Psicomotricidade na escola
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PSICOMOTRICIDADE NA ESCOLA
Nos atendimentos que faço com as crianças no processo de leitura, escrita e cálculos, percebo
o quanto as mesmas tem déficit de orientação espacial e organização das letras e dos
números.Acontecem inversão, trocas e falta de compreensão da construção da escrita e dos cálculos.
Então penso que é preciso fazer um planejamento de ações e
de atividades em parceria com professores de Educação Física e de Arte que contemplem
a Psicomotricidade como uma prática pedagógica que objetiva colaborar para o
desenvolvimento global da criança no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando os
aspectos físicos, mental, e sócio-cultural, visando coerência com a realidade dos educandos.
A Psicomotricidade é a capacidade de coordenar os movimentos
pressupondo o exercício de múltiplas funções psicológicas, motoras, de memorização,
atenção, observação, raciocínio, discriminação, etc. O entendimento dos processos
relacionados à motricidade é de suma importância para o planejamento pedagógico e
psicopedagógico, centrado no desenvolvimento do aprendiz. Várias crianças tem apresentado
déficit de aprendizagem devido a ausência de trabalhos focando certas habilidades necessárias
a este avanço. Neste caso é necessário o apoio de um Psicopedagogo, que fará o diagnóstico e
certamente, indicará a melhor maneira de se trabalhar com estas crianças. Todavia, este
quadro pode ser evitado, se as Instituições responsáveis pela Educação Infantil adotarem o
"brincar" como recurso necessário e diário em seus planejamentos.
A criança que anda sobre uma linha no chão; pula pneus, corda, amarelinha; rasteja; corre;
engatinha; encontra objetos escondidos; percebe diferenças entre o cenário anterior e o atual;
participa de atividades de musicalização; canta; dança; brinca de roda, de cabra cega, de
passar anel, de baliza, de pique-pega, de pique-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização.
Escrita Espelhada - Definição e Ações!
O motivo mais comum para as crianças, em fase de alfabetização, escreverem espelhado
relaciona-se à imaturidade dos neurônios, que ainda não permite à criança um domínio completo de posições e direções espaciais.
A lateralidade também pode estar indefinida, impossibilitando o aluno de transferir as
noções de direita e esquerda para algo externo a si próprio, no caso, a folha de papel. Ele é
capaz, por exemplo, de mostrar sua mão direita, dizer quem está sentado do seu lado
esquerdo, mas ainda não identifica o lado direito de um colega à sua frente ou a posição da
letra P.
Jesus Garcia coloca que uma disgrafia típica seria a escrita em espelho, ou escrita espelhada.
A criança que escreve em espelho não tem uma representação estável dos traços
componentes dos grafemas e possui apenas parte da informação, por isso, produz uma
confusão e uma escrita em espelho.
Segundo Valquiria Miguel Luchezi, algumas das possíveis causas são:
déficit no domínio da ação, da motricidade, da organização temporo-espacial e na dominância lateral, podendo ser acrescentados distúrbios de atenção e da memória.
As maiores dificuldades são situar as diversas partes de seu corpo, umas em relação às outras, as noções de alto, baixo, frente, atrás e sobretudo, direita e esquerda.
Cada letra é percebida isolada e corretamente, mas as relações que a criança estabelece
entre elas não são estáveis, dependem do sentido de deslocamento do seu olhar, esquerda-direita, ou vice-versa.
Outro fator responsável pelo espelhamento nessa idade é a chamada “fase de ensaios”. Até
atingir a escrita alfabética a criança faz várias tentativas nas quais cria e recria o sistema de
escrita. Nesse processo, podem aparecer números no meio das palavras, ou letras e frases
invertidas, pois os aspectos gráficos não são a preocupação maior da criança. O que ela quer é descobrir com quantas e quais letras, escreve-se uma palavra.
