que tais criaesexpressam uma psique em conflito, do ponto de vista dafuno defensiva, pode-se afirmar que:

    (A) ao contrrio das invenes neurticas e psicticas,as manifestaes psicossomticas servem proteo do ego e da vida instintiva.

    (B)) ao contrrio das invenes neurticas e psicticas,as manifestaes psicossomticas no servem, nem proteo do ego, nem a da vida instintiva.

    (C) assim como ocorre na neurose, mas no na psicose,nas manifestaes psicossomticas cria-se umadinmica de proteo vida instintiva.

    (D) assim como ocorre na psicose, mas no na neurose,nas manifestaes psicossomticas cria-se umadinmica de proteo ao ego.

    (E) tanto quanto as invenes neurticas e as criaespsicticas, as manifestaes psicossomticasservem proteo integral da vida do indivduo.

    _________________________________________________________

    16. As representaes sociais so formas de conhecimentoprtico que circulam no dia-a-dia e so orientadas para acomunicao, a compreenso e o domnio do ambientesocial, material e simblico. Tendo em vista essadefinio, pode-se afirmar que representao social

    (A)) conceito fundamental para a compreenso dosmodos de significar os saberes psicolgicos peloindivduo comum.

    (B) conceito til para a psicologia social mas no para apsicologia clnica.

    (C) forma de conhecimento que deve ser corrigida peloconhecimento cientfico em todas as reas.

    (D) conhecimento que desconsidera o senso comum eenfatiza o saber cientfico.

    (E) conhecimento cujo contedo independe dasdiferenas scio-culturais.

    _________________________________________________________

    17. O preconceito pode ser caracterizado como

    (A) reao natural do indivduo aos objetos que lhecausam estranheza.

    (B) ao racional do indivduo, destituda de afeto, frente diversidade dos objetos culturais.

    (C) manifestao individual independente do processode socializao.

    (D)) resultante das dificuldades do indivduo emexperienciar e refletir sua relao com a cultura.

    (E) manifestao da autonomia da conscincia doindivduo em relao cultura.

  • 07/06/01 - 08:52

    6 MECPSI01 - PROVA c

    18. Segundo Pichon-Rivire, grupo operativo um conjuntode pessoas com uma tarefa comum, a qual se procuraabordar operando como equipe. Nesta proposta,

    (A) o grau de eficincia da equipe depende de suacapacidade de excluir, na execuo da tarefa,aspectos subjetivos de seus integrantes.

    (B)) parte-se do Esquema Conceitual Referencial eOperativo (ECRO) individual para construir umECRO grupal, facilitando, assim, a ao coletiva.

    (C) os propsitos, os problemas, os recursos e osconflitos do grupo devem ser estudados fora darelao com a tarefa.

    (D) os contextos privilegiados para a aplicao degrupos operativos so as organizaes de produode bens de consumo.

    (E) busca-se definir e fixar os ECROs (individual egrupal) para uma consecuo eficiente da tarefa.

    _________________________________________________________

    19. Considere as afirmaes abaixo relativas a grupos einstituies.

    I. O trabalho em grupo no qual os indivduos tmautonomia e controle sobre as tarefas facilita aatividade criativa e os habilita a resolverimprevistos.

    II. Os problemas de comunicao em instituies nasquais a estrutura organizacional piramidal tmrelao com a centralizao de informao.

    III. Conflito interpessoal e competio so fenmenosobservados em organizaes hierarquizadas, masno em instituies com gesto democrtica eestrutura no piramidal.

    SOMENTE est correto o que se afirma em

    (A) I

    (B) II

    (C) III

    (D)) I e II

    (E) II e III

    20. A incluso do deficiente na sociedade demanda diferentesaes, destacando-se o sistema de apoio da comunidade pessoa com deficincia. Segundo Amaral (1995): "essesistema consiste no planejamento de aes que visemeliminar e redimensionar os obstculos ao acesso dosdeficientes comunidade social". Fariam parte desteplanejamento, portanto, as seguintes aes:

    (A) investimento em reabilitao/habilitao, justificaoda segregao, prticas assistencialistas, reciclagemprofissional e legislao.

