PS-M Mudança - 14-11-2014

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Sexta-feira, 14 de Novembro de 2014 www.psmadeira.pt No evento participaram especialistas desta área das Regiões Autónomas dos Açores e das Canárias Pág. 4 e 5 CONFERÊNCIA PROPÕE 10 SOLUÇÕES PARA OS TRANSPORTES “OS JOVENS SERÃO DECISIVOS NA MUDANÇA POLÍTICA DA MADEIRA” Partidos da Mudança valem 41,1%. PS sobe. Mudança na Madeira cada vez mais perto A MADEIRA ESTÁ A MUDAR Pág. 2 Pág. 8 A afirmação é de Olavo Câmara, líder da JS-Madeira CÂMARAS MUNICIPAIS: UM ANO DEPOIS O QUE MUDOU Pág. 6 e 7 As Mudanças ocorridas em setembro de 2013 nas autarquias terão agora de se traduzir numa mudança à escala regional, com uma mudança de governo já nas eleições Regionais de 2015.

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Sexta-feira, 14 de Novembro de 2014

www.psmadeira.pt

No evento participaramespecialistas desta áreadas Regiões Autónomasdos Açores e das Canárias

Pág. 4 e 5

CONFERÊNCIAPROPÕE10 SOLUÇÕESPARA OSTRANSPORTES

“OS JOVENSSERÃODECISIVOSNA MUDANÇAPOLÍTICADA MADEIRA”

Partidos da Mudança valem 41,1%. PS sobe. Mudança na Madeira cada vez mais perto

A MADEIRA ESTÁ A MUDARPág. 2 Pág. 8

A afirmação éde Olavo Câmara,líder da JS-Madeira

CÂMARASMUNICIPAIS:UM ANODEPOISO QUE MUDOU

Pág. 6 e 7

As Mudanças ocorridasem setembro de 2013nas autarquias terãoagora de se traduzirnuma mudançaà escala regional, comuma mudança de governojá nas eleições Regionaisde 2015.

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2OPINIÃO

AMadeira vive há quase 40anos sobre a responsabilidade go-vernativa do mesmo partido. Asgerações nascidas desde o 25 deAbril de 1974 nunca foram gover-nadas por outros que não aquelesque colocaram a Madeira na atualsituação financeira, com uma dí-vida colossal, desemprego, falên-cias, emigração e pobreza cres-centes. Quatro décadas em políti-ca é uma eternidade. Democraciaé um sistema em que há mudan-ça. Democracia sem Mudançatem contornos de ditadura.

Foi por entendermos que quemfalhou na consolidação de umprojeto autonómico, falhou tam-bém na gestão dos nossos recur-sos financeiros, falhou nas políti-cas seguidas que não têm credibi-lidade, nem condições políticaspara retirar a Madeira da situa-ção desastrosa em que nos colo-caram.

Quem nos governou tenta ma-quilhar e branquear as suas res-ponsabilidades, manipulando aopinião pública, fazendo crer quenão estão comprometidos com opassado e com as políticas quenos trouxeram à atual situação.

É por isso que entendemos queas Mudanças ocorridas em se-tembro de 2013 nas autarquiasterão agora de se traduzir numamudança à escala regional, comuma mudança de governo já naseleições Regionais do próximoano.

Por isso lançamos um desafio atodos os partidos da oposição nosentido de construirmos uma al-ternativa política de inclusão,cujo objetivo é consolidar umacoligação que concorra as elei-ções regionais, fazendo assimuma Mudança política, condiçãonecessária para uma credibiliza-ção da Madeira que permita umarenegociação com Lisboa do Pla-no de Ajustamento Financeiro,porque só assim teremos condi-ções para alavancar o crescimen-to económico e dar resposta aoprincipal problema da Madeiraque é o desemprego. Quem nos

Victor Freitas, Presidente do PS-Madeira

colocou nesta situação não temcredibilidade nenhuma para re-negociar a divida com os credo-res, alargando os prazos destapara que exista dinheiro para umverdadeiro plano de crescimentoeconómico e social.

Hoje todos sabem que os estu-dos de opinião dão garantias deuma mudança politica na Madei-ra, bastando para isso que os par-tidos da oposição se unam emtorno de um projeto comum paraa Madeira.

Os Madeirenses e Porto-san-tenses pedem-nos que construa-mos uma alternativa de inclusão,onde caibam partidos, movimen-tos de independentes, projetos decidadania, para fazermos a Mu-dança na Madeira.

CONTRATO DE MUDANÇAPara uma mudança concreta,

que devolva à Madeira a ambiçãoe a vontade de desenvolver-se deforma inclusiva propomos 10 ei-xos de intervenção:

1. Uma nova forma de fazer po-lítica – falar a verdade aos Madei-renses e Porto-santenses; ética napolítica; humildade democrática;transparência na tomada de deci-sões; honrar todas as promessaseleitorais e envolver os madeiren-ses e porto-Santenses na tomadade decisões;

2. Garantir o Estado Social –garantir o acesso à Saúde e Edu-cação para todos. O Estado Por-tuguês tem a responsabilidade deser solidário com a Madeira, à luzda Constituição, comparticipan-do com transferências financei-ras para as áreas da Saúde e daEducação;

3. Boa gestão das finanças pú-blicas - Revisão do Plano de Ajus-tamento para a Madeira e conso-lidação das finanças públicas,alargando os prazos de pagamen-to das nossas dívidas; renegociaras PPP´s, libertando assim recur-sos para apoiar a economia ecriação de emprego;

4. Diversificação da economia -Colocar a Sociedade de Desen-volvimento da Madeira (SDM)sob a alçada do Governo Regio-nal e transformar este instru-mento de diversificação da eco-

SONDAGEM

Se as eleições Regionais (Assembleia Legislativa da Madeira), fossem hoje, em quem votaria?

