Práticas de Jogos e Recreação · PDF fileBENJAMIN, Walter. A...
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FAAC – Faculdade Afonso CláudioPólo Tijuca – Rio de JaneiroPós-graduação em Educação
Práticas de Jogos e Recreação
Rosane [email protected]
"A brincadeira está na origem de todos os hábitos." Walter Benjamin
Percepção da CriançaMarcas da geração anterior / confronto=> Brincadeiras
Não há fantasia pura ou arte pura
O brinquedo é uma confrontaçãoMais do adulto com a criança que o inverso
Os adultos dão os brinquedos às crianças primeiro Depois elas aceitam ou rejeitam
Exemplos:
ChocalhoExercício para audição dos recém-nascidos(Popular / Crença = afasta maus espíritos) = Subjetividade
BonecaRoupas para adulto(Não é o desejo primeiro da criança. A boneca já vem com a roupa)
Até o século XIX as crianças não eram vistas como seres inteligentes (O adulto era modelo ideal para o Educador)
Como eram as lojas de brinquedos há 5 anos?
...
E como são as lojas e os brinquedos hoje?
...
Oficina artesanal = simplicidade(não na forma, mas na produção)
Jogos Eletrônicos = evolução(do movimento do dedo para o movimento do corpo)
As 3 brincadeiras mais importantes (1928)
Gato e Rato(perseguição)
Goleiro / Tenista(Defesa da família, do ninho, do filhote)
Futebol / Pólo(Luta entre 2 ou mais adversários pelo objeto de desejo ou de amor)
Lei do Mundo da Brincadeira : Lei da Repetição(Brincar outra vez)
Narrativa da Experiência (Adulto) = duplo gozo
Recriação da Brincadeira (Criança) = Idem
Jogo, brinquedo, brincadeira e a educaçãoTizuko Morchida Kishimoto (org)
Educação Infantil, Educação Especial, Formação Docente
Conceitos
" Não há um conceito universal sobre tais termos, uma vez que o brincar é visto como polissêmico, tendo várias significações. No entanto, um dos usos pode ser o de conceituar o brinquedo no aspecto material e imaterial (qualquer objeto industrializado, sucata, meu dedo, minha voz, uma idéia), como algo que se destina ao brincar, que se torna um suporte para a ação de brincar. Posso brincar com meu ursinho ou boneca, uma pedra, meus amigos e uma bola ou sozinho com meu amigo imaginário. A brincadeira é o resultado de ações conduzidas por regras, em que se pode usar ou não objetos, mas que tenha as características do lúdico: ser regrado, distante no tempo e no espaço, envolver imaginação, dispor de flexibilidade de conduta e de incerteza."
Museu da Educação e do Brinquedo
http://paje.fe.usp.br/estrutura/meb/index.htm
“(...) o potencial formativo do MEB enquanto espaço educativo e de memória, que abrange a história da educação e do brincar, busca promover a conscientização de que manter o lúdico vivo pode contribuir para aproximar universos e facilitar as relações de convivência e de aprendizagem”.
Laboratórios de brinquedos e Materiais Didáticos
http://www.labrimp.fe.usp.br/
Jogos – sugestões
http://recreacaointeligente.wordpress.com/
ICCP- Sistema de classificação - André Michelet (1996)(International Council for Children’s Play - ICCP)
“[...] o jogo é fonte de alegria, de equilíbrio e de desenvolvimento. [...] esse caminho se baseia na observação direta, apoia-se no uso cotidiano.”
Categorias/classes:
Brinquedos/jogos para primeira idade; de descoberta e compreensão; de descoberta da personalidade; criativos; esportivos; de sociedade;
Idade média da utilização:
Primeira idade (0-15 meses); Maternal (15 meses-3 anos);Pré-escolar (3-6 anos); Escolar (6-12 anos); Adolescência (12-16 anos)
Áreas constituintes da personalidade da criança:
Sensório-motora; inteligência; afetividade; criatividade; sociabilidade.
ESAR - Denise Garon - Canadá (1982)
Categorias evolutivas do jogo:
E– exercício, S – símbolo, A – acoplagem ou construção e R – regras
4 facetas
FACETA A, relativa à teoria piagetianaFACETA B, às condutas cognitivasFACETA C, às habilidades funcionaisFACETA D, às atividades sociais
+ 2
FACETA E, relacionada às habilidades de linguagemFACETA F, relativa às condutas afetivas publicadas
Teoria Piagetiana(correlacionando a fase do desenvolvimento ao tipo de jogo)
Fase sensório-motora - 0-2 anos - estimular o movimento (carrinhos para puxar, chocalhos)
Fase simbólica/pré-operatória - 2-7 anos - desenvolvimento simbólico(Afetividade: bonecas, bichinhos de pelúcia) (Mundo tecnológico: geladeira, computador)
Fase operatória (concreta) - 7-12 anos - agir para ver os resultados(jogos de tabuleiro, jogos de sociedade, em que se brinca junto e se partilha situações postas pelo jogo, jogos de construção, que levam a criança a construir desde um bolo de areia até um avião com detalhes de aerodinâmica.
Fase operatória (formal) - a partir de 12 anos – capacidade para assimilar e elaborar conceitos.
Brinquedo Educativo
Brincadeira Tradicional
Brincadeira Tradicional - cont.
Brincadeira de faz-de-conta
Brincadeira de Construção
ECA - Lei 8.069 de 13/07/90
Crianças - até 12 anosAdolescentes - 12 a 18 anos (excepcionalmente entre 18 e 21)
Constituição - Art. 208
Dever do Estado:Educação Básica gratuita - 4 aos 17 anos (ou a quem não teve acesso na idade própria)Educação Infantil (Creche e Pré-escola) - até 5 anos
LDB - Art. 29 de 20/12/96
Educação Infantil: 1ª etapa da Educação Básica - até 6 anos
Creche - até 3 anosPré-escola - 4 a 6 anos
O Programa Etnomatemática "tem seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitamsobreviver e transcender, através de maneiras, de modos, de técnicas, de artes (techné ou 'ticas') de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver com (mátema) a realidade natural e sociocultural (etno)na qual ele, homem, está inserido. (Etnomatemática, D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino)
Bantumi o KalahaJogo africano
Referências
BENJAMIN, Walter. A história Cultural do Brinquedo e Brinquedo e Brincadeira
in Obras escolhidas – magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura
e história da cultura. Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1985.
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e Educação. São Paulo: Cortez,
2008, 11ª edição.
Complementar:
GEERTZ, C. O saber local. Petrópolis: Vozes, 2003.
GRASSI. M.T. Oficinas Psicopedagógicas. Curitiba: Ver e Atual, Ibpex, 2008.
OLIVEIRA, Marta K. de. Vygotsky: Aprendizado e Desenvolvimento - Um Processo
Sócio- Histórico. São Paulo: Scipione, 1997, 4ª edição.
GARDNER, Howard . Inteligências Múltiplas - A Teoria na Prática. Tradução de Maria
Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artmed, 1995.