    (B) legislao, investimento em reabilitao/habilitao,fortalecimento do estigma social, reciclagemprofissional e reduo da distncia fsica.

    (C) eliminao de obstculos arquitetnicos, construode novos prdios, abertura de novos postos detrabalho, incentivo ocupao e oficinas ocupa-cionais especficas ao deficiente.

    (D) enfrentamento de barreiras atitudinais, legislao,prticas assistencialistas, duplicao de postos detrabalho e abertura de espaos abrigados.

    (E)) legislao, investimento em reabilitao/habilitao,eliminao de obstculos arquitetnicos, reciclagemprofissional e enfrentamento de barreiras atitudinais.

    _________________________________________________________

    21. Historicamente, o Behaviorismo Metodolgico propostopor J. B. Watson (1879 1958) foi seguido peloBehaviorismo Radical de B. F. Skinner (1904 1990).Sobre o Behaviorismo Metodolgico e o BehaviorismoRadical, INCORRETO afirmar:

    (A) o Behaviorismo Radical, nos termos da Psicologia,contrape-se ao Behaviorismo Metodolgico no quese refere concepo dualista corpo-mente.

    (B) metodologicamente, o Behaviorismo Radical privilegiaa anlise comportamental de cada organismoindividualmente, enquanto que o BehaviorismoMetodolgico privilegia as comparaes entrediferentes organismos.

    (C) para Watson, o comportamento dos organismosderiva de uma infinidade de relaes reflexasmecanicamente estabelecidas com o meio ambiente.

    (D)) o Behaviorismo Radical insiste na verdade porconsenso como critrio de validade cientfica e negao mundo privado do indivduo tais como senti-mentos, pensamentos etc.

    (E) para Skinner, o comportamento produto decontingncias estabelecidas nos nveis filogentico,ontogentico e cultural.

    _________________________________________________________

    22. Na histria da Psicologia, observam-se muitas correntesou escolas psicolgicas que definiram diferentemente oobjeto e o mtodo da Psicologia enquanto cincia. Dentreessas correntes, pode-se dizer que apenas uma abalou aconcepo das condies e dos limites de um sabercientfico, concebendo de uma maneira nova oconhecimento psicolgico. Propunha a compreenso dascondutas segundo sua lei de organizao interna. Talescola ficou conhecida como

    (A) Behaviorismo.(B)) Psicologia da Gestalt.(C) Funcionalismo.(D) Estruturalismo.(E) Psicologia Comparativa.

  • 07/06/01 - 08:52

    MECPSI01 - PROVA c 7

    23. Um plano alternativo para o tratamento de indivduospsiquiatrizados deve considerar que as principais crticasdirigidas instituio psiquitrica, desde o fim do sculoXIX at meados do sculo XX (isto , de Bernheim a Laingou a Basaglia), atingiram radicalmente:

    (A) o saber mdico e a verdade daquilo que dizia sobreas doenas, mais que o poder disciplinar quetornava os corpos dos internos dceis politicamente.

    (B) a maneira pela qual o poder pessoal do mdicoestava implicado nas formas de domesticao dodoente.

    (C) a maneira pela qual a verdade daquilo que o mdicodizia sobre a doena estava comprometida pelo asilono qual se internava o doente.

    (D) o poder disciplinar e o efeito que produzia sobre oscorpos e mentes dos internos nos asilos, mais aindaque o saber mdico sobre as doenas.

    (E)) a maneira pela qual o poder do mdico estavaimplicado na verdade daquilo que dizia, assim como,a maneira pela qual a verdade podia ser fabricada ecomprometida pelo seu poder.

    _________________________________________________________

    24. Jean Piaget elaborou um mtodo de investigao dodesenvolvimento infantil denominado mtodo clnicoexperimental. Este mtodo consiste basicamente em

    (A) estudo detalhado e sistemtico da personalidade dacriana, analisando as etapas de desenvolvimentoinfantil: perodo sensrio-motor, pr-operatrio eoperatrio.

    (B) um estudo preliminar da lgica infantil, possibilitandoa diviso do desenvolvimento em etapas, a saber:pr-operatria, operatria concreta e formal.

    (C)) estudo detalhado e sistemtico da percepo e dalgica infantis com especial destaque ao processode equilibrao.

