PRP mira na Felicidade para mudar o BRASIL · Felicidade Interna Bruta como forma de revelar ao...

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Revista Republicana - N o 28 | Janeiro de 2016 Ano 6 - N o 28 - Janeiro de 2016 - Brasília (DF) - Distribuição gratuita R EPUBLICANA R EPUBLICANA Revista Revista www.prp.org.br Páginas de 3 a 12 PRP mira na Felicidade para mudar o BRASIL Rei do Butão, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, preserva no país o legado do pai Jigme Singye Wangchuck, criador do índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) PRP mira na Felicidade para mudar o BRASIL Páginas de 3 a 12

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

Ano 6 - No 28 - Janeiro de 2016 - Brasília (DF) - Distribuição gratuita RepublicanaRepublicana

RevistaRevista

www.prp.org.br

Páginas de 3 a 12

PRP mira na Felicidade

para mudar o BRASIL

Rei do Butão, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, preserva

no país o legado do pai Jigme Singye Wangchuck,

criador do índice de Felicidade Interna Bruta (FIB)

PRP mira na Felicidade

para mudar o BRASIL

Páginas de 3 a 12

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EXPEDIENTE

A Revista Republicana é de propriedade da Fundação Dirceu Gonçalves Resende, órgão de educação e doutrina do Partido Republicano Progressista (PRP).

Conselho Diretor da Fundação DGRPresidente: Ovasco Altimari ResendeVice-presidente: Oswaldo Souza OliveiraDiretor Administrativo-financeiro: Mar-lene Machado Cherulli

Conselho Curador da Fundação DGRPresidente: José Roberto RamiresVice-presidente: Mirley Altimari ResendeSecretário: André Luiz Alves

Membros do Conselho CuradorJosé Roberto RamiresMirley Altimari ResendeMargareth D´Arc Altimari Resende de MattisKátia Emília Altimari ResendeOvasco Roma Altimari ResendeDervina Cumba RamiresMarlene Machado Cherulli Carla Machado Cherulli ResendeJosé Roberto Ramires JuniorLeandro Henrique BerselineLuzia Meires Altimari MacrianiAndré Luiz AlvesRosangela Cristina Ramires da SilvaAntonio Nassif MaklufOswaldo Souza OliveiraRoberto BerselineRonaldo Martins Araújo Fernanda Cristina CaprioAdemir de Mattis Junior

Sede: Rua Santo André, 534, Jardim Eu-ropa, São José do Rio Preto – SPTel.: (17) 3224-2468

Escritório de Brasília (DF): Sig Sul - Qd. 1 - Lotes 495, 505, 515 - sala 124; Ed. Barão do Rio Branco | CEP: 70610-410Tel.: (61) 3326-0052

Jornalistas Responsáveis: Rita Fernandjes e Marival [email protected] | [email protected]

Colaboração: José Roberto Ramires Foto de Capa: Paula Bronstein, Getty Ima-ges AsiaPac

Impressão: Editora J.G. Rio PretoTiragem: 10 mil exemplares

02| SAIU NA REDE

CARTA DO LEITOR

PALAVRA DO PRESIDENTE |03

Agradecimento

Agradeço o envio do Exemplar da Revista Republicana, referente à edição de novembro de 2015. Aproveito para apresentar os melhores cumprimentos e desejar um ótimo ano a todos!

Com carinho, Célia Leão Deputada estadual (PSDB/SP)

A seção Carta do Leitor recebe opiniões e mensagens pelo e-mail [email protected]

Sabedoria

A Revisita Republicana me trouxe uma das reflexões mais sábias da política da atualidade. Essas letras se encontram no artigo escrito por Lelé Arantes, res-peitado jornalista e historiador de São José do Rio Preto. Seu título. “Pedido de impeachment virou carne de vaca” já mostra o quanto nossa política esta falida. Brincam com o povo, que perde o emprego e passa fome. Desrespeita o idoso, que não consegue pagar seus medicamentos para poder ter uma vida com o mínimo de saúde, debocham o ser humano que tem necessidades especiais. Se 50 dos 51 pedidos de im-pedimentos fossem aceitos, estaríamos vivendo uma Biafra.

De outra banda quero cumpri-mentar o PRP que se uniu ao PSDB no Município de São Bernardo do Campo.

Wilson FocassioPRP de S.José do Rio Preto/SP

Agradecimento

Filiado que estou com muita honra ao PRP, ao mesmo tempo em que os parabenizo pela Revista Re-publicana, quero desejar um fabuloso 2016 a todos os que a constroem.

Ao parabenizar Rita Fernandjes e Lelé Arantes, saúdo todos os que participam de sua confecção com con-teúdo da mais excelente qualidade.

Ao amigo Ovasco, nosso presi-dente Nacional, nosso muito obrigado pela Revista Republicana.

Sidney CintiEx-prefeito de Araçatuba

Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

Executiva Nacional orienta dirigentes e filiados sobre a

Felicidade Interna Bruta (FIB) e Economia da Felicidade

PRP disponibiliza Plano de Metas e conceitos de Felicidade para os

programas de governo de seus candidatos a prefeito em todo

o Brasil. A proposta prevê programas

unificados pela doutrina político-partidária

para diferenciar os candidatos e criar um

projeto para o País

D. Pedro I, em obra de Simplício Rodrigues de Sá, em 1830. O príncipe

disse “se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”

Altíssima relevância

Senhor Presidente,Cumprimentando-o cordialmente

venho, por meio deste, agradecer pelo envio da Revista Republicana à este par-lamentar, no tempo que expresso toda a minha admiração por esta excelente publicação que traz informações de al-tíssima relevância social.

Elevo ainda protestos de estima e apreço e me coloco à disposição des-ta importante agremiação.

Paz e bem! Padre InaldoDeputado Estadual (PCdoB/SE)

Aliança

Senhor Editor,Agradeço a remessa dos exem-

plares da Revista Republicana, Ano 5, números 26 e 27, novembro e dezem-bro de 2015, felicito-lhe pela quali-dade da publicação.

Cordialmente,Domingos MeirellesPresidente da Associação Bra-

sileira de Imprensa (ABI)

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Ovasco ResendeLelé Arantes

Parece estranho um par-tido político definir como bandeira a Felicidade do Povo ou propor a Economia

da Felicidade como forma de administrar uma cidade, um Estado ou um país. Pode inclusive parecer demagogia ou fantasia. Ou, então, parecer uma utopia.

Neste ano, comemoram-se os 500 anos do lançamento do livro “Utopia”, do grande humanista católico Thomas Morus – agora canonizado e consi-derado, no ano 2000, pelo papa João Paulo II, o santo protetor e patrono dos políticos e dos governantes. Melhor, dos bons políticos e dos bons governantes.

A utopia está presente na cabeça de todos os que lidam com a política de maneira séria e devotada ao bem-estar da coletividade. É realmente uma uto-pia sonhar com governos cem por cento dedicados às causas populares. As elites (não importa quais, nem de onde) es-tão sempre presentes usando a mão do gato para espicaçar seus adversários e fazer a manutenção do seu status quo. Aliás, a utopia é a condição sine qua non para qualquer ideologia política.

Entretanto, acreditamos que a “felicidade geral da nação”, como so-nhou o príncipe D. Pedro, no famoso Dia do Fico, deve ser o sonho de qualquer nação e qualquer povo. Ninguém sai de casa para votar esperando que o go-vernante seja ruim, seja despótico, seja corrupto e corruptor, ou seja maculado pela roubalheira e pela intolerância. Dessa forma, todo cidadão é utópico quando chega diante das urnas.

Ao atingir 500 anos, a obra de Thomas Morus ainda é uma pulga no cérebro dos pensadores. É notável ob-servar que há cinco séculos esse grande humanista, anterior a Karl Marx e aos socialistas utópicos, tenha feito essa observação do mundo ao seu redor: “Os ricos diminuem cada dia alguma coisa no salário dos pobres: por meio de manobras fraudulentas. Recompen-sar tão mal aqueles que mais merecem, parece uma evidente injustiça, mas os ricos fazem desta monstruosidade um direito, sancionando-o em leis”.

A utopia do PRP, está calcada nos ensinamentos de Morus, de Jeremy Bentham e John Stuart Mill, defensores do Utilitarismo, deixando claro que nossa proposta une pontos essenciais do Socialismo em defesa da população de forma universal, e a garantia da liberdade de iniciativa, de negociações econômicas e trabalhistas e da não in-tervenção do Estado nos setores não essenciais para a garantia da vida. Acreditamos, como Peter Singer, que é necessária uma política mundial de so-corro às vítimas da fome no mundo, a começar na casa ao lado da nossa.

O PRP adota como ponto de partida para a Economia da Felicidade o modelo da Felicidade Interna Bruta (FIB) desenvolvido pelo rei Jigme, do Butão, como resposta ao PIB (Produto Interno Bruto) que mede a produção mas não o grau de satisfação de vida de

uma nação. O rei Jigme Singye Wang-chuck tinha 17 anos quando assumiu o trono do Butão e organizou o índice da Felicidade Interna Bruta como forma de revelar ao mundo que a felicidade do povo não depende exclusivamente dos índices do PIB.

Felicidade e o PRPO assunto ganhou proporções

internacionais e em 2012, a convite do governo butanês, a Organização das Nações Unidas (ONU) sediou um encon-tro de 600 pessoas de todo o mundo para discutir a FIB, na chamada Confe-rência da Felicidade. Nesta época, a ONU convidou a Universidade de Co-lumbia para fazer o levantamento da FIB nos países. O resultado foi publicado pelo Earth Institute (Instituto da Terra) e revelou que os países onde a população era mais feliz eram a Dinamarca, Norue-

ga, Finlândia e Holanda.Em 9 de março de 2013, o PRP

realizou em Brasília, no Memorial Dar-cy Ribeiro, um encontro nacional de dirigentes, deputados, prefeitos, vere-adores e filiados tendo como premissa a FIB, em conferência ministrada pelo Dr. Ururahy Barroso, presidente da Aca-demia da Felicidade. Apesar da recusa do Instituto Visão do Futuro [credenci-ado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)] de dialogar com partidos políticos sobre o assunto, o PRP entende que a apresen-tação dos conceitos da FIB está devagar e que a ajuda dos partidos seria im-portante para disseminar a adoção do índice nos municípios brasileiros. Afinal, ninguém se elege para cargos políticos sem partidos.

Nós entendemos que o caminho mais rápido e viável são os partidos, a

partir do momento que levam para os programas de governo de seus candi-datos a aplicação da FIB em suas admi-nistrações. Não se pode negar que em alguns lugares a FIB vem se tornando um negócio lucrativo para palestrantes e consultores para que os índices da FIB sejam implementados em empre-sas. Nada contra, mas entendemos que quanto mais popularizada for a FIB mas a população terá condições de cobrar de seus administradores a sua aplicação, uma vez que a FIB é de interesse social, coletivo e global.

Felicidade e FIBO que é a FIB, afinal? É na verdade

um índice desenvolvido pelas autori-dades butanesas que tenta, de forma holística, medir o grau de felicidade do povo levando em conta a integração dos desenvolvimentos material, espiritual, cultural, educacional, ambiental e claro, o seu padrão de vida. A FIB se contrapõe ao PIB, que mede em números a riqueza de uma nação. Em outras palavras, o PIB “distribui” por cabeça (per capita) a riqueza geral do país. O PIB foi desen-volvido no início dos anos de 1930 pelo economista bielorrusso Simon Kuznets que, em 1971, ganhou o Prêmio Nobel de Economia.