GLOBAL PROJECÇÃO(*)

Alberto João Jardim 26,0% 30,9%Victor Freitas 22,7% 27,0%José Manuel Rodrigues 14,3% 17,0%José Manuel Coelho 4,6% 5,5%Roberto Vieira 1,5% 1,7%Fernando Rodrigues 1,7% 2,1%Baltasar Aguiar 1,9% 2,3%Edgar Silva 4,4% 5,2%Roberto Almada 2,1% 2,5%Outro Partido/Branco/Nulo 4,8% 5,8%

Não sabe/Não responde 16,0% -(*)NOTA - Exercício meramente matemático, presumindo que os inquiridos que responderam “Não votaria” e, "Indeciso/NS/NR" se abstêm

Ficha TécnicaEstudo de Opinião efetuado pela Eurosondagem, S.A., dias 3, 4 e 5 de Novembro de 2014. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente na Região Autónoma da Madeira, e habitando em lares com telefone da rede fixa. Foram efetuadas 1.199 tentativas de entrevistas e, destas, 166 (13,8%) não aceitaram colaborar no Estudo de Opinião. Foram validadas 1.033 entrevistas. A Amostra foi estratificada por Concelhos do Funchal (46,5%) e outros Concelhos (53,5%). A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo, e desta forma aleatória resultou, em termos de sexo, (Feminino – 51,8%; Masculino – 48,2%), e no que concerne à faixa etária, (dos 18 aos 30 anos – 19,0%; dos 31 aos 59 – 49,6%; com 60 anos ou mais – 31,4%) num total de 1.033 entrevistas validadas. O erro máximo da Amostra é de 3,04%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Lisboa, 07 de Novembro de 2014. O Responsável Técnico da Eurosondagem Rui Oliveira Costa

nomia num mecanismo de atra-ção de investimento e criação deemprego;

5. Regime Fiscal próprio – So-mos a única região ultraperiféricaem que a carga fiscal real é maisalta do que no território conti-nental porque, na prática, os im-postos incidem sobre o sobrecus-to dos transportes. Temos de terum regime fiscal próprio que nosdê competitividade fiscal, que ga-ranta competitividade económi-ca e permita ultrapassar, por essavia, os constrangimentos estrutu-rais da condição de ilhéus ultra-periféricos;

6. Parceria Estratégica com aUniversidade da Madeira – en-volver a Universidade nas estra-tégias de desenvolvimento para aMadeira, tornando-a um parcei-ro efetivo no nosso desenvolvi-mento;

7. Fundos Comunitários – utili-zação destes recursos financeirospara a criação de emprego e estí-mulo à economia, com o objetivode dinamizar, modernizar e apos-tar em novos sectores de diversi-ficação da economia, como o mare as energias renováveis, que-brando a nossa dependência dopetróleo e dando robustez aonosso tecido económico;

8. Mudança na política detransportes - acabar com mono-pólios nos transportes marítimosde mercadorias, reduzindo oscustos, criar condições para umaligação entre o continente e aMadeira nos transportes maríti-mos de passageiros, baixar o pre-ço das viagens marítimas para oPorto Santo e nas viagens aéreaspara o Continente e garantir oacesso a transportes públicos ter-restes eficientes e com qualidade;

9. Descentralização das Secre-tarias Regionais – Face à macro-cefalia do Funchal, face à necessi-dade de fixar as populações nosrespetivos concelhos, face à ne-cessidade de um desenvolvimentomais homogéneo da Madeira enuma política de criação de Polosde Desenvolvimento Regional, oPS irá transferir uma sede de umaSecretaria Regional para a CostaNorte da Ilha da Madeira e outrapara a Zona Oeste da Madeira;

10. Mudança nas relações comas Comunidades Madeirenses –“a Madeira é onde estiver umMadeirense”; é com este pressu-posto que iremos criar uma novapolítica com as comunidades ma-deirenses. A Madeira terá que ex-travasar a sua dimensão física,criar uma “diplomacia económi-ca” e de relacionamento, nuncaesquecendo que vivem mais ma-deirenses fora da Madeira do queos que cá habitam.

Os Madeirensese Porto-santensespedem-nos queconstruamosuma alternativade inclusão,onde caibampartidos,movimentos deindependentes,projetos decidadania, parafazermos aMudança naMadeira.

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A um mês das eleiçõesAutárquicas no Funchal,a distância que separavaa Mudança (PS, BE,PND, PTP, PAN, MPT)do PSD era de 7,6% e serecuarmos ainda mais notempo as sondagensconhecidas davam umamaior distância ao PSDface à coligaçãoMudança. Há data acoligação tinha 6partidos, neste momentoo PS sozinho está a 3.9%de distância do PSD àescala regional. Achouma boa base de partidapara uma coligaçãoalargada com os partidosque querem umamudança políticana Madeira.

