Psicologia - Gestalt

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CETPS CENTRO DE ENSINO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE E SUPERIOR PSICOLOGIA TÉCNICO EM ENFERMAGEM TURMA 12 GESTALT

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Psicologia

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CETPS

CENTRO DE ENSINO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE E SUPERIOR

PSICOLOGIA

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

TURMA 12

GESTALT

TUCURUÍ

2014

CETPS

CENTRO DE ENSINO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE E SUPERIOR

PSICOLOGIA

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

TURMA 12

GRUPO

BRUNA THAIS FONSECA SILVA

DANIELLE PASSOS

HELEN CARLA BARROSO

JAQUELINE FEITOSA DE MOURA

LUCELIA SOUSA BARBOSA

LUCIANA SILVA DA SILVA

MARIA JOSÉ JESUS COSTA

MIRIAN ANGELICA PASSOS

QUESIA PEREIRA PONTE

RAISSA CARDOZO FURTADO

STERFANY DE OLIVEIRA CARVALHO

ORIENTADOR – SANDOVAL FILHO

Trabalho apresentado na disciplina Psicologia, com requisito básico à nota complementar da 1ª avaliação.

TUCURUÍ

2014

SUMARIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................42. ORIGEM.......................................................................................................53. O QUE É.......................................................................................................64. PARA QUE SERVE.....................................................................................75. PRINCIPIOS/LEIS ......................................................................................8

5.1 SEMELHANÇA...................................................................................95.2 PROXIMIDADE.................................................................................105.3 CONTINUIDADE..............................................................................115.4 PREGNANCIA...................................................................................125.5 FECHAMENTO.................................................................................135.6 UNIDADE..........................................................................................145.7 SEGREGAÇÃO.................................................................................155.8 UNIFICAÇÃO...................................................................................16

6. QUANDO DEVE SER APLICADA.........................................................177. GESTALT TERAPIA................................................................................188. CONCLUSÃO...........................................................................................199. REFERENCIAS.........................................................................................20

1. INTRODUÇÃO

O Gestalt é uma teoria que estuda como os seres humanos percebem as coisas. A psicologia do Gestalt enfoca as leis mentais, os princípios que determinam a maneira como percebemos as coisas. O Gestalt é um movimento que atua na área teoria das formas. Ajudar a se inalarem as informação e entender as mensagens que são passadas.

A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, encontrou determinadas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e ideias. Essas leis seriam conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, no que concerne ao processo de percepção.

O conceito do Gestalt foi o primeiro introduzir na filosofia e psicologia contemporânea por Christian Von. Em termos mais gerais, e o conjunto de entidades físicas, biológicas, filosóficas ou simbólicas que juntas formam um conceito padrão ou configuração unificado que e maior que a soma de suas partes. As leis básicas do Gestalt são seis: semelhança, proximidades, continuidade, pregnância, fechamento unidade.

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2. ORIGEM

A psicologia se consolidou, ao longo do século XIX, como uma vertente filosófica; neste período ela estudava tão somente o comportamento, as emoções e a percepção. Vigorava então o atomismo – buscava-se compreender o todo através do conhecimento das partes, sendo possível perceber uma imagem apenas por meio dos seus elementos. Em oposição a esse processo, nasceu a Gestalt – termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência.

Por volta de 1870, alguns estudiosos alemães começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão. Para alcançar este fim, eles se valiam especialmente de obras de arte, ao tentar compreender como se atingia certos efeitos pictóricos. Estas pesquisas deram origem à Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma. Seus mais famosos praticantes foram Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer, que desenvolveram as Leis da Gestalt, válidas até os nossos dias. Com seu desenvolvimento teórico, a Gestalt ampliou seu leque de atuação e transformou-se em uma sólida linha filosófica.

O conceito de Gestalt foi primeiro introduzido na filosofia e psicologia contemporânea por Christian Von Ehrenfels, mas o verdadeiro pai da Gestalt foi Max Wertheimer, cujo trabalho surgiu como resposta ao estruturalismo de Wilhelm Wundt (“um sistema no qual cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elementos”.) No entanto, Wertheimer não foi o único responsável pelo surgimento do Gestaltismo. O desenvolvimento desta área da psicologia foi fortemente influenciada por outros grandes pensadores, como Immanuel Kant, Ernst Mach e Johann Wolfgang von Goethe.