Um exemplo bem simples: um país tem 100 habitantes e teve uma renda de 100 mil reais; em tese, divide-se 100 mil por 100 e teremos uma renda per capita de R$ 1.000,00 (mil reais cada um). Entretanto, esse número não é ver-

Taxativamente devemos dizer

que não existe o Livre Mercado: o que existe é o

domínio financeiro das grandes corporações

controladas pelo Capitalismo

Internacional

O Plano de Metas é uma referência

que será organizada

juntamente com os candidatos a vereador, os

dirigentes e filiados e a população

da cidade

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Foto extraída do site unipage.net

A capital da Dinamarca, Copenhague: os dinamarqueses são o povo mais feliz do mundo, segundo

os índices da FIB

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dadeiro, pois sempre há alguém que fica com a maior parte desse montante. Atu-almente, no mundo, 1% da população fica com mais da metade da riqueza do planeta. Ou, como disse o próprio Simon Kuznets, em 1932: “a riqueza de uma nação dificilmente pode ser aferida pela medida da riqueza nacional”. O conceito PIB recebeu logo depois uma moderni-zação aplicada por outro economista e também ganhador do Nobel de Econo-mia, o britânico Richard Stone.

Pelos cálculos do PIB, cada bra-sileiro é responsável pela produção de R$ 15.205,00 por ano no conjunto da renda nacional, em torno de R$ 2,9 tri-lhões. Ou seja, a renda per capita de um brasileiro seria de R$ 1.267,00 por mês. Empiricamente sim; materialmente, não. E quem não produz nada? Produzir sim, mas, e receber? Qual é a parcela da população que não recebe essa quantia mensalmente? Quem é que fica com a parcela das crianças de 0 a 16 anos e

com a parcela dos aposentados que, em tese, não mais estariam produzindo?

O Brasil é um dos países com a pior distribuição de renda do mundo. O Coeficiente de Gini, um dos métodos de medição da distribuição de renda, colo-ca o Brasil entre o piores do planeta.

Para piorar a situação, relatório da Oxfam International, organização não-governamental britânica voltada ao combate à pobreza no mundo apontou, em janeiro de 2015 - há um ano -, que em 2016, o grupo com 1% das pessoas mais ricas do planeta vai superar as pos-ses dos 99% mais pobres. A diretora-ge-ral da Oxfam, Winnie Byanyima, nascida na Uganda, disse que “a amplitude das desigualdades mundiais é vertiginosa; o fosso entre as grandes fortunas e o resto da população aumenta rapidamente”. O Brasil não foge dessa regra. Aqui, apenas 71 mil brasileiros detém nada menos que 22% de toda a riqueza nacional.

A grande preocupação da FIB é

saber qual o grau de satisfação de um povo com a sua vida, com o seu cotidi-ano. Pelos números, percebe-se que nem sempre a medida do PIB é a mesma da FIB. Dos dez países com o maior PIB do mundo, apenas quatro estão entre os 25 com as populações mais felizes: Estados Unidos, Reino Unido, França e Brasil; e nenhum deles entre os dez mais felizes. Os demais 21 países não aparecem no ranking da felicidade.

Felicidade e o BrasilAplicar a FIB no Brasil pode não

ser a solução para a distribuição da renda, mas pode ser um caminho para medirmos o grau de satisfação do nosso povo e verificar onde os administra-dores (federais, estaduais e municipais) devem investir o dinheiro público, ori-undo dos impostos que todos nós paga-mos. A melhor época para a propagação da FIB é esta: a pré-eleitoral. Agora os candidatos escreverão seus planos de

governo (é obrigatório) e a FIB pode ser uma boa orientadora para os estu-diosos, para a implantação de uma Eco-nomia da Felicidade.

A direção nacional do PRP está recomendando aos presidentes regio-nais que reúnam seus candidatos a pre-feitos para que tomem conhecimento das determinações definidas para as eleições de 2016. Todos devem co-nhecer o Plano de Meta que o partido organizou para que, em cima desses dados, que contemplam na verdade toda a dinâmica de uma administração pública, possa desenvolver o seu Pro-grama de Governo, tendo como base a implantação da Economia da Felicidade.

A direção nacional do PRP pre-ocupa-se com a qualidade dos seus candidatos e coloca à disposição um trabalho político para fortalecer as can-didaturas, oferecendo subsídios para a campanha. O Plano de Metas é uma referência que será organizada junta-mente com os candidatos a vereador, os dirigentes e filiados e a população da cidade. Por meio do Plano de Metas nossos candidatos saberão exatamente o que a cidade e o cidadão estão pre-cisando para viver numa espaço urbano melhor e mais feliz.

Os índices da FIB são outras fer-ramentas que ajudarão os nossos can-didatos a estabelecer sua plataforma administrativa e, depois, claro, assinar convênio para a implantação da FIB no município. Os nove conceitos da FIB, distribuídos em 33 indicadores, abrangem quase que a totalidade de uma administração pública.

Felicidade e FuturoTodos os candidatos, dos mais de

cinco mil municípios brasileiros, prome-terão melhorar a saúde. Mas nenhum, com certeza, apresentará um programa dizendo de onde vem o dinheiro e como ele será aplicado; muito menos com base numa Economia da Felicidade, ouvindo a população para saber o que ela quer e como quer e assumindo compromisso de monitoramento do serviço mês a mês. Muitas teorias atrapalham mais do que ajudam no campo da saúde, enquanto soluções baratas e caseiras podem ser apresentadas pela própria população, assim como os funcionários da saúde e

os médicos quase nunca são chamados a opinar sobre os serviços.

É preciso que os municípios in-vistam em prevenção de doenças e isso poderá ser feito em conjunto com a comunidade. A maioria dos municípios brasileiros tem menos de 25 mil habi-tantes, o que permite um dimensiona-mento importante para a aplicação de novos conceitos.

O PRP parte do pressuposto de que nosso modelo de civilização está em acelerada transformação, acre-ditando que o século 22 será imensa-mente diferente desse início de século 21. Preparar o Brasil para os próximos 20 anos será uma tarefa hercúlea; pre-

parar o Brasil para o século 22 é algo impensável no momento atual, por não termos nenhum indicador de como será essa nova sociedade. Entretanto, é obri-gação pensarmos nisso. A Economia da Felicidade é a abertura de uma pequena fresta de como será este novo mundo daqui a 85 anos. A isso damos o nome de Utopia.

Neste novo quadro utópico de-senha-se a necessidade de se erguer obstáculos à chamada Economia de Livre Mercado. Taxativamente devemos dizer que não existe o Livre Mercado: o que existe é o domínio financeiro das grandes corporações controladas pelo Capitalismo Internacional que tudo mensura a partir de lucros exorbitantes para aumentar a riqueza de meia dúzia de grandes capitalistas sem rosto – e sem alma. São o que podemos chamar de devoradores de PIB e de FIB. Eles fi-cam com a riqueza do mundo enquan-to destroem a felicidade, os sonhos e vidas por meio da pobreza, da fome e das doenças provocadas pela misera-bilidade, pela ignorância e pela apatia causada pela alimentação escassa.

Felicidade e SaúdeFaz parte das metas do PRP não

deixar que um direito conquistado, como o acesso livre e grátis à Saúde, preconizado na Constituição Federal e

Foto extraída do site bbs.voc.com.cn

O rei do Butão, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, em meio a população. Ele é o filho mais velho do anterior rei butanês Jigme Singye Wangchuck, que assumiu o trono em 1972 e criou o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) para medir a satisfação e o grau de felicidade do povo

O economista Simon Kuznets,

criador do índice Produto Interno Bruto (PIB), que mede a riqueza das nações por sua produção

Foto extraída do site standard.co.uk / AFP / Getty Images)

Ninguém sai de casa para votar esperando que

o governante seja ruim, despótico, seja corrupto e

corruptor, ou seja maculado pela

roubalheira

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implementado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), se torne uma mercado-ria a ser comprada de forma individual por meio de planos privados de saúde. A privatização da saúde e o fim do SUS são um sonho dos mercadores da doen-ça. Se o SUS vai mal, quem lucra são os planos de saúde e os hospitais priva-dos. Existem muitos interessados em detonar o SUS para provar que a saúde pública não presta.

Com a aplicação da FIB é pos-sível implementar a autogestão da saúde individual e comunitária. As pes-soas poderão receber ensinamentos e conhecimento para cuidar da própria saúde, eliminando a dependência de es-pecialistas, de hospitais e das empresas farmacêuticas. A Medicina Integrativa, que atua de forma preventiva, pode ser levada de casa em casa, com ênfase nos remédios fitoterápicos, medicamentos naturais, alimentação adequada e in-centivos para exercícios físicos.

Os métodos da FIB permitirá aos governantes identificar as carências da população em relação aos serviços de saúde, à sua qualidade, ao seu caráter social ou privado, ao conhecimento so-bre como manter e preservar a própria saúde, curar as doenças. A FIB pode ser usada para guiar o planejamento da política pública de saúde, orientando os investimentos para eliminar as carências, tornando a saúde um fator de Felicidade para as pessoas. A missão é simples: tra-balhar juntos, governo e comunidade.

Felicidade e EducaçãoA Educação é outro tema muito

batido pelos candidatos e que quase nunca apresentam resultados concre-tos. Um quarto da renda dos municípios é obrigatoriamente investido na Edu-cação e, no entanto, este é o setor que Brasil vem sofrendo há 50 anos uma paulatina desqualificação, ao ponto de, no Estado mais rico da nação, São Paulo, termos alunos no Ensino Fun-damental incapazes de escrever e de compreender uma sentença. Nosso modelo de Educação, desconectado da realidade, está matando nossas gali-nhas de ovos de ouro: a nossa juven-tude, que está sendo criminosamente “emburrecida” em nome de índices es-colares internacionais.

A FIB permite uma abrangência para melhorar a qualidade e o alcance da educação, porque envolve professores, famílias e alunos. Como qualidade, en-tende-se uma educação que capacite os alunos para o trabalho produtivo e cria-tivo de bens e de saber, e que promova o seu auto-empoderamento para gerar cidadania, autonomia, cooperação, soli-dariedade e convívio social.

Envolver toda a população, desde crianças, jovens, adultos e idosos, nos processos educativos permanentes, permitindo-lhes continuado empodera-mento e não “progressão continuada” - como querem os governos estaduais - para cuidar com eficiência do seu próprio desenvolvimento, enquanto ci-dadãos em busca do pleno desenvolvi-mento de seus potenciais humanos. Este é o objetivo da FIB, para que os municípios tenham uma educação inte-gral e não educação em tempo integral. Fala-se em “educação integral” mas a maioria das escolas de educação infan-til (que substituem as creches) fecham suas portas nos períodos de férias, pre-judicando mães e crianças.

Para isso, a FIB permite a for-mação de um corpo docente dirigido para uma educação libertadora. A FIB, por ter um caráter holístico e atuar em todas as esferas do conhecimento, propõe, inclusive, boa remuneração dos professores e demais funcionários da educação. Com bom salário, a edu-cação contará com bons e dedicados professores, dispostos a reciclar seus conhecimentos. As escolas, preparadas

para todas as atividades educativas, como estudo, pesquisa, leitura, diálogos e debates, permitirão o surgimento de novos conceitos como as artes, a comu-nicação, o aprendizado da autogestão da própria saúde, alimentação e as con-dições para a Felicidade.

Felicidade e GovernançaSaúde e Educação de qualidade

já seriam dois grandes pilares para a construção de uma nova sociedade, mas a FIB vai além. Ela atua também na implementação do que se conven-ciona chamar de Boa Governança. Isto é, na verdade, uma boa adminis-tração municipal.

Sabemos que a grande maioria dos prefeitos eleitos não tem o mínimo conhecimento de gestão pública; nem mesmo de gestão privada. Sãos homens do povo, que se candidatam e depois recebem uma máquina administrativa que depende do seu conhecimento para funcionar. Ou emperrar.