EMPATE TÉCNICO

Liliana Rodrigues integra o gru-po de deputados socialistas no Par-lamento Europeu na legislaturaque tomou posse a 1 de Julho de2014, isto na sequência das elei-ções europeias de Maio. A eurode-putada integra quatro Comissões etrês Delegações parlamentares. NaComissão do DesenvolvimentoRegional ajuda na definição daspolíticas e estratégias para o des-envolvimento regional, designada-mente os fundos europeus destina-dos a garantir a coesão social e ter-ritorial, uma questão fundamentalpara a Madeira. Liliana Rodriguesintegra também a Comissão dosDireitos das Mulheres e Igualdadede Género, a Comissão da Culturae da Educação, e ainda a subcomis-são dos Direitos Humanos. A euro-deputada madeirense está presen-

temente a elaborar um relatóriosobre as questões do Direito dasMulheres, Cultura e Educação, esupervisiona outro relatório acer-ca dos Direitos Humanos e Direi-tos das Mulheres.

A par destas comissões, a euro-deputada integra também diferen-tes delegações parlamentares, taiscomo a Delegação para as Relaçõescom a Assembleia Parlamentar daNATO com os países do Maxere-que (Egipto, Jordânia, Líbano e Sí-ria) e ainda a delegação do EURO-MED, Delegação à Assembleia Par-lamentar da União para o Mediter-râneo (Albânia, Argélia, Egipto, Is-rael, Jordânia, Líbano, Marrocos,Mauritânia, Palestina, Síria, Tuní-sia e Turquia). Na delegação doEUROMED, a Liliana Rodriguesfoi atribuída a vice-presidência da

Cultura, onde está a trabalhar nasquestões culturais com os paísesmembros desta Delegação. A euro-deputada é a única representantedo Parlamento Europeu, dividin-do-a com parlamentares nacionaisde Itália, Tunísia e Líbano.

A eurodeputada tem desenhadoum novo projecto que está a serdesenvolvido com diferentes paí-ses, nomeadamente o Egipto e oLíbano, onde tem trabalhado afin-cadamente com os embaixadoresdestes países acreditados em Bru-xelas. No caso do Líbano, LilianaRodrigues destaca o encontro tidocom Bahia Hariri, uma activista li-banesa na luta pelos direitos dasmulheres e pela educação e ondeambas projectaram actividades co-muns para reforçar a educaçãopara a paz.

UMA PRESENÇA DAMADEIRA EM BRUXELAS

PS A 3,9% DO PSD

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OS TRANSPORTESE AS ILHAS

Questão central na governaçãode uma Região, os transportes de-terminam as condições de vida doscidadãos, e devem ser alvo de aten-ção permanente. É por esta razãoque Victor Freitas, presidente doPS/Madeira, entende que a libera-lização da linha aérea não foi ummomento histórico para a Madei-ra. Conhecidos que são os valoresque o Estado gastava, e o que hojegasta em indemnizações compen-satórias, conclui-se que esta libera-lização foi má para os madeirenses.

O Governo Regional negocioumal a liberalização dos transportesaéreos ao não salvaguardar os inte-resses dos residentes com um tectomáximo no custo da viagem. De 25para 8 milhões sem negociarquaisquer contrapartidas. O que oEstado poupou podia e deveria tersido aplicado na ligação marítimacom o continente, e nas ligaçõesaéreas e marítimas com o PortoSanto, disse Victor Freitas, ao in-tervir no seminário sobre Trans-portes organizado pelo grupo par-lamentar do PS, em colaboraçãocom o Diário de Notícias.

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5AS 10 SOLUÇÕESPARA OS TRANSPORTES

Realizou-se no final do mês deOutubro a conferência sobretransportes públicos e aéreos, umaorganização do grupo parlamen-tar do PS-M, em cooperação es-treita com o Diário de Notícias.

Com uma participação plural,com intervenções tecnicamenteirrepreensíveis e com uma assis-tência atenta e participativa, pode-mos afirmar que estivemos peran-te um momento único da demo-cracia da Madeira. Todos os parti-cipantes souberam contribuir deforma elevada e decisiva para umdos temas mais relevantes para ofuturo da Região e as mais de oitohoras de debates e intervenções,com a sala sempre cheia, foram si-nónimo de interesse e relevânciado evento.

Cabe agora, por isso, uma curtasíntese das conclusões.

1. Os aeroportos e os portos dosAcores são mais competitivos quena RAM.

2. Naquela Região, as taxas aero-portuarias reflectem a necessida-de de atracção de novas rotas e sãomais baixas que no resto do país.

3. Na RAM as negociações dealargamento do aeroporto com-prometeram por largos anos a suacompetitividade e a venda daANAM não resolveu o essencialdo problema porque não só não sereduziu ainda um único euro nastaxas como a perspectiva é poucoreconfortante tendo em conta osrecentes aumentos das taxas doaeroporto de Lisboa.

4. O modelo de liberalização detransportes aéreos na Madeiranão protegeu os residentes e emparticular os estudantes. A pro-posta de liberalização em curso

para os Açores deve servir deguião para obtenção de um tectomáximo de preços de viagens en-tre a Madeira e o Continente(135euros nos Açores) e inclusão desalvaguardas ao transporte aéreode mercadorias, agora totalmentedesprotegido.

5. As alterações no modelo de li-beralização de transportes aéreosa promover pela Madeira, deve in-cluir a necessidade do bilhete cor-rido, de modo a salvaguardar o in-teresse dos residentes no PortoSanto e assegurar a continuidadeterritorial interna.

6. Por outro lado, há um modeloportuário nos Açores que traduz ointeresse dos açorianos, evitandoque a operação portuária onereexageradamente os transportesmarítimos de mercadorias .