Para Luciana Márcia dos Santos, a construção da escrita é um dos últimos processos de
aprendizagem e um dos mais complexos a ser adquirido pelo homem. Fundamentada em
Piaget, considera que a origem do desenvolvimento cognitivo dá-se de dentro para fora,
ocorrendo em função da maturidade do sujeito.Mesmo sabendo que o ambiente poderá
influenciar no desenvolvimento cognitivo, sua ênfase recai no aspecto biológico, ressaltando
a maturidade do desenvolvimento. Tanto como no raciocínio, o social e o afetivo também se equilibram de acordo com o crescimento do individuo.
Para Piaget, as atividades mentais, assim como as atividades biológicas, têm como objetivo a
nossa adaptação ao meio em que vivemos. De acordo com essa postura teórica a mente é
dotada de estruturas cognitivas pelas quais o indivíduo intelectualmente se adapta e organiza o meio.
Toda criança, a partir dessa perspectiva nasceria com alguns esquemas básicos - reflexos - e
na interação com o meio iria construindo o seu conhecimento a respeito do mundo, desenvolvendo e ampliando seus esquemas.
A ideia, então, é oferecer atividades para tentar superar as hipóteses iniciais, provocando
desequilíbrios para que novas assimilações e acomodações ocorram. Por isso é necessário
fazer sempre a análise e a reflexão linguística das palavras, confrontando as hipóteses de
escrita dos alfabetizandos com a escrita convencional. Também é fundamental propiciar atos
de leitura e escrita às crianças para que aprendam ler lendo e a escrever escrevendo, por
meio de atividades significativas e contextualizadas. Elas deverão ler textos mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente, apoiando-se inicialmente na memória e ilustração.
Portanto notamos que a escrita espelhada é considerada normal na idade da alfabetização,
por vários estudiosos. Podemos ajudar a criança através do treino e do contato com a leitura
e escrita, e com o tempo esses hábitos serão adequados.
Uma abordagem Especial para
Pais e Professores
Escrita Espelhada e Alfabetização DE: Solange Moll Passos
É comum nos primeiros registros escritos observarmos as crianças escrevendo letras,
números e palavras de trás para frente. Por que isto acontece? Em primeiro lugar, trata-se
de um fato normal no processo de aprendizagem da linguagem escrita porque nas primeiras
tentativas a criança ainda não sabe todas as regularidades. Por exemplo: em nossa cultura se
lê e se escreve da esquerda para a direita, ao contrário de outras culturas como a árabe e a
hebraica que escrevem da direita para a esquerda, ou ainda os chineses, que escrevem de cima para baixo.
Também é necessário compreender que a criança em fase de alfabetização está adquirindo a
noção de direita e esquerda. No entanto, pode ser auxiliada no desenvolvimento desta
competência através de jogos e brincadeiras que envolvam principalmente o corpo. Este
conhecimento, dentre outros, é muito importante para a alfabetização.
De qualquer forma, nesses primeiros passos no caminho da alfabetização, é frequente os
pais ficarem angustiados ao observarem estas escritas espelhadas acompanhadas também
de falta de letras ou mistura de letras e números. O ideal é deixar seus filhos fazerem suas
tentativas, pois as crianças, conforme pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana
Teberosky (pesquisadoras reconhecidas internacionalmente por seus trabalhos sobre
alfabetização), começam a construir a língua escrita muito antes de entrarem no ensino
formal.
De acordo com Zorzi (2000):
“Por muito tempo e, de modo bastante insistente, temos sido levados a ver, nos erros e
enganos que as crianças fazem ao escrever, indícios de distúrbios e patologias. Os
espelhamentos de letras são um exemplo típico desta maneira, até mesmo parcial e distorcida, de compreendermos o que é a aprendizagem.”
As crianças podem, a princípio, além da escrita espelhada, escrever “formiga” com poucas
letras e “boi” com muitas. Isso acontece porque, no pensamento das crianças, a formiga é
pequena, logo precisa de poucas letras, exemplo: CFAO. Já o boi é grande, então precisa de
muitas letras: JAJNSHSJAKOV. Em outros casos, elas utilizam as letras do próprio nome em
ordem diferente para muitas palavras. Mais adiante passam por outra fase e então escrevem uma letra para cada vez que pronunciam um som.