    (D) conjunto de provas e testes de mensurao dainteligncia infantil, com objetivo de classificar ascrianas em diferentes grupos: sensrio-motor, pr-operatrio, operatrio concreto e operatrio formal.

    (E) conjunto de provas classificatrias e operatrias deavaliao de desempenho da criana para atenderas demandas educacionais.

    25. Dois desenhos da figura humana e as respostas doinqurito obtidos em um estudo de caso de uma meninade 9 anos foram enviados a 100 psiclogos clnicos.Solicitou-se a cada profissional uma avaliao dapersonalidade da menina. As respostas obtidas revelaramque:

    I. A avaliao de caractersticas isoladas dosdesenhos demonstra pouca coerncia nainterpretao.

    II. A avaliao dos traos globais, aliada anlise doinqurito, indicou resultados bastante semelhantesentre os juzes.

    III. Numa repetio do procedimento com a menina,aps duas semanas, seu material grficoe as respostas ao inqurito foram semelhantes aosresultados anteriores.

    Considerando-se:

    M Baixa Validade dos traos isolados

    N Baixa Preciso dos traos isolados

    O Boa Validade Global

    P Boa Preciso Global

    Q Boa Validade do Instrumento

    R Boa Preciso do Instrumento

    Estabelea a correspondncia correta entre os resultadosobtidos na pesquisa e os ndices de confiabilidade de umteste: validade e preciso.

    (A)) I-M; II-O; III-R

    (B) I-N; II-P; III-R(C) I-M; II-P; III-R

    (D) I-N; II-O; III-Q

    (E) I-N; II-O; III-R_________________________________________________________

    26. A entrevista psicolgica, na abordagem fenomenolgico-existencial,

    (A) sinnimo de anamnese como em todas asabordagens clnico-psicolgicas.

    (B)) concebida como uma situao de encontropautada pela dialogicidade.

    (C) serve ao psicodiagnstico mas no apropriadapara pesquisa e psicoterapia.

    (D) baseia-se em regras e indicaes prticas quedispensam a teorizao.

    (E) prioriza o contedo da comunicao verbal doentrevistado em detrimento de suas atitudes,sentimentos e conduta.

  • 07/06/01 - 08:52

    8 MECPSI01 - PROVA c

    27. A abordagem fenomenolgica, em Psicologia, caracteriza-se pela:(A) elaborao de instrumentos e procedimentos cuja

    finalidade o conhecimento do ser humano na suatotalidade, convertendo-se em leis e teorias.

    (B) elaborao de mtodos de interveno e seuscontnuos ajustes para que o sujeito conviva, damelhor maneira possvel, com o mal-estarcaracterstico do ser humano, cuja erradicao daordem do impossvel.

    (C) concepo de causalidade segundo a qual se buscaanalisar as multideterminaes dos fenmenospsquicos, de maneira a apostar na eliminao dosfocos de sofrimento humano.

    (D)) busca incessante da apreenso da experincia, seussignificados e valores, irredutvel a esquemasexplicativos formais e generalizantes.

    (E) elaborao de instrumentos e procedimentos deobservao do comportamento humano, cuja finalidade o autoconhecimento movido pela esperana do sujeitona sua capacidade esttica e criativa.

    _________________________________________________________

    28. Na literatura sobre metodologia de pesquisa qualitativa emPsicologia Social, a entrevista no-diretiva uma tcnicaque flexibiliza o relacionamento pesquisador-pesquisado, seconsiderarmos que incorpora certas contribuies tcnicas daPsicanlise, tais como:(A) princpio da ateno flutuante e interpretao da

    transferncia.(B) princpio da ateno flutuante e empatia.(C)) regra da livre associao e princpio da ateno

    flutuante.(D) regra da livre associao e ateno s identificaes

    projetivas.(E) regra da livre associao e holding.

