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um pouco sobre a psicoloia como ciência e profissão.

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  • ASSOCIAO VITORIANA DE ENSINO SUPERIOR - AVIES INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR E FORMAO AVANADA DE

    VITORIA IESFAVI

    EDMAR SOARES ARRUDA JUNIOR WILLIAN QUEIROS

    PAULO RAPHAELA MIRELLY

    ENTREVISTA

    VITORIA 2015

  • EDMAR SOARES ARRUDA JUNIOR WILLIAN QUEIROS

    PAULO RAPHAELA MIRELLY

    ENTREVISTA

    Trabalho avaliativo do curso de Psicologia apresentado ao Instituto de Ensino Superior e Formao Avanada de Vitria - IESFAVI, como requisito para obteno da nota NP1.

    Professora: Luciana

    VITORIA 2015

  • INTRODUO

    Este trabalho visa apresentar os diferentes campos de atuao do psiclogo,o incio e

    evoluo da psicologia como cincia e profisso com ateno na formao

    acadmica at a sua insero no mercado de trabalho incluindo uma entrevista com

    psiclogo. Sendo principal foco no debate em sala, no qual poderemos expor aos

    colegas de classe a realidade percebida durante a entrevista. E discutindo a forma

    em que passado esse conhecimento nas instituies de ensino, como so

    absorvidos por esses futuros profissionais, as principais e novas reas de atuao,

    as mudanas ocorridas na profisso e seus principais desafios.

  • EDUCAO BSICA

    Na instituio de ensino bsico vemos um modelo de educao com uma pedagogia

    mecanicista que ao invs de despertar caractersticas no aluno como o senso crtico

    e desenvolver a sua capacidade de observao e anlise, ensina apenas o processo

    repetitivo de teorias clssicas e tcnicas de perodos histricos apresentadas como

    se fossem inquestionveis, irrefutveis e sem possibilidades de serem reinventadas,

    a evoluo no ensino no acompanhou a evoluo da sociedade, uma sociedade

    conectada, as informaes e o saber transcende a todo instante motivando novos

    pensamentos e novas descobertas. Ento por que discutir sobre a educao bsica

    num texto relacionado cincia e profisso? Para entendermos o princpio do

    pensamento que grande parte dos estudantes chegam numa instituio de ensino

    superior, porm essa instituio deseja encontrar esse estudante de outra forma,

    com outra preparao e nvel de conhecimento j que chegou universidade

    imaginamos que deveriam ter um saber mais aprimorado e uma forma prpria de

    assimilar o conhecimento mais evoluda com conceitos bsicos j desenvolvidos, no

    caso especifico o estudante do curso de psicologia que o nosso objeto de

    discusso, mas o que nos interessa aqui o processo de formao que este

    aprendiz ter a partir do seu ingresso no curso de psicologia.

  • FORMAO DO PROFISSIONAL

    A formao do psiclogo inicia-se na universidade no de forma apenas terica e

    tcnica, mas tambm no modo de como se cria e desenvolve o relacionamento com

    o saber dos colegas da turma e professores, considerando que cada um possui sua

    singularidade na forma de pensar e se comportar. Como esse estudante de

    psicologia trabalhar com o homem e seu convvio social para melhor aproveitar o

    que lhe dado de conhecimento em sala de aula e no apenas decorando

    procedimentos mecnicos igual ao ensino bsico, pode estar comparando esse

    aprendizado com suas experincias proporcionando assim um sentido para esse

    saber e j podendo talvez de uma forma simples (principalmente no comeo do

    curso) visualizar um relacionamento peculiar com a rea. Essa formao estende

    durante toda sua vida, tanto no convvio familiar, no profissional e no social.