E assim a criança segue gradualmente em sua investigação, até atingir a escrita convencional.
Não existe criança que não sabe nada sobre a escrita. O que acontece é que a criança pensa
sobre a escrita formulando hipóteses sobre ela, para compreender o que a mesma significa.
Isto não quer dizer que ela não precisa de um mediador para aprender a ler e escrever. A
ação de um mediador é imprescindível para fazer com que a hipótese da criança entre em
conflito e assim proporcione o seu avanço.
Feuerstein (1980 apud Beyer, 1996, p. 75) diz:
Por meio do conceito da experiência da aprendizagem mediada (EAM) nós nos referimos à
forma como os estímulos emitidos pelo meio são transformados por um agente ‘mediador’,
usualmente um pai, um irmão ou outra pessoa do círculo da criança. Este agente mediador,
motivado por suas intenções, cultura e envolvimento emocional, seleciona e organiza o
mundo dos estímulos para a criança. O mediador seleciona os estímulos que são mais
apropriados e então os filtra e organiza; ele determina o surgimento ou desaparecimento de
certos estímulos e ignora outros. Através desse processo de mediação, a estrutura cognitiva
da criança é afetada.
Mas, muitas vezes, quando se ouve dizer que uma criança de 5 anos está lendo e
escrevendo, logo vem aquela preocupação: será que meu filho de 6 anos tem problemas?
Neste caso é melhor agir com bom senso, respeitando o ritmo de cada um. A escola deve ser
parceira dos pais, dizendo-lhes quando percebe algo que mereça mais atenção.
Zorzi (2000) também comenta:
Estamos, como adultos, fortemente contaminados com noções rígidas de “certo” e “errado”:
se a criança está agindo ou pensando da mesma forma que nós, então ela sabe, ela está
certa, está aprendendo. Caso contrário, se ela assimila, ou entende uma situação de uma
maneira distinta da nossa, que não está de acordo com nossas concepções e crenças, então
ela está errada. Não está aprendendo. E, se não está aprendendo, então deve ter dificuldades, problemas, e assim por diante.
Há uma preocupação exagerada para que se leia cada vez mais cedo. O mais sensato é baixar
a ansiedade, acompanhar o desenvolvimento da criança, confiar na escola do seu filho e
proporcionar um ambiente rico em leitura e escrita, regado com muita paciência e persistência.
No mais é curtir e guardar estas primeiras tentativas de escrita com o mesmo valor dado às primeiras palavras e os primeiros passos.
Referências/Registros:
http://www.escolabr.com/portal/modules/planet/view.article.php?11612
http://www.psicosol.com/escrita-espelhada-que-bicho-e-esse/
Os tradicionais rabinhos de porco e pontilhados dão lugar ao brincar com função pedagógica,
andar sobre o rabinho de porco, desenhar no chão e observar seu desenho e os desenhos dos
colegas. Ainda, adquirir ritmo através da musicalização, esquerda / direita, em cima / em
baixo, fino / grosso, alto / baixo, grande / pequeno e tantas outra habilidades que possibilitam
um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura.
Movimentos de pinça (pegar objetos com a ponta dos
dedos), soprar canudinhos (bolinha de sabão), confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e
embolar papeis, reconhecimento de partes do seu corpo (macaco disse), favorecem o pegar no
lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e a observação das diferenças entre b e d, por exemplo.
As trocas de V por F, D por T, podem ser evitadas desenvolvendo atividades que estimulem a
percepção auditiva das crianças. Essas atividades possibilitam também a socialização dos
educandos, respeito à sua vez, e às regras das atividades, disciplina e cooperação. A criança
que tem o privilégio de fazer parte de uma Educação Infantil que enfatize as brincadeiras em
seus planejamentos, certamente não encontrará dificuldades no processo de alfabetização,
pois aprendeu de forma concreta, aquilo que no tempo certo irá colocar no papel. Em
controvérsia, quando esta fase não é trabalhada, os danos se estenderão por boa parte - ou
toda - a vida escolar da criança. A alfabetização pode e deve ser trabalhada na Educação Infantil, desde que isto aconteça de forma lúdica respeitando a idade e o tempo da criança.