O PRP defende a adoção de um Curso Intensivo de Gestão Pública a ser ministrado pelos TREs como condição obrigatória para o cidadão ser candida-to a prefeito. Essa qualificação mínima já permitiria ao Brasil subir um degrau no nível administrativo. Mas, enquan-to isso não acontece, a FIB é uma ex-celente ferramenta, pois leva o prefeito a assumir compromissos com os índices pré-definidos para sua administração, atrelados ao Plano de Metas elaborado pelos técnicos do PRP.

O objetivo na FIB na questão da Boa Governança é garantir à cidade uma boa gestão do poder econômico e político, assegurando que a socie-dade crie e preserve as condições ma-teriais, sociais, culturais e ecológicas de viver em harmonia, alegria, paz e felicidade. A governança tem a ver com gestão de pessoas, de institui-ções, de territórios e de recursos. Em outras palavras, a Boa Governança é a sedimentação da democracia.

Pode-se dizer que uma das bases da aplicação da FIB é combinar de forma harmônica e criativa o sistema repre-sentativo com o participativo: a autori-dade dos governos com a autonomia e a autogestão da sociedade. A ideia é misturar a democracia representativa

e a democracia direta, levando a popu-lação a participar ativamente da admin-istração pública, ajudando o prefeito e sua equipe a encontrar as melhores soluções para os problemas da cidade.

Para que isso aconteça, é pre-ciso que autoridade e liderança se juntem para que haja uma partilha do poder de decisões e de gestão da economia e do desenvolvimento. Claro que isso é um pressuposto ini-cial para a redefinição do papel do Estado e da relação estado, economia social e economia privada e o povo, levando-se em conta que o modelo de governança nas repúblicas oci-dentais é partilhada por três poderes autônomos (pelo menos em teoria), independentes e complementares: Executivo, Legislativo e Judiciário. Isto vale para o distrito de paz, para o município, a comarca, o Estado e o País. Seria uma nova conceituação de administração, cujos esforços esta-riam todos voltados para o bem-estar da vida no município – não o bem-es-tar do Homem e sim da Vida, de todos os seres vivos.

Felicidade e Padrão de VidaPor meio da Boa Governança,

com Saúde e Educação devidamente equilibradas e os cidadãos empodera-dos em direitos e deveres de cidadania plena, a sociedade automaticamente criará um melhor Padrão de Vida para todos, impactando diretamente nas ne-cessidades materiais, na economia real e no modo de vida. Um Padrão de Vida digno é aquele que permite a todos e

cada um ter suas necessidades básicas satisfeitas, permeados pela Economia da Felicidade. O índice FIB identifica a proporção de Padrão de Vida digno que a sociedade poderá alcançar para que toda a população possa eliminar suas carências por meio de políticas públicas e de atividades produtiva e distributiva, num esforço comum entre governo e sociedade.

A implantação da FIB permitirá a elaboração de um plano de desenvolvi-mento socioeconômico que respeite os limites da natureza e da solidariedade entre as gerações, numa integração en-tre a chamada Economia do Suficiente e a Economia da Abundância de forma a propiciar a Economia da Felicidade. Essa junção de economias favorecerá o com-partilhamento dos saberes e das rique-zas imateriais, aquilo que não se pode mensurar em questão financeira: co-nhecimento, sociabilidade, comunicação, arte como beleza, ética, afeto, amor.

Estudiosos asseguram que os índices da FIB permitem ao prefeito definir efetivamente a economia para a satisfação dos direitos das pessoas,

Vitória-régia é uma das espécies mais populares da Amazônia, onde vive uma em cada 10 espécies botânicas, diz a World Wide Fund for Nature

Foto extraída do site http://mulataria.com (atual www.tantasmarias.com)

A privatização da saúde e o fim do

SUS são um sonho dos mercadores da doença. Se o

SUS vai mal, quem lucra são os

planos de saúde e os hospitais

privados

O PRP defende um curso intensivo de gestão pública a

ser ministrado pelos TREs

como condição obrigatória para os candidatos

a prefeito

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como o direito à vida, ao trabalho, à ali-mentação saudável, à saúde, à educação, à habitação, à segurança e a um ambi-ente limpo e são. Não há dúvida de que todos estes direitos constituem diversas formas de riqueza. Afinal, felicidade e riqueza materiais não são sinônimos.

A proposta da FIB – assim como a proposta do PRP - é reorientar as ativi-dades econômicas para a satisfação das reais necessidades da comunidade, da família e da pessoa que compõe a socie-dade. Para isso, é preciso mudar concei-tos e leis, de modo a garantir um novo modo de relação social de produção, distribuição e consumo, a saber: esta-belecer que o trabalho, a terra e o di-nheiro não são mercadorias, mas serão empregados como fontes geradoras de riqueza social e valorizados pelo seu uso, conforme a Revolução Noética que se aproxima, com a mudança radical do nosso modelo de civilização que já está em andamento.

Felicidade e FinançasEnquanto a sociedade não atinge

um patamar para criar a Alocação Uni-versal (isto é, a garantia do mínimo para a sobrevivência de cada cidadão) é pre-ciso criar formas inovadoras de remu-neração do trabalhador e meios legais e honestos de garantir a distribuição equitativa dos ganhos da produtividade do trabalho. Somente assim, as pessoas terão tempo livre para desenvolver as suas dimensões humanas essenciais, in-vestindo em seu enriquecimento social, cultural e espiritual.

Essa riqueza unipessoal deve proporcionar a cooperação como modo de relação, diminuindo a competição (incentivada pelo modelo de consumo instituído pelo capitalismo atual) e propiciando o surgimento de uma nova modalidade de atividades econômicas e sociais, orientando os indivíduos para a realização plena como ser humano, que vai além dos fatores econômico e finan-ceiro, permitindo a busca de um padrão de vida digno para toda a população, componentes de um índice de Felici-dade sempre maior.

Precisamos de uma reeducação financeira. Ninguém consegue viver com cobradores ligando a todo mo-mento na casa de uma pessoa com

ameaças de cobranças judiciais. Insti-tuições financeiras, crediários, lojas e indústrias automobilísticas oferecem créditos e financiamentos a perder de vista, comprometendo as finanças fa-miliares. Bancos especializaram-se em “empréstimos consignados”, cujo pa-gamento é descontado na folha do fun-cionário ou do aposentado/pensionista como se fizesse um favor ao pegador do empréstimo, enquanto na verdade, o que o banco vende é juros e correção monetária, porque o dinheiro lhe está garantido na fonte, assim como o des-conto do Imposto de Renda. Ninguém é feliz atolado em dívidas. A FIB tem a missão de investigar o papel do dinheiro na vida das pessoas, e como sua carên-cia e o endividamento afetam o padrão e a qualidade de vida das pessoas.

Felicidade e TempoGerenciar o tempo é uma tare-

fa cada vez mais difícil na sociedade atual. A FIB lida diretamente com essa carência, inserindo nas administrações a responsabilidade por essa conquista: equilibrar cada vez o tempo do trabalho e o tempo do lazer. As cidades, como espaço onde vivem e florescem as famí-lias, devem ser transformadas num ter-ritório de sociabilidade, num lugar em que seja bom para morar, para trabalhar e para se divertir, isto é, onde as pessoas possam exercer suas potencialidades de maneira plena e satisfatória.

A grande reclamação da socie-dade atual é a falta de tempo para fazer o que se gosta na vida, como usufruir de um hobby, ler um livro, passear num parque ou ir ao shopping para sim-plesmente fazer nada ou ir às compras

conscientemente. O modelo civiliza-cional em que estamos mergulhados é o domínio da pressa, o uso comercial do tempo livre e a eterna sensação de que o dia encurtou. A falta de tempo provoca a deterioração dos laços sociais e atinge diretamente a relação familiar, con-tribuindo para baixar cada vez mais os níveis de felicidade e de contentamento.

Felicidade e ComunidadeA FIB, atrelada à Economia da Fe-

licidade, funciona como uma locomo-tiva puxando seus vagões de forma harmoniosa. Com sua vida social e econômica definida, respaldada na boa saúde e na educação dos filhos, a famí-lia reúne condições de dedicar parte do seu tempo para a comunidade.

Essa disponibilidade refletirá nos trabalhos voluntários e nos cuida-dos com o espaço geográfico em que a família estará vivendo, levando sempre em conta o ser humano e a vida em ge-ral. Isto é, o surgimento de um ser social que se identificará na comunicação e nos objetivos sociais e coletivos, esta-belecendo mais uma pilar vigoroso da FIB: a Vitalidade Comunitária, facilitan-do a formulação de políticas que propi-ciem as condições materiais e sociais para a convivência interpessoal.

Felicidade e Bem-Estar PsicológicoO desenvolvimento dos índices

da FIB de forma gradual e paulatina, administrada e gerenciada como forma de governo, levará ao domínio do bem estar psicológico de todos. Isso, ao abranger o contentamento, a satisfa-ção com todos os elementos da vida e a saúde mental permitirá atingir a meta principal de uma sociedade baseada na FIB e nos conceitos da Economia da Feli-cidade: a Felicidade Coletiva.

O bem estar psicológico, elevado pelas concepções da FIB, refletirá dire-tamente na diminuição do nível de es-tresse da sociedade, podendo, como consequência diminuir os números atual-mente crescentes da criminalidade, do uso de drogas e da virulência verificada no trânsito. Com o equilíbrio psicológico as pessoas poderão se dedicar mais às atividades espirituais, aproveitando me-lhor o que a vida oferece de bom, com

aumento considerável da prevalência de taxas de emoções tanto.

Felicidade e CulturaClaro que para isso é preciso ado-

tar mais um conceito fibiano: a Diver-sidade e Resiliência Cultural por meio da manutenção das nossas tradições culturais. Poucos países do mundo con-tam com uma diversidade cultural tão variada como a do Brasil. Não se pode esquecer nem prescindir dessa riqueza, nem do valor das tradições na formação da identidade brasileira.

Precisamos levar em conta essa diversidade, assim como a participação religiosa, os costumes regionais e as

tradições culturais que são próprias de cer-tos rincões do País e que formatam com singeleza o nosso folclore e as manifes-tações artísticas. São valores imensuráveis que precisamos preservar e incentivar, como, por exemplo, levar investimentos para o fortalecimento do nosso idioma e suas variedades regionais.

Felicidade e AmbienteNa esteira dessa grandeza propor-

cionada pela FIB e pela Economia da Felicidade será possível um grande cha-mamento nacional em defesa da biodi-versidade, com amplas ações pela pro-teção dos ecossistemas e dos biomas, lembrando que o Brasil está dividido

por seis grandes e riquíssimos biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal. Cada um desses biomas e seus diversos ecossis-temas exigem dos brasileiros respostas diferentes de gestões, o que implica em alta capacidade de resiliência ecológica.

Não podemos esquecer que o país conta com cerca de 9 mil quilôme-tros de litoral e que grandes cidades es-tão espalhadas neste imenso território litorâneo. A maioria delas despejam es-goto in natura no mar. Esse esgoto sem tratamento polui nossas praias, impede o turismo e provoca doenças.

O PRP defende um pacto nacio-nal entre União, Estados e Municípios para que todas as cidades litorâneas do Brasil tenham seus esgotos tratados antes de chegar ao mar; assim como to-das as cidades que poluem nascentes, córregos, rios e demais mananciais. É uma vergonha para o Brasil (que se gaba de ser a sexta maior economia do mundo) não ter dinheiro para tratar seu lixo e seu esgoto, permitindo que a maioria da riqueza do País, que é sua natureza, seja conspurcada pela sujeira produzida pelos humanos.

