Psicopatologia 1

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PSICOPATOLOGIA I Nelma Carvalho

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Modulo de Curso Pós Graduação em Psiquiatria

Transcript of Psicopatologia 1

  • PSICOPATOLOGIA I

    Nelma Carvalho

  • A Psiquiatria se fundamenta na Psicopatologia

  • Psicopatologia o estudo descritivo

    dos fenmenos psquicos de cunho

    anormal, exatamente como se

    apresentam experincia imediata, de

    forma independente dos problemas

    clnicos. Estudando os gestos, o

    comportamento e as expresses dos

    enfermos alm de relatos e

    autodescries feitas pelos mesmos.

  • Observao psicopatolgica:

    Paciente fecha ambos os ouvidos com os dedos indicadores e

    anda de um lado para o outro do ptio, muito inquieto.

    Apresenta expresso facial de irritao e fala como se

    conversasse com outra pessoa, numa discusso exaltada,

    usando as palavras com agressividade, sempre muito irritado.

    Quando perguntado sobre o que esta acontecendo, responde que

    est ouvindo vozes que o ofendem e o acusam injustamente de

    coisas que ele no fez. Relata que so mais de duas vozes,

    masculinas e desconhecidas, que vem de fora de sua cabea.

    Riem dele e por vezes comentam sobre o que ele est fazendo

    no momento. Elas dizem: - L vai o ladrozinho beber gua.

    Deu uma surra na me e agora tem sede. Mas ele no ladro

    e nem agrediu sua me, elas mentem todo o tempo.

  • Psicopatologia o estudo descritivo

    dos fenmenos psquicos de cunho

    anormal, exatamente como se

    apresentam experincia imediata, de

    forma independente dos problemas

    clnicos. Estudando os gestos, o

    comportamento e as expresses dos

    enfermos alm de relatos e

    autodescries feitas pelos mesmos.

  • Normal Anormal

    Patolgico

  • 1- Subjetivo

    2- Estatstico

    3- Idealista

    Critrios:

  • Normal

    Anormal

    Critrio Estatstico:

  • Tudo que normal

    no patolgico?

    Tudo que anormal patolgico?

  • Normal X Anormal X Patolgico

    Patolgico

    = SOFRIMENTO.

    MANIA:

    ANORMAL e

    PATOLGICO

    Critrios Subjetivos

  • Normal X Anormal X Patolgico

    Patolgico

    = fora da norma estatstica

    CRIE DENTRIA:

    NORMAL e

    PATOLGICO

    Critrios Estatsticos

  • Normal X Anormal X Patolgico

    Patolgico

    = fora das normas

    Scio culturais

    ANORMAL

    e PATOLGICO

    Critrios Scio culturais

  • A psicopatologia investiga muitos

    fatos anormais, cujos

    correspondentes normais ainda no

    foram estabelecidos pela psicologia,

    e muitas vezes a viso do anormal

    que ensina a explicar o normal.

    Karl Jaspers

  • PSICOPATOLOGIA

    mtodo fenomenolgico

  • Mtodo Fenomenolgico

    A fenomenologia se importa mais com a vivncia dos fenmenos pelo sujeito, do que pelo fenmeno em si.

    O mtodo fenomenolgico um mtodo de investigao que preocupa-se com a descrio direta da experincia tal como ela .

    Atravs do relato do individuo, tentamos entender a sua experincia subjetiva, usando as nossas prprias vivncias.

  • Principais funes psquicas:

    Percepo

    Representao

    Conscincia

    Orientao

    Ateno

    Memria

    Sensopercepo

    Linguagem

    Pensamento

    Afetividade

    Atividade Voluntria

  • CONSCINCIA

  • UM PROCESSO DE

    COORDENAO E DE

    SNTESE DA ATIVIDADE

    PSQUICA.

