Prova18 Psi

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LÍNGUA PORTUGUESA III HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ESTADO DE RONDÔNIA II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos 1a5 6 a 10 11 a 15 1,0 1,5 2,5 16 a 20 1,0 21 a 25 26 a 30 31 a 35 1,0 1,5 2,0 36 a 40 41 a 45 46 a 50 2,5 3,0 4,0 OUTUBRO/ 2008 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com o enunciado das 50 questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: b) 1 CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas às questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, preferivelmente a caneta esferográfica de tinta na cor preta. 04 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, a caneta esferográfica de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: 05 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado em suas margens superior ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 06 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 07 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 08 - SERÁ ELIMINADO do Processo Seletivo Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. 09 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 10 - Quando terminar, entregue ao fiscal O CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. Obs. O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato não poderá levar o Caderno de Questões, a qualquer momento. 11 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS É DE 3 (TRÊS) HORAS. 12 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados, no primeiro dia útil após a realização das provas, na página da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (www.cesgranrio.org.br) . A C D E TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO TÉCNICO JUDICIÁRIO PSICÓLOGO PSICÓLOGO PSICÓLOGO PSICÓLOGO PSICÓLOGO 1943 RONDÔNIA 1981 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA 18

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  • LNGUAPORTUGUESA III

    HISTRIA E GEOGRAFIA DOESTADO DE RONDNIA II

    CONHECIMENTOSESPECFICOS

    Questes Pontos Questes Pontos Questes Pontos Questes Pontos

    1 a 5

    6 a 10

    11 a 15

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    LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUES ABAIXO.

    01 - Voc recebeu do fiscal o seguinte material:

    a) este caderno, com o enunciado das 50 questes objetivas, sem repetio ou falha, com a seguinte distribuio:

    b) 1 CARTO-RESPOSTA destinado s respostas s questes objetivas formuladas nas provas.

    02 - Verifique se este material est em ordem e se o seu nome e nmero de inscrio conferem com os que aparecem noCARTO-RESPOSTA. Caso contrrio, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal.

    03 - Aps a conferncia, o candidato dever assinar no espao prprio do CARTO-RESPOSTA, preferivelmente a canetaesferogrfica de tinta na cor preta.

    04 - No CARTO-RESPOSTA, a marcao das letras correspondentes s respostas certas deve ser feita cobrindo a letra epreenchendo todo o espao compreendido pelos crculos, a caneta esferogrfica de tinta na cor preta, de formacontnua e densa. A LEITORA TICA sensvel a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcaocompletamente, sem deixar claros.

    Exemplo:

    05 - Tenha muito cuidado com o CARTO-RESPOSTA, para no o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR.O CARTO-RESPOSTA SOMENTE poder ser substitudo caso esteja danificado em suas margens superior ou inferior -BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA TICA.

    06 - Para cada uma das questes objetivas, so apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E);s uma responde adequadamente ao quesito proposto. Voc s deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcao emmais de uma alternativa anula a questo, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA.

    07 - As questes objetivas so identificadas pelo nmero que se situa acima de seu enunciado.

    08 - SER ELIMINADO do Processo Seletivo Pblico o candidato que:a) se utilizar, durante a realizao das provas, de mquinas e/ou relgios de calcular, bem como de rdios gravadores,

    headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espcie;b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questes e/ou o CARTO-RESPOSTA.

    09 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcaes assinaladasno Caderno de Questes NO SERO LEVADOS EM CONTA.

    10 - Quando terminar, entregue ao fiscal O CADERNO DE QUESTES E O CARTO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DEPRESENA.Obs. O candidato s poder se ausentar do recinto das provas aps 1 (uma) hora contada a partir do efetivo incio dasmesmas. Por motivos de segurana, o candidato no poder levar o Caderno de Questes, a qualquer momento.

    11 - O TEMPO DISPONVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTES OBJETIVAS DE 3 (TRS) HORAS.

    12 - As questes e os gabaritos das Provas Objetivas sero divulgados, no primeiro dia til aps a realizao dasprovas, na pgina da FUNDAO CESGRANRIO (www.cesgranrio.org.br).

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    TRIBUNAL DE JUSTIA DOESTADO DE RONDNIA 18

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    LNGUA PORTUGUESA IIIBolsa-Floresta

    Quando os dados do desmatamento de maio saramesta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaramtrancados por vrios dias, ficou-se sabendo que maio foiigual ao abril que passou: perdemos de floresta mais umarea equivalente cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmode um Rio por ms, o Brasil vai pondo abaixo a maiorfloresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciati-vas para tentar deter a destruio.

    O Estado do Amazonas o que tem a floresta maispreservada. O nmero repetido por todos que l 98%da floresta esto preservados, 157 milhes de hectares,1/3 da Amaznia brasileira. A Zona Franca garante queuma parte do mrito lhe cabe, porque criou alternativade emprego e renda para a populao do estado.H quem acredite que a presso acabar chegando aoAmazonas depois de desmatados os estados maisacessveis.

    Joo Batista Tezza, diretor tcnico-cientfico daFundao Amazonas Sustentvel, acha que precisotrabalhar duro na preveno do desmatamento. Esse oprojeto da Fundao que foi criada pelo governo, masno governamental, e que tem a funo de implementaro Bolsa-Floresta, uma transferncia de renda parapessoas que vivem perto das reas de preservaoestadual. A idia que elas sejam envolvidas no projetode preservao e que recebam R$ 50 por ms, porfamlia, como uma forma de compensao pelosservios que prestam. [...]

    Tezza economista e acha que a economia quetrar a soluo:

    A destruio ocorre porque existem incentivoseconmicos; precisamos criar os incentivos da proteo.