7. Já no que respeita à operação

dos portos da Madeira, desde o es-tudo da ACIF no ano 2000 que éconsensual a necessidade de mu-dança, sobretudo por estarmos pe-rante custos da operação portuáriaque varia, entre 230% e quase400% superior à operação portuá-ria nos Açores. Na prática, é precisoassegurar que a operação portuáriaé apenas instrumental e qualquersolução deve garantir preços com-petitivos e não fomentar um negó-cio de margens exageradas.

8. A operação portuária na Ma-deria funciona em regime de li-cenciamento (único caso no país)mas apenas opera uma empresa.Neste contexto, a opção deve serpela concessão ou então pela ges-tão pública com preços controla-dos.

9. Quanto aos fretes marítimos, éfundamental uma vigilância do

sector, porque é inadmissível aevidente situação de cartel man-tendo preços elevados.

10. Num novo modelo de trans-portes marítmos deve ser salva-guardada a existência de uma li-nha marítima de mercadorias (nãocontentorizadas) e passageiros en-tre a Madeira e o Continente, alémde uma solução para os transpor-tes para o Porto Santo que reduzapara,pelo menos, metade o preçodas viagens (talvez até para todosos passageiros com recurso a umsubsídio de mobilidade) .

Finalmente, ficou claro que asregiões autónomas não podem he-sitar em exigir do governo da re-pública, qualquer que ele seja, oscompromissos constitucionais dacontinuidade territorial, pelo queos consensos entre os partidos naRegião são fundamentais.

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MACHICO ESTÁ EM MUDANÇANo passado mês de Outubro fez

um ano que os atuais órgãos autár-quicos deste Município tomaramposse. Naquele dia, atendendo àgravosa situação financeira em queo PSD deixou a Câmara de Machi-co, referiu-se que o presente man-dato permitiria pouco mais do quepagar dívida e manter a porta aber-ta. O último ano foi o confirmardisso mesmo! Os mais de 27 Mi-lhões € de dívidas apuradas em21.Out.2013, correspondiam a maisde 340% da média das receitas cor-rentes, dos últimos 3 anos, quenem chega aos 8 Milhões €. A jun-tar a esta realidade, tomou-se co-nhecimento de uma dívida a ron-dar 1 Milhão €, referente a juros demora e ainda o pedido de devolu-ção de 81.000€, pelo IFAP, por vio-lação do contrato na construção deum caminho agrícola, localizadoao sítio dos Maroços. Não esque-cendo, também, os empresários eprestadores de serviços que, no iní-cio do mandato, vieram reclamarmontantes à Câmara, por traba-lhos realizados, mas dos quais nãoexistem requisições, num valor es-timado de 500 mil euros de dívida

oculta.Com um orçamento, para 2014, a

rondar os 10,8M€, menos 1 Milhãoque o do ano anterior, 4,2 Milhõesestavam já hipotecados pela dívida,cerca de 4 Milhões para encargoscom pessoal e 2,6 Milhões para asdespesas correntes. Após tudo istosobraria o montante aproximadode 147 Mil Euros para investimen-to. Ou seja, 12.250 € por mês paraaplicar no nosso projecto político.

Logo no início do mandato umacontecimento viria a condicionar,implacavelmente, a nossa ativida-de e o exercício orçamental de2014. Falo da catastrófica intempé-rie que se abateu sobre as fregue-sias do Porto da Cruz e de SantoAntónio da Serra, em 29 de No-vembro de 2013 e da tempestadeque destruiu as infra-estruturasportuárias de Machico e do ParqueDesportivo de Água de Pena, pro-vocando prejuízos em vários mi-lhões de euros. Só os trabalhoscom as limpezas e algumas poucasreparações consumiram cerca de300 mil euros e toda a escassa mar-gem orçamental que existia. Porisso, como consequência, estamos

a viver em défice desde o início doano. Esta é pois uma Câmara quevive comprimida entre a dívida e odéfice!

Apesar das extremas dificulda-des e da falta de solidariedade doGoverno Regional, não desistimosdo nosso objectivo e continuamoso nosso trabalho de forma séria,responsável e transparente, cum-prindo com a realização de muitasiniciativas e eventos promocio-nais que identificam Machico eatraem visitantes para o nossoconcelho.De facto 2014 tem sidoum ano muito difícil, mas acredi-tamos que em 2015, se nada deanormal ocorrer, iremos imple-mentar, prioritariamente, medi-das de apoio aos munícipes caren-ciados, através da criação da LojaSocial, em conjugação com o PóloSócio Comunitário de Machico.Reconstruir o Porto da Cruz e asinfra-estruturas afectadas pelostemporais estarão entre as priori-dades, a par do atendimento à po-pulação, em igualdade e respeito,sem arrogâncias ou discrimina-ções. Sempre na perspectiva desermos diferentes, pela positiva!

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Ricardo FrancoPresidente da CâmaraMunicipal de Machico

Ao tomar posse como Presidenteda Câmara Municipal do PortoSanto, deparei-me de imediatocom um conjunto de situaçõescomplexas, sem aparente resolu-ção, envoltas em incumprimentostécnicos, administrativos, legais efinanceiros. Confesso que esta rea-lidade já era por mim esperada. Noentanto, não é motivo que leve aque os assuntos passem a ser de fá-cil resolução.

A pouco e pouco, tenho vindo aformar uma equipa coesa, prepara-da do ponto de vista técnico, querdentro dos serviços camarários,quer através de recurso a presta-ção de serviços de empresas priva-das, e que acredito ser a melhor

para dar resposta e solução prática,legal e necessária a todas as situa-ções que o exijam.