    CONSCINCIA

  • NEUROFISIOLGICA = estar acordado

    PSICOLGICA = integrao das

    funes psquicas

    CONSCINCIA

  • CONSCINCIA DOS OBJETOS

    (das percepes, dos conceitos)

    CONSCINCIA DO EU

    (O eu se faz consciente de si mesmo K.Jaspers)

    CONSCINCIA

  • LUCIDEZ

    OBNUBILAO

    TORPOR

    COMA

    ESTADOS DE CONSCINCIA

  • Rebaixamento da Conscincia

    Sempre provocado por perturbao na atividade fisiolgica cerebral

    Infeces

    Esgotamento/cansao

    Intoxicaes

    Traumatismos

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    DA CONSCINCIA

  • Provoca dficit cognitivo global:

    Lentido do pensamento

    Reduo das impresses sensoriais

    Reduo da percepo

    Lentido da compreenso

    Dificuldade de ateno e de memria

    Desorientao

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    DA CONSCINCIA

  • O DFICIT COGNITIVO GLOBAL

    pode provocar iluses,

    alucinaes, idias delirides.

  • Os transtornos psicticos no

    esto relacionados com

    rebaixamento de conscincia.

    Os Delrios e Alucinaes dos Transtornos Psicticos ocorrem em pacientes que apresentam lucidez

    de conscincia.

  • Obnubilao

    Torpor

    Coma

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    DA CONSCINCIA

  • 1. Obnubilao ou Turvao da Conscincia

    Rebaixamento da Conscincia

    em grau leve a moderado.

    ALTERAES QUANTITATIVAS DA

    CONSCINCIA

  • Obnubilao ou Turvao da Conscincia

    ALTERAES QUANTITATIVAS DA

    CONSCINCIA

  • 2. Torpor

    Rebaixamento da Conscincia no qual o

    indivduo s despertado por estmulos

    enrgicos, geralmente dolorosos.

    ALTERAES QUANTITATIVAS DA

    CONSCINCIA

  • 3. Coma

    Grau mais profundo de Rebaixamento da

    Conscincia do qual o indivduo no

    consegue ser despertado.

    ALTERAES QUANTITATIVAS DA

    CONSCINCIA

  • ALTERAES

    QUANTITATIVAS

    DA CONSCINCIA

  • ALTERAES QUANTITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    Delirium Sndrome Confusional Aguda

    Rebaixamento leve a moderado do nvel de conscincia Desorientao Dificuldade de Ateno Perplexidade Agitao ou lentificao psicomotora Discurso ilgico, dissociado Iluses, alucinaes

    Doenas infecciosas, intoxicaes, abstinncias

  • ALTERAES QUANTITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    Estado Onrico

    Sndrome Confusional, com a caracterstica de um sonho.

    O paciente vive situaes como se estivesse sonhando, com

    sensaes muito vvidas. Sonho vivido.

    Alucinaes visuais complexas Emoes congruente: angustia, medo, jocosidade Atividade motora congruente, com participao nas cenas imaginrias

    Sugestibilidade

    Doenas infecciosas, intoxicaes, abstinncias

  • ALTERAES

    QUALITATIVAS

    DA CONSCINCIA

  • Estados Crepusculares

    Estados Segundos

    Dissociao da Conscincia

    Estado Hipntico

    Transe

    ALTERAES QUALITATIVAS

    DA CONSCINCIA

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    1. Estados Crepusculares

    Estreitamento transitrio da conscincia com conservao de uma atividade

    mais ou menos coordenada.

    Percepo imperfeita ou inexistente Atos Automticos impulsivos, violentos Incio sbito Durao de minuto, horas, semanas

    Amnsia lacunar

    Epilepsia, TCE, intoxicao, dissociao histrica

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    2. Estados Segundos (Pierre Janet)

    Vivncia de estados de conscincia alternantes, correspondendo a duas personalidades distintas.

    Secundrio a situao estressante, psicogentico.

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    3. Dissociao da Conscincia

    Fragmentao transitria da conscincia com perda da unidade psquica.

    Caractersticas onricas Atos Automticos impulsivos, violentos Incio sbito, durando minutos ou no mximo dias Precedido por situao geradora de grande ansiedade Crise pseudoepilptica, movimentos involuntrios

    Secundrio a situao estressante, psicogentico.

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    4. Estados Hipnticos

    Estado de estreitamento da Conscincia, com concentrao da ateno, induzido voluntariamente por uma outra pessoa,

    atravs de tcnica especfica.

