PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES Betina Beltrame 4º semestre/2009.

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PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

Betina Beltrame4º semestre/2009.

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PSICOLOGIA UMA NOVA ÁREA DA CIÊNCIA

UM POUCO DE HISTÓRIA A partir do século XIX começaram a se constituir as ciências da

sociedade, como a economia política, a História, a antropologia, a sociologia e a Lingüística, as quais tratavam das ações humanas e suas obras, em particular dos comportamentos humanos.

Nesta medida, os temas da psicologia estavam dispersos entre especulações filosóficas, ciências físicas e biológicas e ciências sociais.

Paralelamente, em nossa história, se prestarmos atenção, veremos grandes irrupções de experiência da subjetividade humana. Em situação de crise social (tradição cultural contestada). As artes e a literatura também revelavam a subjetividade humana. A existência de homens solitários e indecisos nas telas e nas páginas dos livros. Os quadros expressavam, cada vez mais, a subjetividade do artista.

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Da necessidade de aquietar as angústias dos sujeitos que começam a perceber que não são tão livres e singulares quanto imaginavam, que começaram a questionar e querer saber o que somos, quem somos, como somos, por que agimos de uma maneira ou de outra, começa a surgir as condições para elaborar os projetos de psicologia como uma ciência independente.

Para o Estado também surge então, a necessidade de saber como lidar melhor com estes sujeitos individuais, uma vez que estes estão cada vez mais unidos na luta pelos seus direitos, reflexo do descontentamento da época.

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Desse modo surge a demanda por uma psicologia aplicada principalmente nos campos da educação e do trabalho, ou seja uma produção voltada para tornar mais eficaz as técnicas de controle. Como educar de forma mais eficaz, treinar, educar para o trabalho? Esses eram alguns dos primeiros questionamentos da psicologia como ciência.

Mas não podemos esquecer que toda a vertente filosófica dos séculos anteriores darão subsídios importantes para a tarefa de construir uma psicologia como área específica de pesquisa e de conhecimento, pois das inquietações desses pensadores começa a base para a fundamentação teórica da psicologia como ciência independente.

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Sempre tivemos fascínio pelo nosso próprio comportamento, e especulações acerca da conduta humanas são tópicos de muitas obras filosóficas. Já no século V a.C, Platão, Aristóteles e outros sábios se viam as voltas com muitos dos problemas atuais: a memória, a aprendizagem, a motivação, a percepção, a atividade onírica e o comportamento anormal.

As mesmas interrogações feitas atualmente sobre a natureza humana também eram feitas em séculos atrás, o que demonstra uma continuidade vital entre o passado e o presente em termos de seu objeto de estudo.

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Para entendermos a psicologia “científica” precisamos ter claro que os estudo psicológicos começou e se desenvolveu marcado por uma contradição: por um lado, a ciência moderna pressupões sujeitos livres e diferenciados - senhores de fato e de direito da natureza; e por outro, procura conhecer e dominar essa subjetividade, reduzir ou mesmo eliminar as diferenças individuais, de forma a garantir a “objetividade”.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

SÓCRATES (469-399 a.C): preocupa-se com o limite que separa o homem dos animais. A razão era concebida como principal característica humana.

PLATÃO (427-347 a.C): divide o homem em corpo e alma. Definiu a cabeça (alma) como sendo o lugar da razão. Medula ligação entre a alma e o corpo. Assim, ao morrer, a matéria desapareceria e a alma ficaria livre para ocupar outro corpo.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

ARISTÓTELES (384-322 a. C): alma e corpo não poderiam ser dissociados. A psyqué é o princípio ativo da vida; tudo que cresce, se reproduz e se alimente possui sua alma.

PLATÃO: acreditava na imortalidade da alma, sendo esta separada do corpo e Aristóteles concebia a mortalidade da alma e a indissociabilidade entre alma e corpo.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Império Romano: surge as vésperas da era cristã e domina a Grécia, parte da Europa e do Oriente Médio e assim, se desenvolveu o cristianismo, na qual a psicologia estava relacionada ao conhecimento religioso, uma vez que a Igreja detinha o monopólio do saber.