Não adianta investir em saúde, educação e infraestrutura se não investirmos na despoluição das ci-dades, rios, mananciais e litoral. As doenças tropicais e endêmicas con-tinuarão surgindo e produzindo gastos desnecessários. É preciso aliar Medici-na Integrativa/Preventiva com investi-mentos em infraestrutura, despoluição, recuperação dos ecossistemas, saúde e educação para que tenhamos o equilí-

Ninguém é feliz atolado em

dívidas. A FIB tem a missão de investigar o

papel do dinheiro na vida das

pessoas

A proposta da FIB é reorganizar

as atividades econômicas para a satisfação das

reais necessidades da comunidade, da família e da

sociedade

Pintura de Thomas Morus (ou Thomas More), autor do livro “Utopia”, canonizado pelo papa João Paulo II como o santo protetor dos políticos e dos governantes

Foto extraída do site www.fansshare.com

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

brio necessário para formar cidadãos responsáveis e comprometidos com a família, com a coletividade, com a sua cidade, com a sua rua.

Felicidade e NecessidadeÉ interessante notar que a união

dos nove conceitos da FIB e seus indi-cadores conduzem os povos para o de-senvolvimento holístico de forma natu-ral. Países constantemente ameaçados por guerras, por ataques terroristas e dominados por governos e políticas be-licistas, como Israel, por exemplo, tem um povo feliz. Israel é o 14o país na lista dos 25 mais felizes; assim como a Vene-zuela, que há duas décadas sofre com graves problemas políticos internos, que está em 19o lugar, muito à frente do Brasil e à frente de Islândia (minúsculo país europeu), Panamá, Espanha, Fran-ça e México.

Sabemos que o Brasil tem con-dições de assumir um posto entre os 10 países mais felizes do mundo. Por nosso povo, cuja alegria é natural e es-pontânea, e pela enorme capacidade do brasileiro de se reinventar. Precisa-mos apenas de governos responsáveis e comprometidos com o bem-estar do nosso povo.

Precisamos de um governo que impeça a presença predatória dos grandes laboratórios internacionais que vendem remédios proibidos aos nossos doentes (e de médicos patriotas que se recusem a receitar remédios proscritos nos Estados Unidos e na Europa). Pre-cisamos de uma política para a indústria automobilística que cobre das empre-sas e dos proprietários de automóveis os estragos que seus produtos fazem à natureza, à vida e aos seres humanos. Precisamos de deputados e senadores que olhem para o nosso povo com senso de paternidade, limpando o Bra-sil das mazelas que apodrecem nossa juventude e estuporam nossos idosos. Precisamos de uma reforma fiscal, tributária e bancária que retire das cos-tas do trabalhador brasileiro (emprega-dos e empregadores) este enorme peso representado pela incompetência e a ineficiência dos governos.

Felicidade e PlanetaNo Brasil, a FIB e a Economia da

Felicidade ainda não são uma realidade concreta. Atualmente, existem pesqui-sas experimentais, no Estado de São Paulo, mas os parâmetros ainda são pequenos, impedindo que os teóricos da Economia, da Política e dos Partidos vejam a contribuição da FIB como um grande projeto transformador da reali-dade social.

O que definirá a FIB e a Economia da Felicidade como um eficaz projeto de transformação social, educacional, cultural e comportamental será a im-plementação deste conhecimento, para que chegue a todos os segmentos da sociedade.

A FIB precisa sair da mão de meia dúzia de “entendidos” e ser dissemina-da nas escolas, nas faculdades, nos go-vernos, nas instituições do terceiro setor como algo viável e de fácil apli-cação. A FIB não pode mais ser meio de vida e de subsistência para meia dúzia de gurus naturebas.

Um Brasil feliz é muito mais que um governante cumprindo pautas e fazendo de conta que investe no seu povo. Um País feliz é muito mais que investimentos em PACs e IPI reduzido. Nosso grande desafio é inserir nos cos-tumes dos administradores brasileiros

a certeza de que a qualidade da vida humana depende da qualidade de sua administração. Um governante que des-via dinheiro da educação está tolhendo o futuro de milhares de pessoas; um governante que desvia ou gasta mal o dinheiro da saúde é responsável direta e indiretamente pela morte de milhares de pessoas inocentes que dependem do Estado (ou do município) para se curar.

Um funcionário público inefi-ciente e descompromissado com a sua coletividade, assim como o mau médico que pica cartão mas não atende o doen-te, são criminosos em potencial, pois re-cebem dinheiro público indevidamente e ocupam cargos que deveriam ser ocu-pados por pessoas comprometidas com a vida e com os seres humanos.

Diante desse quadro, podemos dizer que as pessoas que têm conheci-mento sobre a FIB e o que ela represen-ta para o futuro do planeta Terra e das administrações, têm o dever de disse-minar essa ideia gratuitamente, a todos e em todos os lugares. Essas pessoas, que cobram para falar sobre a FIB, que fazem da FIB meio de vida e de consul-torias pagas, são na verdade mercenári-os que impedem que o conhecimento chegue aos cidadãos de bem; são tão perniciosas para a humanidade quanto os maus políticos e os predadores do dinheiro público, porque quem paga a conta, lá na ponta, é o cidadão comum, é o homem e a mulher que trabalham, que pagam impostos e que sonham com uma vida digna para si, para sua família e para a sua coletividade.

A FIB é o nosso desafio, é mos-trar ao mundo que a “felicidade geral da nação” não é uma utopia e que ho-mens como Thomas Morus não viveram em vão e que homens como o rei Jigme, no seu pequeno país encravado nas montanhas geladas do Himalaia, po-dem contribuir para salvar um planeta da ganância e da predação financeira, apontando, pela ótica da democracia e das administrações que é possível pen-sarmos em autogestão pública e em de-senvolvimento individual, familiar e co-letivo para buscarmos as soluções para melhorar a qualidade da vida das comu-nidades, proteger os ecossistemas e os biomas, e enriquecer os municípios, os Estados, os países e o nosso planeta.

As pessoas que têm

conhecimento sobre a FIBe o que ela

representa para o futuro do planeta

Terra e das administrações, têm o dever de

disseminar essa ideia

gratuitamente

12| PALAVRA DO PRESIDENTE ARTIGO |13

Usando a Bíblia como referência, poderíamos dizer que o PRP é forma-do de 27 tribos, tendo o

Presidente Nacional na figura de Moisés,o condutor dos israelitas à Terra Pro-metida. Assim como podemos definir o Palácio do Planalto como a Canaã bíblica. Usando essa metáfora, os perrepistas são os israelitas vagando no deserto, pedindo passagem para chegar à Terra Prometida e para isso teremos que lu-tar contra reinos já estabelecidos (par-tidos políticos). Com alguns teremos que fazer alianças; outros teremos que enfrentá-los, destruí-los, vencê-los. São eles ou nós.

Não dá pra brincar de fazer de con-ta. Nós entramos pra valer ou seremos mortos, sepultados como foram os filhos de Coré (Num. cap. 16; ver. 32). Nós não somos bem-vistos nem benquistos pelos grandes partidos nem pela grande im-pressa. Nós, pequenos partidos, como o PRP, somos vistos como leprosos; somos motivos de riso e de raiva. Não se iludam, eles querem a nossa cabeça, querem nos queimar como erva daninha.

Os dirigentes dos pequenos par-tidos, quando aceitam alianças com os grandes, estão na verdade engordando porco gordo; estão fortalecendo o ini-migo que amanhã arrombará nossas portas e matará nossas famílias. Por isso, quando um dirigente regional perrepista pergunta: “será que vamos eleger cinco ou seis deputados federais em 2018?” eu sinto uma ponta de desesperança.

A exemplo de Jesus, o PRP como órgão físico e orgânico, precisa dizer com todas as letras: “quem não está comigo, está contra mim”.

Definir as estratégias e arregaçar as mangas para a luta. A eleição é uma guerra com mortos e feridos. O poder

não é de brincadeira. Assim como os isra-elitas enfrentaram inimigos poderosos, nós também temos pela frente batalhas difíceis. Precisamos lembrar que quem está no cargo não quer sair; quem está fora quer entrar. Pior, não existe cargo vago. Todos estão ocupados. A mis-são dos guerreiros do PRP é desinstalar quem está no cargo. Assumir e fazer um bom trabalho. Ocupar a terra prometida.

As perguntas são: estamos, nós perrepistas, preparados para o poder? Queremos o poder? Ou temos medo do poder? O poder não é para gente fraca. O poder não é para medrosos, covardes e insensatos. O poder exige valentia, sen-satez e competência. Onde estamos nós? Qual é o nosso quadrado? Em que cam-po queremos lutar? Temos generais para essa guerra? Para não morrer à mingua nos próximos cinco anos, o PRP precisa eleger um federal em cada Estado em 2018. Sem essa meta, estaremos mor-tos em 2020. Alcançando a meta, o PRP se posta entre os dez maiores partidos do Brasil e poderá formar uma bancada

lelé arantes, secretário-geral da Executiva Nacional do PRP

coesa e forte, propor leis essenciais para mudar este País para melhor; poderemos então, apresentar nossas ideias, propor ao Brasil nossa Economia da Felicidade.

Não podemos perder de vista que os grandes também caem. Davi derru-bou o gigante Golias; o pequeno Vietnã deu uma tunda nos Estados Unidos; e Fernando Collor de Mello, num pequeno partido sem nenhuma expressão, der-rotou os “paladinos da democracia”: Ulysses Guimarães, Leonel Brizola, Lula, Mário Covas, et caterva. Não quero aqui entrar no mérito do seu governo, apenas observar sua coragem de enfrentar os im-batíveis. São exemplos de luta. Lembrem-se: numa eleição “o cavalo pode voar”.

Enquanto todos os dirigentes re-gionais do PRP não tomarem consciência de que a sobrevivência repousa sobre os ombros de cada um de nós, o PRP crescerá a passos de caranguejo. Todavia, para que possamos continuar existindo, é preciso sacrifícios. Se todos quisermos, teremos a nossa bancada de 27 federais a partir de 2019.

As 27 tribos do PRP“Seus irmãos irão à guerra e vocês ficarão aqui parados?” – Resposta de Moisés aos filhos de Rúben e de Gade, que se recusavam a lutar e queriam ficar nas terras de Jazer e

Gileade. Números, cap. 32; ver. 6. Foto extraída do site http://www.haanesmenighet.no/

Moisés foi o condutor dos israelitas à Terra Prometida

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Lei 13.165/2015

Teto baseadoem 2012 (mesmo cargo e cidade)Prefeito/1 turno:

limite 70% maior que declarado em 2012

Vereador: limite 70% maior que

declarado em 2012

Descumprimento:multa de 100% do valor ultrapassado

Prefeito/2 turnos:acréscimo de 30% do

valor definido no 1o turno

Cidade até 10 mil habitantesPrefeito - limiteaté R$ 100 mil

Cidade até 10 mil habitantesVereador - limite

até R$ 10 mil

Confira tabela no site TSE

Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

Foto: Tchélo Figueiredo

ANO NOVO, NOVA ESPERANÇA

Ana Emília Iponema Brasil Sotero, presidente nacional do PRP Mulher

A vida se renova com o novo ano. Bendita foi a ideia de quem resolveu dividir o tempo em períodos de 12 meses, os quais denominam-se Ano.

O bom do Ano Novo é que, com ele, temos a opção da renovação

Arte sobre foto extraída do site http://w

ww

.narcononfreedomcenter.com

/

14| LEGISLAÇÃO ELEITORAL

A reforma política trouxe várias mudanças. Uma de suas inovações, con-tudo, merece análise

cuidadosa: o limite de gastos para cam-panhas. Nas eleições 2016, escolhe-remos vereadores e prefeitos em cerca de 5.570 municípios brasileiros. Dife-rentemente das eleições anteriores, haverá fiscalização do valor máximo dispendido pelos candidatos em cada campanha.

