Publicação: Ano I N° 6

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cont. pag 3 Ano I nº 6 31 de Maio de 2012 Édition bilingue -Français-Portugais • Edição bilingue -Português-Francês Gracieuseté de nos annonceurs et distribué le dernier jeudi de chaque mois www.lecourrierportugais.com Dit le Portugais le premier Messager en Nouvelle-France Pedro da Silva CORREIO PORTUGUÊS PORTUGAIS LE COURRIER P P P Pedro da Silva Fondé 01/12/2011 Fondé 01/12/2011 Cahiers Cahiers détachables détachables Pages Pages centrales centrales 4280 boul. St-Martin Ouest - Laval H7T 1C3 tél. : 450-686-0360 fax:: 450-686-8511 4280 bo l St Martin O est La al H7T 1C3 Jean-Guy Moreau meurt à l’âge de 68 ans La Presse Canadienne, Montréal Les enfants de Jean-Guy Moreau tiennent à remercier tous les Qué- bécois qui leur ont fait part de leurs sympathies à la suite du décès de l’imitateur québécois qui comptait plus de 50 ans de carrière. Dans un très bref communiqué émis mardi matin, Antoine, Sophie et Véro- nique Moreau ont indiqué que leur célèbre père est décédé le 1e mai à la levée du jour. L’homme âgé de 68 ans était hospitalisé depuis quelques jours. Jean-Guy Moreau avait dû récem- ment annuler ses engagements professionnels pour des raisons de santé. Il faisait partie de la deuxième présentation du spectacle Il était une fois... la boîte à chansons qui fait revivre l’ambiance des boîtes à chansons au Québec dans les années 60. Pour les enfants de Jean-Guy Moreau, «s’il quitte la scène du théâtre de notre quotidien, c’est pour un show plus gros!!!» Né le 29 octobre 1943, Jean-Guy Moreau comptait plus de 50 ans de carrière dans le monde des variétés. Il avait fait ses débuts en compagnie de Robert Charlebois dans les années 60 dans le réseau des boîtes à chansons en faisant des imitations. Ses talents d’imitateur avaient été mis à prot dans différentes émissions à la télévision, notamment lors d’éditions du Bye Bye! à Radio-Canada. Il était notamment célèbre pour ses imitations de l’ancien maire de Montréal Jean Drapeau et de l’ancien premier ministre du Canada Pierre Elliott Trudeau. (NDR:Ainsi que René Levesque). L’automne dernier, un bouquin sur la vie de l’imitateur, signé par sa lle Sophie, avait été publié aux éditions Michel Brûlé Photo: Lapresse.ca La mort de l’inimitable imitateur Merci Jean-Guy pour tous ces années. Au revoir À l’intérieur: Cahier spécial sur l’Euro 2012 10 de JUNHO 10 de JUNHO Dia de PORTUGAL, de Camões Dia de PORTUGAL, de Camões e das Comunidades Portuguesas e das Comunidades Portuguesas As boas práticas no exercício da Cidadania devem ser divulgadas. De coisas negativas e decisões pela calada da noite…estamos fartos. Se há quem acredite que nos dias de hoje não existe censura, esclareça porque é cámos a saber tanta coisa do Egipto e os jornais não têm dito absolutamente nada sobre o que se passa na Islândia… Na Islândia 1.O povo obrigou à demissão em bloco do governo. 2.Os principais bancos foram nacionalizados e foi decidido não pagar as dívidas que eles tinham contraído junto dos bancos do Reino Unido e da Holanda, dívidas que tinham sido geradas pelas suas más políticas nanceiras. Bonne Bonne Fête Fête Papá Papá

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Correio Português / Le Courrier Portugais Publicação: Ano I N° 6 31 de Maio de 2012

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cont. pag 3

Ano I nº 6 31 de Maio de 2012

Édition bilingue -Français-Portugais • Edição bilingue -Português-Francês

Gracieuseté de nos annonceurs et distribué le dernier jeudi de chaque moiswww.lecourrierportugais.com

Dit le Portugais le premier Messager en Nouvelle-FrancePedro da Silva

CORREIOPORTUGUÊS PORTUGAIS

LE COURRIERPPPPedro da Silva

Fondé 01/12/2011Fondé 01/12/2011

Cahiers Cahiers détachablesdétachables

Pages Pages centralescentrales

4280 boul. St-Martin Ouest - Laval H7T 1C3

tél. : 450-686-0360fax:: 450-686-8511

4280 bo l St Martin O est La al H7T 1C3

Jean-Guy Moreau meurt à l’âge de 68 ans La Presse Canadienne, Montréal

Les enfants de Jean-Guy Moreau tiennent à remercier tous les Qué-bécois qui leur ont fait part de leurs sympathies à la suite du décès de l’imitateur québécois qui comptait plus de 50 ans de carrière.

Dans un très bref communiqué émis mardi matin, Antoine, Sophie et Véro-nique Moreau ont indiqué que leur célèbre père est décédé le 1e mai à la levée du jour. L’homme âgé de 68 ans était hospitalisé depuis quelques jours.

Jean-Guy Moreau avait dû récem-ment annuler ses engagements professionnels pour des raisons de santé. Il faisait partie de la deuxième présentation du spectacle Il était une fois... la boîte à chansons qui fait revivre l’ambiance des boîtes à chansons au Québec dans les années 60.

Pour les enfants de Jean-Guy Moreau, «s’il quitte la scène du théâtre de notre quotidien, c’est pour un show plus gros!!!»

Né le 29 octobre 1943, Jean-Guy Moreau comptait plus de 50 ans de carrière dans le monde des variétés. Il avait fait ses débuts en compagnie de Robert Charlebois dans les années 60 dans le réseau des boîtes à chansons en faisant des imitations.

Ses talents d’imitateur avaient été mis à profi t dans différentes émissions à la télévision, notamment lors d’éditions du Bye Bye! à Radio-Canada. Il était notamment célèbre pour ses imitations de l’ancien maire de Montréal Jean Drapeau et de l’ancien premier ministre du Canada Pierre Elliott Trudeau. (NDR:Ainsi que René Levesque).

L’automne dernier, un bouquin sur la vie de l’imitateur, signé par sa fi lle Sophie, avait été publié aux éditions Michel Brûlé

Photo: Lapresse.ca

La mort de l’inimitable imitateurMerci Jean-Guy pour tous ces années.

Au revoirÀ l’intérieur:Cahier spécial sur l’Euro 2012

10 de JUNHO10 de JUNHO Dia de PORTUGAL, de Camões Dia de PORTUGAL, de Camões e das Comunidades Portuguesase das Comunidades Portuguesas

As boas práticas no exercício da Cidadania devem ser divulgadas.De coisas negativas e decisões pela calada da noite…estamos fartos.Se há quem acredite que nos dias de hoje não existe censura, esclareça porque é fi cámos a saber tanta coisa do Egipto e os jornais não têm dito absolutamente nada sobre o que se passa na Islândia…

Na Islândia

1.O povo obrigou à demissão em bloco do governo.

2.Os principais bancos foram nacionalizados e foi decidido não pagar as dívidas que eles tinham contraído junto dos bancos do Reino Unido e da Holanda, dívidas que tinham sido geradas pelas suas más políticas fi nanceiras.

BonneBonneFêteFêtePapáPapá

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Correio Português / Le Courrier Portugais. Le magazine de Pedro da Silva, dit le Portugais, premier Messager en Nouvelle-France • Le mensuel franco-portugais d’information. Éditeur/administrateur: Henrique Laranjo - www.lecourrierportugais.com - 4134 boul. St-Laurent, Montréal, Qc. H2W 1Y8 • Tél: 514-826-0681

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Distribution gratuite. • 10.000 exemplaires. • Dépôt légal: ISSN Canada 1929-4107 Bibliothèque et Archives du CanadaArticles d’opinion:Le Courrier portugais accorde priorité aux lettres qui font suite à des articles publiés dans ses pages et se réserve le droit de les abréger ou refuser.

Les auteurs sont responsables de leurs écrits qui doivent être clairs et concis, signés, avec nom complet, adresse et numéro de téléphone. [email protected]

SumárioSommaire

A Chuva e o Bom Tempo Temas de actualidade Legendas NacionaisO mundo em que vivemosRedescobrindo o Canadá Entre Nós -FR-PT Terres du Portugal - FR Ao correr da pena Santé et Dicas -FRSaveurs du Portugal-FR Espaço Jovem - BDÉvénements -FRSugestion -FR

pag.2pag.3-4pag.5pag.6pag.7pag.8-9pag.10pag.11pag.12pag.13pag.14pag.15pag.16

Assim vai o mundoNesta resenha de casos de maior relevância sucedidos junto a nós ou lá mais abaixo, naquele país onde o Atlântico encontra a Europa, adoptei um título que pertenceu a um brilhante jornalista angolano— João Charulla de Azevedo— falecido prematuramente. Era ele o Chefe da Redacção da revista Notícias, onde se fazia acompanhar por um naipe extraordinário de profi ssionais da escrita, levando a todos os cantos da província e depois ao continente, os anseios, as esperanças daquele bom povo, que acabou por ser traído pelos supostos visionários de um famigerado mês de Abril.A Chuva e o Bom tempo ilustra bem as esperanças que deposito nestes modestos escritos, ao sobrevoar o mundo, a sociedade, trazendo a cada um uma pequena informação que por vezes passa despercebida na azáfama do dia-a-dia.

E no dia-a-dia deparamo-nos com decisões para as quais lançamos um olhar interrogador, sem saber se havemos de rir ou chorar. Refi ro-me à preocupação que se está notando no Movimento Desjardins, de realçar qualquer coisa que praticamente já não existe. Ou pelo menos, muito afastada do criador deste bicho-de-sete-cabeças, em que se tornou a instituição nacional: o corporativismo.O Jornal La Presse, anunciava no 1º de Maio — curiosamente o chamado Dia do Trabalhador — que a Presidente do Movimento Desjardins se atribuiu um aumento salarial de 68% no espaço de dois anos…(leram bem, não há erro, foi exactamente 68%). O que afi nal vem provar que a crise tão apregoada é apenas para quem procura fazer a junção das duas pontas no fi nal de cada mês. E, ao mesmo tempo, fazer recordar a frase de Millôr Fernandes que diz:” Se todos os homens (mulheres incluídas) recebessem exactamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo”.

Neste mundo, nem sempre se escreve o que deveria escrever-se. Para isso muito contribui o compadrio, a submissão a personagens e aos grandes grupos económicos e à falta de sensibilidade social, da parte de quem seria normal esperar-se a realidade dos factos, num espírito de boa informação. Recordo numa passagem, as diferenças de noticiário que se verifi caram entre as acções no Iraque e no Afeganistão, onde a mais pequena arranhadela fazia títulos de caixa alta, acusando americanos e canadianos de selvajarias medonhas. A França, que bombardeou a Líbia com acerba intensidade alegando “a defesa dos oprimidos”, fê-lo apenas para testar os seus aviões bombardeiros para impressionar interessados compradores como a Índia e o Paquistão. Porém, nunca se viram nos jornais, denúncias sobre o número de mortos inocentes de todos esses ataques. Como se as bombas levassem escrito o número da porta que deveriam atingir…Uma vez feitas as experiências e demonstrações, já ninguém se preocupa como decorre a vida no país e parecem aceitar como inevitável o reaparecimento dos islamistas radicais, que acabarão por transformar a vida na região. A vida e as relações com o mundo ocidental. Bastará ver o acréscimo de arrogância nas várias capitais do mundo, onde se contam dezenas de milhões de muçulmanos, em manifestações anti-Ocidente e os slogans morte aos “infi éis”. Dá uma ideia das intenções dessa gente.