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3. O QUE É

Gestalt ("forma", em alemão) refere-se a um processo de dar forma, de configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar": a palavra Gestalt tem o significado de uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem uma forma ou configuração como um de seus atributos. A amplificação da percepção ou dos gestos não é “leitura do corpo”.

Um dos principais temas trazido por ela é tornar mais explícito o que está implícito, projetando na cena exterior aquilo que ocorre na cena interior, permitindo assim que todos tenham mais consciência da maneira como se comportam aqui e agora, na fronteira de contato com seu meio. Trata-se de seguir o processo em curso, observando atentamente os “fenômenos de superfície” e não mergulhando nas profundezas obscuras e hipotéticas do inconsciente – que só podem ser exploradas com a ajuda da iluminação artificial da interpretação. De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias". Segundo o critério da transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a forma é que sobressai: as letras r, o, s, a não constituem apenas uma palavra em nossas mentes: " evocam a imagem da flor, seu cheiro e simbolismo - propriedades não exatamente relacionadas às letras.

Em 1913, a Academia Prussiana de Ciências instalou, na ilha de Tenerife, nas Canárias, uma estação para estudo do comportamento do macaco. Wolfgang Köhler foi nomeado, então, diretor da estação - ainda muito jovem e com quase nenhuma experiência em biologia e psicologia de animais. Suas pesquisas, pioneiras com antropoides, enfatizaram que "não só a percepção humana, mas também nossas formas de pensar e agir funcionam, com frequência, de acordo com os pressupostos da Gestalt. Os seus experimentos comprovaram que os chimpanzés têm condições de resolver problemas complexos, como conseguir alimentos que estão fora do seu alcance.

Paralelamente às pesquisas contemporânea da biologia celular, que atribuem uma importância capital às funções da membrana de qualquer célula viva, concomitantemente barreira de proteção e lugar privilegiado de trocas, os trabalhos dos gestaltista têm enfatizado o papel real e metafórico da pele, que nos protege, nos delimita e a, nos caracteriza, mas constitui, ao mesmo tempo, um órgão privilegiado de contato e de trocas com nosso meio, através das terminações nervosas sensoriais e de suas miríades de poros.

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4. PARA QUE SERVE

O mundo visual é tão complexo que o cérebro humanos desenvolveu estratégias para lidar com a confusão. Nossa mente procura sempre a solução mais simples para um problema (Navalha de Occam). Uma das maneiras pela qual nossa cabeça faz isto é através da formação de grupos de itens que possuem uma característica em comum.

Muito do estuda-se sobre a Gestalt é em relação a como estes grupos se formam e qual efeitos eles possuem na nossa percepção. Quanto mais forte o grupo, mais forte a Gestalt. É este grupo que contribui para a unidade no design. A Gestalt é a ferramenta mais poderosa que o designer tem para criar algo único.Estes mesmos conceitos que formam os grupos podem ser revertidos para desagrupar os itens afim de torná-los únicos. Essa é a base para a criação da variedade, que dá interesse a uma imagem.

O truque é balancear o único com a variedade: Muitas unidades iguais e o design pode parecer monótono e repetitivo; muita variedade e pode parecer algo caótico e sem sentido. Entender os conceitos da Gestalt pode ajudar um designer a controlar a unidade e variedade.

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5. PRÍNCIPIOS / LEIS

A Gestalt afirma que nosso cérebro é propenso a efetuar determinados tipos de conexões em detrimento de outras, isto é, nossa percepção sensorial tende a criar associações harmônicas entre formas e cores de maneira que a imagem consiga traduzir o maior número de significados para nós. Em termos mais gerais, é o conjunto de entidades físicas, biológicas, fisiológicas ou simbólicas que juntas formam um conceito, padrão ou configuração unificado que é maior que a soma de suas partes. A fórmula fundamental da teoria da Gestalt pode ser expressada da seguinte forma, “Existem conjuntos, o comportamento dos quais não são determinados por seus elementos individuais, mas onde o processo da parte são determinadas pela natureza intrínseca do todo, é o objetivo da Gestalt de determinar a natureza de tais conjuntos”.Em resumo: o princípio básico da teoria gestaltista é que o inteiro é interpretado de maneira diferente que a soma de suas partes.