Segundo a nova regra, introduzi-da pela Lei 13.165/2015, que alterou diversos artigos do Código Eleitoral, da Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) e da Lei das Eleições (Lei 9.504/97), será fixado o teto de gastos dos can-didatos conforme o cargo disputado, em cada município. Este teto deverá se basear nas eleições anteriores para o mesmo cargo, no mesmo município, ou seja, eleições 2012.

Fernanda Caprio, advogada eleitoral do Diretório Nacional do PRP Foto: Pedro Machado

LImItE dE gAstOs PARA cAmPANhAS

ARTIGO |15

Um novo ano está começando. Não existe momento melhor para varrer da vida tudo aq-

uilo que não satisfaz e estabelecer no-vas metas. Permitir que os mais lindos sonhos brilhem à frente e partir para a realização de cada um deles.

A vida se renova com o novo ano. Bendita foi a ideia de quem resolveu dividir o tempo em períodos de 12 meses, os quais denominam-se ANO. Isso é maravilhoso, pois assim se pode planejar ações, projetar sonhos, gerar novas expectativas. Na tela da mente passa a retrospectiva do que fomos o que fizemos.

Conquistas, derrotas, planos fei-tos e desfeitos. E assim, independente do saldo, comemoramos. Se foi ruim, já passou! E se foi bom, nos alegramos com as lembranças! O bom do Novo Ano é que, com ele, também temos a opção da renovação!

Em 2016 temos fé e esperança em ver:

a) Diminuir a violência contra as mulheres, meninas, adolescentes e pes-soas idosas;

b) Presenciar a efetivação das mulheres no cenário político partidário,

que ainda é desafio, embora tenha-mos vivenciado o aumento da partici-pação feminina na política brasileira, uma causa defendida e incentivada pela Justiça Eleitoral, quando em março de 2014, o Tribunal Superior Eleitoral lançou, com o apoio do Congresso Na-cional, a campanha “Mulher na Política”. A campanha teve como principal ob-jetivo sensibilizar os partidos para a importância da valorização da questão da i g u a l -dade de g ê n e r o , prevista na legislação elei-toral, que determina a reserva de vagas de no mínimo 30% e no máximo 70% para cada gênero no que se refere às candi-daturas. Alguns pontos mostram que a mulher está conquistando o seu espaço no cenário político. Atualmente, o Brasil é chefiado

por uma mulher, a legislação incentiva a presença dela na política, a participação feminina cresce no âmbito do Judiciário e o eleitorado brasileiro é composto, em sua maioria, pelo gênero feminino (52,13%). No entanto, apesar de todos os avanços, um ranking divulgado no início do ano de 2015 apontou que de 188 nações, o Brasil é o 156º no que se refere à representação da mulher no Poder Legislativo;

c) Que os gestores e gestoras in-vistam em “gente” e não só em obras públicas;

d) Que a intolerância e a falta de amor entre as pessoas sejam banidas;

e) Que a presença de Deus seja sentida e vivenciada entre homens e mulheres e que tenhamos saúde e força para continuar lutando em defesa dos direitos humanos das mulheres deste imenso Brasil.

Tenhamos fé. Confiemos em nos-sa força interior. Essa convicção é incri-velmente poderosa e contagiante.

Viva 2016!

Assim, na eleição para prefeitos, o limite será de 70% do maior gasto declarado para o cargo em 2012, no município em que houve apenas um turno ou 50% do maior gasto declarado para o cargo em 2012, se houve dois turnos. Já nos municípios onde hou-ver 2o turno, haverá um acréscimo de 30% a partir do valor definido para o primeiro turno.

Na eleição para vereadores, o limite de gastos será de até 70% do maior valor declarado na eleição 2012, para o cargo de vereador em determi-nado município. No entanto, em mu-nicípios pequenos, com até 10 mil elei-tores, o limite será de R$ 100 mil para disputar o cargo de prefeito e de R$10 mil para disputar o cargo de vereador.

Já em municípios criados após as eleições 2012, o cálculo se baseará no município-mãe, com rateio proporcio-nal ao número de eleitores transferidos

para o novo município. Os valores serão corrigidos monetariamente pelo Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), tendo como termo inicial o mês de outubro/2012 e termo final o mês de outubro/2016.

O descumprimento dos limi-tes implica em penalidade de multa de 100% do valor que ultrapassar o limite estabelecido, e também, even-tual apuração de abuso de poder econômico, que pode resultar em ine-legibilidade. Para normatizar o limite de gastos nas eleições 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já editou e pu-blicou as Resoluções 23.463 e 23.459, ambas de 15 de dezembro de 2015.

Na Resolução 23.459, em espe-cial, o TSE inseriu anexos com tabelas de tetos para gastos de campanha de diversos municípios. É importante con-ferir no site do TSE: www.tse.jus.br / Eleições / Eleições 2016 / Normas e documentações.

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16| TERESINA (PI)

Vinícius de Moraes, em Samba da Bênção, diz que “o samba é a tristeza que balança” e que “a

tristeza tem sempre a esperança de um dia não ser mais triste, não”. Hoje em dia, o poetinha e mestre da MPB poderia can-tar que o samba também é a esperança de ver todos na avenida, sem exclusão e com respeito às diferenças. Esse é o caso do Caminhão da Acessibilidade de Teresina, que pela quarta vez participa do desfile dos corsos e blocos na capital piauiense, realizado uma semana antes do Carnaval, dia 30 de janeiro, abrindo alas contra o preconceito e rasgando a

fantasia da intolerância. A iniciativa é da empresária e presidente do PRP Mulher de Teresina, Gilmara Costa.

Fundadora e administradora da Associação Piauiense pelos Direitos Iguais (Apidi), mãe de Francisco Edson do Nascimento Neto, 14 anos, portador de paralisia cerebral, e dona de uma determinação inquebrantável, Gilmara não se abateu ante os obstáculos pra colocar seu bloco na rua. “Começamos com o Caminhão da Acessibilidade ape-nas como uma brincadeira familiar, por amor ao meu filho com deficiência. Na primeira vez esse caminhão chegou a ser convidado a se retirar da avenida

por comportar pessoas com deficiência. Com ajuda das autoridades do Ministé-rio Público nosso corso passou a repre-sentar a sociedade no pré-carnaval de Teresina”, lembra.

A persistência, conforme Gilmara, valeu a pena. “As pessoas demoraram um pouco a entender nossa proposta de inclusão. Mas hoje minha alegria se mistura à emoção ao ver que conquis-tamos nosso espaço. Somos nós, com o Caminhão da Acessibilidade, quem abri-mos o desfile, e por isso não tem como não me emocionar e chego mesmo a chorar na avenida”, conta a perrepista.

O bloco é aberto a todos que

TERESINA (PI) |17

queiram participar. A concentração é na avenida Marechal Castelo Branco e o desfile, na Avenida Raul Lopes, a par-tir das 16h do dia 30. Não há qualquer tipo de restrição para entrar nesse des-file, que integra a programação oficial do Carnaval de Teresina, realizado pela Prefeitura por meio da Fundação Mu-nicipal de Cultura Monsenhor Chaves. Quem quiser, é só embarcar na alegria

da turma, animada pela banda Xen-henhém, explica Gilmara. “Há pessoas cadeirantes, com deficiência auditiva e síndrome de down. Na verdade, eles não têm deficiência alguma, mas sim um enorme coração, bastante acessível. Eles abrem o corso para abrir os nossos corações.”

Por três anos o rei e rainha da Acessibilidade do Carnaval de Teresina

foram Wilson Gomes e Maria José. Ag-ora, em 2016, as majestades serão out-ras. Gilmara organizou um baile, no mês passado, especialmente para eleger as novas realezas do corso. Em eleição acir-rada, Carlos Augusto e Barbara Macedo venceram e receberam as faixas de Wil-son Gomes e Mazé.

A data do Baile da Acessibilidade não poderia ter sido outra: 3 de dezem-bro, Dia Internacional da Pessoa com De-ficiência. Carlos Augusto, o “Carlinhos”, e Bárbara Pereira Macedo receberam as condecorações de seus antecessores e não esconderam a emoção.

“Para mim é uma grande satisfa-ção ser escolhido o Rei da pessoa com deficiência. Eu sempre digo: nós não somos deficientes, nós somos difer-entes, nós temos os mesmos direitos e podemos alcançar nossos sonhos. Só precisamos ser incluídos e aceitos pela sociedade”, disse Carlinhos.

Estudante de Direito, Bárbara foi aclamada entre sete candidatas. Filha única, Bárbara nasceu com hidrocefalia e mielomeningocele e, mesmo com tan-tas barreiras não se abateu. “Não é uma cadeira que vai nos impedir de dançar, de sorrir, de participar do Carnaval como tanta gente gosta e participa. Hoje eu sou só felicidade”, enfatizou a rainha.

Segundo Gilmara, é toda essa emoção que o caminhão da acessibi-lidade leva para a avenida. “Aos poucos nossa mensagem está sendo compreen-dida. Não queremos privilégio, nada a mais, apenas respeito. É preciso dizer que não fazemos nada sozinho. Temos o apoio do pessoal da Apidi, da Na-cional do PRP, também do secretário de Cultura de Teresina, Lázaro Silva e toda a sua equipe carnavalesca da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Prefeitura, Secretaria Municipal do Trabalho, Ci-dadania e de Assistência Social (SEMT-CAS) e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Teresina (Conade-TE).”

corso da acessibilidade abre alas contra o preconceito e puxa o carnaval de teresina

Com concentração na avenida Marechal Castelo Branco, bloco desfila na avenida Raul Lopes a partir das 16h do dia 30 de janeiro

Carlos Augusto, o Carlinhos, e Bárbara Macedo eleitos o rei e rainha do Carnaval da Acessibilidade

Gilmara Nascimento (em pé) com Bárbara, Wilson Gomes e Zezé

Caminhão da Acessibilidade, idealizado pela presidente do PRP Mulher de Teresina, abre o desfile de Carnaval

da capital piauiense

Fotos: Acervo Gilmara Nascimento

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18| CAFÉ REPÚBLICA CAFÉ REPÚBLICA |19

Fotos: Jorge Maluf

Dona Mirley Altimari Resende, uma das fundadoras do PRP, com a presidente regional do Rio de Janeiro, Eliane Cunha

Flávio Menezes (PRP/PB) com a primeira-dama do partido, Carla Cherulli Resende, o presidente Nacional, Ovasco Resende, Maria da Luz (PRP/PB) e Jorge Martins (PRP/PR)

Palestrantes do Diretório Nacional com amigos e familiares: Paola Sanção Lucas, Fernando Lucas, Flávio Menezes, Mário Welber, Bruna

Oliveira, Fernanda Caprio, Andrea Braga, Carla Cherulli Resende, Antônio Caprio, Gercyley Batista e Rosana Cibelle Borges de Souza

O presidente municipal do PRP de Aracaju/SE, Raoni Lemos, esteve na sede nacional do partido, em São Paulo, para um bate-papo com o presidente Ovasco Resende. O encontro foi no dia 18 de janeiro

O secretário-geral do PRP de São Paulo, Duarte Barreto, com os coordenadores

Hamilton Sant’Anna, Leandro Berseline, Rui e Júlio Bustamante)

Foto: Acervo PRP Nacional

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20| PROPAGANDA PARTIDÁRIA PROPAGANDA PARTIDÁRIA |21

Para construir uma grande Nação é fundamental a participação de todos. O PRP acredita que essa

construção começa pelos municípios, porque transformando os municípios vamos transformar o Brasil”. Essa é a principal mensagem do presidente Na-cional do PRP, Ovasco Resende, nas in-serções partidárias veiculadas em rede nacional de televisão e rádio, neste primeiro semestre de 2016.