    Sugestibilidade aumentada Ateno concentrada no hipnotizador

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    5. Transe

    Dissociao da Conscincia, com caractersticas

    onricas e atividade motora automtica e

    estereotipada.

    Transe religioso: contextos religiosos e culturais

    Transe histrico: alterao psicopatolgica relacionada

    a ansiedade.

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    * xtase Sentimento de felicidade intensa e inebriante. O mais elevado grau do sentimento vital. Descrio de Santa Tereza: Tenho tido vrios arroubamentos de amor (xtase), uma vez... fiquei uma semana inteira bem longe deste mundo; no sei descrever esse fenmeno; parece-me que estava ento vivendo em corpo recebido de emprstimo; havia um como vu lanado para mim sobre todas as coisas da terra. No me abrasava nenhuma chama real, e podia suportar essas delcias sem receio de que os meus laos se quebrassem com o peso; pelo contrrio... mais um minuto, mais um segundo apenas, e a minha alma se teria separado do corpo.

  • ALTERAES QUALITATIVAS DA

    CONSCINCIA

    * Possesso O individuo se sente possudo por entidades

    sobrenaturais.

    Vivncias com o mal.

  • Complexo de funes psquicas, atravs do

    qual o individuo capaz de se situar em relao

    ao ambiente e a si mesmo.

    ORIENTAO

  • ORIENTAO

    AUTOPSQUICA

    Em relao a prpria pessoa

    ALOPSQUICA

    Em relao ao mundo externo

    TEMPO e ESPAO

  • ORIENTAO

    Depende da percepo, memria

    e da capacidade de formar juzo

    sobre os acontecimentos e sobre

    sua prpria pessoa.

  • ALTERAES DA ORIENTAO

    DESORIENTAO APTICA

    Falta de interesse, de motivao.

    DESORIENTAO AMNSTICA

    Dificuldade de reter informaes

    bsica para se orientar.

  • ALTERAES DA ORIENTAO

    DESORIENTAO CONFUSIONAL

    Provocada pelo rebaixamento da conscincia, devido a dificuldade de perceber o ambiente.

    DESORIENTAO DELIRANTE

    Percepo distorcida do ambiente, dificuldade de entendimento da realidade devido a idias delirantes.

  • ALTERAES DA ORIENTAO

    DESORIENTAO POR DFICIT INTELECTIVO

    Dificuldade ou incapacidade em compreender o ambiente e as convenes sociais.

    DESORIENTAO POR DISSOCIAO

    Por alteraes de identidade, desdobramento de personalidade e outros fenmenos dissociativos.

  • ATENO

    o processo atravs do qual

    concentramos a nossa atividade

    psquica sobre o estmulo que a

    solicita, seja este uma sensao,

    percepo, representao, afeto.

  • ATENO

    ATENO VOLUNTRIA

    (Tenacidade)

    Ateno que usa esforo intencional e consciente

    ATENO ESPONTNEA (Vigilncia/Mobilidade)

    Resposta automtica, no consciente e no intencional

  • ATENO ALTERAES QUANTITATIVAS

    1. DISTRAO Incapacidade de fixar a ateno

    Aumento da vigilncia

    2. HIPERPROSEXIA Aumento da ateno espontnea

    Quadros de excitao psicomotora

  • ATENO ALTERAES QUANTITATIVAS

    3. HIPOPROSEXIA Reduo global da ateno

    Retardo mental, esquizofrenia, depresso,

    rebaixamento de conscincia

    4. APROSEXIA

    Falta absoluta de ateno

    Retardo mental, estupor, demncia, negativismo esquizofrnico

  • MEMRIA

    Capacidade de adquirir,

    armazenar e recuperar,

    informaes disponveis

  • DEUSA GREGA MNEMOSYNE

    Aquela que preserva do

    esquecimento

  • MEMRIA

    PROCESSO MNMICO

    1. AQUISIO ou FIXAO

    2. RETENO ou CONSERVAO

    3. REATIVAO ou EVOCAO

  • MEMRIA

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    1. HIPERMNESIA Aumento da capacidade mnmica

    (maior facilidade de evocao)

    lembranas mais vivas e mais exatas

    Hipnose, febre

    # Hipertrofia de memria = boa memria

    # Hipertrofia de memria parcial = no retardo mental

  • MEMRIA

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    2. HIPOMNESIA

    Reduo da capacidade mnmica

    Diminuio do numero de lembranas evocadas na

    unidade de tempo (Mira y Lpez)

    Korsakov, senilidade, epilpticos, retardo mental.