Santo Agostinho (354-430): estabelecia separação entre corpo e alma. Porém, alma era sede da razão e comprovação de uma manifestação divina no homem. Alma era tida como imortal. Ligação entre homem e deus.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

São Tomás de Aquino (1225-1274): postula que o homem na sua essência busca perfeição através de sua existência. A busca da perfeição seria a busca de Deus.

Renascimento: após 200 da morte de são Tomás de Aquino. O homem passa a ser valorizado.

René Descartes (1596-1659): postula separação mente/corpo. O corpo desprovido de espírito era visto apenas como uma máquina. Isto permite o estudo do corpo humano, impulsionando avanços científicos da anatomia e fisiologia.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Augusto Comte: concepção positivista-ditava rigor científico nas pesquisas. Pressupunha que o método da ciência natural era o único modelo de se produzir ciência.

PSICOLOGIA: passa a ser estudada pela fisiologia e pela neurologia. O SNC passa a ser explorado evidenciando esse sistema como produtor dos pensamentos, percepções e sentimentos. Neste sentido, o funcionamento do cérebro passa a ser necessário para compreender o psiquismo humano.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA A psicologia começa no ocidente entre os

filósofos gregos.PSYQUÉ- ALMALOGOS- RAZÃO/CONHECIMENTO Estudo da Alma: parte imaterial do ser

humano: pensamento, sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.

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UM POUCO DE CURIOSIDADEPrincipais projetos elaborados pela psicologia,com suas diversidades teóricas, metodológicase seus diferentes propósitos:

WUNDT: criou o que, mais tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward Titchener; cujo objeto de estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações. Segundo esta perspectiva, o objetivo da psicologia seria o estudo científico da Experiência Consciente através da Introspecção (relatos das experiências conscientes).

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FUNCIONALISMO: modelo que substitui o estruturalismo na evolução histórica da psicologia, sendo o seu principal impulsionador William James. O principal interesse desta corrente teórica residia na utilidade dos processos mentais para o organismo, nas suas constantes tentativas de se adaptar ao meio. O ambiente é um dos fatores mais importantes no desenvolvimento. Os funcionalistas queriam saber como a mente funcionava, e não como era estruturada.

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COMPORTAMENTALISMO ou BEHAVIORISMO: criado por Watson, o objeto de estudo é o próprio comportamento e suas interações com o ambiente. O método deve ser a observação e experimentação, mas sempre envolvendo comportamentos publicamente observáveis e evitando a auto-observação. É o estudo do comportamento independente do que os sujeito pensa, crê, sente ou deseja. Acreditava-se que o controle do ambiente de um indivíduo permitia desencadear qualquer tipo de comportamento desejável.

Outros autores trazem que o comportamento pode ser entendido também a partir da cognição. O aprendizado pode existir sem a necessidade de condicionamento em laboratório, mas pela observação e elaboração do que foi visualizado.

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GESTALT: se detém nos campos da percepção e na visão holística do homem e do mundo. A palavra gestalt não tem uma tradução para o português, mas pode ser entendido como forma, configuração. A gestalt preocupa-se com o homem visto como um todo, e não como a soma das suas partes (o lema da gestalt é justamente este: O todo é mais que a soma das suas partes).

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PSICANÁLISE: Freud define o inconsciente como objeto da psicanálise. Na psicanálise, inconsciente significa um dos elementos do aparelhos psíquico (id, ego e superego), constituído por pensamentos, memórias e desejos que não se encontram ao nível consciente mas que exercem grande peso no comportamento.

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HUMANISMO: baseia-se na realização humana através da satisfação hierárquica das necessidades estabelecidas pelo próprio autor. Se centra na realização do que os potenciais humanos podem atingir: a realização dos talentos e dos potenciais.

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Então... Matéria-prima da psicologia: vida dos seres humanos Fenômenos psicológicos: são processos que acontecem

em nosso mundo interno e que são construídos durante a nossa vida. São contínuos e por isso nos permitem pensar e sentir o mundo, nos comportarmos de diferentes maneiras, nos adaptarmos a realidade e transformá-la. Estes processos constituem nossa subjetividade.