    [...]Nas reas prximas s reservas estaduais, esto

    instaladas 4.000 famlias e, alm de ganharem o Bolsa-Floresta, vo receber recursos para a organizao dacomunidade.

    Trabalhamos com o conceito dos serviosambientais prestados pela prpria floresta em p e asemisses evitadas pela proteo contra odesmatamento. Isso um ativo negociado no mercadovoluntrio de reduo das emisses diz Tezza.

    Atualmente a equipe da Fundao est dedicada aum trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades,viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todasas famlias. A Fundao trabalha mirando dois mapas.Um mostra o desmatamento atual, que pequeno.Outro projeta o que acontecer em 2050 se nada for feito.Mesmo no Amazonas, onde a floresta mais preserva-da, os riscos so visveis. Viajei por uma rodovia estadualque liga Manaus a Novo Airo. beira da estrada, vireas recentemente desmatadas, onde a fumaa aindasai de troncos queimados. [...]

    LEITO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)

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    1Bolsa-Floresta, ttulo do texto, o nome dado a um(a)(A) recurso adotado por empresas privadas para que a

    populao d suporte aos projetos de desmatamento.(B) mensalidade destinada aos moradores das cercanias de

    reas de preservao por sua ajuda.(C) medida social para apoio s populaes da floresta, que

    no tm de onde obter sobrevivncia.(D) doao governamental regular feita s pessoas

    que moram na floresta, como se fosse uma bolsa deestudos.

    (E) ajuda realizada por organizaes no governamentaispara que a populao de baixa renda possa se mantermelhor.

    2A expresso em destaque no trecho Quando os dados dodesmatamento de maio saram esta semana da gaveta ...(A.1-2) pode ser adequadamente substituda, semalterao do sentido, por(A) foram finalmente examinados.(B) foram apresentados s autoridades.(C) foram tirados da situao de abandono.(D) encaminharam-se ao setor tcnico.(E) chegaram ao conhecimento pblico.

    3No 2o pargrafo, o mrito da Zona Franca na preservaoflorestal do estado do Amazonas deve-se ao fato de ter(A) oferecido oportunidades de ganho para a populao,

    afastando-a do desmatamento.(B) atrado compradores de todas as partes do Brasil com o

    seu comrcio florescente.(C) criado uma rea de comrcio de bens livres de impostos, o

    que favoreceu novas aquisies para a populao.(D) feito a promoo do desenvolvimento econmico

    da regio, melhorando sua contribuio para o PIBbrasileiro.

    (E) aberto o mercado interno nacional para a entrada deprodutos estrangeiros de alta tecnologia.

    4No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter adestruio. (A. 7-8). Tal iniciativa a(o)(A) manuteno da Zona Franca.(B) criao do Bolsa-Floresta.(C) expanso de 1/3 da Amaznia.(D) preservao da floresta.(E) comprometimento do governo estadual.

    5Com a leitura do pargrafo que contm a orao porquecriou alternativa de emprego e renda para a populao doestado. (A. 13-14) pode-se inferir que, no texto, a outra al-ternativa seria(A) buscar outra fonte de renda.(B) desmatar a floresta.(C) emigrar para outro estado.(D) trabalhar na Zona Franca.(E) ser funcionrio pblico.

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    6Em ... preciso trabalhar duro na preveno dodesmatamento. (A. 19-20), a expresso destacada, emrelao com o princpio da orao, indica(A) modo.(B) causa.(C) conseqncia.(D) objetivo.(E) explicao.

    7 A destruio ocorre porque existem incentivos econmi-cos; precisamos criar os incentivos de proteo. (A. 31-32).

    Avalie se as afirmativas apresentadas a seguir so verdadei-ras (V) ou falsas (F), em relao ao trecho acima.

    ( ) Tanto a destruio da floresta quanto a sua proteodependem de medidas econmicas.

    ( ) O conceito da palavra incentivos igual nasexpresses incentivos econmicos (A. 31-32) eincentivos de proteo (A. 32).

    ( ) Se houver incentivo de proteo, a destruio cessar.

    A seqncia correta :(A) V - V - F (B) V - F - V(C) V - F - F (D) F - V - F(E) F - F - V

    8No texto, ativo (A. 41) significa(A) ato. (B) bem.(C) elevado. (D) prtico.(E) em exerccio.

    9Indique a opo em que o sinal indicativo de crase est cor-retamente usado.(A) Essa proposta convm todos.(B) O governo aumentou quantidade de subsdios.(C) A empresa considerou a oferta inferior outra.(D) Ele est propenso deixar o cargo.(E) No vou aderir modismos passageiros.

    10Indique a opo em que a expresso em destaque pode sersubstituda por lhe, assim como em ...uma parte do mri-to lhe cabe, (A. 13)(A) O economista chamou o colega de benfeitor da

    natureza.(B) A Fundao convidou o professor para o cargo de diretor.(C) O projeto pertence ao renomado cientista.(D) O governo criou recentemente o Bolsa-Floresta.(E) A diretora gosta muito de sua assistente.

    11As formas verbais esto corretamente conjugadas em(A) Escreve nesta folha o que voc achou da proposta.(B) indispensvel que todos os interessados fazem a sua

    parte.(C) Todas as pessoas que vem a Amaznia ficam

    deslumbradas.(D) Quando a Fundao propor um programa de preser-

    vao, a populao aplaudir.(E) Espero que as pessoas se precavenham contra a

    destruio da floresta.

    12Indique a opo em que a reescritura apresentada NO man-tm o mesmo sentido do trecho original.(A) Uma rea equivalente uma rea que equivale(B) Trabalhar duro trabalhar duramente(C) Forma de compensao pelos servios forma de com-

    pensar os servios.(D) Incentivos da proteo incentivos protegidos(E) Recentemente desmatada recm-desmatada

    13Indique a opo na qual a concordncia nominal estadequada.(A) Alguns pseudos-ecologistas se opem ao Bolsa-Floresta.(B) H partes da floresta que esto menas devastadas que

    outras.(C) Visto a grande devastao, alguma atitude deve ser

    tomada.(D) Seguem anexo os documentos para a certificao.(E) Todos devemos ficar alerta para salvar a Amaznia.