Gente curiosa temos nós em Portugal.Curiosa e a transpirarem de prepotências indesculpáveis. Em causa está a chantagem de Miguel Relvas — portanto ministro do Estado e responsável pelas relações com a comunicação social — sobre uma jornalista do Público, ameaçando-a de publicar certas coisas da sua vida privada ou meter o jornal na lista negra do Governo, no caso de ela escrever pormenores da actividade do político que não lhe agradassem.Ao que se diz, o senhor governante é useiro e vezeiro neste tipo de atitudes. Fazendo pressões sobre jornalistas e editores, procurando que as notícias sejam de acordo com as suas ideias. Isto é, simplesmente, um atentado grave à liberdade da imprensa. E a chantagem é uma fronteira que não deve ser ultrapassada. É crime.Embora negando tê-lo feito, o senhor ministro, recebeu o apoio incondicional do seu primeiro-ministro— como é hábito nesta gentalha em todas as épocas e locais— desculpando-se todavia do incidente. A empresa reguladora da imprensa está a fazer inquérito do qual somente os sonhadores esperarão ver sair a verdade. Será mais um caso a hibernar nas poeirentas prateleiras como tantos outros.Voltaremos.

Raul Mesquita

A Chuva e o Bom Tempo

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indicados acimaBoas comissões.

Grande Investigação – A fraude que pode custar 8,3 mil milhões

O Estado já gastou 3,55 mil milhões de euros com o BPN, mas a factura pode chegar aos 8,3 mil milhões. O DN mostrou como se chegou a este ‘buraco’, a teia de negócios que ‘cheira’ a fraude, os protagonistas das diferentes fases do BPN, os 356 processos em curso por todo o País, a supervisão do Banco de Portugal e a venda ao BIC.

A promiscuidade e, claro, o roubopor JOÃO MARCELINO, DN

O chamado “caso BPN” é o maior exemplo da promiscuidade existente entre a política e o sector fi nanceiro – além de um roubo, naturalmente. A factura desta gigantesca fraude levará anos a ser paga pelos contribuintes, que esperam os resultados da investigação policial e vão assistir à segunda comissão de inquérito. Ao fi m de todos estes anos, infelizmente, continuamos a não ter certezas, nem sequer sobre se a nacionalização do BPN foi a melhor solução. Até disto já podemos duvidar, sobretudo quando o valor da factura desta decisão, que ainda não está completamente auditada, parece não parar de crescer. Visto da actualidade, o “risco sistémico” que foi na altura arguido em favor desta opção parece não valer a sangria ao Estado feita através da intervenção da Caixa Geral de Depósitos. Por outro lado, também nunca foi explicada de forma clara a relação do Presidente Cavaco Silva com os seus “amigos”, pessoais e políticos, em particular a permuta do terreno onde construiu a casa de férias na Quinta da Coelha, avaliado pelo mesmo valor da casa de Montechoro, fi cando assim isento de impostos – um negócio que, avaliado à luz do mercado imobiliário, tem todos os ingredientes para fazer inveja a qualquer outro português. Mais uma vez, apesar das várias tentativas, e das perguntas que endereçámos ao Presidente, não houve respostas.

Este trabalho jornalístico que começamos a publicar coincide com o arranque de uma segunda comissão de inquérito, que vai da nacionalização à reprivatização (a venda ao BIC), sem esquecer o passado e as conclusões do anterior inquérito parlamentar. Do que se trata é de facultar aos leitores o máximo de informação possível sobre este caso, para que todos possam formar a sua opinião. Para isso, recorremos a inúmeras conversas, à consulta de milhares de documentos, num trabalho que levou meses a ser executado.

A discussão política é importante. Mas o verdadeiramente fundamental é que, em qualquer circunstância, se apure no plano judicial tudo aquilo que houver para apurar. Não é tolerável que na sociedade portuguesa continue a fazer caminho a perigosa ideia de que a justiça é cega perante os poderosos. As evidências deste caso são muitas. Os cidadãos não deixarão de estar atentos quer à coragem dos políticos quer à vontade dos investigadores.

TRIBUNATRIBUNA CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 20122

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CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 2012 TEMAS DE ACTUALIDADETEMAS DE ACTUALIDADE3

3.Foi constituída uma assembleia popular para reescrever a Constituição.

Tudo pacifi camente. Uma autêntica revolução contra o poder que conduziu a esta crise…razão pela qual nada tem sido noticiado nos últimos dois anos. O que é que pode acontecer se os cidadãos europeus vierem a seguir o exemplo?

Sinteticamente, a sucessão histórica dos factos:

2008: o principal banco do país é nacionalizado. A moeda afunda-se, a Bolsa suspende a actividade. O país está em bancarrota.

2009:Protestos populares contra o Parlamento levam à convocação de eleições antecipadas, demissão do primeiro-ministro e governo.A desastrosa situação económica do país mantém-se.É proposto ao Reino Unido e à Holanda, através de processo legislativo, o reembolso da dívida por meio do pagamento de 3.500 milhões de euros, suportado mensalmente por todas as famílias islandesas durante os próximos 15 anos, a uma taxa de juro de 5%.

2010: o povo sai novamente à rua, exigindo que essa lei seja submetida a referendo.Em Janeiro de 2010, o Presidente recusa ratifi car a lei e anuncia a consulta popular.O referendo tem lugar em Março. O NÃO ao pagamento da dívida alcança 93% dos votos.O governo dera início a uma investigação no sentido de enquadrar juridicamente as responsabilidades pela crise.Tem início a detenção de numerosos banqueiros e quadros superiores.A Interpol abre uma investigação e todos os banqueiros implicados abandonam o país.Neste contexto de crise, é eleita uma nova assembleia encarregada de redigir a nova Constituição, que acolha a lições retiradas da crise e que substitua a actual, cópia da constituição dinamarquesa.Com esse objectivo, o povo soberano é directamente chamado a pronunciar-se.São eleitos 25 cidadãos sem fi liação política [partidária?], de entre os 522 que apresentaram candidatura. Para esse processo é necessário ser maior de idade e ser apoiado por 30 pessoas.

2011: A assembleia Constituinte inicia os trabalhos em Fevereiro 2011 a fi m de apresentar, a partir das opiniões recolhidas nas assembleias que tiveram lugar em todo o país, um projecto de Magna Carta.Esse projecto deve passar pela aprovação do parlamento actual e do que vier a ser constituído após eleições legislativas.

Resumindo os factos:- Demissão em bloco do governo - Nacionalização da Banca- Referendo, para que o povo se pronuncie sobre as decisões económicas fundamentais- Prisão dos responsáveis pela crise - Constituição reescrita pelos cidadãos

Ouvimos falar disto nos grandes media europeus?Ouvimos falar disto nos debates políticos radiofónicos?Vimos alguma imagem destes factos na televisão?

Evidentemente que não! Não interessa aos donos da comunicação social que este exemplo de dignidade se espalhe!

O povo islandês deu uma lição à Europa inteira, enfrentando o sistema e dando um exemplo de democracia a todo o mundo!

As boas práticas no exercício da Cidadania... Em Abril prisões mil“A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista”. Fazem estas linhas parte de mais um texto sobre o assunto? Não. Na realidade, é o primeiro parágrafo do preâmbulo da Constituição Portuguesa. Mais adiante, no quarto parágrafo, há uma referência à abertura do “caminho para uma sociedade socialista”. A nossa Constituição deve ser a única na Europa que faz a promoção do socialismo. Nisto somos muito originais.

O 25 de Abril ainda é um tabu, e não o celebrar é um crime de lesa-majestade. Mas, este ano, nem mesmo os capitães saudosistas da Associação com o mesmo nome o quiseram fazer, nem outros socialistas, todos eles irmanados na propriedade exclusiva do gesto que levou ao derrube do regime salazarista. Mas o bom povo pôde dormir em paz, que a honra da Nação foi salva no Parlamento. O burlesco começou com Paulo de Carvalho cantando “a capela”, cravo na mão, o famoso “E depois do Adeus”. Até Passos Coelho acabou, contrariado, por exibir a fl or de Abril. A esta data é consagrado um feriado nacional, intitulado “o dia da Liberdade”. Mas qual liberdade e de quem? E aqui acaba o burlesco e começa a tragédia.

Por respeito pelas centenas de milhares de vítimas do 25 de Abril, vamos fazer breve exercício de memória. Não foram os grandes ideais de Liberdade ou de Socialismo que levaram o MFA a derrubar a ditadura. Segundo o próprio Capitão Vasco Lourenço, militar de Abril, “foi o famoso decreto-lei 353/73 de 13 de Julho de 1973, aprovado pelo Ministro do Exército, Sá Viana Rebelo, sobre a escassez de capitães dos quadros permanentes, que funcionou como um autêntico detonador para a contestação que, após rápida e profunda evolução, levaria ao 25 de Abril de 1974”. A difícil situação militar na Guiné-Bissau e a recusa de Marcelo Caetano a encontrar uma solução política à guerra que se eternizava também ajudaram à revolta. É caso para dizer que Sá Viana Rebelo e os mísseis do PAIGC acabaram com regime.

Na altura do golpe, havia cerca de uma centena de presos políticos na Metrópole, a maioria membros do PCP, que foram libertados. Três meses depois, as cadeias abrilistas tinham três mil presos, e até 25 de Novembro de 1975, cerca de cinco mil detidos políticos passaram pelas masmorras da nova liberdade. Muitos deles foram vítimas de torturas e sevícias de toda a ordem. Obrigado senhor Otelo. Vamos celebrar! O PREC causou uma anarquia indigna num país europeu civilizado. Vamos celebrar um José Saramago que saneou, sem vergonha, os seus colegas de trabalho no Diário de Notícias, um Durão Barroso do MRPP que criticava o ensino burguês, um Miguel Torga que passeou de mãos dadas com Samora Machel. Vamos celebrar os mandatos de captura em branco, os saneamentos e as nacionalizações selvagens, as carreiras e as vidas destruídas.

Se em Portugal a anarquia foi total, em África o resultado foi uma hecatombe infamante: a “descolonização exemplar”. Centenas de milhares de portugueses perderam longos anos de duro trabalho a construir alguns dos países mais desenvolvidos do continente, todos os seus bens, e muitos, as suas vidas. Centenas fi caram abandonados nas cadeias do MPLA, ofi ciais portugueses foram entregues à Frelimo e os comandos de Spínola deixados nas mãos do PAIGC que os fuzilou. Vamos celebrar!A espoliação dos Retornados de África foi um dos maiores roubos jamais feitos pelo Estado Português aos seus cidadãos. Zé do Telhado, Dona Branca ou Alves dos Reis não teriam feito melhor.

Otelo Saraiva de Carvalho, ao fi m de trinta e sete anos, continua a ser o mesmo que declarou a 30 de Setembro de 1975: “Tenho falta de cultura política. Se tivesse essa cultura, que não tenho, poderia ter sido um Fidel Castro da Europa”.

A nossa admiração e respeito devem ir para toda uma geração de militares anónimos que tão abnegadamente cumpriram a sua missão, sem saberem uma palavra de política, sem vaidades e sem protestos, e também, e principalmente, para os milhares que deixaram as suas vidas em África.

O 25 de Abril? Não há mais nada para celebrar!... Luís Damas

Lenda: “Do latim legenda, “coisas que devem ser lidas”. Originalmente, a palavra designava histórias de santos, mas o sentido estendeu-se para signifi car uma história ou tradição oriunda de tempos imemoriais e popu-larmente aceite como verdade”.

Tradição vem do latim (traditio, trader = entregar). “É o conjunto dos testemunhos em que um texto se materializou ao longo da sua transmis-são. Compreende, por um lado, os manuscritos e impressos que o con-servam (tradição directa) e, por outro, as citações, traduções e outras formas de atestação, mesmo que em segunda mão (tradição indirecta).”

A propósito de lendas e tradições...Joe PugaVítima de um ACV está hospitalizado em Toronto aonde se encontrava no decurso de uma digressão artística, o conhecido e apreciado Joe Puga que, segundo as últimas notícias divulgadas pela televisão portuguesa de Montreal, terá saído dos serviços intensivos onde esteve vários dias em coma, encontrando-se agora num período, talvez longo, de recuperação. O Correio Português, que sempre tem encontrado em Joe Puga um amigo por quem nutre uma grande estima, deseja-lhe que volte rapidamente ao nosso convívio.Bom restabelecimento Joe.