  • MEMRIA

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    3. AMNSIA

    Abolio da capacidade mnmica

    TIPOS DE AMNSIA

    AMNSIA ANTERGRADA ou de FIXAO

    AMNSIA RETRGRADA ou de EVOCAO

    AMNSIA RETROANTERGRADA

    AMNSIA LACUNAR

  • MEMRIA

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    AMNSIA

    TIPOS DE AMNSIA

    Passado: AMNSIA RETRGRADA ou de EVOCAO

    Evento determinado: AMNSIA LACUNAR

    Presente: ANTERGRADA ou de FIXAO

    Global: AMNSIA RETROANTERGRADA

  • MEMRIA

    ALTERAES QUANTITATIVAS

    AMNSIA

    TIPOS DE AMNSIA

    RETRGRADA ANTERGRADA

    ou de EVOCAO __________/LACUNAR /_________ ou de FIXAO

    ____________RETROANTERGRADA ou GLOBAL___________

  • MEMRIA

    ALTERAES QUALITATIVAS

    1. ILUSES MNMICAS ou ALOMNSIAS

    Lembrana fictcia.

    Acrscimo de elementos falsos ao ncleo da imagem

    mnmica.

    Esquizofrenia, alcoolismo, epilepsia, quadros orgnicos,

    lembranas falseadas

  • MEMRIA

    ALTERAES QUALITATIVAS

    2. ALUCINAES MNMICAS ou

    PARAMNSIA

    Criaes imaginativas com aparncia de lembranas, mas

    que no correspondem a realidade.

    Anloga a alterao da sensopercepo.

    Transtornos psicticos

  • MEMRIA

    ALTERAES QUALITATIVAS

    3. FABULAES

    Relato de coisas fantsticas, que nunca aconteceram.

    Bleuler: As fabulaes preenchem um vazio da

    memria e se mostram como que criadas para esse

    fim. Podemos produzi-las ou governa-las, enquanto

    que as alucinaes de memria no mudam, tal como

    a idia delirante.

    Esquizofrenia, quadros orgnicos, alcoolismo, Korsakov

  • MEMRIA

    ALTERAES QUALITATIVAS

    4. DJ VU (j visto)

    5. JAMAIS VU (jamais visto)

    Ocorre na epilepsia do lobo temporal, na

    esquizofrenia, ansiedade e normalidade.

  • MEMRIA

    ALTERAES QUALITATIVAS

    6. CRIPTOMNESIA

    As lembranas no so reconhecidas como tais, e sim

    como fatos novos.

    Sndrome do Plgio

    Senilidade.

  • MEMRIA

    ALTERAES QUALITATIVAS

    7. ECMNSIA

    Revivescncia muito intensa, que faz com que o

    paciente se comporte como se estivesse vivendo o

    fato naquele momento.

    Epilepsia, demncia, intoxicao por alucingeno,

    delirium.

  • SENSOPERCEPO

    IMPRESSES SENSORIAIS DO

    MUNDO EXTERIOR E DO MUNDO INTERIOR.

  • SENSAO

    PERCEPO

  • SENSAO

  • SENSAO

    Fenmeno Psquico que resulta da ao do estmulo externo (luz, som, temperatura, etc...) sobre os rgos do sentido.

    Nos relaciona com o mundo externo, informando sobre as coisas que nos rodeiam, indicam a posio do nosso corpo e nos do informaes sobre nossos rgos internos.

  • SENSAO

    Estmulo de um rgo Sensorial

    Vias Sensitivas

    CREBRO

  • PERCEPO

  • PERCEPO

    Fenmeno Psquico que atribui

    significado as Sensaes.

    como interpretamos as sensaes,

    segundo nossas representaes e juzo.