De acordo com Ovasco Resende, as propagandas institucionais da Na-cional também têm o objetivo de mos-trar que, em 2016, o partido vai per-correr o País para apresentar e discutir com a sociedade um plano de metas. “O PRP reuniu técnicos especializados nas mais diversas áreas da adminis-tração pública e elaborou um inovador sistema de gestão, que chamamos de plano de metas. Esse plano trata sobre saúde, educação, segurança e infraes-trutura, entre outras áreas de respon-sabilidade do poder público. O PRP defende que esses setores da admin-istração pública devem funcionar com excelência para proporcionar o bem-estar da população e, consequente-mente, elevar o índice de felicidade do brasileiro”, destaca Ovasco.

De acordo com o presidente, es-ses são os dois pilares para transformar o Brasil num País melhor. “Além de de-bater com a sociedade o plano de me-tas, é fundamental que o prefeito e os vereadores estejam engajados neste projeto. É por isso que acreditamos que a construção de uma grande Nação começa nos municípios. Portanto, a eleição deste ano é a peça-chave para o Brasil que queremos”, diz.

Assim como as inserções, a pro-paganda partidária que será exibida no dia 10 de março, em rede nacional de rádio e TV, também será produzida pela produtora Kanal Cinevídeo, em Goiânia, do marqueteiro e presidente regional do PRP Goiás, Jorcelino Braga.

A Kanal Cinevídeo também foi responsável pela produção as inser-

PRP faz inserções diárias em rádio e TV

ções regionais de alguns Estados, como Goiás e São Paulo. Para conseguir o di-reito de exibir as inserções regionais no primeiro semestre deste ano, os presi-dentes regionais deveriam apresentar o requerimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 1o de dezembro de 2015. O critério adotado pelo TSE para a escolha das datas de transmissão é a ordem cronológica de apresentação de requerimentos. (veja cronograma de veiculação na página ao lado)

O vice-presidente regional do

PRP São Paulo, Ronaldo Martins, ado-tou uma estratégia diferenciada. Devido às dimensões territoriais do Estado, ele produziu programas (inserções) re-gionalizados, com a participação de lí-deres perrepistas daquela determina localidade. “Apostamos nesta estratégia para compensar o pouco tempo de TV e, consequentemente, valorizar nosso pessoal, de forma que prefeitos e vere-adores possam apresentar a filosofia do partido para as suas regiões”, explica.

No Rio de Janeiro, a presidente

regional Eliane Cunha fez questão de enfatizar que o PRP não é um partido de aluguel. Além disso, ela apostou em depoimentos de populares enfatizando que o PRP é o único partido que mostra a realidade e cumpre aquilo que pro-mete. A propaganda também convida

cariocas e fluminenses a se filiarem até 2 de abril para poder entrar na disputa eleitoral e trabalhar por um Rio melhor.

Quem também convida o cidadão para a entrar no time perrepista e fazer a diferença no Estado é o presidente re-gional do PRP de Mato Grosso do Sul,

Pedrinho Feitosa. “O PRP vai disputar as eleições com a certeza que chegou a hora de mudança verdadeira na gestão pública. Ninguém aguenta mais corrup-ção, incompetência dos governantes e descaso com a população. Vamos dar um basta no que está errado.”

Fernando Lucas, de Rio Preto, grava inserção para TV

Inserções do PRP, em nível nacional e estadual, destacam planos de metas para elaboração

de políticas públicas em prol de um novo País

Fonte: Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) de todos os Estados

Foto: Flávia Letícia de Souza

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

O PREFEITO QUE GOSTAVA DE cRIANÇAS

Conta a história que no Brasil, no interior do Es-tado do Pará, havia uma cidade que tinha o nome

de libertação, onde o Prefeito era muito carismático e tinha o carinho das crian-ças. Por onde o Prefeito passava era ad-mirado e muito querido pelas crianças.

De origem humilde e simples, o Pre-feito era dedicado e se esforçava ao máx-imo para oferecer à população uma vida digna e humana. Mesmo enfrentando as adversidades econômicas que o país atravessava, sempre encontrava saída para oferecer alegria àsfamílias.

Conta a histó-ria que o jovem

Prefeito era muito Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

22| REDENÇÃO (PA)

perseguido, mas sempre driblava os problemas e em pouco tempo de administração realizou inúmeras inaugurações de obras vol-tadas para a educação e saúde. Na véspera do Natal, o Prefeito determi-

nava que sua equipe enfeitasse a cidade para

alegrar as pessoas, e em todas as datas (Dia das Mães, Dia das

Crianças e outras), ele fazia questão de promover uma grande festa.

Em todos os bairros daquela cidade, o Prefeito era sempre muito aclamado pelas pessoas, principal-mente pelas crianças. Uma das grandes graças feitas ao povo foi à entrega

de 800 casas próprias para 800 famílias. Em

breve aquela cidade irá ganhar a maior obra na área da saúde: O

Centro Especializado em Reabilitação, algo que ainda incomoda e entristece milhares de famílias.

“Deixai vim a mim todas as cri-anças” disse Jesus. “FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.” Essa foi à mensagem daquele jovem Prefeito para todo o seu povo.

O texto acima foi publicado no Fa-cebook da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Redenção, dia 24 de dezem-bro. Era apenas uma mensagem de Natal diferente, mas virou uma triste despedida. No dia 30 de dezembro de 2015, o prefeito Vanderlei Coimbra morreu vítima de um acidente de carro na rodovia PA-287, que

l i g a o mu-

nicípio até Conceição do

Araguaia.De acordo com

informações do Policia-mento Regional de Redenção,

o acidente ocorreu no início da noite quando o veículo de Vanderlei se en-volveu em uma colisão frontal com uma carreta que tentava uma ultrapassagem na rodovia. Também morreram o asses-sor Valclei Ferreira, de 31 anos, e um amigo do prefeito, Nerivaldo Gomes.

Perrepistas de vários Estados lamentaram a perda do jovem colega. O presidente nacional do PRP, Ovasco Re-sende, definiu a morte precoce de Van-derlei Coimbra como “uma grande per-da” e pediu orações para a família e das outras vítimas. Já o presidente regional do PRP Pará, Jorge Rezende, destacou a perda de um grande parceiro no Estado. “Profundamente lamentável. Uma tris-teza enorme, pois ele tinha um futuro todo pela frente.”

Segundo a assessora de impren-sa da Prefeitura de Redenção, Sidilene Soares, o clima de comoção tomou con-ta da cidade. “Era um jovem prefeito, um homem que estava fazendo um tra-balho bonito.”

O secretário de educação do município, Murilo Aurélio, o primeiro a receber a confirmação das mortes, também demonstrou-se perplexo com

REDENÇÃO (PA) |23

o ocorrido. “É um momento de choque, a família muito abalada.

Ninguém conseguiu ainda expressar toda a dor, o sentimento que se vem sofrendo nesse momento, filho recém nascido. O Valclei com a esposa grávi-da..., realmente uma tragédia”, disse.

“O Vanderlei era uma pessoa muito alegre. Nós estamos tristes, nossa alegria foi sufocada pela partida do Van-derlei Coimbra”, afirmou Elial Bentes, secretário de Cultura.

O sepultamento de Vanderlei, no dia 1o de janeiro, foi realizado sob um forte clima de consternação e increduli-dade pelas perdas do jovem político e de mais duas pessoas próximas a ele. Com o município enlutado, a tradicional festa de Réveillon foi cancelada.

Em nota de pesar, o prefeito de Marabá, também no sul do Pará, João Salame Neto, destacou as qualidades de

Vanderlei e o fato de o perrepista, eleito com 25.033 votos, administrar um mu-nicípio polo de grande importância re-gional no sul do Estado. “A PMM se soli-dariza com as famílias do prefeito e dos dois assessores que também perderam a vida na tragédia que enluta o Município de Redenção”, escreveu João Salame.

Com a morte do perrepista, o vice-prefeito, Carlo Iavé (PMDB), em-presário no município, assume o con-trole da administração pública.

TrajetóriaVanderlei Coimbra Noleto nasceu

em 21 de setembro de 1983, e era natu-ral do município paraense de Conceição do Araguaia. Iniciou a carreira como ra-dialista e apresentador de televisão.

Em 2008, acabou ingressando na vida política, conquistando uma cadeira na Câmara, exercendo mandato de 2009 a 2012, quando, com apoio popular, candidatou-se a prefeito, sendo eleito com 25.033 votos.

Vanderlei era casado com Gláucia Darlene Noleto e deixa três filhos – Fe-lipe, 9 anos, Matheus, 6 anos, e o caçu-la, Arthur, de apenas 3 meses.

Foto extraída do Blog Otávio Araújo

Os assessores Nerivaldo Gomes e Valclei Ferreira (à dir) também morreram no acidente

Vanderlei Coimbra e os filhos Felipe e Matheus

comemoram o nascimento do pequeno Arthur

Fotos extraídas do Facebook

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

24| CAMPO GRANDE (MS) CAMPO GRANDE (MS) |25

Longe de cargo eletivo desde 2002, quando encerrou o seu mandato como depu-tado federal, Pedro Pedros-

sian Filho, recém-filiado ao PRP, anun-ciou sua pré-candidatura a prefeito em Campo Grande nestas eleições de 2016. Filho do ex-governador Pedro Pedros-sian, que administrou o Estado por três vezes (uma delas com o Mato Grosso ainda unificado), ele afirma que o retor-no à política tem a ver com a filosofia e o legado do pai.

“Meu pai construiu adminis-trações históricas, com legados que fica-ram e não aconteceu só por competên-cia dele. A capacidade de liderança, de acreditar no futuro, de sonhar com as pessoas foram coisas que não se repe-tiram mais em outros governos. Tenho credibilidade e, se deixarem, posso che-gar”, declarou.

Pedrossian Filho defende que fal-ta utopia no debate político e disse que recusou convites para filiar-se a parti-dos maiores por entender que o PRP oferece condições ideais para que possa realizar seus projetos.

“Meu foco na política é outro. Quero debater ideias, aproximar o povo das soluções que o poder públi-co tem como oferecer, vertente que está sendo esquecida pelos que hoje estão no poder. Estou contra as qua-drilhas da política”, disse o perrepis-ta, em entrevista ao jornal O Estado, da capital sul-matogrossense, no dia 13 deste mês de janeiro.

Antes de assinar a ficha do PRP, Pedrossian Filho, que é graduado em filosofia, estava vinculado ao PSD e já teve passagens pelo PMN e pelo PTB,

Filho de ex-governador, Pedro Pedrossian Filho

legenda que o seu pai estava filiado na última gestão como governador de Mato Grosso do Sul.

Uma das bandeiras defendidas pelo perrepista é a moderação nas políticas públicas em relação à cobrança de impostos. “Em vez do aumento de carga tributária, uma reforma estrutur-al deveria ser feita para que o aparato público caiba dentro da receita. É uma questão de lógica e de ética. É hora de o governo mostrar à sociedade sul-ma-to-grossense uma nova política, como aquela apresentada no slogan de sua campanha. Se assim o fizer, poderá en-trar para a história como o gestor públi-co que não mediu esforços para enfren-tar as despesas sem onerar ainda mais a população, já cansada de pagar todas as contas, sempre.”