Alguns dos desafios a que mepropus, já foram alcançados. Des-taco a devida alteração ao organi-grama da Câmara, possibilitando ainternalização dos 42 trabalhado-res das empresas municipais emprocesso de extinção, problemadeixado pelo anterior executivo, ecuja solução, sem aumentar encar-gos para a autarquia, veio evitardespedimentos e males maiorespara as suas famílias.

Criámos um plano de emergên-cia social, cuja face mais visível é anossa loja solidária, que tem acudi-do e ajudado, através de interven-ções urgentes e imediatas, muitasfamílias em sérias dificuldades,fruto do aumento do desemprego,designadamente com géneros ali-mentícios, vestuário, material es-colar e outros apoios sociais.

Foi aprovada em Reunião de Câ-mara e recentemente em Sessão deAssembleia Municipal, a reduçãodo IMI, conforme promessa feita àpopulação, e cujas taxas se encon-tram fixadas nos valores máximose que oneram e castigam severa-mente as famílias com uma eleva-da despesa. Pretendeu-se diminuira carga fiscal, que tem vindo a de-sincentivar o investimento e atro-fiar a economia local.

Ainda há mais projectos para o

curto prazo, que serão implemen-tados tendo em vista acolher me-lhor os nossos turistas e satisfazermelhor as necessidades colectivasda população, que brevemente se-rão anunciados, após a conclusãoda elaboração da proposta de orça-mento para o próximo ano de 2015.

Portanto, faço um balanço mui-to positivo deste meu primeiroano de mandato, em que apesarde dispormos de pouco dinheiro ede poucos recursos financeiros,ainda assim, desenvolvemos pro-jectos e eventos que marcam amudança para melhor e com pou-panças significativas comparati-vamente aos mandatos dos meusantecessores.

Fomos de encontro à vontade dapopulação, ao nosso legado históri-co, patrimonial e cultural, honran-do os compromissos prometidos.

Porque a nossa força e ação vêmsempre do povo do Porto Santo edos nossos irmãos madeirensesque aqui têm a sua segunda casa ounos visitam frequentemente.

Denunciamos aquilo que consi-deramos errado e da má gestão au-tárquica dos últimos anos.

Denunciamos situações concre-tas, que contribuíram para o endi-vidamento da Câmara.

No que concerne a este executi-vo camarário, considero que esta-mos a conseguir alcançar os objeti-vos a que nos propusemos:

Uma gestão autónoma, indepen-dente e que mobiliza todos no des-envolvimento, em prol da criaçãode emprego e dinamização da eco-nomia local.

O nosso trabalho orienta-sesempre pelo princípio da solidarie-dade, um eixo fundamental danossa ação política, que tem pri-mado pela proteção dos mais ca-renciados.

Seriedade, justiça, imparcialida-de, verticalidade e transparênciatêm sido os valores pelos quais nosnorteamos na defesa intransigentedos direitos e interesses legítimosdo Porto Santo.

Tenho muito pouco tempo paraa minha família, uma vez que osproblemas e assuntos da Câmaraexigem muito tempo e dedicação àcausa pública. Mas, o pouco tempocom os meus filhos e esposa temde ser de qualidade. Esforço-mepor isso, e não me arrependo de terassumido este compromisso com oPorto Santo.

Peço à população que estejaatenta e da mesma forma que fazcom este executivo camarário, fis-calize de forma rigorosa e interes-sada a acção da Assembleia Muni-cipal do Porto Santo e dos mem-bros que a compõem, não permi-tindo que o mesmo bloqueie a ges-tão camarária, pois este órgão temigual ou superior responsabilidadeno futuro desta ilha.

Filipe MenezesPresidente da CâmaraMunicipal do Porto Santo

PORTO SANTO RENOVADOCriámos um planode emergênciasocial, cuja facemais visível é anossa lojasolidária, que temacudido e ajudado,através deintervençõesurgentes eimediatas, muitasfamílias em sériasdificuldades, frutodo aumento dodesemprego,designadamentecom génerosalimentícios,vestuário, materialescolar e outrosapoios sociais.

Apesar das extremasdificuldades e dafalta desolidariedade doGoverno Regional,não desistimos donosso objectivo econtinuamos onosso trabalho deforma séria,responsável etransparente,cumprindo com arealização de muitasiniciativas e eventospromocionais queidentificam Machicoe atraem visitantespara o nossoconcelho.

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Nas eleições autárquicas do anopassado, fez-se história, abrindo-seum tempo novo na Região Autóno-ma da Madeira, em geral, e no Fun-chal, em particular com a vitória dacoligação “Mudança”, numa uniãode partidos e de cidadãos indepen-dentes. Temos a perfeita noção dasnossas responsabilidades e das ex-pectativas que recaem sobre nós. Sa-bemos as esperanças que os cida-dãos depositaram e continuam a de-positar no nosso projeto. O balanço

Paulo CafofoPresidente da CâmaraMunicipal do Funchal

Mas queremos mais. Queremosuma cidade com futuro. Temos umaambição, preparar e planear estrate-gicamente a cidade para os próxi-mos 20 anos. Planear o Funchal re-quer estudo, diagnósticos e formula-ção de medidas para implementa-ção das opções políticas.