    _________________________________________________________

    29. Na pesquisa qualitativa, so modalidades de investigaofreqentes:(A)) pesquisa participante, pesquisa-ao, estudo de

    caso, histria de vida.(B) pesquisa-ao, pesquisa experimental, survey,

    histria de vida.(C) anlise fatorial, estudo de caso, observao

    participante, questionrio.(D) escala, estudo de caso etnogrfico, pesquisa-ao,

    pesquisa interveno.(E) pesquisa colaborativa, pesquisa participante,

    pesquisa experimental, observao controlada._________________________________________________________

    30. Considerando-se a pesquisa qualitativa em PsicologiaSocial, pode-se afirmar que:I. Trata-se de uma modalidade de pesquisa que

    possibilita apreender os significados atribudos pelosujeito realidade.

    II. Pode ser desenvolvida mediante o emprego deentrevista aberta e observao participante.

    III. As categorias de anlise so construdas a partir doreferencial terico articulado ao material dapesquisa de campo.

    Est correto o que se afirma em(A) I, somente.(B) III, somente.(C) I e II, somente.(D) II e III, somente.(E)) I, II e III.

    31. Em um estudo hipottico, o pesquisador procurou verificarse h alguma relao sistemtica entre o consumo debebidas alcolicas por estudantes universitrios e orendimento escolar desses estudantes. Neste estudo,trabalhando com uma amostra representativa de suapopulao, o pesquisador registrou, para cada participanteda pesquisa, a nota mdia obtida em disciplinas e aquantidade mdia de doses de lcool consumidasemanalmente. Analisando os resultados, o pesquisadoridentificou a existncia de uma clara correlao negativaentre esses dois conjuntos de eventos. O pesquisadorpode concluir que:

    (A) o aumento no consumo de lcool causou diminui-es progressivas correspondentes no rendimentoescolar dos estudantes.

    (B) a diminuio progressiva do rendimento escolar dosestudantes levou-os ao consumo cada vez maior delcool.

    (C)) a extrapolao desses resultados permite predizerque estudantes que consomem menor quantidadede lcool possuem melhor rendimento escolar evice-versa.

    (D) restringindo-se a quantidade de lcool que osestudantes consomem, pode-se predizer que assuas notas iro aumentar.

    (E) oferecendo-se aos estudantes condies para quevenham a ter notas mais altas, pode-se predizer queo consumo de lcool ir diminuir.

    _________________________________________________________

    32. No mbito da pesquisa em psicologia deve-se considerarque:

    I. as identidades dos participantes devem serprotegidas e a informao obtida no deve causar-lhes qualquer transtorno ou prejuzo.

    II. os participantes devem ser esclarecidos sobre osobjetivos, riscos e benefcios da investigao.

    III. o pesquisador deve ser claro e explcito no que dizrespeito aos termos do acordo com os participantesda pesquisa.

    Trata-se do aspecto

    (A) terico.

    (B) psicolgico.

    (C) conceitual.

    (D)) tico.

    (E) epistemolgico.

  • 07/06/01 - 08:52

    MECPSI01 - PROVA c 9

    33. Em "O Primo Baslio" (1878), de Ea de Queirs, apersonagem Lusa evoca caractersticas tpicas dahisteria. Casada com Jorge, apaixona-se pelo primoBaslio, vivendo um tringulo amoroso, cujo final sertrgico. Na clnica psicolgica contempornea, a dinmicahistrica, semelhana do caso Lusa, continua ocupandoum lugar de destaque. Considere as afirmaes abaixo.

    I. A questo da "falta" central e insuportvel para ahistrica, que pode passar a buscar, de maneiraprivilegiada pela via do amor, um parceiro que acomplete.

    II. O tema do adultrio gira em torno de dois plosamorosos no caso, Jorge e Baslio uma vez quea clivagem um mecanismo tpico da histeria.

    III. Descoberto o adultrio, "Lusa (...) ao ouvir a vozdele (do marido) desmaiou outra vez. Movimentosconvulsivos sacudiam-lhe o corpo (Queirs p.310)".O sintoma conversivo de Lusa foi a maneirapossvel de exprimir, por via corporal, uma palavraque no havia podido ser dita.

    IV. O adultrio pode ser uma sada, quase sempreilusria, frente insatisfao sintomtica dahistrica.

    V. Lusa, como uma histrica, sentia-se perseguidapor Jorge, seu marido, e por isto acaboucometendo o adultrio.

    Tendo como parmetro a estrutura clnica da histeria, estcorreto o que se afirma em

    (A) I, II e III, somente.(B)) I, III e IV, somente.(C) III e IV, somente.(D) I, II e V, somente.(E) I, II, III, IV e V.