Ex-deputado federal, Pedro Pedrossian

pretende debater ideias e aproximar o povo das soluções que o poder público tem

como oferecer. “Estou contra a

quadrilha da política”

lança pré-candidatura a prefeito pelo PRP

O engenheiro Pedro Pedros-sian foi governador de Mato Gros-so no período de 1966 a 1971, antes que o Estado fosse dividido. Eleito senador em 1978, renunciou ao mandato em 1980 para assumir o cargo de governador nomeado do Estado de Mato Grosso do Sul em 7 de novembro do mesmo ano.

Em 15 de março de 1991 as-sumiu novamente o cargo de gov-ernador sul-mato-grossense, elei-to em pleito direto ocorrido em 1990. Permaneceu no posto até 1o

de janeiro de 1995. Foi candidato a governador em 1998 e a senador em 2002, mas não chegou a ser eleito. Durante a vida política teve passagem pelo PSD, ARENA, PDS, PTB, PDT, PST, PMDB e PMN.

Em suas administrações foram criadas a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), sediada em Cui-abá, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), sediada em Dourados, e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com sede em Campo Grande.

Ministro Jarbas Passarinho com os governadores Pedro Pedrossian e José Fragelli durante a inauguração da Universidade Estadual do Mato Grosso (UEMT), em 1970

Pedrossian: Governo marcado pela criação de universidades

Foto: Jorge Maluf

Foto extraída do portal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Pedro Pedrossian Filho ao lado do presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, e do presidente regional do PRP de Mato Grosso do Sul, Pedrinho Feitosa

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

26| CANSANÇÃO (BA) CANSANÇÃO (BA) |27

Eleito vice-prefeito pelo PRP, Paulo Henrique Passos assumiu a administração municipal após Ranulfo Gomes ser afastado por

decisão da Justiça Federal por suposto desvio de dinheiro

Em momentos de crise, é necessário que o político deixe vaidades de lado e governe para o povo”. Com

essa determinação é que o perrepista Pau-lo Henrique Passos, 30 anos, o Paulinho, como carinhosamente é chamado, assu-miu a prefeitura de Cansanção, no norte baiano, depois que a Justiça Federal de-cretou o afastamento do então prefeito Ranulfo Gomes (PSD), acusado de desvio de recursos e de lavagem de dinheiro, que, estima-se, chega a R$ 40 milhões.

Governar para o povo está muito longe de ser uma frase de efeito para Paulinho. Prova disso é o grande res-peito que ele tem por parte dos cansan-çãoenses no dia de sua posse, dia 3 de dezembro, quando foi aplaudido e acompanhado pela população até a sede da Prefeitura para tomar posse.

Foto extraída do Facebook da Prefeitura de Cansanção

Enquanto a população fazia um coro de aplausos do lado de fora do prédio, o perrepista não segurou as lágrimas ao sentar-se na cadeira do Executivo.

Paulinho sabe que a partir de agora tem a missão de reorganizar o município de aproximadamente 33 mil habitantes. E ele já elegeu algumas priori-dades, como a segurança pública. No dia 14 deste mês, reuniu-se com o tenente-coronel Anselmo Bispo, comandante do 6o Batalhão da Polícia Militar com sede em Senhor do Bonfim, a quem reivindi-cou a vinda de uma “guarnição especial” da Polícia Militar para Cansanção.

“A vinda de uma ‘Guarnição Espe-cial’ da PM para a cidade é uma impor-tante resposta de nosso município na luta contra a criminalidade, com certeza ela vai ajudar bastante os policiais que aqui estão. O comando do 6° Batalhão está de

parabéns por se mostrar sensível à nossa causa e os cansançãoenses podem ter a certeza de que não iremos medir esfor-ços na busca por uma melhor segurança pública para todos”, disse o prefeito. A guarnição é composta por viatura de grande porte, policiais bem treinados e armamento de última geração.

Também no início deste mês de janeiro Paulinho demonstrou grande preocupação com a educação, a começar pelos docentes. Na ocasião, confirmou a antecipação do pagamento do terço de férias a todos os professores da rede pública municipal. A estimativa é que o benefício injete centenas de milhares de Reais na economia local, proporcionando um início de ano com melhores perspec-tivas para os educadores do município.

O secretário municipal de finan-ças, Luis Henrique, reforçou o com-

promisso do prefeito Paulinho com a educação do município e destacou que, apesar de toda a dificuldade financeira que os municípios baianos vem en-frentando nos últimos anos, a prioridade da atual gestão é o bem-estar das pes-soas, a começar pelo relacionamento do Executivo municipal com os servidores.

O perrepista reiterou que pretende realizar “uma administração cuidadosa e satisfatória para todos os cidadãos do município”, enfatizando que “ninguém go-verna sozinho”. E pregou a união de todos os cansançãoenses. “Vamos trabalhar in-tensamente para a melhoria da qualidade de vida da população e para que nossos servidores tenham salário em dia. E vamos seguir assim ao longo deste ano, aprimo-rando a máquina para que ela proporcione melhores condições a todos, para que a ci-dade cresça cada vez mais.”

PRP ganha mais uma Prefeitura na Bahia

Fotos extraídas do site Cansanção.net.br

Réveillon 2016: Vereador Licuri (PP) ao lado do secretário de Finanças, Luis Henrique, do vereador Robertão (PRP), do prefeito Paulinho (PRP), da secretária de Saúde, Vilma Rosa, do secretário de Edu-cação, Rogério da Maminha, e dos vereadores Rodrigo Gomes, Gisânia (PP) e Dió (PSD)

Posse do prefeito Paulinho é acompanhada por munícipes e autoridades políticas de Cansanção

Prefeito Paulo Henrique Passos foi empossado prefeito no último dia 3 de dezembro, após afastamento de Ranulfo Gomes

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Fotos: Acervo Diego São Paio28| PRP CULTURA PRP CULTURA |29

Erguida no século XVII (ano de 1618) por jesuítas e considerada um marco da arquitetura colonial bra-

sileira, a Fazenda Colubandê localiza-se no bairro rural de mesmo nome em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Em que pese sua importância cultural e principalmente o fato de ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a proprie-dade, que inclui uma vila olímpica, sofre com o abandono, saques e os efeitos da degradação que ameaça também um

de patrimônios históricos

painel de azulejos em homenagem às mulheres, desenhado pela artista plásti-ca Djanira da Motta e Silva (1914-1979).

O vereador em São Gonçalo pelo PRP, Diego São Paio, se engajou na luta em defesa da Colubandê. O parlamentar perrepista, inclusive, defende a munici-palização do patrimônio. Segundo ele, o projeto para recuperação da fazenda está pronto e orçado em R$ 185 mil. “É um patrimônio que a cidade não pode

perder. Temos que lutar para que não aconteça com a fazenda o mesmo que aconteceu com o casario do 3o Batalhão de Infantaria (dentro da área), que está sendo usado para construção de casas populares, com apoio da prefeitura, numa região que não tem infraestrutura para isso”, afirmou.

A causa defendida por São Paio é afeita ao PRP, que sempre empunhou a defesa do patrimônio nacional, seja ele

material - como as construções e edifi-cações que ajudam a contar a história de uma comunidade - seja ele imate-rial - como as culturas, os saberes e as expressões dos habitantes de uma determinada localidade - por entender que este patrimônio está ligado à nos-sa identidade enquanto nação, nossas raízes e nosso legado.

Neste sentido é importante tam-bém o trabalho que o Iphan realiza

neste início de ano para implementar a Lista Indicativa Brasileira do Patrimônio Mundial, com o objetivo de definir a pri-orização e o calendário das candidatu-ras, além da capacitação de servidores envolvidos com o trabalho. São lugares dentro Brasil com possibilidade de se tornarem patrimônio mundial, que, de acordo com critérios estabelecidos pela Unesco (Organização das Nações Uni-das para a Cultura, Ciência e Educação),

têm uma importância única para o mun-do e a humanidade e obriga-se a esta-belecer salva-guardas para garantir sua preservação para as gerações futuras. A maioria deles situada em regiões com presença ativa do PRP.

Já ficou estabelecido, pelo Iphan, o período 2017 a 2019 para as candida-turas do Cais do Valongo (Rio de Janei-ro), Ver-o-Peso (Pará) e Vila Ferroviária de Paranapiacaba (São Paulo), que já estão sendo desenvolvidas, e de 2020 a 2026 para Itacoatiaras do Rio Ingá (Par-aíba), Sítio Roberto Burle Marx (Rio de Janeiro), Teatros da Amazônia (Amazo-nas e Pará), Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro), Barragem do Cedro nos Monólitos de Quixadá (Ceará), Geogli-fos do Acre e Conjunto de Fortificações do Brasil (Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Ja-neiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo).

Mercado Ver-o-PesoO tradicional mercado do Ver-

o-Peso, na capital paraense - terra da

Vereador Diego São Paio (à esq.) faz parte do grupo que defende a municipalização da Fazenda Calubandê (acima), construída por jesuítas, no ano 1618, em São Gonçado

Monumentos históricos em cidades com atuação do PRP

entram para a Lista Indicativa Brasileira do

Patrimônio Mundial; perrepistas defendem

a preservação desses lugares com possibilidade de se tornarem patrimônio

mundial

Líderes perrepistas lutam por preservação

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

30| PRP CULTURA PRP CULTURA |31 Foto: Acervo Meg

vereadora perrepista Meg Parente - completa 389 anos no dia 27 de março. Ponto turístico tradicional de Belém, a feira livre de 35 mil metros quadrados tem uma história que se confunde com a origem de Belém, onde foi criada 11 anos após sua fundação, em 1627.

O complexo do Ver-o-Peso, que é composto pelos mercados de Peixe, de Carne e pelas feiras de Alimentação e do Açaí, movimenta cerca de R$ 1,3 mil-hão por dia. Entre os principais produ-tos vendidos no complexo estão o açaí, produtos hortifruti e o pescado. Segun-do o Dieese, são vendidas no complexo cerca de 30 toneladas de açaí por ano, 30 toneladas de hortaliças por mês e até 15 toneladas de pescado por dia.

Criado com objetivos fiscais, a área foi inserida na economia formal logo após a fundação de Belém, em 1616, passando a ser conhecida como o “lugar de ver o peso”, devido à sua situ-ação estratégica no porto. Segundo o Levantamento Preliminar do Inventário de Referências Culturais do Conjunto Ver-o-Peso (INRC Ver-o-Peso), divulgado

pelo Iphan em 2010, no decor-rer do século 18 a feira pres-enciou aos principais eventos e acompanhou as mudanças urbanísticas que Belém sofria.

No Ciclo da Borracha, entre o final do século XIX e começo do século XX, a cidade de Belém teve grande importân-cia comercial, principalmente para o cenário internacional. Neste período, também há mu-danças urbanísticas. Importantes edificações foram erguidas, entre as quais, o Palácio Lauro Sodré, o Teatro da Paz, o Palácio Antônio Le-mos e o Mercado Ver-o-Peso.

A construção do Mercado de Ferro, como inicialmente era conhe-cido o Mercado Ver-o-Peso, foi au-torizada pela lei municipal no 173, de 30 de dezembro de 1897, e sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque, teve início no ano de 1899. Toda a es-trutura de ferro do Mercado foi trazida da Europa seguindo a tendência franc-esa de art nouveau da belle époque.

O presidente regional do

PRP Pará, Jorge Rezende, diz que o mercado é motivo de orgulho para to-dos os paraenses. “É um ícone cultural que, sem dúvida, precisa ser preser-vado para as próximas gerações, não só pela importância histórica, mas também pela importância econômica

para o Estado”, afirma. “No último dia 12 de janeiro,

quando Belém completou 400 anos, o governador Simão Jatene anunciou um convênio no valor de R$ 34 mi-lhões, sendo R$ 25 milhões de contra-partida do Estado, para revitalização do complexo”, destaca Jorge. Se-gundo o perrepista, o projeto inclui a reurbanização da área do estaciona-mento, do Solar da Beira, e da Feira do Ver-o-Peso, e implantação de nova cobertura com telhas termo-acústi-cas. “Também estão previstas mudan-ças e melhorias no piso, revisão e im-plantação de novas instalações hidro sanitárias, entre outras ações”, diz.