    No livro sobre a profisso do psiclogo no Brasil (2010, pg 248) os autores

    afirmaramque 95% dos entrevistados revelaram que, para o seu exerccio

    profissional aps a graduao, tiveram que recorrer a formas complementares de

    formao (cursos, estgios, terapias, etc.) essa formao complementar fica

    evidente e necessria para contextualizao do aluno e profissional que pode iniciar

    durante sua formao acadmica, por exemplo, a participao dos alunos nas

    sesses de psicoterapia a carter de experincia e uma forma para poder conhecer

    melhor suas emoes e desenvolvendo cada vez mais o seu senso crtico j que h

    um consenso de que essa a principal ferramenta de trabalho do psiclogo. Para o

    exerccio da psicoterapia de fundamental importncia que os estudantes e recm

    formados e at mesmo os mais experientes seguirem alguns rituais como: grupo de

    estudo Freud e Lacan, estgios, supervises em grupo ou individual, seminrios,

    encontros, etc. para fins de aperfeioamento profissional.

  • ENTREVISTA

    Na entrevista com psiclogo Agenor Fardin Junior Especialista Mestre em Sade

    Mental, entendemos alguns pontos do dia a dia do psiclogo em uma corporao

    militar de apoio.

    Atua h 14 anos, possui Mestrado em sade Mental. Iniciou o trabalho com o

    concurso geral no qual tinha como meta trabalhar em hospitais psiquitricos,

    trabalhava no Adalto Botelho. No hospital militar tem bom relacionamento com

    outros mdicos, os seus pacientes so os prprios policiais e familiares desses

    policiais que normalmente j vem encaminhado por outro especialista ou a pedido

    de um oficial superior. Atendimento as famlias dos policias so necessrios porque

    grande parte sofre com a presso da profisso que so causas especficas dessa

    rea.Sua crtica ao trabalhar em uma organizao militar significa que tem seguir

    certas normas e saber lidar com rotinas e procedimentos no presentes em uma

    rea civil, ou em uma clinica particular. Citando como exemplo ao iniciar o

    atendimento no encontrou o ambiente adequado para atendimento psicolgico,

    depois de muito esforo conseguiu adaptar parte da sala mudando a placa de

    paramdico para psiclogo. Uma diferena verificada no regime militar so os

    oficiais em situao limite no recorrem a psicologia por receio em perder o respeito

    junto aos seus subordinados. Coordena muito bem o seu tempo separando o

    ambiente de trabalho e o externo a profisso no qual no o psiclogo e sim o

    Agenor no levando o estresse para casa.A grande vantagem que encontrou nesse

    trabalho porque ama o que faz e consegue se relacionar e ser respeitado pela

    classe mdica dos psiquiatras.

  • PSICOLOGIA NO BRASIL

    Como de praxe os primeiros a falar sobre questes psicolgicas no Brasil tambm

    foram os religiosos, educadores, filsofos e moralistas com ideias que abrangiam a

    medicina, arquitetura, filosofia da moral, teologia, pedagogia e poltica. No sculo

    XVlll com o iluminismo destaca-se a figura do mdico como curador dos males da

    alma atravs da confisso, aqui o mdico era ao mesmo tempo detentor do saber

    sobre o sujeito e agente de terapia. (pg 6. 50 anos de profisso)

    As principais reas de surgimento dos saberes psicolgicos no sculo XlX foram a

    medicina e a educao atravs de teses doutorais que os formandos tinham que

    defender para conseguir o ttulo de doutor e com as prticas dos hospcios que

    comeou a surgir na primeira dcada de 1840 com o intuito de oferecer um

    tratamento adequado aos loucos que at o momento viviam nas ruas, prises, e

    nas casas de doudos.

    No final sculo XlX para o sculo XX a necessidade de um homem com um novo

    saber para uma nova sociedade emergente principalmente por conta de uma poltica

    que favorecia os cafeicultores deixando varias camadas sociais descontentes faz

    com que os educadores busquem na psicologia a cincia que dar uma base a sua

    ao, surgindo assim os primeiros laboratrios da rea nas escolas normais e em

    alguns hospcios. Aqui ento comeam a surgir as idias de psicologia que esto

    sendo produzidas na Europa e nos estados unidos. A psicologia cientifica encontra

    um espao para se proliferar no Brasil ainda que sendo produzida dentro de outras

    reas do saber. A partir de 1930 a psicologia consegue se consolidar como cincia

    capaz de se manifestar atravs de teoria, tcnicas e praticas para orientar e integrar