O estudo da Gestalt, consequentemente, da forma de percepção humana, fez com que os psicólogos percebessem a existência padrões de comportamento visual. Estes padrões são a base para as Leis da Gestalt – ou Princípios da Gestalt. Estas Leis são parte de um comportamento natural do cérebro que regem a compreensão das formas visuais. Elas nos dizem sobre o comportamento do olhar, organização perceptiva e sobre os atalhos mentais que nosso cérebro cria para resolver as formas visuais. Este tem suas próprias leis, que coordenam seus elementos. Só assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma ideia.

Segundo o psicólogo austríaco Christian von Ehrenfels, que em 1890 lançou as sementes das futuras pesquisas sobre a Psicologia da Gestalt, há duas características da forma – as sensíveis, inerentes ao objeto, e a formais, que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossos ideais e de nossas visões de mundo.

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5.1 SEMELHANÇA

A lei da semelhança defende que coisas que possuem algum tipo de semelhança parecem estar agrupadas. O agrupamento pode ocorrer tanto nos estímulos visuais quanto nos auditivos. Eventos semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.

Nosso cérebro sempre vai tentar agrupar elementos parecidos em suas características, como é o caso da cor dos elementos, antes mesmo de perceber as formas, percebemos os grupos de cores. Esta característica pode ser usada como fator de harmonia ou de desarmonia visual.

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5.2 PROXIMIDADE

Elementos próximos tendem a serem vistos como um todo e não como partes individuais.Outro caso muito utilizado que nosso cérebro tende a ver a imagem e não os equipamentos que formam a imagem, somente depois é que percebemos.

De acordo com a lei da proximidade, as coisas que estão próximas umas das outras parecem formar um grupo só, figuras muito próximas entre si tendem a ser vistas como uma única figura ou objeto, por exemplo, as impressões à jato de tinta são formadas por milhares de micro pontos de tinta que juntos formam uma imagem.

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5.3 CONTINUIDADE

A lei da continuidade defende que que pontos que estão conectados por linhas retas ou curvas são vistas de modo que sigam o caminho mais suave. Ao invés de ver linhas e ângulos separados, as linhas são vistas como estando agrupados juntos.

Há uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para conectar os elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção específica. Diz respeito ao alinhamento de elementos que produzem um conjunto harmônico e passam a impressão de que os elementos estão relacionados. Todos os elementos são percebidos como parte de um objeto coerente assim, por exemplo, se eles estão dispostos em uma linha que são considerados mais relacionados do que os elementos destacados

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5.4 PREGNANCIA

A palavra pregnância provém do termo alemão pragnanz, que tem o significado de “boa forma” ou “boa figura”. A lei da pregnância é referida como lei da boa forma ou a lei da simplicidade. Esta lei defende que objetos no ambiente são vistos de modo que se constituam o mais simples possível. Figuras mais simples são mais facilmente compreendidas, figuras complexas tendem a levar mais tempo para serem assimiladas.

A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada. A Pregnância é então a medida facilidade de compreensão, leitura e identificação de uma composição visual. Quanto maior a Pregnância, maior será a rapidez da leitura da forma pelos nossos olhos e, sendo assim, melhor será a comunicação e entre o objeto.

É o princípio fundamental da Gestalt que prega que nosso cérebro tende a criar imagens visualmente harmônicas.

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5.5 FECHAMENTO

De acordo com a lei da clausura, as coisas são visualizadas juntas se elas parecem completar alguma imagem ou forma conhecida. Nossa mente frequentemente ignora informações contraditórias e completam um fechamento na informação, princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto.

Fechamento sensorial de uma forma através de outras que compõem o todo.

Este talvez seja o princípio mais utilizado, é quando nosso cérebro reconhece outra

forma a partir do fechamento de outras como na imagem abaixo, onde vemos

claramente um cubo a partir de pequenas fatias de círculos. Nossa mente constrói um

fechamento da imagem mesmo ela não existindo de fato.