    14Atualmente a equipe da Fundao est dedicada a um traba-lho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, (A. 43-44)

    O sinal de dois pontos da sentena acima s pode sersubstitudo por:(A) , alis, (B) , a saber,(C) , inclusive, (D) , ou melhor,(E) , por exemplo,

    15Assinale a afirmativa em que a palavra onde est usadacorretamente.(A) Trabalhamos com o conceito de servios onde o fator

    ambiental preponderante.(B) Durante a discusso dos tcnicos foi levantado um novo

    argumento onde o diretor no gostou.(C) Nas reas prximas s reservas, onde esto instaladas

    famlias, haver grandes investimentos.(D) Alguns estudos apontam o ano de 2050 como decisivo,

    onde ocorrer uma grande devastao.(E) As propostas onde se encontram as solues mais

    econmicas para a melhoria do ambiente seroaprovadas.

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    HISTRIA E GEOGRAFIADO ESTADO DE RONDNIA II

    16O Real Forte Prncipe da Beira foi inaugurado em 20 de agostode 1783 e constitui hoje o mais antigo monumento histricode Rondnia. A construo do Forte obedeceu aos seguin-tes objetivos da Coroa Portuguesa:I - defender as fronteiras portuguesas dos confrontos con-

    tra os espanhis;II - pacificar os movimentos nativistas e emancipacionistas

    que ocorriam na Amaznia;III - intensificar a atividade comercial ao longo dos rios

    Guapor, Mamor e Madeira;IV - fixar como territrios portugueses as terras ao longo do

    rio Amazonas.Esto corretas as afirmativas(A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas.(C) II e III, apenas. (D) II e IV, apenas.(E) I, II, III e IV.

    17A histria da ocupao luso-brasileira na Amaznia e, emespecial, no Estado de Rondnia remonta ao comeo dosculo XVIII, a partir da descoberta de grandes jazidas deouro. Essas descobertas(A) levaram ao desmembramento da antiga capitania de Mato

    Grosso, cuja poro ocidental passou a se denominarcapitania de Rondnia.

    (B) criaram ncleos isolados de povoamento com uma po-pulao de negros escravos para o trabalho nas jazidasrecm-descobertas.

    (C) deslocaram, de outras regies da Amaznia, escravosalforriados que viam na garimpagem possibilidades dese estabelecerem em terras disponibilizadas pela CoroaPortuguesa.

    (D) atraram mineradores vindos de Cuiab, que migrarampara a regio, criando os primeiros povoados do vale doGuapor.

    (E) atraram para a regio padres missionrios, nicas pes-soas autorizadas pela Coroa Portuguesa a controlar aextrao dos metais preciosos.

    18A abertura do eixo virio BR-364 trouxe para Rondnia umaumento em seu crescimento populacional, colocando umfim ao isolamento rodovirio do Estado em relao s de-mais regies do pas. Entretanto, a partir de 1980,(A) os problemas provenientes do caos urbano pelo afluxo

    da populao desempregada de Braslia, Cuiab eGoinia cresceram.

    (B) os garimpeiros, atravs da extrao de cassiterita, esti-mularam a presena de grupos multinacionais que pre-servaram antigos ncleos coloniais.

    (C) a estrada, ao contrrio do previsto, representou para ostrabalhadores locais uma via de sada para as grandescapitais do Sudeste.

    (D) a colonizao foi acelerada com a vinda de migrantes nor-destinos como mo-de-obra para os seringais da Amaznia.

    (E) a concentrao fundiria expulsou os pequenos agricul-tores das melhores terras, situadas nas proximidadesdas vias de circulao, provocando, assim, zonas detenso.

    19As tentativas de construo da Estrada de Ferro Madeira-Mamor foram muitas durante o sculo XIX, porm somentecom a assinatura do Tratado de Petrpolis, em 1903, a obrafoi finalmente incrementada. Em 1912, conclua-se a ferroviacuja saga da construo havia se iniciado em 1872.Sobre a saga da construo, assinale a afirmativa correta.(A) Os ataques indgenas aos acampamentos e as doenas

    tropicais que dizimavam os trabalhadores somaram-se dificuldade de transpor as regies de mata fechada erios encachoeirados.

    (B) O capital utilizado foi exclusivamente nacional, o queexplica os diversos perodos de paralisao da obra peladificuldade de investimento, conseqncia de perodoscrticos da economia nacional.

    (C) A construo da Estrada de Ferro Madeira-Mamor in-terrompeu o processo de integrao regional em cursona poca, j que deslocou para a obra contingentes mi-litares empenhados no desbravamento da Amaznia.

    (D) A Bolvia dificultou a obra criando obstculos diversos,desde o simples no-cumprimento dos trmites legaisat a ocupao militar do Acre, em 1899.

    (E) A maior parte da mo-de-obra utilizada na construo daferrovia constituiu-se de indgenas apresados, provocan-do extermnio da populao nativa ao longo do trajeto daferrovia.

    20As discusses em torno das obras da hidreltrica de SantoAntnio - a primeira do complexo hidrovirio e hidreltricono Rio Madeira, em Rondnia, permitem refletir sobre anecessidade de crescimento econmico e os danos queisso pode provocar ao meio ambiente.Sobre estes fatos, correto afirmar que(A) os danos que este projeto provoca ao meio ambiente

    podem levar a uma interveno norte-americana na re-gio, sob o argumento de desrespeito ao Protocolo deKioto.