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TEMAS DE ACTUALIDADETEMAS DE ACTUALIDADE CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 20124

RAZÕES HISTÓRICAS PARA MOTINS MILITARES

“Tinham-nos dito, no momento em que deixámos a terra natal, que partíamos em defesa dos direitos sagrados que nos são conferidos por tantos cidadãos instalados lá longe, tantos anos de presença, tantos benefícios concedidos às populações que têm necessidade do nosso auxílio e da nossa civilização”. “Pudemos verifi car que tudo isso era verdade e, visto que era verdade, não hesitámos em derramar o imposto de sangue, em sacrifi car a nossa juventude, as nossas esperanças. Não lamentamos nada, mas enquanto aqui este estado de espírito nos anima, dizem-me que em Roma se sucedem as intrigas e as conspirações, se desenvolve a traição e que muitos, hesitantes, perturbados, cedem com facilidade às tentações do abandono e aviltam a nossa acção”. “Suplico-te, tranquiliza-me o mais breve possível e diz-me que os nossos concidadãos nos compreendem, nos defendem, nos protegem como nós próprios protegemos a grandeza do império”. “Se tudo fosse diferente, se tivéssemos de deixar em vão os nossos ossos embranquecidos sobre as pistas do deserto, então, cuidado com a cólera das Legiões.”

Marcus Flavinius, Centurião da 2ª Coorte da Legião Augusta, a seu primo Tertulius

Da análise da História Militar sabe-se que desde os Assírios, os Persas, os Egípcios, os Macedónios, os Gregos, os Romanos, etc., que os motins militares têm origem, fundamentalmente, em três coisas: o não pagamento atempado do soldo (donde deriva a palavra soldado) devido; quando se interfere aleatoriamente na carreira (sobretudo na Idade Moderna) e quando os militares se sentem atraiçoados por quem os tutela.

Foi sempre assim e não se vislumbra (dada a natureza humana), que possa mudar.Acontece que as numerosas malfeitorias que têm sido feitas à Instituição Militar (IM) e aos militares, por parte de sucessivos governos nos últimos vinte e tal anos - o que representa um passivo de problemas acumulado, único em quase 900 anos - vieram, por sorte vária, confl uir no actual governo e chefi as militares, em que: - Relativamente ao soldo ainda não deixaram de pagar (embora já tenha havido um atraso de um dia, no ano passado, no Exército), e há mais de 10 anos que a rubrica de “pessoal” é sistematicamente sub – orçamentada, mas fi zeram pior, fi zeram regredir cerca de 4000 militares à tabela remuneratória de 31/12/2009. Uma coisa inaudita, que certamente nunca ocorreu em nenhum país, nem na “América Latrina”! E tudo depois de um conjunto de episódios pouco dignifi cantes cuja origem primeira, foi terem querido meter os militares na tabela salarial da função pública. O que à partida nunca devia passar pela cabeça de ninguém, já que um militar jamais poderá ter um estatuto de funcionário público!

Relativamente à “carreira” - que nos militares adquire uma importância que não tem paralelo em qualquer outra profi ssão - o actual congelamento das promoções faz com que o decreto-lei 373/73 (que deu origem ao 25 de Abril), pareça uma brincadeira de crianças. Julgo que não preciso de dizer mais nada.E quanto ao facto dos militares se sentirem atraiçoados, ainda se pode distinguir três vertentes: o “Comandante Supremo” (que aliás não manda nada), que desapareceu, aparentemente, em combate; os governantes que não sabem o que querem, não têm política para coisa alguma, a não ser para os 3Rs – reduzir, reduzir e reduzir - não cumprem leis que aprovam, mudam regras a meio do jogo e têm, numa palavra, destruído paulatinamente uma Instituição sem a qual o País não se sustém; e sentem-se também atraiçoados pelas chefi as militares, pois não têm ninguém que os defenda.Não contentes, porém, em deixar medrar uma das razões que historicamente levam a motins nas forças militares, juntaram-nas todas três, em simultâneo. Convenhamos que era difícil fazer pior em qualquer parte do mundo!

Ora tal só é possível com enorme irresponsabilidade, incompetência, arrogância e muita falta de prudência.

E por terem encontrado pela frente muita gente capaz, disciplinada, com espírito de serviço e de missão, que anda há 20 anos (muito tempo antes da crise) a dar exemplo de contenção de despesas, reorganização e redução que, sem estar isento de erros ou críticas, não tem paralelo em mais nenhuma área do Estado. Mais ainda, apesar dos cortes constantes em tudo, ainda não se deixou de bem cumprir nenhuma missão atribuída, nem se envergonhou (antes pelo contrário) as armas lusas e o País, nos numerosos teatros de operações espalhados pelo mundo, onde marcou presença nos últimos 25 anos.Não vai ser possível aguentar mais este estado de coisas.Os contemporâneos julgam, quase sempre, que determinados eventos pertencem ao passado ou só acontecem aos outros.E, por norma, só descobrem que estão enganados demasiadamente tarde.

João José Brandão Ferreira TCor/Pilav (Ref.)

Honoris Causa: Ramalho Eanes distinguido na UBIO antigo Presidente da República Ramalho Eanes, foi distinguido com o doutoramento Honoris Causa da Universidade da Beira Interior. A cerimónia ocorreu durante a sessão solene, que teve lugar no passado dia 30, dos 26 anos da UBI. À margem da distinção, Ramalho Eanes considerou ser importante que as medidas de austeridade aplicadas em Portugal não prejudiquem a área da Educação. O antigo Presidente reconheceu que, “em tempos de crise, as difi culdades estendem-se a todas as actividades públicas, nomeadamente à Educação”.

No entanto, frisou ser “necessário que as medidas de austeridade não prejudiquem a coerência estratégica de desenvolvimento da Educação, para que o país tenha futuro”. O alerta é baseado na História Europeia, que, como sublinhou, mostra que a qualifi cação do capital humano “é indispensável para a produção de riqueza, mas também para a concretização da equidade social”. Com um sistema educativo competente, Ramalho Eanes acredita que Portugal pode passar da actual situação de crise para outra em que seja “muito mais competitivo”. “Isso passa sobretudo pela qualifi cação da juventude”, defendeu, considerando que “não há governo nenhum que não tenha que ter esta preocupação”, embora sem fazer qualquer referência directa ao actual Executivo. Já durante a intervenção na cerimónia ofi cial, o antigo Presidente da República tinha destacado a importância das universidades numa “nova era”, em que cada pessoa se deve preparar para “tarefas imprevisíveis” e em que “o mesmo homem pode ter de mudar várias vezes na vida de aparelhagem mental”.

Num mundo “cada vez mais globalizado e incerto”, as universidades “devem contribuir para transformar o risco em oportunidades”, realçou, apontando a UBI como um exemplo. Questionado pelos jornalistas, Ramalho Eanes tratou de dissipar algum pessimismo sobre a situação do país que pudesse ser interpretado das palavras do padrinho de doutoramento, o ensaísta Eduardo Lourenço, entendendo-as antes como “um desafi o”. “O futuro pode ser tenebroso se não se tomarem as medidas que se impõem, mas quem olha para a História não pode ser pessimista”, destacou. Natural da vila de Alcains, concelho de Castelo Branco, Ramalho Eanes foi aplaudido de pé por centenas de pessoas que encheram o Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde, na Covilhã, no momento em que recebeu o doutoramento Honoris Causa. Na intervenção que fez de seguida, chegou a mostrar a voz embargada ao recordar os pais e as mais “profundas e gratas memórias” do seu “chão”, que hoje o homenageava. Ramalho Eanes sublinhou o “ desenvolvimento extraordinário” registado na região, afi rmando: “Não há semelhança nenhuma, em qualquer aspecto que seja, entre aquilo que era no meu tempo e aquilo que é hoje”. Na terra onde nasceu “sente-se que se procura o futuro, que há empenhamento nisso, o que naturalmente é gratifi cante”, concluiu.

Comemoremos a data duma pátria—que como disse Miguel Torga—é cemitério da própria língua.

Diga NÃO ao AO90.

10 de JUNHO - DIA DE PORTUGAL

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Armandinho( 11 Outubro, 1891 - 21 Dezembro, 1946 )

O guitarrista exibia uma técnica adaptada aos fadistas que acompanhava, criando uma espécie de diálogo que evidenciava as particularidades interpretativas dos cantadores e que lhe permitia assumir uma posição de igualdade com os fadistas e não a subalternização dos guitarristas muito vulgarizada nas primeiras décadas do século XX.

Armando Augusto Salgado Freire nasceu em Lisboa, no Pátio do Quintalinho, perto da Rua das Escolas Gerais, em Alfama, a 11 de Outubro de 1891.

Com o pai aprende a tocar bandolim mas, aos dez anos, começa a interessar-se pela guitarra portuguesa e quatro anos depois, em 1905 faz a sua primeira actuação em público, no Teatro das Trinas, iniciando desta forma a sua carreira como instrumentista, profi ssão onde fi cará conhecido pelo nome de Armandinho.

A sua carreira é impulsionada quando, em 1914, conhece o mais famoso guitarrista da época - Luis Carlos da Silva, conhecido por Luis Petrolino, e se torna seu discípulo. Ainda assim, manterá diversas profi ssões seja como meio-ofi cial de sapateiro, moço de bordo, operário da Companhia Nacional de Fósforos, servente do Casão Militar ou fi scal do Mercado da Ribeira.

Armandinho, apresentou-se pela primeira vez em público em 1905, com apenas 14 anos, no velho Teatro das Trinas, na Madragoa. Mas a sua estreia como guitarrista profi ssional tem lugar no Olímpia Club, situado na Rua dos Condes, acompanhado à viola por João da Mata Gonçalves.

Em 1925 acompanha cantadores e cantadeiras no Solar da Alegria, local de culto dos amantes do Fado que, amiúde, ali se deslocam para se deliciarem com as “improvisações” de Armandinho ou para ouvi-lo interpretar as composições do seu Mestre, Luis Petrolino.

Em 1926 faz a primeira gravação em Portugal em microfone de bobine eléctrica móvel. Grava seis composições, acompanhado na viola por Georgino de Sousa, para a His Master’s Voice, que em Portugal é fi nanciada e vendida pela Valentim de Carvalho.

Dois anos depois, em 1928, também acompanhado por Georgino de Sousa, Armandinho grava em duas sessões no Teatro S. Luís, um conjunto de Fados, variações em tons diferentes uma marcha, mais uma vez editados no formato de 78 rpm. Estas faixas serão reeditadas em CD pela editora Heritage, em 1994.

Armandinho foi dos primeiros a realizar digressões artísticas fora do continente português. Em 1922 anuncia a sua ida a Espanha e a Inglaterra com João da Mata Gonçalves (cf. “Guitarra de Portugal”, 4 de Novembro de 1922). Entre 1932 e 1933 desloca-se em tournée pelas Ilhas portuguesas, por Angola e Moçambique, acompanhado pelo mesmo violista e por Martinho d’Assunção, Ercília Costa, Berta Cardoso e Madalena de Melo.

Sobre as suas tournées, relata o próprio em 1936, na publicação “Azes do Fado”: “Constituímos um pequeno grupo, que foi muito bem acolhido: Ercília Costa, João da Mata, Martinho de Assunção e eu. Mais tarde, animados pelo êxito deste primeiro voo, organizámos uma «tournée» à África (...). Percorremos as Costas Ocidental e Oriental. (...). A terceira «tournée» em que entrei, porventura a mais importante, já pelo número de artistas, já pelo reportório, foi ao Brasil, Argentina e Uruguai. Era a Embaixada do Fado, embaixada luzidia em que fi guravam, além da minha humilde pessoa, Maria do Carmo, Maria do Carmo Torres, Lina Duval, Branca Saldanha, José dos Santos Moreira, Alberto Reis, Felipe Pinto, Joaquim Pimentel e Eugénio Salvador.” Nesta última digressão Lina Duval e Eugénio Salvador apresentavam coreografi as.