DICAS para os PAIS e PROFESSORES Coordenação Motora
A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntariamente,
ou seja mesmo que os pais não tenham esta consciência. Através de movimentos com as
mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros passinhos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora.
Já em fase pré-escolar(1o ANO) a coordenação é ‘treinada’ em atividades especificas para a
idade, como exercicios motores de desenhos, simbolos, etc. Para compreender melhor o
significado da coordenação motora veja abaixo uma explicação mais detalhada:
Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da
integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações.Classifica-se a coordenação motora em três grupos:
- Coordenação motora geral
Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.Ex: Andar, Pular, rastejar, etc.
- Coordenação motora geral específica
Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. Ex: Chutar uma bola (futebol),
bandeja (basquete), etc.
- Coordenação motora fina
É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim
movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente,
propriciando manuseio dos objetos. Ex; Recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever,
digitar, etc.
O Papel do Professor e dos Pais
Existem pequenas modificações que podem tornar a vida da criança com Transtorno
Desenvolvimento Coordenação mais fácil.Aqui vão algumas ideias que podem ser úteis; a terapeuta ocupacional pode dar sugestões adicionais.
Em Casa
1.Encoraje a criança a participar de jogos e esportes que sejam interessantes para ela e que
dêem oportunidade para praticar e se expor a atividades motoras. Devem-se enfatizar
atividades físicas e de divertimento, em vez de competição.
2.Tente introduzir a criança, individualmente, em atividades esportivas novas ou ao novo
parquinho, antes de ela ter que lidar com essas mesmas atividades em situação de
grupo.Tente rever as regras e rotinas relacionadas a cada atividade (ex.: regras de futebol ou
do basquetebal) em um momento em que a criança não esteja concentrada nos aspectos
motores. Faça perguntas simples à criança, para garantir compreensão (ex.: "O que você
deve fazer para chutar a bola?"). Aulas individuais podem ser úteis em certos momentos, para ensinar habilidades específicas à criança.
3 .A criança pode mostrar preferência por esportes individuais (ex.: natação, corrida,
bicicleta, patins) ou obter melhor desempenho neles, em vez de esportes de grupo. Se esse
for o caso, então tente encorajar a criança a interagir com colegas em outras atividades nas quais ela tenha chance de obter sucesso (ex: escotismo, música, teatro, ou artes).
4. Encoraje a criança a ir para a escola com roupas que sejam fáceis de vestir e retirar. Por
exemplo: calças de elástico e camiseta de malha, calça de malha ou lycra, suéter e tênis com
velcro. Quando possível, use fechos de velcro em vez de botões, fechos de pressão ou
cadarços de amarrar. Ensine a criança a manejar fechos mais difíceis quando você estiver
com tempo e paciência (ex.: no fim de semana, nas férias), ao invés de quando você está apressada para sair de casa.
5- Estimule a criança a participar de atividades práticas que vão ajudar a melhorar sua
habilidade para planejar e organizar tarefas motoras. Por exemplo: colocar a mesa,preparar
um lanche ou organizar a mochila. Faça perguntas que ajudem a criança a focar na seqüência
de passos (ex: “O que você precisa fazer primeiro?”). Reconheça que, se sua criança está
ficando frustrada, pode ser que seja o momento de ajudar ou de dar orientação e instruções mais específicas.
6. Reconheça e reforce os pontos fortes da criança. Muitas crianças com Transtorno
desenvolvimento de Coordenação demonstram boas habilidades em outras áreas, tais como:
habilidade avançada de leitura,imaginação criativa, sensibilidade para as necessidades dos outros ou habilidade de comunicação verbal elevada.
