Psicologia
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Disciplina: Psicologia da Educação
e Aprendizagem.
Unidades: 02
Professora: Alelis Izabel
• Conhecer as características das principais teorias psicológicas
que investigam a aprendizagem;
• Caracterizar as principais teorias psicológicas sobre
aprendizagem, suas contribuições e limitações para a educação;
• Compreender o desenvolvimento da educação de jovens e
adultos, seus objetivos e funções;
• Conhecer as contribuições de Paulo Freire: o método proposto e
desenvolvido na Educação de jovens e adultos;
• Correlacionar os enfoques teóricos da aprendizagem: Piaget,
Vygotsky, Wallon, Freire.
Um olhar histórico sobre as teorias de
aprendizagem;
Jean Piaget;
Lev Vygotsky;
Henri Wallon;
Paulo Freire.
Para compreender as teorias de aprendizagem é importante voltar ao
conceito de aprendizagem, onde a palavra APRENDER é derivada do latim
APREHENDERE que significa: AGARRAR, APODERAR-SE DE ALGO.
Definido aprendizagem – processo no qual o indivíduo apropria-se de certos conhecimentos e habilidades.
No entanto surgiram múltiplas visões cientificas para a pesquisa da aprendizagem, como veremos:
PIAGET: contribuições contemporâneas para conceituação de aprendizagem;
VYGOTSKY: teoria sociocultural; WALLON: a afetividade como elemento do
aprendizado cognitivo; PAULO FREIRE: teoria sobre a educação de
jovens e adultos.
INATISMO: sustenta que a conduta e o conhecimento humano são os resultados de capacidades inatas;
AMBIENTALISMO: o organismo é adaptado ao seu ambiente, incluindo o ambiente interno ao organismo, de forma a manter a vida;
INTERACIONISMO: desenvolvimento humano se dá numa rede de relações, num jogo de interações em que diferentes papéis complementares são assumidos e atribuídos pelos e aos vários participantes. O que um sujeito é em cada momento está ligado às interações que ele estabelece com outros sujeitos, aos papéis que assume em relação aos outros e os outros em relação a ele.
O comportamento resulta de um processo
de APRENDIZAGEM.
Todo comportamento pode ser
condicionado, por meio do controle e
manipulação das variáveis ambientais.
O comportamento compreende apenas as
reações observadas de forma direta.
O comportamento operante não é automático, nem
há um estímulo específico com o qual se possa
relacioná-lo.
No condicionamento operante, a resposta do
organismo produz uma modificação
comportamental que tem efeitos sobre ele. A essa
modificação denomina-se REFORÇO.
REFORÇO é um fator que aumenta a possibilidade
de uma resposta ocorrer em determinada situação.
1. Controle do estado de privação.
2. Controle da contiguidade temporal entre a
resposta e o reforço.
3. Introdução de reforço (positivo ou
negativo) e, em alguns casos, punição.
4. Controle do processo de extinção do
comportamento condicionado.
REFORÇO POSITIVO: estímulo que aumenta a incidência
da resposta, quando é apresentado simultaneamente a
ela.
REFORÇO NEGATIVO: estímulo que aumenta a incidência
da resposta, quando é eliminado simultaneamente a ela.
PUNIÇÃO: consiste na apresentação de estímulo
aversivo ou na retirada de um estímulo positivo após a
emissão de uma resposta inadequada. A punição
elimina a resposta, mas não “ensina” como agir
a aprendizagem é uma mudança de estado interior
que se manifesta através da mudança de
comportamento e na persistência dessa mudança
a aprendizagem é uma mudança comportamental
persistente e ocorre quando o indivíduo interage com
seu ambiente externo
maturação = resultante do desenvolvimento de
estruturas internas e requer somente
desenvolvimento interno
Informação verbal
Habilidades Intelectuais
Estratégias Cognitivas
Atitudes
Habilidades Motoras
o “saber como” em comparação com o
“saber o que” da informação podem ser
subdivididas em muitas subcategorias que
podem ser ordenadas de acordo com sua
complexidade mental.
A instrução é a atividade de planejamento e
execução de eventos externos à
aprendizagem com a finalidade de
influenciar os processos internos para
atingir determinados objetivos
professor = gerente da instrução
Situa-se entre o behaviorismo e o
cognitivismo;
estímulos, respostas, estimulação do
ambiente, etc. X processos internos da
aprendizagem e a importância das teorias
de aprendizagem.
JEAN PIAGET (1896- 1980)
Princípios que fundamentam sua Princípios que fundamentam sua
teoriateoria:
Construtivismo – conhecimento resulta
da ação do sujeito sobre objetos do
conhecimento.
Interacionismo – conhecimento resulta
de trocas realizadas pelo sujeito com
o meio ou com os objetos de
conhecimento (ideias, sentimentos,
valores, crenças)
Estruturalismo – construção vai além dos
conteúdos da interação, constrói-se a
capacidade de pensar, de organizar, de
conhecer. Ou seja, as próprias estruturas
mentais, vão, durante o processo de
construção de conhecimentos, tornando-se
cada vez mais complexas.