Músico autodidacta, toca de ouvido e, para além de um excelente executante, é também compositor de grandes melodias. Autor de muitos Fados e variações que sobrevivem até aos dias de hoje criou temas que se tornaram “clássicos”,

casos de “Fado Armandinho”, “Fado de S. Miguel”, “Fado do Cívico”, “Fado do Bacalhau”, “Fado Mayer”, “Fado do Ciúme”, “Fado Estoril”, “Variações em Ré Menor”, “Variações em Ré Maior”, “Ciganita”, “Fado Fontalva”, “Fado Conde da Anadia”, entre muitos outros.

O guitarrista afi rma que a sua primeira composição foi o “Fado Armandinho” e, para o teatro, foi o “Fado do Cívico”, cantada por Estêvão Amarante na revista “Torre de Babel”, levada à cena no Teatro Apolo em 1917. Depois, também

para teatro, compôs o “Fado do Bacalhau”, interpretado por José Bacalhau a que se seguiram numerosas colaborações.

São inúmeras as vozes fadistas que acompanhou quer em actuações em espectáculos e casas de fado quer em gravações discográfi cas, a título de exemplo salientamos: Alberto Costa, Maria Vitória, Ângela Pinto, Adelina Ramos, Berta Cardoso, Madalena de Melo ou Ercília Costa, entre muitos outros.

Armandinho actuou nas mais emblemáticas casa de Fado de Lisboa, e, em 1930, tornou-se empresário, quando abriu o seu próprio espaço no Parque Mayer, o Salão Artístico de Fados, onde actuou durante alguns anos, mas depressa tomou consciência de que teria de se repartir por digressões e espectáculos pelo que abandonou este projecto. Actuou, ainda, em inúmeras casas particulares,

especialmente nas casas da fi dalguia como, por exemplo, nas da Família Burnay, Fontalva e Castelo Melhor.

Para além de João da Mata, Georgino de Sousa ou Martinho d’Assunção, outros grandes violistas tocaram com ele, entre os quais se destacam Abel Negrão, Fernando Reis, Santos Moreira ou Pais da Silva.

As suas interpretações são suaves e subtis, incluem pianinhos que retirava da guitarra tocando com as suas próprias unhas e, para determinados efeitos tímbricos, recurso à surdina. Armandinho revelou-se um marco na execução da guitarra portuguesa, criando “escola” onde se fi liaram outros grandes nomes como José Marques Piscalareta, Carvalhinho, José Nunes, Jaime Santos, Raul Nery ou Fontes Rocha, entre outros.

O guitarrista exibia uma técnica adaptada aos fadistas que acompanhava, criando uma espécie de diálogo que evidenciava as particularidades interpretativas dos cantadores e que lhe permitia assumir uma posição de igualdade com os fadistas e não a subalternização dos guitarristas muito vulgarizada nas primeiras décadas do século XX. As suas interpretações tinham tal força que inspiraram ao poeta Silva Tavares as seguintes quadras:

“A guitarra - alma da raça, Amante do meu carinho, Tem mais perfume e desgraça Nas mãos do nosso Armandinho.

Benditos os dedos seus Que arrancam assim gemidos Tal como se a voz de Deus Falasse aos nossos ouvidos.”

Armandinho faleceu a 21 de Dezembro de 1946 na sua casa situada na Travessa das Flores, em Lisboa, deixando o Fado de luto como escreveu na sua capa o jornal “Guitarra de Portugal” de 1 de Janeiro de 1947. Deixou viúva e um fi lho, também guitarrista: Armindo Freire.

Foi um dos membros fundadores da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses em 1927. Desta forma assumiu-se como responsável pela recolha de muitas melodias de Fado e pelo registo dos seus autores naquela sociedade, facto que nos permite o conhecimento actual de muitas destas melodias.

A Câmara Municipal de Lisboa, através de Edital de 01/08/2005, atribuiu o nome de Armandinho a um arruamento da Freguesia de Marvila.

CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 2012 LEGENDAS NACIONAISLEGENDAS NACIONAIS5

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Que não é prémio vil ser conhecido, por um pregão do ninho meu paterno (Camões)O MUNDO EM QUE VIVEMOSO MUNDO EM QUE VIVEMOS CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 2012

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Convém relembrar a história.... Quem pagou os estragos de Hitler?....Alemanha “rainha das dívidas”_

O historiador Albrecht Ritschl evoca em entrevista ao site de /der Spiegel/ vários momentos na história do século XX em que a AlemanhaEquilibrou as suas contas à custa de generosas injecções de capital Norte-americano ou do cancelamento de dívidas astronómicas, suportadas por grandes e pequenos países credores.Ritschl começa por lembrar que a república de Weimar viveu entre 1924 e 1929 a pagar com empréstimos norte-americanos as reparações de guerra a que fi cara condenada pelo tratado de Versalhes, após a derrota sofrida na Primeira grande guerra. Como a crise de 1931, decorrente do /crash/ Bolsista de 1929, impediu o pagamento desses empréstimos, foram os EUA a arcar com os custos das reparações.A guerra-fria cancela a dívida alemã_

Depois da segunda guerra mundial, os EUA anteciparam-se e impediram que fossem exigidas à Alemanha reparações de guerra tão avultadas como o foram em Versailles. Quase tudo fi cou adiado até ao dia de uma eventual reunifi cação alemã. E, lembra Ritschl, isso signifi cou que os trabalhadores escravizados pelo nazismo não foram compensados e que a maioria dos países europeus se viu obrigada a renunciar às indemnizações que lhe correspondiam devido à ocupação alemã.

No caso da Grécia, essa renúncia foi imposta por uma sangrenta guerra civil, ganha pelas forças pró-ocidentais já no contexto da guerra-fria. Por muito que a Alemanha de Konrad Adenauer e Ludwig Ehrard tivesse recusado pagar indemnizações à Grécia, teria sempre à perna a reivindicação desse pagamento se não fosse por a esquerda grega fi car silenciada na sequência da guerra civil.

À pergunta do entrevistador, pressupondo a importância da primeira ajuda à Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, e da segunda, em valor semelhante, contrapõe Ritschl a perspectiva histórica: essas somas são /peanuts/ ao lado do incumprimento alemão dos anos 30, apenas comparável aos custos que teve para os EUA a crise do/subprime/ em 2008. A gravidade da crise grega, acrescenta o especialista em história económica, não reside tanto no volume da ajuda requerida pelo pequeno país, como no risco de contágio a outros países europeus.Ritschl lembra também que em 1953 os próprios EUA cancelaram uma parte substancial da dívida alemã – um /haircut/, segundo a moderna expressão, que reduziu a abundante cabeleira “afro” da potência devedora a uma reluzente careca. E o resultado paradoxal foi exonerar a Alemanha dos custos da guerra que tinha causado, e deixá-los aos países vítimas da ocupação.E, fi nalmente, também em 1990 a Alemanha passou um calote aos seus credores, quando o chanceler Helmut Kohl decidiu ignorar o tal acordo que remetia para o dia da reunifi cação alemã os pagamentos devidos pela guerra. É que isso era fácil de prometer enquanto a reunifi cação parecia música de um futuro distante, mas difícil de cumprir quando chegasse o dia. E tinha chegado.

Ritschl conclui aconselhando os bancos alemães credores da Grécia a moderarem a sua sofreguidão cobradora, não só porque a Alemanha vive de exportações e uma crise contagiosa a arrastaria igualmente para a ruína, mas também porque o calote da segunda guerra mundial, afi rma, vive na memória colectiva do povo grego. Uma atitude de cobrança implacável das dívidas actuais não deixaria, segundo o historiador, de reanimar em retaliação as velhas reivindicações congeladas, da Grécia e doutros países e, nesse caso, “despojar-nos-ão de tudo, até da camisa”. Albrecht Ritschl - professor of economic history - London school of economics

O pacto suicidapor Pedro Marques Lopes, DN

O primeiro-ministro disse recentemente, que o chamado pacto orçamental não era de esquerda nem de direita. Dando por boa a afi rmação, pelo menos nenhum dos quadrantes políticos fi ca envergonhado com a enormidade que a esmagadora maioria dos deputados aprovou.

O pacto diz muito sobre o caminho que a Europa vem percorrendo.

Para não variar, os cidadãos não são chamados a dar a sua opinião sobre mais um verdadeiro momento fundador. Dir-se-á que estamos apenas perante o aprofundamento de decisões que retiraram soberania aos Estados e que não se justifi caria desta vez consultar directamente os cidadãos, o mal ou o bem já estaria feito. Pode ser, porém importa recordar que em matérias de soberania, provavelmente as únicas, não há representação que possa substituir o voto directo. A verdadeira crise europeia é, nunca é demais repetir, política. Mas vai muito para lá da questão do papel do BCE, planos de crescimento económico, maior integração de políticas fi scais, menor ou maior federalismo, mais ou menos défi ce, maior ou menor dívida pública. É sobretudo na dimensão do fundamental papel dos cidadãos de decidir o que de facto querem, de os envolver nos processos de decisão, do seu cabal esclarecimento sobre os caminhos a trilhar. A inexistência de discussão pública deste tratado leva a que a população não faça a mais pequena ideia do que de facto está em causa e das consequências que advirão para as suas vidas e para a comunidade. Aí está mais um péssimo exemplo do caminho que está a ser traçado.

Esta aberração em forma de tratado institui a visão “merkeliana” do que deve ser a Europa. Dividida entre os mui sérios e disciplinados países e os pequenotes que não se sabem comportar e que devem ser postos na linha pelos primeiros. Esqueçamos a Europa em que os cidadãos seriam tratados de forma idêntica mas respeitando a especifi cidade dos países, o seu estado de desenvolvimento, as suas idiossincrasias ou as suas debilidades. Não senhor, o que a Alemanha e o seu ajudante francês pensam para nós e os outros países mal comportados e preguiçosos é o que está certo.

Nem de direita nem de esquerda, dizia o primeiro-ministro. Melhor, o pacto institui a ausência de alternativa. A partir de agora, quando votarmos, apenas escolheremos pessoas, representantes não dos eleitores nacionais mas de outras gentes, já que as políticas serão exactamente as mesmas. O principal instrumento político, leia-se o Orçamento, perde quase toda a sua importância. Tudo isto em razão do sacrossanto equilíbrio orçamental, como se esse equilíbrio por artes mágicas criasse emprego, desenvolvimento económico e investimento. E não vale a pena vir com a conversa oca de que quando se fala disto se faz apelos a desequilíbrios, a despesismos, descontrolos orçamentais ou ao mais demagógico dos disparates que é o dos encargos para as gerações futuras, como se o investimento em escolas, estradas, tecnologia, hospitais fossem encargos.

Eu concordo plenamente que coloquem fotos de gente morta nos maços de cigarros.

Mas já que fazem isso, por que não colocar também: fotos de gente obesa em pacotes de batata frita, de animais torturados nos cosméticos, de acidentes de trânsito nas garrafas e nas latas de bebidas alcoólicas, de gente sem tecto nas contas da água e da luz, e de políticos corruptos nas guias de cobrança de impostos?

Portugal garante 7 dezenas de militares em nova estrutura da NATO

A nova estrutura militar da NATO contempla a entrada de 70 militares portugueses, depois de Portugal ter garantido um lugar permanente no comando aéreo (CAOC) de Torréjon, em Espanha, e colocar um ofi cial-general como representante do Comandante Supremo Aliado (SACEUR).

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), o general Luís Araújo, anunciou, satisfeito, a entrada de 70 militares nacionais para a nova estrutura da NATO. Após uma longa ronda de negociações, Portugal conseguiu garantir um lugar permanente no CAOC de Torréjon, em Espanha, e um ofi cial-general como representante do Comandante Supremo Aliado (SACEUR).