Na Escola
Professores e pais podem trabalhar juntos para garantir que a criança com Transtorno
Desenvolvimento de Coordenação obtenha sucesso na escola. Para os pais, pode ser útil
reunir-se com a professora no início do ano escolar para discutir as dificuldades específicas
da criança e dar sugestões de estratégias que funcionaram bem. Um plano individualizado
de educação pode ser necessário para algumas crianças, entretanto, para outras, as seguintes modificações podem ser suficientes.
Na Sala de Aula
1. Certifique-se de que a criança esteja posicionada apropriadamente na carteira para
começar qualquer trabalho. Certifique-se de que os pés da criança estejam totalmente
apoiados no chão; que a carteira tenha altura apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a mesma.
2.Tente traçar metas realistas e de curto prazo. Isso vai garantir que, tanto a criança como a professora, continuem motivados.
3.Tente dar um tempo extra para que a criança complete atividades motoras finas, tais como
matemática, escrita, redação, atividades práticas de ciências e trabalhos de arte. Se há necessidade de velocidade, esteja disposta a aceitar um produto de menor qualidade.
4.Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas de exercício impressas ou pré -
escritas para permitir que a criança foque na tarefa. Por exemplo: dê-lhe folhas com
exercícios de matemática previamente preparados; páginas com perguntas já escritas, ou em
exercícios de compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno.
5.Introduza o computador o mais cedo possível, para reduzir a quantidade de escrita à mão
que é exigida em períodos mais avançados de escolaridade. Apesar de, a princípio, digitação
ser difícil, essa é uma habilidade que pode ser de grande benefício e, na qual,crianças com problemas de movimento podem se tornar bastante proficientes.
6.Ensine às crianças estratégias específicas de escrita à mão, que as encorajem a escrever
com letras de forma, ou cursiva, de maneira consistente. Use canetas hidrográficas ou
adaptadores de lápis, se eles parecem ajudar a criança a melhorar o padrão de preensão ou a reduzir a pressão do lápis no papel.
7.Use papel de acordo com as dificuldades de escrita da criança. Por exemplo:
a) linhas bem espaçadas para a criança que escreve com letras muito grandes;
b) papel com linha ressaltada para a criança que tem dificuldade para escrever dentro
das linhas;
c) papel quadriculado para a criança cuja escrita é muito grande ou mal espaçada;
d) papel quadriculado, com quadrados grandes, para a criança que tem problema
para alinhar os números na matemática.
8.Tente focar no objetivo da lição. Se a meta é uma história criativa, então ignore a escrita
bagunçada, mal espaçada ou as várias apagações. Se a meta é que a criança aprenda a
formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo para que isso seja feito, mesmo que o problema de matemática acabe não sendo resolvido.
9.Considere a possibilidade de a criança usar métodos alternativos de apresentação para
demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por exemplo: a criança pode apresentar o
relatório oralmente; pode usar desenhos para ilustrar suas ideias; digitar a redação ou o relatório no computador; gravar a história ou o exame no gravador.
COORDENAÇÃO MOTORA FINA
Mais ATIVIDADES para AJUDAR!
1. Pegue um daqueles vidros de remédio com conta gotas que você tem no armário. Ensine a
criança a apertar a borracha usando o dedo polegar e o dedo indicador. Use um timer e o
programe para 5 segundos.Veja quantas vezes a criança consegue apertar. Faça isso várias
vezes ao dia com a criança e assegure que ela use ambas as mãos. Esse movimento vai
ajudar à criança a ter firmeza ao segurar o lápis para escrever.
2. Esse exercício é muito bom mas funciona melhor se você tiver uma maçaneta redonda.O
processo é o mesmo do número 1. Pegue um timer e marque quantas vezes a criança
consegue rodar a mão para abrir a porta. Esse movimento é bom para o pulso e, com
certeza, vai ajudar a criança a posicioná-lo na hora de escrever.