    (B) os maiores danos que o projeto causar sero relacio-nados aos monumentos que constituem o patrimniohistrico, j que a aldeia de Santo Antonio foi a primeirado atual Estado de Rondnia.

    (C) a construo de eclusas e barragens necessrias aoprojeto implicar maior dimenso dos impactosambientais, dos problemas sociais e do desmatamentona Amaznia, apesar da grande malha hidrogrfica e danecessidade de modernizao econmica da AmazniaOcidental.

    (D) a implantao de projetos desse porte na rede hidrogrficada Amaznia ocidental facilitar o escoamento e o trans-porte de produtos agropecurios da regio, contendo oavano da fronteira agrcola e os conflitos fundirios emdireo a Rondnia.

    (E) a presena de elevado potencial hidreltrico e a recentedemanda urbano-industrial da Amaznia Ocidental influ-enciaram a alterao na matriz energtica brasileira, cujaprincipal caracterstica o estmulo ao transporte decargas via rede fluvial.

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    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    21Com base nos direitos de Informao, Expresso e Opinioda criana e do adolescente, o Psiclogo deve escutar osfilhos de casal em litgio judicial para que eles(A) decidam quem o melhor guardio.(B) avaliem a conduta dos pais.(C) superem as resistncias narcsicas.(D) esclaream dvidas enquanto membros da famlia.(E) se coloquem como sujeitos de direitos, tal qual so os

    adultos.

    22Segundo Pierre Legendre, o Estado institui as categoriasgenealgicas de filiao que se fundamentam de acordo comas leis do interdito e, portanto, reproduzem a vida humana.Nesse contexto terico, a inscrio da funo paternana criana pelos adultos que a reconhecem como filho (oufilha)(A) depende do lugar que designado a cada um atravs

    das montagens jurdicas.(B) preexiste aos ordenamentos estabelecidos pelo Direito.(C) deve ser modificada de acordo com as demandas

    sociais.(D) remonta ao assassinato do pai primitivo e realizao

    do gozo incestuoso.(E) abala o Princpio da Razo que organiza o sistema

    institucional.

    23A representao da infncia como aquela que deve serpreparada para a vida adulta surgiu no contexto dassociedades industriais. Numa sociedade que valorizava aexperincia de tempo em longo prazo, a criana era subme-tida a um longo processo de aprendizagem atravs do qualela formaria sua personalidade para o ingresso futuro na vidasocial. Contudo, uma das transformaes que modificaramessa representao de infncia foi a(o)(A) sociedade de consumo.(B) revoluo sexual.(C) demisso educativa dos pais.(D) abandono das crianas.(E) fracasso das escolas.

    24A confeco de parecer pelo psiclogo, nos processosjudiciais, uma parcela importante de seu trabalho, mesmoque no queira assumir, exclusivamente, o papel de peritoavaliador. Na medida em que o psiclogo lana mo deoutras formas de atuao, o parecer deve(A) ter o objetivo de fornecer subsdios deciso judicial.(B) estar de acordo com a lgica adversarial que compe o

    litgio.(C) focar no perfil diagnstico dos jurisdicionados.(D) conter todas as informaes colhidas durante as entre-

    vistas.(E) conter as alternativas criadas pelos prprios

    jurisdicionados.

    25Segundo Michel Foucault, a tecnologia de si que remonta pastoral crist do sculo XVI transformou-se numa moda-lidade cientfica dos sculos XVIII-XIX de produo desujeitos. Essa tecnologia de poder, que atingiu as socieda-des ocidentais modernas nos seus mais diversos nveis, temcomo ponto de apoio a(o)(A) linguagem.(B) sexualidade.(C) loucura.(D) crime.(E) Estado.

    26Muitas vezes a criana pode manifestar reaespsicossomticas nos dias de visita do genitor que no av habitualmente ou que vive um conflito intenso com o seuguardio. Segundo a psicanalista Franoise Dolto, noconhecido livro Quando os pais se separam, tais reaesso um(a)(A) indicativo de que ela sofre abuso de um dos genitores.(B) sinal de que ela est sendo alienada pelo guardio.(C) sinal de recusa da criana em ver o outro genitor.(D) linguagem que a criana no sabe verbalizar.(E) expresso de regresso s fases primitivas da libido.

    27A mediao uma forma alternativa de resoluo de conflitode que o psiclogo pode lanar mo em meio s disputas deguarda e de regulamentao de visitas. Para tanto, impor-tante que ele tenha como objetivo(A) buscar as determinaes psicolgicas envolvidas no

    conflito.(B) enfocar a resoluo do problema discutido pelas partes.(C) restabelecer o canal de comunicao entre as partes

    litigantes.(D) eliminar o conflito que atinge a criana.(E) obter subsdios para a confeco do seu parecer.

    28A guarda compartilhada pressupe o direito universal dacriana em conviver com ambos os genitores, mesmo queseparados, estabelecendo uma situao familiar na qual a(os)(A) criana alterne os dias de convivncia ora na casa de

    um, ora na casa de outro genitor.(B) criana possa manifestar livremente os momentos que

    prefere passar com o pai ou com a me.(C) pais encerrem as dores da separao e passem a convi-

    ver pacificamente entre si.(D) pais separados assumam parmetros idnticos na

    conduo da educao dos filhos.(E) conflitos de ordem conjugal no prejudiquem os vnculos

    de parentesco.

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    29A Sndrome de Alienao Parental consiste num processoem que a criana programada para odiar um de seusgenitores.A respeito dos aspectos psicolgicos ligados a essasndrome, considere as afirmativas abaixo.

    I - A criana vive um conflito de lealdade exclusiva frenteaos seus genitores.

    II - H, por parte de um ou ambos os genitores, confusoentre conjugalidade e parentalidade.