    o processo de desenvolvimento advindo do novo meio poltico e social. Os campos

    de atuao que se fixa nesse perodo so a educao, trabalho e clinica. Nesse

    perodo a psicologia comea gradualmente se desapegar da psiquiatria

    desenvolvendo o status de independncia nas disciplinas pedaggicas, cincias

    sociais e filosofia. H um comeo de organizao da parte dos psiclogos para

    reivindicarem a regularizao da profisso. Nos anos 50 uma srie de fatos

    acontece em favor da profisso, um desses fatos o projeto de lei 3825 de 58 que

    dispe sobre a regulamentao sobre a profisso ficando esse movimento mais

    forte.

  • Como vimos a histria da psicologia no Brasil no muito longa o que dir ento

    dela enquanto profisso. O ponto de partida para o comeo dos estudos sobre a

    profisso de psicologia foi a aprovao da lei federal N 4.119, de 27 de agosto de

    1962, que reconhece a profisso e coloca normas para a atuao e um currculo

    mnimo para a formao desse profissional. No entanto at o momento no existia

    nada aqui no Brasil que pudesse caracterizar a psicologia como uma profisso. Aps

    o surgimento desta lei comeam a aparecer artigos para tratar do assunto e mudar

    parte desse texto j que foi produzido sem o conhecimento dos psiclogos que s

    foram convocados para discutir sobre, apenas depois do texto aprovado. H um

    empecilho da ditadura militar ao desenvolvimento da profisso que reprimia o

    pensamento livre, mas com isso estavam criando muito mais seres crticos do que

    gostariam. Em 1968/70 com a reforma universitria h um grande boom das escolas

    universitrias particulares consequentemente dos cursos de psicologia. Em 1971 foi

    criado o conselho federal de psicologia comeando a dar a profisso uma categoria

    s que este conselho ficava sob controle do ministrio do trabalho. Os anos 70 e

    comeo dos 80 foram de fundamental importncia para o desenvolvimento da

    profisso no pas, criando seu cdigo de tica, em dez anos o nmero de registros

    no CFP passou de 850 para 50 mil inscritos. E em 1989 surge o primeiro evento (o

    congresso nacional unificado realizado novembro) dando o comeo a vrios outros

    que seriam de fundamental importncia para a psicologia.

    O primeiro congresso referente psicologia como cincia e profisso s ocorreu em

    2001 na universidade de so Paulo, depois teve outro em 2006 e o ultimo em 2010

    os dois realizados no memorial da America latina e na uninove. Como diz Ana bock

    o trajeto da psicologia pode ser sintetizado como o de uma profisso comprometida

    com os interesses da elite brasileira, que de certa forma, responsvel pelo

    ingresso e desenvolvimento da psicologia no Brasil. (entrevista para revista

    psicologia, cincia e profisso, 2010, 30 pg 247)

  • O QUE PSICOLOGIA DA SADE

    A Psicologia da sade um subcampo que aplica princpios e pesquisas

    psicolgicas para melhoria, tratamento e preveno de doenas. uma

    especialidade psicolgica recente, a qual visa entender melhor as questes

    relacionadas a sade. Ela se preocupa com a compreenso pedaggica, cientifica e

    especifica da Psicologia, tendo como objetivo usa-la no desenvolvimento e na

    preveno da sade, nas precaues, na cura das enfermidades, na apurao das

    causas e na determinao precisa das doenas que acometem os pacientes, e

    sobretudo na melhoria das polticas de sade.

    A psicologia da Sade tem como foco o resgate da viso do Homem como um todo,

    onde impossvel separar a mente do organismo. Est atuao tem adquirido cada

    vez mais valor na Sade, principalmente na interao do homem com a sua sade,

    seu estado saudvel e com as enfermidades. Como consequncia dessas atuaes

    adquiridas, ocorreu uma juno de esforos entre a psicologia da Sade e a sade

    Pblica.