3. Providencie um daqueles brinquedos de plástico que se coloca na banheira para a criança
brincar. Sabe aqueles fáceis de apertar? Brinque com a criança no banho que é mais
divertido, mas deixe que ela aperte o brinquedo. Esse movimento ajuda na flexibilidade dos
dedos.
4. Arranje um chocalho para o próximo exercício. Você pode inclusive confeccionar um com
garrafinhas de plástico de refrigerante e macarrão, milho ou lentilha dentro. Ensine a criança
a balançar o chocalho para frente e para trás mas sem mexer o braço, somente o pulso. Se
for necessário, nas primeiras vezes, segure o anti-braço da criança para que ela não o mexa.
Esse exercício dá mais agilidade para o pulso.
5. Coloque areia numa bacia e faça desenhos junto com a criança. Incentive o uso do dedo
indicador na confecção do desenho. Deixe que a criança brinque depois. Explore outras
texturas com a criança. Tinta, milho, arroz, creme de barbear, água com anilina colorida e
algodão são outros exemplos.
6. Rasgar jornal e papel também ajuda. Você pode convidar a criança para depois fazer uma
chuva de papel ou uma grande colagem.
7. Compre uma folha de EVA e recorte algumas figuras (de preferência as preferidas da
criança). Por exemplo, se ela gosta de carros,corte figuras de um carro comum, um de
corrida e um jipe. Se a menina gosta de brincar de bonecas, corte uma camiseta para
boneca, chapéu e bolsinha. Escolha duas figuras apenas para começar. Faça um furo no meio
das figuras e entregue um cadarço para a criança. Sentado atrás da criança faça com ela o
movimento de constura, enfiando o cadarço nas figuras. Primeiro use sua mão por cima da
criança. Aos poucos, faça menos pressão nos movimentos até que a criança coloque duas
figuras independentemente. Aí sim você pode incorporar mais figuras. Esse exercício ajuda
muito no movimento de pegar o lápis. Aconselha-se começar com figuras de EVA para depois
passar a pequenas contas.
8. Ensine a criança a desenhar linhas. Faça primeiro umalinha horizontal _________ e diga a
ela: “Copia o que eu faço”// “Faça isso!” e deixe ela copiar. Se a criança não conseguir fazer,
utilize a sua mão por cima da dela para que ela consiga sucesso no início. Aos poucos
diminua a pressão até que a criança consiga fazer o exercício sozinha. Depois de fazer
________, passe para linha vertical, X, + , O, •, D. Mais tarde tente sol, face, pessoa, árvore,etc.
9. Aplicar técnicas simples como:
*Pontilhismo ajuda a melhorar a coordenação dos pequenos músculos, (movimento pinça), e
ainda aproveitamos o momento em ajudar a crianças a manusear corretamente canetinhas que tanto gostam, o cuidado com a ponta, a força utilizada... entre outros.
*Rasgar papel livremente utilizando, de início, papéis que não ofereçam muita resistência ao serem rasgados. • Rasgar papel em pedaços grandes, em tiras, em pedaços pequenos.
*Recortar com tesoura:• Treinar o
modo de segurar a tesoura e seu manuseio, cortando o ar, sem papel.• Recortar vários tipos
de papel com a tesoura livremente.• Recortar tiras de papel largas e compridas.• Recortar
formas geométricas e figuras simples desenhadas em papel dobrado.
*Colar:• Colar recortes em folha de papel, livremente.• Colar recortes em folha de papel,
apenas numa área determinada.• Colar recortes sobre apenas uma linha vertical.• Colar
recortes sobre apenas uma linha horizontal.• Colar recortes sobre apenas uma linha
diagonal.
*Modelar:• Modelar com massa e argila e formas circulares, esféricas, achatadas nos pólos
(como tomate), ovais, cônicas (como cenoura), cilíndricas (como pau de vassoura), quadrangulares (como tijolo), etc.