Subjetividade: mundo construído internamente pelo sujeito a partir das suas relações sociais, de suas vivências e experiências no mundo e de sua constituição biológica. É também fonte de manifestações afetivas e comportamentais.

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ENTÃO...A psicológica estuda vários aspectos do comportamento, os quais exigem identificação, descrição e observação (método científico). Alguns desses aspectos:

Problemas de aprendizagem; Diferença entre pessoas; Ajustamento de pessoas; Problemas de motivação; Comportamento humano nas organizações, etc.

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DIFERENÇA ENTRE PSIQUIATRIA, PSICANÁLISE E PSICOLOGIA

PSIQUIATRIA: especialização da Medicina voltada para o tratamento do transtorno mental. Sua ação privilegia o cérebro, o órgão que realiza as funções mentais.

PSICANÁLISE: método de investigação fundado por Freud que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias de um sujeito. Seu método é a psicoterapia, o qual escuta para se chegar a causa do desconforto.

PSICOLOGIA: ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais com o objetivo de entender por que as pessoas pensam, sentem e agem da maneira que o fazem.

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Três casos para se pensar sobre a diferença entre psiquiatria, psicanálise e psicologia:

CASO I: uma jovem especialista em informática passou a apresentar sonolência profunda após o almoço, a ponto de dormir reclinada sobre o teclado do computador. Sua chefia, desatenta à possibilidade de transtorno orgânico, atribuía o sono excessivo a maus hábitos. A jovem recebia orientações convencionais sobre como dormir melhor e adquirir hábitos mais saudáveis, compatíveis com sua função. A situação evoluiu desfavoravelmente: sem os devidos cuidados, a jovem foi a óbito.

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Três casos para se pensar sobre a diferença entre psiquiatria, psicanálise e psicologia:

CASO II: bons professores, genuínos administradores da sala de aula, são os primeiros a detectar quando o aluno precisa utilizar óculos; a encaminhar para um psicopedagogo os que não conseguem concentrar-se no estudo; a alertar pais de alunos a respeito de excesso de agressividade dos filhos.

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Três casos para se pensar sobre a diferença entre psiquiatria, psicanálise e psicologia:

CASO III: uma organização procurou implantar o programa “5S” em uma unidade cujos operários, em sua maioria, moravam em barracos e palafitas. A tentativa de promover modificações que envolviam asseio esbarrou na realidade socioeconômica.

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MUDANÇAS NA SOCIEDADE

Sociedade agrícola - enxada;

Sociedade industrial – linha de montagem, massificação;

Sociedade da informação – computador/ conhecimento;

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AS TRÊS FASES DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

Psicologia Industrial: atrelada aos interesses das indústrias;

Psicologia Organizacional: começam a contribuir na discussão das estruturas das organizações;

Psicologia do Trabalho: tem como ponto central o estudo e a compreensão do trabalho humano em todos os seus significados e manifestações.

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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

Estuda os fenômenos psicológicos presentes nas organizações atuando sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de pessoas.

A psicologia organizacional está ligada a empresas atualmente, seja no bem-estar de cada um dos colaboradores, até mesmo nas emoções geradas num ambiente de trabalho, pois atualmente se entende que o trabalhador doente não irá produzir e assim não gera lucro.

Tradicionalmente, as principais áreas da psicologia organizacional são: recrutamento, seleção de pessoal, treinamento e diagnóstico organizacional.

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PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL Antes: estudavam a fadiga, falta de entusiasmo e fatores

relevantes para as condições de trabalho capazes de impedir o desempenho eficiente;

Atualmente: aprendizagem; percepção, personalidade, emoções, treinamento, liderança, motivação, técnicas de seleção e treinamento, entre outros;

Assim, veio para auxiliar aos administradores a explicar, prever e controlar (ética) o comportamento humano, devido as grandes mudanças que o mercado vem sofrendo constantemente.