    III - A criana sofre as conseqncias do sentimento devingana do ex-cnjuge em relao ao outro.

    IV - O filho reproduz com o guardio a Sndrome deEstocolmo, na qual o seqestrado se identifica com oseqestrador.

    Esto corretas as afirmaes(A) I e II, apenas.(B) I e III, apenas.(C) II e III, apenas.(D) I, II e III, apenas.(E) I, II, III e IV.

    30Em sendo a psicanlise uma experincia discursiva, ela podeorientar o atendimento psicolgico em Varas de Famlia queno se limitem percia tcnica. Para tanto, importanteque o psiclogo(A) exija do jurisdicionado a regra da associao livre.(B) faa falar o sujeito e no os seus porta-vozes.(C) mantenha o tratamento aps a concluso do laudo.(D) procure embasamentos no discurso jurdico.(E) limite o nmero de atendimentos com o foco no sin-

    toma.

    31Segundo Cid Vieira Cortez, um olhar transdisciplinar naPsicologia necessrio, sem dvida, para a superao doparadigma positivista e de suas concepes tecnicistas eanaltico-reducionistas, responsveis, em grande parte,pelos especialismos que despotencializam as atividadescriativas. A partir dessa perspectiva,(A) a transdisciplinaridade difere da multidisciplinaridade pela

    quantidade maior de saberes envolvidos na definio doobjeto.

    (B) a transdisciplinaridade prope como resultado a somade diversos enfoques.

    (C) a transdisciplinaridade se define como um dilogo, onde possvel a troca dos saberes pr-estabelecidos.

    (D) o objeto, a priori, no existe.(E) h o objeto concreto e uma determinada cincia que o

    ilumina.

    32Durante o perodo feudal, a noo de crime era associada noo de pecado e, desta forma, o crime era definido comouma afronta aos princpios divinos. Em Vigiar e Punir, Foucaultescreve: Damiens [fora condenado...] a pedir perdo pu-blicamente diante da porta principal da Igreja de Paris [aon-de devia ser] levado e acompanhado numa carroa, nu,(...) carregando uma tocha de cera acesa (...); [em seguida],(...) atenazado nos mamilos, braos, coxas e barrigas daspernas, sua mo direita segurando a faca com que come-teu o dito parricdio, queimada com fogo de enxofre, es partes que ser atenazado se aplicaro chumbo der-retido, leo fervente, piche em fogo, cera e enxofre derreti-dos conjuntamente, e a seguir seu corpo ser puxado edesmembrado por quatro cavalos e seus membros e corpoconsumidos ao fogo, reduzidos a cinzas, e suas cinzaslanadas ao vento.Tal descrio refere-se ao modo de punio denominado(A) linchamento.(B) privao de liberdade.(C) justia teraputica.(D) suplcio.(E) pena alternativa.

    33O lema Ordem e Progresso, oriundo da filosofia positivistade Auguste Comte, relaciona-se com o positivismocriminolgico que prope a eliminao ou neutralizao dosfocos desestabilizadores. Deste modo,

    I - aos seres humanos assinalados como inimigos dasociedade so negados os direitos de terem suasinfraes sancionadas dentro dos estritos limites dasgarantias proclamadas pelo conjunto de enunciados dosdireitos humanos;

    II - o positivismo criminolgico prprio do EstadoAbsoluto e introduz uma contradio permanente entrea doutrina jurdico-penal e os princpios constitucionaisinternacionais do Estado de Direito, portanto, nassociedades democrticas, a noo de classesperigosas resume-se a uma metfora;

    III - o positivismo criminolgico tem origem nos pensamen-tos de Lombroso e Ferri, no sculo XIX, e ainda hoje suapresena pode ser percebida nas polticas criminais ede segurana pblica.

    Est(o) correta(s) a(s) proposio(es)(A) I, apenas.(B) II, apenas.(C) I e II, apenas.(D) I e III, apenas.(E) I, II e III.

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    34A expectativa social representativa de um padro culturaldominante e expressa na lei penal definida como normapenal. Cada poca, diz Foucault em Vigiar e Punir, criousuas prprias leis penais, instituindo os mais variadosprocessos punitivos. Segundo o citado autor, pode-seafirmar que as prisesI - so o grande fracasso da justia penal, pois no

    diminuem a taxa de criminalidade;II - so extremamente eficazes para a reduo da

    criminalidade, desde que construdas a partir domodelo do panptico de Bentham;

    III - no oferecem condies de sustento aos detentoslibertados, condenando-os reincidncia, pela impos-sibilidade de encontrar trabalho em funo do estigmade delinqncia.

    Est(o) correta(s) a(s) afirmao(es)(A) II, apenas. (B) I e II, apenas.(C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas.(E) I, II e III.

    35As atuais crticas existncia do exame criminolgico comoatividade predominante do Psiclogo inserido no SistemaPenitencirio apontam essa prtica como:I - a atualizao do Positivismo Criminolgico, atravs

    da qual se procede psiquiatrizao da deciso domagistrado;

    II - uma estratgia de exame obediente ao determinismocausal entre passado, presente e futuro;

    III - uma forma de reforo do estigma de delinqente a partirda reconstituio da vida pregressa;

    IV - uma reproduo da violncia pelo reforo do iderio daidentidade criminosa.

    So corretos os itens(A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas.(C) II e III, apenas. (D) II, III e IV, apenas.(E) I, II, III e IV.

    36No clssico Manicmios, Prises e Conventos, Erving Goffmantrata do conceito de instituies totais. Segundo este autor,(A) as instituies totais submetem os internos a proces-

    sos de mortificao do eu, que implicam a destituiodas formas pelas quais o indivduo estava habituado aagir e a apresentar-se aos outros, e a perda das condi-es de estabelecer sua prpria integridade fsica.