    _________________________________________________________

    34. O estudo da relao sade mental e trabalho tem sidodesenvolvido a partir de vrias perspectivas terico-metodolgicas. pertinente ao estudo dessa relao, naperspectiva psicanaltica,

    (A)) o estudo de processos psquicos, dentre eles, asdefesas coletivas construdas pelos trabalhadorespara enfrentar o sofrimento mental decorrente daorganizao do trabalho.

    (B) a avaliao de efeitos neuropsicolgicosconseqentes exposio a produtos qumicos noambiente de trabalho.

    (C) o emprego de escalas para a aferio de nveis destress em populaes de trabalhadores.

    (D) o dimensionamento da presena de doenaspsicossomticas (como as alteraes cardiovas-culares) e de alteraes comportamentais empopulaes especficas de trabalhadores.

    (E) observao do ambiente de trabalho para identificarpossveis fatores de risco de ocorrncia deacidentes.

    35. O psiclogo chamado a uma escola de ensinofundamental, em funo de problemas de indisciplina emuma quinta srie. A partir desta demanda, baseado emconcepes recentes de Psicologia Escolar queconsideram como fundamental a anlise da constituioda queixa escolar, na sua dimenso institucional, oprofissional dever atuar

    (A) de maneira individual, ouvindo cada aluno,avaliando-o particularmente para buscar emaspectos de sua personalidade as causas docomportamento da indisciplina.

    (B)) como interlocutor qualificado, levantando diferentesverses sobre as questes escolares com pais,educadores e alunos, discutindo com taisprotagonistas as possibilidades de interveno.

    (C) de maneira to somente grupal, reunindo os alunosindisciplinados e realizando sesses teraputicas emgrupo, tendo a indisciplina como tema.

    (D) como psicoterapeuta, encaminhando os alunosindisciplinados para atendimento em psicoterapiaindividual e grupal fora do ambiente escolar.

    (E) como educador, organizando um ciclo de pelomenos trs palestras com pais e professores sobreindisciplina escolar.

    _________________________________________________________

    36. Na orientao profissional possvel identificar duasgrandes modalidades: a estatstica e a clnica. Aocompar-las, pode-se afirmar que:

    (A)) a modalidade estatstica entende que a satisfaoprofissional depende do interesse do indivduo pelarea que escolhe, enquanto que na clnica o vnculocom a ocupao escolhida explicativo do prazerem relao profisso.

    (B) ambas consideram que cada profisso requeraptides especficas, definveis a priori e mensurveis.

    (C) a modalidade estatstica pressupe que aquele queescolhe est em condies de chegar a uma decisopor si mesmo, enquanto que a clnica considera que,mesmo elaborando conflitos e ansiedades, oindivduo no capaz de decidir por si mesmo.

    (D) ambas consideram que o psiclogo devedesempenhar um papel ativo no processo deorientao profissional, aconselhando o indivduo afim de diminuir a ansiedade.

    (E) para ambas, os testes psicolgicos so instrumentosfundamentais no processo de orientao profis-sional, sendo que na modalidade clnica acresce-seo emprego da entrevista.

  • 07/06/01 - 08:52

    10 MECPSI01 - PROVA c

    37. Paulo Srgio cursa a 2a srie do Ensino Fundamental eest com dez anos de idade, tendo iniciado suaescolaridade aos sete anos. Segundo a coordenadorapedaggica, o aluno apresenta dificuldades para aprender,escreve lentamente e demonstra desinteresse pelasatividades em sala de aula. Sua famlia de baixa renda,os pais so semi-analfabetos e pouco participam da vidaescolar do filho.

    Vrios encaminhamentos seriam possveis para essecaso, dependendo da abordagem terico-metodolgicaadotada. Portanto, correto afirmar que:

    (A) de acordo com uma abordagem psicomtrica, deve-se realizar anamnese com os pais do aluno, poiseste um instrumento suficiente para compreenderos problemas de escolarizao.

    (B) segundo a orientao clnica, deve-se realizar umainterveno institucional com a finalidade de resolvera problemtica existente na escola.