O projeto de reforma surgiu após várias reuniões com os feirantes, seguin-do as diretrizes do Iphan e as exigências da Vigilância Sanitária, para a comercia-lização e armazenamento dos alimentos de forma segura, limpa e organizada.

Vila FerroviáriaA Vila Ferroviária de Paranapi-

acaba, situada no município de Santo André - onde o PRP conta com a vice-prefeita e secretária de Desenvolvi-mento Econômico, Oswana Fameli, e o vereador Tonho Lagoa - é o mais im-portante patrimônio arquitetônico “vic-torian style” no Brasil, proveniente da ocupação inglesa na Serra do Mar para construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, no final do século XIX.

A origem de Vila teve a primeira movimentação humana a partir dos ín-dios tupis que a nomearam de Paranapi-acaba, significando em seu idioma: “de onde se vê o mar”. Era esta a visão que tinham os povos indígenas que passa-vam pela região rumo ao planalto. Pos-teriormente, naquele caminho íngreme utilizado pelos índios, foi construída pela São Paulo Railway Co., 1867, a partir da Estação Alto da Serra, a atual Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, dando origem à ocupação da área pelos ferroviários.

A partir de então, este passou a ser o principal meio de escoamento rápido rumo aos mercados da Europa, via porto de Santos da produção da la-voura do café, que chegou ao Rio de Janeiro e logo se espalhou pelo Vale do Rio Paraíba e, posteriormente, oeste paulista.

Em 2002, o patrimônio ar-quitetônico e natural de Paranapiacaba foi tombado pelo Iphan e incluída entre os 100 monumentos mais importantes do mundo.

A vice-prefeita, Oswana Fameli, diz que o governo municipal recebeu a notícia de forma bastante otimista. “Retomamos a candidatura a Patrimô-nio da Humanidade em meados de 2013, porque o processo foi iniciado em 2008, no governo do então prefeito João Avamileno, mas foi abandonado

pela administração passada”, conta. Segundo Oswana, a campanha

iniciada pela Prefeitura teve o seguinte slogan: “Paranapiacaba: Patrimônio Cultural e Natural de Santo André para a humanidade.” A perrepista explica que, à época, o governo entendeu que estava credenciado, pois a Vila teve seu patrimônio natural, histórico, tec-nológico, urbanístico e arquitetônico reconhecido em 1987, pelo tombamen-to do Condephaat (Conselho de Defe-sa do Patrimônio Histórico, Artístico,

Mercado de Ver-o-Peso, que completará 389 anos no próximo dia 27 de março, receberá investimentode R$ 34 milhões para revitalização

Vereadora perrepista em Belém, Meg Parente, com o presidente regional do PRP Pará, Jorge Rezende

A vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli (PRP), ao lado do Ministro dos Transportes, Paulo Sergio Bastos, e do prefeito Carlos Grana, na Estação Ferroviária de Paranapiacaba

Fotos: Ana Paula Siewerdt

Foto extraída do site da Associação Brasileira das Empresas de Eventos

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

Foto: Jorge Maluf

32| PRP CULTURA PRP CULTURA |33

Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo); em 2002, pelo Iphan; e, em 2003, na esfera municipal, pelo Com-dephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artísti-co, Arquítetônico-Urbanístícoe Paisagís-tico de Santo André).

Há 16 anos, a cidade realiza o Fes-tival de Inverno de Paranapiacaba, com atrações musicais e culturais. O evento acontece por meio de uma parceria en-tre a Prefeitura, Sesc-SP, Rádio Eldorado FM e Instituto Acqua (Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental), e conta com recursos do Fundo de Gestão do Patrimônio da Vila.

De acordo com a perrepista, des-de 2013 a estrutura do festival é ideali-zada de forma a valorizar o patrimônio da Vila. Além disso, Oswana afirma que ano passado começou o processo de restauro que promete dar nova vida a Paranapiacaba. “Dentre o trabalho realizado, destaque para as obras nos Galpões do Almoxarifado e das Ofici-nas, na Garagem das Locomotivas e na Biblioteca. Também iniciaram em 2015 o restauro de 242 imóveis e outros es-paços na parte baixa da Vila. As obras

contam com financiamento do Governo Federal através do Programa de Acel-eração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas num total de mais de R$ 41 milhões”, diz.

Imagens rupestresNo oeste da Paraíba, a 46 km de

Campina Grande e a 109 km de João

Pessoa, localiza-se o primeiro monu-mento arqueológico tombado como patrimônio nacional em 1944: a pedra do Ingá. Identificado pelos arqueólogos como “itaquatiara”, o que em tupi-gua-rani significa “pedra pintada”, o bloco rochoso possui desenhos esculpidos em baixo-relevo que aguçam o imaginário dos místicos e despertam a curiosidade

até dos mais céticos.A pedra, situada no município de

Ingá, à margem do riacho Bacamarte, mede 24 metros de comprimento e 3,8 metros de altura. Os símbolos, sulca-dos e esculpidos com apurada técnica na enorme pedra, lembram figuras hu-manas e animais; linhas onduladas rem-etem ao movimento das águas; há con-

Paranapiacaba: relógio estilo inglês inspirado no Big Ben é o marco da vila

inglesa construída no início do século XIX ao redor

da estrada de ferro

tornos curvilíneos, círculos pendulares e formatos cônicos que, “forçando” a imaginação, assemelham-se a foguetes. Mas tudo é especulação. Segundo his-toriadores e arqueólogos, as inscrições pertenceram a uma cultura extinta en-tre 2.000 e 5.000 anos atrás. Não se sabe a data certa das inscrições, pois a pedra está numa área fluvial onde não

há vestígios orgânicos nem utensílios cerâmicos, objetos ou tecidos com de-senhos semelhantes àqueles encontra-dos na rocha.

O secretário regional do PRP da Paraíba, Flávio Menezes, diz que a di-reção regional do partido defende a pre-senvação do monumento arqueológico para as futuras gerações. “Infelizmente o local precisa de mais atenção por par-te dos poderes públicos, a exemplo do que acontece com outros importantes monumentos da capital paraibana, João

Pessoa, e também do maior ca-jueiro do Brasil, em Natal, no Rio Grande do Norte”, diz. “Para ser sincero, não sei como o itaqua-tiara ainda não desapareceu, porque a pedra possui desen-hos esculpidos pelos primeiros índios da Paraíba. Esse monu-mento, que foi primeiro tom-bado como patrimônio na-cional, convive com a ameça de atos de vandalismo”, diz.

Cais da ValongoSituada na zona portuária do Rio

de Janeiro, o Cais do Valongo foi pos-teriormente substituído pelo nome de Cais da Imperatriz, no século XIX, numa tentativa de apagar o antigo porto da história nacional. Pelo Cais passaram cerca de um milhão de africanos, se-gundo historiadores, antes dele ser escondido para receber a futura im-peratriz, Tereza Cristina, que chegaria ao Brasil para o casamento com Dom Pedro II em 1843.

O Valongo foi encontrado em escavações, no ano de 2011, feitas com autorização do Iphan durante as obras de revitalização da zona por-tuária da capital. O Valongo possui cerca de 350 metros de comprimento, vai da Rua Coelho e Castro até a Saca-dura, no bairro do Gamboa.

Aquela área só deixou de funcion-ar oficialmente como ponto de entrada de escravos por volta de 1831, quando leis contra a escravidão começam a ser assinadas. Nessa época, o tráfico ainda persistiu no local de forma clandestina, até ser aterrado em 1911 durante refor-ma urbanística do Rio promovida no governo Pereira Passos.

O secretário regional e a vice-presidente do PRP da Paraíba, Flávio Menezes e Maria da Luz, defendem a

preservação do Itaquatiara

Cais de Valongo fica na zona portuária do Rio de Janeiro

Foto: Diogo Takahashi

Foto: Andrei Burilli

Foto: Antonio Martins

Foto extraída do site Nação Black

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Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016 Revista Republicana - No 28 | Janeiro de 2016

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centro de Estudos da metrópole oferece o curso TerraView Política Social

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM), um dos Centros de Pesquisa, Ino-vação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela Fapesp, está com inscrições abertas para cursos básicos de geoprocessamento voltados para políticas sociais nos meses de março, abril, maio e junho de 2016.

O curso de geoprocessamento é voltado para qualquer profissional ou estudante com conhecimentos básicos de informática interessado em produz-ir e analisar informações geográficas. Elaborado para o programa livre Ter-raView Política Social, o curso oferece

Cursos

Livro da ex-ministra matilde Ribeiro leva a

reflexão sobre racismo

Arte sobre foto retirada di site https://new

whitebear.w

ordpress.com

Curso Implementação de Incubadoras de Base Tecnológica | São Paulo (SP)19 e 20/02/2016 | 13h às 18h | R$ 300,00Agência Usp de Inovação (Avenida Torres de Oliveira, 76, Jaguaré, São Paulo, SP)E-mail: [email protected]/agendas

2o Seminário do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política e Avaliação Educacional (Gepale) da Unicamp | Campinas (SP)24 e 26/02/2016 | 9h30 às 18h | R$ 200,00Centro de Convenções da Unicamp (Rua Elis Regina, 131 - Cidade Universiária) Tel.: (11) 2068-1873 | https://www.fe.unicamp.br/2seminario-gepale/index.html

uma visão geral do sistema, tanto do ponto de vista conceitual como prático.

Os participantes conhecerão as funcionalidades básicas e serão habili-tados a explorar as possibilidades de apresentação e de análise espacial de dados sociais, econômicos e demográ-ficos, proporcionadas pelo programa e pelas bases de dados disponíveis. Ao final do treinamento, espera-se que os participantes possam visualizar, pesquisar e analisar dados geográfi-cos e tabulares, além de gerar mapas e gráficos com qualidade cartográfica.

Dentre os tópicos abordados no curso, destaque para fundamen-tos de geoprocessamento, estrutura do programa (banco de dados, planos de informação, vistas e temas, im-portação de dados vetoriais, seleção de objetos). Para mais informações e inscrições, acesse: www.fflch.usp.br/centrodametropole/1212.

Os participantes receberão apostila com os exemplos usados no curso; CD com o programa TerraView Política Social e as Bases de Dados; certificado de conclusão de curso.

No livro Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil, a ex-ministra da Igualdade Racial Matil-de Ribeiro faz uma reflexão teórica e política acerca da realidade bra-sileira a partir do reconhecimento, por parte do Estado, da existência do racismo e das perspectivas para sua superação. O reconhecimento do racismo foi impulsionado pela atuação do Movimento Negro.

Seminário Eleição 2016 | Bragança Paulista (SP)19/02/2016 | 10h às 17h | R$ 310,00KA Business Hotel (Rua Renato de Oliveira, 80)Tel.: (11) 2068-1873 e-mail: [email protected]://www.marcoiten.com.br/seminario-braganca.html

Planejamento de Campanha Eleitoral - Redes Sociais nas Eleições - Comunicação Eleitoral São Paulo (SP)26 e 27/02/2016 | 9h30 às 17h | R$ 1.280,00Hotel Ibis Congonhas (Rua Baronesa de Bela Vista, 801, Aeroporto) | Tel.: (11) 2068-1873 e-mail: [email protected]

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A felicidade de Maria da Luz, segundo o fotógrafo Jorge Maluf