    (B) nas instituies totais, dado o controle exercido sobreos indivduos, impossvel para os internos construirprivilgios a partir de favores pessoais.

    (C) nas instituies totais, o indivduo submetido aprocessos de mortificao do eu, que so compensa-dos graas ao tempo em que fica sozinho.

    (D) os processos de mortificao do eu impactam o indiv-duo, mas so fatores que contribuem para dirimir as ten-ses intersubjetivas e as zonas de conflito na instituio.

    (E) o processo de arregimentao diz respeito s ocasiesem que a instituio total oferece ao interno certas condi-es para a execuo de tarefas de modo individualizado.

    37A priso, modelo de punio associado ao advento docapitalismo emergente no sculo XVIII, permite administrar,corrigir e neutralizar as chamadas classes perigosas. A partirde tal afirmao, NO se pode inferir que a(s)(A) pena privativa de liberdade surge da necessidade de for-

    mao de mo-de-obra para alimentar a mquina ca-pitalista.

    (B) formao de uma subjetividade operria a partir da expan-so do exrcito industrial de reserva contribui para a exis-tncia da priso como modelo exemplar de punio.

    (C) aplicao da pena privativa de liberdade cresce com aexpanso dos postos de trabalho.

    (D) internao-excluso absorve a massa de desviantes,neutralizando-os pelo isolamento.

    (E) classes perigosas so aquelas que passam a ser alvo deinterveno da ento denominada sociedade disciplinar.

    38Considerando as relaes entre a Psicologia e o SistemaPenal, INCORRETO afirmar que(A) do conceito foucaultiano de delinqncia deduz-se a

    existncia de criminosos antes mesmo do crime, os entochamados potencialmente criminosos.

    (B) a Criminologia Crtica considera impossvel estudar ofenmeno do crime sem levar em conta a ao seletiva econfiguradora de carreiras criminais exercidas pelasagncias de controle social.

    (C) os pareceres construdos por psiclogos devem apontarpara a reformulao dos condicionantes que provocam osofrimento psquico, a violao dos Direitos Humanos ea manuteno de estruturas de poder que sustentamcondies de dominao e segregao.

    (D) os menores de 18 anos so penalmente inimputveis;contudo, verificada a prtica de ato infracional por umdeles, a autoridade competente pode aplicar ao adoles-cente, entre outras, a medida de advertncia.

    (E) o adolescente s poder cumprir pena privativa de liber-dade em caso de cometimento de crime hediondo.

    39Conforme as disposies do Cdigo Penal Brasileiro, arelao entre infrao penal e doena mental no redundaem aplicao de sentena punitiva, mas em cumprimentode medida de segurana. A mesma lgica rege os casos deadolescentes em conflito com a lei e o cumprimento demedidas socioeducativas. Em ambos os casos h(A) extino de punibilidade.(B) inimputabilidade.(C) excluso de ilicitude.(D) antijuridicidade.(E) crimes culposos, caracterizados por ausncia de inten-

    o ou conscincia da conduta.

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    40Parmetros psicolgicos que atuam na definio de umaetiologia para o comportamento criminoso enfatizam comoproposies fundamentais o fato de que o(s)(A) criminoso um homem como outro qualquer, s se

    diferenciando por ter maior aptido para a passagem aoato.

    (B) criminoso possui disfunes neuropsicolgicascom maior expressividade no lobo frontal e nos lobostemporais.

    (C) exagerado crescimento demogrfico, o desequilbrio nadistribuio de renda, o cio na juventude e adesestruturao do ncleo familiar so referncias nacausalidade do comportamento criminoso.

    (D) lcool freqentemente relacionado com o comporta-mento violento, associado diminuio dos nveis deglicose e colesterol.

    (E) estudos demonstraram que tanto a ativao tnica quantoa ativao fsica so menores nos criminosos.

    41HISTRICO DO CASO: Um adolescente preso portandouma arma e encaminhado para internao provisria.Os registros mostram que ele reincidente, sendo esta asua terceira priso e a sua segunda passagem pelainstituio. As duas detenes anteriores se deram porenvolvimento com o trfico de drogas. Na primeira, o Juizaplicou a medida socioeducativa de liberdade assistida, seminternao provisria, por considerar que a infrao havia sidoleve. Na segunda, o Juiz aplicou - alm da internaoprovisria - a medida de internao com subseqenteprogresso para semi-liberdade. poca da progresso, oadolescente soube que inimigos tinham a inteno deembosc-lo, fugiu da unidade e retomou suas atividades notrfico, situao que se manteve at a deteno atual. luz do Estatuto da Criana e do Adolescente e com basena descrio acima, pode-se afirmar que o adolescente(A) poder cumprir medida em estabelecimento prisional,

    dadas as circunstncias do caso, e considerando agravidade do ato.

    (B) no ter direito a atividades pedaggicas durante o pe-rodo de internao provisria, sendo estas iniciadas ape-nas aps a aplicao da medida.

    (C) ter direito a visitas semanais e a corresponder-se comseus familiares e amigos durante o perodo de internaoprovisria, salvo determinao expressa e fundamenta-da da autoridade judicial.

    (D) ter direito a constituir advogado, ou ser assistido pordefensor pblico, que dever oferecer a defesa prvia noprazo de 30 dias.

    (E) poder ser internado provisoriamente pelo prazo mxi-mo de 35 dias.