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5.6 UNIDADE

A Lei da Unidade diz respeito à conceituação de um elemento, que pode ser construído por uma única parte, ou por várias partes que em conjunto constroem este elemento.

Os elementos de uma imagem podem ter relações formais com elementos dentro do todo, formando subunidades. As partes podem ser percebidas por sua cor, textura, traçado, volume e/ou outros dentro de um mesmo elemento. Nesse conceito o elemento se encerra em si mesmo ou diversos elementos podem ser vistos de maneira independente uns dos outros.

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5.7 SEGREGAÇÃO

Esta Lei fala sobre a capacidade que o cérebro tem de perceber, identificar, separar e destacar informações dentro de uma composição. Isto pode servir para definir hierarquias ou diferenciar partes da composição/unidade.

Dependendo do contraste, peso ou estímulo causado pelo elemento visual, ele terá mais destaque ou se diferenciará de outros elementos da mesma composição. Consiste em uma desigualdade não apenas do ponto de vista visual como também do ponto de vista sensorial, isto é, determinado elemento de um conjunto destoa muito em relação ao resto em relação à forma, cor ou outro elemento.

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5.8 UNIFICAÇÃO

A Unificação é a igualdade/harmonia dos estímulos visuais transmitidos pelos elementos visuais que constroem uma composição. Quanto melhor o equilíbrio dos elementos visuais, maior é a sensação de Unificação.

Entre os elementos visuais colaboram na percepção da unificação do objeto. Claro que, em algumas situações a Unificação está em “menor escala”. Isto porque a Unificação depende justamente do equilíbrio (mencionado também no mundo acadêmico como organização formal).

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6. QUANDO DEVE SER APLICADA

A hipótese da Gestalt para explicar a origem dessas forças integradoras, é atribuir ao sistema nervoso central, um dinamismo auto regulador que, à procura de sua própria estabilidade, tende a organizar as formas em todos coerentes e unificados. Essas organizações, originárias da estrutura cerebral, são espontâneas, independente da nossa vontade. Na realidade a Psicologia da Gestalt não tentou integrar os fatos da motivação com os fatos da percepção e esta foi a grande contribuição de Frederick Perls e que deu origem a Gestalt-terapia. A tendência à estruturação, por exemplo, explica como os diferentes povos distinguem grupos de estrelas e reconhecem constelações no céu; a configuração ideal mais conhecida é a Proporção áurea dos arquitetos e geômetras gregos, o que explica muitas das formas que se tornam agradáveis aos olhos humanos.

Cada um diligencia em seu setor e pesquisa “espaço” disponíveis, em que a Gestalt possa se implantar legitimamente e contribuir com uma nova perspectiva. Podemos vê-la tentar conquistar seu espaço em contextos muitos variados, cuja lista indicativa, muita incompleta, apresenta: Gestalt junto a crianças e adolescentes, casais em processos de divórcio e divorciados, celibatários ou solitários, expansão da sexualidade, grupos de mulheres, homossexuais etc. Preparação para a aposentadoria, acompanhamento dos últimos momentos da vida. Grupos especiais para: psicóticos, doenças psicossomáticas, cancerosos, alcoólicos, toxicômanos, bulímicos ou obesos, desempregados, imigrados etc. Além disso, vemos tentativas de associar a Gestalt a outras abordagens, como: análise transacional, rebirth, bioenergética, programação neolinguística, psicodrama, yoga, rolfing, massagem, heptonomia, eutonia, astrologia, tarô, tudo isso com maior ou menor sucesso, conforme o caso. Registramos experiências de aplicação da Gestalt em domínios variados: hospitais psiquiátricos, prisões, escolas, infância, desajustada, serviços sociais, conselhos conjugais, terapia familiar, empresas, publicidade entre agricultores, dentistas etc.

Através dos estudos das teorias elaboradas pela Gestalt, no início do século XX, referentes a psicologia das imagens, foi possível criar condições favoráveis para a racionalização na construção de projetos gráficos. Reforça-se a ideia que o todo, é mais que a soma das suas partes, existindo um envolvimento psicológico e cultural. Compreender a construção de imagens é imprescindível para a elaboração e desenvolvimento de objetos visuais, viabilizando a ampliação do acervo de soluções gráficas.