LUSA

Na hora de fecharmos esta edição, tivemos conhecimento do falecimento de duas pessoas ligadas, directamente, ou por laços familiares, ao meio comunitário português. Trata-se da D. Maria Augusta de Jesus Cardoso, mãe de D.Florbina Dias e portanto sogra, do bem conhecido empresário de restauração David Dias; o outro anúncio, que bastante nos surpreendeu, tem o nome de José Luís Rodrigues, um homem comunitário, que sempre frequentou com a sua inseparável máquina fotográfi ca e o seu contacto ameno e simpático. Que repousem em Paz.Às famílias apresentamos as nossas condolências.

CP

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7Continuamos a viagem através do Canadá de Oeste a Este.

AlbertaCalgaryConstruída junto das Rochosas na junção dos rios Bow e Elbow, a cidade de Calgary conhece depois de alguns anos um crescimento fulgurante. A indústria petrolífera e a criação de gado bovino, transformaram o pequeno aglomerado perdido de outros tempos, numa cidade de classe internacional, com teatros, orquestras, museus e boutiques em voga. Tem um centro da cidade não muito extenso mas bastante animado, restaurantes para todos os gostos, locais da moda sofi sticada ao mais autêntico bar western. Refi nadamente urbana, conversação franca e a atmosfera calorosa, formam aqui uma alegre e feliz mistura. Para os desportivos, é uma bela ocasião de reviver a emoção dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1988, graças às soberbas instalações permanentemente utilizadas. Sem sair da cidade, pode-se também praticar esqui de fundo, equitação e bicicleta e, a escassos minutos de lá, o esqui de noite e espectáculos de cavalgadas western, aguardam os amadores de sensações fortes. Não será portanto um acaso por Calgary ter sido escolhida como uma das cidades mais agradáveis do Canadá.

EdmontonHá 200 anos, Edmonton não era mais que um posto de comércio de peles; hoje, a capital de Alberta, seduz pelo seu dinamismo e conta pelo meio dos seus trunfos numerosos festivais, uma grande variedade de restaurantes e de atracções únicas. O vale do rio Saskatchewan que atravessa a cidade de uma ponta à outra, abriga o maior parque urbano do país. O parque Fort Edmonton, com as suas animações, é o maior museu no género no Canadá,

enquanto que o Museu provincial de Alberta é famoso pelas suas exposições sobre a Natureza e a sua vasta colecção de artefactos autóctones. Não longe de lá, o parque nacional Elk Island é um dos raros locais do mundo onde se podem observar os bisontes em liberdade. Com 800 boutiques, carrosséis espectaculares e mesmo lagos interiores, o West Edmonton Mall é o maior centro comercial do mundo.

Edmonton organiza de tal forma um largo leque de actividades ao longo do ano, que já a alcunharam de Cidade dos festivais. Um deles, o festival de Folclore que se realiza no mês de Agosto, foi descrito pelo magazine Rolling Stone como o melhor da América do Norte. E o Festival de Klondike, em Julho, é um verdadeiro acontecimento no país. O teatro e o jazz, elementos não menos apreciados e as fi nais canadianas de western em pista fechada, fazem de Edmonton, uma cidade de eleição para uma estada divertida.

Nas pegadas do urso castanhoLongo de 3350 km, o trilho Great Bear estende-se sobre 2 países, 5 parques nacionais e numerosos parques provinciais ou Estados. Do Parque Nacional de Yellowstone nos EUA, ele remonta pelo Montana, atravessa a fronteira e continua no parque nacional dos Glaciers, a parte canadiana do Parque internacional da Paz.Atravessa depois as paisagens espectaculares do parque nacional dos Lacs-Waterton, reconhecido pelos seus 183 km de trilhos de caminhadas e observação, seus cruzeiros de barco e do seu célebre hotel, o Prince-de-Gales. Por entre os sítios mais impressionantes, citemos o desfi ladeiro Red Rock, o lago Cameron e as quedas do mesmo nome. De Waterton, o circuito remonta em direcção ao Norte onde se encontram pequenas cidades como Pincher Creek, Claresholm e High River e continua até Calgary. De lá, dirige-se para Banff e o lac Louise, ao longo do magnífi co Icefi elds Parkway, impressionante reino de montanhas geladas, antes de chegar à pitoresca cidade de Jasper.Um bom circuito para as suas férias.

CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 2012 REDESCOBRINDO O CANADÁREDESCOBRINDO O CANADÁ

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ENTRE NÓSENTRE NÓS CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 20128

Crónica Financeira

Construir um plano fi nanceiro sólidoApós ter passado tempo a pensar sobre os nossos objectivos a curto, médio e longo prazo, esse momento de refl exão acabou e vamos passar à acção. Agora, por onde começar? A base de um plano fi nanceiro, primeiro e sobretudo, consiste em clarifi car os nossos objectivos e seguidamente, seguir etapas que nos permitam solidifi car o nosso plano preparando o caminho para a realização dos nossos objectivos! Um conselheiro em segurança fi nanceira pode ajudá-lo.

O modelo da pirâmide fi nanceira é frequentemente utilizado, a fi m de formular recomendações aos clientes que desejam estabelecer um plano fi nanceiro. Como pode constatar, na base de tudo, devemos clarifi car os nossos objectivos. Precisá-los e quantifi cá-los, como vimos na crónica do mês de Abril. Seguidamente, devemos apoiar os nossos projectos sobre bases sólidas. Como pode ver na ilustração, essas são as bases azuis. Pode tornar o seu projecto infalível e à prova de qualquer problema incontrolável. Instrumentos como protecções no caso de invalidez ou doenças graves estão disponíveis, para que não tenha de inverter a sua pirâmide fi nanceira e esgotar as economias que tivesse destinado para o vosso projecto. O que ocorreria ao seu fundo de urgência se não tiver rendimentos durante 12 meses, devido à uma doença que o impede de prosseguir o seu ritmo de vida normal? As protecções que instaurou permitem-lhe de continuar o vosso programa fi nanceiro sem pôr em perigo as vossas economias. As prestações recebidas dão ao cliente a liberdade fi nanceira da qual tem necessidade, a fi m de se concentrar na sua cura.

O objectivo das protecções é concluir todos os projectos pouco importa a situação e protegê-los e a vossa família. Imaginem as possibilidades e a tranquilidade de espírito que vos procuram tais protecções! Terá assim um programa fi nanceiro sólido e à prova de qualquer eventualidade.Bons encontros com os vossos conselheiros!Pode seguir-me sobre a minha página facebook: Katy Ramos Borges, conseillère Sun Life

Katy Ramos Borges

Senhor Santo Cristo dos MilagresAs tradicionais Festas do Senhor Santo Cristo realizaram-se como é tradicional, no quinto domingo após a celebração da Páscoa. Estas festividades religiosas, cujo culto teve início no fi nal do século XVII com a fama dos milagres obtidos por intercessão do Senhor Santo Cristo, têm vindo a adquirir, de ano para ano, maior visibilidade. Em Ponta Delgada, estas celebrações decorreram durante uma semana. Em Montreal no fi m-de-semana de 19 a 21 de Maio, na Missão de Santa Cruz, realizaram-se também os tradicionais festejos, com muito público— do qual muitos forasteiros dos USA e resto do Canada— com arraiais, música, troca de imagens, sendo no domingo o principal dia de culto, com missa às 14 horas e onde a procissão, com início às 16 hrs, percorreu as ruas da cidade.Festa rija, com muita alegria, como todas as outras organizadas pela Missão.

AS FESTAS DA NOSSA GENTELusoVisions e a Senhora de FátimaUm pequeno grupo de jovens portugueses criou um organismo dedicado à cinematografi a. Liderado por Luís Costa, a quem se juntou Nísia Remígio e, em conjunto, fundaram o núcleo do grupo. A nos-so pedido foram-nos enviadas as informações que transcrevemos:

“O grupo LusoVisions nasceu da vontade de Louis Costa em criar um festival de cinema português contemporâneo em Montreal. Em Janeiro 2012, Nisa Remígio aliou-se à causa e juntos fundaram o núcleo do grupo.

LusoVisions pretende promover e partilhar a cultura contemporânea lusófona com a criação de eventos multimédia num contexto de interculturalidade.

Os objectivos do grupo são:

- Servir a comunidade lusófona e quebequense eventos artísticos contemporâneos de conteúdo lusófono que não existem no mercado. Ex: Festival de cinema, cineclubes, concursos de curta-metragem, Live Film Streaming entre vários países.- Estabelecer uma ponte entre a comunidade lusófona e os seus artistas contemporâneos integrados na sociedade quebequense.- Estabelecer uma ponte entre a comunidade lusófona e os seus artistas contemporâneos do país de origem.- Convidar jovens lusófonos a descobrirem a cultura contemporânea dos seus antepassados.- Convidar os jovens e menos jovens a uma re-leitura das suas origens, histórias, jornadas e a um reconhecimento da sua identidade, do seu sentido de pertença e do seu futuro no seio da sociedade moderna quebequense.- Valorizar a cultura contemporânea lusófona no seio da comunidade quebequense.

Presentemente, o grupo recolhe informações sobre a indústria cinematográfi ca, quer em Portugal quer no Quebeque, para poder convenientemente organizar o Festival de Cinema Contemporâneo Português previsto para Abril 2013. Esta primeira edição será limitada ao cinema português mas a intenção é de incorporar fi lmes lusófonos de outros países em edições futuras.

LusoVisions está em conversações com a Cinemathèque Québecoise para que o festival tenha lugar nesta instituição. Vários cinéfi los quebequenses estão a prestar apoio no desenvolvimento do projecto. Pessoas da comunidade portuguesa já manifestaram a sua aprovação à ideia, sendo o comentário mais frequente, “Felicito-os pela iniciativa. Já tardava.”

Outra das actividades que o grupo estuda neste momento é a possibilidade de realizar regularmente cineclubes dentro da própria comunidade de língua portuguesa assim como em instituições académicas quebequenses. A primeira realização de LusoVisions, com o apoio da Associação Portuguesa de Ste-Thérèse, foi a projecção do fi lme “Milagre de Fátima”, no passado sábado, 12 de Maio na sede de dita associação”.

Estivemos em Ste-Thérèse a assistir à projecção fi lme. Realizado por um anglo-saxão, muito provavelmente adepto da Igreja Luteriana, o fi lme conta a versão do chamado Milagre de Fátima, segundo o ângulo do seu realizador.Uma história de 1917 contada em 1952 à luz dos hábitos e das vivências da época.Tem uma mistura duma posterior repressão pidesca e existencialismos dos primeiros anos da revolução republicana, em período de grande instabilidade e em cheio, no tempo da Grande Guerra, em que Portugal participou. É evidente que não eram socialistas os que fi zeram o 5 de Outubro. Nem os que se seguiram nos anos mais chegados. Eram, sim, maçónicos e contra-revolucionários. E esse foi um facto que teve graves consequências para o país. Revoluções após revoluções. A Guerra e o abandono das terras por milhares de braços a braços com os sacrifícios nas trincheiras. Foi portanto num contexto de grandes amarguras e numa época em que a Igreja Católica exercia grande poder sob as massas populares, que surge a versão dos pastorinhos. Perseguidos por uns e por outros, sempre mantiveram inigualável, a descrição das contestadas aparições. E a lenda ou realidade tem ultrapassado os anos e as fronteiras, tornando um ermo rural em sítio turístico de grande projecção internacional, traduzido na recolha em enormes recursos fi nanceiros para a região.Creio que os objectivos do grupo de LusoVisions para esta noite devem ter sido alcançados, considerando o interesse que despertou e as opiniões que se ouviram no fi nal.Daí que, portanto, acharmos e desejarmos ao LusoVisions, bastantes êxitos no percurso que se fi xaram realizar.