    42A trajetria da descentralizao do atendimento aos jovensinfratores tem sido tema de publicaes nas reas daSade, da Psicologia, da Criminologia e da Sociologia,entre outras. O conjunto dessas referncias permiteconstatar que o Estatuto da Criana e do Adolescente noalmejou apenas uma mudana na gesto do atendimento doadolescente a quem se atribui autoria de ato infracional, massim, uma mudana jurdico-legal, conceitual e tica para aassistncia aos jovens em conflito com a lei. A partir dasmudanas operadas com a promulgao do Estatuto daCriana e do Adolescente, o trabalho do psiclogo juntoaos adolescentes em conflito com a lei deve levar emconsiderao(A) os princpios de brevidade, excepcionalidade e respeito

    condio peculiar de desenvolvimento na aplicao ena execuo da medida privativa de liberdade.

    (B) que a atuao do psiclogo deve estar a servio dadisciplinarizao dos adolescentes em conflito com a lei.

    (C) que o atendimento do adolescente em conflito com alei passou a ser baseado unicamente na aplicao dasmedidas socioeducativas.

    (D) que o trabalho do psiclogo foi redimensionado e postoa servio do judicirio, prestando informaes quefundamentam a deciso judicial.

    (E) que o psiclogo deve focar seu trabalho na busca dacompreenso das patologias capazes de explicar adelinqncia juvenil.

    43No artigo intitulado Tatuando o desamparo: a juventude naatualidade, Joel Birman (2006) afirma que os conceitos deinfncia e adolescncia vm sofrendo transformaes impor-tantes na atualidade. A esse respeito, analise as afirmativas aseguir.I - Est ocorrendo, na atualidade, um encurtamento

    evidente da infncia e um comeo bem mais precoceda adolescncia.

    II - A solido uma presena crucial no atual mundo dainfncia, passando a ser preenchida por jogos eletrni-cos e pela televiso, o que faz com que a criana con-viva ativamente com personagens virtuais, o que pertur-ba mais ainda a sua precria experincia de alteridade.

    III - A leitura estritamente psicobiolgica das idades da vida fundamental para a compreenso das mudanas quese processam nos conceitos de infncia e adoles-cncia na atualidade.

    IV - A cultura da tatuagem, que hoje se dissemina, umadas formas de singularizao buscada atualmente pe-los jovens, diante da hipervisibilidade identitria juvenil.

    V - A juventude na atualidade caracterizada pela comple-xidade, pois pressupe no seu interior umamultiplicidade de temas possveis, que poderiam todosser inscritos no seu campo, com toda pertinncia.

    So corretas APENAS as afirmativas(A) I, II e V (B) II, III e IV(C) II, III e V (D) II, IV e V(E) I, III, IV e V

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    44O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo(SINASE, 2006) o conjunto ordenado de princpios, regrase critrios de carter jurdico, poltico, pedaggico,financeiro e administrativo, que envolve desde o processode apurao de ato infracional at a execuo da medidasocioeducativa. Este sistema nacional inclui sistemas esta-duais, distritais e municipais, bem como todas as polticas,planos e programas especficos de ateno a esse pblico.Segundo as diretrizes adotadas, INCORRETO afirmar queo SINASE(A) uma poltica pblica destinada incluso do adoles-

    cente em conflito com a lei nos diferentes campos daspolticas pblicas sociais.

    (B) adota o conceito da gesto participativa, que demandaautonomia competente e participao consciente eimplicada de todos os atores que integram a execuodo atendimento socioeducativo.

    (C) tem como plataforma inspiradora os acordos internacio-nais sobre Direitos Humanos dos quais o Brasil signa-trio, em especial na rea dos direitos da criana e doadolescente.

    (D) delega aos rgos estaduais e municipais, gestores dapoltica socioeducativa, a funo de deliberar, editar eacompanhar a implementao de polticas e planos deateno a adolescentes submetidos a processo judicialde apurao de ato infracional, inclusive no que dizrespeito utilizao de recursos do Fundo dos Direitosda Criana e do Adolescente.

    (E) conclama a participao da famlia, da comunidade edas organizaes da sociedade civil na aosocioeducativa, entendendo-as como fundamentais naconsecuo dos objetivos da medida aplicada aoadolescente.

    45O Estatuto da Criana e do Adolescente introduziu mudan-as importantes no trato da questo dos adolescentes emconflito com a lei. Sobre esse tema, assinale a afirmativacorreta.(A) A Liberdade Assistida tem sido a medida socioeducativa

    menos adotada pelos Juizados da Infncia e da Juventudedo pas.

    (B) A doutrina da situao irregular considerava a irregulari-dade das questes sociais que atingiam o jovem e oncleo familiar como importante fator nos estudosrealizados sobre os jovens que haviam praticado atoinfracional.

    (C) O Cdigo de 1979 previa trs medidas mais utilizadas,especificamente, com os ento denominados menoresinfratores: internao, liberdade assistida e tratamentoambulatorial ao adolescente e seus familiares.

    (D) Na viso do Estatuto, o Estado deve buscar o trabalhocom o ambiente familiar, procurando restaurar a autori-dade dos pais e garantir a cidadania dos assistidos,articulando os recursos pblicos e comunitrios.

    (E) Na viso do Cdigo de Menores de 1979, a famlia eraconvocada a ocupar um papel central no que diz respei-to reconduo do adolescente a um caminho social-mente aceito e desejvel.

    46Ao abordar o tema da adoo em famlias homoafetivas, MariaCristina dvila de Castro afirma que ... a visibilidade quevem adquirindo a homoafetividade tem levado cada vez maispessoas a assumirem a sua verdadeira orientao sexual.Gays e lsbicas buscam a realizao do sonho deestruturarem uma famlia com a presena de filhos, e freqente crianas e adolescentes viverem em lareshomoafetivos. (Castro, 2008:25).A razo para que a sociedade brasileira no d reco-nhecimento legal a famlias homoafetivas est calcada nosseguintes aspectos:

    I - crena generalizada de que essa configurao fami-liar poder ser prejudicial ao desenvolvimento nor-mal das crianas;

    II - apreenso quanto possibilidade de a criana ser alvode repdio no meio que freqenta, ou ser vtima de es-crnio por parte de colegas e vizinhos;

    III - problemas de ordem social, jurdica e poltica que semanifestam em todas as situaes de mudana na ins-tituio familiar;

    IV - confuso que se estabelece entre a sexualidade e afuno parental, como se a orientao sexual das fi-guras parentais fosse determinante na orientao se-xual dos filhos.