  • PERCEPO

    Fenmeno Psquico que atribui significado as Sensaes.

    como interpretamos as sensaes, segundo nossas representaes e juzo. Caractersticas: Corporeidade Espao externo Nitidez Frescor sensorial Estabilidade Independe da vontade

  • REPRESENTAO

  • REPRESENTAO

    Reativao de uma sensao, sem a presena real do objeto

    correspondente.

    Re-apresentao = reproduo da imagem de. a reproduo na conscincia, de percepes passadas. Caractersticas: Ausncia de Corporeidade Espao interno Impreciso Sem frescor sensorial Instabilidade Voluntrias

  • PERCEPO X REPRESENTAO

    Corporeidade

    Espao externo Nitidez Frescor sensorial

    Estabilidade Independe da vontade

    Ausncia de corporeidade Espao interno Impreciso Sem frescor sensorial Instabilidade Voluntrias

  • Sensao: formas e cores. Percepo: quadro em tela, luminria, pessoas rudes comendo batatas, sala escura. Apreenso: Os Comedores de batata de Van Gogh. Representao: lembrana do quadro.

  • Qualidades Sensoriais

    Exteroceptivas: originadas nos receptores da superfcie do corpo - visuais, auditivas, gustativas, olfativas, tteis.

    Interoceptivas ou Cenestsicas: percebidas no interior do corpo fome, sede, sensibilidade visceral.

    Proprioceptivas ou Cinestsicas: percepo do prprio corpo postura, movimento, equilbrio, posio dos segmentos do corpo, presso, vibrao.

  • Alteraes Quantitativas

    1. AGNOSIA Perda da capacidade de reconhecer o objeto, apesar da funo sensorial intacta. As sensaes esto mantidas, mas no so relacionadas as representaes e assim no so identificadas. Leses em reas associativas corticais.

    2. HIPERESTESIA Aumento global da sensibilidade perceptiva. Intoxicao por anfetamina, cocana, alucingenos,

    hipertireoidismo, ansiedade, epilepsia.

    SENSOPERCEPO

  • Alteraes Quantitativas

    1. HIPOESTESIA Diminuio da intensidade perceptiva. Esquizofrenia, rebaixamento de conscincia, depresso.

    2. ANESTESIA Abolio de todas as formas de sensibilidade. Quadros que levam a hipoestesia e coma.

    SENSOPERCEPO

  • Alteraes Qualitativas

    1. ILUSO Percepo deformada de um objeto real e presente Rebaixamento de conscincia, influencias emocionais,

    perturbao da ateno.

    2. PAREIDOLIA Percepo deformada de um objeto real e presente, criada intencionalmente.

    3. ALUCINAO a percepo sem objeto.

    SENSOPERCEPO

  • Alteraes Qualitativas

    ILUSO

    SENSOPERCEPO

  • Alteraes Qualitativas

    PAREIDOLIA

    SENSOPERCEPO

  • ALUCINAO

    Falsas percepes que no se originam por transformao de percepes reais e sim de modo

    inteiramente novo, e que surgem paralelas e juntamente com percepes reais. Karl Jaspers

  • ALUCINAES VERDADEIRAS 1. NITIDEZ SENSORIAL 2. PROJEO PARA O EXTERIOR 3. INTENSIDADE 4. IMPRESSO DE REALIDADE 5. VALOR EMOCIONAL

    PSEUDOALUCINAES 1. Sem nitidez sensorial 2. Localizao no espao interno 3. Conscincia do carter falso do fenmeno

    ALUCINAES

  • ALUCINAES VISUAIS

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES VISUAIS Mais frequentes em estados de perturbao da conscincia.

    1. ALUCINAES LILIPUTIANAS

    TIPOS DE ALUCINAES

    Pessoas e animais minsculos, em

    movimento, ao lado da percepo

    normal. Provocam sensao agradvel, divertida.

  • ALUCINAES VISUAIS ALUCINAES LILIPUTIANAS

    Passeava sozinha pelo jardim quando vi, de

    modo repentino, ao p do caramancho, dois

    diabos pequenos, horrveis, que saltavam sobre

    uma barrica de cal com agilidade espantosa,

    apesar de trazerem nas pernas grilhes pesados.

    A princpio olhavam para mim com seus olhos

    flamejantes e, depois, como se estivessem

    apavorados, precepitaram-se para dentro da

    barrica.