RM

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Assembleia-geral da CaixaDecorreu a 21 de Abril a 43ª Assembleia-geral da Caixa Portuguesa numa sala com muito público e impregnada de profi ssionalismo ambiental.Feitos os discursos habituais dos presidentes dos Conselhos Directivos e da Directora-geral sobre o balanço— também geral— da situação da instituição, foi depois lido e posto em discussão para aprovação, o Balancete fi nanceiro.Passadas as etapas das aprovações da distribuição de fundos para ajudas, das taxas de juros e da repartição de excedentes, seguiu-se o período de perguntas dos membros à mesa da presidência— provando-se mais uma vez um desconhecimento generalizado sobre os fundamentos e as leis de funcionamento daquilo a que ainda se vai chamando “cooperativa”, por parte duma grande massa do público, chegou-se ao período de eleições para os quadros directivos onde, também mais uma vez, o número de candidatos era igual ao número de lugares em jogo pelo que, como é costumeiro dizer-se, “todos foram eleitos por aclamação”.Dando continuação ao estabelecido em 1987, foram entregues a estudantes dos níveis secundário, colegial e universitário, diversas bolsas de estudo, maneira de incentivar o desenvolvimento dos descendentes lusos pela formação porque, conscientes de que só os instruídos são livres.De salientar a presença duma delegação do Clube de Futebol Panelinios, para agradecer o apoio recebido aquando da deslocação e participação duma equipa de jovens futebolistas no Torneio de Futebol Mundialito, realizado recentemente no Algarve.No momento de escrever este texto, a Caixa prepara um espectáculo de qualidade a apresentar a 9 de Junho na Igreja S.Jean Baptiste com a colaboração de Carlos Guilherme, artista bem conhecido que já nos visitou algumas vezes e, aguarda a confi rmação de um pianista de nomeada para actuar no mesmo evento.

Espírito Santo:As Festas oriundas de Alenquer, que os açorianos adoptaram Com uma tradição religiosa com mais de cinco séculos, as festas do culto do Espírito Santo são um dos fenómenos mais curiosos das vivencias das gentes dos Açores. Com início sempre no segundo domingo de Pentecostes, as festas em honra da terceira fi gura da santíssima trindade acontece um pouco por todas as ilhas do arquipélago, nas freguesias em formato de impérios e de uma rica festividade que prima pela oferenda de uma refeição a toda a comunidade, seguido, muitas vezes, de um lado profano-popular bastante habitual com a presença de foliões e cantares à desgarrada. Historicamente é de difícil especifi cação o inicio deste culto ao Espírito Santo no arquipélago, porém, e em alguns momentos em particular da história dos Açores, muitas vezes trágica, como é o caso de terramotos, crises cerialísticas e de outros males, foram fulcrais naquela que hoje conhecemos por uma fé intra-geracional e que tem perdurado ao longo dos séculos.

Em Ponta Delgada a festa culmina com o fi nal de todas as celebrações das freguesias e vilas, dando origem a uma festividade de maiores dimensões, com várias exposições acerca dos temas, ofertas de bolos de massa (receita apenas existente na região) e uma procissão que percorre a avenida principal da cidade.

Culto secular potencia a vivência de atitudes e valores verdadeiramente humanistas e solidários, como a distribuição de alimentos pelos mais pobres, as refeições oferecidas a todas as pessoas e o convívio entre vizinhos e amigos, sempre acompanhado pela música dos foliões e pelos pratos tradicionais das Festas do Espírito Santo. Pode começar a vivência deste culto a partir do início do mês de Junho, em todas as ilhas, como em Montreal e arredores, onde estão previstos festejos no meio associativo, para os quais se espera reunir em todas as localidades, grandes concentrações de devotos e foliões. Em Laval, festeja-se no fi m-de-semana do 2 de Junho e a 18 e 19 no West Island.

Núcleo dos CombatentesComo anunciado, teve lugar no domingo 6 de Abril no Club Portugal Montreal, o almoço anual do Núcleo, que decorreu de forma muito agradável e grande convivialidade, num repasto bem confeccionado e servido por pessoal adepto do Clube, a quem os Combatentes reconhecidamente agradecem. O presidente em exercício, nas palavras de boas-vindas e

agradecimentos dirigidos a quantos ali se encontravam, anunciou a reunião para eleição de novos dirigentes para Outubro e, ao mesmo tempo, a provável visita do Presidente da Direcção-geral da Liga dos Combatentes, em Lisboa, Senhor General Chito Rodrigues, no próximo Setembro.

Fez-se uma resenha das vantagens de ser sócio do Núcleo— que é uma delegação da Direcção Central da Liga— e de que visto haverem 4 tipos de sócios entre os quais “os simpatizantes ou amigos da Liga”, poderão fazer parte esposas, fi lhos ou simplesmente amigos, usufruindo assim do acesso a todos os programas e parcerias criados para apoio aos sócios, que se dividem por vários sectores, como serviços médicos, seguros, descontos em combustíveis, acesso a certas bibliotecas, museus, livrarias, lares, restaurantes, casão militar (com toda uma gama de vestuário e equipamentos civis), supermercado militar e muito mais.

O custo do cartão com a quota anual é baixíssimo — 25 dólares por ano — e dá direito a muitas regalias como as indicadas acima.Caro combatente ou simplesmente amigo, há um cartão à sua espera. Inscreva-se e junte-se a obras de solidariedade., que a Liga Central se está esforçando a pôr de pé, como é o caso de lares para antigos combatentes, ou a reinserção na sociedade de alguns elementos com problemas de stresse pós-traumático.A Liga é para todos os que vivem ou sentem Portugal.Seja bem-vindo. RM

PORTO CABRALPORTO CABRALLe soleil embouteilléLe soleil embouteillé

DesjardinsCaixa Portuguesa

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10O AGRICULTOR GAFANHÃO – 1Chegados à Gafanha, cada um foi para sua casa, tendo combinado que no dia seguinte estariam nos viveiros lá para as oito horas da manhã. O tempo estava na verdade melhor no dia seguinte, e, manhã cedo, lá fomos nós, o pai de gadanha e engaço ao ombro e o Toino com as duas varas, em direcção à bateira.

O dia não era de chuva, mas a manhã estava fria. Notou-se logo ao meter os pés na lama para alcançar a bateira. Soltada esta do moirão aí vai nós para Esteiro do Oudinot. Salto para a margem com a cirga na mão, estico-a ponho-a ao ombro, e vá de puxar a bateira. São dois quilómetros de extensão, contra a maré. Chegado ao fi m é recolhida a cirga, entro para a bateira, pegamos nas varas e vá de atravessar a cale, sempre com muita atenção, não vá aparecer algum navio, que nos atrapalhe a manobra. Chegados ao fundão, vá de “paijar” com as varas como se fossem remos, dado que a cale era muito funda e as varas não atingiam o fundo.

Passámos sem problemas e da outra banda voltámos na empurrar a bateira com as varas, até que chegamos à marinha, amarrámos a bateira e toca de começar a trabalhar. O pai do Toino a gadanhar o estrume e o Toino sempre com o olho à viva, (não fosse aparecer outra cobra) ia-o juntando e enfeixando na corda. Quando o molho estava com a quantidade sufi ciente era amarrado. O Pai puxava a corda de um lado e o Toino do outro, apertavam-no, davam um nó, o pai ajudava a pô-lo na cabeça do Toino, e aí vai ele correndo com o molho de estrume à cabeça, sempre a pensar nalguma cobra…

Este serviço repetia-se vezes sem conta, até que a bateira estivesse carregada.Depois era o regresso pelo Esteiro do Oudinot, o carro dos bois à espera, o descarregar da bateira…Este serviço era executado dias sem conta, sempre que o tempo o permitisse, até que houvesse estrume sufi ciente, para as camas do gado durante o inverno, que aí vinha.

O tempo ia piorando. O vento e as chuvas anunciavam o tempo que aí vinha, a chegada do inverno. Já havia dias de chuva, que permitiam ao Toino ler uns bons pedaços do livro que andava a ler, até ser “acordado” do sonho que a leitura lhe provocava, por ordens do pai que dada a ordem continuava na sua leitura:- Oh Toino vai dar uma gabela de palha aos bois, ou; -Dá uma gabela de erva à vaca.O Toino deixava a leitura, e ia confi rmar a ordem junto do pai, não que não tivesse ouvido bem, mas para confi rmar qual o livro que o pai estava a ler. Punha o olho de lado, e lá ia cumprir a ordem. De regresso, ainda se atreveu:- Olha lá oh pai, quantas vezes já leram esse livro? (era o Mártir do Golgota) …

- Não sei, mas gosto muito dele. Tem aqui uma personagem que me faz pensar: e continuou; era o cantor da Galileia, e ia fazer serenatas a Madalena a pecadora. Chamava-se Boanerges. Se um dia tiver um neto gostava que lhe dessem esse nome…

E lá continuavam, cada um com a sua leitura, até que da casa do forno se ouviu a vós da mãe:– É pessoal, vamos à janta que o comer já está na mesa!Só nessa altura o Toino se lembrou, de ter ouvido o meio-dia tocar no sino da igreja.E lá deixaram as leituras e foram para a mesa. O Toino olha para a comida e resmunga:– Mais uma vez caldo de feijões… – E é para quem quer, responde-lhe a mãe, Se não quiseres vai para a panela e fi ca para logo à noite. Nesta casa não se estraga nada…E como naquela casa só se falava o necessário, a solução era comer do que havia e bico calado!O tempo ia passando, sem o Toino fazer ideia do que aí vinha, Agora era tudo um mar de rosas. Ler, ir ao pasto para os bois, fazer qualquer outro serviço que fosse necessário, e ler, ler!Mas o tempo começava a esfriar ainda mais. O vento assobiava por entre os ramos das árvores agora já nuas, sem folhas. O inverno estava a chegar e parece que iria ser de muito frio.- O futuro o dirá, foi a resposta do pai do Toino à pergunta do fi lho sobre o assunto. Ele, que no verão prevía o tempo, agora mostrava uma certa reserva, sobro o inverno que se aproximava. Parecia preocupado!

- Comprámos o moliço dos viveiros da Corte do Paraíso, e temos de o apanhar antes do fi m de Fevereiro e transporta-lo para as terras. O tempo de o apanhar está a chegar. Comprei o moliço mais dois dos teus tios e domingo vamos combinar quando começamos a apanha-lo! Vai começar uma época de trabalho.

- Com o frio que parece vir aí, deve ser bonito, pensa consigo o Toino! Ele que já tinha sentido o frio que a geado provocava nos pés, ao pisar a lama branca de geada. Só não compreendia que, no tempo em que andava na escola primária, quando geava, a sua mãe o obrigava a levar tamancos de sola de madeira, que eram normalmente comprados na feira dos treze, na Vista Alegre.No entanto, mal desaparecia das vistas da mãe, era vê-lo a pegar num tamanco em cada mão, e toca a correr, que para os lados da Escola da Ti Zefa já se ouvia a algazarra da malta a jogar a bola - tudo descalço - e não havia frio que se sentisse. Topada numa pedra sucedia de vez em quando; mas nada que um trapo ou um lenço amarrados no local ferido, logo ali, não resolvesse!

- Grandes tempos aqueles! - Pensava consigo o Toino.

Ângelo Ribau

AO CORRER DA PENAAO CORRER DA PENA CORREIO PORTUGUÊS MAIO DE 2012

Enrichir La Vie Des FemmesBaignant dans le domaine des fi nances seulement par principe d’avoir un revenu stable et vivant une situation morbide avec un conjoint abusif, une porte s’est fi nalement ouverte. Seulement mon ange gardien et destin savaient où cela allait me mener.

Cette porte était celle d’une entreprise visant à changer la vie des femmes, bâtie par une pionnière en affaires, une femme reconnue mondialement pour avoir un cœur d’or. Mon inspiration est donc venue premièrement du « peut-être » de pouvoir améliorer ma situation sans trop savoir quoi exactement ou comment.

Ce « peut-être » est devenu par la suite une motivation constante qui s’est installée tout au long de mon cheminement, menant à une amélioration de ma qualité de vie, oui, mais surtout à mon développement personnel. Timidité chronique, manque de confi ance en moi-même, intravertie, étaient mes qualités favorites aux yeux de mon agresseur.

