Psicologia dos Recursos Audiovisuais

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PSICOLOGIA DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS “Enquanto a escola não incorporar às suas atividades diárias as conclusões que a psicologia, e, em especial, a da aprendizagem, tem como certas, como ideais, ela continuará a ‘informar’, mas dificilmente chegará a ‘formar’ o aluno.” Quero aprender, não quero decorar!

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“Enquanto a escola não incorporar às suas atividades diárias as conclusões que a psicologia, e, em especial, a da aprendizagem, tem como certas, como ideais, ela continuará a ‘informar’, mas dificilmente chegará a ‘formar’ o aluno.”. Psicologia dos Recursos Audiovisuais. - PowerPoint PPT Presentation

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PSICOLOGIA DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS “Enquanto a escola não incorporar às suas atividades

diárias as conclusões que a psicologia, e, em especial, a da aprendizagem, tem como certas, como ideais, ela continuará a ‘informar’, mas dificilmente chegará a ‘formar’ o aluno.”

Quero aprender, não quero decorar!

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OS RECURSOS AUDIOVISUAIS E A PSICOLOGIA GENÉTICA DE PIAGET.

Crianças no estágio do pensamento intuitivo (dos 2 aos 7 anos):

Submetidas a uma sequência de imagens, independentemente do suporte, limitam-se à enumerar os elementos nelas contidos, sem estabelecer qualquer conexão entre elas ou descrever as ações nelas contidas.

Quando tentam descrever as ações se limitam a descrever um ou dois detalhes.

Não fazem distinção clara entre o que é essencial ou não. Utilizam as imagens como pretexto para contar sua própria

“fábula”, carregada de aspectos de sua vida pessoal. Realismo intelectual: “Da mesma forma que a um certo

estágio a criança desenha os objetos em função de um ‘modelo interno’, ela descreve aquele objeto de acordo com aquele modelo.”

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- Não fazem uso da atividade perceptiva ou exploratória: não têm capacidade para interpretar um conjunto ou sequência de imagens, interpretam-nas isoladamente.

- “[...] não são capazes de explorar, transpor, comparar, no espaço e no tempo, cada imagem é vista isoladamente e os personagens não são mais reconhecidos na imagem seguinte.”

- Confundem a sucessão temporal com a espacial, por não considerarem o fator tempo.

- Não têm o pensamento reversível: não é capaz de seguir uma ordem natural e “voltar no tempo”, reverter a ordem dos acontecimentos.

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Crianças no estágio do pensamento operatório concreto (7 a 12 anos):

A descrição dos detalhes desaparece quase por completo nessa fase.

São capazes de assumir a visão do outro e de examinar seu ponto de vista: deixam de ser egocêntricas.

A atividade perceptiva começa a ser ativada. Há uma preocupação com a objetividade: as imagens

passam a exprimir informações concretas e intenções precisas.

Os relatos sobre as imagens aparecem em ordem horizontal ou cronológica, pois a criança adquire o raciocínio lógico.

Prestam mais atenção no suporte papel que em apresentação de slides.

Já conseguem situar as ações no tempo.

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- “Se o pensamento consegue organizar a ação, ele não tem, ainda, sua inteira independência.”

- Pensamento permanece preso ao concreto, transportando sobre os objetos.

- Imagem tem papel extremamente importante como auxiliar pedagógico, auxiliando o ensino.

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Crianças no estágio do pensamento operatório formal (após os 12 anos):

Passa do plano da manipulação do concreto para o plano da ideias, expressão em qualquer linguagem, por exemplo, a matemática.

Não só é capaz de raciocinar sobre as imagens, mas também pensa seus raciocínios: procura saber o que o adulto “quis dizer” com aquela imagem.

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- Fazem interpretações mais corretas , dão respostas mais bem elaboradas sobre as imagens e conseguem inserir mais elementos à imagem, por sua inserção em um contexto (inferências).

- A identificação dos personagens é feita com total sucesso.

- A noção de tempo e reversibilidade já estão dominadas.

- A projeção de imagens não mais causa dificuldades nas crianças.

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CONCLUSÕES PEDAGÓGICAS A função da imagem no ensino: - Agradar o público - Uso pedagógico

- “Alfabetização pictórica”

“As formas artísticas apresentam uma síntese subjetiva de significações construídas por meio de imagens poéticas (visuais, sonoras, corporais, ou de conjunto de palavras, como no texto literário ou teatral). Não é um discurso linear sobre objetos, fatos, questões, idéias e sentimentos. A forma artística é antes uma combinação de imagens que são objetos, fatos, questões, idéias e sentimentos, ordenados não pelas leis da lógica objetiva, mas por uma lógica intrínseca ao domínio do imaginário. O artista faz com que dois e dois possam ser cinco, uma árvore possa ser azul, uma tartaruga possa voar. A arte não representa ou reflete a realidade, ela é realidade percebida de um outro ponto de vista.(PCN de Arte, 1997. p. 37)”

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Estágios do desenvolvimento mental da criança - Vantagens - Limitações - Atividade preceptivas

O uso dos recursos no ensino

- Adequação - Enfoque nos elementos importantes - Percepção dos alunos - Reações perceptivas e psicológicas do aluno

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Tipo de material

- De fácil manipulação: papel, teatro de fantoches, gravuras, quadros...

O papel do professor  - Mediador - “ a representação não é, simplesmente, uma

evocação, mas uma ação interiorizada” (PIAGET)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS “ a maneira de usar os recursos intuitivos

(audiovisuais) deve, portanto, atender aos princípios psicológicos da percepção. Segundo Piaget, a aquisição (interiorização) da imagem pela percepção do objeto é semelhante ao trabalho de um desenhista na fixação de uma paisagem, só aparecendo no esboço os traços observados e reproduzidos, idéia bem diferente da de ‘fotografia’, dominante na psicologia tradicional. É a atividade do desenhista, traço a traço, que compõe o desenho, como a atividade exploratória dos sentidos compõe, a IMAGEM” (OLIVEIRA LIMA)

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REFERÊNCIAS CRUZ DE SANTANA, Ronye Márcio. Disponível em:

http://www.webartigos.com/articles/14369/1/A-educacao-visual-como-objeto-de-interpretacao-na-contemporaneidade/pagina1.html#ixzz17ZDBX8ma. Acesso em: 08/12/2010.

  OLIVEIRA LIMA, Lauro de. Escola no futuro. São

Paulo: Edições Encontro, 1966.