    (C) segundo a abordagem psicopedaggica, deve-serealizar uma bateria de testes de medida paradiagnosticar as causas da problemtica existente naescola.

    (D) de acordo com a abordagem psicomtrica, deve-seatender o aluno em psicoterapia a fim de solucionaro problema escolar.

    (E)) segundo uma perspectiva crtica, deve-se considerara histria escolar do aluno, compreendendo osbastidores institucionais que produziram oencaminhamento.

    _________________________________________________________

    38. Um servio de atendimento psicolgico, em forma deplanto,

    (A) s possvel se se restringir ao atendimento doscasos mais graves.

    (B) prescinde de delimitao de tempo e de espaosistemticos para sua ocorrncia.

    (C)) deve se constituir em ponto de referncia paraalgum momento de necessidade da clientela.

    (D) prioriza a avaliao da adequao da clientela smodalidades de servio oferecidas.

    (E) s tem condies de ser praticado nas instituieshospitalares.

    39. O gerente de uma grande rede de supermercados tem osseguintes problemas com os funcionrios que trabalhamnos caixas: alto grau de insatisfao com o trabalho,queixas de dores nos pulsos, ombros e cotovelos. Almdisso, cometem muitos erros no fechamento do caixa.Considerando-se que o contexto organizacional interfereno desempenho e no bem estar dos indivduos, comopsiclogo, voc sugeriria:

    (A) redefinir, no perfil ocupacional, as caractersticas depersonalidade adequadas para o exerccio da funode caixa.

    (B) modificar os procedimentos de recrutamento e astcnicas utilizadas para a seleo de caixas.

    (C) promover programas de treinamento tcnico para oscaixas.

    (D)) realizar anlise da organizao do trabalho e dapoltica de recursos humanos.

    (E) rever os programas de benefcios e os critrios deprogresso na carreira dos caixas na organizao.

    _________________________________________________________

    40. Oflia , uma mulher de 30 anos, solteira, morando com ospais, busca um servio de atendimento psicolgico devidoa sua obesidade. Est com 120 kilos, passa o diaassistindo TV e comendo, no tendo vontade de falar comas pessoas. Estas informaes foram obtidas comdificuldade pois, no contato com a psicloga, insistia empermanecer silenciosa. Considerando este caso, INCORRETO afirmar que:

    (A) em uma terapia comportamental, o sintoma daobesidade tratado como foco do trabalho: cliente eterapeuta, aps a compreenso do problema anlise dos padres de comportamento que levam aobesidade decidem metas teraputicas especficas,de modo que possam saber quando ela atingida.

    (B)) em uma terapia comportamental, o sintoma daobesidade tratado com tcnicas de condicionamentoe reforo, de modo que as representaesinconscientes, relacionadas ao seu mundo imaginrio,tornem-se conscientes.

    (C) em um trabalho psicanaltico, a obesidade considerada uma metfora e, enquanto tal, ocupa olugar de outra verdade que foi banida daconscincia.

    (D) segundo o referencial psicanaltico freudiano, afragilidade da relao transferencial de Oflia com apsicloga pode ser explicada em termos de umacarga de libido, prioritariamente narcsica.

    (E) em uma terapia comportamental, o terapeuta estinteressado em ensinar, treinar e estabelecercontingncias que efetivamente possam competir comaquelas relacionadas obesidade de Oflia.

  • 07/06/01 - 08:52

    MECPSI01 11

    2 a P A R T E

    Questo 1

    Voc foi convocado a examinar o caso de um paciente internado na diviso de psiquiatria de um hospital. Trata-se deSaulo, um jovem de 15 anos, com inquietaes tpicas da adolescncia, que tentou suicdio, cortando seu brao, do pulso at ocotovelo. Isso aconteceu em seguida a um acontecimento esportivo no novo colgio, quando sentiu ter decepcionado as pessoascom seu desempenho, justamente quando se esforava para fazer amigos. Depois disso, transformou-se em um "sonhador",mudana aparentemente percebida pelos membros de sua famlia, embora ningum tenha falado nada sobre o assunto com ele. Foiento que tentou suicdio e certamente morreria se no tivesse sido encontrado por um de seus irmos. Depois de semanasinternado, parecia melhor. Ficou afeioado aos profissionais que se interessaram por ele e que o medicaram com antidepressivos.Sua maneira sonhadora foi considerada um sinal inequvoco de depresso clnica. Depois de um ms teve alta, e logo retornou apsoutra tentativa sria de suicdio, que o paciente justificava por sentir que tinha envergonhado sua famlia com a tentativa anterior.