    TIPOS DE ALUCINAES

    .

  • ALUCINAES VISUAIS 2. ALUCINAO AUTOSCPICA OU ESPECULAR

    TIPOS DE ALUCINAES

    O individuo v sua imagem corporal como se

    estivesse diante de si prprio.

    Observadas nos estados de rebaixamento de

    conscincia devido a infeces ou intoxicaes

    por substancias alucingenas.

  • ALUCINAES VISUAIS 3. ALUCINAES EXTRACAMPINAS As vises se localizam fora do campo sensorial. O individuo v coisas fora de seu campo visual.

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES VISUAIS ALUCINAES EXTRACAMPINAS

    Sentado na poltrona da sala, o paciente via a calada

    do outro lado da rua, apesar de saber que existia a

    parede impedindo sua viso. Via pessoas

    conversando, que deviam estar falando sobre ele e

    sobre as desgraas que sua famlia sofreria em breve.

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES AUDITIVAS

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES AUDITIVAS

    So as mais frequentes e as mais importantes.

    ELEMENTARES: rudos, zumbidos, murmrios, estalidos. COMPLEXAS: vozes que ameaam, censuram, conversam entre si, comentam a atividade do individuo, etc...

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES AUDITIVAS

    1. SONORIZAO DO PENSAMENTO

    O paciente ouve e acredita que todos possam ouvir

    seus prprios pensamentos, como se as palavras

    fossem pronunciadas por algum do meio exterior

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES AUDITIVAS 2. AUDIO DE VOZES DIALOGANTES

    Audio de duas ou mais vozes, que comentam sobre o paciente,

    elogiando ou censurando, dizendo coisas agradveis ou no.

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES AUDITIVA AUDIO DE VOZES DIALOGANTES

    Tenho nos ouvidos vrios homens que falam

    continuamente entre si e passam de um a outro

    ouvido. Procuro interferir em suas

    conversaes, porque o assunto muito me

    aborrece. Ouo discusses de minha famlia,

    minha me briga com meus irmos, escuto falar

    pelo telefone sem fios. So vozes que parecem

    sair da parede.

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES AUDITIVAS 3. AUDIO DE VOZES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE o COMENTADORAS

    Fazem comentrios sobre os atos do paciente, influenciando suas atividades.

    o IMPERATIVAS

    Do ordens ao paciente, comandando seus atos, com carter irresistvel.

    TIPOS DE ALUCINAES

  • ALUCINAES TTEIS O paciente sente pequenos animais

    andando sobre a pele, como aranhas, formigas e outros insetos.

    Sentir calor, frio, dor, presso sobre a pele. Observada em transtornos psicticos txicos

    como Delirium Tremens.

    ALUCINAES DE CONTATO So frequentemente localizadas

    nas zonas ergenas e no sexo feminino. So relatadas como prtica de

    relaes sexuais, estupro, masturbao.

    TIPOS DE ALUCINAES

  • TIPOS DE ALUCINAES

    ALUCINAES OLFATIVAS E GUSTATIVAS Raras, geralmente associadas a outros tipos de alucinao. Cheiros e gostos comumente desagradveis.

    ALUCINAES CINESTSICAS Alucinaes do movimento. Sensao de que uma parte do corpo imvel, est se mexendo.

    ALUCINAES CENESTSICAS Sensaes anormais em diferentes partes do corpo. Objetos estranhos dentro do corpo, leses nos rgos, etc...

  • TIPOS DE ALUCINAES

    ALUCINAES CINESTSICAS

    Paciente ingeriu todo o frasco de xarope que de vez em quando tomava, e foi para o restaurante. Sentou-se mesa e

    pouco depois sentiu que o mundo virava de cabea para baixo.

    Agarrou as bordas da mesa e permaneceu de cabea para baixo,

    apavorado, angustiado e aterrado, porque se encontrava naquele

    momento no mundo dos antpodas. No sabe como tudo voltou

    ao normal. Apareceu uma pessoa conhecida e pediu-lhe que o

    levasse para casa, pois estava muito fraco, tremulo, com

    dificuldade para andar.