Les raisons de mon inspiration ont changés quelques fois dut aux changements dans ma vie mais la source reste toujours la même. C’est en lisant l’autobiographie de la fondatrice de cette entreprise incroyable pendant un long séjour dans un centre d’hébergements de femmes abusées que j’ai gagné force.

Cette source, Mary Kay Ash, qui était d’une sagesse phénoménale. Elle a bâti son entreprise par ses principes, par ses valeurs mais surtout par son cœur. Beaucoup de ses citations me reviennent à l’oreille pendant les congrès, séminaires et réunions.

« Refusez de jeter l’éponge. Faites ce pas supplémentaire que les échoués refusent de faire. Il est de loin préférable d’être épuisé par le succès plutôt

que de se reposer sur l’échec »« D’un point de vue purement aérodynamique, le bourdon ne devrait pas être capable de voler, mais il ne le sait pas, alors il vole quand même »

C’est en m’enrichissant de la sagesse de cette femme que j’ai pu surmonter tous les obstacles qui se sont présentés sur mon chemin. Aujourd’hui, je fais parti de l’effectif de ventes auprès de son entreprise. Ce qui veut dire que je suis maintenant une femme d’affaire indépendante, qui gère son horaire autour de sa famille et non le contraire car j’ai développé une allergie au 9 à 5. De plus, mes anciennes qualités aux yeux de mon agresseur ne font maintenant que parti d’une ancienne légende d’une femme abusée.

Avis à ceux pensant que ma carrière et mes buts sont uniquement de vendre du rouge à lèvres, porter de beaux bijoux et conduire la fameuse Cadillac rose offerts par la compagnie. C’est plus que du cosmétique. La meilleure satisfaction et plus belle récompense est de pouvoir maintenant enrichir la vie des femmes à mon tour peu importe leur situation ou leur besoin. Plusieurs seraient surprit comment une couche de rouge à lèvres peut souvent faire éclore un bouton de rose et devenir une fl eur magnifi que. Parfois ces femmes se transforment en une personne qu’elles ont toujours désirée d’être. Une nouvelle lueur, un brin d’étincelle soudainement brille dans leurs yeux. Et ce sans compter une nouvelle relation amicale qui commence.

Par la suite, ma mission est de transmettre cette sagesse à qui y sont réceptifs et d’inspirer tous ceux qui croisent mon chemin. En conclusion, mon inspiration maintenant vient en inspirant les autres.

Isabel Lima

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TERRES DU PORTUGAL TERRES DU PORTUGAL 11 LE COURRIER PORTUGAIS - MAI 2012

AlentejoCette vaste région au sud du Tejo est caractérisée par des plaines vallonnées à perte de vue, où le rythme est marque par les chênes-lièges et les maisons basses aux murs blancs, qui s’harmonisent parfaitement avec les vastes étendues du paysage.Si vous êtes à Lisboa ou dans la région Centro, traversez le Tejo vers le sud et les montagnes séparant cette région de l’immense plaine de l’Alentejo, qui se déploie progressivement en une vaste étendue d’une imposante simplicité. Quel que soit le trajet, les plaines de l’Alentejo se dévoilent sous un ciel limpide, à mesure que le paysage change imperceptiblement, passant du vert ombrage des zones de chêne-liège, aux tapis de fl eurs violettes mouchètes du rouge des coquelicots. Près des plages de la cote ouest, dont les grandes étendues de sable se perdent dans les refl ets bleus de l’océan, les bois de pins parasol sont imposants. Au milieu de la plaine, apparaissent les montes (grands domaines situés sur une hauteur) typiques, avec leurs maisons blanchies à la chaux et leurs palmiers, évoquant des oasis.

Marvão, Castelo de Vide, Portalegre, Monsaraz sont des villes situées en altitude, parfois entourées de murailles médiévales, qui montent la garde de l’immense plaine et d’où l’on peut jouir des couchers de soleil qui semblent embraser le paysage.Dans le même espace on voit la Nature s’élever dans la Serra de São Mamede, se refl éter dans les lacs généreux, couler dans l’eau vive du Guadiana, entourer les moulins et s’animer d’espèces animales et végétales uniques.C’est également un plaisir que de contempler et de parcourir pas à pas, au galop, en canoë ou en tout-terrain les vallées fertiles du Tage et du Mira, avant qu’ils ne se jettent dans l’Atlantique immense, iodé et tonique.Vivre des journées et des vacances marquées par la brise de la mer et des heures de soleil. De Malhão a Vila Nova de Milfontes. De Furnas à Almograve. De Zambujeira à Carvalhal et Odeceixe. Une succession de petites et grandes plages, de nouveaux recoins et de nouvelles passions, tandis que le corps bronze, se tonifi e et s’apaise.

L’enthousiasme de la pèche, de l’avenure et du sport.Le goût du poisson frais.En Alentejo, vous trouverez beaucoup d’autres villes dont vous pourrez visiter tranquillement l’intéressant patrimoine historique.Évora, dont le centre historique est classe au patrimoine mondial de l’UNESCO, vaut bien la visite, avec entre autres, sa cathédrale et son temple romain. Les falaises imposantes du Cap Sardo. Un littoral protégé, pur, où s’échelonnent de petits ports de pèche et de riches sanctuaires d’algues et d’oiseaux de mer.Le cœur ouvert sur un passe, on l’Histoire a réuni cultures, hommes et monuments, a perpétué des pierres et des peintures millénaires, à conservé de magnifi ques temples romains, des reliques wisigothiques et des vestiges arabes dans des villages pimpants, bâtis de pierre et de chaux. Elle a édifi é murailles, forteresses et châteaux médiévaux, aujourd’hui animés par des tournois et des fêtes à la mode d’antan. Elle à décoré musées, palais royaux, églises, chapelles, couvents et cathédrales. Elle à créé les ensembles patrimoniaux de Castelo de Vide, Marvão et Portalegre.Elle à lance la chaine monumentale qui va d’Elvas Vila Viçosa, d’Estremoz à Beja et à la ville islamique de Mértola. Élevant la ville d’Évora au titre de Patrimoine de l’HumanitéLe cuivre, le fer, l’argile et les fi gurines ou santons d’Estremoz sont modèles avec amour. Les poteries de Nisa sont incrustées de petites pierres blanches. Les céramiques glacées de Redondo représentent fi gures et fl eurs. Le bois et le liège sont ouvrages. La corne, le marbre et la pierre travaillés au burin.Les couvertures de Monsaraz et les tapis d’Arraiolos tissés à la main. Maisons et églises, éclatent de blancheur, sont infatigablement badigeonnées de chaux. Les fêtes de Campo Maior sont une magnifi que scène de papiers découpés et recoupés. Chaque geste, chaque pièce est un peu plus qu’un souvenir, un peu de l’art et de l’âme de ces gens d’Alentejo aimables et sincères.Vous aimez la chasse ? Passionnante. Abondante et certaine. Vécue avec poigne et passion, dans les plaines, les bois de chênes, les propriétés et les réserves privées, de Sousel a Elvas, d’Estremoz a Vila Vicosa, de Moura a Mértola ou d’Aljustrel à Almodewar. Les affûts et les battues pour chasser perdrix, faisans, cailles, lièvres et lapins, ou pour ceux qui aiment le gros gibier, le sanglier et le cerf.Aller en Alentejo est un régal pour le palais. Le monde des saveurs se fonde sur le pain et l’huile d’olive, les herbes et plantes aromatiques, les panades à la coriandre et au pouliot, à soupe au chardon, le gaspacho, la roussette à l’ail, la morue marinée au citron, les minques, le fi let de porc rôti, le ragout d’agneau, les tourtes au gibier, les perdrix en marinade...Et pour arroser le tout, on boit d’un seul trait un verre de ce vin épais et velouté des vignobles de Borba, Redondo, Portalegre, Reguengos ou Vidigueira qui se marie si bien avec les fromages de Nisa, Serpa ou Portel.Et s’il vous reste encore de l’appétit, ou plutôt de la gourmandise, toute une variété de pâtisseries dont certaines décorées avec les fameuses prunes confi tes d’Elvas.

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VOTRE SANTÉVOTRE SANTÉ LE COURRIER PORTUGAIS - MAI 2012

12UN PETIT TOUR AU TOILETTE AVANT DE PRENDRE LE VOLANT?Voici quelques conseils destinés aux automobilistes qui font de longs voyages et qui ne pensent pas toujours à s’arrêter quand il faut. Sachez qu’un minimum d’un arrêt à chaque deux heures est nécessaire pour permettre à votre corps de se reposer, prendre de l’air et, bien sûr, de se soulager!

Bon voyage...

VIDEZ VOTRE VESSIE POUR MOINS D’ENNUIS!Lorsqu’on parle de santé, parfois, il suffi t d’un seul avertissement pour que l’information reste gravée pour toute la vie et génère un comportement préventif à long terme.

Un chirurgien spécialiste en situations d’urgence a crée cet impact lorsque, dans une conférence, il alerta son audience du risque élevé de rupture de la vessie pleine lors d’un accident de voiture.

Après la conférence, la fi le d’attente pour les toilettes publiques était longue et les commentaires échangés entre les participants étaient déclamatoires, preuve que le message était bien passé.

À l’aide d’images et de données statistiques à l’appui, le spécialiste a démontré de quelle façon, lors d’un accident de voiture, aussi léger puisse-t-il être, le risque de rupture de la vessie s’amplifi e lorsque celle-ci est pleine. Avec preuves à l’appui, impossible d’oublier de telles informations! Personne ne se doutait que le pourcentage d’interventions chirurgicales d’urgence pour rupture de vessie suite à un accident de voiture était si élevé.

La cause la plus récurrente de lésions de la vessie est la contusion (blessure externe), laquelle survient surtout lors d’accidents automobiles ou suite à des chutes ou lésions sportives. La plupart des ruptures se produisent lorsque la

vessie est pleine. À mesure que l’urine s’accumule dans la vessie, la résistance de celle-ci diminue et dans l’éventualité d’un accident, la vessie, qui absorbe l’impact venant de l’extérieur, n’ayant aucune ou peu de résistance, explose comme un ballon. Dans ce cas, l’urine et le sang envahissent la cavité péritonéale, où se trouvent les intestins, pouvant causer une péritonite chimique et infectieuse accompagnée d’une douleur atroce. Les principaux symptômes de la péritonite sont la présence de sang dans l’urine et la diffi culté à uriner. Un diagnostique rapide est de mise dans de telles situations, requérant des radiographies pour délimiter les lésions.

Il est important de comprendre que si vous avec la vessie pleine et que vous avez le malheur d’avoir un accident de voiture, vos lésions peuvent être mortelles et vous n’échapperez pas à une longue période d’hospitalisation. Même les lésions mineures exigent une hospitalisation pouvant aller de 7 à 10 jours, pour être traitées avec des sondes urinaires pour drainer l’urine. Pendant ce temps, le tissu de la vessie peut cicatriser sans aucune intervention. Les lésions plus importantes, suivies d’un saignement non contrôlé ou de la perte de quantités anormales d’urine vers les tissus voisins, peuvent exiger une intervention chirurgicale. La suture de la vessie n’est pas un processus facile. Il requiert un travail délicat sur un tissu diffi cile à manipuler. Des complications peuvent survenir, telles que l’infl ammation de la zone suturée ou des infections. Une lésion grave peut aussi entraîner une baisse de pression artérielle dangereuse pouvant provoquer un état de choque et la mort.

En conclusion, n’attendez plus la dernière minute pour vous arrêter et soulager votre vessie! Quelques minutes suffi sent pour prévenir une situation grave; allez donc au toilette avant d’entreprendre un voyage (qu’il soit en voiture, en moto, en autobus ou en train…) et arrêtez-vous autant de fois qu’il le faut pour vous soulager. Ce conseil est valide autant pour les adultes que pour les enfants!