    Deve-se notar que o contato com o paciente no hospital foi sempre surpreendente: trata-se de um jovem simptico, atltico,com uma aparncia sadia, bem vestido e capaz de se conduzir como se nada fosse anormal em sua histria recente, emborativesse uma terrvel cicatriz em seu brao. Era notrio que os familiares de Saulo no tinham se empenhado em nenhum trabalhomental para lidar com a angstia dessa situao drstica. Os pais de Saulo eram pessoas afveis, mas superficiais. A me era umaeficiente dona de casa e o pai, um profissional liberal bem sucedido. Estavam numa boa situao financeira. No eram opressoresnem cruis e passavam bastante tempo com os trs filhos, sempre envolvidos com atividades esportivas. No entanto, no eramcapazes de sentar com os meninos para expressar seus sentimentos e discutir qualquer de seus problemas. No eram pessoasdispostas reflexo. A famlia, como muitas desse tipo, parecia ideal. Seu lema: "tudo vai se transformar para melhor". Eramconsiderados por seus amigos e vizinhos pessoas estveis, com os ps no cho. Para todos eles, o fato de Saulo tentar se matarera inacreditvel e fora dos limites do senso comum. Era algo que no poderia ser levado a srio e deveria ser qualificado como umepisdio infeliz, que Saulo iria superar, pois "as pessoas fortes deixam as coisas para trs".

    1. Como voc compreende a crise de Saulo, isto , quais so suas hipteses clnicas acerca do que a motivou?

    2. Segundo a linha terico-clnica de sua escolha, qual sua proposta de encaminhamento desse caso? Justifique-a.(Valor: 30,0 pontos)

  • 07/06/01 - 08:52

    12 MECPSI01

    Questo 2

    Uma Organizao No Governamental recebe uma verba substancial para implementar um projeto social dirigido a jovens debaixa renda nas reas de Sade, Educao e Trabalho. Descrio da Comunidade:

    1. a comunidade beneficiada de aproximadamente 1 500 jovens entre 12 e 22 anos, moradores de uma favela de umacapital brasileira. Grande parte desse grupo encontra-se no Ensino Fundamental. A maioria dos jovens do sexo femininodesenvolve atividades domsticas ou em setores do comrcio. Os jovens do sexo masculino trabalham em ocupaes queexigem pouca profissionalizao (construo civil, auxiliar de produo).

    2. Os principais problemas identificados nessa comunidade com relao faixa etria definida so: dificuldade de ingressono mercado de trabalho mais qualificado, baixo nvel de escolaridade, gravidez indesejada.

    3. Equipamentos sociais: a comunidade possui, em um raio de 10 km, duas escolas pblicas de Ensino Fundamental eMdio, uma creche e um centro de convivncia juvenil mantidos por entidade religiosa, um posto de sade e a sede daSociedade de Bairro.

    Como Psiclogo(a) pertencente a esta ONG, elabore uma proposta de interveno em uma das reas de atuao: Educao,Sade ou trabalho. Faa-a a partir do referencial terico de sua escolha e considere os aspectos de natureza tica nelaenvolvidos.Para realizar esta tarefa, indique na proposta os seguintes elementos:

    a) problema a ser trabalhado.b) aes que sero realizadas.c) resultados que se pretende atingir.

    (Valor: 40,0 pontos)

  • 07/06/01 - 08:52

    MECPSI01 13

    Questo 3

    A Prefeitura de uma cidade brasileira vem desenvolvendo um programa de combate dengue. Neste combate, o controle do

    vetor, o mosquito Aedes aegypti, feito por meio da pulverizao de inseticidas nas regies afetadas e de aes educativas

    (visitas domiciliares e informaes nos postos de sade, escolas etc) visando mudana de prticas da populao, tais comodeixar gua nos pratos de vasos de plantas ou manter descoberta a caixa d'gua. Apesar dessas aes, o programa no tem

    tido sucesso e a prefeitura constatou que este fracasso est relacionado com a manuteno das prticas de risco por parte da

    populao.