Genético – associado à idéia de gênese, de
evolução. Entre uma estrutura (ponto de
partida) e uma estrutura mais complexa
(ponto de chegada) temos um processo de
construção. A construção de uma nova
estrutura se dá, necessariamente, pela
conservação e superação da estrutura
anterior.
Sensório-motor: nascimento até 18/24 meses. Presença da inteligência, mas não do pensamento.
Inteligência – solução de um problema novo (coordenação de um meio para atingir um fim),
Pensamento – inteligência interiorizada, apoiada sobre o simbolismo.
Pré-Operatório: 2 anos até 7/8 anos. Função Simbólica – representar uma coisa por meio de
outra Realiza no plano da representação o que foi construído
anteriormente.
Operações Concretas: 7/8 anos até 12/15 anos
Lógica dirigida a objetos manipuláveis. Capacidade de
conservar um objeto no decurso das transformações que
são reversíveis..
Operações Formais: 12 anos
Lógica do discurso. Raciocínio sobre enunciados verbais,
raciocinar sob o ponto de vista do outro. Raciocínio
hipotético-dedutivo.
A construção do conhecimento ocorre quando acontecem
ações físicas ou mentais sobre objetos que provocam o
desequilíbrio.
Teoria psicológica, com enfoque nas interações socioculturais . - O
desenvolvimento dos processos psicológicos superiores
( consciência ) do sujeito e da humanidade resultam de um processo
sócio-histórico .
- Desenvolvimento : do intersubjetivo (de fora - exógeno) para o
intrasubjetivo (para dentro - endógeno).
Daí a importância da cultura. - Tipos de conceito: * cotidianos:
presentes na vida diária e formulados via linguagem. * científicos:
formulados a partir da aprendizagem sistematizada (escola).
VYGOTSKY (1896 - 1934)
Quatro planos de desenvolvimento:
- Filogênese : história da espécie animal, definindo limites e possibilidades
de desenvolvimento psicológico. Plasticidade do cérebro humano.
- Ontogênese : desenvolvimento de um indivíduo de uma determinada
espécie. Ligado à filogênese.
- Sociogênese : história da cultura na qual o sujeito está inserido. As
formas de funcionamento cultura constituem o desenvolvimento humano.
- Microgênese : cada fenômeno psicológico tem sua própria história . A
percepção das singularidades de cada sujeito cognoscente rompe com o
primado determinista presente nas 3 entradas acima.
Mediação simbólica: a relação do homem com o mundo é mediada por
instrumentos (natureza concreta) e por signos (natureza simbólica).
Pensamento e linguagem:
- Os signos são construídos culturalmente . - Língua : principal
instrumento de representação simbólica .
- Através do intercâmbio social, via linguagem, a criança vai da
inteligência prática (plano concreto, sem mediação simbólica)
para a inteligência abstrata (plano simbólico).
- Funções da linguagem :
* comunicação (também entre os animais). * visão de mundo
(pensamento generalizante) - o ato de nomear é o ato de
classificar e, por conseguinte, de generalizar e abstrair.
- Linguagem : organizadora do pensamento .
ESTUDAR QUADRO COMPARATIVO DA PÁGINA
111
A teoria do desenvolvimento humano de
Henri Wallon e sua interface com a
educação Nasceu na França em 1879
Seu pensamento tem raízes no materialismo histórico dialético.
(indivíduo e meio se modificam reciprocamente)
Tentativa de ver a criança de um modo mais integrado, levando
em consideração os domínios cognitivo, afetivo e motor. Não
dissociar campos que são indissociáveis (afetividade e
inteligência).
Estudo do desenvolvimento humano a partir do desenvolvimento
psíquico da criança.
Desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por
contradições e conflitos, retrocessos e reviravoltas. A passagem
dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente.
Estágios ou Estádios do Desenvolvimento da Criança
1) Impulsivo-emocional ocorre no primeiro ano de vida
expressões/reações generalizadas e indiferenciadas de
bem estar/mal estar. predominância da afetividade
orienta as primeiras reações do bebê às pessoas. as
emoções são o primeiro recurso de interação do bebê
com o meio social. Emoções são extremamente
contagiosas entre os indivíduos.
Estágios ou Estádios do Desenvolvimento da Criança
2) Sensório-motor e projetivo inicia-se por volta de
um ano e se estende até os três anos de idade.
caracteriza-se pela investigação e exploração da
realidade exterior. o andar e a linguagem darão
oportunidade à criança de ingressar em um novo
mundo, o dos símbolos. Linguagem estrutura o
pensamento. Importância de se afinar o olhar para o
movimento.
Estágios ou Estádios do Desenvolvimento da Criança
3 ) Personalismo Por volta dos três aos seis anos.
Enriquecimento do eu e a construção da personalidade.