*Perfurar:• Perfurar livremente uma folha de isopor com agulha de tricô ou caneta de ponta
fina sem carga.• Perfurar folha de cartolina em seqüência semelhante à proposta para o
trabalho com isopor.• Perfurar o contorno de figuras desenhadas em cartolina e procurar recortá-las apenas perfurando.
*Bordar:• Enfiar macarrão e contas em fio de náilon ou de plástico.• De início as contas e o
macarrão terão orifícios graúdos e o fio será bem grosso e firme. Numa segunda etapa, o
material deverá ter orifícios menores e os fios deverão ser mais finos e flexíveis. • Bordar em talagarça. • Alinhavar em cartões de cartolina.• Pregar botões.
*Manchar e traçar:• Fazer os quatro exercícios seguintes usando inicialmente giz de cera e
depois pincel e tinta, lápis de cor e lápis preto.•
Fazer manchas em folha de papel, livremente.•
Fazer manchas dentro de figuras grandes.•
Fazer manchas sobre uma linha.•
Fazer manchas entre linhas paralelas, de início distantes e depois mais próximas.•
*Passar andando por dentro de caminhos feitos com cordas estendidas no chão, como pré-
requisito para realizar os exercícios que se seguem.• Com caneta hidrográfica passar um
traço entre duas linhas paralelas.•
No papel sulfite, entre as linhas paralelas, traçar várias linhas com lápis de cor, cada uma de
uma cor (traço do arco-íris).• Traçar linhas sobre desenhos e letras pontilhadas em papel sulfite.
*Pintar:• Pintar áreas delimitadas por formas geométricas e partes de desenhos de objetos.
*Dobrar:• Dobrar folha de papel ao meio, na altura de linhas pontilhadas (horizontais e
verticais) marcadas na folha. • Dobrar guardanapos de papel e de pano em retas
perpendiculares e diagonais em relação às bordas. • Dobrar papel e montar figuras
(cachorro, chapéu, sapo, flor, etc.)
Considerações Importantes:
O entendimento dos processos relacionados à motricidade é de suma importância para o o
auxílio centrado no desenvolvimento do aprendiz. Várias crianças tem apresentado deficit
de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando certas habilidades necessárias a
este avanço. Neste caso é necessário o apoio de um Psicopedagogo, que fará o diagnóstico e
certamente, indicará a melhor maneira de se trabalhar com estas crianças. Todavia, este
quadro pode ser evitado, se as Instituições responsáveis Família e Escola adotarem
o "brincar" como recurso necessário e diário.
A criança que anda sobre uma linha no chão; pula pneus, corda, amarelinha; rasteja; corre;
engatinha; encontra objetos escondidos; percebe diferenças entre o cenário anterior e o
atual; participa de atividades de musicalização; canta; dança; brinca de roda, de cabra cega,
de passar anel, de baliza, de pique-pega, de pique-esconde, de pique-cola, de macaco disse,
de Maria viola, etc... dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização. Os
tradicionais rabinhos de porco e pontilhados dão lugar ao brincar com função pedagógica,
andar sobre o rabinho de porco, desenhar no chão e observar seu desenho e os desenhos
dos colegas. Ainda, adquirir ritmo através da musicalização, esquerda / direita, em cima /
em baixo, fino / grosso, alto / baixo, grande / pequeno e tantas outra habilidades que
possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de
pinça (pegar objetos com a ponta dos dedos), soprar canudinhos (bolinha de sabão),
confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu
corpo (macaco disse), favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e a observação das diferenças entre b e d, por exemplo.
Enfim..quanto mais concreto e lúdico for o contato das crianças com materiais e
situações que propiciem a manipulação e a organização, mais desenvolvimento motor terá
para as atividades que exigirem escrita, leitura e cálculos. (Rosangela Vali)
Recursos Bibliográficos:
Angela Adriana de Almeida Lima
http://www.blogdacrianca.com/coordenacao-motora-
fina/#ixzz1rGFiVg9k http://dcd.canchild.ca/en/EducationalMaterials
http://depalavraempalavrainclusao.blogspot.com.br/ http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br