    Voc, psiclogo, chamado para planejar uma pesquisa a fim de colher subsdios para responder pergunta: por que no hmudana significativa nas prticas de risco? Que pesquisa voc faria para atender a esta demanda? Descreva as suas etapas.

    (Valor: 30,0 pontos)

  • 07/06/01 - 08:52

    14 MECPSIP

    IMPRESSES SOBRE A PROVAAs questes abaixo visam a levantar sua opinio sobre a

    qualidade e a adequao da prova que voc acabou de realizare tambm sobre o seu desempenho na prova.

    Assinale as alternativas correspondentes sua opinio e razo que explica o seu desempenho nos espaos prprios(parte inferior) da Folha de Respostas.

    Agradecemos sua colaborao.

    41. Qual o ano de concluso deste seu curso de graduao?

    (A) 2001.(B) 2000.(C) 1999.(D) 1998.(E) Outro.

    _________________________________________________________

    42. Qual o grau de dificuldade desta prova?

    (A) Muito fcil.(B) Fcil.(C) Mdio.(D) Difcil.(E) Muito Difcil.

    _________________________________________________________

    43. Quanto extenso, como voc considera a prova?

    (A) Muito longa.(B) Longa.(C) Adequada.(D) Curta.(E) Muito curta.

    _________________________________________________________

    44. Para voc, como foi o tempo destinado resoluo daprova?

    (A) Excessivo.(B) Pouco mais que suficiente.(C) Suficiente.(D) Quase suficiente.(E) Insuficiente.

    _________________________________________________________

    45. A que horas voc concluiu a prova?

    (A) Antes das 14h30min.(B) Aproximadamente s 14h30min.(C) Entre 14h30min e 15h30min.(D) Entre 15h30min e 16h30min.(E) Entre 16h30min e 17h.

    _________________________________________________________

    46. As questes da prova apresentam enunciados claros eobjetivos?(A) Sim, todas apresentam.(B) Sim, a maioria apresenta.(C) Sim, mas apenas cerca de metade apresenta.(D) No, poucas apresentam.(E) No, nenhuma apresenta.

    _________________________________________________________

    47. Como voc considera as informaes fornecidas em cadaquesto para a sua resoluo?

    (A) Sempre excessivas.(B) Sempre suficientes.(C) Suficientes na maioria das vezes.(D) Suficientes somente em alguns casos.(E) Sempre insuficientes.

    _________________________________________________________

    48. Como voc avalia a adequao da prova aos contedosdefinidos para o Provo/2001, desse curso?

    (A) Totalmente adequada.(B) Medianamente adequada.(C) Pouco adequada.(D) Totalmente inadequada.(E) Desconheo os contedos definidos para o

    Provo/2001._________________________________________________________

    49. Como voc avalia a adequao da prova para verificar ashabilidades que deveriam ter sido desenvolvidas durante ocurso, conforme definido para o Provo/2001?(A) Plenamente adequada.(B) Medianamente adequada.(C) Pouco adequada.(D) Totalmente inadequada.(E) Desconheo as habilidades definidas para o

    Provo/2001._________________________________________________________

    50. Com que tipo de problema voc se deparou maisfreqentemente ao responder a esta prova?(A) Desconhecimento do contedo.(B) Forma de abordagem do contedo diferente daquela

    a que estou habituado.(C) Falta de motivao para fazer a prova.(D) Espao insuficiente para responder s questes.(E) No tive qualquer tipo de dificuldade para responder

    prova._________________________________________________________

    47

    Como voc explicaria o seu desempenho em cada questo discursiva da prova?Nmeros referentes FOLHA DE RESPOSTAS 51 52 53

    Nmeros das questes da prova Q1 Q2 Q3O contedo ...

    (A) no foi ensinado; nunca o estudei.(B) no foi ensinado; mas o estudei por conta prpria.(C) foi ensinado de forma inadequada ou superficial.(D) foi ensinado h muito tempo e no me lembro mais.(E) foi ensinado com profundidade adequada e suficiente.