    Esto corretos os aspectos(A) I e II, apenas. (B) I e IV, apenas.(C) II e III, apenas. (D) I, III e IV, apenas.(E) I, II, III e IV.

    47Considerando a viso sistmica e ecolgica da famlia e dasrelaes, tanto violentas quanto harmoniosas, que nela seestabelecem, julgue as afirmativas abaixo.

    I - Eventos violentos na famlia devem ser tomados comoindicadores de que essa famlia costuma se comunicare se relacionar por meio da violncia.

    II - A violncia, na perspectiva da sade coletiva, aomesmo tempo um fenmeno social aprendida atravsdo convvio social e inato dadas as razes biolgicasdo comportamento humano.

    III - H fatores de risco, associados aos indivduos, s fa-mlias, ao meio circundante e sociedade como umtodo, que podem isoladamente explicar e responder pelosurgimento de relaes familiares violentas.

    IV - O isolamento social um fator de risco para a violnciaintrafamiliar. Em contrapartida, as relaes estabelecidascom vizinhos, amigos, parentes e instituies prximasformam uma rede de apoio social que os protege.

    So verdadeiras as afirmativas(A) I e III (B) I e IV(C) II e III (D) I, II e IV(E) II, III e IV

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    48No intuito de proteger os membros mais frgeis da famlia,a legislao em vigor estabelece um conjunto de medidas.A esse respeito, indique a afirmao correta.(A) Segundo o Estatuto da Criana e do Adolescente, os ca-

    sos de suspeita ou confirmao de maus-tratos contracrianas e adolescentes sero, obrigatoriamente, comu-nicados aos Juizados da Infncia e da Juventude.

    (B) Segundo o Estatuto da Criana e do Adolescente, oprofissional de educao ou sade que deixe de comu-nicar os casos de maus-tratos contra criana ou adoles-cente de que tenha conhecimento estar sujeito penade deteno entre 1 e 3 meses, aplicando-se o dobroem caso de reincidncia.

    (C) Segundo o Estatuto do Idoso, os casos de suspeita ouconfirmao de maus-tratos contra idosos sero obriga-toriamente comunicados pelos profissionais de sade autoridade policial, ao Ministrio Pblico ou aos Conse-lhos Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso.

    (D) A Lei Maria da Penha recomenda que os Juizados deViolncia Domstica e Familiar contra a Mulher, quandocriados, contem com equipe de atendimentomultidisciplinar, com competncia exclusiva para aelaborao de laudos para subsidiar a deciso judicial.

    (E) A Lei Maria da Penha configura como violncia contra amulher qualquer ao ou omisso que cause morte,leso, sofrimento fsico, sexual ou psicolgico e dano mo-ral ou patrimonial, no mbito das relaes matrimoniais.

    49Em seu clssico Adolescncia Normal, Arminda Aberastury eMaurcio Knobel (1981) consideram a adolescncia como ummomento evolutivo do gnero humano, que segue certos prin-cpios gerais, mas tambm a considera resultante de fatoressocioculturais. Sobre a sndrome normal da adolescncia des-crita pelos autores, INCORRETO afirmar que(A) a necessidade de intelectualizar uma fuga para o

    interior, uma espcie de reajuste emocional que leva preocupao por princpios ticos, filosficos e sociais.

    (B) as crises religiosas no adolescente manifestam-se poratitudes de atesmo ou misticismo, ambas sempre comosituaes extremas.

    (C) o adolescente, na busca da identidade, desloca osentimento de dependncia dos pais para o grupo decompanheiros, onde todos se identificam com cada um.

    (D) o adolescente, na tentativa de elaborar os lutos pela per-da de objetos da infncia, apresenta constantementeflutuaes de humor.

    (E) os pais/responsveis, levando em conta a instabilidadeemocional prpria da adolescncia, no devem interferirno processo, sendo recomendvel que aguardem distncia sua travessia para a fase adulta.

    50As mudanas que o ECA introduziu na questo da adooso principalmente paradigmticas. O caminho percorridoentre a obteno de um filho atravs da lei at a adoocom reais vantagens para a criana traz consigo um rduotrabalho de conscientizao social. Conseqentemente, opapel do psiclogo nas equipes tcnicas vem sofrendomudanas que acompanham o ritmo das necessidadese reflexes atuais. Considerando essas mudanas, INCORRETO afirmar que a(o)(A) equipe tcnica deve buscar a atuao preventiva, na qual

    o psiclogo atua no sentido de uma interveno com umcarter mais orientador e de suporte do que de percia.

    (B) mudana de paradigma implica colocar em primeiro pla-no as demandas dos pretendentes adoo, j que de-les depende o sucesso do processo adotivo.

    (C) participao do psiclogo em processos de adoo estcada vez mais marcada pelo seu carter multidisciplinar,e vem determinada por uma dupla necessidade deprognosticar o xito e prevenir possveis disfunes.

    (D) modelo de processo de seleo que classificava e des-cobria atributos desejveis em candidatos a pais adoti-vos atravs de entrevistas e baterias de testes vemsendo substitudo pelo modelo de preparao e educa-o que tem por base atividades que preparem os pre-tendentes adoo para seu papel de pais adotivos.

    (E) estgio de convivncia antecede a formalizaoda adoo e visa a oferecer a oportunidade para que oadotando e os pretendentes adoco fortaleam laosafetivos, com a assistncia da equipe tcnica.