A nível de planeamento e ordena-mento do Funchal estão em curso 5projetos que irão definitivamentemudar o paradigma de desenvolvi-mento urbano do Concelho e deixa-rão a nossa cidade melhor do que aencontramos, uma cidade melhorpara os nossos cidadãos e visitantes,uma cidade melhor organizada e es-truturada para os anos vindouros. Arevisão do Plano Diretor Municipal,o Programa de Revitalização do Co-mércio, o Plano de Mobilidade eTransportes, o Programa de Reabili-tação Urbana (Cidade Com Vida), eo programa Funchal Digital/Loja doMunícipe, são 5 projetos que res-pondem a desafios fulcrais de umacidade do século XXI: o ordena-mento urbanístico e do território, adinamização da atividade económi-ca, o planeamento dos fluxos de cir-culação urbana, a reabilitação do pa-trimónio e revitalização da cidade, e

é, para já, deveras positivo ainda quesó muito recentemente tenhamoscompletado, mais exatamente a 21de Outubro, um ano de governaçãoda Câmara Municipal do Funchal,ainda para mais num quadro demaioria relativa, o que é a primeiravez que acontece.

As dificuldades de governar oMunicípio do Funchal, a “cidade-ca-pital” da Região Autónoma da Ma-deira, onde estão sediadas as insti-tuições de maior relevo, os serviçospúblicos e privados essenciais aobem-estar, segurança e qualidade devida, em que se encontra situado ogrosso do tecido empresarial, a uni-versidade e as principais escolas, sãoconstantes e diárias. Como é óbvionão estamos imunes aos constrangi-mentos político-económicos do paíse da Região nem ao pesado legadoque a anterior vereação, um endivi-damento que ascendia no final de2013 a 96 Milhões de Euros. Esta-mos a prosseguir uma política degestão financeira rigorosa, e cum-pridora, onde se salienta que em ter-mos de execução conseguiremosbaixar a dívida global da autarquia,em 2014, em cerca de 12 Milhões deEuros, e contamos reduzir em 2015

um valor semelhante. Estamos a pa-gar as dívidas do passado, estamos afazer um esforço de redução dosgastos correntes, mantendo aindaum valor considerável para investi-mento, que é insuficiente para asnossas ambições, mas é o que pode-mos.

Não podemos deixar de recordarque os anteriores executivos lidera-dos por Miguel Albuquerque, recor-reram constantemente à ajuda doEstado para tentar pagar a fornece-dores. Além do PAEL em 2013, novalor de 29 Milhões de Euros, em2008 e em 2009 houve os progra-mas a “Pagar a Tempo e Horas” ePREDE, no valor de 17,5 Milhões deEuros.

Há aqui uma diferença clara entrea Mudança e o PSD. Nós estamos afazer obra e conseguimos reduzir adívida.

Mas a mudança de paradigma degovernação começa a tornar-se evi-dente nas suas práticas de gestão fi-nanceira. Pela primeira vez em mui-tos anos o Município do Funchalnão tem pagamentos em atraso,num esforço, sem paralelo, em hon-rar os compromissos assumidospara com os seus fornecedores.

a preparação da administração au-tárquica para responder com maiseficácia e rapidez aos cidadãos e àssuas necessidades.

Mas a nossa acção na CâmaraMunicipal do Funchal vai mais alémdestes 5 grandes projectos. Prome-temos apoiar as pessoas, não deixan-do ninguém para trás e estamos a fa-zê-lo. Estamos a baixar progressiva-mente o IMI, devolvemos no anopassado e este ano 1% do IRS às pes-soas, lançámos o Programa de Com-participação de Medicamentos aIdosos, o Subsídio Municipal ao Ar-rendamento, o Programa de Forma-ção e Ocupação em Contexto deTrabalho, o Programa Municipal deApoio à Reparação e Beneficiaçãode Habitações Degradadas.

É certo que os desafios que anossa cidade enfrenta são difíceismas estamos convictos que esta-mos no caminho certo e que osconseguiremos ultrapassar. Conta-mos com todos para o caminhoque traçamos e apresentamos aosfunchalenses. Fazer do Funchaluma cidade em que todos nos or-gulhemos e que seja exemplar, nassuas múltiplas valências, para osseus habitantes e visitantes.

UM TEMPO NOVO7

PROMETEMOS E ESTAMOS A CUMPRIRNa sequência da gestão do exe-

cutivo do Partido Socialista à fren-te dos destinos da Câmara Muni-cipal do Porto Moniz e no entendi-mento do que seria premente paraos munícipes deste Concelho, es-tabeleceram-se prioridades quevão ao encontro das suas dificul-dades, contribuindo para a melho-ria das condições de vida, sendoque para nós as pessoas estão sem-pre em primeiro lugar.No domínioda intervenção social, a CâmaraMunicipal do Porto Moniz temdesenvolvido um trabalho trans-versal a toda a comunidade, tendopor base a estrutura familiar, des-de os mais jovens aos mais idosos.

FUNCIONAMENTODOS BOMBEIROS 24HORAS POR DIA

Porque o Governo Regional daMadeira da responsabilidade doPSD fez a maldade ao povo doPorto Moniz de fechar as urgên-cias no período noturno e aos fins-de-semana, prometemos que aCorporação de Bombeiros iriafuncionar 24 horas por dia duran-te toda a semana no quartel sedea-do no Parque Empresarial do Por-to Moniz ao sítio da Santa, e passa-dos sete meses (em 02 de Junhode 2014) já estavam a funcionar

com o apoio da Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntáriosde São Vicente e Porto Moniz.

REFORÇO DOS APOIOSÀ EDUCAÇÃO

Os estudantes do Concelho e assuas famílias são nossas testemu-nhas de que prometemos e cum-primos, e, em várias vertentes, no-meadamente através da atribuiçãode Manuais Escolares aos alunosdo 1º, 2º, 3º Ciclos e Secundário, afrequentarem as escolas do Con-celho, possibilitando os transpor-tes escolares gratuitos a toda a po-pulação escolar, assim como a atri-buição de Bolsas de Estudo aosalunos do Concelho que frequen-tam o Ensino Superior, sendo que,os que o fazem fora da nossa Re-gião Autónoma têm direito a duaspassagens por ano letivo.