    Como se pode notar, nos dias de hoje vrias disciplinas tem surgido com o intuito de

    compreender o ser humano no seu todo, como uma existncia independente e com

    sua essncia completa. Com isso podemos concluir que a psicologia o fruto desta

    tendncia, que procura agregar para o desenvolvimento de uma sociedade

    mentalmente saudvel, conquistando um ponto de vista bio-psico-social de cada ser,

    se tornando como uma pea importante para uma melhor qualidade de vida social.

    Os psiclogos responsveis por essa atuao so chamados como Psiclogos da

    Sade, no qual muitos esto responsveis na promoo da melhoria da sade e

    preveno da doena, trabalhando com fatores psicolgicos que fortalecem a sade

    e que reduzem o risco de adoecer, nas investigaes, no ensino e na formao,

    entre outros.

    A interveno dos psiclogos na sade, alm de colaborar com a melhoria do bem-

    estar do homem e da sua qualidade de vida, pode tambm contribuir para a

    diminuio de internaes hospitalares, com a reduo da utilizao de

    medicamentos e a utilizao mais adequada de servios e recursos da sade.

  • O desafio que os psiclogos enfrentam nos dias de hoje, em como ajudar as

    pessoas a compreenderem e adotarem mudanas no estilo de vida que geram

    vitalidade para toda a vida. Os antigos filsofos afirmavam esse objetivo de uma

    forma mais breve e direta: Ajudar as pessoas a morrerem jovens o mais tarde

    possvel.

  • ESCOLHA DA PROFISSO

    A psicologia uma rea que ocorre a predominncia do pblico feminino, essa

    caracterstica pode ter sido muito varivel ao longo desses cinquenta anos de

    profisso, mas ainda continua predominante, um dos fatores que poderiam explicar

    essa predominncia a viso tecnicista que o publico masculino possui da

    profisso, sendo que tem em mente uma rea de trabalho que foque no poder, na

    liderana e empreendedorismo. Pesquisas mostram que boa parte das pessoas que

    escolhem a profisso de psicologia para sua vida no escolhe com base em uma

    teoria econmica (que baseia sua remunerao na lei da oferta e procura), a

    primeira pesquisa realizada para saber o que motiva os psiclogos brasileiros a

    escolher a profisso (carvalho et al 1988 ., aput o trabalho do psiclogo no Brasil)

    mostra os seguintes motivos: voltados para o outro 40,05%, voltados para profisso

    34,4% , voltados para si 21,9% e extrnsecos a profisso 62%.

    CONCLUSAO

    Alguns estudiosos como Ana bock trazem certa crtica ao modelo de ensino das

    academias atuais, um modelo ainda mecanicista e tecnicista (ensinam para aplicar o

    que ensinam) fazendo com que ns estudantes futuros profissionais apenas

    acatamos essas tcnicas e teorias memorizando-as para podermos aplic-las em

    nossos clientes ainda de uma forma a no saber em qual teoria esse poderia se

    encaixar, tratando-o como um ser universal. Ainda usamos teorias americanizadas

    para cuidar das nossas causas psquicas tentando ajust-las a nossa realidade. Ana

    bock ainda defende a criao de uma psicologia brasileira ou na Amrica latina de

    acordo com a nossa realidade.

  • O papel de uma instituio acadmica no deviria ser o de formar repetidores de

    uma teoria, mas sim o de criar seres capazes de duvidar, criticar e problematizar os

    contedos que lhe passado. Os mestres que esto de fronte com estes alunos no

    devem se posicionar como detentores do saber universal, mas sim como orientador

    para que estes sejam libertados e no oprimidos pelo conhecimento tornando-os

    assim seres reflexivos diante das informaes que recebe. Pois na sala de aula

    dessa instituio esto futuros agentes de transformao. Para se transformar em

    um psiclogo no importa apenas o conhecimento das teorias e tcnicas aplicadas

    no meio, mas sim de um relacionamento com os seus mestres e colegas, fazendo

    com que assim o ser que est recebendo essas informaes modifique o seu modo

    de pensar.

    REFERNCIAS