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7. GESTALT TERAPIA

A Gestalt-Terapia, também conhecida como Terapia Gestalt, é uma abordagem psicológica, e que possui uma visão de homem e de mundo pautadas na doutrina holística, na fenomenologia e no existencialismo.

Baseada no "aqui-e-agora", a Gestalt-Terapia tem como foco levar as pessoas a restaurar o contato consigo, com os outros e com o mundo. Por ser considerada uma abordagem Humanista, acredita na capacidade do ser humano em se auto realizar e de desenvolver seu potencial. Foi co-fundada pelos então conhecidos como o "grupo dos sete", tendo mais destaque entre eles Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman dentre os anos de 1940 a 1950. Está relacionada com a psicologia da Gestalt, mas não é a mesma coisa. Quando criada, havia uma divergência quanto ao nome que esta abordagem deveria ter, entre muitos nomes foram propostos: Terapia da Concentração, Terapia Integrativa, Psicanálise Existencial, até proporem Gestalt-Terapia que de início causou certo debate, mas que logo foi aceito.

Inicialmente baseada nas ideias da psicologia Gestalt, a Gestalt-Terapia foi desenvolvida como modelo psicoterapêutico, sendo considerada uma teoria bem desenvolvida que combina abordagens Fenomenológicas, Existenciais, Dialógicas e da Teoria do Campo aliadas ao processo de transformação e crescimento humano. Perls sempre frisou que a Gestalt-terapia não era uma criação original sua, mas, pelo contrário, uma união de vários acontecimentos que nos leva aos conhecimentos da área de psicologia, que ainda não haviam sido experimentados por ninguém. Cabe a Gestalt-Terapia a configuração destes conhecimentos, dando a eles uma abordagem própria. Uma das grandes inovações da Gestalt-Terapia é o fato de compreender o ser humano como uma totalidade, rompendo com as psicoterapias tradicionais, a Gestalt vê o homem no físico, mental e psíquico. Estas são esferas indivisíveis e inter-relacionadas. Corpo e psiquismo são inseparáveis.

A Gestalt-Terapia pode ser utilizada no atendimento individual, de grupos, familiar, de casais, infantil e até em organizações. A visão holística que permeia o pensamento gestáltico possibilita a sua utilização em grupos. Fritz Perls costumava realizar Workshops com grupos e casais. O próprio Perls, certa vez, declarou preferir o atendimento em grupos ao atendimento individual, pela sua eficiência, e principalmente por poder colocar os clientes diante de situações onde estes poderiam ser mais espontâneos. Os métodos e objetivos variam de acordo com os autores, para Perls o objetivo da terapia é saltar do apoio ambiental para o auto-suporte (self-suport). Em outro momento encontramos como objetivo da Gestalt-Terapia a Awareness. Awareness é uma palavra sem conceituação exata para o português, mas que pode

convenientemente ser traduzida para "dar-se conta", também sendo utilizada para conceituar o que muitos chamam continuum de consciência, para outros seria uma transcendência da consciência de si. Essa consciência refere-se a capacidade de aperceber-se do que se passa dentro de si e fora de si no momento presente, em nível corporal, mental e emocional.

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8. CONCLUSÃO

Esta doutrina traz em si a concepção de que não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto. Este tem suas próprias leis, que coordenam seus elementos, só assim o cérebro percebe, interpreta e incorpora uma imagem ou uma ideia, por isso é muito importante nesta teoria a ideia de que o conjunto é mais que a soma dos seus elementos; assim deve-se imaginar que um terceiro fator é gerado nesta síntese.

Podemos concluir que o Gestalt é o estudo das figuras e formas, que a psicologia passou a estudar para tentar entender e explicar fenômenos relacionados à ilusão de ótica. O Gestalt hoje é usada na publicidade e propagada, pois logotipos de grandes empresas precisam despertar sensações ou emoções, bem como serem reconhecidas facilmente.

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9. REFERENCIAS

www.portaleducacao.com.br/

pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt

www.infoescola.com/

www.psicologado.com

ARHHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual. Uma Psicologia Da Visão Criadora. Editora: Thomson Pioneira.

KOFFKA, W. Princípios da Psicologia da Gestalt. Cultrix.

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