LEVANTAMENTO DASNECESSIDADES DAPOPULAÇÃO IDOSA

De referir igualmente a cele-bração de protocolo com a Asso-ciação de Desenvolvimento daCosta Norte da Madeira para ela-boração de um estudo de caracte-rização da população idosa doConcelho do Porto Moniz, quepermitirá identificar a condição e

necessidades de cada idoso.

PROTOCOLOS COM AS QUATROJUNTAS DE FREGUESIA DOCONCELHO

Trabalhamos no sentido de me-lhorar as condições de interven-ção junto da população, através deuma maior proximidade da Câma-ra Municipal às Juntas de Fregue-sia do Concelho, com quem, inde-pendentemente da sua cor políti-ca, foram celebrados acordos deexecução que irão ser preciosos nadefinição de ajudas adequadas àsnecessidades de cada freguesia doConcelho.

ACTIVIDADES CULTURAIS,DESPORTIVAS, RECREATIVAS EDE LAZER EM PARCERIA COMDIFERENTES INSTITUIÇÕES

A celebração de protocolos e es-tabelecimentos de parcerias possi-bilitou a promoção de atividadesculturais, recreativas e desportivasabrangentes a todas as faixas etá-rias.

MANUTENÇÃO, PREVENÇÃOE SEGURANÇA

A par da intervenção social, asações em prol da melhoria daqualidade do espaço público sãoconstantes, não esquecendo as in-

tervenções levadas a cabo no es-paço rural que visam a segurançada população, destacando-se adesobstrução e limpeza de linhasde água que não eram alvo de ma-nutenção há muitos anos.

APOIO À ACTIVIDADEAGRÍCOLA E TURISTICA

Têm sido igualmente garanti-das condições de acesso e execu-tadas infraestruturas que contri-buem para o desenvolvimento daatividade agrícola e da estruturaempresarial associada ao turis-mo.

Tudo isto e muito mais a serexecutado apesar da herança dei-xada pelos autarcas do PSD, daqual ainda se vangloriam, de nosterem deixado uma dívida de qua-tro milhões, cento e noventa enove mil, cento e quatro euros edezoito cêntimos, (4.199.104,18 €),da qual já pagamos 652.569,10 €.

Temos consciência que muitaainda falta fazer, mas não nos pe-çam para fazer num ano aquiloque prometemos para quatroanos e muito menos não exijamque façamos em tão pouco tempoaquilo que outros (autarcas doPSD) não fizeram em quarentaanos, e agora são eles mesmo aexigir!

Emanuel CâmaraPresidente da CâmaraMunicipal do Porto Moniz

Page 8: PS-M Mudança - 14-11-2014

Olavo CâmaraLíder da JS Madeira

AJuventude Socialista Madeira(JS Madeira) enfrentou ao longodos últimos meses mudanças pro-fundas na sua estrutura interna. NoCongresso realizado em Junho, Ola-vo Câmara foi eleito líder para ospróximos dois anos. Licenciado emDireito pela respetiva Faculdade daUniversidade de Lisboa, e com 24anos de idade, tem em curso o está-gio em advocacia, que acumula tam-bém com a função de presidente daassembleia de freguesia do PortoMoniz. Olavo Câmara assume a von-tade de corporizar a Mudança, co-meçando precisamente pelas faixasetárias mais jovens que mais sofremcom a crise a austeridade.

Que balanço faz dos primeiros meses do seu mandato? Depois docongresso do passado mês de Junho,em que fui eleito Presidente da JSMadeira, atravessámos um longoprocesso, ainda por concluir, de re-dinamização da nossa estrutura, oque exigiu um grande esforço pes-soal de todos aqueles que me acom-panharam deste o momento em queassumi a minha candidatura à lide-rança da JS. Após a minha eleição, aprimeira e principal preocupaçãoque tive foi procurar unir os militan-tes da JS em torno de um projeto emque todos acreditassem e do qual to-dos se sentissem parte integrante.Num primeiro momento apostámosnuma estratégia de aproximação econtacto individual aos militantes,de forma a voltar a atraí-los para oprojeto de alternativa política que aJS Madeira deve representar. Numsegundo momento, procurámos en-volver todos os militantes no pro-cesso de reconstrução e relança-mento da JS Madeira, nomeada-mente através das visitas aos dife-rentes concelhos e freguesias da Re-gião que temos levado a cabo em ar-ticulação com o PS.

Que estratégia adotou para, como diz, relançar a JS Madeira? O pro-cesso de redinamização da JS é,como disse anteriormente, um pro-cesso por acabar, que se faz diaria-mente. Creio que demos um exce-lente primeiro passo no CongressoRegional, onde procurámos conci-liar a experiência existente na estru-tura, através da continuidade de al-guns dos militantes mais velhos nosórgãos, à energia e ideias que os no-vos militantes e aqueles que volta-ram a reaproximar-se da JS trouxe-ram. Depois do Congresso elegemosos restantes órgãos da JS e tambémnesse momento procurámos cha-mar todos os jovens militantes a par-ticiparem nesse processo. Creio queo expoente máximo dessa tentativade reaproximação aos jovens mili-

“A JS defende umpasse único combinadoe o regresso da tarifade estudante, com50% de desconto nopreço estabelecido”Olavo Câmara, novo líder da JS/M

tantes foi o XVI Acampamento Re-gional da JS Madeira, iniciativa rea-lizada em Agosto, no Porto Santo, eque envolveu duas centenas de jo-vens da Madeira e do Porto Santo.