Oposição ao outro busca de afirmação de si. Sedução
a criança tem necessidade de ser admirada, para se
admirar também. Imitação personagens são criados a
partir das pessoas que a criança admira. Inteligência se
apóia fortemente na atividade motora. Sincretismo não
separa a qualidade da coisa em si.
Estágios ou Estádios do Desenvolvimento da Criança
4) Pensamento Categorial Entre os 6 e 11 anos. Marca
a diferenciação entre o eu e o mundo exterior, em que
a criança aprende a perceber o que é de si e o que é
do outro. Pensar a realidade a partir de categorias.
Emergência de uma capacidade nova para a criança: a
atenção. É fundamental a interação do indivíduo com a
cultura.
Estágios ou Estádios do Desenvolvimento da Criança
5) Puberdade e Adolescência A crise pubertária rompe
a “tranquilidade” afetiva que caracterizou o estágio
categorial e impõe a necessidade de uma nova
definição dos contornos da personalidade,
desestruturados devido às modificações corporais
resultantes da ação hormonal. Oposição sistemática ao
adulto. Busca diferenciar-se do adulto.
A criança não é resultado linear do meio em que
vive. Vive em vários meios: familiar/escolar. Meios
não concretos: valores (família/escola/comunidade).
Essa diversificação é importante para o
enriquecimento das crianças. Escola oferece
lugares diferentes para a criança ocupar. Escola é
um lugar onde se educa, mas, principalmente, onde
se deve estudar a personalidade da criança.
Organização do espaço e do tempo.
Educar é conhecer, é ler o mundo, para poder
transformá-lo (Paulo Freire)
• PARA ISSO precisamos de: amorosidade; respeito
aos outros, tolerância; humildade, gosto pela
alegria e pela vida, disponibilidade à mudança;
recusa ao fatalismo; abertura ao novo,
identificação com a esperança.
(Paulo Freire)
Com certeza, podemos dizer que o pensamento
de Paulo Freire é um produto existencial e
histórico. Ele forjou seu pensamento na luta, na
práxis, entendida esta como "ação + reflexão",
como ele a definia. Ele nos dizia que práxis
nada tinha a ver com a conotação freqüente de
"prática" em sua acepção pragmatista ou
utilitária. Para ela práxis é ação transformadora
A constituição do seu método pedagógico, Paulo
Freire fundamentava-se nas ciências da
educação, principalmente a psicologia e a
sociologia; teve importância capital a
metodologia das ciências sociais.
A sua teoria da codificação e da descodificação
das palavras e temas geradores
(interdisciplinaridade), caminhou passo a passo
com o desenvolvimento da chamada pesquisa
participante.
O que chamou a atenção dos educadores e políticos
da época foi o fato de que o método Paulo Freire
"acelerava" o processo de alfabetização de adultos.
Paulo Freire não estava aplicando ao adulto
alfabetizando o mesmo método de alfabetização
aplicado às crianças.
É verdade, outros já estavam pensando da mesma
forma. Todavia, foi ele o primeiro a sistematizar e
experimentar um método inteiramente criado para
a educação de adultos.
De maneira esquemática, podemos dizer
que o "Método Paulo Freire" consiste de três
momentos dialética e interdisciplinarmente
entrelaçados:
a) A investigação temática, pela qual aluno e professor buscam, no
universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras
e temas centrais de sua biografia.
Esta é a etapa da descoberta do universo vocabular, em que são
levantadas palavras e temas geradores relacionados com a vida
cotidiana dos alfabetizandos e do grupo social a que eles pertencem.
Essas palavras geradoras são selecionadas em função da riqueza
silábica, do valor fonético e principalmente em função do significado
social para o grupo. A descoberta desse universo vocabular pode ser
efetuada através de encontros informais com os moradores do lugar
em que se vai trabalhar, convivendo com eles, sentido suas
preocupações e captando elementos de sua cultura
b) A tematização, pela qual professor e aluno
codificam e decodificam esses temas;
ambos buscam o seu significado social, tomando
assim consciência do mundo vivido. Descobrem-
se assim novos temas geradores, relacionados
com os que foram inicialmente levantados.
É nesta fase que são elaboradas as fichas para a
decomposição das famílias fonéticas, dando
subsídios para a leitura e a escrita
c) A problematização, na qual eles buscam superar uma
primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a
transformação do contexto vivido.
Nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato
para o concreto, volta-se ao concreto problematizando-o.
Descobrem-se assim limites e possibilidades existenciais
concretas captadas na primeira etapa.
Evidencia-se a necessidade de uma ação concreta, cultural,
política, social, visando à superação de situações-limite, isto é,
de obstáculos ao processo de hominização. A realidade
opressiva é experimentada como um processo passível de
superação. A educação para a libertação deve desembocar na
práxis transformadora
ESTUDAR QUADRO DA PÁG 133
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ANDRAGOGIA E PEDAGOGIA
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da
procura, fora da boniteza e da alegria.Paulo Freire
BONS ESTUDOS!!!!