Tradução de Marta Raposo

Symptômes et Complications de l’AlzheimerAvec le vieillissement, il est normal d’avoir de petites pertes de mémoire, mais les personnes âgées en bonne santé réussissent en général à se rappeler les choses qu’elles trouvent importantes. On doit s’inquiéter, lorsqu’une personne âgée oublie ce qu’elle vient de faire il y a quelques minutes, qu’elle se perd dans son propre quartier ou qu’elle manifeste des comportements tout à fait inhabituels ou inappropriés. Si votre mari égare toujours ses clés, cela ne signifi e probablement rien. En revanche, s’il les laisse dans le réfrigérateur ou dans le sucrier, c’est inquiétant.Les troubles de la parole sont un des symptômes les plus évidents de la maladie d’Alzheimer - la personne choisit les mauvais mots ou n’arrive pas à comprendre des phrases simples. Ces malades ont également de la diffi culté avec les nombres. Ce sont là les signes les plus fi ables de la MA au stade précoce. À ceux-là peuvent s’ajouter l’oubli d’événements récents (perte de la mémoire à court terme), de la diffi culté à accomplir certaines tâches à un stade plus avancé de la maladie, par exemple les travaux ménagers ou la réconciliation du carnet de chèques, et un mauvais jugement.

Lorsque la maladie est très avancée, les malades ont de la diffi culté à s’occuper d’eux-mêmes, à reconnaître leurs amis ou leurs êtres chers. Ils deviennent confus, agités ou agressifs.

La Société Alzheimer du Canada énumère ainsi les autres signes possibles de MA :

marcher sans but ou errer actions répétitives cacher des objets

chercher constamment se dévêtir

avoir de la diffi culté à dormir lancer des injures

être incapable de rester tranquille lancer des jurons

s’obstiner faire des avances sexuelles inappropriées

Traitement et Prévention

À l’heure actuelle, la maladie d’Alzheimer ne peut être guérie, et le traitement a pour but de soulager les symptômes et de préserver la qualité de vie du patient. Certains médicaments peuvent aider à préserver la fonction cérébrale. Toute-fois, l’évolution de cette maladie est telle que l’état du patient continue éventu-ellement de se détériorer.Heureusement, il y a plusieurs moyens d’aider les personnes atteintes de la maladie d’Alzheimer autrement que par la prise de médicaments.

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LE COURRIER PORTUGAIS - MAI 2012 SAVEURS DU PORTUGALSAVEURS DU PORTUGAL13

Dit le Portugais le premier Messager en Nouvelle-FrancePedro da Silva

CORREIOPORTUGUÊS PORTUGAIS

LE COURRIERPPPPedro da Silva

Mensal BilinguePortuguês - Francês

4134 boul. St-Laurent, Montréal, Qc. H2W1Y8

Tél. 514-826-0681

Mensuel BilingueFrançais - Portugais

4134 boul. St-Laurent, Montréal, Qc. H2W1Y8

Tél. 514-849-0550Gracieuseté de nos annonceurs et distribué le dernier jeudi de chaque mois

Les recettes de HelenaPétoncles poêlés au portoVieiras salteadas com molho ao porto

4 portions

Ingrédients¼ tasse (60ml) de beurre1 ¼ tasse (310ml) de pommes Granny Smith, en julienne2 c. à table (30ml) de curcuma¾ tasse (180ml) de porto blanc sec¾ tasse (180ml) de crème à cuisson 35%3 c. à table (45ml) de coriandre fraîche, hachée2 c. à table (30ml) d’huile d’olive12 gros pétonclesFleur de sel et poivre du moulinCoriandre fraîche, ciselée

Préparation (prép.20 min. cuisson 15 min)

Dans une casserole, à feu doux, faire fondre le beurre avec les pommes et le curcuma. Cuire environ 5 minutes en remuant souvent. Déglacer avec le porto et laisser réduire de moitié. Ajouter la crème, rectifi er l’assaisonnement et incorporer la coriandre hachée. Laisser mijoter à feu très doux environ 2 minutes pour obtenir une belle crème.

Dans une poêle à surface antiadhésive, chauffer l’huile d’olive à feu moyen-vif. Saler et poivrer les pétoncles au goût et les déposer un à un dans la poêle. Cuire environs 2 minutes de chaque côté pour obtenir une belle coloration. Poser les pétoncles sur la crème et parsemer de coriandre ciselée.

La recommandation du sommelierMateus Rosé Sparkling Bruto

Carrés d’agneau en croûte de noix

Sela de borrego com pinhões e pistachos

4 portions

Ingrédients1 ½ tasse (375 ml) de noix de pin et de pistacheshachées et mélangées1 c. à table (15 ml) d’huile d’olive2 carrés d’agneauLe jus de 1 lime¾ tasse (180 ml) de farine2 œufs, battusSel et poivre

Préparation(prép. 10 min. cuisson 20 min.)

Dans un petit bol, remuer le mélange de noix de pin et de pistaches avec l’huile d’olive.

Faire mariner la viande dans le jus de lime, le sel et le poivre pendant 1 heure au réfrigérateur.

Préchauffer le four à 400º F (200 C).

Fariner la viande, la passer dans les œufs battus, puis dans le mélange de noix. Cuire au four de 15 à 20 minutes sur une plaque à bords élevés. Servir avec la mousse de fromage de chèvre au concombre (voir page 133 du Livre de recettes portugaises).

La recommandation du sommelierQuinta dos Carvalhais 2005Único/SAQ 11075841

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Continuamos neste número, a apresentar para os mais pequenos, a História Alegre de Portugal, uma forma divertida de contar a História Pátria revalorizando Valores Portgueses aparentemente tão arredados da juventude, numa excelente publicação da Bertrand Editora, para quem vão os

nossos mais cordiais agradecimentos, lembrando que qualquer encomenda poderá ser dirigida a: FNAC PORTUGAL - ACDLDMPT, Lda | Sede Fiscal: Edifi cio Amoreiras Plaza

Rua Professor Carlos Albearto Mota Pinto, nr 9 - 6 B, 1070 - 374 Lisboa, Portugal

C i ú i Hi ó i Al d P l f di id d Hi ó i Pá i

A História Alegre de Portugal, da autoria de Artur Correia, e a adaptação a banda desenhada da obra homónima de Manuel Pinheiro Chagas, brilhante homem de letras e distinto politico do século XIX. Utilizando um modelo narrativo muito em voga na sua época, Pinheiro Chagas inventa um narrador, João Agualva, mestre-escola aposentado, que, cansado de repetir “histórias da carochinha”, decide, ao longo de dez serões, dar a conhecer, em termos didácticos e acessíveis, a História de Portugal a um grupo de saloios da sua terra, situada entre Betas e o Cacém. A narrativa, que provoca nos conterrâneos de João Agualva reacções de grande patriotismo, tem início antes da independência de Portugal e conclui no reinado de D. Luís, que coincide com a parte fi nal da vida do escritor. A extraordinária capacidade que o narrador tem de fazer reviver tempos mais remotos ou mais próximos mantém os seus ouvintes — a tia Margarida, o Francisco Artilheiro, o velho Bartolomeu, o Manuel da Idanha, o Zé Caneira na permanente expectativa do serão seguinte, que lhes permitirá fi carem a saber o desenrolar de inúmeras e impressionantes peripécias históricas.

Artur Correia, em cuja longa carreira de desenhador sobressai a colaboração no saudoso Cavaleiro Andante, segue, grosso modo, essa divisão em serões e, com um traço ágil em que ironia e candura se aliam de forma perfeita, visualiza um discurso histórico-literário já bastante marcado pela presença de imagens muito nítidas e sugestivas.Digna de registo é ainda a solução narrativa que apresenta as situações de “discurso directo” (a representação do narrador e dos seus “alunos”) a preto-e-branco e as de “discurso indirecto” (a representação dos factos/históricos) a cores.De leitura extremamente agradável, História Alegre de Portugal (em qualquer das versões) é um livro que possibilita, sem pôr em causa o rigor histórico sempre exigível em textos desta índole, um fácil e divertido contacto com muitas das mais notáveis fi guras e situações da nossa História.

O Editor

ESPAÇO JOVEMESPAÇO JOVEM CORREIO PORTUGUÊS - MAIO DE 2012

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LE COURRIER PORTUGAIS - MAI 2012 ÉVÉNEMENTSÉVÉNEMENTS15

Capa da Revista do Jornal de Notícias de 16 de Março último, assinalando uma interessante entrevista do empresário Carlos Ferreira, considerado pelo autor, como um monarca de um reino sem limites.

AgradecimentoA nossa colaboradora e conselheira fi nanceira de Sun Life, Katy Ramos Borges agradece o Restaurante Chez le portugais e o seu proprietário e editor do nosso jornal, Henrique Laranjo, pelas facilidades concedidas aquando do encontro de informação sobre as casas de rendimento que realizou no dia 8 de Maio, em colaboração com Daniel Francouer, corretor imobiliário de proprietearevenu.com.Mais informa que um outro encontro sobre o mesmo tema terá lugar no mesmo restaurante, no próximo dia 19 de Junho às 19 horas.A sua presença é importante.Se é proprietário ou pretende tornar-se nos tempos próximos, venha encontrar-nos porque estamos certos de que não se arrependerá. Venha e traga um amigo ou amiga.

Déclaration du Premier ministre du Canada à l’occasion de la fête des MèresLe 13 mai 2012Ottawa (Ontario)

Le Premier ministre Stephen Harper a fait la déclaration suivante à l’occasion de la fête des Mères : « Nous célébrons aujourd’hui ces mères qui, par leur sagesse, leur gentillesse, leur intégrité et leur travail, ont fait de nous de meilleures personnes et de meilleurs citoyens.

« Alors que nous rendons hommage aux mères qui éclairent nos vies par leurs conseils et leurs attentions, n’oublions pas qu’il y a dans ce pays de nombreuses femmes remarquables qui, en plus d’élever leur famille, mènent une carrière, servent leur communauté et prennent soin de parents âgés.

« Notre gouvernement reconnaît cette réalité et a pris des mesures pour alléger le fardeau des mères et des familles. Je pense notamment à l’instauration de la Prestation universelle pour la garde d’enfants, qui aide à payer les frais de garde d’enfants, à la création du crédit d’impôt pour la condition physique des enfants, qui aide à payer l’inscription des enfants et des jeunes à des programmes d’activité physique, ainsi qu’à l’instauration d’un nouveau crédit d’impôt pour aidants familiaux pour aider les mères et les familles à payer les coûts associés aux soins prodigués à un membre de la famille invalide à leur charge, y compris un enfant, un conjoint ou un parent.

« J’encourage les Canadiens et les Canadiennes à rendre hommage à toutes les mères – d’hier et d’aujourd’hui – en cette journée spéciale pour tout ce qu’elles font et ont fait pour nous. Dans cet esprit, Laureen et moi souhaitons à toutes les mères une journée exceptionnelle. »

2012

10 DE JUNHO - DIA DE PORTUGAL DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Programa

Honrai a Pátria, que a Pátria vos contempla

Que não é Prémio vil ser conhecido, por um Pregão do ninho meu paterno

Sábado 9 de Junho:das 17 às 19 horas - Evento literário no Paolo’s Café - 4603 boul.S t- Laurent : às 20 Hrs 00 - Concerto pelo tenor Carlos Guilherme, acompanhado pelo pianista prof. José Bon de Sousa, organização da Caixa Desjardins Portuguesa.

Domingo 10 de Junho :PARQUE DE PORTUGAL às 11 Horas - Cerimónia do Içar da Bandeira e Hino seguindo-se a alocução do Cônsul-geral de Portugal, Dr. Fernando Demée de Brito

Apoios da Caixa Portuguesa, Organismos associativos e do Consulado-geral. Convívio.

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PUBLICIDADEPUBLICIDADE CORREIO PORTUGUÊS - LE COURRIER PORTUGAIS MAI / MAIO DE 2012

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Fête des PèresFête des Pères