Que avaliação faz desse momen-to? São vários os factos que compro-vam o seu sucesso: o primeiro, o deque esta foi a maior iniciativa destegénero alguma vez realizada pela JSMadeira, tendo mobilizado, comodisse, sensivelmente 200 jovens. Se-gundo, não foi só a maior iniciativada história da JS Madeira, foi igual-mente a maior iniciativa do Verãorealizada pela estrutura da JS a nívelnacional, o que é bem demonstrati-vo da capacidade de mobilizaçãoque demonstrámos. Finalmente, apresença de figuras ilustres do PSMadeira, como o seu Presidente ePresidente Honorário, deputados eautarcas, bem como da JS, nomea-damente o Secretário-Geral Nacio-nal, e a cobertura mediática regista-da demonstram que fomos capazesde levar a nossa mensagem para ládas fronteiras da JS.

Que soluções defende para os problemas da juventude da Madeira e do Porto Santo? Hoje já todosidentificámos uma prioridade paraos jovens da Madeira e do PortoSanto: a mobilidade. Sabemos hojeque há jovens da Madeira que nunca

visitaram o Porto Santo – realidadeque constatámos com muitos dos jo-vens que participaram no nossoacampamento – e vice-versa; sabe-mos que há jovens que nunca visita-ram o Continente; sabemos tambémque há muitos estudantes que, de-pois de viajarem para Lisboa, sevêem impedidos de viajar para casano Natal e no final do ano, como sa-bemos que voltará a acontecer esteano. Foi por isso mesmo em Julho,menos de um mês depois de tomarposse, discuti esta matéria com osdeputados do PS e da JS na Assem-bleia da República, um dia antes deser tornada pública a proposta en-tretanto aprovada nos Açores para amobilidade aérea. É inadmissívelque passados 5 meses o Governo daRepública e o Governo Regionalcontinuem sem capacidade de res-posta para esse problema. É uma in-capacidade que têm demonstradoigualmente no sector da Educação,onde levámos a cabo um Roteiro epassámos por várias instituições, deforma a conhecermos melhor osproblemas do sector e a trabalhar-mos em soluções conjuntas com osseus principais intervenientes.

Acha que a mobilidade resolve tudo? Repare, a mobilidade não é asolução para todos os problemas,mas é uma solução transversal a

grande parte dos problemas que aregião enfrenta. Por um lado, se ga-rantirmos uma mobilidade maríti-ma e aérea mais barata, garantire-mos uma maior capacidade detransporte humano e material, o quebeneficiará a economia da região,quer ao nível empresarial, quer aonível turístico. Por outro lado, é fun-damental dinamizar a economiamadeirense para o exterior e isso sóse fará quando as ligações ao restodo país e do mundo não forem umentrave, por força das taxas portuá-rias e aeroportuárias que hoje vigo-ram. A mobilidade é uma soluçãopara a economia, para a saúde, parao desporto e para a economia. E aquirealço também a mobilidade terres-tre: se em Lisboa é possível ter umpasse único, porque não é possívelna Madeira? A JS defende um passeúnico combinado e o regresso da ta-rifa de Estudante, com 50% de des-conto no preço estabelecido. O pro-blema da mobilidade é um cancroque é preciso erradicar do dia-a-diada população madeirense, sob penade continuar a asfixiá-la aos poucos.

Quais são as próximas etapas des-te projeto? Para já teremos no iníciodo mês de Dezembro o CongressoNacional da JS, que procuraremosaproveitar como momento de for-mação política dos nossos quadros

mais jovens e de aproximação à rea-lidade política nacional. Posterior-mente procederemos às eleiçõespara as Concelhias, em que procura-remos relançá-las ou criá-las em to-dos os concelhos da região. Paralele-mente a isso continuaremos com anossa atividade política, de forma aencontrarmos soluções para os pro-blemas dos jovens da Madeira e doPorto Santo. O nosso grande objeti-vo mantém-se inalterado desde oprimeiro dia: chegar às próximaseleições regionais com uma capaci-dade de mobilização e de interven-ção política nunca antes vista na JS,capaz de empurrar definitivamentea juventude, a Madeira e o PortoSanto para um novo momento polí-tico pelo qual todos anseiam.

Como perspetiva os atos eleitorais que decorrerão em 2015? Creio quedepoisdeumperíodomaisatribuladonavidainternadoPS,anívelnacionaledecertaformaanívelregional,agoraé hora de em conjunto construirmosumprojetosólidodealternativapolíti-ca para o país e para a Região. Qual-quer um desses projetos deve ter so-bretudo em mente um ponto funda-mental:ofuturodopaísedaRegião,ouseja,asuajuventude.Governarparaosjovens é também governar com os jo-vens–eporissomesmotudofaremosparaserumavozativanesseprocessoe para garantirmos que, independen-tementedoscenáriospolíticosquefo-remconstruídosatélá,estaremosnali-nhadafrente,nãoapenasdocombatepolítico, mas igualmente da constru-çãodeumasoluçãopolíticoparaopaíse para a Região. Eu tenho a certezaque os jovens serão decisivos na mu-dançapolíticadaMadeira.

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“OS JOVENS SERÃO DECISIVOSNA MUDANÇA POLÍTICA DA MADEIRA”

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